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EDUCAÇÃO ESPECIAL: DIFICULDADES ENCONTRADAS NO AMBIENTE ESCOLAR PARA A INCLUSÃO
Autoras: Janessa Ryos Figueredo Neves de Lima
Jhennifer Karol Lima de Souza
Prof. Orientadora: Ronise Nóia de Oliveira
Centro universitário Leonardo da Vinci- UNIASSELVI
Curso: (PED. 2163/5)- Paper estágio I
08/12/2019
RESUMO
São muitos os desafios encontrados no processo de introdução da política de educação inclusiva no Brasil, mas a falta de preparo dos docentes ganha destaque. O reconhecimento de dificuldades na formação docente para a educação inclusiva não deve ser uma justificativa para os fracassos, mas um motivo para a construção de experiências bem-sucedidas onde a educação é de qualidade e verdadeiramente para todos. As dificuldades encontradas nas escolas vão desde as péssimas condições das estruturas físicas das instituições, pois sabemos que essas escolas foram construídas em uma sociedade cheia de barreiras e preconceitos o que dificulta fazer as adaptações necessárias.
INTRODUÇÃO 
Nos últimos tempos, o assunto inclusão está presente nas pautas de governos, ONGs, grupos de educadores e da sociedade em geral. À definição de inclusão encontrada no dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, é “abranger, compreender, fazer parte desta maneira, é preciso entender a complexidade do processo de inclusão escolar, e que incluir na escola os excluídos, não é apenas cumprir a lei e oferecer vagas aos diferentes colocando-os no mesmo espaço com os chamados de iguais, é saber que um projeto dessa natureza demanda muito investimento e envolvimento de todos, principalmente dos órgãos governamentais e da família.
A educação inclusiva aborda a transformação de uma sociedade totalmente
inclusiva e é um processo que se avança na participação de todos os estudantes das
instituições de ensino regular. Educação Inclusiva é uma educação direcionada para a
cidadania, sem preconceitos e que valorizam as diferenças.
Para ser, realmente, inclusiva, é fundamental que ocorra na escola mudanças radicais em suas estruturas físicas, materiais e pessoais, como em seu projeto político-pedagógico (PPP) e em sua gestão administrativa. A referência da inclusão subentende uma escola democrática, que respeita o tempo do estudante, que coloca a aprendizagem como prioridade e que estimula o trabalho cooperador e participativo.
São muitos os desafios encontrados no processo de introdução da política de educação inclusiva no Brasil, mas a falta de preparo dos docentes ganha destaque. Com a entrada de pessoas com deficiência, ou necessidades especiais nas escolas comuns, muitos educadores passaram a se sentir confusos, despreparados e incapazes de acolher esses estudantes e, sobretudo, para trabalhar com propostas apropriadas as necessidades, expectativas e demandas próprias de cada um. O reconhecimento de dificuldades na formação docente para a educação inclusiva não deve ser uma justificativa para os fracassos, mas um motivo para a construção de experiências bem-sucedidas onde a educação é de qualidade e verdadeiramente para todos.  
Durante o período de estágio na educação inclusiva e infantil realizado por nós Janessa Ryos Figueredo Neves de Lima e Jhennifer Karol Lima de Souza de setembro a dezembro de 2019 pudemos observar e analisar as didáticas pedagógicas referentes as necessidades especiais dos alunos destacando a importância da inclusão para que a criança consiga se adaptar melhor no meio social possibilitando a continuidade do ensino, para isto é importante que os professores a escola e a família estejam unidos e ofereça uma estrutura adaptada respeitando o tempo de cada um. A prática do estágio nos proporcionou uma importante aprendizagem ao possibilitar o contato direto com essa realidade e através de observações e questionamentos analisamos que a proposta dada pelos educadores necessita de adaptações que abrange os diferentes ritmos de aprendizagem. 
DESENVOLVIMENTO 
 A inclusão escolar surgiu com a "Declaração de Salamanca" na década de 90, com intenção de romper barreiras educacionais existente na época. Após tantos anos de separação e isolamento hoje essas pessoas são reconhecidas como cidadãos.
