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Trabalho Memoria

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FACULDADE BOAS NOVAS
AMANDA SILVA DO AMARAL
ARLEN CRISLEY ALFAIA SAKAMOTO
GABRIELA SEDA FURTADO
ISI KETHELEM SOUZA DA SILVA DE AZEVEDO
LEYDY MELRY MONTEIRO DA SILVA
MARIZÂNGELA DA SILVA NOGUEIRA OLIVEIRA
MICHELE CRUZ LUCIANO
SILENE LOPES FERREIRA DA SILVA
SHIRLEY DA SILVA BEZERRA
VALÉRIA ARAÚJO SILVA DE BRITO
PROCESSOS PSICOLÓGICOS BÁSICOS:
MEMÓRIAS
Manaus/AM
2019
AMANDA SILVA DO AMARAL
ARLEN CRISLEY ALFAIA SAKAMOTO
GABRIELA SEDA FURTADO
ISI KETHELEM SOUZA DA SILVA DE AZEVEDO
LEYDY MELRY MONTEIRO DA SILVA
MARIZÂNGELA DA SILVA NOGUEIRA OLIVEIRA
MICHELE CRUZ LUCIANO
SHIRLEY DA SILVA BEZERRA
SILENE LOPES FERREIRA DA SILVA
VALÉRIA ARAÚJO SILVA DE BRITO
PROCESSOS PSICOLÓGICOS BÁSICOS:
MEMÓRIAS
Trabalho solicitado, pela professora Mª Vilani Maia Sequeira, para a obtenção de nota da Disciplina de Desenvolvimento, cognição e afetividade do de Pós graduação de Psicopedagogia da Faculdade Boas Nova.
Manaus/AM
2019
INTRODUÇÃO
Este trabalho possui o objetivo principal de aperfeiçoar, ampliar e aprofundar os conhecimentos em relação a um assunto muito abrangente: A Memória. 
São desenvolvidos as aspectos básicos como a definição e alguns dos tipos de memórias, seu funcionamento (incluindo as parte do corpo que atual para que a memória seja possível) e a importância desta capacidade.
A Memória é capacidade que o ser humano possui de adquirir (codificar). Armazenar e Recuperar as informações mentalmente aprendidas e/ ou vividas como, por Exemplo: Fatos corridos no passado ou emoção vivenciada em determinadas situações.
Existe Três tipo de memória: Sensorial ,A Curto Prazo e Longo Prazo. 
MEMÓRIA
A memória é o que permite a aprendizagem, pois é através da memória que os conhecimentos se consolidam. E só o que aprendemos com a memória, nos possibilita aprender coisas novas (aumentando assim o nosso conhecimento).
Podemos definir memória como o processo cognitivo que inclui, consolida e recupera toda a informação que aprendemos.
A memória é a função mental que permite reter a informação, ou seja, aprender;
É um sistema de armazenamento que permite reter a informação aprendida e permite evocar essa mesma informação, isto é, permite lembrar de informação retida anteriormente, mas a sua representação na memória não é uma reprodução fiel.
Sem memória como já disse é impossível aprender.
Acima de tudo a memória é extremamente importante pois é o que nos dá a continuidade do presente e que nos permite manter uma conversa e dar continuidade ao presente.
No nosso dia-a-dia, somos bombardeados com milhões de informações que se traduz em estímulos. Segundo M. Gazzaniga, cerca de 99% da informação que entra no cérebro é posta de parte. Imagine o que seria se você se lembrasse de todas as sensações que recebeu durante o dia… (sensações como as provocadas pelas peças de roupa, comida, etc) Cabe ao nosso cérebro selecionar a informação importante, para garantir a própria sobrevivência do indivíduo e da espécie, chama-se a este processo processamento de informação.
O processamento da informação dá-se em três fases: codificação, armazenamento e recuperação.
