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Centro Universitário Luterano de Santarém 
Curso de Engenharia Civil 
 
RAFAEL NERI SOUZA BORTOLOMEDI 
 
 
 
 
 
“ENSAIOS DESTRUTIVEIS E NÃO DESTRUTIVEIS” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Santarém 
2020 
1 
 
Centro Universitário Luterano de Santarém 
Curso de Engenharia Civil 
 
RAFAEL NERI SOUZA BORTOLOMEDI 
 
 
 
 
 
PATOLOGIA E RECUPERAÇÃO DE ESTRUTURAS 
 “ENSAIOS DESTRUTIVEIS E NÃO DESTRUTIVEIS” 
 
 
 
Trabalho para obtenção de nota parcial na 
matéria de Patologia e Recuperação de 
Estruturas Ministrada pelo professor Nadir 
Pires. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Santarém 
2020 
2 
 
SUMÁRIO 
 
 
1. LISTA DE FIGURAS 3 
2. INTRODUÇÃO 4 
3. ANÁLISES EM ESTRUTURAS 5 
4. TÉCNICA DE INVESTIGAÇÃO 7 
5. ANALISE DE DADOS 8 
6. METODO GERAL 9 
7. ENSAIOS DESTRUTIVEIS 9 
8. ENSAIOS NÃO DESTRUTIVEIS 14 
9. EQUIPAMENTOS PARA ENSAIOS NÃO DESTRUTIVOS 17 
10. CONCLUSÃO 18 
11. REFERÊNCIAS 19 
3 
 
LISTA DE FIGURAS 
1. Modelo de fluxograma de inspeção Pág. 6 
2. Máquina de ensaio de tração e gráfico do ensaio Pag. 10 
3. Tipos básicos de fraturas sob ação de esforço de tração Pág. 10 
4. Representação das tensões originadas sob efeito da flexão Pág. 11 
5. Eixo engastado e deformação após aplicação do torque Pág. 11 
6. Variação cíclica da tensão em função do tempo Pág. 13 
7. Martelo ou Esclerômetro de Schmidt Pág. 15 
8. Funcionamento do aparelho de Ultrasson Pág. 15 
9. Equipamentos para ensaios não destrutivos Pág. 17 
 
4 
 
INTRODUÇÃO 
 
Entre os diversos ensaios, destacamos os mecânicos, por serem os que 
melhor revelam as propriedades necessárias para construção civil em sua grande 
maioria. Esses ensaios são realizados por meio da aplicação de um dos tipos de 
esforços mecânicos (tração, compressão, torção e cisalhamento), a fim de 
determinar a resistência do material à tensão aplicada. Podemos assim escolher o 
material que melhor se adapta às necessidades de um determinado projeto, bem 
como verificar as influências dos diversos processos nos produtos acabados. É por 
isso que ensaios que identificam suas características são relevantes. 
Entre as principais vantagens dos ensaios é possível citar: prevenção de 
acidentes, garantia da satisfação do cliente, controle dos problemas de manufatura, 
redução de custos e manutenção da qualidade. 
Alguns ensaios para serem realizados, necessitam de um elemento 
material, a que chamamos “Corpo de Prova”, que pode ser uma peça inteira ou uma 
amostra representativa dela. 
Qualquer um dos ensaios utiliza normas e procedimentos a serem 
seguidos de modo a permitir a comparação entre os diversos resultados. É 
importante estabelecer os níveis de exigência necessários para cada um dos testes 
aplicados, e também com o que for solicitado pelo produto em serviço. 
Os ensaios mecânicos podem ser classificados em não destrutivos e 
destrutivos, conforme o procedimento adotado. 
Os ensaios não destrutivos são aqueles que após a sua realização, não 
deixam nenhuma marca ou sinal na peça e também não a inutilizam. Já os ensaios 
destrutivos são os do tipo que deixam algum sinal na peça, ou até mesmo a 
inutilizam. 
5 
 
