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ESPÍRITO SANTO ANATOMIA DE TRONCO E MEMBROS CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO E EXTENSÃO – FAVENI 1 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO Á ANATOMIA DO TRONCO .............................................. 2 1.1 Coluna Vertebral .................................................................................. 4 1.2 Corpo Vertebral .................................................................................... 6 1.3 Articulações Da Coluna Vertebral ...................................................... 13 2 MÚSCULOS DO TRONCO ....................................................................... 19 2.1 Músculos do Dorso ............................................................................. 19 2.2 Músculos do tórax .............................................................................. 25 3 MÚSCULOS DO ABDOME ....................................................................... 29 4 VASCULARIZAÇÃO DO TRONCO .......................................................... 32 4.1 Artérias dos membros superiores ....................................................... 32 4.2 Veias dos membros superiores .......................................................... 35 5 ANATOMIA DOS MEMBROS SUPERIORES E INFERIORES ................ 37 5.1 Ossos dos membros superiores e cintura escapular .......................... 38 6 OSSOS DOS MEMBROS INFERIORES E CINTURA PÉLVICA .............. 43 6.1 Principais articulações dos membros superiores ............................... 48 6.2 Principais articulações dos membros inferiores ................................. 53 7 MÚSCULOS DOS MEMBROS SUPERIORES E INFERIORES ............... 56 7.1 Vascularização dos membros inferiores ............................................. 82 8 BIBLIOGRAFIA ......................................................................................... 84 2 1 INTRODUÇÃO Á ANATOMIA DO TRONCO O corpo humano é complexo, tanto em relação aos seus sistemas quanto a sua estrutura óssea. Apresenta um desenho biológico que obedece às leis da física. Um exemplo clássico disso são os ossos do tronco, responsáveis pela formação da caixa torácica, que é responsável por proteger o coração e os pulmões. São desenvolvidos por ossos planos como o esterno e as costelas, e irregulares como as vértebras, formando a porção truncal do esqueleto axial. Ou seja são 33 vértebras, 1 esterno e 24 costelas (12 pares). Fonte: www.laifi.com Em relação ao segmento do corpo humano chamado tronco, um aspecto que identifica o homem é a presença de um esqueleto ósteo-cartilaginoso no tórax, composto por um sequenciamento de vértebras torácicas e doze costelas de cada lado articuladas dorsalmente com a coluna vertebral (articulações móveis com cápsulas articulares reforçadas externamente por tecido conjuntivo fibroso). Anteriormente a caixa torácica está conectada ao esterno por articulações cartilaginosas. A cintura escapular e a cintura pélvica estão conectadas indiretamente ou diretamente à coluna vertebral. O sequenciamento de vértebras que forma a coluna 3 vertebral, ou o dorso, do ponto de vista evolucionário é a mais basal série de ossos que formam o eixo central do corpo nos cordados. Estes ossos marcam o lugar de origem da “notocord”, cada um desses tem formato irregular com projeções dorsais e laterais e uma massa óssea arredondada anterior que forma o corpo vertebral. Na coluna vertebral humana se conectam várias camadas musculares responsáveis pela extensão e flexão do tronco. As vértebras individualmente mostram diferenças na forma de acordo com as diferenças nas funções por elas exercidas, isto pode ser chamado de especialização. Na cintura escapular existe uma articulação móvel anteriormente entre a clavícula e o manúbrio do externo, e entre a escápula e a parte dorsal da caixa torácica (grade costal) existe uma junção muscular conectada indiretamente à coluna vertebral por aponeuroses e fáscias musculares. A região anterolateral do tronco, abaixo da décima costela, se prende à raiz de implantação do membro inferior, a bacia óssea (formada pelos ossos do quadril e pelo osso sacro), através da articulação da décima segunda vértebra torácica com a primeira vértebra lombar e da quinta vértebra lombar com a primeira vértebra sacral, além, naturalmente, da parede muscular, de constituição estratigráfica, formada pelos músculos oblíquo externo, oblíquo interno, transverso do abdome e o reto abdominal. Este conjunto de miofáscias e ossos formam um cilindro irregular, o tronco com uma abertura estreita superiormente (abertura superior do tórax), e uma abertura inferior ampla e conectada por ligamentos e miofáscias formadoras do assoalho da pelve, que separa a cavidade pélvica do períneo. A parede musculoesquelética do tronco é flexível e tem como funções: a respiração; a proteção de órgãos vitais; serve de conduto para a passagem de estruturas de uma região para outra do corpo (tórax, abdome e pelve); abriga e protege as vísceras torácicas, abdominais e pélvicas; e altera a pressão intra- abdominal quando da contração dos músculos da parede abdominal; promove a contenção e suporte à bexiga urinária, do reto, canal anal e dos órgãos do sistema genital e serve como fixação das raízes dos genitais externos. 4 1.1 Coluna Vertebral A coluna vertebral é uma haste óssea longitudinal, mediana, formada a partir da sobreposição das vértebras, estruturas discoides e irregulares. A coluna vertebral constitui um importante eixo de conexão anatômica e funcional entre o sistema nervoso central e o sistema nervoso periférico, por meio da medula espinhal, contida no canal vertebral da coluna vertebral. Constitui importante papel na postura, sustentação de peso, locomoção, proteção da medula espinhal e raízes nervosas. A coluna vertebral é constituída de inúmeras articulações, que são distribuídas de forma segmentar no eixo craniocaudal, formando as curvas fisiológicas. É um complexo sistema de sustentação, equilíbrio, postura e movimento; com vértebras, discos, ligamentos, músculos, vasos e nervos (ALENCAR, 2001). Ao sentar, a coluna vertebral transmite o peso do corpo por meio das articulações sacroilíacas para o osso ilíaco, e assim para as tuberosidades isquiáticas. Na postura ereta, o peso do corpo é transferido das articulações sacroilíacas para os acetábulos dos ossos do quadril, em seguida para os fêmures A coluna vertebral pertence ao esqueleto axial junto com o esqueleto cefálico, osso esterno e as costelas. É constituída por 33 vértebras, 24 pré-sacrais, sendo 7 cervicais, 12 torácicas e 5 lombares; pelo sacro, composto de 5 vértebras sacrais ossificadas e pelo osso cóccix, formado de 4 vértebras coccígeas rudimentares fundidas entre si. A coluna vertebral é uma estrutura mecânica que sustenta o indivíduo durante toda a sua vida, desafiando a gravidade ou, pelo menos, estando em equilíbrio com ela, permitindo que o ser humano fique de pé e sente-se, incline-se, abaixe-se, fique de cócoras, balanceie, volte-se e, além disso, funcione durante as atividades da vida diária. (CAILLIET, 2002) O corpo estando na posição ortostática, com disposição proximal para distal, a coluna vertebral se apresenta dividida em cinco regiões: cervical, torácica, lombar, sacral e coccígea. Neste sentido, as abreviações C, T, L, S e Cc são frequentemente utilizadas para indicar as regiões da coluna vertebral, respectivamente. As vértebras são identificadas por características estruturais próprias. Os corpos vertebrais gradualmente tornam-se maiores à medida que se aproximam do osso sacro e, a seguir, tornam-se progressivamente menores em direção ao osso 5 cóccix. Como uma haste flexível, a coluna vertebral é composta por estruturas móveis, as vértebras, os discos intervertebrais, os ligamentos e a musculaturacircunvizinha. Fonte: institutobrasdecoluna.com.br Descrição Anatômica Das Vértebras: As vértebras são classificadas como vértebras atípicas e vértebras típicas. As primeiras são as três cervicais, atlas (C1), áxis (C2), e a sétima proeminente (C7). As atípicas possuem componentes estruturais que são comuns a todas as vértebras restantes e móveis. Estas são constituídas pelos seguintes acidentes anatômicos: o corpo vertebral; os pedículos; as lâminas; os processos articulares superiores e inferiores; os processos transversos e o processo espinhoso. Entre uma vértebra e outra, bilateralmente, são formados os forames intervertebrais, um orifício que se localiza lateralmente ao canal vertebral. Encontra-se relacionado ao espaço intervertebral e parte inferior do corpo da vértebra. Localiza-se entre as faces articulares, posteriormente, e o corpo vertebral e 6 o disco intervertebral, anteriormente. Por meio dos forames intervertebrais emergem as raízes nervosas do interior do canal vertebral. 2ª vértebra lombar Vista Superior Fonte: www.sogab.com.br 1.2 Corpo Vertebral O corpo vertebral é composto por tecido ósseo esponjoso internamente e tecido ósseo compacto recobrindo sua superfície. Situado anteriormente, o corpo vertebral, varia de diâmetro conforme a região da coluna vertebral em que se localiza. Os corpos das vértebras cervicais (C1 à C7) apresentam menor diâmetro e altura quando comparados aos corpos vertebrais das demais regiões da coluna vertebral. 7 A altura e o diâmetro dos corpos das vértebras torácicas (T1 à T12) aumentam progressivamente, apresentando um aspecto cilíndrico. Os corpos vertebrais lombares (L1 à L5) são largos, grandes e achatados por constituírem as vértebras que suportam as maiores sobrecargas de força e pressões da coluna vertebral. As vértebras sacras (S1 à S5) e as vértebras coccígeas (Cc1 à Cc3) são ossificadas entre si, constituindo, respectivamente, o osso sacro - que apresenta forma triangular; e o osso cóccix - com formato irregular. Pedículos Os pedículos vertebrais são expansões ósseas que conectam o corpo vertebral aos processos transversos, lateralmente. São localizados anteriormente às lâminas ósseas. Lâminas: As lâminas são placas ósseas que ligam os processos transversos, lateralmente, ao processo espinhoso, posteriormente. Fonte: www.sogab.com.br Processos articulares superiores e inferiores: Todas as vértebras cervicais, torácicas e lombares apresentam dois processos articulares superiores, com as faces articulares dirigidas posteriormente, que permitem a articulação com a vértebra superiormente localizada, e dois processos articulares inferiores, com as faces articulares voltadas anteriormente, que 8 possibilitam a juntura com a vértebra localizada inferiormente - além de contribuir com a estabilidade da coluna vertebral. Processo transverso. Os processos transversos são acidentes anatômicos duplos em cada vértebra cervical, torácica e lombar. São localizados entre os corpos vertebrais, anteriormente, e o processo espinhoso, posteriormente. Os processos transversos das vértebras cervicais possuem forames transversos por onde passam, em direção ascendente, as artérias vertebrais. Nas demais vértebras, torácicas e lombares, inexistem os forames transversos. Processo Espinhoso: O processo espinhoso, localizado posteriormente, ao longo da coluna vertebral possui características específicas em cada região. As vértebras cervicais apresentam o processo espinhoso curto e bífido. As vértebras torácicas possuem os processos espinhosos longos e dirigidos inferiormente. As vértebras lombares apresentam os processos espinhosos curtos e quadriláteros. Vértebras Cervicais: Segundo Knoplich, (1984) das sete vértebras cervicais, as duas primeiras, Atlas e Áxis, são diferenciadas. As duas primeiras vértebras formam um complexo atlantoaxóideo, sendo que elas se completam anatomicamente como suporte e eixo do movimento da cabeça. A Atlas, que não tem corpo, é formada por um anel ósseo, que é o arco vertebral, anterior e posterior. As facetas articulares superiores são côncavas, para receber os côndilos do occipital, e as inferiores encaixam-se com a áxis. A áxis tem um corpo vertebral atípico, que é a apófise odontóide, que também se torna o corpo vertebral da atlas. São em número de sete vértebras cervicais (C1 à C7). Sendo que as duas primeiras vértebras são classicamente descritas como atípicas, devido à forma e à finalidade de permitir os movimentos da cabeça. A primeira vértebra cervical, chamada atlas, é constituída de dois arcos vertebrais, um posterior e um anterior, para formar os limites do forame vertebral. C1 Atlas 9 Fonte: www.auladeanatomia.com Entre os arcos vertebrais da atlas encontra-se a face articular para o dente do áxis, segunda vértebra cervical. Articula-se com a base do crânio nos côndilos occipitais e com o áxis, inferiormente. O áxis também é uma vértebra atípica, pois apresenta o dente do áxis (também chamado de processo odontoide da áxis), uma porção óssea, densa, que se projeta na parte superior do áxis (segunda vértebra cervical) para dentro do atlas (primeira vértebra cervical) para constituir a articulação atlanto-axial que permite movimentos rotatórios da cabeça. Entre a terceira e a sexta vértebras cervicais, os componentes são: corpos vertebrais pequenos e ovais, forame vertebral grande e triangular, os processos transversos com forames transversos e os processos espinhosos curtos e bífidos. A sétima vértebra cervical denominada vértebra proeminente apresenta os mesmos componentes de uma vértebra típica, porém é definida como atípica devido ao processo espinhoso proeminente 10 Fonte: www.auladeanatomia.com Vértebras Torácicas: As vértebras torácicas possuem características peculiares, como a superfície de articulação para as costelas. Na porção média da coluna torácica, cada costela se articula com duas vértebras adjacentes e com o disco intervertebral correspondente. Os processos articulares superiores têm origem na junção entre a lâmina e os pedículos. Eles estão voltados para trás e um pouco para fora. Os processos articulares inferiores estão voltados para diante e um pouco para fora. Este plano articular permite discreta rotação e inclinação lateral da coluna torácica, mas trata-se de movimentos muito limitados, em virtude da resistência aplicada pela caixa torácica aos movimentos. (MALONE, 2000). As vértebras torácicas são em número de doze (T1 a T12). Tipicamente, as vértebras torácicas apresentam um corpo vertebral com tamanho intermediário entre os corpos vertebrais cervicais e lombares. Possuem os processos transversos com ausência dos forames transversos. Os processos espinhosos são longos e dirigidos inferiormente. Os forames vertebrais torácicos são ovais. 