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SOCIEDADE ANÔNIMA
Resultados Sociais
SERRA TALHADA
2019
1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como objetivo tratar a respeito da Sociedade Anônima, mais especificamente acerca dos Resultados Sociais, onde será abordado com maior afinco, dentre alguns de seus tópicos, sobre demonstrações financeiras ,dividendo, juros e reservas de lucro. Serão abordados ainda temas ainda mais precisos, como cumulatividade e a deliberação n.207 da CVM.
2. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
As demonstrações financeiras tem por objetivo informar a situação financeira da empresa, e acontece ao término do exercício social. São documentos contábeis com a finalidade de retratar seu patrimônio, lucros, e prejuízos. Esse exercício é contado pelo lapso temporal de 1 (um) ano, independente do período ânuo ( com exceção das instituições financeiras que tem esse período pré- fixado). A LSA (Lei das Sociedades Anônimas) exige que sejam apresentadas 5 (cinco) demonstrações, são elas : Balanço Patrimonial; Demonstração do Resultado do Exercício; Demonstração dos Lucros e Prejuízos Acumulados; Demonstração do Fluxo de Caixa e por fim a Demonstração do valor adicionado. É através das demonstrações financeiras de uma empresa que a equipe de finanças, um investidor em potencial e os sócios podem tomar decisões mais seguras. É por meio da análise das informações contidas nas demonstrações financeiras que as organizações conseguem aprovar financiamentos, pois ali estão discriminados os recursos disponíveis em caixa e sua capacidade de pagamento. As demonstrações financeiras são capazes de discriminar todos os gastos, o retorno sobre investimentos e o faturamento previsto.
As demonstrações financeiras, junto ao relatório da administração, serão postas à disposição dos acionistas, como dispõe o art.133 da LSA, com 1 (um) mês de antecedência em relação à assembleia geral ordinária, que os apreciará. Estas serão publicadas nos 5 (cinco) dias anteriores à realização da assembleia.
3. DESTINAÇÃO DOS RESULTADOS SOCIAIS
A Sociedade Anônima não é inteiramente livre para decidir sobre o destino dos seus ganhos. A lei determina que uma parcela destes deve ser repartida entre os acionistas ( os dividendos obrigatórios) e que outra deve permanecer em seu patrimônio (as reservas). A companhia decide, com liberdade, o destino de seus ganhos apenas após o atendimento dessas destinações forçadas.O resultado social consta do instrumento contábil respectivo, que a diretoria deve mandar elabora assim que encerrado o exercício. Trata se da DRE (Demonstração do resultado do exercício),peca que partindo da receita bruta da companhia ( o seu faturamento anual), detalha os lançamentos contábeis pertinentes (deduções, abatimentos, custos, impostos, receitas e despesas não operacionais, etc.) e mensura seu ganho que é em termos técnicos, o resultado do exercício sobre o resultado (ou parte dele, se houve pagamento ou credito de juros sobre o capital social e adotou se a orientação da CVM sobre a sua capitalização incidem IRPJ (Imposto de renda sobre pessoa jurídica) e a CSLL (Contribuição social sobre o lucro liquido).
Após a dedução das despesas e das participações de não acionistas (debenturistas, empregados, administradores e titulares de partes beneficiarias), quanto ao lucro excedente, os órgãos de administração apresentam proposta á Assembleia Geral Ordinária para deliberar sobre as possibilidades de destinação, o valor resultante é o lucro ou prejuízo, no sentido técnico aqui representado, ele terá três possíveis destinos: A) a distribuição aos acionistas; B) apropriação em reserva; C) capitalização. Na primeira hipótese, a sociedade paga a cada acionista o dividendo respectivo, quer dizer o dinheiro correspondente a essa parcela do seu lucro deixa de pertencer ao patrimônio social e é transferido para os sócios. Nas duas ultimas hipóteses, no entanto o dinheiro apropriado na reserva ou na conta do capital social continua integrando o patrimônio da companhia (Art 178, §2º).
