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material - Comprimidos e capsulas

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Faculdade UniNassau 
Curso de Farmácia 
Disciplina Farmacotécnica Avançada 
Professora Raquell de Castro Chaves 
 
COMPRIMIDOS E CÁPSULAS 
 
COMPRIMIDOS 
 
 
Os medicamentos sólidos podem ser administrados oralmente a pós, hóstias, cápsulas 
ou comprimidos. Estas formas farmacêuticas contêm uma quantidade de fármaco que 
é administrada em uma única unidade e são coletivamente conhecidas como formas 
sólidas de dosagem unitária, mesmo no caso de ação sustentada. 
A formulação de medicamentos mais modernos, as muitas vantagens das formas 
farmacêuticas comprimidos e cápsulas, associadas com a expansão dos serviços de 
saúde e a necessidade de manufatura econômica em larga escala, levaram a um declínio 
constante na prescrição de pós e pílulas. Os comprimidos e cápsulas, por outro lado, 
atualmente respondem por mais de dois terços do número total e custo de 
medicamentos produzidos em todo o mundo. 
 
Comprimidos são formas farmacêuticas sólidas que possuem formato bastante variável 
geralmente obtidas pela compressão, em equipamento específico, do(s) fármaco(s) e de 
adjuvantes (excipientes) adequados. Eles variam em forma e diferem muito em 
tamanho e peso, dependendo da quantidade de substâncias ativas e do modo de 
administração pretendido. É a forma de dosagem mais popular e 70% do total de 
medicamentos são dispensados na forma de comprimidos. 
 
As vantagens da forma de dosagem do comprimido são: 
 
• Eles são forma de dosagem unitária e oferecem as maiores capacidades de 
todas as formas de dosagem oral para a maior precisão de dose e a menor 
variabilidade de conteúdo. 
• O custo é mais baixo de todas as formas farmacêuticas orais. 
• Mais leve e compacto. 
• Mais fácil e mais barato para embalar. 
• Fácil de engolir 
• O produto de libertação sustentada é possível por revestimento entérico. 
• O odor questionável e o sabor amargo podem ser mascarados pela técnica de 
revestimento. 
• Adequado para produção em larga escala. 
• Maior estabilidade química e microbiana em todas as formas de dosagem oral. 
• A identificação do produto é fácil e rápida, onde se pode colocar uma face 
monogramada. 
 
 
 
Desvantagens da forma de dosagem do comprimido são: 
 
• Difícil de engolir no caso de crianças e pacientes inconscientes. 
• Alguns medicamentos resistem à compressão em massas compactas, devido à 
natureza amorfa ou caractere de baixa densidade. 
• Fármacos pouco molháveis, com propriedades de dissolução lentas, alta 
absorção ótima no TGI podem ser difíceis de formular ou fabricar como um 
comprimido com propriedades adequadas para garantir boa biodisponibilidade 
do princípio ativo. 
• Drogas de sabor ruim, com odor desagradável ou drogas sensíveis ao oxigênio 
podem requerer encapsulamento ou revestimento. Em tais casos, a cápsula 
pode oferecer o melhor e menor custo. 
 
 
Propriedades gerais dos comprimidos: 
 
• O comprimido deve ter uma apresentação elegante e livre de defeitos, como 
lascas, rachaduras, descoloração e contaminação. 
• Deve ter resistência suficiente para resistir a choques mecânicos durante a 
produção, transporte e distribuição. 
• Deve ter a estabilidade física e química para manter seus atributos físicos ao 
longo do tempo 
• O comprimido deve ser capaz de libertar os princípios ativos de uma forma 
previsível e reprodutível. 
• Deve ter estabilidade química ao longo do tempo para não seguir alteração dos 
componentes ativos. 
 