A inclusão escolar está diretamente relacionada com ações políticas, pedagógicas, cultural e social, esse movimento junto torna possível o contato de crianças com necessidades especiais junto com as crianças sem necessidades especiais convivendo no mesmo ambiente escolar, aprendendo e respeitando as diferenças.
Para que a inclusão seja de fato efetiva é necessário que os sistemas educacionais quebrem paradigmas. 
"Segundo Moreno (2009), os sistemas educacionais concentram a educação no aprendiz, na qual favorece parte desses alunos levando em consideração seu potencial."
A educação inclusiva tem como um de seus princípios a valorização da diversidade, respeito aquele que é diferente e não inferior:
O princípio fundamental da educação inclusiva é a valorização da diversidade e da comunidade humana. Quando a educação inclusiva é totalmente abraçada, nós abandonamos a idéia de que as crianças devem se tornar normais para contribuir para o mundo (KUNC, 1992 apud CÂNDIDO, 2009).
 As necessidades especiais não impedem a participação e contribuição dessas crianças na sociedade, sabemos que elas podem ser participativas socialmente e em seu próprio desenvolvimento.
 As dificuldades encontradas nas escolas vão desde as péssimas condições das estruturas físicas das instituições, pois sabemos que essas escolas foram construídas em uma sociedade cheia de barreiras e preconceitos o que dificulta fazer as adaptações necessárias. A falta de formação dos professores também tem sido um fato que dificulta a aprendizagem e adaptação das crianças com necessidades especiais nas escolas comuns, além do que são poucos os docentes que atuam nessa área da educação e muitos não querem trabalhar com crianças deficientes alguns por medo, preconceito, falta de motivação, baixos salários, além disso, os professores que estão na sala de aula não foram preparados para realizar esse tipo de atividade, o que torna a situação desconfortável prejudicando o processo de inclusão escolar e de aprendizagem dos alunos.
“A escola tem que ser este lugar em que as crianças tem a oportunidade de ser elas mesmas e as diferenças não são escondidas, mas destacadas”
-Mantoan
 A inclusão por si só é uma forma de romper com as barreiras educacionais que marcam a sociedade no passado, atualmente sabemos que as crianças com necessidades possuem e desenvolvem suas capacidades tanto quanto as crianças sem necessidades, além disso ainda desenvolvem muitas outras habilidades que compensam as inexistentes e dessa forma podem contribuir para seu desenvolvimento pessoal e social.
 A sociedade brasileira ainda tem marcas de desigualdade e preconceitos, porém com as novas políticas de inclusão das pessoas com necessidades especiais agora elas podem conviver e ter acesso aos serviços que é de direito de todos os cidadãos brasileiros.
No cotidiano escolar a criatividade e bom senso dos professores é uma das principais soluções para o ensino-aprendizagem das crianças e crianças especiais como as surdas, mudas, cegas, hiperativas, autistas, entre outras não é diferente gostar de trabalhar com elas, para isso algumas ações pedagógicas são necessárias como ser criativo e buscar novas alternativas sempre fazendo adaptações de materiais de estudo, brinquedos, acessórios, instrumentos para que elas possam absorver o conhecimento assim como as demais crianças.
 Brincar com essas crianças é uma boa forma de ensinar e aprender, assim elas vão conhecendo objetos, texturas, forma, tamanho, cor e som usando o tato, além do mais desenvolve-se a autoestima, sentimentos afetivos e acabam por se tornar pessoas ativas, curiosas, que buscam sempre aprender mais, as atividades diárias os ajudam a tornar-se independentes, neste processo é muito importante a ajuda dos pais e professores de estimulação.
 O Atendimento Educacional Especializado (AEE), instituído por decretoem 2008, foi uma das medidas criadas pelo Ministério da Educação para eliminar as barreiras que impedem a plena escolarização dos alunos-alvo da educação especial. Sua finalidade é complementar ou suplementar a formação dos estudantes, portanto, não devem substituir a escolarização, mas sim vincular-se com a proposta pedagógica do ensino comum.