A codificação é a primeira fase da memória que prepara as informações sensoriais para serem posteriormente armazenadas no cérebro. Baseia-se na tradução de dados num código, que pode ser acústico, visual ou semântico.
Por exemplo: A afirmação «O mar é azul.», Pode-se codificar o seu conteúdo como:
Uma imagem de sinais que são letras (código visual);
Uma sequência de sons (código acústico);
Tomar consciência do significado da afirmação e o que ela representa (código semântico)
A codificação reporta-se à aprendizagem deliberada, ou seja, a aprendizagem que exige esforço e no qual o objetivo é memorizar a informação. Neste caso, temos de dedicar mais atenção às informações que desejamos memorizar o que leva a uma codificação mais profunda.
Depois de codificada a informação, a mesma vai ser armazenada. O armazenamento de informação consiste no registo de informação sobre algo como por exemplo a última passagem de ano que celebramos. Ao relembrares essa última passagem de ano, lembraste das pessoas com quem a celebraste, o que comeste, etc. Parece que tudo está guardado num lugar do cérebro, como que num DVD, mas não é isso o que acontece, novas tecnologias que permitem ver o nosso cérebro em ação, provam que quando nos lembramos de algo (como por exemplo a passagem de ano) várias áreas do cérebro são utilizadas. Cada informação, cada engrama, produz modificações nas redes neuronais, que mantendo-se, permitem que você se recorde do que memorizou, sempre que queira, a isto chama-se recuperação.
Na recuperação, recupera-se uma informação, ou seja, lembramo-nos, evocamos, recordamos uma informação. A recuperação pode ser automática (lembras-te de quando nasceste) ou pode requerer uma maior complexidade para recuperares algo (como por exemplo uma lei da física). O segundo tipo de recuperação, já não é tão automático, requer dois momentos: o reconhecimento e a evocação. O reconhecimento é quando tentas lembrar-te se aprendeste a tal lei da física recorrendo ao ano de escolaridade e só depois é que vais procurar o conteúdo dessa lei, processo chamado de evocação. Para te lembrares da lei da física tiveste de seguir estes processos/pistas.
TIPOS DE MEMÓRIA
Memória Sensorial
 Que a memória sensorial representa e como aproveitá-la?
A memória sensorial representa a porta de entrada dos primeiros estímulos recebidos pelo cérebro antes dele processar qualquer informação a nossa volta.
Ela está sempre trabalhando, seja consciente ou inconscientemente, hora como vigilante e outra como expectadora da própria mente.
Quando estamos dormindo desprotegidos e sentimos cheiro de fumaça, ela imediatamente alerta o cérebro para nos retira da cama. Quando vislumbramos uma bela paisagem, ela transmite para o cérebro as imagens que se tornarão memoráveis mais tarde.
Quando queremos conhecer os tipos de memória humana, a sensorial entra como a primeira delas, que sem dúvidas são as portas e janelas da nossa mente.
O que é memória sensorial?
A memória sensorial é a retenção de informações percebidas pelos nossos 5 sentidos antes deles serem processados em nossa memória de curto prazo. É responsável por prover os estímulos visuais, auditivos, táteis, olfativos e gustativos para a nossa memória.
Em nosso cérebro ela representa áreas e terminações nervosas responsáveis pelos órgãos sensoriais e tem uma enorme velocidade. Mas por outro lado a retenção feita por ela tem curtíssima duração, apenas até que seus impulsos elétricos cheguem até a memória de curto prazo, que posteriormente pode as descartar ou não.
A memória sensorial é um mecanismo automático de percepção e não faz processos cognitivos avançados em nosso cérebro.
Ela é conhecida como uma memória de carregamento para nosso cérebro processar informações dentro da memória de trabalho, que depois escolhe se a envia ou não para a memória de longo prazo.
A memória sensorial na psicologia também é definida como a propriedade de nos lembrarmos dos estímulos sensoriais obtidos após processos cognitivos produzidos no cérebro.