Diferentes tipos de comprimidos 
 
1. Comprimido obtido por compressão. ex. Comprimido de paracetamol 
2. Comprimido obtido por múltipla compressão 
3. Comprimidos de liberação repetida 
4. Comprimido de liberação retardada, ex. bisacodil com revestimento entérico. 
5. Comprimido revestido com açúcar (drágea), ex. Neosaldina 
6. Comprimido revestido com filme, ex. Comprimido de metronidazol 
7. Comprimido mastigável, ex. Comprimido antiácido 
8. Comprimido vaginal 
9. Comprimido sublingual 
10. Comprimido bucal 
11. Comprimido efervescente 
12. Comprimido de liberação prolongada 
13. Entre outros. 
 
 
Adjuvantes utilizados em comprimidos 
Além dos ingredientes ativos, o comprimido contém vários materiais inertes” que 
exercem influência marcante sobre a estabilidade, a biodisponibilidade, etc., conhecidos 
como excipientes. 
Na preparação de comprimidos, normalmente são acrescentados diluentes para 
completar o volume da formulação, aglutinantes para promover a aderência dos 
fármacos e adjuvantes, antiaderentes, deslizantes e lubrificantes para facilitar o fluxo e 
evitar adesão nas máquinas, agentes desintegrantes para promover sua desagregação 
depois da administração e revestimento para melhorar a estabilidade, o controle de 
desintegração ou a aparência. Os principais adjuvantes utilizados em comprimidos são: 
 
 
TIPO 
 
FUNÇÃO 
 
EXEMPLOS 
 
Diluentes 
Aumentar o volume de pós e 
melhorara características de fluxo e 
compressibilidade, permitindo a 
obtenção de uma forma 
farmacêutica adequado; permitir a 
compressão direta* 
Lactose, lactose spray-
dried, manitol, amido, 
celulose microcristalina*, 
fosfato de cálcio dibásico 
diidratado* 
Aglutinante 
 
Garantir adesão dos pós (‘obter uma 
liga”), permitindo a formação de 
grânulos 
PVP, amido, goma acácia, 
derivados da celulose, 
gelatina, alginato de sódio, 
carmelose 
Desagregante 
(desintegrante) 
Promover ou acelerar a ruptura da 
forma farmacêutica, após contato 
com a água. Superdesintegrantes* 
Amido, celulose 
microcristalina, PVP 
modificado, amido glicolato 
de sódio*, croscarmelose* 
Lubrificante 
diminuir a adesão do material às 
matrizes e punções da máquina. 
Facilitar a compressão, promover 
uma melhor ejeção do comprimido 
Ácido esteárico, talco, 
estearato de magnésio 
 
Deslizantes 
Melhorar o escoamento dos pós e 
granulados 
dióxido de silício coloidal – 
Aerosil, estearatos, Talco 
Molhantes 
 
Reduzir a tensão superficial entre o 
sólido e líquido. Permitir um melhor 
contato da água com a forma 
farmacêutica, favorecendo a sua 
entrada para o interior e contato 
com o desintegrante 
Lauril sulfato de sódio, 
polissorbatos 
Corantes 
Alterar a cor, permitir identificação 
ou tornar a formulação mais 
elegante 
Corantes FD&C, Tartrazina, 
eritrosina, amarelo sunset 
Edulcorantes 
Conferir sabor doce ao comprimido. 
Se necessário. Comprimidos 
mastigáveis* 
Aspartame, sacarina, 
sacarose, manitol*, 
sorbitol* 
Não se limitam apenas a estes citados. 
 
 
 