11 Fonte: beathyclass.jelastic.regruhosting A T1, primeira vértebra torácica, apresenta uma face articular inteira, bilateralmente, para a cabeça da primeira costela. O corpo se apresenta semelhante ao de uma vértebra cervical, o processo espinhoso é longo, espesso e com disposição horizontal. A décima segunda vértebra torácica apresenta uma face articular inteira, bilateralmente, para a costela situada na face lateral do pedículo. Por ser uma vértebra que se encontra em uma região de transição, a décima segunda vértebra torácica, ela é semelhante a uma vértebra lombar, com seu corpo, pedículos, lâminas e processos mais espessos. Vértebras Lombares: As vértebras lombares são em número de cinco (L1 a L5). Apresentam o corpo vertebral grande, (mais largo e espesso - quando comparados às demais regiões da coluna vertebral. Os processos transversos não apresentam forames transversos. O processo espinhoso é curto e quadriláteroe os forames vertebrais, triangulares. 12 Fonte: rle.dainf.ct.utfpr.edu.br A quinta vértebra lombar (L5) apresenta o corpo vertebral inclinado inferiormente, anteriormente, com a finalidade de compor a articulação lombossacral. Osso Sacro: O osso sacro é constituído por cinco vértebras fundidas. Na face anterior ou pélvica do osso sacro se encontram as linhas transversais ou cristas transversais e os forames sacrais anteriores. Na face dorsal se encontram os forames sacrais posteriores, a crista sacral mediana, as cristas sacrais intermédias, as cristas sacrais laterais, o hiato sacral e os cornos sacrais. Lateralmente se encontram as asas do osso sacro e as tuberosidades sacrais. 13 Fonte: www.auladeanatomia.com Na base do osso sacro localizam-se o promontório e os processos articulares superiores, que permitem a formação da articulação lombossacral. Inferiormente, identifica-se no ápice do osso sacro a face articular para o osso cóccix. Osso Cóccix: O osso cóccix é constituído de três a cinco vértebras coccígeas que apresentam tamanho reduzido quando comparado às demais regiões da coluna vertebral. No osso cóccix identificam-se os cornos sacrais, os tubérculos coccígeos, a face articular com o sacro e os sulcos transversais. 1.3 Articulações Da Coluna Vertebral Os corpos das vértebras unem-se por discos intervertebrais e ligamentos longitudinais, anterior e posterior. Os discos intervertebrais, principais meios de união dos corpos das vértebras, são presentes desde a superfície inferior do corpo do áxis até a articulação lombossacral. Nas regiões torácica e lombar, os discos são numerados e denominados de acordo com a vértebra sob a qual se encontram, por exemplo, o disco L2 é encontrado entre as vértebras L2 e L3 e assim sucessivamente. 14 Os discos intervertebrais inserem, superiormente e inferiormente, nas delgadas camadas de cartilagem hialina (placas cartilaginosas) que revestem o osso esponjoso das superfícies superior e inferior dos corpos das vértebras e nas suas bordas superior e inferior de osso compacto. Fonte: www.herniadedisco.com.br As vértebras desde C2 (segunda vértebra cervical) até S1 (primeira vértebra sacral) são interpostas por estruturas discais chamadas de discos intervertebrais. Ao todo são 23 discos intervertebrais na coluna vertebral. Cada disco intervertebral constitui-se de uma estrutura fibrocartilaginosa formada por anéis concêntricos, em sua porção externa e um núcleo gelatinoso formado por substâncias hidrófilas (muco polissacarídeo), que garantem essa característica hidrófila (retenção de água), mantendo a capacidade de hidratação e flexibilidade do disco. Os anéis fibrosos, compostos de 12 a 20 camadas fibrosas concêntricas, suportam as pressões submetidas à coluna vertebral, transmitidas pelos corpos vertebrais. Articulações Entre os Arcos Vertebrais: Os arcos vertebrais adjacentes unem-se por meio de articulações sinoviais, entre as faces dos processos articulares denominadas articulações zigoapofisárias e por articulações fibrosas que unem as lâminas, os processos espinhosos e processos transversos adjacentes. A forma e o posicionamento anatômicos das faces dos processos articulares superiores e inferiores determinam os tipos de movimentos entre vértebras. 15 As faces são planas e estão orientadas obliquamente, de superior e anterior para inferior e posterior na curvatura cervical; são planas e orientadas no plano frontal na curvatura torácica. Na região lombar, as faces dos processos articulares superiores são ligeiramente côncavas e voltadas medialmente, enquanto aquelas dos processos articulares inferiores são ligeiramente convexas e voltadas lateralmente. Fonte: www.auladeanatomia.com As articulações zigoapofisárias possuem cápsulas articulares delgadas e suficientemente frouxas para permitir uma amplitude de movimento normal nas articulações. A cápsula articular é uma estrutura com tecido conjuntivo fibroso responsável pelo revestimento das articulações zigopofisárias e, juntamente com a membrana sinovial, tornam a estrutura fechada, por onde circula o líquido sinovial, para lubrificar e promover deslizamentos na articulação. Articulações Fibrosas: As articulações fibrosas da coluna vertebral são constituídas na presença de ligamentos. Os ligamentos são estruturas fibrosas cuja função está relacionada à estabilidade intrínseca das vértebras na sua posição natural. As lâminas de vértebras 16 adjacentes são unidas internamente por fortes ligamentos elásticos, denominados ligamentos amarelos, que realmente são amarelos “in vivo”, devido à riqueza em fibras elásticas. Os ligamentos amarelos ficam tensos em todas as posições assumidas pela coluna vertebral, sendo importante para sua estabilização. Estendem-se lateralmente sobre as cápsulas articulares, constituindo o limite posterior do forame intervertebral. Os ápices dos processos espinhosos, desde a sétima vértebra cervical até o osso sacro, são unidos pelo ligamento supraespinhal constituído por tecido conjuntivo denso. Os ligamentos interespinhais são delgadas membranas de tecido conjuntivo denso que unem os processos espinhosos adjacentes e são contínuos com os ligamentos amarelos e ligamentos supraespinhais. Os ligamentos intertransversais unem lateralmente os processos transversos vizinhos, sendo mais desenvolvidos na região lombar e praticamente ausentes na região cervical. O ligamento longitudinal posterior é um ligamento laminar que se localiza dentro do canal vertebral justaposto à porção posterior dos corpos vertebrais. O ligamento longitudinal anterior encontra-se na linha mediana do corpo vertebral, contendo forma laminar. Inicia-se na base do crânio e vai até o osso sacro. Apresenta a capacidade de reforçar a estabilidade da coluna vertebral, anteriormente. O ligamento costotransverso e ligamento radiado são responsáveis pela união entre as costelas, os processos transversos e o corpo vertebral subsequentemente. Articulações Atlanto-Axiais As faces articulares superiores dos processos articulares do áxis e as faces articulares inferiores do atlas formam articulações Atlanto-axiais, classificadas como articulações sinoviais planas que permitem movimentos de deslizamentos. O arco anterior e o ligamento transverso do atlas formam com o dente do áxis uma articulação sinovial troclear, que possibilita movimentos rotatórios da cabeça. Articulações Atlanto-Occipitais As articulações Atlanto-occipitais são formadas entre os côndilos occipitais e as faces articulares superiores do atlas. As duas articulações funcionam como uma unidade, elipsoide e biaxial, permitindo assim os movimentos de flexão, extensão e flexão lateral da cabeça. Articulações Costovertebrais: 17 As costelas se articulam com a coluna vertebral em dois pontos: a articulação costovertebral, entre a cabeça da costela e as fóveas costais, superior e inferior, dos corpos de duas vértebras adjacentes e a articulação costotransversal, entre o tubérculo da costela e a fóvea costal transversal do processo transverso da vértebra correspondente. A articulação costovertebral é uma articulação sinovial, contendo cápsula articular, cavidade articular e líquido sinovial. É dividida em dois compartimentos, superior e inferior, pela presença de um ligamento intra-articular, curto, situado horizontalmente, que vai da cabeça da costela para o disco intervertebral. A cápsula articular encontra-se reforçada anteriormente, pelo ligamento radiado. Fonte: posturaesaude.com.br A articulação costotransverso é uma articulação sinovial formada por uma espessa cápsula articular e os ligamentos costotransversais próprio, lateral e superior, que reforçam a articulação. Articulações Sacroilíacas: As articulações sacroilíacas são articulaçõessinoviais simples do tipo plana e, portanto, capazes de movimentos de deslizamentos, porém com amplitude limitada. São formadas pelas faces auriculares do osso íleo e do osso sacro. 18 Além da cavidade articular, possuem o ligamento sacroilíaco interósseo, o qual posteriormente se confunde com o ligamento sacroilíaco dorsal, um espessamento da cápsula articular. Anteriormente, a cápsula articular também apresenta um espessamento, o ligamento sacroilíaco ventral, menos espesso que o dorsal. Curvaturas Da Coluna Vertebral: A coluna vertebral apresenta-se com uma haste óssea, porém não retilínea.Com a posição fetal, no útero materno, a coluna vertebral adquire a forma da letra “C”, com concavidade anterior. Com o desenvolvimento, a curvatura muda progressivamente. No nascimento, a criança apresenta as características advindas da posição fetal, ou seja, a coluna vertebral apresenta-se como uma concavidade anterior. À medida que o recém-nascido adquire controle sobre seu corpo, a forma da coluna vertebral progressivamente se altera. Nas regiões torácica e sacral, a curvatura original permanece, ou seja, com concavidade anterior e nas regiões cervical e lombar a curvatura primitiva desaparece, dando origem a curvaturas com convexidade anterior. A tentativa de sustentar e erguer a cabeça, por volta do terceiro mês de vida, promove o desenvolvimento da curvatura cervical e se consolida na fase de sentar e do engatinhar. A curvatura lombar desenvolve-se a partir do momento em que se iniciam as tentativas de sentar e ficar em pé, ocasionada pelo aumento do tônus muscular dos músculos iliopsoas e músculos eretores espinhais, dorsais. Torna-se consolidada por volta dos dois anos de idade. Classificação Das Curvaturas Da Coluna Vertebral A coluna vertebral apresenta suas curvaturas divididas em curvaturas primárias e curvaturas secundárias. As curvaturas primárias são menos móveis e foram adquiridas na posição fetal (no útero materno) e não se modificam após o nascimento. Preservam a característica de concavidade anterior. São elas: curvatura torácica e curvatura sacrococcígea. As curvaturas secundárias são também denominadas de curvaturas de compensação. São definidas como extremamente móveis quando comparadas às curvaturas primárias. São elas: curvatura cervical e curvatura lombar. 19 Curva lombar Curva sacral com convexidade anterior, formada por sete vértebras regulares, semelhante à lombar, mas menos acentuada pelo menor volume, pela diferente configuração das vértebras e também pela menor estrutura dos discos. O equilíbrio estático da coluna vertebral depende do alinhamento das já citadas curvas sagitais em respeito à linha vertical que passa pelo centro de gravidade. (TRIBASTONE, 2001). 2 MÚSCULOS DO TRONCO Músculos Da Coluna Vertebral: Alguns músculos do tronco desempenham papel fundamental na estática da coluna (esplênio eretor da espinha) e, portanto, na manutenção da postura em pé. Num esqueleto montado, em exposição, as vértebras não desmoronam porque são amarradas com arames, mas no corpo humano isso não acontece, evidentemente. Há, em verdade, todo um trabalho arquitetônico perfeito: as vértebras são mantidas em suas posições por numerosos ligamentos elásticos e fibrosos que se prendem em diversos pontos de cada uma delas. Músculos pequenos, mas potentes, ligam vértebras vizinhas, colaboram na sua sustentação e ainda promovem movimentos localizados da espinha. Os grandes movimentos para a frente, para os lados e para trás são resultantes da ação conjunta desses músculos. Os músculos da coluna vertebral. Inserem-se nas vértebras e nas costelas, formando, ao longo de toda a espinha, uma resistente massa muscular que sustenta esse arcabouço ósseo do corpo humano. Além disso, os movimentos da coluna para a frente, para os lados e para trás são resultantes da ação conjunta desses músculos. 2.1 Músculos do Dorso Na evolução da espécie, quando o homem assumiu a posição ereta, vários músculos que serviam para manter os membros superiores apoiados no chão perderam sua importância. 