Isso significa que a memória sensorial é, a priori, a própria lembrança guardada na nossa memória. Sobretudo aquelas contidas na memória de longo prazo.
 Quais são os tipos de memória sensorial?
Os tipos de memória sensorial existentes são correspondentes aos nossos 5 sentidos. Eles trabalham independentemente e se distinguem em velocidade, região em que tem papel no cérebro e também no seu tempo de retenção.
Nossos sentidos coletam informações muito detalhadamente e tem uma enorme capacidade, porém, tem uma memória de curtíssima duração.
O processo de descarte ou não desses estímulos é feito nessa memória de trabalho, que tem capacidade pequena de reter cerca de 5 a 7 itens por vez.
Apesar de termos mais de 3 tipos diferentes de memórias sensoriais, apenas essas foram estudados tão profundamente. 
Que representam a memória visual, auditiva e tátil respectivamente. Vamos então veralguns exemplos de memória sensorial e quando são utilizadas.
Memória Icônica Ou Memória Visual
A nossa breve memória visual retém informações sobre o que enxergamos por apenas 500 milissegundos. O tempo suficiente para seu impulso elétrico persistir no lobo occipital, local aonde é armazenada a memória sensorial do que vemos.
Quando olhamos uma imagem e fechamos os olhos para a visualizar mentalmente, já não estamos enxergando a imagem real e sim o essencial sobre aquela imagem que agora está retida em nossa memória de curto prazo.
Quando falamos sobre a memória icônica, não podemos confundir com a memória fotográfica ou memória eidética. Que é a capacidade de memorizar coisas que vemos com perfeição.
Um exemplo de memória sensorial icônica sendo utilizada acontece quando acordamos durante a noite e acendemos uma luz da casa. Quando voltamos a apagar a luz, alguns traços visuais continuam em nossa visão, e essa é a nossa memória icônica funcionando.
Memória Ecoica ou Memória Auditiva
A nossa memória auditiva tem efeitos de retenção superiores da memória visual, durando entre 2 a 3 segundos a mais em média, porém, com menor capacidade de guardar processos sequenciais.
Esses estímulos auditivos são percebidos pelo lobo temporal do cérebro aonde os sons ficam memorizados brevemente.
Após os efeitos dos impulsos elétricos em nossas redes neuronais, a memória de curto prazo terá novamente o papel de tornar o que ouvimos memorizado ou não.
Um exemplo da memória sensorial ecoica em ação está quando ouvimos o nome de uma pessoa e a solicitamos que repita seu nome novamente.
Temos consciência que ela está emitindo o mesmo som e palavra que já havíamos escutado, mas só não fizemos o devido processo cognitivo para lembrar.
Memória Háptica ou Memória Tátil
Nosso corpo está coberto por receptores táteis, o que nos dá sensibilidade sobre o que tocamos, temperatura, textura, forma e inúmeras outras percepções externas.
Ela também pode ser gravada por curto período de 2 segundos em média. Mas é mais abrangente do que as demais, pois por receber estímulos de várias áreas do corpo, também reflete sobre toda a superfície do cérebro.
O papel do lobo parietal é diferenciar nos aspectos da memória háptica e suas percepções. Pois é ela que relaciona as regiões do corpo com determinadas áreas do cérebro.
Pela alta complexidade, a memória háptica não é tão bem estuda até o momento, mas podemos entender bem sua função ao longo da vida. A sensação de ter tocado uma tomada e levar choque quando criança, nos garante ter vivenciado a experiência de seu perigo para sempre.
MEMÓRIA A CURTO PRAZO
A memória de curto prazo pode ser definida como aquela que retêm informação durante um período curto de tempo, que pode ser esquecida ou passar para a memória de longo prazo. Segundos Nunes e Oliveira (2010), a memória de curto prazo tem um papel essencial em todo o processo mental, juntando-se a memória de trabalho, ambas relevantes à aprendizagem.