 
1. ANÁLISES EM ESTRUTURAS 
A qualidade do serviço que visa a recuperação de uma construção depende 
de uma avaliação minuciosa em que se encontra a estrutura bem como um estudo 
detalhado dos efeitos produzidos pelas manifestações patológicas. Esses testes e 
avaliações que são feitos possuem extrema importância para garantir a melhor 
durabilidade e qualidade, tendo como consequência a vida útil para qual foi 
projetada. 
Existem diversas razões para se utilizar uma avaliação na construção 
afetada, sendo estas: 
• • Quando a confiabilidade da estrutura é comprometida por 
deterioração geral; 
• • Para obter informações visando projetos de reforço ou melhorias; 
• • Para criar um banco de dados de informações atualizadas sobre as 
condições de toda estrutura, criando parâmetros para organizar operações de 
manutenção preventiva; 
• • Para estabelecer prioridades para o reparo ou substituição de 
estruturas em níveis elevados de deterioração. 
Para a manutenção das estruturas já existentes e em serviço, 
recomenda-se: 
• • Análise dos mecanismos de deterioração; 
• • Análise da agressividade do meio em que a edificação se encontra; 
• • Testes de materiais e da estrutura; 
Para o projeto de novas edificações, recomenda-se: 
• • Considerar na concepção do projeto, as questões inerentes a: o 
Mecanismos de deterioração que possam afetar a edificação em função do meio em 
que ela se encontra e das solicitações a que estará sujeita e a previsão de medidas 
de proteção preventiva e manutenção ao longo da vida útil da edificação; 
• • Primar nas atividades de execução e manutenção da edificação. 
1.1 Estratégias de inspeção 
Ao verificar que uma estrutura está com problemas patológicos torna-se 
necessário uma vistoria detalhada e extremamente planejada para assim determinar 
as condições reais na qual se encontra e para que possa avaliar suas causas, 
anomalias existentes, providência e métodos a serem tomados. Para a facilitação 
dessas inspeções são feitos fluxogramas para uma maior rapidez do processo. 
6 
 
 
Figura 1. Modelo de fluxograma de inspeção 
 
 
1.2 Levantamentos de dados 
Esta é a etapa que fornecerá os subsídios necessários para que a análise 
possa ser feita corretamente, e compreende os seguintes passos: 
I. Classificação analítica do meio ambiente, em particular da agressividade à 
estrutura em questão; 
II. Levantamento visual e medições expeditas da estrutura - consiste na 
observação normal, com anotações, e medições nos principais elementos; 
III. Estimativa das possíveis consequências dos danos e, caso necessário, 
tomada de medidas de emergência, tais como o escoramento de parte ou do todo da 
estrutura, alívio do carregamento, instalação de instrumentos para medidas de 
deformações e recalque e interdição da estrutura; 
IV. Identificação de erros quanto à concepção da estrutura (projeto), à sua 
execução, ou ainda quanto à sua utilização e manutenção; 
7 
 
V. Análise do projeto original e dos projetos de modificações e ampliações, 
caso existam, de formas a se poderem determinar possíveis deficiências na 
concepção ou no dimensionamento dos elementos estruturais danificados; g- 
instrumentação da estrutura e realização de ensaios especiais, inclusive em 
laboratório, compreendendo: • tipologia e intensidade dos sistemas de deterioração 
e dos agentes agressores; 
• medições: geometria, nível, prumo e excentricidades; mapeamento das 
fissuras; determinação de flechas residuais; evolução da abertura de fissuras e de 
deformações, etc.; 
• estudos e ensaios: verificação dimensional dos elementos (seção 
transversal do concreto; armaduras; cobrimento, etc.); 
• investigação geotécnica; avaliação da resistência do concreto e das 
características do aço; etc. 
 
2. TÉCNICA DE INVESTIGAÇÃO 
Um elemento importante para o diagnóstico é conseguir imaginar o 
movimento que deu origem à trinca, já que a grande maioria delas está associada a 
movimentações das mais distintas naturezas. Uma boa técnica exploratória, 
principalmente para que não sejam esquecidos ou descartados aspectos 
importantes, é aquela que se baseia em eliminações subsequentes, tentando-se 
considerar todo o universo de causas hipotéticas ou agentes patológicos. 
Também poderão ser adotadas medidas mais simples, para entendimento 
qualitativo do problema e acompanhamento de sua eventual evolução. Nesse 
sentido, as fissuras poderão ser providas de testemunhas (gravatas) constituídas por 
material rígido (normalmente gesso nas partes internas da construção e pasta 
constituída por cal e cimento nas partes externas) que, ao se fissurar indicará a 
continuidadedo movimento. Poderão, também, serem utilizadas testemunhas em 
metal ou vidro, com traços de referência, coladas alternadamente nos dois lados do 
componente adjacentes à fissura. 
Com base nas observações e levantamentos efetuados no local da obra, 
entretanto, o técnico já poderá chegar na maioria das vezes ao diagnóstico do 
problema. Deve-se alertar, contudo, que juízos precipitados e ideias preconcebidas 
geralmente conduzem a diagnósticos incorretos. A similaridade de situações, 
algumas vezes muito forte, pode induzir a erro o técnico menos avisado ou menos 
cuidadoso. 
Antes de estabelecerem-se grandes teorias sobre o problema em análise, o 
técnico deve também inspecionar tudo o que lhe for possível. A fissura e o 
componente fissurado devem ser examinados por todos os ângulos, recomenda-se, 
quando necessário, pequenas escavações ou demolições. 
8 
 