20 Destituídos de função, esses músculos emigraram para o dorso e passaram a revestir os músculos mais profundos das costas. Conservaram-se, porém, ligados aos movimentos do ombro e do braço. Trapézio: O mais importante deles é o chamado trapézio, denominação originada da sua forma. Dispõe-se como um capuz de monge e por esse motivo era conhecido antigamente como músculo cucullaris (do latim cucuilus, capa). É responsável pelo movimento conhecido popularmente como “dar de ombros”, em que o trapézio eleva a omoplata (ou escápula) e, com ela, todo o ombro. O músculo elevador da escápula também participa desse movimento. Estende-se desde o osso occipital até a 12º vértebra torácica revestindo, desta forma, a parte posterior do pescoço, superior e dorsal dos ombros e parte superior do dorso. Origem: Processos espinhosos da C4 a C7 e de T1 a T12. Inserção: Terço externo da borda posterior da clavícula, Acrômio e borda interna da espinha da escápula. Inervação: Nervo acessório (XI). Ação: Elevação e adução da escapula. Fonte: www.auladeanatomia.com 21 Contudo, a ação mais importante desses e de outros músculos do mesmo grupo (romboides) é promover a rotação da omoplata para permitir a elevação dos braços. São também responsáveis pela descida controlada e gradual dos braços levantados; nessa função atuam, portanto, como músculos antigravitacionais. Dorso Maior: Outro importante músculo que emigrou para o dorso é o dorsal maior, que força a descida do braço contra uma resistência. Quando esta é muito grande, o músculo promove a elevação do corpo. O dorsal maior atua ainda no movimento de expiração, provocando a compressão da parte posterior do abdome. Origem: Processo espinhoso das 6 últimas vértebras torácicas, crista ilíaca e fáscia tóracolombar. Inserção: Crista do tubérculo menor e assoalho do sulco intertubercular. Ação: Extensão, adução e rotação medial do braço. As costelas são vinte e quatro ossos finos, que ocorrem aos pares, constituindo parte do esqueleto torácico. Quando passamos na região do peito podemos senti-las facilmente, desde as proximidades do pescoço até o abdômen. Os primeiros sete pares de costelas articulam-se com o esterno na frente do corpo através de cartilagens e com a coluna vertebral, por isso são denominadas costelas verdadeiras. Os outros cinco pares são conhecidos como costelas falsas pois não conectam- se diretamente com o esterno. As quatro costelas que formam o oitavo, o nono e o décimo par apresentam em sua extremidade uma cartilagem que liga-se a cartilagens dos pares anteriores. As costelas dos dois últimos pares, também chamadas de vértebras flutuantes, conectam-se apenas na sua porção superior. As costelas são ossos finos e alongados de forma curva. O tamanho das costelas tende a ser maior à medida que nos aproximamos da região do abdômen. 22 Fonte: posturaesaude.com.br Paralelamente, observa-se uma diminuição na sua curvatura. Quanto a morfologia, a sétima vértebra é considerada a mais típica apresentando uma extremidade vertebral, o corpo e uma extremidade do externo. A extremidade vertebral caracteriza-se pela presença de um pequeno espessamento ósseo que constitui a chamada cabeça da costela, delimitada por uma região afinada (o pescoço da costela) e pela presença de uma pequena projeção, o tubérculo. A extremidade junto ao esterno é bastante simples, com a superfície do osso lisa. Do ponto de vista funcional, as costelas são fundamentais para realização da função vital de respiração. A expansão e redução do volume da caixa torácica quando inspiramos ou expiramos está diretamente relacionado à movimentação do diafragma em conjunto com as costelas. Estima-se que há umavariação do diâmetro do peito pode chegar a dez centímetros a partir dessa movimentação. 23 Na verdade, três tipos de movimento são realizados com as costelas. O primeiro movimento envolve uma expansão do tórax. Nesse caso, as costelas superiores sofrem uma rotação em sua articulação com as vértebras, elevando-se em sua porção anterior. Outro movimento realizado na caixa torácica é o de expansão lateral. Nesse caso, as costelas verdadeiras sofrem uma rotação tanto em sua extremidade articular vertebral quanto naquela junto ao esterno. O resultado é um deslocamento lateral das costelas. A costelas falsas, por sua vez, podem também movimentar-se lateralmente. Contudo, chegamos a um efeito diverso. Quando essas costelas são deslocadas junto a articulação com as vértebras, há um distanciamento entre as extremidades soltas próximas a região anterior do corpo. Todos esses movimentos são essenciais na inspiração e para sua realização faz-se necessária a ação de uma musculatura das costelas e do esterno. Os exemplos principais seriam os músculos escalenos, os músculos intercostais internos e externos e o músculo esternocleidomastóideo. As costelas também servem de ponto de inserção de parte da musculatura relacionada a coluna vertebral como, por exemplo os músculos elevadores das costas. Ao longo da vida do indivíduo, as costelas sofrem transformações em vários sentidos. A ossificação já tem início por volta da oitava semana de vida intrauterina a partir da região central das pequenas cartilagens que, no futuro adquirem a conformação das costelas de um adulto. Músculos das Costelas1: Os músculos que atuam nas costelas são os intercostais internos e externos, subcostais, transverso do tórax, levantadores das costelas (já mencionado anteriormente), serrátil posterior (já mencionado anteriormente) e quadrado lombar. Vamos iniciar estudando os músculos intercostais externos, que preenchem os espaços intercostais. Como o próprio nome diz é um músculo encontrado entre as costelas e representa a camada mais externa. Suas fibras são obliquas e vão do ângulo costal até a junção costocondral. 1Fonte: https://www.portaleducacao.com.br 24 A sua origem é na borda inferior da costela (sulco) e inserção na borda superior da costela subjacente (inferior). O restante do espaço intercostal anterior é preenchido por uma membrana intercostal externa. Possui como ação o reforço dos espaços intercostais, além de atuar na inspiração (elevam as costelas). Inervação: Nervos intercostais correspondentes. Os músculos intercostais internos preenchem os espaços intercostais. Como o próprio nome diz é um músculo encontrado entre as costelas e representa a camada mais interna. Suas fibras são obliquas e opostas em relação ao intercostal externo, ou seja, vão da extremidade esternal até ângulo costal. A sua origem é na borda superior da costela e inserção na borda inferior da costela suprajacente (acima). O restante do espaço intercostal posterior é preenchido por uma membrana intercostal interna. Esse músculo é responsável por reforçar os espaços intercostais e atuar na expiração, abaixando as costelas. Inervação: Nervos intercostais correspondentes. O músculo subcostal representa também a camada interna torácica e é encontrado no ângulo da costela. É um pequeno músculo que se origina no ângulo da costela (borda inferior) e insere na borda superior da costela subjacente (abaixo). Possui ação de reforçar a parede do tórax na inspiração. Inervação: Nervos intercostais correspondentes. O transverso do tórax ou esternocostal constitui também a camada interna torácica e possui uma origem posteriormente ao processo xifoide e corpo do esterno. A sua inserção é nas cartilagens costais (2ª a 6ª costelas). Possui como ação o reforço da parede do tórax durante a expiração. Inervação: Nervos intercostais correspondentes. E por fim o músculo quadrado lombar que embora faça parte da parede posterior do abdome tem uma grande relação com as costelas e assim com a respiração. Por isso é citado neste momento. Origina na crista ilíaca e se inserem na 12ª costela, L1 a L4 (processo transverso) e apresenta uma ação (expiração) antagonista (contrário) ao diafragma, que age na inspiração. 25 2.2 Músculos do tórax De acordo com Simone Moreira de Macêdo 2012, o tórax é a porção mais superior do tronco. Possui um formato cônico com o vértice superior e base inferior. O limite superior do tórax se faz na abertura superior do tórax por onde da continuidade ao pescoço. Seu limite inferior é dado pelo diafragma, que o separa a cavidade torácica da abdominal e pelo rebordo costal da caixa torácica. Seu arcabouço, que forma seu limite externo, pode ser dividido em caixa torácica e parede torácica. A caixa torácica é constituída pelas vértebras torácicas, costelas, cartilagens costais, esterno e músculos intercostais. A parede torácica é formada por todos os tecidos de revestimento e músculos dessa região. O músculo peitoral maior é um músculo espesso, triangular e plano que recobre a região anterossuperior do tórax. Possui origem ampla e inserção única no úmero, adotando assim uma forma de leque. Se origina na clavícula, manúbrio e corpo do externo; cartilagens costais da 2ª a 6ª e bainha do m. reto abdominal. Sua inserção ocorre no tubérculo maior do úmero. Inerva-se nos nervos peitorais mediais e laterais. Ação: Rotação medial, flexão e adução do braço. O músculo peitoral menor é um músculo delgado, plano e triangular que está recoberto pelo m. peitoral maior. Origem: 2ª a 5ª costelas Inserção: Processo coracoide da escápula. Inervação: Nervos peitorais mediais e laterais. Ação: Anteversão do membro superior e auxilia na inspiração forçada. Músculo Subclávio é um músculo estreito e cilíndrico. Está situado entre a clavícula e a 1º costela. Origem: 1ªcostela. Inserção: Extremidade acromial da clavícula. Inervação: Nervo subclávio. Ação: Estabiliza e abaixa a clavícula. 26 Fonte: www.treinomestre.com.br Esterno: É um osso formado pela reunião de três peças ósseas: manúbrio, corpo e processo xistoide. Os antigos anatomistas compararam o esterno a uma espada de gladiador: a pequena peça superior que se articula com as clavículas, o manúbrio, seria o punho (de manubrium, punho); o segmento mais importante, o corpo, seria a lâmina da espada; ao passo que o processo xifoide – um pequeno osso móvel da região da boca do estômago – representaria o protetor da ponta da espada. Fonte: www.anatomiadocorpo.com 27 Além de servir como ponto de apoio para a maioria das costelas, o esterno funciona também como proteção adicional para a região central do tórax. O esterno tem várias outras características importantes. É um osso predominantemente esponjoso e altamente vascularizado. Por esse motivo, é vulnerável a lesões ósseas tuberculosas e sifilíticas, e à formação de certos tumores, como os tumores secundários propagados do pulmão e das mamas (metástases ósseas). A grande vascularização do esterno está relacionada com a presença de medula vermelha em seu interior. É um dos poucos ossos, no adulto, que contém a medula vermelha, encarregada da produção de células do sangue (hematopoese). Essa característica, associada ao fato de ser um osso bastante superficial, recoberto apenas por pele, tem grande utilidade prática: é o local escolhido para a colheita de amostras da medula, para exame microscópico. Esse exame, denominado mielograma, é essencial para o diagnóstico de alterações graves do sangue, como alguns tipos de leucemia e enfermidades em que ocorre falta de produção de glóbulos brancos (agranulocitose). O esterno tem sido utilizado também para estudos da circulação venosa e linfática do tórax. A introdução de substâncias de contraste (radiopacas)no interior do osso permite evidenciar, através de radiografias, a situação exata das veias e dos vasos linfáticos. Esse método é de grande valia para o diagnóstico da propagação de tumores mamários e pulmonares. Frequentemente, nos casos de gêmeos anormais – os conhecidos “siameses” – os corpos estão unidos pelo esterno. Gémeos com esse tipo de malformação congênita são denominados toracópagos (de pagos, coisa unida a outra). Ocasionalmente a fusão se apresenta apenas ao nível do processo xifoide; nesse caso, os gêmeos são denominados xifópagos. No entanto, são conhecidos popularmente como “xipófagos” por um erro comum de transposição fonética. Escápula: Ligada ao osso esterno pela clavícula, articula – se com o úmero pela cavidade glenoide e está situada na parede póstero – superior do tórax. Para observar sua posição anatômica, observe que sua face côncava (fossa subescapular), é anterior; sua espinha é posterior; o acrômio e a cavidade glenoide são laterais. Possui ainda 28 bordas superior, medial e lateral e ângulos superior, inferior, lateral e acromial. (SOBOTTA,2006). Fonte: www.sogab.com.br O músculo supra espinhal2 faz parte do manguito rotador. Este se origina na fossa supra espinhal da escápula e se insere no úmero (tubérculo maior). Apresenta como ação a abdução do braço. O músculo infra espinhal também faz parte do manguito rotador. Este se origina na fossa infra espinhal da escápula e insere no úmero (tubérculo maior do úmero). Apresenta como ação a rotação lateral do braço. O músculo subescapular participa do manguito rotador. Este se origina na face costal da escápula e insere no úmero (tubérculo menor). A sua ação é a rotação medial do braço e adução. O músculo redondo menor é o último do grupo do manguito rotador. Este se origina na escápula (2/3 superiores na borda lateral) e insere no úmero (tubérculo maior). Apresenta como ação a rotação lateral do braço. Os músculos do manguito têm esta denominação por que os tendões dos mesmos formam um manguito (envolvem) na articulação do ombro, para ajudar a estabilização da mesma. O músculo redondo maior não participa do manguito rotador. Este se origina na escápula (1/3 inferior da borda lateral) e insere no úmero (crista do tubérculo menor). Apresenta como ação a rotação medial e adução do braço. 