A memória de curto prazo ou de curta duração, segundo Sousa e Salgado (2015), é a aquela que fica em nossa memória por um curto período de tempo. Segundo Atkinson e Shiffrin (1968), conforme citado por Sousa e Salgado (2015), a memória de curto prazo passa primeiro pela memória de trabalho, e em seguida pode ser esquecida ou pode ser passada para a memória de longo prazo, dependendo do grau de importância dela.
Na década de 50 foram publicados estudos sobre a memória, Hebb foi um dos primeiros a publicar nesta época (Mota, 2000), ele propôs que a memória esta dividida em memória de curto prazo e longo prazo, e que as duas se diferenciam, pois ocupam lugares de armazenamento diferentes e possuem características neuropsicológicas distintas. Com base em outros estudos realizados, Mota (2000), nos relata que a memória de curto prazo possui capacidade limitada, enquanto a memória de longo prazo possui capacidade ilimitada.
Memória imediata: A informação recebida fica retida durante um curto período de tempo (cerca de 30 segundos). Investigações efetuadas vieram mostrar que podemos conservar sete elementos (letras, palavras, algarismos, etc), variando entre cinco e nove unidades. O termo memória imediata é, em geral, utilizado para falar do armazenamento de informações que duram apenas alguns segundos e não implica na manipulação das informações como ocorre com a memória operacional. É processada, fundamentalmente pelo córtex pré- frontal (porção mais anterior do lobo frontal). Retém a informação quando recebida, tornando-se o centro da nossa atenção em determinado momento, como o que ocorre na apresentação do nome de uma pessoa que acabamos de conhecer.
Memória de trabalho: Nada mais é que um sistema que permite uma retenção temporária seja de estímulos visuais ou de comunicação verbal, que auxiliam para com a aprendizagem, raciocínio logico e avançado, bem como compreensão do mundo ao seu redor. Zanela e Valetini (2016) exemplificam esse processo:
“O sistema da memória de trabalho pode ser exemplificado com o processo de compreender uma palavra pronunciada. Quando o indivíduo ouve uma palavra, o som é encaminhado para a memória sensorial, as experiências com a língua permitem que a pessoa reconheça o padrão de sons, em seguida a palavra é encaminhada para memória de trabalho onde a informação será processada”. (Zanela, 2016, p.181).
Através deste exemplo podemos explanar a importância da memoria de trabalho para o desenvolvimento do indivíduo, através do som ele reconhece o seu signo materno, podendo assim compreender o sentido das palavras. Tendo reconhecido o som, o individuo passa a ter domínio sobre a língua falada, podendo assim começar a ter domínio sobre a língua escrita. Esse processo tem como um dos principais componentes a Memória de trabalho, Picolo (2013) disserta sobre a importância da memoria de trabalho para o desenvolvimento da leitura, pois ao mesmo tempo em que ela auxilia no processo da leitura, ela compreende a oralidade e nos ajuda a obter o vocabulário necessário para exercitá-la. 
Os indivíduos que apresentam problemas na sua memória de trabalho possuem dificuldades em adquirir habilidades cognitivas, como a escrita, em processos que demandem atenção ou na sua coordenação motora, Zenella (2016) disserta sobre este tópico: 
“O funcionamento inadequado de um ou mais componentes da memória de trabalho está associado/relacionado com as dificuldades de aprendizagem e ao baixo rendimento escolar. Crianças que enfrentam dificuldades de aprendizagem podem apresentar limitações na capacidade de armazenar e/ou organizar informações processadas de forma adequada e precisa para a execução de tarefas acadêmicas e/ou motoras.” (Zanela, 2016, p.181).
Através destes fatos, destacamos a importância da memória de trabalho como componente de total importância para a formação do ser humano, em suas razões de escrita, de fala, de aprendizagem e de formação social.