• Alguns exemplos de excipientes utilizados 
 
o Celulose microcristalina 
A celulose microcristalina ( Denominações comerciais: Avicel, Microcel,Vivapur) pode 
ser utilizada como diluente e desagregante (concentração usual: 20 a 90%), para 
comprimidos pode ser utilizada principalmente nos processos de compressão direta e 
granulação por via úmida. É comercializada sob diferentes graus de tamanho de 
partícula, tendo estes, diferentes propriedades e aplicações. É uma substância inerte 
usada como “enchimento” para criar o volume desejado, as propriedades de fluxo e as 
características de compressão na preparação de comprimidos e cápsulas. A celulose 
microcristalina é incompatível com agentes oxidantes fortes, o pó é estável, porém 
ligeiramente higroscópico, portanto deve ser acondicionado em local livre de umidade. 
o Fosfato de cálcio dibásico dihidratado 
O fosfato de cálcio dibásico diidratado (denominação comercial: Calstar, Encompress) é 
um pó branco, insípido, podendo apresentar-se, também, como um sólido cristalino, é 
bastante utilizado em compressão direta, como diluente, uma vez que possui boas 
propriedades de compressão. Possui boa fluidez, não sendo necessária a adição de 
lubrificante, e é tão compressível como a celulose microcristalina e mais compressível 
que a lactose spray-dried. 
O fosfato dicálcico diidratado é relativamente insolúvel em água, porém comprimidos 
que contenham 50 % ou mais dele se desintegram rapidamente. A utilização de fosfato 
dicálcico diidratado como material de enchimento podeacarretar em mudanças nas 
propriedades físicas dos comprimidos, tais como dureza, tempo de desintegração e 
tempo de dissolução do fármaco, além do seu uso não ser recomendável em altas 
concentrações em formulações contendo fármacos de baixa solubilidade em água. 
o Lactose 
Pó branco a ligeiramente amarelado, a lactose utilizada em formas farmacêutica sólidas 
é, em geral, monohidratada. Apresenta baixa fluidez, entretanto, a lactose “spray- 
dried” foi especialmente desenvolvida para compressão direta, originando comprimidos 
com dureza superior àquela obtida com a lactose monohidratada. A lactose pode 
apresentar grandes variações na distribuição do tamanho de partículas, bem como de 
suas propriedades de fluxo, de acordo com a origem do produto. Pode escurecer 
durante o armazenamento. É incompatível com compostos que contenham grupo 
amino primário, originando produto de coloração castanha (reação de Maillard), sendo 
esta catalisada em meio alcalino (lubrificantes). Incompatível com aminoácidos, 
aminofilina e anfetaminas. 
o Gelatina 
A gelatina é uma denominação genérica de uma mistura de frações proteicas 
purificadas, obtidas a partir da hidrólise parcial (ácida ou alcalina, respectivamente, 
tipos A ou B) do colágeno animal. Apresenta-se como um pó́ de cor âmbar claro. 
Utilizada como aglutinante em comprimidos. Por tratar-se de uma proteína, e, portanto, 
anfotérica, é incompatível com ácidos e bases e outros compostos capazes de interagir 
com proteínas. 
o Amido 
O amido é um pó́ branco, fino, variando suas características de tamanho e formato das 
partículas de acordo com sua origem botânica: amido de milho, batata, arroz e trigo, 
dentre outros. Possui baixas propriedades de fluxo, sendo, também, bastante 
higroscópico e pode conter até 15% de umidade. Deve-se ter atenção especial à 
contaminação por microrganismos. 
O amido, em seu estado natural não possui as duas propriedades necessárias para a 
compressão: compressibilidade e fluidez. Quando o amido não é modificado, apresenta 
a tendência de não comprimir bem, além de incrementar o capping e a friabilidade. 
Várias tentativas de modificação foram realizadas com o intuito de melhorar suas 
características tecnológicas. 
o Amido pré-gelatinizado 
O amido pré-gelatinizado (denominação comercial: Starch 1500) é obtido por 
tratamento químico e mecânico do amido, obtendo-se um produto no qual os grãos 
foram rompidos, melhorando, assim, suas propriedades de fluxo e tornando-o passível 
de uso em compressão direta. É utilizado como aglutinante, diluente e/ou desintegrante 
em formas farmacêutica sólidas. 
Por possuir mínimo potencial de diluição, o amido pré-gelatinizado geralmente não é 
utilizado como material de enchimento na compressão direta, e sim como 
desintegrante, sendo essa a sua principal vantagem, pois mantém as propriedades 
desintegrantes do amido e não influi em características da formulação como fluidez e 
compressibilidade. Mesmo sendo considerado um material de fluxo livre, suas 
propriedades de fluxo são pobres quando comparadas com outros diluentes devido à 
grande superfície especifica do seu pó́. 
o Croscarmelose sódica 
A croscarmelose sódica, um derivado sódico da celulose, apresenta intumescimento 
quando em contato com água, podendo aumentar seu volume inicial de quatro a oito 
vezes, gerando um grande poder de desintegração. A croscarmelose é um agente 
desintegrante de cápsulas (concentração usual: 10 a 15%), comprimidos (concentração 
usual: 0,5 a 5%) e grânulos que promovem o rompimento da massa sólida em partículas 
menores que se dispersam ou dissolvem mais rapidamente, melhorando, desta forma, 
as características de desintegração e dissolução do medicamento. Possui também 