2 Fonte: www.portaleducacao.com.br 29 O músculo deltoide se origina na escápula (espinha e acrômio) e porção lateral da clavícula. A inserção é no úmero (tuberosidade deltoidea). Como ações têm a abdução do braço (porção acromial), flexão do braço (porção clavicular), extensão do braço (porção espinhal), a rotação externa do braço (porção espinhal) e rotação interna do braço (porção clavicular). Clavícula: Osso longo, que se estende da borda superior do manúbrio esternal ao acrômio da escápula, ligando dessa forma o tronco ao membro superior indiretamente através da escápula. Seus dois terços mediais são convexos anteriormente; seu terço lateral é côncavo; sua extremidade acromial é achatada; sua extremidade esternal é levemente arredondada; possui uma face rugosa voltada inferiormente e sua face lisa está voltada superiormente. Fonte: www.auladeanatomia.com 3 MÚSCULOS DO ABDOME Texto adaptado de Simone Moreira de Macêdo, 2012. O abdome forma a porção média do tronco, situado entre o tórax e a pelve. Ao contrário das outras estruturas do tronco, o abdome não tem proteção óssea. Sendo seu esqueleto formado unicamente pela coluna vertebral e suas paredes laterais e anteriores constituídas eminentemente por músculos, isso confere a essa região a maior mobilidade encontrada no tronco. Os músculos do abdome podem ser divididos em músculos anterolaterais e músculos posteriores. Os músculos posteriores, ilíaco e 30 psoas, são comuns ao quadril e ao membro inferior e serão estudados juntamente com os músculos do membro inferior, com exceção do quadro lombar que será abordado adiante. Os músculos anterolaterais são: reto do abdome, obliquo externo e oblíquo interno, transverso e o piramidal. Músculo Reto do Abdome Também denominado Músculo Reto Abdominal. Está recoberto por uma bainha, a bainha do reto do abdome. Esta bainha mantém o músculo em sua posição e é formada pelas aponeuroses do m. obliquo externo, m. obliquo interno e m. transverso do abdome. O músculo reto do abdome é longo e aplainado, recobre toda a face anterior do abdome. Ele é intercedido por faixas fibrotendinosas chamadas interseções tendíneas. O número dessas interseções varia de pessoa para pessoa. Origem: Da 5ª a 7ª cartilagens costais, processo xifoide. Inserção: Púbis e sínfise púbica. Inervação: Sete últimos nervos intercostais. Ação: Flexão do tronco, comprime o abdome e auxilia a expiração forçada. Fonte: www.auladeanatomia.com 31 Músculo Piramidal: É pequeno e plano, tem forma triangular. Está situado no interior da bainha do reto do abdome, na região inferior do abdome próximo ao púbis. Origem: Púbis (face ventral). Inserção: Linha Alba. Inervação: Ramo ventral do 12º nervo torácico (nervo subcostal). Ação: Tenciona a linha Alba. Músculo Oblíquo Externo do Abdome: É amplo, plano e quadrangular. Recobre a face lateral do abdome com sua porção muscular e a face anterior com sua porção aponeurótica. Origem: da 5° a 12° costelas (bordas inferiores). Inserção: Crista ilíaca, ligamento inguinal e bainha do reto abdominal. Inervação: Ramos ventrais dos nervos torácicos, nervo ílio-hipogástrico e nervo ílio-inguinal. Ação: Comprime o abdome, flete e rota o tronco para o lado oposto; auxilia a expiração forçada. Músculo Oblíquo Interno do Abdome: É menor e mais fino que o m. oblíquo externo do abdome e está recoberto por este. Recobre a face anterior e lateral do abdome, está situado entre dois músculos, o m. obliquo externo do abdome e o m. transverso do abdome. Algumas de suas fibras se continuam com o funículo espermático para formar o m. cremaster. Essas fibras formam uma lâmina compacta quando estão no interior do canal inguinal, mas quando emergem pelo anel inguinal superficial formam umas serie de alças que alcançam o testículo e se inserem na túnica vaginal. Tem função de tracionar o testículo cranialmente e é inervado pelo ramo genital do nervo genitofemoral. Origem: Crista ilíaca, fáscia toracolombar e dois terços laterais do ligamento inguinal. Inserção: Bordas inferiores das últimas 3 costelas e linha alba. Inervação: Ramos ventrais dos nervos torácicos, nervo ílio-hipogástrico e nervo ílio-inguinal. Ação: Comprime, flete e rota o tronco para o mesmo lado; auxilia na expiração forçada. Músculo Transverso do Abdome: Possui esse nome porque suas fibras correm em direção transversal pelo abdome. Está situado na parte mais profunda da parede muscular da região lateral e anterior do abdome. Origem: Face interna das 6 últimas cartilagens costais, fáscia toracolombar dos processos transversos das vértebras lombares, lábio externo da crista ilíaca e ligamento inguinal. Inserção: Linha Alba nos três quartos superiores. Inervação: Ramos ventrais dos nervos torácicos (nervos intercostais posteriores) 32 nervo ílio-hipogástrico e nervo ílio-inguinal. Ação: Contrai e tenciona a parede abdominal (compressão abdominal) Músculo Quadrado Lombar: Como o seu nome já diz, é quadrilátero e também bastante espesso. Está situado na parede posterior do abdome e algumas vísceras, como cólon e rim, o tocam em sua face anterior. Origem: Crista ilíaca e ligamento ileolombar. 4 VASCULARIZAÇÃO DO TRONCO Texto adaptado de Roque Sales, 2012. 4.1 Artérias dos membros superiores A artéria subclávia (direita ou esquerda), logo após o seu início, origina a artéria vertebral que vai auxiliar na vascularização cerebral, descendo em direção a axila recebe o nomede artéria axilar, e quando, finalmente atinge o braço, seu nome muda para artéria braquial (umeral). Na região do cotovelo ela emite dois ramos terminais que são as artérias radial e ulnar que vão percorrer o antebraço. Na mão essas duas artérias se anastomosam formando um arco palmar profundo que origina as artérias digitais palmares comuns e as artérias metacarpianas palmares que vão se anastomosar. Artéria aorta: É a maior artéria do corpo, com diâmetro de 2 a 3 cm. Suas quatro divisões principais são a aorta ascendente, o arco da aorta, a aorta torácica e aorta abdominal. A aorta é o principal tronco das artérias sistêmicas. A parte da aorta que emerge do ventrículo esquerdo, posterior ao tronco pulmonar, é a aorta ascendente. Artéria Aorta - Porção Torácica: Após a curva ou arco aórtico, a artéria começa a descer do lado esquerdo da coluna vertebral dado origem aos ramos: Viscerais (nutrem os órgãos): 1- Pericárdicos 2- Bronquiais 3- Esofágicos 4- Mediastinais Parietais (irrigam a parede dos órgãos): 5- Intercostais posteriores 6- Subcostais 7- Frênicas superiores 33 Artéria Aorta - Porção Abdominal: Ao atravessar o hiato aórtico do diafragma até a altura da quarta vértebra lombar, onde termina, a aorta é representada pela porção abdominal. Nesta porção a aorta fornece vários ramos colaterais e dois terminais. Fonte: www.msdmanuals.com Veia Cava Superior: a veia cava superior tem o comprimento de cerca de 7,5 cm e diâmetro de 2 cm e origina-se dos dois troncos braquiocefálicos (ou veia braquiocefálica direita e esquerda). Cada veia braquiocefálica é constituída pela junção da veia subclávia (que recebe sangue do membro superior) com a veia jugular interna (que recebe sangue da cabeça e pescoço). Veia Cava Inferior: a veia cava inferior é a maior veia do corpo, com diâmetro de cerca de 3,5 cm e é formada pelas duas veias ilíacas comuns que recolhem sangue da região pélvica e dos membros inferiores. Seio Coronário e Veias Cardíacas: O seio coronário é a principal veia do coração. Ele recebe quase todo o sangue venoso do miocárdio. Fica situado no sulco coronário abrindo-se no átrio direito. É um amplo canal venoso para onde drenam as veias. Recebe a veia cardíaca magma (sulco interventricular anterior) em sua extremidade esquerda, veia cardíaca média 34 (sulco interventricular posterior) e a veia cardíaca parva em sua extremidade direita. Diversas veias cardíacas anteriores drenam diretamente para o átrio direito. A Artéria Coronária Esquerda passa entre a aurícula esquerda e o tronco pulmonar. Divide-se em dois ramos: ramo interventricular anterior (ramo descendente anterior esquerdo) e um ramo circunflexo. A ramo interventricular anterior passa ao longo do sulco interventricular em direção ao ápice do coração e supre ambos os ventrículos. O ramo circunflexo segue o sulco coronário em torno da margem esquerda até a face posterior do coração, originando assim a artéria marginal esquerda que supre o ventrículo esquerdo. A Artéria Coronária Direita corre no sulco coronário ou atrioventricular e dá origem ao ramo marginal direito que supre a margem direita do coração à medida que corre para o ápice do coração. Após originar esses ramos, curva-se para esquerda e contínuo o sulco coronário até a face posterior do coração, então emite a grande artéria interventricular posterior que desce no sulco interventricular posterior em direção ao ápice do coração, suprindo ambos os ventrículos. Artérias que atuam no abdome; Gástrica esquerda: Estômago e esôfago; Esplênica: Pâncreas e estômago Hepática própria: Fígado, vesícula biliar e estômago Gástrica direita: Estômago Gastroduodenal: Estômago, duodeno, pâncreas A artéria mesentérica superior é responsável pela irrigação sanguínea de parte do pâncreas, todo o intestino delgado (exceto parte do duodeno), e de parte do intestino grosso. Origina-se da aorta abdominal, abaixo da origem do tronco celíaco. A artéria mesentérica inferior tem origem na aorta abdominal, vários centímetros acima de sua bifurcação (nas artérias ilíacas comuns). É responsável pela irrigação sanguínea do intestino grosso, exceto de sua parte inicial (irrigado pela artéria mesentérica superior). Dá origem as artérias cólica esquerda e sigmoidea, e então torna-se a artéria retal superior. A artéria renal é a artéria que vasculariza o rim. Existem em número de duas, uma para cada rim que nascem da artéria aorta e se dirigem até ao rim através do seu hilo. Devido à posição ligeiramente à esquerda da linha média da artéria aorta, a artéria renal esquerda é mais curta que a direita, que contorna posteriormente a veia 35 cava inferior. Ramificam-se de seguida em dois grandes ramos (anteropiélico e retropiélico), que antes de penetrar no tecido renal se dividem em várias artérias segmentárias. Após este processo elas seguem para o néfron onde ocorre a filtração e formação da urina Os ramos terminas da artéria aorta são artéria ilíaca comum direita e artéria ilíaca comum esquerda. 4.2 Veias dos membros superiores As veias profundas dos membros superiores seguem o mesmo trajeto das artérias dos membros superiores. As veias superficiais dos membros superiores: A veia cefálica tem origem na rede de vênulas existente na metade lateral da região da mão. Em seu percurso ascendente ela passa para a face anterior do antebraço, a qual percorre do lado radial, sobe pelo braço onde ocupa o sulco bicipital lateral e depois o sulco deltopeitoral e em seguida se aprofunda, perfurando a fáscia, para desembocar na veia axilar. A veia basílica origina-se da rede de vênulas existente na metade medial da região dorsal da mão. Ao atingir o antebraço passa para a face anterior, a qual sobe do lado ulnar. No braço percorre o sulco bicipital medial até o meio do segmento superior, quando se aprofunda e perfura a fáscia, para desembocar na veia braquial medial. A veia mediana do antebraço inicia-se com as vênulas da região palmar e sobe pela face anterior do antebraço, paralelamente e entre as veias cefálica e basílica. Nas proximidades da área flexora do antebraço, a veia mediana do antebraço se bifurca, dando a veia mediana cefálica que se dirige obliquamente para cima e lateralmente para se anastomosar com a veia cefálica, e a veia mediana basílica que dirige obliquamente para cima e medialmente para se anastomosar com a veia basílica. Veias do tórax e abdome: Tórax: encontramos duas exceções principais: - A primeira se refere ao seio coronário que se abre diretamente no átrio direito. - A segunda disposição venosa diferente é o sistema de ázigos. 36 As veias do sistema de ázigo recolhem a maior parte do sangue venoso das paredes do tórax e abdome. Do abdome o sangue venoso sobe pelas veias lombares ascendentes; do tórax é recolhido principalmente por todas as veias intercostais posteriores. O sistema de ázigo forma um verdadeiro "H" por diante dos corpos vertebrais da porção torácica da coluna vertebral. O ramo vertical direito do "H" é chamado veia ázigos. O ramo vertical esquerdo é subdividido pelo ramo horizontal em dois segmentos, um superior e outro inferior. O segmento inferior do ramo vertical esquerdo é constituído pela veia hemiázigos, enquanto o segmento superior desse ramo recebe o nome de hemiázigo acessória. O ramo horizontal é anastomótico, ligando os dois segmentos do ramo esquerdo com o ramo vertical direito. Finalmente a veia ázigo vai desembocar na veia cava inferior. Abdome: no abdome, há um sistema venoso muito importante que recolhe sangue das vísceras abdominais para transportá-lo ao fígado. É o sistema da veia porta. Fonte: projetos.mmrj.eti.br A veia porta é formada pela anastomose da veia esplênica (recolhe sangue do baço) com a veia mesentérica superior. A veia esplênica, antes dese anastomosar com a veia mesentérica superior, recebe a veia mesentérica inferior. 