 Prioritariamente, o serviço deve ser oferecido no contra turno , em uma sala de recursos multifuncionais equipada com mobiliários, materiais didáticos, recursos pedagógicos de acessibilidade .Outra orientação é que as atividades sejam conduzidas por professores especialistas em educação inclusiva e que estes promovam o ensino de linguagens e códigos específicos de comunicação e sinalização, e orientem os alunos sobre como usar os recursos de acessibilidade à leitura e à escrita.
Ao refletir sobre a abrangência do sentido e do significado do processo de Educação inclusiva, estamos considerando a diversidade de aprendizes e seu direito à equidade. Trata-se de equiparar oportunidades, garantindo-se a todos - inclusive às pessoas em situação de deficiência e aos de altas habilidades/superdotados, o direito de aprender a aprender, aprender a fazer, aprender a ser e aprender a conviver. (CARVALHO, 2005). 
 No Brasil, a regulamentação mais recente que direciona a organização do sistema educacional é o Plano Nacional de Educação (PNE 2011-2020).
 O PNE considera público alvo da educação especial no ponto de vista da educação inclusiva, educandos com deficiência (intelectual, física, auditiva, visual e múltipla), transtorno global do desenvolvimento (TGD) e altas habilidades.
 Caso o aluno apresente outra necessidade específica, consequente de suas características ou condições, poderá solicitar, além dos princípios comuns da educação na diversidade, recursos diferenciados identificados como necessidades educacionais especiais (NEE). No caso da deficiência visual e auditiva; mediação para o desenvolvimento de estratégias de pensamento, no caso da deficiência intelectual; adaptações do material e do ambiente físico, no caso da deficiência física; estratégias diferenciadas para adaptação e regulação do comportamento, no caso do transtorno global; ampliação dos recursos educacionais e aceleração de conteúdos para altas habilidades.
 A educação inclusiva é um caminho importante para incluir a diversidade por meio da construção de uma escola que ofereça uma proposta ao grupo como um todo ao mesmo tempo em que atenda às necessidades de cada um, principalmente daqueles que correm risco de exclusão em termos de aprendizagem e participação na sala de aula.
CONCLUSÃO
Concluímos que a inclusão vem ao longo do tempo buscando a não exclusão escolar orientando ações que garantem o acesso e continuidade do aluno com necessidade especial no ensino regular. Entretanto, o medo de deixar de lado isolando o educando é grande e permanente nas escolas e com todas as dificuldades, medos e desafios que enfrentam, acabam reforçando o desejo de mantê-los em espaços especializados. Portanto, as mudanças são primordiais para inclusão, mas requerem esforço de todos tornando possível que a escola seja vista como um ambiente de construção de conhecimento, excluindo a existência da discriminação de idade e capacidade. Para isso, a educação deve ter um caráter amplo e profundo, favorecendo a construção do conhecimento ao longo da vida, e todo aluno, independente das dificuldades, poderá usufruir de programas educacionais, desde que sejam dadas as oportunidades devidas para o desenvolvimento de suas habilidades. Isso exige que o professor mude sua postura além da recombinação de papéis que possa favorecer o processo de inclusão.
REFERÊNCIAS
MORENO, Patrícia Cândido. As Dificuldades da Escola Perante a Inclusão Escolar.Disponível em:<http://www.pedagogia.com.br/artigos/incluescolar/index.php>. 
https://institutoitard.com.br/educacao-inclusiva-o-desafio/
KUNC, 1992 apud CÂNDIDO, 2009
http://www.uniedu.sed.sc.gov.br/wp-content/uploads/2017/02/Rosivel-De-Cassia-Cazuni-Jabornik.pdf
https://www.pedagogia.com.br/artigos/asdificuldadesdainclusao/?pagina=2  
https://novaescola.org.br/conteudo/554/os-desafios-da-educacao-inclusiva-foco-nas-redes-de-apoio 
as normas da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas (NBR 6023).

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