4. PARTICIPAÇÃO DOS ACIONISTAS NOS LUCROS
 Todo acionista tem direito a participar dos lucros, as leis da S.A estabelece que um dos direitos essenciais de qualquer acionista de uma companhia, seja ela aberta ou fechada, é o de participar dos lucros sociais, sob a forma de dividendos. Embora todos tenham o direito de participas dos lucros, não os tem em igualdade. Isso ocorre pelo fato de que cada um deles participam nos lucros de acordo com a espécie, classe e quantidade de ações que titulariza. A companhia tendo lucro tem o acionista direito de beneficiar-se. Como dito, os acionistas recebem na forma de dividendos, esses são uma parte do lucro liquido da companhia onde é destinado aos acionistas. Os administradores da companhia submetem a assembleia geral da mesma para a demonstração financeira relativa ao período encerrado juntamente apresenta a proposta para a destinação do lucro liquido daquele exercício, isto é, quais parcelas serão utilizadas para a constituição da reserva, retenção de lucros e distribuição de dividendos. É fundamental que se apresente a demonstração financeira antes que se realize a distribuição de dividendos, pois pode caracterizar em dividendos de má-fé, que ocorre quando são distribuídos sem o levantamento do balanço ou em desacordo com os resultados deste.
Fabio Ulhoa Coelho apresenta as condições necessárias para que o acionista participe dos lucros da companhia. A primeira e fundamental condição é de que a sociedade tenha criado resultados positivos distribuíveis, isto é, que tenha conseguido lucro suficiente para distribuir aos seus acionistas. Caso a sociedade não tenha gerado lucro suficiente para comportar o pagamento de dividendos, o acionista não tem nenhum direito de credito. O investimento feito é uma atividade de risco, não é de certeza que a companhia obterá lucros, pode o acionista nunca obter retorno do que foi investido. Além disso, é indispensável que a assembleia geral atente sobre as normas de destinação dos resultados, trata-se da distribuição dos dividendos. E que também a pessoa jurídica a qual o acionista investiu não esteja em débito perante o INSS (Lei n. 4.357/64, art. 32 e parágrafos, com a redação dada pela Lei n. 11.051/2004).
 Apesar do direito do acionista ser essencial, inderrogável, ele se caracteriza por sua renunciabilidade. A lei da S.A não se opõe a retenção dos lucros. Pode a maioria em determinadas situações desde que plenamente justificadas de forma contenciosa e em beneficio da sociedade, sacrificar direito da minoria e abdicar a parte do resultado da empresa que faria jus. O interesse social é o fator preponderante a justificar a não distribuição dos lucros sob pena de caracterizar-se o abuso de direito ou desvio de poder, pela privação indevida dos acionistas minoritários aos lucros existentes
5. DIVIDENDO OBRIGATÓRIO
Os dividendos obrigatórios são previstos pelo artigo 202 da lei 6.404/76 – LSA, cujo caput disciplina a destinação do pagamento de dividendos o percentual dos lucros estabelecido em cláusula estatutária. Nesse primeiro momento, têm-se que o estatuto da companhia é soberano na destinação do resultado dessas empresas. Porém, caso o estatuto seja omisso, é que a empresa deverá realizar um ajuste ao lucro líquido e destinar 50% do seu resultado. Esse ajuste parte do resultado do exercício, diminui qualquer prejuízo acumulado (visto a empresa não poder destinar lucro tendo prejuízos anteriores), diminui a reserva legal, diminui a reserva de contingências ou reverte a reserva de contingência, diminui a reserva de incentivos fiscais e aumenta ou diminui possíveis ajustes de exercícios anteriores. Com isso, a empresa irá determinar seu lucro líquido ajustado. Desse valor será destinado, caso o estatuto for omisso, 50% ao dividendo obrigatório.
O parágrafo 2° do mesmo dispositivo, informa que, caso a companhia tendo seu estatuto omisso, e venha a alterar a forma de distribuição dos dividendos em vista de sua omissão, o percentual mínimo que a empresa deve estabelecer será de 25%. 
O §6° também integra os dividendosobrigatórios a parcela dos resultados sociais que não for apropriada em reserva de lucro, ou destinada a capitalização da companhia (art 169). Isso significa que a lei proíbe que a sociedade retenha em suas mãos qualquer parcela dos resultados sem uma clara justificativa para tanto. 
Nas companhias abertas e fechadas, têm-se as seguintes disposições quanto a aplicação do instituto em tela: A regra geral de se aplicar o percentual previsto no estatuto como garantidor mínimo de divisão dos lucros vale para ambas; Da mesma forma, em sendo omisso o estatuto, deve-se aplicar tanto à aberta quanto à fechada o valor de metade do lucro líquido, prevista no inciso primeiro do artigo 202 da LSA. Valerá para ambas a possibilidade de, em sendo omisso o estatuto, poder a assembléia-geral deliberar sobre regra que estabeleça o dividendo mínimo obrigatório, desde que não inferior a 25% do lucro líquido ajustado do exercício;
A diferença consiste no fato da assembleia geral nas companhias fechadas poder, em certas circunstâncias deliberar divisão de lucro abaixo do mínimo obrigatório, ou até a não divisão de lucros em certos exercícios. Já as abertas, a regra é a indisponibilidade de tais deliberações, salvo exclusivamente para a captação de recursos debêntures não conversível em ações.