37 Depois de constituída, a veia porta recebe ainda as veias gástrica esquerda e prepilórica. Ao chegar nas proximidades do hilo hepático, a veia porta se bifurca em dois ramos (direito e esquerdo), penetrando assim no fígado. No interior do fígado, os ramos da veia porta realizam uma verdadeira rede. Vão se ramificar em vênulas de calibre cada vez menor até a capilarização. Em seguida os capilares vão constituindo novamente vênulas que se reúnem sucessivamente para formar as veias hepáticas as quais vão desembocar na veia cava inferior. A veia gonodal do lado direito vai desembocar em um ângulo agudo na veia cava inferior, enquanto a do lado esquerdo desemboca perpendicularmente na veia renal. A circulação porta hepática desvia o sangue venoso dos órgãos gastrointestinais e do baço para o fígado antes de retornar ao coração. A veia porta hepática é formada pela união das veias mesentérica superior e esplênica. A veia mesentérica superior drena sangue do intestino delgado e partes do intestino grosso, estômago e pâncreas. A veia esplênica drena sangue do estômago, pâncreas e partes do intestino grosso. A veia mesentérica inferior, que deságua na veia esplênica, drena partes do intestino grosso. O fígado recebe sangue arterial (artéria hepática própria) e venoso (veia porta hepática) ao mesmo tempo. Por fim, todo o sangue sai do fígado pelas veias hepáticas que deságuam na veia cava inferior. 5 ANATOMIA DOS MEMBROS SUPERIORES E INFERIORES Os membros superiores 3 fazem parte do esqueleto apendicular, sendo articulados ao esqueleto axial por meio das cinturas escapulares. O esqueleto axial é formado por todos os ossos do crânio, ossos da coluna vertebral, osso esterno e todas as costelas. O esqueleto apendicular é constituído pelos ossos dos membros superiores (úmero, rádio, ulna, ossos do carpo, metacarpos e falanges proximais, médias e distais), pelos ossos da cintura escapular (escápula e clavícula), pelos ossos dos 3 1 Djanira Aparecida da Luz Veronez Biomédica. Doutora em Ciências Médicas área de concentração Neurociências pela Universidade Estadual de Campinas. Professora do departamento de anatomia da Universidade Federal do Paraná. 38 membros inferiores (fêmur, patela, tíbia, fíbula, tarsos, metatarsos e falanges) e pelos ossos da cintura pélvica (ossos do quadril). 5.1 Ossos dos membros superiores e cintura escapular Os membros superiores são divididos em regiões, como o braço, antebraço e mão. O braço corresponde à região compreendida entre a articulação do ombro e a articulação do cotovelo; o antebraço, região compreendida entre a articulação do cotovelo e a articulação do punho; e a mão, correspondendo ao segmento mais distal dos membros superiores. Osso do Braço Úmero O osso situado na região do braço é o úmero. São em número de dois: o úmero direito e o úmero esquerdo. O úmero é um osso classificado como osso longo, contendo, como principais acidentes anatômicos, a cabeça do úmero, o tubérculo maior, o tubérculo menor, o sulco intertubercular, o colo anatômico, o colo cirúrgico, a tuberosidade deltoidea, o capítulo, a tróclea; a fossa do olecrano, o epicôndilo medial, o sulco no nervo ulnar, o epicôndilo lateral, a fossa coronoide e a fossa radial. O úmero se articula superiormente com a cavidade glenoide da escápula, para compor a articulação do ombro e, inferiormente (distalmente) com o rádio lateralmente; e com a ulna medialmente para compor a articulação do cotovelo. Fonte: Sobotta, J. Atlas de Anatomia Humana. 23ª edição. 2013. 39 Ossos do Antebraço Rádio O rádio é um osso classificado como longo, encontrado lateralmente à ulna, no antebraço. Os principais acidentes ósseos do rádio são a cabeça do rádio; a circunferência articular da cabeça do rádio; a tuberosidade do rádio; a margem ou borda interóssea; a incisura ulnar; a face articular do carpo, o processo estiloide e o colo do rádio. O rádio articula-se proximalmente pela concavidade da cabeça do rádio, com o capítulo do úmero; a circunferência articular da cabeça do rádio articula-se com a incisura radial da ulna. Distalmente articula-se com a primeira proximal dos ossos do carpo por meio da face articular do carpo e com a ulna pela incisura ulnar. Ulna: A ulna é osso classificado como longo, localizado medialmente ao rádio na região do antebraço. Apresenta como principais acidentes anatômicos o processo coronoide; a incisura troclear; a incisura radial; o olécrano da ulna; a borda interóssea; a cabeça da ulna; a circunferência articular da cabeça da ulna e o processo estiloide. Fonte: www.geocities.ws 40 A ulna proximalmente articula-se com a tróclea do úmero por meio da incisura troclear. Também proximalmente, articula-se com o rádio, por meio da incisura radial. Essa juntura possibilita o desenvolvimento de movimentos de pronação e supinação. A face inferior da cabeça da ulna, distalmente articula-se com a fileira proximal dos ossos do carpo. A circunferência articular da cabeça da ulna articula-se com a incisura ulnar do rádio, lateralmente. Ossos da Mão: Ossos do carpo: Os ossos do carpo são em número de oito, bilateralmente classificados como ossos cúbicos, dispostos em duas fileiras, uma proximal e outra distal. A fileira proximal é constituída por quatro ossos, posicionados anatomicamente de lateral para medial com ossos escafoide; semilunar; piramidal e pisiforme (menor dos ossos do carpo). Essa fileira proximal articula-se com o rádio (exceto pisiforme). A fileira distal dos ossos do carpo é constituída, de lateral para medial, pelos ossos: trapézio; trapezoide; capitato e hamato (ou uncinado). Fonte: www.raiosxbr.com As fileiras proximal e distal dos ossos do carpo compõem as articulações intercarpais entre si. 41 A fileira distal se junta aos ossos metacarpos por meio das articulações carpometacarpeanas. Metacarpos Os ossos metacarpos denominados de I a V, de lateral para medial, articulam- se com os carpos, proximalmente (articulações carpometacarpeanas) e com as falanges distalmente (articulações metacarpofalangeanas); os quatro metacarpos mediais (II ao V) ainda se articulam entre si por meio de suas bases. Falanges As falanges são ossos pequenos no tamanho, porém, quanto às suas dimensões (comprimento, largura e espessura), são classificadas como ossos longos. Cada dedo possui três falanges (falange proximal, falange média e falange distal) com exceção do polegar, que possui apenas duas (falange proximal e falange distal). As falanges das mãos articulam-se proximalmente com os ossos metacarpos por meio das articulações metacarpofalangeanas e entre si por meio das articulações interfalangeanas. Fonte: www.auladeanatomia.com 42 Ossos da cintura escapular: Escápula A escápula é um osso laminar (ou osso plano). Apresenta como principais acidentes anatômicos o acrômio; o processo coracoide da escápula; a fossa supraespinhal; a fossa infraespinhal; a fossa subescapular; a espinha da escápula e a cavidade glenoide. Possui três bordas, superior, medial e lateral e três ângulos, superior, inferior, lateral. A escápula se articula com o úmero pela cavidade glenoide (articulação do ombro) e com a clavícula por meio do acrômio e da extremidade acromial da clavícula (articulação acromioclavicular). Fonte: www.radiologia-salud.es Clavícula: A clavícula é um osso classificado como longo, disposto transversalmente na fase anterior e proximal do tronco. Apresenta como principais acidentes anatômicos a extremidade esternal da clavícula; a extremidade acromial; o corpo da clavícula; o tubérculo conoide e a linha trapezoide. 43 A clavícula se articula medialmentecom o osso esterno (articulação esternoclavicular) e lateralmente com a escápula (articulação acromioclavicular). É responsável pela sustentação de todo o membro superior. Fonte: www.auladeanatomia.com 6 OSSOS DOS MEMBROS INFERIORES E CINTURA PÉLVICA Ossos Ilíacos: O membro inferior é especializado para sustentar o peso do corpo e a locomoção, a capacidade de mover-se de um lugar para outro e manter o equilíbrio, a condição de estar uniformemente balanceado. Os membros inferiores são conectados ao tronco pelo cíngulo do membro inferior (ossos do quadril e sacro). O esqueleto do membro inferior é formado pelos dois ossos do quadril, unidos na sínfise púbica e no sacro. O cíngulo do membro inferior e o sacro juntos formam a pelve óssea. Os membros inferiores são divididos em regiões como a coxa, perna e pé. A coxa corresponde à região compreendida entre a articulação do quadril e a articulação do joelho; a perna, região compreendida entre a articulação do joelho e a articulação do tornozelo; e o pé, correspondendo ao segmento mais distal dos membros inferiores. 44 Fonte: www.auladeanatomia.com Osso da Coxa Fêmur O fêmur é um osso classificado como osso longo pelas suas dimensões. Quanto ao seu tamanho, é definido como o maior osso do corpo humano. É o único osso longo entre a extremidade distal do quadril e a articulação do joelho. Os principais acidentes anatômicos do fêmur são a cabeça do fêmur, a fóvea da cabeça do fêmur, o colo da cabeça do fêmur, o trocânter maior, o trocânter menor, a crista intertrocantérica, o sulco intertrocantérico, o corpo ou diáfise do fêmur, linha pectínea, a linha áspera, os côndilos femurais, os epicôndilos femorais, o tubérculo adutor, a fossa poplítea e a fossa intercondilar. O fêmur se articula proximamente com o osso do quadril por meio da articulação coxofemoral ou articulação do quadril e distalmente com os ossos da perna, tíbia e fíbula, por meio da articulação do joelho. 45 Fonte: www.auladeanatomia.com Na articulação do joelho, um osso sesamoide (ossos que surgem entre articulações ou músculos) se encontra presente, a patela. Patela: A patela é um pequeno osso com aspecto triangular que apresenta seu ápice inferior e base superior. A face anterior é côncava e a face posterior (face articular da patela) é lisa e ovalada. Os principais acidentes anatômicos da patela são a base da patela; o ápice da patela; a face articular lateral e a face articular medial. A patela é um osso sesamoide formado no interior da articulação do joelho. Articula-se com o fêmur por meio da articulação patelofemoral. Fonte: www.auladeanatomia.com 46 Tíbia: A tíbia é um osso classificado como longo com aspecto prismático. Apresenta três faces, face medial, face lateral e face posterior. Os principais acidentes anatômicos da tíbia são o côndilo medial da tíbia; o côndilo lateral da tíbia; o tubérculo intercondilar lateral, o tubérculo intercondilar medial; a eminência intercondilar; as facetas articulares (platô tibial); a tuberosidade da tíbia (local de fixação do tendão patelar), o corpo da tíbia (diáfise), a crista ou borda anterior da tíbia; o maléolo medial da tíbia e a incisura fibular. A tíbia se articula, proximalmente, com o fêmur por meio da articulação tibiofemoral medial e articulação tibiofemoral lateral. Fonte: s3.amazonaws.com Fíbula A fíbula é um osso longo, multifacetado, presente lateralmente à tíbia, na perna. Os principais acidentes anatômicos da fíbula são: a cabeça da fíbula, o ápice da cabeça da fíbula, o colo da fíbula, o corpo da fíbula (diáfise), o maléolo lateral e o sulco do maléolo lateral da fíbula. A fíbula se articula com a tíbia proximalmente (articulação tibiofibular proximal) e com a tíbia e o tálus, distalmente (articulação talocrural). Ossos do Pé: Ossos do Tarso 47 Os ossos do tarso são em número de sete da porção proximal do pé. São classificados como ossos cúbicos e são denominados ossos do tarso ou ossos tarsais São eles: o tálus, o calcâneo, o navicular, o cuboide, osso cuneiforme lateral, osso cuneiforme intermédio e osso cuneiforme medial. O tálus é o único osso do tarso que participa na constituição da articulação do tornozelo junto com a tíbia e a fíbula (articulação talocrural). O tálus se articula com o calcâneo compondo a articulação subtalar. Os ossos do tarso compõem as articulações intertarpais entre si. Os ossos cuneiformes, medial, intermédio e lateral, e o osso cuboide juntam-se aos ossos metatarsos por meio das articulações tarsometatarseanas. Fonte: www.auladeanatomia.com Metatarsos: Os ossos metatarsos são cinco ossos do pé denominados, de medial para lateral, como I, II, III, IV e V osso metatarso do pé. Os principais acidentes anatômicos dos metatarsos são a cabeça do osso metatarso, o corpo do osso metatarso, a base do osso metatarso. Os ossos metatarsos articulam-se com os ossos do tarso por meio das articulações tarsometatarseanas e formam junturas com as falanges proximais dos dedos dos pés por meio das articulações metatarsofalangeanas. Falanges: 48 Como ocorre nas mãos, as falanges são ossos pequenos no tamanho, porém, quanto as suas dimensões (comprimento, largura e espessura), são classificadas como ossos longos. Nos pés as falanges formam o esqueleto dos dedos dos pés (artelhos). Os dedos dos pés são numerados de I a V, iniciando do lado medial (hálux). Cada dedo possui três falanges (falange proximal, falange média e falange distal) com exceção do hálux (I artelho), que possui apenas duas (falange proximal e falange distal). As falanges dos pés articulam-se proximalmente com os ossos metatarsos por meio das articulações metatarsofalangeanas e entre si por meio das articulações interfalangeanas. Ossos da cintura pélvica: A cintura pélvica é constituída pelos ossos do quadril, direito e esquerdo. É responsável pela junção dos ossos do esqueleto apendicular dos membros inferiores ao esqueleto axial. Osso do Quadril Cada osso do quadril é formado pela ossificação de três ossos, o íleo, ísquio e púbis. Apresenta uma forma complexa com características de osso plano e irregular. Os principais acidentes anatômicos do osso do quadril são a área do osso Íleo, a área do osso ísquio, a área do osso púbis, a espinha ilíaca anterossuperior, a espinha ilíaca anteroinferior, a espinha ilíaca posterossuperior, a espinha ilíaca posteroinferior, a crista ilíaca, a face glútea, a linha glútea anterior, a linha glútea inferior, a linha glútea posterior, a fossa ilíaca, a face auricular, o tuber isquiático, a incisura isquiática menor, a espinha isquiática, a incisura isquiática maior, o corpo do osso ísquio, o ramo do osso ísquio, o corpo do osso púbis, o ramo superior do osso púbis, o ramo inferior do osso púbis, o tubérculo púbico e a face sinfisial. Os dois ossos do quadril articulam-se anteriormente por meio da articulação sínfise púbica. Posteriormente, cada osso do quadril se articula com a porção superior do osso sacro (articulação sacroilíaca) e lateralmente com o osso fêmur (articulação do quadril). 