TIPOS DE MEMÓRIA A LONGO PRAZO
 Memória declarativa e Memória não-declarativa
Memória declarativa também pode ser designada por explícita ou memoria com registo, (implica a consciência do passado, levando a reportarmo-nos a acontecimentos, fatos e pessoas que conhecemos/ aconteceram no passado). É devido a este tipo de memória que consegues descrever as funções das áreas pré-frontais: os heterónimos de Fernando Pessoa, o nome dos teus amigos, o aniversário da tua mãe. Este tipo de memória reúne tudo o que podemos evocar/declarar por meio de palavras (daí o termo declarativa). Distinguem-se, neste tipo de memória, dois subsistemas: a memória episódica e a memória semântica;
 Memória episódica é um tipo de memória que envolve o armazenamento de informações referentes a eventos específicos situados no tempo e no espaço (Tulving, 1983). Isto é, consiste no registro de eventos ocorridos ao longo da vida de um indivíduo e que podem ser situados em momentos específicos (i.e., datas, ocasiões) vivenciados por ele. De acordo com Endel Tulving, autor que forneceu as bases para o estudo da memória episódica, ela podeser caracterizada metaforicamente como uma “viajem no tempo” e necessariamente envolve o processo denominado “consciência autonoética”, que consiste na sensação de que o evento lembrado ocorreu da maneira que está sendo recordado e foi vivenciado em primeira pessoa pelo indivíduo que o memorizou (Tulving & Thomson, 1973). Uma abordagem experimental muito utilizada para a investigação da memória episódica consiste na utilização de tarefas de memória de reconhecimento (Yonelinas, 2002). Nesse tipo de tarefa, um conjunto de estímulos é inicialmente apresentado aos participantes de pesquisa (e.g., palavras, figuras, etc.). Após essa apresentação inicial, denominada “fase de codificação”, os mesmos estímulos são novamente apresentados entremeados de estímulos que não foram previamente apresentados. Nesse momento, denominado “fase de teste”, os participantes identificam quais estímulos foram encontrados na fase de codificação (estímulos “antigos”) e quais estímulos estão sendo vistos pela primeira vez (estímulos “novos”). O desempenho nessa tarefa é medido por meio de o quanto os participantes são capazes de discriminar estímulos antigos de estímulos novos. É na memória declarativa que estão "guardados" os episódios de nossa infância, as imagens de uma viagem que fizemos há muito tempo e os conhecimentos adquiridos na escola. Sobre o conteúdo da memória declarativa, podemos subdividi-la em duas categorias: (a) memória episódica, que diz respeito a experiências passadas, a "episódios" de nossas vidas (uma viagem, um momento muito triste, o primeiro beijo etc.). A memória episódica guarda informações relacionadas a um determinado momento no tempo, sendo, portanto, responsável pela nossa autobiografia; (b) memória semântica, que diz respeito a conhecimentos não relacionados a tempo e espaço específicos. Trata-se de uma memória que não guarda momentos, mas sim fatos (e.g. o significado das palavras, os conhecimentos de biologia, as regras gramaticais de um idioma, símbolos etc.). Essa subdivisão da memória declarativa se justifica, pois parece que as memórias episódica e semântica se relacionam a diferentes áreas cerebrais, podendo ser afetadas de maneira distinta em diversas doenças que acometem o cérebro. Portanto, é possível que um paciente tenha déficits acentuados de sua memória episódica, a despeito de manter sua memória semântica praticamente intacta.
Semântica: Abrange a memória do significado das palavras. Este tipo de memória refere-se ao conhecimento geral sobre o mundo (fórmulas matemáticas, regras gramaticais, leis da química, fatos históricos, etc. Neste tipo de memória não há localização no tempo (ao contrário da memória episódica), não está associada a nenhum conhecimento, ação ou fato especifico do passado. Por exemplo: 1+1 = 2 é um conhecimento em que usas a memória semântica mas se associar-se a este raciocínio que quem me ensinou a fazer contas foi a minha professora da primária este dado leva-me a usar a memória episódica. A memória semântica é a coparticipação do significado de uma palavra que possibilita às pessoas manterem conversas com significado. A memória semântica ocorre quando envolve conceitos atemporais. Memória semântica, por vezes denominada memória genérica, refere-se à memoria dos significados, compreensão e a todas as formas de conhecimentos baseado em conceitos.