Finalmente, a obtenção de dados históricos sobre a obra e/ou seu local de 
implantação às vezes pode conduzir a pistas muito seguras no esclarecimento do 
problema. Assim sendo, a recuperação do diário de obra, de fotografias obtidas 
durante sua execução e de registros sobre eventuais anomalias que tenham 
ocorrido na fase de construção ou de ocupação do edifício podem em alguns casos 
ser tão importantes que os próprios levantamentos anteriormente mencionados. 
 
3. ANÁLISE DOS DADOS 
Esta análise deverá ser feita através de uma inspeção detalhada a fim de 
evitar que as anomalias mais graves não sejam detectadas por estarem ocultas por 
anomalias superficiais, assim como se deve verificar atentamente se não houve 
mais do que um fator gerador do sintoma patológico que está sendo analisado. 
Através da inspeção detalhada dois objetivos primordiais deverão ser alcançados: 
• Completar ou complementar a inspeção de rotina; 
• Realizar testes específicos e especiais que sejam necessários para a 
avaliação completa da edificação e definição da capacidade de carga restante. 
Informações importantes a serem definidas neste item: 
• Propriedades mecânicas do aço e do concreto; 
• Durabilidade do concreto; 
• Analise petrográfica do concreto para investigação da sua microestrutura e 
agressividade de elementos químicos; • avaliação da taxa de corrosão do aço; 
• Inspeção por raios – x; 
• Impulsos ultrassônicos; 
• Ensaio de arrancamento; 
• Difusão de clorídeos; 
• Medida “in-situ” das tensões no concreto e aço; 
• Medida “in-situ” da geometria, ações, respostas estáticas e dinâmicas. 
A escolha dos testes a serem efetuados na edificação depende do engenheiro 
responsável pelo processo de avaliação, pois uma escolha desnecessária poderá 
trazer resultados redundantes e onerar o processo de avaliação. Outra análise que 
pode ser realizada na estrutura, para verificação do estado potencial de risco que 
esta oferece, denomina-se Prova de Carga. As provas de carga têm como objetivo 
testar a estrutura com solicitações e avaliar as condições de resposta da edificação. 
9 
 
 
4. MÉTODO GERAL 
Neste método o índice não é mais expresso pela simples soma dos valores 
dos danos verificados nos elementos estruturais, mas pela razão entre a soma 
efetiva dos valores dos danos obtidos e A soma de referência de valores de danos 
obtidos levando-se em conta a mesma lista fechada de todo tipo de dano que 
poderia realisticamente ocorrer na mesma estrutura, multiplicada pela intensidade 
unitária e fatores de extensão. 
Assim, o índice de condição de uma estrutura é definido com a fração ou 
percentagem do valor de referência associado com a condição assumida da 
estrutura em particular. No caso de estruturas multi andares e multi vãos, aonde a 
inspeção é feita vão a vão, o índice é expresso pela soma média dos valores de 
danos calculados para todos os vãos. 
 
5. ENSAIOS DESTRUTIVEIS 
Os ensaios destrutivos são os mais utilizados para determinar ou verificar as 
propriedades dos materiais. São também adequados para medir a capacidade de 
suportar esforço de uma peça. Ensaios destrutivos são ensaios mecânicos que 
necessitam de procedimentos que provocam inutilidade nos materiais ou nos corpos 
de prova, mesmo que o dano seja pequeno. O ensaio de dureza, em certos casos, 
produz um pequeno dano. Esse efeito (marcas) não chega a destruir a peça 
ensaiada, porém deixa sinais que serão pontos de concentração de tensão e fonte 
de possíveis falhas. 
O conhecimento das propriedades dos materiais, muitas vezes, só é 
possível pela aplicação de ensaios que levam a destruição dos materiais. Nesses 
casos, na maioria das vezes, são usados corpos de prova do mesmo material das 
peças construídos segundo normas próprias. 
 