6.1 Principais articulações dos membros superiores Articulação do ombro: 49 É formada pela junção de três ossos, a escápula, a clavícula e o úmero. O complexo ombro é constituído por duas articulações, a articulação acromioclavicular e a articulação glenoumeral. A articulação acromioclavicular é uma articulação sinovial plana entre a extremidade acromial da clavícula e a borda medial do acrômio da escápula. É formada pelas seguintes estruturas: a membrana sinovial (membrana conjuntiva delgada, responsável pela produção do líquido sinovial); o líquido sinovial (líquido viscoso que atua como um lubrificante orgânico); a cápsula articular (revestimento conjuntivo fibroso, espesso, que há em toda a articulação acromioclavicular);o ligamento acromioclavicular (constituído por fibras paralelas de tecido conjuntivo que se estendem da extremidade acromial da clavícula até o acrômio da escápula); o ligamento coracoclavicular (ligamento conjuntivo que une a clavícula ao processo coracoide da escápula e é formado por dois ligamentos, o ligamento trapezoide e o ligamento conoide); o ligamento coracoacromial (apresenta-se como um resistente feixe ligamentar triangular disposto entre o processo coracoide e o acrômio da escápula); o ligamento transverso superior (é um delgado feixe ligamentar, achatado, inserido entre o processo coracoide e na incisura da escápula). A articulação glenoumeral, também denominada articulação escapuloumeral, é uma articulação sinovial esferoide (formada entre uma extremidade óssea côncava, a cavidade glenoidal da escápula, e outra extremidade óssea com formato semiesferoide, a cabeça do úmero). É constituída pelas seguintes estruturas, a saber, a membrana sinovial; o líquido sinovial; a cápsula articular (que envolve toda a cavidade glenoide e a cabeça do úmero); o ligamento córaco-umeral (um amplo feixe que fortalece a parte superior da cápsula articular do ombro); os ligamentos glenoumerais superior, médio e inferior (localizados na face anterior da articulação do ombro, são três ligamentos espessos sobre a cápsula articular); o ligamento transverso do úmero (apresenta-se como uma delgada lâmina de fibras conjuntivas curtas e transversais que unem o tubérculo maior e o menor do úmero para manter o tendão da cabeça longa do músculo bíceps braquial no sulco intertubercular); o lábio glenoidal (também denominada orla fibrocartilaginosa ou bordelete e se localiza inserida ao redor da borda da cavidade glenoidal da escápula). 50 Fonte: www.auladeanatomia.com Articulação do Cotovelo A articulação do cotovelo é classificada como uma articulação sinovial (que contém o líquido sinovial, um lubrificante orgânico para a articulação) do tipo gínglimo (articulação em dobradiça, ou seja, uma articulação em que predominam os movimentos de flexão e extensão). O complexo cotovelo apresenta a junção de três articulações, a articulação umeroulnar (entre a tróclea do úmero e a incisura troclear da ulna); a articulação umerorradial (entre o capítulo do úmero e a cabeça do rádio) e a articulação radioulnar proximal (entre a cabeça do rádio e a incisura radial da ulna). Todas as superfícies articulares são reunidas por uma cápsula articular espessada medial e lateralmente pelos ligamentos colaterais ulnar e radial. 51 Fonte: www.auladeanatomia.com Os componentes articulares da articulação umeroulnar e articulação umerorradial são a membrana sinovial; o líquido sinovial; a cápsula articular (que circunda toda a articulação do cotovelo); o ligamento colateral ulnar (apresenta-se como um feixe triangular espesso entre a extremidade distal do úmero e a extremidade proximal da ulna, medialmente); o ligamento colateral radial (é um feixe conjuntivo fibroso triangular entre a extremidade distal do úmero e a extremidade proximal do rádio, lateralmente). A articulação radioulnar proximal é classificada como uma juntura trocoide ou em pivô, onde o encaixe ósseo possibilita a execução dos movimentos de pronação e supinação do antebraço e mão. É formada entre a circunferência da cabeça do rádio e o anel formado pela incisura radial da ulna e o ligamento anular (um espesso e resistente feixe de fibras conjuntivas que envolve a cabeça do rádio, mantendo-a em contato com a incisura radial da ulna). Articulação do Punho A articulação do punho é um complexo articular constituído pela articulação radioulnar distal e articulação radiocárpica. A articulação radioulnar distal é uma juntura trocoide formada entre a cabeça da ulna e a incisura ulnar da extremidade inferior do rádio. É constituída pela cápsula articular (feixes de fibras conjuntivas inseridas nas margens da incisura ulnar e na cabeça da ulna contendo dois 52 espessamentos denominados ligamento radioulnar ventral e radioulnar dorsal) e pelo disco articular (um disco fibrocartilaginoso com formato triangular inserido transversalmente sob a cabeça da ulna). Fonte: www.auladeanatomia.com A articulação radiocárpica é uma articulação sinovial formada pela extremidade distal do rádio e a face distal do disco articular com os ossos do carpo, escafoide, semilunar e piramidal. É constituída pelos componentes articulares: o ligamento radiocárpico palmar (um largo feixe membranoso inserido na margem anterior da extremidade distal do processo estiloide do rádio e na face palmar da extremidade distal da ulna; suas fibras se dirigem distalmente para inserir-se nos ossos escafoide, semilunar e piramidal); o ligamento radiocárpico dorsal (entre a borda posterior da extremidade distal do rádio e os ossos escafoide, semilunar e piramidal); o ligamento colateral ulnar (um feixe conjuntivo inserido proximalmente na extremidade do processo estiloide da ulna e distalmente nos ossos piramidal e pisiforme); o ligamento colateral radial (que se estende do ápice do processo estiloide do rádio até o osso escafoide); a membrana sinovial; e o líquido sinovial. 53 6.2 Principais articulações dos membros inferiores Articulação do Quadril A articulação do quadril, também denominada articulação coxofemoral, é uma juntura classificada como sinovial do tipo esférica, formada pela cabeça do fêmur e a cavidade do acetábulo. Fonte: www.ebah.com.br É constituída pelos seguintes componentes articulares, a membrana sinovial; o líquido sinovial; a orla fibrocartilaginosa do acetábulo (anel fibrocartilaginoso inserido na margem do acetábulo); o ligamento da cabeça do fêmur (feixe de fibras conjuntivas entre o ápice da fóvea da cabeça do fêmur e a incisura da cavidade do acetábulo); a cápsula articular (membrana conjuntiva fibrosa mais espessa nas regiões proximal e anterior da articulação do quadril e delgada e frouxa, posteriormente); o ligamento iliofemoral (um feixe conjuntivo espesso e resistente, situado anteriormente à articulação do quadril, entre a região do osso íleo até a extremidade proximal do fêmur); o ligamento pubofemoral (entre o ramo superior do osso púbis e a extremidade proximal do fêmur; estes se fundem com a cápsula articular e com a face profunda do feixe vertical do ligamento iliofemoral) e o ligamento isquiofemoral (que consiste de um feixe de fibras conjuntivas com formato triangular, que segue da região do osso 54 ísquio, distal e posteriormente ao acetábulo e funde-se com as fibras circulares da cápsula articular). Articulação do Joelho A articulação do joelho é a maior e mais completa articulação sinovial do corpo. Corresponde a um complexo articular formado pela articulação patelofemoral (classificada como juntura sinovial plana), articulação tibiofemoral medial e articulação tibiofemoral lateral (classificadas como juntura sinovial condilar, gínglimo). Fonte: www.auladeanatomia.com A articulação do joelho apresenta os seguintes componentes: a cartilagem articular (cartilagem hialina que reveste as faces articulares da patela, do fêmur e da tíbia para favorecer a congruência entre os ossos, causar deslizamentos e evitar o atrito entre os ossos); os meniscos, medial e lateral (anéis fibrocartilaginosos semicirculares que atuam como amortecedores orgânicos); membrana sinovial (membrana conjuntiva delgada responsável pela produção do líquido sinovial); o líquido sinovial (líquido viscoso que atua como um lubrificante orgânico); o ligamento cruzado anterior (ligamento intra-articular que se insere na eminência intercondilar da tíbia e segue até a face medial do côndilo lateral do fêmur); o ligamento cruzado posterior (ligamento intra-articular que se insere na fossa intercondilar posterior da tíbia e na extremidade posteriordo menisco lateral e se dirige anteriormente e medialmente, para se fixar na parte anterior da face medial do côndilo medial do 55 fêmur); o ligamento transverso (ligamento intra-articular que une a margem anterior, convexa, do menisco lateral, à extremidade anterior do menisco medial); o ligamento colateral tibial (ligamento extracapsular, é um feixe conjuntivo largo entre o côndilo medial do fêmur e o côndilo medial da tíbia); o ligamento colateral fibular (ligamento extracapsular, apresenta-se como um feixe conjuntivo fibroso, espesso, entre o côndilo lateral do fêmur e a cabeça da fíbula); o ligamento patelar (corresponde à porção do tendão distal de inserção do músculo quadríceps femoral entre a patela e a tuberosidade da tíbia; é um ligamento extracapsular) e a cápsula articular (uma membrana fibrosa que atua como um ligamento capsular). Articulação do tornozelo: O tornozelo é uma articulação sinovial composta pela extremidade distal da tíbia e fíbula e o osso tálus (osso do tarso). O complexo articular do tornozelo é constituído pela articulação tibiofibular distal, articulação talocrural e articulação subtalar. A articulação tibiofibular distal é classificada como uma articulação sindesmose (articulação fibrosa) presente entre a tíbia e a fíbula anterior e distalmente. A articulação talocrural é formada pela juntura entre os ossos da perna (tíbia e fíbula) e o osso do pé (tálus); é uma articulação classificada como sinovial gínglimo (dobradiça). A articulação subtalar é uma articulação sinovial plana formada entre o osso tálus e o calcâneo. A articulação do tornozelo possui os seguintes componentes articulares, a membrana sinovial; o líquido sinovial; a cápsula articular (membrana fibrosa que recobre a articulação); o ligamento deltoide (um feixe de tecido conjuntivo, com formato triangular localizado na face medial entre a extremidade distal da tíbia e os ossos do tarso, tálus, calcâneo e navicular); o ligamento colateral lateral constituído pelos feixes de fibras conjuntivas do ligamento talofibular anterior (presente da margem anterior do maléolo lateral da fíbula até o tálus), do ligamento talofibular posterior (insere-se na parte medial e posterior do maléolo lateral da fíbula para a face posterior do tálus) e do ligamento calcaneofibular (segue do ápice do maléolo lateral da fíbula para a face lateral do calcâneo). 56 7 MÚSCULOS DOS MEMBROS SUPERIORES E INFERIORES Músculos do Ombro ou Escapulares4 Deltoide: origina-se da espinha da escápula, acrômio e terço acromial da clavícula e se insere na tuberosidade deltoidea do úmero. Agindo em conjunto realiza a abdução do braço. As fibras anteriores fazem flexão e rotação medial do braço; as médias abduzem e as posteriores fazem extensão e rotação lateral. Inervação: Nervo Axilar (C5 e C6). Supraespinhal: origina-se da fossa supraespinhal da escápula e se insere no tubérculo maior do úmero. Auxilia o deltoide na abdução do braço. Inervação: Nervo Supra-escapular (C5 e C6). Infraespinhal: origina-se da fossa supraespinhal da escápula e se insere no tubérculo maior do úmero. Faz a rotação lateral do braço. Inervação: Nervo Supra- escapular (C5 e C6). Redondo Menor: origina-se da borda lateral da escápula, nos 2/3 superiores e se insere na tuberosidade maior do úmero. Promove rotação lateral do braço. Inervação: Nervo Axilar (C5 e C6). Redondo Maior: origina-se do 1/3 inferior da borda lateral e ângulo inferior da escápula e se insere na crista do tubérculo menor do úmero. Aduz e roda o braço medialmente. Inervação: Nervo Subescapular Inferior – Fascículo posterior do plexo braquial (C5 e C6). Subescapular: origina-se da fossa subescapular da escápula e se insere no tubérculo menor do úmero. Aduz e roda medialmente o braço. Inervação: Nervo Subescapular Superior e Inferior – Fascículo posterior (C5 e C6). 4 Texto adaptado do link http://www.medicina.ufba.br/educacao_medica/graduacao/curriculo_minimo/anatomia_ii/roteiros/musc ulos_membros_sup.pdf 57 Fonte: www.auladeanatomia.com. OBS: o supraespinhal, infraespinhal, redondo menor e subescapular formam um grupo muscular, denominado manguito rotador, que têm a função de estabilizar a cabeça do úmero na cavidade glenoide. 