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AEP-direito-constitucional-direitos-e-deveres-individuais-e-coletivos (3)

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Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com 
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. 
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Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com 
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AEPCON Concursos Públicos. 
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Sumário 
DOS DIREITOS E DEVERES COLETIVOS E INDIVIDUAIS ..................................................................................... 2 
 
 
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com 
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. 
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DOS DIREITOS E DEVERES COLETIVOS E INDIVIDUAIS 
DIREITO DE PROPRIEDADE. 
 
XXII – é garantido o direito de propriedade; 
O direito de propriedade é garantia individual e relativa. 
XXIII – a propriedade atenderá a função social; 
O conceito de função social consta nos artigos 182, §2º e 186, da CF/88. 
XXIV – a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por 
necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e 
prévia indenização em dinheiro, ressalvada os casos previstos nesta 
Constituição; 
As exceções estão previstas nos artigos 182, §4º, 184 e 243, todos da CF/88. 
Jurisprudência relacionada ao tema: 
EMENTA. (...). A expropriação de glebas a que se refere o art. 243 da CF há de abranger toda a 
propriedade e não apenas a área efetivamente cultivada (...). (STF RE 543.974/MG, 26.3.2009). 
XXV – no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá 
usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização 
ulterior, se houver dano; 
Trata-se de Requisição Administrativa, desapropriação por necessidade ou utilidade pública. 
A indenização é posterior porque deverá ser paga somente se houver dano, o qual será devido até 
na hipótese do artigo 139, VII, da CF/88, ou seja, durante o Estado de Sítio. 
XXVI – a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que 
trabalhada pela família, não será objeto de penhora para pagamento de 
débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os 
meios de financiar o seu desenvolvimento; 
Frise-se que o benefício da impenhorabilidade aqui concedida diz respeito exclusivamente aos 
débitos decorrentes da própria propriedade produtiva, devendo dita pequena propriedade rural ser 
trabalhada pela família, requisito este essencial para o reconhecimento do instituto. 
A título de informação, o Estatuto da Terra, lei nº 4.504/64, tenta definir "propriedade familiar" e usa 
como referência de área, o módulo rural. 
XXVII – aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação 
ou reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a 
lei fixar; 
Propriedade intelectual, que compreende os direitos autorais, também conhecidos como direito de 
cópia (copyright) e os direitos à propriedade industrial, marcas e patentes, descritos no inciso 
XXIX, do presente artigo. 
 
Registre-se que a lei dos direitos autorais é a lei no. 9.610/98. 
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com 
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XXVIII – são assegurados, nos termos da lei: 
a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da imagem e voz 
humanas, inclusive nas atividades desportivas; 
 
b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que criarem ou de que 
participarem aos criadores, aos intérpretes e às respectivas representações sindicais e associativas; 
O texto contém três garantias: a das participações individuais em obras coletivas, que são as 
produzidas em colaboração por diversos autores, a das reproduções da imagem e voz humanas e 
a de fiscalização do aproveitamento econômico das obras. 
XXIX – a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio 
temporário para sua utilização, bem como proteção às criações industriais, 
à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a outros signos 
distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento 
tecnológico e econômico do País; 
São asseguradas duas garantias: privilégio temporário de utilização aos autores de inventos e a 
proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, nomes de empresas e outros signos 
distintivos. 
O autor de inventos é aquele que fez uma descoberta ou criou coisa nova, industrializável, que 
produz resultado no mercado. A Lei 9.279/96 dispõe sobre essa matéria e prevê o direito de obter 
a patente. Essa mesma lei protege à marca registrada no Brasil, bem como a marca notoriamente 
conhecida, independentemente de estar ou não registrada no Brasil, conhecidas por marcas 
notórias. 
DIREITO DE HERANÇA. 
XXX – é garantido o direito de herança; 
Para José Afonso da Silva “herança” significa a universalidade de bens transmitida pelo finado 
aos seus sucessores, segundo a ordem das vocações hereditárias. 
XXXI – a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada 
pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre 
que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus; 
A regra só se aplica aos bens de estrangeiros situados no Brasil porque a lei brasileira não tem 
eficácia extraterritorial. 
Segundo Celso de Mello, o legislador constituinte utilizou o critério do jus domicilii, aplicando a 
lei brasileira, combinado com o critério do jus patriae, quando a lei estrangeira, pessoal do de 
cujus, for mais favorável ao cônjuge ou filhos brasileiros. E se o morto era domiciliado no exterior, 
aplicar-se-á a lei brasileira se for mais benéfica ao cônjuge ou filhos brasileiros, no que diz respeito 
aos bens situados no Brasil (critério forum rei sitae). 
O presente dispositivo também abrange os netos brasileiros, desde que sejam herdeiros, pois a 
finalidade do legislador constitucional é a proteção dos descendentes brasileiros convocados à 
herança. O adjetivo “brasileiros”, ora empregado, qualifica cônjuges e filhos e a conjunção “ou” 
tem sentido tanto aditivo como alternativo. 
 