Ela permite que os seres humanos se comuniquem com a linguagem. Na memória semântica, o cérebro armazena informação sobre as palavras, o que elas parecem e representam, e como elas são usadas de uma forma organizada. É incomum para uma pessoa esquecer o significado da palavra “dicionário”, ou ser incapaz de evocar uma imagem visual de um frigorífico quando a palavra é ouvida ou lida.
Alguns exemplos de memória semântica
1. O significado das letras
2. O conceito de o que é um gato
3. Os sons que as letras fazem
4. A ideia de o que um carro é
5. Conhecimento que Belo Horizonte é a capital de Minas Gerais
6. Definições de palavras
7. As datas de quando a Segunda Guerra Mundial começou e terminou
8. Saber o que um dinossauro é
9. Conhecimento do pra que um telefone é usado
10. Reconhecer nomes de cores
11. Saber onde a Mongólia está localizada em um mapa (sabe essa?)
12. Lembrar o que é um computador (essa você sabe)
13. O conhecimento de que os peixes nadam em água
14. Conhecimento de que corujas são noturnas
15. Conhecimento do que constitui uma cadeira
16. Lembrar-se que alimentos são populares no Camboja
17. Conhecimento do que um livro é
18. Lembrança de costumes sobre casamentos na Síria
19. Conhecer a diferença entre uma vaca e uma ave
20. Recordar o ciclo da água
21. Saber as vestimentas típicas das pessoas no Egito antigo
Depois de muita pesquisa em pacientes amnésicos, os investigadores acreditam que estes dois tipos de memória estão localizados em diferentes áreas do cérebro e em grande parte agem de forma independente.
Memória não-declarativa –  Difere-se da memória declarativa porque esta não precisa ser declarada (enunciada). É uma memória automática. É a memória usada para procedimentos e habilidades, como por exemplo: andar de bicicleta, jogar bola, atar os cordões, lavar os dentes, ler um livro, etc.  A memória não declarativa também pode ser designada por memória implícita ou sem registo.
O QUE CAUSA E COMO TRATAR A PERDA DE MEMÓRIA
Existem diversas causas para a perda de memória, sendo que a principal é a ansiedade, mas também pode estar associada a diversas condições como a depressão, alterações do sono, uso de remédios, hipotireoidismo, infecções ou doenças neurológicas, como doença de Alzheimer. 
A maioria das causas são preveníveis ou reversíveis, com hábitos de vida como meditação, técnicas de relaxamento e treino da memória, mas em caso de dúvidas, é importante consultar-se com um neurologista ou geriatra para investigar as possíveis causas da perda de memória e iniciar o tratamento correto.
As principais causas de perda de memória e as formas de tratá-las são:
1. Estresse e ansiedade
A ansiedade é a principal causa de perda da memória, principalmente em jovens, pois momentos de estresse causam a ativação de muitos neurônios e regiões do cérebro, o que o torna mais confuso e dificulta sua atividade mesmo que para uma tarefa simples, como se lembrar de algo. 
Por esse motivo, é comum haver uma perda de memória repentina, ou um lapso, em situações como uma apresentação oral, uma prova ou após uma acontecimento estressante, por exemplo. 
· Como tratar: o tratamento da ansiedade faz com que a memória volte ao normal, o que pode ser feito com atividades relaxantes, como meditação, yoga, prática de exercícios físicos ou com sessões de psicoterapia. Para casos de ansiedade intensa e frequente, pode ser necessário o uso de remédios, como ansiolíticos, prescritos pelo psiquiatra.