5.1: Classificação dos ensaios destrutivos 
* Tração 
* Flexão (dobramento) 
* Compressão 
* Torção 
* Dureza 
* Fadiga 
* Fratura (choque) 
* Fluência. 
10 
 
 
5.1.1 - ENSAIO DE TRAÇÃO 
O ensaio de tração consiste na aplicação de uma força, que, ao agir sobre 
uma superfície de um corpo sólido provoca uma deformação na direção do esforço 
produzindo uma pressão. Quando essa força tende ao alongamento, acontece o que 
chamamos de tensão de tração. Há uma relação entre tensão aplicada (carga sobre 
área da secção transversal da peça) e a deformação resultante. 
Podemos melhor representar esse fenômeno na forma de um diagrama 
tensão deformação indicado pela Figura .2(b). 
 
Figura 2: (a) Máquina de ensaio de tração e (b) gráfico do ensaio 
Fonte: (a) http://instron.itrademarket.com/722730/instron-5560-series-table-model-testing-systems-universal.htm 
(b)CTISM 
5.1.1.1 - FRATURAS DOS CORPOS DE PROVA ENSAIADOS A TRAÇÃO 
Classificamos as fraturas, de modo macroscópico, em dúctil ou fibrosa e frágil 
ou cristalina, de acordo com a intensidade da deformação plástica que antecipa a 
fratura (Figura 3). Nos materiais dúcteis, em que a deformação elástica está bem 
definida, e a fase plástica mostra sinais de alongamento é possível antecipar o 
momento da ruptura que está bem definido em (a) e em menor intensidade em (b). 
Nos materiais frágeis não há sinal de deformação plástica. A falha ocorre 
imediatamente após a fase elástica e essa, em alguns casos, é pequena, Figura 3 
(c, d, e, f, g). 
 
 
Figura 3: Tipos básicos de fraturas sob ação de esforço de tração 
Fonte: CTISM 
 
5.1.2 – ENSAIO DE DOBRAMENTO E FLEXÃO 
No ensaio de flexão a informação mais importante é a indicação qualitativa da 
ductilidade do material. A flexão do material provoca um efeito de tração e 
compressão nas fibras superiores e inferiores conforme o tipo de aplicação da força. 
11 
 
A Figura 4 mostra essa situação. Quando essa força produz uma deformação 
elástica temos a flexão, quando for plástica, o dobramento. 
 
 
Figura 4: Representação das tensões originadas sob efeito da flexão 
Fonte: CTISM 
5.1.3 - ENSAIO DE COMPRESSÃO 
Os ensaios de compressão e de tração são semelhantes, sob o aspecto da 
aplicação das cargas, um é o oposto do outro, mas ambos utilizam o mesmo sistema 
(máquina) de ensaio além de verificarem, em geral, as mesmas propriedades. 
Sob o ponto de vista da física a compressão é o contrário da tração, e os 
efeitos observados por uma carga são também verificados pelo outro. As 
propriedades do material podem ser descobertas tanto por um quanto por outro e 
como o de tração é mais prático, não é necessário realizar o de compressão. 
 
5.1.4 - ENSAIO DE TORÇÃO 
O ensaio de torção é muito mais usado para assegurar qualidade do que para 
procurar falha. A torção ocorre quando atua sobre um corpo um torque (Figura 5(a)). 
Esse tipo de solicitação é comum em eixos e sistemas de transmissão de 
movimento. O esforço provoca uma deformação elástica ao longo do comprimento 
do elemento (um eixo), 4(b). O ângulo de deformação longitudinal (α alfa), medido 
em radianos, é a diferença entre uma secção transversal (extremidade) em relação à 
outra. A medida do grau de deformação é proporcional ao comprimento do corpo.O 
efeito da aplicação de uma força pela distância em relação ao centro de giro (θ teta) 
é resultante do torque ou momento torçor. 
 