efeitos positivos na lipodisponibilidade de alguns fármacos, além de exercer pouca 
influência nas características tecnológicas dos comprimidos, como dureza e friabilidade. 
O uso da croscarmelose sódica pode também influir no poder de intumescimento de 
outros adjuvantes, como a celulose microcristalina. A croscarmelose sódica é 
incompatível com ácidos fortes, sais solúveis de ferro e de alguns outros metais como o 
alumínio, mercúrio e zinco; o pó́ é estável, porém ligeiramente higroscópico, portanto 
deve ser acondicionado em local seco e livre de umidade. 
o Estearato de magnésio 
O estearato de magnésio é o lubrificante mais comumente utilizado na fabricação de 
comprimidos, em parte devido a sua tendência à migração, durante a compressão, até 
a interface com a parede da matriz, alcançando altas concentrações na superfície do 
comprimido (concentração usual: 0,1 a 5%). Os lubrificantes são substâncias usadas em 
formulações de comprimidos para reduzir o atrito durante a compressão. Parâmetros 
como estrutura dos cristais, tamanho de partículas e área de superfície específica, 
afetam a eficiência do estearato de magnésio. 
Sendo um composto hidrofóbico, é capaz de retardar a dissolução de formas 
farmacêutica sólidas, devendo ser usado na menor concentração possível. Sua eficácia 
de lubrificação pode ser afetada pelas suas características físicas, podendo, portanto, 
variar de fornecedor para fornecedor. O tempo de mistura do estearato de magnésio 
deve ser controlado. O estearato de magnésio é estável, devendo ser acondicionado em 
recipiente bem fechado e armazenado em local fresco e seco, apresenta 
incompatibilidade com ácidos fortes, álcalis, sais de ferro, substâncias altamente 
oxidantes e produtos contendo ácido acetilsalicílico. 
o Dióxido de silício coloidal 
Corresponde à sílica de tamanho de partícula submicroscópico, apresentando-se como 
um pó amorfo, extremamente leve. O dióxido de silício coloidal é um agente deslizante 
utilizado para melhorar as propriedades de fluxo dos pós, geralmente é utilizado na 
formulação de cápsulas e comprimidos (concentração usual: 0,1 a 0,5%). Utilizado como 
mediador de fluxo, pois o pequeno tamanho das partículas e a grande área de superfície 
específica acarretam características de fluxo desejado, que podem ser exploradas para 
melhorar as propriedades de fluxo de pós. Além disso, é efetivo em pequenas 
concentrações. Evita a aderência do material à matriz e aos punções (por isso também 
tem efeitos lubrificantes), atuando por interposição entre as partículas formando uma 
camada protetora que diminui a fricção interparticular e a tendência à coesão, além de 
favorecer o enchimento homogêneo da matriz, consegue se introduzir entre as 
irregularidades dos grânulos. 
O dióxido de silício coloidal é um pó higroscópico, mas absorve grandes quantidades de 
água sem se liquefazer e, da mesma forma que o estearato de magnésio. É incompatível 
com preparações contendo dietilestilbestrol e deve ser acondicionado em recipiente 
bem vedado e armazenado em local seco. 
o Ácido esteárico 
É um sólido cristalino, de cor branca ou ligeiramente amarelada, de aspecto untuoso e 
odor de gordura. Suas propriedades físico-químicas podem variar consideravelmente de 
fornecedor para fornecedor. É utilizado como lubrificante, considerado uma alternativa 
ao estearato de magnésio. 
o Lauril sulfato de sódio 
O lauril sulfato de sódio ( LSS) é um pó́ branco ou ligeiramente amarelado, de odor 
gorduroso e irritante. É estável e não higroscópico, sendo incompatível com compostos 
catiônicos, alcaloides, cálcio e magnésio. Em função de suas propriedades tensoativos, 
pode ser utilizado como agente molhante, além de lubrificante. Também conhecido 
como dodecil sulfato de sódio. 
o PVP 
O PVP ( denominação comercial: Povidone, Plasdone, Kollidon) é resultado da 
polimerização da 1-vinil-2pirrolidona, sendo, portanto, de origem sintética, podendo 
apresentar-se, de acordo com o grau de polimerização, sob diversos graus de 
viscosidade, designados como K-30, K-60, K-90, etc. Utilizado em uma variedade de 
formulações especialmente como aglutinante em comprimidos obtidos via úmida. São 
também utilizados como viscosificantes e solubilizantes, naestabilização de suspensões 
e soluções. Outra função de destaque está no revestimento de formas sólidas. 
Apresenta-se como um pó branco ou ligeiramente amarelado, sendo bastante 
higroscópico. É incompatível com sulfatiazol, fenobarbital, podendo formar complexos 
com outros compostos. 
o Talco 
Quimicamente, trata-se do silicato de magnésio hidratado, nativo (extraído da terra = 
ttissicato de magnésio), contendo quantidades variáveis de silicato de alumínio e de 
ferro. É um pó cristalino muito fino, branco ou branco acinzentado e untuoso, hidrófobo, 
adere facilmente à pele é macio ao toque. É bastante estável, entretanto, incompatível 
com sais de amônio quaternário. Pode apresentar-se contaminado com microrganismos 
e/ou asbestos. Não deve ser inalado. Na manipulação é usado como lubrificante e 
diluente. Não se mistura pois possui alta tensão superficial. Para uso farmacêutico (talco 
farmacêutico) deve atender aos seguintes requisitos: livre de substâncias fibrosas, 
qualidade microbiológica adequada, granulometria adequada e cor branca. 
 