 
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DIREITO DE INFORMAÇÃO. 
XXXIII – todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de 
seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão 
prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas 
aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do 
Estado; 
É garantia de natureza administrativa, que decorre do princípio da publicidade dos atos da 
Administração Pública. Porém essa garantia não é absoluta, já que o Poder Público pode recusar-
se a fornecer a informação quando esta for imprescindível à segurança do Estado e da sociedade, 
nos termos da lei nº 12.527/2011. Ressalte-se, ainda a criação da comissão da verdade, instituída 
pela lei 12.528/2011. 
Importantedizer que quando houver negativa administrativa sobre informações pessoais a ação 
constitucional cabível poderá ser o habeas data, mas quando o direito denegado for informações 
de interesse coletivo ou geral, a ação constitucional cabível a espécie será o mandado de segurança 
(art. 5º, LXIX e LXXII). 
Dispositivo correspondente: art. 5º, XIV, da CF/88. 
Jurisprudência relacionada ao tema: 
Súmula vinculante 14 - É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos 
elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão 
com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa. 
EMENTA. (...). Direito à informação de atos estatais, neles embutida a folha de pagamento de 
órgãos e entidades públicas. (...) Caso em que a situação específica dos servidores públicos é 
regida pela 1ª parte do inciso XXXIII do art. 5º da Constituição. Sua remuneração bruta, cargos e 
funções por eles titularizados, órgãos de sua formal lotação, tudo é constitutivo de informação de 
interesse coletivo ou geral. Expondo-se, portanto, a divulgação oficial. Sem que a intimidade 
deles, vida privada e segurança pessoal e familiar se encaixem nas exceções de que trata a parte 
derradeira do mesmo dispositivo constitucional (inciso XXXIII do art. 5º), pois o fato é que não 
estão em jogo nem a segurança do Estado nem do conjunto da sociedade. Não cabe, no caso, falar 
de intimidade ou de vida privada, pois os dados objeto da divulgação em causa dizem respeito a 
agentes públicos enquanto agentes públicos mesmos; ou, na linguagem da própria Constituição, 
agentes estatais agindo ‘nessa qualidade’ (§ 6º do art. 37). E quanto à segurança física ou corporal 
dos servidores, seja pessoal, seja familiarmente, claro que ela resultará um tanto ou quanto 
fragilizada com a divulgação nominalizada dos dados em debate, mas é um tipo de risco pessoal 
e familiar que se atenua com a proibição de se revelar o endereço residencial, o CPF e a CI de 
cada servidor. No mais, é o preço que se paga pela opção por uma carreira pública no seio de um 
Estado republicano. (...) A negativa de prevalência do princípio da publicidade administrativa 
implicaria, no caso, inadmissível situação de grave lesão à ordem pública. (...). (STF SS 3.902-
AgR - segundo, Rel. Min. Ayres Britto, Plenário, DJ de 3-10-2011). 
 
 
 
 
 
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Questões 
 
 (Analista Judiciário – área administrativa – STJ) Na hipótese de iminente perigo, o poder público 
competente poderá requisitar o uso de propriedade particular, estando assegurada ao proprietário 
a possibilidade de ser indenizado em caso de dano ao seu patrimônio. 
 
 (MP/ENAP) O direito do cidadão de receber dos órgãos públicos informações de interesse coletivo 
inclui também aquelas imprescindíveis à segurança da sociedade. 
 
 (TRF/1ª Região – juiz federal) A CF prevê que tanto a desapropriação por interesse social quanto 
a desapropriação por necessidade ou utilidade pública seja feita somente mediante justa e prévia 
indenização em dinheiro. 
 
 (STJ – analista administrativo – área administrativa) Ao advogado de uma pessoa sob investigação 
é permitido o acesso aos autos do inquérito policial, mesmo que estes sejam classificados como 
sigilosos, por ser este um direito garantido ao investigado. 
 
 (TRT/9ª Região – analista judiciário - apoio especializado) Sobre os Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos previstos na Constituição Federal, é correto afirmar: 
a) É livre a locomoção no território nacional a qualquer tempo, podendo qualquer pessoa, nos 
termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens. 
b) A criação de associações e, na forma da lei, de cooperativas depende de autorização. 
c) A lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou 
por interesse social, mediante justa e prévia indenização, que poderá ser em dinheiro ou títulos do 
governo. 
d) No caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade 
particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano. 
e) São asseguradas, nos termos da lei, a proteção às participações individuais em obras coletivas 
e à reprodução da imagem e voz humanas, exceto nas atividades desportivas. 
 
Gabarito 
01 - C 
02 - E 
03 - E 
04 - C 
05 - D

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