 
Figura 4: Eixo engastado e deformação após aplicação do torque 
Fonte: CTISM 
 
12 
 
5.1.5 - ENSAIO DE DUREZA 
A dureza, como propriedade física, é bastante utilizada para indicar e 
comparar os materiais. É por meio da dureza de um material que podemos 
identificar a sua resistência à ruptura, assim como a capacidade de deformar-se sob 
a ação de uma carga de tração ou compressão ou de outro esforço qualquer. 
A definição de dureza é complexa devido as diferentes interpretações que são 
empregadas, de modo simples podemos dizer que é a resistência à deformação 
permanente. 
O conceito de dureza não é o mesmo para todas as suas aplicações. Na 
mineralogia é a resistência ao risco que um material tem em relação a outro; na 
metalurgia é a capacidade de resistência à deformação plástica permanente; na 
mecânica é a resistência ao desgaste ou à penetração e na usinagem a dificuldade 
ao corte. As definições de dureza estão relacionadas com a: 
• Resistência à penetração. 
• Resistência à ação do risco. 
• Absorção de energia sob ação de cargas dinâmicas. 
• Resistência ao corte. 
• Resistência à abrasão. 
A marca ou impressão que fica na superfície do material, produzida pelo 
penetrador, irá determinar o valor representativo da dureza, em função das suas 
dimensões (diâmetro e profundidade) e de acordo com o método empregado. 
 
5.1.6 - ENSAIO DE FADIGA 
A fadiga ocorre quando um material está sujeito a uma variação cíclica ou 
alternada de cargas, gráficos na Figura 5. A repetição desses esforços provoca uma 
falha, fratura por fadiga, com uma tensão muito menor do que o limite de resistência 
estática do material. É um tipo de falha traiçoeira, pois ocorre sem aviso. Sua origem 
pode ser pela mudança brusca de secções, marca superficial no material, pequenas 
inclusões ou outro tipo de defeito no material. 
A representação das variações das cargas em função do tempo pode ser 
alternada. A Figura 5(a) representa o gráfico desse movimento (valores iguais de 
tração e compressão); a tensão média é zero; alternada com apenas um dos dois 
esforços. A Figura 5(b) é a representação dos valores de tração e compressão 
diferentes. A tensão média poderá ser de compressão ou de tração, diferente de 
zero; a tração e/ou compressão (máxima e mínima) de modo aleatório, em que os 
valores são independentes, mas com valores de amplitudes diferentes para tração e 
compressão, Figura 5(c). 
13 
 
 
 
Figura 6: Variação cíclica da tensão em função do tempo 
Fonte: CTISM 
 
5.1.7 - ENSAIO DE FRATURA FRÁGIL 
O ensaio é baseado em um choque. Este impacto é caracterizado por fazer 
com que o corpo de prova se submeta a uma força brusca e repentina, a fim de 
rompê-lo. Este choque se caracteriza por uma transferência de energia muito rápida. 
Esse tipo de ensaio é importante, pois mostra de forma mais clara, o 
comportamento dos materiais sob a ação de cargas dinâmicas, o que geralmente 
difere do comportamento quando sujeitos às cargas estáticas. 
Existem materiais que, nas condições normais em ensaios de tração, 
apresentam comportamento dúctil, porém podem falhar de modo frágil quando 
submetidos a impacto. Isso se deve principalmente à temperatura a que está sujeito. 
A velocidade de aplicação da carga tem importância. Em certos materiais esse fator 
é significativo. Essa sensibilidade é conhecida como sensibilidade à velocidade. 
 
5.1.8 - ENSAIO DE FLUÊNCIA 
O fenômeno de fluência ocorre quando um material estiver sujeito a um 
esforço contínuo, por um longo tempo, a uma temperatura superior à do ambiente. 
Essa deformação ocorre devido à tensão constante em função do tempo. Nos 
materiais metálicos a temperatura altera suas propriedades de maneira significativa. 
O ensaio é semelhante ao de tração com a diferença de que o esforço é 
aplicado a uma temperatura determinada que não seja a do ambiente. Além das 
variáveis, tensão e deformação, a temperatura e o tempo são importantes. A 
diferença entre esses ensaios é também a necessidade de que, para se verificar a 
fluência, o tempo de realização do ensaio deve ser significativo e não como ocorre 
com a tração que ocorre em um pequeno instante. 
 