2. Falta de atenção
A simples falta de atenção em alguma atividade ou situação, faz com que se esqueça muito mais rápido de alguma informação, portanto, quando se está ou se é muito distraído, é mais fácil esquecer de detalhes como um endereço, o número de telefone ou onde se guardou as chaves, por exemplo, não sendo necessariamente um problema de saúde. 
· Como tratar: a memória e a concentração podem ser treinadas, com exercícios e atividades que ativam o cérebro, como a leitura de um livro, fazer um curso novo ou, simplesmente, um jogo de palavras cruzadas, por exemplo. A meditação também é um exercício que estimula e facilita a manutenção do foco.
3. Depressão 
A depressão e outras doenças psiquiátricas como síndrome do pânico, ansiedade generalizada ou transtorno bipolar são doenças que podem causar déficit de atenção e afetar o funcionamento dos neurotransmissores cerebrais, sendo uma importante causa para alteração da memória e, até, podem confundir-se com a doença de Alzheimer. 
· Como tratar: deve ser iniciado o tratamento com antidepressivos ou medicamentos orientados pelo psiquiatra para melhora dos sintomas. A psicoterapia também é importante para auxiliar no tratamento..
4.Hipotireoidismo
O hipotireoidismo é uma importante causa de perda da memória, pois, quando não tratado adequadamente, causa lentificação do metabolismo e prejudica o funcionamento cerebral.
Geralmente, a perda de memória pelo hipotireoidismo é acompanhada de outros sintomas como sono excessivo, pele seca, unhas e cabelos quebradiços, depressão, dificuldades de concentração e cansaço intenso.
· Como tratar: o tratamento é orientado pelo clínico geral ou endocrinologista, com a Levotiroxina, e a sua dose é adaptada para o grau da doença de cada pessoa. 
5. Falta de vitamina B12
A deficiência de vitamina B12 acontece em veganos sem acompanhamento nutricional, pessoas com desnutrição, alcoólatras ou pessoas que tenham alterações na capacidade de absorção do estômago, como na cirurgia bariátrica, pois é uma vitamina que adquirimos através da alimentação equilibrada e, preferencialmente, com carne. A falta desta vitamina altera o funcionamento cerebral, e prejudica a memória e o raciocínio.
· Como tratar: a reposição desta vitamina é feita com orientações da alimentação equilibrada, suplementos nutricionais, ou em caso de má absorção pelo estômago, com injeções da vitamina.
6. Uso de remédios para ansiedade
Alguns medicamentos podem provocar um efeito de confusão mental e prejudicar a memória, sendo mais comum em quem usa sedativos frequentemente, como Diazepam e Clonazepam, por exemplo, ou pode ser efeito colateral de remédios de vários tipos, como anticonvulsivantes, neurolépticos e alguns medicamentos para labirintite.
Estes efeitos variam de pessoa para pessoa, portanto é sempre importante relatar ao médico os remédios usados caso haja suspeita de alteração da memória.
· Como tratar: é orientado conversar com o médico para a troca ou suspensão dos possíveis medicamentos associados à perda de memória.
7. Uso de drogas
O álcool em excesso e o uso de drogas ilícitas, como maconha e cocaína, além de interferirem no nível de consciência, têm um efeito tóxico sobre os neurônios, o que pode prejudicar as funções do cérebro e a memória.
· Como tratar: é importante abandonar o uso de drogas ilícitas e consumir álcool com moderação. Caso seja uma tarefa difícil, existem tratamentos que auxiliam contra a dependência química, e são orientados no posto de saúde. 
8. Dormir menos de 6 horas
A alteração do ciclo do sono pode prejudicar a memória, pois a falta de um descanso diário, que deve ser, em média, de 6 a 8 horas por dia, dificulta a manutenção da atenção e do foco, além de prejudicar o raciocínio. 
· Como tratar: um melhor sono pode ser adquirido com hábitos regulares como adotar uma rotina para deitar e levantar, evitar consumo de café após as 17h, além de evitar o uso de celular ou ver TV na cama. Casos mais graves podem ser tratados com medicamentos ansiolíticos, orientados pelo psiquiatra ou médico de família.