Em análise ao art. 202 §4°, dispõe que o dividendo tratado, não será obrigatório no exercício social onde os órgãos de administração informarem a assembleia geral ordinária, ser ele incompatível com a situação financeira da companhia.
Ocorrendo essa divisão, é aplicável a regra do §5°, que disciplina que os lucros não divididos, devam ser convertidos em reserva especial. Se nos exercícios subsequentes essa reserva não vier a ser utilizada para suprir determinados prejuízos, deverão então haver sua reversão em face dos acionistas.
6. DIVIDENDO PREFERENCIAL 
O dividendo preferencial (ou prioritário) é o dispositivo estatutário que delimita a vantagem conferida particularmente a uma ou mais classes de ações preferenciais no exercício do direito de participação nos lucros da sociedade. Quando se examinaram as espécies de ações, definiu-se como ações preferenciais aquelas que conferem aos seus titulares vantagens em relação às ações ordinárias, como regra, Art. 17, LSA. ‘’A preferência na prioridade na distribuição de dividendos atribuída às ações preferenciais gera para o seu titular o direito de receber sua parcela nos lucros da companhia antes e independentemente de concessão do mesmo direito aos titulares de quaisquer outras ações’’. Essa vantagem pode consistir, e normalmente consiste, no tratamento diferenciado e privilegiado na distribuição dos resultados sociais; ou seja, na garantia de um dividendo fixo ou mínimo. As regras de cálculo dos dividendos preferenciais devem ser estritamente observadas. 
A companhia não pode pagar aos preferencialistas valor superior ao previsto no estatuto, sob pena de lesar os direitos dos ordinarialistas. Se isso ocorrer, os acionistas prejudicados têm ação contra a companhia, ou contra o controlador, salvo se manifestaram sua aprovação ao pagamento na assembleia geral. 
6.1. DIVIDENDO FIXO
 Dividendos fixos são aqueles que conferem o direito de salvaguardar determinada porcentagem do lucro auferido pela companhia, prioritariamente em relação às demais ações, cabendo ‘’ao estatuto fixar: a) o percentual prioritário (por exemplo: 5%, 10%, etc.); e b) a base de cálculo sobre a qual incidirá esse percentual (p. ex.: o lucro líquido ajustado e distribuível, o valor nominal da ação etc.). Na omissão estatutária, competirá à assembleia geral deliberar a respeito’’. 
“Pago o dividendo fixo, nada mais tem a haver o acionista, mesmo que os lucros melhor aquinhoem as ações ordinárias’’, salvo previsão estatutária em contrário”. Trata-se, pois, de modalidade de distribuição de lucros que fixa parcela exata a ser atribuída prioritariamente aos titulares de ações preferenciais com dividendo fixo, os quais não receberão mais do que a quantia definida. 
6.2. DIVIDENDO MÍNIMO
Seguindo a mesma ordem de ideias é que se desdobrará o conceito de dividendo mínimo. Diz-se isso porque os dividendos mínimos funcionam da mesma forma que os dividendos fixos, apenas com algumas peculiaridades a mais. A repartição prioritária dos dividendos mínimos se opera tal qual ocorre em relação aos fixos. A idiossincrasia está no fato de que aqueles não ficam limitados a um valor predeterminado, eis que após a paga dos dividendos mínimos, os preferencialistas em questão competem em pé de igualdade em relação às demais ações, quando da divisão dos lucros remanescentes. ‘’No caso do dividendo mínimo, e havendo lucros a mais que favoreçam as ações ordinárias, participam com elas em igualdade de condições as ações preferenciais, depois de a estas estar assegurado dividendo igual ao mínimo. 
Por exemplo, Pensemos uma companhia cujo estatuto tem determinada previsão assim expressa: Pagar-se-ão prioritariamente aos preferencialistas dividendos mínimos, calculados no percentual de 25% sobre o lucro líquido ajustado auferido a cada exercício social. O que difere este exemplo dos anteriores é que após o pagamento do percentual em referência, os preferencialistas aqui ainda terão direito a determinada fatia dos 75% do lucro líquido ajustado, participando dos lucros remanescentes.