58 Fonte: www.auladeanatomia.com Músculos do Braço Coracobraquial: origina-se do processo coracoide da escápula e se insere no terço médio do úmero, medialmente. Promove adução e flexão do braço. Inervação: Nervo Musculocutâneo (C5 e C6). Bíceps Braquial: a porção curta origina-se do processo coracóide da escápula; a porção longa origina-se do tubérculo supraglenoidal da escápula. Ambas as porções se inserem na tuberosidade do rádio. Flete e supina o antebraço. A porção longa traciona a cabeça umeral sobre a cavidade glenoide. Inervação: Nervo Musculocutâneo (C5 e C6). Braquial: origina-se dos 2/3 distais da face anterior do úmero e se insere no processo coronoide e tuberosidade da ulna. Flete o antebraço. Inervação: Nervo Musculocutâneo (C5 e C6). Tríceps Braquial: a porção longa origina-se do tubérculo infraglenoidal da escápula; a porção lateral da face posterior do úmero (acima do sulco do nervo radial); a porção medial da face posterior do úmero, abaixo do sulco do nervo radial. Todas as porções formam um tendão único que se insere na face posterior do olécrano. 59 Estende o antebraço. A porção longa estende e aduz o braço. Inervação: Nervo Radial (C7 – C8). Ancôneo: origina-se do epicôndilo lateral do úmero e se insere no olécrano e parte superior da face posterior da ulna. Estende o antebraço, auxiliando o tríceps; estabiliza posteriormente o cotovelo. Inervação: Nervo Radial. Músculos do Antebraço: Pronadores Pronador redondo: origina-se do epicôndilo medial (EM) do úmero e processo coronoide da ulna e se insere no terço médio da face lateral do rádio. Prona e flete o antebraço. Pronador quadrado: origina-se da face anterior da ulna, distalmente e se insere na face anterior do rádio, distalmente. Prona o antebraço e estabilizam a união distal entre o rádio e a ulna. Supinadores Supinador: estende-se desde o epicôndilo lateral (EL), ligamentos colateral radial e anular, fossa supinadora e crista da ulna e se insere na face lateral, posterior e anterior do terço proximal do rádio. Supina o antebraço. Flexores superficiais e profundos Braquiorradial: origina-se da crista supracondilar lateral do úmero e se insere na face lateral do rádio, acima do processo estiloide. Flete o antebraço. Flexor radial do carpo: origina-se do EM e se insere na base do 2º metacarpo. Promove flexão e abdução da mão. 60 Fonte: www.auladeanatomia.com Palmar longo: origina-se do EM e se insere na aponeurose palmar. Flete a mão e traciona a aponeurose palmar. Flexor ulnar do carpo: origina-se do EM, ligamento colateral ulnar e processo coronoide da ulna e se insere nos ossos pisiforme, hamato e 5º metacarpo. Flete e aduz a mão. Flexor superficial dos dedos: origina-se do EM, ligamento colateral ulnar, processo coronoide da ulna e borda anterior do rádio, proximalmente. Insere-se por 4 tendões na base da falange média dos 4 dedos mediais. Atua fletindo principalmente a falange média. Flexor profundo dos dedos: origina-se dos 3/4 proximais das faces anterior e medial da ulna e membrana interóssea. Insere-se na base das falanges distais dos 4 dedos mediais. Flete as falanges distais 61 Fonte: www.auladeanatomia.com Extensores superficiais e profundos Extensor radial longo do carpo: origina-se da crista supracondilar lateral do úmero e se insere na base do 2º metacarpo. Estende e abduz a mão. Extensor radial curto do carpo: origina-se do (EL) do úmero e se insere na base do 3º metacarpo. Estende e abduz a mão. Extensor ulnar do carpo:origina-se do EL e borda posterior da ulna e se insere na base do 5º metacarpo. Estende e aduz o punho. Extensor dos dedos: origina-se do EL e se insere nas expansões extensoras dos 4 dedos mediais. Estende os 4 dedos mediais e a mão. Extensor do dedo mínimo: origina-se do EL e se insere na expansão extensora do 5º dedo. Estende o 5º dedo. 62 Fonte: www.auladeanatomia.com Extensor do indicador: origina-se do 1/3 distal da face posterior da ulna e membrana interóssea e se insere na expansão extensora do 2º dedo. Principalmente estendem o 2º dedo. Músculos extrínsecos do polegar: Flexor longo do polegar: origina-se do 1/3 médio da face anterior do rádio e membrana interóssea e se insere na base da falange distal do polegar. Flete as falanges do polegar. Abdutor longo do polegar: origina-se das faces posteriores da ulna, rádio e membrana interóssea e se insere na base do 1º metacarpo (face lateral). Principalmente abduz o polegar. Extensor curto do polegar: origina-se da face posterior do rádio e membrana interóssea e se insere na base da falange proximal do polegar. Principalmente estende a falange proximal do polegar. Extensor longo do polegar: origina-se do 1/3 distal da face posterior da ulna e membrana interóssea e se insere na base da falange distal do polegar. Principalmente estende a falange distal do polegar. Músculos da mão 63 Os músculos da mão são compreendidos por músculos motores intrínsecos responsáveis pelos movimentos dos dedos, ou seja, são músculos que originam nos ossos do carpo, metacarpo e se inserem nos dedos (falanges). Existe o compartimento tênar, onde encontramos músculos tênares, composto pelo oponente do polegar, abdutor curto do polegar e o flexor curto do polegar. Inervação: Nervo Mediano (C8 e T1), nervo mediano e nervo ulnar (flexor curto do polegar). Fonte: www.auladeanatomia.com O compartimento adutor é compreendido por apenas o músculo adutor do polegar. No compartimento hipotênar, encontramos os músculos hipotênares, palmar curto, abdutor do dedo mínimo, flexor curto do dedo mínimo e o oponente do dedo mínimo. Inervação: Nervo Ulnar (C8 e T1). O músculo flexor curto do polegar se encontra também superficial e ao lado do abdutor curto do polegar, porém mais medial. Inervação: Nervo Mediano e Nervo ulnar. Já o músculo oponente do polegar é o último desse compartimento e encontra- se na região lateral da palma da mão e posterior ao abdutor curto do polegar. 64 O segundo compartimento (adutor) é representado pelo músculo adutor do polegar. Este é encontra-se medialmente ao músculo flexor curto do polegar e representa a transição entre a eminência tênar e hipotênar. Inervação: Nervo Mediano e Nervo ulnar. No terceiro compartimento (hipotênar) encontramos o músculo palmar curto, mais superficial na palma da mão em relação a todos deste compartimento. Inervação: Nervo Ulnar (C8 e T1). O músculo abdutor do dedo mínimo é visto abaixo do músculo palmar curto. É superficial e também medial nesta região. Inervação: Nervo Ulnar (C8 e T1). O músculo flexor curto do dedo mínimo é observado profundamente e posterior (com uma pequena porção póstero lateral) ao abdutor do dedo mínimo. Inervação: Nervo Ulnar (C8 e T1). Já o músculo oponente do dedo mínimo encontra-se profundamente e lateral ao músculo flexor curto do dedo mínimo. Inervação: Nervo Ulnar (C8 e T1). Por último, no quarto compartimento (central), observamos os lumbricais I ao IV. Estes são quatros músculos pequenos profundos que encontram junto aos tendões dos flexores profundos dos dedos. Inervação: Nervo Mediano (1º e 2º) e Nervo Ulnar (3º e 4º) (C8 e T1). Os músculos interósseos dorsais são encontrados no dorso da mão e profundamente na região central. Inervação: Nervo Ulnar (C8 – T1). Já os interósseos palmares são observados na palma da mão, sendo também profundamente na região central da mão. Inervação: Nervo Ulnar (C8 – T1). Fonte: www.auladeanatomia.com 65 Fonte: www.auladeanatomia.com Músculos dos membros inferiores5 Músculos do Quadril Músculo Ilíaco É um músculo plano e triangular que está situado na fossa ilíaca e é recoberto parcialmente pelo m. psoas. Origem: Fossa ilíaca e espinha ilíaca anteroinferior. Inserção: Trocânter menor e linha áspera. Inervação: Ramos musculares do plexo lombar. Ação: Flexão do quadril Músculo Psoas É um músculo volumoso e fusiforme. Está situado ao lado da coluna lombar, na face posterior da cavidade abdominal. É composto por duas porções que também podem ser consideradas como músculos individuais. À maior porção dá-se o nome de Psoas Maior (em latim psoas magnus) e à menor de psoas menor (em latim psoas parvus), está porção menor geralmente está ausente. Origem: Corpos vertebrais de T12 a L4 e processos costais de L1 a L4. Inserção: Trocânter menor. Inervação: Ramos musculares do plexo lombar. Ação: Flexão e extensão da coluna lombar; flexão e rotação do quadril. 5Texto adaptado de Simone Moreira de Macêdo, 2012. 66 Fonte: www.auladeanatomia.com Músculos da Coxa Músculo Quadríceps Femoral Este músculo envolve quase que por completo o fêmur. É composto por quatro músculos que recebem nomes distintos, pois tem origens diferentes, mas possuem uma única inserção comum. São eles: M. reto femoral: É o maior em comprimento. Está situado no meio da coxa e é um músculo bipeniforme. M. vasto medial: É uma lamina muscular plana e grossa que está situada na face medial da coxa, se confunde com o m. vasto intermédio na sua porção anterior. M. vasto lateral: É o maior músculo do quadríceps. Recobre quase que toda a face anterolateral da coxa. Está recoberto pelo m. tensor da fáscia lata em sal região proximal. M. vasto intermédio: Está recoberto pelo m. reto femoral. É um músculo plano que forma a parte mais profunda do m. quadríceps. Origem: M. reto femoral: Espinha 67 ilíaca anteroinferior; M. vasto medial: linha áspera; M. vasto lateral: áspera e trocânter maior; M. vasto intermédio: face anterior do fêmur. Inserção: Tuberosidade da tíbia Inervação: Nervo femoral. Ação: Flexão do quadril, extensão do joelho, e tensão da cápsula articular do joelho. Músculo Sartório É o músculo mais longo do corpo humano. É delgado e plano e está situado anteriormente ao m. quadríceps, cruzando a face anterior da coxa. Também é conhecido como músculo do costureiro, pelo movimento típico dos alfaiates que ele proporciona. Origem: Espinha ilíaca anterossuperior. Inserção: Tuberosidade da tíbia, formando a pata de ganso. Inervação: Nervo femoral. Ação: Flexão, rotação lateral e abdução do quadril, flexão e rotação medial do joelho. Fonte: www.auladeanatomia.com Músculo Tensor da Fáscia Lata É um músculo largo e plano, carnoso em sua face externa e tendinoso em sua face interna. Está situado na face lateral da coxa e do quadril. Origem: Espinha ilíaca anterosuperior. Inserção: Extremidade lateral da tíbia, abaixo do côndilo lateral através do trato íliotibial. Inervação: Nervo glúteo superior. Ação: Flexão, abdução e rotação medial do quadril e estabilização do joelho. 68 A Fáscia Lata e o Trato Íliotibial A fáscia lata recobre toda a coxa e recebe esse nome pela sua ampla extensão. Proximalmente, na face anterior da coxa, ela é a continuação das fáscias abdominal externa e toracolombar, nessa região ela se insere no osso do quadril e no ligamento inguinal. Na região posterior da parte proximal ela se continua à aponeurose glútea. Distalmente continua-se com a fáscia da perna, tendo limites imprecisos. Medialmente reveste a musculatura adutora e essa é a sua porção mais delgada e não aponeurótica. Na porção lateral ela se insere na crista ilíaca e próximo ao trocânter maior do fêmur adquire um aspecto tendíneo chamado detrato íliotibial, que corre por toda a face lateral da coxa, sobre o m. vasto lateral para se inserir na tíbia. Músculo Grácil É o músculo mais superficial da face medial da coxa. É fino e plano, em forma de cinta, considerado um potente músculo adutor. Origem: Sínfise púbica. Inserção: Extremidade proximal da tíbia, formando a pata de ganso. Inervação: Nervo obturatório. Ação: Adução, flexão e rotação lateral do quadril; flexão e rotação medial do joelho. Músculo Pectíneo É quadrangular, curto e achatado. Está situado entre o m. iliopsoas e m. adutor longo. Origem: Linha pectínea do púbis. Inserção: Linha pectínea do fêmur. Inervação: Nervo femoral e obturatório. Ação: Flexão, adução e rotação lateral do quadril. Músculo Adutor Curto: Tem formato triangular e é bastante grosso. Está situado medialmente ao m. pectíneo e lateralmente ao m. adutor magno. Origem: Ramo inferior do púbis. Inserção: Lábio medial da linha áspera. Inervação: Nervo obturatório. Ação: Adução, flexão e rotação lateral da coxa. Músculo Adutor Longo: É o músculo mais superficial do grupo dos adutores. É triangular, plano e robusto. Fica situado entre o m. pectíneo e o m grácil. Origem: Púbis. Inserção: Lábio medial da linha áspera. Inervação: Nervo obturatório. Ação: Adução, flexão e rotação lateral da coxa. 69 Fonte: www.auladeanatomia.com Músculo Adutor Magno: É um amplo músculo triangular que se estende por toda a região medial da coxa. Possui uma grande porção muscular e uma aponeurótica que se insere quase que em toda a extensão do lábio medial da linha áspera do fêmur. Essa porção aponeurótica possui um hiato por onde os vasos femorais (artéria e veia femoral) ganham a fossa poplítea. Esse hiato recebe o nome de hiato dos adutores. Origem: Ramo inferior do púbis e na tuberosidade isquiática. Inserção: Lábio medial da linha áspera. Inervação: Nervo obturatório. Ação: Adução, flexão e rotação lateral. Músculo Obturador Externo: É um músculo triangular que se situa na face anterior do quadril e que cruza anteriormente a articulação coxofemoral. Origem: Circunferência do forame obturado e membrana obturatória. Inserção: Fossa trocantérica. Inervação: Nervo obturatório. Ação: Borda do forame obturado e membrana obturatória. 