 
OBTENÇÃO DE COMPRIMIDOS 
Os comprimidos podem ser obtidos por meio de compressão direta ou por compressão 
de material previamente granulado. O segundo tipo de compressão pode ser subdivido 
em granulação por via úmida e granulação por via seca. 
A granulação tem por objetivo transformar partículas de pós cristalinos ou amorfos em 
agregados sólidos de resistência e porosidade variadas. Em comparação a uma simples 
mistura de pós, o granulado apresenta algumas vantagens como uma melhor 
conservação da homogeneidade de distribuição dos componentes e das fases 
granulométricas; maior densidade; maior compressibilidade; facilidade superior de 
escoamento e resistência mecânica. 
• Granulação por via úmida 
Este processo é ainda muito utilizado na indústria farmacêutica e baseia-se na obtenção 
de granulado a partir da adição de um agente aglutinante. Este processo permite a 
produção de comprimidos com dureza e friabilidade, em geral, mais adequados e 
permite, ainda, a compressão de fármacos com elevadas concentrações na formulação, 
sendo esta a sua principal vantagem. Por outro lado, suas principais limitações estão 
relacionadas com fármacos hidrolisáveis, termolábeis e o tempo requerido pelo 
processo. 
• Granulação a seco 
O processo de produção de comprimidos por via seca é utilizado como alternativa à 
granulação por via úmida e baseia-se na produção de granulado por intermédio da 
compactação dos pós, assim, a pressão é responsável pela coesão das partículas 
primárias. 
Suas vantagens são o não emprego do aglutinante no estado líquido, o que viabiliza a 
produção de comprimidos que contenham fármacos hidrolisáveis, sensíveis a 
temperatura ou umidade, a eliminação da etapa de secagem e o menor tempo de 
processo. Como desvantagens, o aspecto dos comprimidos, com friabilidade alta e 
dureza baixa, é inferior àqueles obtidos pelos outros processos, além da necessidade de 
equipamento específico para compactação. 
• Compressão direta 
É o processo que se baseia na utilização de adjuvantes que permitem uma compressão 
direta de uma simples mistura de pós (eliminação da etapa de granulação). Assim, suas 
vantagens são a simplicidade, eliminação do aglutinante líquido (fármacos 
hidrolisáveis), eliminação da etapa de secagem, o menor número de etapas no processo, 
menor tempo de processo, obtenção de comprimidos com bom aspecto, bons 
resultados de dissolução do fármaco, além de não requerer equipamentos específicos. 
Algumas substâncias possuem fluxo livre e propriedades de coesão que possibilitam 
compactação direta, sem a necessidade de granulação úmida ou seca. Atualmente, o 
uso de excipientes especiais proporcionam a certas formulações, as condições 
necessárias para a compressão direta, os quais favorecem as ligações fracas entre as 
partículas, facilitando a coesão do material e consequentemente a compressão. Desta 
forma, com o avanço de novos excipientes disponíveis no mercado, tornou-se possível 
o emprego da técnica de compressão direta. Na compressão direta, os excipientes 
utilizados devem ser materiais com propriedades de fluidez e compressibilidade. 
Etapas da produção de comprimidos 
• Mistura dos componentes 
Uma mistura adequada dos pós irá garantir uma uniformidade na sua distribuição, 
evitando problemas de variação de teor dos comprimidos. É feito, previamente, uma 
tamisação dos pós. 
Os equipamentos mais usados para a mistura dos componentes são: misturador de pós 
(masseira); misturador planetário; misturador em "V"; misturador cubico; etc. 
• Granulação 
A granulação pode ser a seco ou úmida. 
o Granulação a seco (via seca, dupla compressão) 
Na dupla compressão é promovida a compactação dos pós e o objetivo é apenas a 
agregação dos pós, para possibilitar uma posterior granulação. Os pós são misturados e 
submetidos a um processo de compactação em compressoras, após esta compactação 
são obtidos granulados irregulares que são fragmentados e tamisados, obtendo-se 
grânulos de tamanhos definidos. O lubrificante é adicionado, uma nova mistura é 
executada e esta é comprimida. 
 