9. Demência de Alzheimer
A doença de Alzheimer é uma doença degenerativa do cérebro, que acontece em idosos, que prejudica a memória e, à medida que progride, interfere na capacidade de raciocínio, compreensão e de controlar o comportamento.
Também existem outros tipos de demência que também podem causar alterações da memória, principalmente no idoso, como a demência vascular, demência do Parkinson ou demência por corpúsculo de Lewy, por exemplo, que devem ser diferenciados pelo médico.
· Como tratar: após confirmada a doença, o neurologista ou geriatra podem iniciar remédios anticolinesterásicos, como Donepezila, além de indicar atividades como terapia ocupacional e fisioterapia, para que a pessoa consiga manter suas funções o maior tempo possível..
Como melhorar a memória naturalmente 
Comer alimentos ricos em ômega 3, como salmão, peixes de água salgada, sementes e abacate, por exemplo, ajuda a melhorar a memória e a concentração, e por isso deve-se apostar numa alimentação saudável, equilibrada, que contenha os alimentos certos. 
CONCLUSÃO
Concluímos que a memória é a capacidade que o ser humano possui de adquirir, ou armazenar e recuperar as informações mentalmente aprendidas ou vividas, a memória ela é divida em dois tipos a memória curta que é aquela que envolve a memória de trabalho, como decorar um número de telefone, e a memória de longo prazo que é aquela chamada memoria declarativa que é aquela que envolve o armazenamento e o reconhecimento ou recordação de fatos ou acontecimentos. A memória também pode ser dividida em três processos que são elas codificação que é codificar uma informação, armazenamento que localiza na memória de longo prazo, esperando um estímulo para ser acordada, ou seja, quando se recorda de algo e a recuperação que para acontecer é preciso que tenha codificado e armazenamento, para assim recuperá-la.
REFERÊNCIAS 
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/direito/memoria-e-aprendizagem/54640 . Acesso em: 11/11/2019.
https://www.aprimoresuamente.com/memoria-sensorial/. Acesso em: 07/11/2019.
Tulving, E. (1983). Elements of episodic memory. Oxford: Clarendon Press.
PICOLO, L.R. SALLES, J.F. Vocabulário e memória de trabalho predizem desempenho em leitura de crianças. Revista Psicologia: Teoria e Prática, 15(2), 180-191. São Paulo, SP, maio-ago. 2013. 181 ISSN 1516-3687 (impresso), ISSN 1980-6906 (on-line). Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/pdf/ptp/v15n2/14.pdf. Acesso em: 12.11.2019.
ZANELLA, L.W. VALENTINI, N.C. Como funciona a Memória de Trabalho? Influências na aprendizagem de crianças com dificuldades de aprendizagem e crianças com desordem coordenativa desenvolvimental. Disponível em: http://revista.fmrp.usp.br/2016/vol49n2/REV1-Memoria-de-Trabalho.pdf. Acesso em: 12.11.2019.
NUNES, Oldemar; OLIVEIRA, Vera Barroso. A memória de curto prazo do universitário e a prática de jogos: um estudo comparativo. Revista Psicopedagogia. São Paulo, v. 27, no. 82. 2010.
MOTA, Marcia. Uma introdução ao estudo cognitivo da memória a curto prazo: da teoria dos múltiplos armazenadores a memória de trabalho. Revista Estudos de Psicologia. PUC – Campinas, vol. 17, n. 3, p. 15-21. 2000.
SOUSA, Aline Batista de; SALGADO, Tania Denise Miskinis. Memória, aprendizagem, emoções e inteligência. Revista Liberato. Novo Hamburgo-RS, vol. 16, n. 26, p. 101-220, jul./dez. 2015.
https://www.tuasaude.com/causas-da-perda-de-memoria/. Acesso em: 14/11/2019.

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