70 Músculo da Região Glútea/Músculo Glúteo Máximo É um músculo plano, quadrangular e muito robusto. É o mais volumoso e mais potente desta região. É responsável pela manutenção da postura ereta. Origem: Face glútea da asa do ílio, face posterior do sacro e aponeuroses adjacentes. Inserção: Tuberosidade glútea. Inervação: Nervo glúteo inferior (plexo sacral). Ação: Extensão, rotação lateral e abdução no quadril e auxiliar na extensão do joelho. Fonte: www.auladeanatomia.com Músculo Glúteo Médio: É plano e triangular, está situado abaixo do m. glúteo máximo. Origem: Asa do ílio. Inserção: Trocânter maior. Inervação: Nervo glúteo superior. Ação: Flexão, abdução e rotação medial. Fonte: www.auladeanatomia.com 71 Músculo Glúteo Mínimo O menor dos músculos glúteos e também o mais profundo. Origem: Asa do ílio. Inserção: Trocânter maior. Inervação: Nervo glúteo superior. Ação: Abdução, flexão e rotação medial. Fonte: www.auladeanatomia.com Músculo Piriforme É um músculo plano e achatado, possui formato piramidal. Fica situado entre o m. glúteo mínimo e o m. gêmeo superior. Origem: Entre os forames anteriores dos 3ª e 4ª segmentos sacrais. Inserção: Trocânter maior. Inervação: Nervo isquiático. Ação: Extensão, abdução e rotação lateral. Fonte: www.auladeanatomia.com Músculo Obturador Interno É plano e triangular, ele reveste a maior parte do forame obturado. Está situado entre os dois músculos gêmeos. Origem: Rebordo do forame obturado. Inserção: 72 Fossa trocantérica. Inervação: Nervo próprio (nervo do músculo obturador). Ação: Rotação lateral, extensão e adução. Fonte: www.auladeanatomia.com Músculo Gêmeo Superior É o menor dos gêmeos. Sua visualização durante a dissecção é difícil, pois suas fibras se confundem com as fibras do m. piriforme. Origem: Espinha isquiática. Inserção: Fossa trocantérica. Inervação: Nervo próprio (nervo do músculo gêmeo superior). Ação: Extensão, abdução e rotação lateral. Fonte: www.auladeanatomia.com Músculo Gêmeo Inferior Ele se funde ao tendão do m. obturador interno, tem formato fusiforme e é um pouco achatado. Origem: Tuber isquiático. Inserção: Fossa trocantérica. Inervação: 73 Nervo próprio (nervo do músculo gêmeo inferior). Ação: Extensão, adução e rotação lateral. Fonte: www.auladeanatomia.com Músculo Quadrado Femoral É plano, robusto e quadrilátero. Fica situado na zona de transição entre região glútea e coxa. Origem: Tuber isquiático. Inserção: Crista intertrocantérica do fêmur. Inervação: Nervo próprio (nervo do músculo quadrado femoral). Ação: Extensão, adução e rotação lateral. Fonte: www.auladeanatomia.com Músculos Dorsais da Coxa Músculo Bíceps Femoral É formado por duas porções, a porção longa é medial, maior e tem origem no tuber isquiático. A porção curta é menor e lateral, se origina da linha áspera do fêmur. Origem: Tuber isquiático e linha áspera do fêmur. Inserção: Cabeça da fíbula. 74 Inervação: Nervo isquiático. Ação: Extensão, adução e rotação lateral da coxa e flexão e rotação lateral da perna. Músculo Semitendíneo É fusiforme e carnoso, recebe esse nome porque possui um tendão bastante longo. Fica situado medialmente ao m. bíceps femoral. Origem: Tuber isquiático. Inserção: Tuberosidade da tíbia, formando a pata de ganso. Inervação: Nervo isquiático. Ação: Rotação medial, extensão e adução da coxa e flexão e rotação medial da perna. Músculo Semimembranáceo É delgado, plano e possui um tendão membranoso, daí seu nome. Está recoberto pelo m. bíceps femoral e m. semitendíneo. Origem: Tuber isquiático. Inserção: Face medial da extremidade superior da tíbia, abaixo do côndilo medial. Inervação: Nervo isquiático. Ação: Rotação medial, extensão e adução da coxa e flexão e rotação medial da perna. Fonte: www.auladeanatomia.com Músculos Anteriores da Perna 75 Músculo Tibial Anterior É um músculo robusto e triangular situado lateralmente à tíbia. Origem: Face lateral da tíbia. Inserção: I Metatarso e Cuneiforme Medial. Inervação: Nervo fibular profundo. Ação: Dorsiflexão e supinação do pé. Músculo Extensor Longo do Hálux É plano, oblongo e peniforme. Está situado abaixo do m. tibial anterior e sobre o m. extensor longo dos dedos. Origem: Fíbula. Inserção: Falanges do hálux. Inervação: Nervo fibular profundo. Ação: extensão, dorsiflexão e supinação do pé. Músculo Extensor Longo dos Dedos Está situado abaixo da pele, na região anterolateral da perna. É peniforme e seu tendão se divide em quatro e esses caminham em direção aos quatro últimos dedos. Origem: Extremidade proximal da tíbia. Inserção: Aponeurose do 4°dedo. Inervação: Nervo fibular profundo. Ação: Dorsiflexão e pronação. Fonte: www.auladeanatomia.com Músculo Fibular Terceiro 76 É considerado como parte do m. extensor longo dos dedos. Origem: Aponeurose do músculo externo longo dos dedos e na fíbula. Inserção: 5º metatarsiano. Inervação: Nervo fibular profundo. Ação: Extensão do pé. Músculos Laterais da Perna Músculo Fibular Longo É plano e bipeniforme. Está situado na parte superior e lateral da perna. Origem: Fíbula. Inserção: 1º metatarsiano. Inervação: Nervo fibular profundo. Ação: Pronação e flexão plantar. Músculo Fibular Curto Também é plano e bipeniforme. Fica recoberto pelo m. fibular longo. Origem: Fíbula. Inserção: 5º metatarsiano. Inervação: Nervo fibular profundo. Ação; Pronação e flexão plantar. Músculos Dorsais da Perna Músculo Tríceps Sural É composto por três porções: M gastrocnêmio: é dotado de outrasduas porções, uma lateral e outra medial. É esse músculo que dá a forma às panturrilhas. M. sóleo: é plano e fusiforme. Está recoberto pelo m. gastrocnêmio. M. plantar: é muito pequeno, fica recoberto pelo m gastrocnêmio. Ausente em algumas pessoas. Origem: M. gastrocnêmio: Côndilos do fêmur. M. sóleo: Face posterior da tíbia e da fíbula. M. plantar: face poplítea do fêmur. Inserção: Tuberosidade do calcâneo. Inervação: Nervo tibial. Ação: Supinação e flexão plantar. Músculo Poplíteo É curto, plano e triangular. Fica situado posteriormente à articulação do joelho. Origem: Epicôndilo lateral do fêmur. Inserção: Face posterior da tíbia. Inervação: Nervo tibial. Ação: Flexão e rotação medial da perna. Músculo Tibial Posterior É um músculo plano, carnoso em sua porção proximal e tendinoso na porção distal. Está situado no plano profundo da região posterior da perna, entre o m. flexor longo dos dedos e o m. flexor longo do hálux. Origem: Face posterior da tíbia e da fíbula e membrana interóssea. Inserção: Navicular, I e III cuneiformes e II a IV metatarsianos. Inervação: Nervo tibial. Ação: Supinação e flexão plantar. 77 Fonte: www.auladeanatomia.com Músculo Flexor Longo dos Dedos É plano, oblongo e bipeniforme. Fica situado medialmente ao m. tibial posterior. Origem: Face posterior da tíbia. Inserção: Falanges distais do 2º ao 5º dedo. Inervação: Nervo tibial. Ação: Supinação, flexão plantar e flexão dos dedos. Músculo Flexor Longo do Hálux É plano na sua porção proximal e cilíndrico na porção distal. Situado lateralmente ao m. tibial posterior. Origem: Face posterior da fíbula e membrana interóssea. Inserção: Falange distal do Hálux. Inervação: Nervo tibial. Ação: Supinação, flexão plantar e flexão do Hálux. Músculos da Região Dorsal do Pé Músculo Extensor Curto dos Dedos. Origem: Calcâneo. Inserção: Aponeurose do 2º ao 4º dedo. Inervação: Nervo plantar profundo. Ação: Extensão dos dedos. Músculo Extensor Curto do Hálux 78 Origem: Calcâneo. Inserção: Falange proximal do Hálux. Inervação: Nervo plantar profundo. Ação: Extensão do Hálux. Fonte: www.auladeanatomia.com Músculos Interósseos Dorsais do Pé: São quatro músculos bipeniformes situados entre os ossos do metatarso, em sua região mais dorsal. Origem: I ao V metatarsianos. Inserção: I – Falange proximal do 2º dedo e II ao V na falange proximal do 3º ao 4º dedos. Inervação: Nervo plantar lateral. Ação: Extensão dos dedos. Músculos da Região Plantar do Pé Músculo Abdutor do Hálux É um músculo plano, triangular e bipeniforme situado na região medial da face plantar do pé. Origem: Calcâneo e aponeurose plantar. Inserção: Base da falange proximal do Hálux. Inervação: Nervo plantar medial. Ação: Abdução e flexão do Hálux. Músculo Flexor Curto do Hálux 79 É curto e fusiforme, possui dois ventres bem visíveis na figura que segue abaixo. Origem: Cuneiformes. Inserção: Base da falange proximal do Hálux. Inervação: Nervo plantar medial. Ação: Flexão do Hálux. Fonte: www.auladeanatomia.com Músculo Adutor do Hálux Está localizado no plano profundo, para sua visualização devemos rebater toda a loja muscular superficial. É dotado de duas cabeças, uma oblíqua e outra transversa. Origem: Cuboide, cuneiformes laterais e nas cápsulas articular do 3º ao 5º dedos. Inserção: Base da falange proximal do Hálux. Inervação: Nervo plantar lateral. Ação: Adução do Hálux. Músculo Flexor Curto dos Dedos É largo, plano e estreito. Divide-se em quatro tendões. Fica situado na parte média da região plantar, é o músculo mais superficial desta região. Origem: Calcâneo. Inserção: Falange média do 2º ao 4º dedos. Inervação: Nervo plantar medial. Ação: Flexão dos dedos. Músculo Quadrado Plantar 80 É plano e quadrangular. Está recoberto pelo m. flexor curto dos dedos. Origem: Calcâneo. Inserção: Tendão do Músculo flexor longo dos dedos. Inervação: Nervo plantar lateral. Ação: Flexão auxiliar Fonte: www.auladeanatomia.com Músculos Lumbricais do Pé São quatro ao todo. Tem formato fusiforme e são bastante estreitos, por isso seu nome. Origem: Tendão do músculo flexor longo dos dedos. Inserção: Falange proximal do 2º ao 5º dedos. Inervação: Nervos plantar medial e lateral. Ação: Flexão dos dedos. Músculos Interósseos Plantares São três músculos pequenos, largos e fusiformes. Como o próprio nome já diz, estão situados entre os ossos do metatarso, em sua face plantar. Origem: III ao V metatarsianos. Inserção: Falange proximal do 3º ao 5º dedos. Inervação: Nervo plantar lateral. Ação: Flexão e adução dos dedos 81 Fonte: www.auladeanatomia.com Músculo Abdutor do Dedo Mínimo É um músculo cilíndrico, situado na borda externa do pé, está recoberto somente pela aponeurose plantar. Faz contato com o m. flexor curto do dedo mínimo com sua borda medial. Origem: Tuberosidade do calcâneo. Inserção: Falange proximal do 5º dedo e tuberosidade do V metatarsiano. Inervação: Nervo plantar lateral. Ação: Flexão, abdução e oponência. Músculo Flexor Curto do Dedo Mínimo É um músculo largo que se assemelha à um m. interósseo. Situado na porção mais externa da região plantar. Origem: Base do metatarsiano. Inserção: Falange proximal do 5º dedo. Inervação: Nervo plantar medial. Ação: Flexão, abdução e oponência. Músculo Oponente do Dedo Mínimo 82 É um músculo muito pequeno situado na borda externa do pé. Está recoberto pelo m. abdutor do dedo mínimo. Origem: Base do V metatarsiano. Inserção: Lateralmente no V metatarsiano. Inervação: Nervo plantar medial. Ação: Flexão, abdução e oponência. 7.1 Vascularização dos membros inferiores Veias superficiais Veia Safena Magna: origina-se na rede de vênulas da região dorsal do pé, margeando a borda medial desta região, passa entre o maléolo medial e o tendão do músculo tibial anterior e sobe pela face medial da perna e da coxa. Nas proximidades da raiz da coxa ela executa uma curva para se aprofundar e atravessa um orifício da fáscia lata chamado de hiato safeno. A Veia Safena Parva: origina-se na região de vênulas na margem lateral da região dorsal do pé, passa por trás do maléolo lateral e sobe pela linha mediana da face posterior da perna até as proximidades da prega de flexão do joelho, onde se aprofunda para ir desembocar em uma das veias poplíteas. A veia safena parva comunica-se com a veia safena magna por intermédio de vários ramos anastomóticos. 83 Fonte: www.auladeanatomia.com Artérias dos membros inferiores6 A artéria ilíaca externa se localiza abaixo do ligamento inguinal e alcança o membro inferior denominada artéria femoral. Esta é a principal fonte de irrigação do membro inferior. A artéria femoral é a continuação da ilíaca externa. Ela se encontra (medial) no trígono femoral, sendo, lateral ao nervo femoral e medial a veia femoral. Apresenta uma disposição medial e oblíqua. Passa pelo hiato tendíneo através do canal do adutor no músculo adutor magno e cai na fossa poplítea, onde, se torna artéria poplítea. Irriga os glúteos e a coxa. 6 Texto adaptado do link www.portaleducacao.com.br 84 A artéria poplítea é a continuação da femoral. Ela passa pela fossa poplítea na face posterior do fêmur e joelho, sendo, lateral a veia poplítea e nervo tibial. Irriga todo o joelho. A artéria tibial posterior também é proveniente da poplítea e percorre a perna posterior. É recoberta pelo músculo sóleo, acompanha o nervo tibial e é superficial no tornozelo, onde pode ser palpável (entre o maléolo medial e calcâneo). Irriga a porção posterior da perna, tornozelo e planta do pé (ramifica-se nas artérias plantar medial e plantar lateral). A artéria fibular é um ramo da tibial posterior e apresenta um trajeto posterior ao maléolo lateral. Irriga a porção lateral da perna e o tornozelo.Artérias ilíaca interna (direita e esquerda) são responsáveis pela vascularização dos órgãos genitais. Artéria tibial anterior: Na parte flexora do tornozelo ela muda de nome para dorsal do pé. Artéria dorsal do pé Ramos: Artéria társica lateral Artéria társica medial Artéria primeira metatársica dorsal Artéria plantar profunda 8 BIBLIOGRAFIA DÂNGELO, J. G.; FATTINI, C. A. Anatomia Humana Sistêmica e Segmentar. 2ª ed. Rio de Janeiro: Livraria Atheneu, 2005. ELIS, H., LOGAN, B., DIXON, A. Anatomia Seccional Humana. São Paulo, Editora Santos, 2001. 3. FREITAS, Valdemar de. Anatomia – Conceitos e Fundamentos. São Paulo: Artmed, 2004. GUYTON AC, Hall JE. Tratado de Fisiologia Médica. 11ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier; 2006. 85 HALL, J. E. Guyton & Hall: Tratado de Fisiologia Médica, 12ª ed., Ed. Elsevier, Rio de Janeiro, RJ. ISBN: 978-85-352-3735-1. 2011. MOORE, K.L. Anatomia orientada para a clínica, 6ª ED, Guanabara Koogan, 2011. MOORE, K. L., DALLEY, A.F. Anatomia Orientada para a Clínica. 5ª. Edição. Editora Guanabara Koogan 2007. NETTER, F. H. Atlas de Anatomia Humana. 4 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. SLEUTJES, Lucio. Anatomia Humana, Podemos ser práticos e ir direto ao assunto? São Caetano do Sul: Difusão, 2004. SOBOTTA, Johannes. Atlas de Anatomia humana. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.