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Prof. MSc. Adriano Moraes da Silva Imunologia Clínica Unip – São José dos Campos Nesta classe da Imunologia realiza-se reações de alta sensibilidade onde se consegue detectar Ag ou Ac mesmo em pequenas concentrações. Reações com Ragentes Marcados Prof. MSc. Adriano Moraes da Silva Imunologia Clínica Unip – São José dos Campos Princípio: marcar o Ag ou Ac com reagente de fluorescência para evidenciar o fator pesquisado. Ex: Ac marcado com fluoresceína, exposto a luz ultravioleta e evidenciando o Ag que assume cor verde-maçã na microscopia de fluorescência. Reações de Imuno Fluorescência (RIF) Prof. MSc. Adriano Moraes da Silva Imunologia Clínica Unip – São José dos Campos Vantagem: não necessita de cultura e é mais rápido. Ex: suspeita de uretrite por Chlamydia trachomatis. Numa lâmina: secreção uretral + conjugado (Ac marcado com fluoresceína) Incubar 37ºC/15-30 minutos. Lavar em solução tampão. Leitura em MIF (Microscópio de Imuno Fluorescência) Resultado no campo microscópico: - Pontos com cololoração verde-maçã: positivo - Campo escuro: negativo RIF Direta: pesquisa de Ag Prof. MSc. Adriano Moraes da Silva Imunologia Clínica Unip – São José dos Campos Numa lâmina: secreção glandular + conjugado (Ac anti S. pyogenes marcado com fluoresceína). Incubar 37ºC/15-30 minutos. Lavar em solução tampão. Fazer leitura em MIF. Resultado no campo microscópico: - Streptococcus pyogenes em verde-maçã: positivo - Campo escuro: negativo Ex: suspeita de amigdalite por Streptococcus pyogenes. Prof. MSc. Adriano Moraes da Silva Imunologia Clínica Unip – São José dos Campos Vantagens da técnica indireta: detectar classes de Ac usando conjugados anti IgG ou anti IgM. Princípio: usar um anti Ac humano marcado com fluoresceína. Ex: pesquisa de Treponema pallidum causador da sífilis. Lâmina impregnada com a bactéria T. pallidum. Acrescentar soro do paciente (Ac anti T. pallidum ?). Incubar por 15-30 minutos/37ºC e lavar (solução tampão). Acrescentar o conjugado anti Ac humano + fluoresceína. Incubar por 15-30 minutos/37ºC e lavar. Fazer leitura em MIF. Visualizar as espiroquetas em verde-maçã. RIF Indireta: pesquisa de Ac Princípio: uso de enzimas para marcar Ac e evidenciar o fator pesquisado pela obtenção de cor resultante da reação: enzima – substrato cromógeno. Enzimas: As enzimas marcadoras mais utilizadas são a catalase, glucose-oxidase, galactosidase, fosfatase alcalina e a peroxidase. Conjugado: Ac marcado com enzima. Conjugado + substrato = cor Leitura em espectrofotômetro especial (leitora de ELISA) A intensidade da cor é proporcional a concentração do que está sendo medido. A reação imonoenzimática pode ser de técnica direta ou indireta. Reação Imunoenzimática Vantagens: - maior estabilidade dos reagentes; - maior especificidade, devido ao uso de antígenos marcados com enzima; - produzem, de modo geral, ensaios homogêneos; - ausência do perigo de radiações. Métodos: Simples e Competitivo Material utilizado na técnica indireta: - soro do paciente - placas de ELISA (polietileno ou polipropileno) - conjugado (Anti Ig Humana – Anti Ac marcado com enzima) - substrato cromógeno ELISA – Enzyme-Linked Immuno Sorbent Assay Prof. MSc. Adriano Moraes da Silva Imunologia Clínica Unip – São José dos Campos Exemplo 1: HIV Escolher a placa com o Ag específico (seqüência conhecida de