6.3 CUMULATIVIDADE
Quando os dividendos ficam acumulados de um ano para o outro, são chamados de dividendos cumulativos. Há também outra modalidade, denominada dividendos pro rata, que se aplica à distribuição de lucros para os acionistas que adquiriram ações emitidas durante o ano. Como eles só foram acionistas da empresa por um período do ano, só têm direito a parte proporcional dos lucros. A Bolsa de Valores mantém em seu site avisos sobre as companhias que estão pagando dividendos. Além disso, as próprias empresas costumam publicar na imprensa como forma de provar sua saúde financeira e de fazer propaganda de suas ações. Os dividendos fixos ou mínimos podem ser cumulativos ou não. No primeiro caso, a cumulatividade garante ao preferencialista o recebimento, em exercício ou exercícios futuros, do valor eventualmente não pago pela companhia, por não dispor de meios (resultados ou, eventualmente, reserva de capital) para honrar o compromisso dos dividendos prioritários. A não cumulatividade é o inverso: se a sociedade anônima não paga o dividendo preferencial em determinado exercício, o preferencialista não terá direito ao seu recebimento nos próximos. Na hipótese de dividendos não cumulativos, basta o pagamento da importância fixa ou mínima assegurada pelos estatutos num único exercício para que o preferencialista perca, de imediato, o direito de voto. Na hipótese de cumulativos, ele somente volta ao status anterior, restritivo, após o integral pagamento das importâncias em atraso. A regra é a da não cumulatividade do dividendo prioritário: se o estatuto social não estabelecer, de forma expressa, que os preferencialistas têm direito a dividendos cumulativos, eles não os poderão reclamar. 
6.4 DIVIDENDO PREFERENCIAL NO MERCADO DE CAPITAIS
Se a companhia aberta emitiu ações preferenciais sem direito a voto, elas só poderão ser negociadas no mercado de capitais (bolsa de valores, mercado de balcão ou mercado de balcão organizado) caso o estatuto assegure determinadas vantagens econômicas mínimas. A lei estabelece, para a admissão à negociação no mercado de capitais de ações preferenciais não votantes, três alternativas de vantagem econômica, que podem ser incorporadas ao estatuto isolada ou conjuntamente. São elas: a) garantia de distribuição de dividendos obrigatórios de no mínimo 25% do lucro líquido ajustado e de dividendos mínimos correspondentes a 3% do patrimônio líquido correspondente à ação; b) dividendo diferencial de pelo menos 10% acima do pago às ordinárias; c) direito à saída conjunta, nos termos do art. 254-A (Cap. 25, item 2.4), e dividendo pelo menos igual ao das ordinárias (LSA, art. 17, § 1º).
7. JUROS SOBRE O CAPITAL SOCIAL
O direito tributário(lei n 9.249/95, art. 9º) disciplina a incidência dos impostos sobre o pagamento dos juros sobre o capital próprio autorizando a sociedade anônima (como qualquer outra pessoa jurídica), sujeita ao regime do lucro real a deduzir da base de cálculo do lucro os juros pagos ou creditados ao titular, sócios ou acionistas, como remuneração do capital próprio. Esses juros são calculados sobre as contas do patrimônio líquido, observado o limite da variação, pro rata dia, da taxa de juros de longo prazo – TJLP (art. 9º, caput), e seu recebimento pelos acionistas está sujeito à incidência do imposto sobre a renda, na fonte, pela alíquota de 15% (§ 2º).
7.1 JUROS SOBRE O CAPITAL NÃO SÃO DIVIDENDOS
Parte da doutrina afirma que os juros sobre o capital devem ser considerados uma espécie de dividendo, entretanto duas razões demonstram o contrário. Em primeiro lugar, a existência da norma legal autorizativa do seu cômputo. Em segundo, deve-se levar em conta o regime tributário diferenciado e o princípio constitucional da isonomia. 
Os juros sobre o capital não podem ser considerados espécie de dividendos. Se os primeiros podem ser imputados aos últimos, como prevê a lei, então isso já demonstra tratar-se de institutos diversos. Além do mais, as diferenças tributárias impedem que sejam considerados pagamentos do mesmo tipo, em vista do princípio constitucional da igualdade. 