14 
 
6. ENSAIOS NÂO DESTRUTIVEIS. 
Conforme o Instituto Britânico de Ensaios Não Destrutivos (BINDT), esses 
ensaios são utilizados para detectar e avaliar falhas nos materiais. Geralmente, são 
caracterizadas por trincas, inclusões de materiais no ponto de junção das peças ou 
ainda variações nas propriedades estruturais, que podem levar à perda da 
resistência e posteriormente à falha do material. 
Consiste em uma alternativa mais moderna de avaliar as características das 
estruturas metálicas e de concreto, sem a remoção de amostras. 
* Pouco ou nenhum dano é causado a estrutura. 
* Tornou-se mais comum com o avanço da tecnologia: os dados coletados 
ficaram mais precisos. 
O procedimento de extrair testemunhos da própria estrutura nem sempre é 
recomendada dependendo da geometria dos elementos. 
* Pode danificar ou comprometer o desempenho da estrutura. 
* Por isso, ensaios não destrutivos passam a ser uma alternativa mais 
atraente, apresentando diversas vantagens. 
 
6.1 - Os principais ensaios não destrutivos são: 
* Dureza superficial ou Esclerometria; 
* Ultrassom; 
* Ensaio de resistência à penetração; 
* Ensaio de permeabilidade à água; 
* Ensaio de potencial de corrosão. 
 
6.1.1 - ENSAIO DE DUREZA SUPERFICIAL OU ESCLEROMETRIA 
Avalia a dureza superficial do concreto. 
- Pode ser realizada “in loco”. 
- Consiste no impacto de uma determinada massa com certa energia cinética 
na superfície do concreto, sendo medida o retorno da força. 
- Utiliza-se normalmente o Martelo ou Esclerômetro de Schmidt. (figura 7) 
É o Método não destrutivo mais utilizado mundialmente para avaliar o 
concreto. O Martelo teste bate na superfície e o próprio equipamento mede a 
recuperação de energia do impacto. Com esse dado, é possível achar a resistência 
à compressão (valores tabelados). 
15 
 
Obtém-se o índice esclerométrico (I.E.) 
 
 
Figura 7. Martelo ou Esclerômetro de Schmidt 
 Fonte CTISM 
 
6.1.2 - ENSAIO DE ULTRASSOM 
Assim como uma onda sonora, reflete ao incidir num anteparo, a onda 
ultrassônica ao percorrer um meio elástico, refletirá da mesma forma, ao incidir 
numa descontinuidade ou falha interna. Através de aparelhos, detectamos as 
reflexões provenientes do interior da peça examinada, localizando e interpretando as 
descontinuidades. (Figura 8). 
Este ensaio consiste na emissão de uma onda mecânica por um transdutor 
(a), a partir do momento em que esta onda é emitida o aparelho começa a contar o 
tempo. Ao incidir na descontinuidade ocorre uma reflexão da onda que retorna ao 
transdutor (b), e gera um sinal elétrico, que é processado e mostrado na tela do 
aparelho de análise (d), sendo a posição do eco proporcional ao caminho percorrido 
pelo som até a descontinuidade da peça. A Figura 8 mostra como se dá tal 
funcionamento. 
 
Figura 8. Funcionamento do aparelho de Ultrasson 
 Fonte CTISM 
16 
 
6.1.3 - ENSAIO DE RESISTENCIA A PENETRAÇÃO. 
Conhecido comercialmente como: 
- Ensaio da Agulha de Windsor. 
- Ensaio do Penetrômetro de Windsor. 
- Ensaio da Pistola de Windsor. 
Foi desenvolvido nos Estados Unidos na década de 60 e correlaciona a 
resistência à compressão do concreto com a profundidade de penetração do pino. 
ASTM C803 e BS 1881; foi adaptado pelo Engenheiro Pontes Vieira, 1978. Não 
existe norma Brasileira; 
Vantagens e Desvantagens 
Vantagens: 
* Maior profundidade de análise; 
* Simplicidade e velocidade de execução; 
* Realização sobre formas de madeira; 
* Medir o desenvolvimento da resistência do concreto nas primeiras idades. 
Desvantagens 
* Mais caro, quando comparado com o ensaio de esclerometria;6.1.4 - ENSAIO DE PERMEABILIDADE À ÁGUA 
Determinação da penetração de água sob pressão (NBR 10787), após o 
posicionamento dos corpos-de-prova, abrir o registro d’água, permitindo que ocupe 
todo o volume do reservatório e das tubulações. 
* Aplicar tensões de 0.1, 0.3 e 0.7 MPa, em diferentes intervalos de tempo 
* Liberar toda a pressão confinada e retirar o corpo-de-prova do conjunto 
* O ensaio deve ser interrompido caso haja percolação de água através do 
corpo-de-prova ou saída pelas laterais 
* Partir o corpo-de-prova e anotar a profundidade máxima de penetração de 
água, em milímetros. 
Determinação do coeficiente de permeabilidade à água (NBR 10786) 
* Expressa a velocidade de percolação de água no concreto 
* Os aparelhos medem as vazões de entrada e saída de água 
17 
 