fragmentos do vírus) e adicionar o soro do paciente. Incubar em temperatura ambiente por 1 hora. Lavar com solução tampão. Adicionar o conjugado (anti Ac humano marcado com enzima) e incubar por mais 1 hora. Técnica Indireta Prof. MSc. Adriano Moraes da Silva Imunologia Clínica Unip – São José dos Campos Lavar com solução tampão. Adicionar o cromógeno – revelador (substrato) e incubar por 2 horas. Aguardar a presença ou não de cor. Levar a placa à uma leitora de ELISA. Obter os resultados. OBS 1: para a sorologia de HIV deve colher sangue do paciente em jejum de 12 horas. OBS 2: para a sorologia de HIV deve-se inativar o soro do paciente antes do exame. Incubar à 56ºC por 30 minutos. Este processo elimina possíveis interferentes como macromoléculas e proteínas do sistema Complemento. Escolher a placa com o Ag específico (Antígeno de Superfície do vírus - HBsAg) e adicionar o soro do paciente. Incubar em temperatura ambiente por 1 hora. Lavar com solução tampão. Adicionar o conjugado (anti Ac humano marcado com enzima) e incubar por mais 1 hora. Lavar com solução tampão. Adicionar o cromógeno – revelador (substrato) e incubar por 2 horas. Aguardar a presença ou não de cor. Levar a placa à uma leitora de ELISA. Obter os resultados. Exemplo 2: Anti HBs (Hepatite B) Material utilizado na técnica direta: - soro do paciente - placas de ELISA (polietileno ou polipropileno) - conjugado (Ac Anti Ag marcado com enzima) - substrato cromógeno Exemplo 1: HBsAg (Hepatite B) Escolher a placa com o AC específico (Ac Anti Ag de Superfície do vírus – Anti HBs) e adicionar o soro do paciente. Incubar em temperatura ambiente por 1 hora. Lavar com solução tampão. Adicionar o conjugado (AC Anti HbsAg marcado com enzima) e incubar por mais 1 hora. Técnica Direta Lavar com solução tampão. Adicionar o cromógeno – revelador (substrato) e incubar por 2 horas. Aguardar a presença ou não de cor. Levar a placa à uma leitora de ELISA. Obter os resultados. Prof. MSc. Adriano Moraes da Silva Imunologia Clínica Unip – São José dos Campos Pesquisa de Ag teciduais e células. Princípio: utilizar um conjugado formado por Ac anti Ag marcado com a enzima peroxidase. Reação de Imunoperoxidase Prof. MSc. Adriano Moraes da Silva Imunologia Clínica Unip – São José dos Campos Fazer um imprint com o material biológico numa lâmina de vidro. Acrescentar o conjugado, incubar (30 minutos a 1 hora) e lavar com solução tampão. Acrescentar o substrato, incubar (30 minutos a 1 hora) e lavar. Levar ao microscópio e observar a presença ou não do Ag. OBS: técnica semelhante a imunofluorescência. Técnica de Imprint Prof. MSc. Adriano Moraes da Silva Imunologia Clínica Unip – São José dos Campos Princípio: utilizar Ag ou Ac marcado com substância radioativa. I ¹³¹ = iodo Radiofármacos Obs.: Insalubridade Radioimunoensaio (competitivo) Prof. MSc. Adriano Moraes da Silva Imunologia Clínica Unip – São José dos Campos Preparar um suporte contido de Ac específicos (PRIME). Adicionar simultaneamente Ag marcados com iodo e a amostra biológica do paciente. Aguardar que ocorra a competição dos Ags marcados com os Ags do paciente pelo sítio de ligação dos Acs. Fazer medição da radioatividade com um cintilador específico. Quanto maior a quantidade de Ag paciente, menor a radioatividade. Técnica direta (Ag?) Prof. MSc. Adriano Moraes da Silva Imunologia Clínica Unip – São José dos Campos