7.2 IMPUTAÇÃO DE JUROS AOS DIVIDENDOS
A imputação dos juros, pelo o valor líquido do IR, aos dividendos obrigatórios não depende de cláusula estatutária. Já a imputação aos prioritários depende tendo em vista a lacuna da lei e mais o fato de ser o estatuto o instrumento próprio para a delimitação da vantagem do preferencialista.
7.3 DELIBERAÇÃO Art n.207 DA CVM
Os juros sobre o capital próprio, por seu regime tributário, devem ser considerados “despesa” da companhia. Isso, contudo, leva a problemas na órbita do direito societário, relativos às participações de não acionistas nos lucros da companhia, não previstas pela lei tributária. Na tentativa de os contornar, a CVM disciplinou os juros como se fossem participação no “resultado”. Sua norma, contudo, em razão dessa ambiguidade, é inconstitucional. 
8. RESERVAS DE LUCRO
As reservas de lucro são a parte dos resultados sociais que a companhia deve por força da lei ou do estatuto, ou, ainda, por deliberação da assembleia geral manter em seu patrimônio. Há seis categorias de reservas de lucro: a) Legal; b) estatutária; c) para contingências; d) incentivos fiscais; e) de retenção de lucros; f) de lucros a realizar.
Reserva de lucro legal(art. 193) é a única reserva que tem que ser destinada obrigatoriamente. 5% do seu lucro liquido, precisa ser obrigatoriamente destinado para essa reserva. Essa reserva não poderá exceder 20% do capital social. Essa reserva serve para assegurar a integridade do capital social. Compensar prejuízos ou aumentar capital. 
Reserva estatutária(artigo 194). O estatuto pode criar, os sócios podem criar em assembleia modificando o estatuto, então eles podem criar quantas reservas quiserem. Seja para ajudar uma entidade ligada a crianças, idosos. Então ele podem fazer da para quem quiserem a parte dos seus lucros. Podendo também ser usada para necessidades particulares.
 Reserva de contingencia (art.195) Essa reserva é criada quando a administração e os sócios concordam com algo que poderá vir a afetar a empresa. Por exemplo: um processo judicial, um concorrente, uma nova tecnologia. É necessário que essas que podem acontecer tenham mais chances de acontecer do que não acontecer.Reserva de incentivos fiscais pode ser constituída facultativamente pela Assembleia Geral para nela se apropriar a parcela do lucro líquido derivada de doações ou subvenções governamentais para investimento. Somente quando constituída esta reserva, a parcela nela apropriada deixa de integrar a base de cálculo dos dividendos obrigatórios (art. 195-A).
 Reserva de retenção de lucros (art. 196). O seu objetivo é financiar investimentos da companhia, por meio de recursos provenientes de parcelas retidas dos resultados, normalmente ao longo de mais de um exercício.
Se a sociedade anônima deseja, por exemplo, construir mais uma unidade de fábrica, e não quer financiar a obra junto a instituições financeiras, ou pela emissão de valores mobiliários, somente irá lançar-se à nova empreitada se os seus lucros gerarem os recursos necessários.
Reserva de lucros a realizar (art.197) imaginamos uma empresa jovem que não tem sobras de capital. Teve um lucro importante, mas vendeu tudo a prazo , só irá receber no próximo exercício. Então não recebeu o lucro, mas já ganhou. Sob a ótica do pagamento de dividendos em dinheiro , então esse lucro é a realizar, se fosse lucro realizado iria receber no mesmo exercício para pagar os dividendos. Então poderá tirar do lucro realizado para pagar os dividendos , depois quando o lucro a realizar, se realizar, devolve ao lucro realizado.
REFERÊNCIAS
 AQUINO, Ana Flávia Gonçalves de Oliveira. Dividendos Obrigatórios e Preferenciais. IN. Estudos de Direito Comercial. Cuiabá: EdUNIC. 1997. Pág. 52.
COELHO, Fábio Ulhoa, Curso de Direito Comercial, Vol. II, São Paulo Editora Saraiva, 16º edição, 2012.
Disponível em: http://batistamartins.com/o-direito-do-acionista-de-participacao-nos-lucros-sociais-2/
https://fcmprocesso.jusbrasil.com.br/artigos/135660124/destinacao-dos-resultados-e-eventual-distribuicao-dos-lucros-das-s-a
https://www.investidor.gov.br/menu/Menu_Investidor/acionistas/participacao_nos_resultados.html

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