6.1.5 - ENSAIO DE POTENCIAL DE CORROSÃO 
 São várias as técnicas usadas para constatação e avaliação da corrosão, 
mas as técnicas eletroquímicas são as mais utilizadas. É um dos métodos 
eletroquímicos mais utilizados para monitorar e avaliar o comportamento das 
estruturas de concreto armado com relação à corrosão de armadura; 
 Potencial eletroquímico: é a medida da maior ou menor facilidade da 
transferência de carga elétrica entre o aço e a solução contida nos poros do 
concreto, devido à diferença de potencial (Hansson, 1984); 
Avaliação qualitativa através de mapas de potencial de corrosão e a 
probabilidade: indica áreas mais susceptíveis à corrosão. 
Concreto com maior resistividade elétrica possui menor probabilidade de 
sofrer corrosão; 
7. EQUIPAMENTOS PARA ENSAIOS NÃO DESTRUTIVOS 
Esclerometria Pacometria Ultrassom 
 
Potencial de corrosão Umidade Arrancamento 
 
18 
 
CONCLUSÃO 
Através deste trabalho, pode-se concluir que esses ensaios são de extrema 
importância para a construção, uma vez que pode se determinar as propriedades 
dos materiais, na grande maioria, de forma quantitativa. Além de que o 
conhecimento dos tipos e características dos ensaios ajudará no momento da 
escolha do melhor procedimento a ser adotado na manutenção de um equipamento 
ou na automação da verificação da qualidade de um trabalho ou produto. 
Os ensaios destrutivos são de grande utilidade no processo produtivo, pois 
determinam as propriedades dos materiais, na grande maioria. Onde destacamos 
entre eles os de tração, dureza, fratura (choque), fluência e fadiga. Algumas 
propriedades podem ser verificadas por mais de um ensaio, o que determinará qual 
são as características do material e as condições de serviço. Com relação aos 
ensaios não destrutíveis uso desses ensaios em muitos caso deixa de ser uma 
alternativa viável, porém ainda não está consagrada por motivos culturais e muitas 
vezes, os dados coletados relacionados à resistência do material ainda não são tão 
confiáveis quanto aos obtidos por ensaios destrutivos, além do alto custo de alguns 
equipamentos utilizados para realização dos ensaios. 
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REFERÊNCIAS 
1. Cimento Itambé - métodos de ensaios não destrutivos para estruturas de 
concreto. Acesso em 28/02/2020 as 20:38. 
2. http://www.cimentoitambe.com.br/metodos-de-ensaios-nao-destrutivos-para-
estruturas-de-concreto/ téchne - métodos de ensaios não destrutivos para 
estruturas de concreto. Acesso em 28/02/2020 as 21:26. 
3. http://techne.pini.com.br/engenharia-civil/151/artigo-metodos-de-ensaios-nao-
destrutivos-para-estruturasde-286643-1.aspx. Acesso em 28/02/2020 as 22:05. 
4. Construwiking - Ensaio não destrutivo de concreto - O Martelo de Schmidt. 
Acesso em 28/02/2020 as 22:31. 
5. http://construwiking.com/noticia/ensaio-nao-destrutivo-de-concreto-o-martelo-de-
schimidt/82/. Acesso em 28/02/2020 aas 23:17. 
6. http://www.gcinspector.com.br/ultrassom_em_concreto-texto-c16.html. Acesso 
em 28/02/2020 as 23:45. 
7. http://www.oz-diagnostico.pt/_pt/layout.asp?area=3000&subarea=3400. Acesso 
em 29/02/2020 as 00:21. 
8. http://www.bib.unesc.net/biblioteca/sumario/000043/000043E8.pdf. Acesso em 
29/02/2020 as 01:21.

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