Esquema de obtenção de comprimido por via seca. 
o Granulação úmida 
As etapas da granulação à úmido são: preparo da solução/suspensão do aglutinante, 
umectação dos pós, granulação da massa, secagem, calibração. 
Na granulação por via úmida, o princípio ativo e todos os excipientes necessários na 
formulação do comprimido são pesados nas quantidades exigidas e misturados, em 
geral em um misturador elétrico do tipo V. A seleção do excipiente baseia-se 
parcialmente na experiência do fabricante na preparação de outros comprimidos e 
também em seu custo e compatibilidade com os outros componentes da fórmula. 
Sendo o aglutinante um composto sólido, normalmente é necessário preparar uma 
solução ou suspensão do aglutinante. É o caso da dissolução do PVP em água ou álcool, 
do preparo da goma de amido, etc. O aglutinante pode também ser adicionado no 
estudo sólido e usado um líquido de aglutinação. Estando o aglutinante devidamente 
preparado, procede-se à uma umectação dos pós, que é efetuada com o equipamento, 
normalmente uma malaxadeira, em movimento, espalhando-se de maneira uniforme o 
líquido de aglutinação sobre os pós. O ponto ideal é aquele em que ocorre a "quebra de 
massa". 
A granulação da massa é feita em seguida, fazendo-se esta massa úmida passar por um 
tamis, em um granulador oscilante, para obtenção dos grânulos. O granulado obtido é 
coletado em tabuleiros e uniformemente espalhado e levado à estufa. 
Na secagem, o tempo e a temperatura utilizados irão variar de acordo com a 
constituição do produto. Normalmente utilizam-se estufas com circulação forçada do ar 
ou equipamentos de leito fluidizado, considerados mais modernos. Deverá ser deixada 
uma umidade residual (2 ou 3%), que é fundamental para a etapa de compressão. 
Após a secagem, os grânulos secos passam por um tamis para a calibração e 
uniformidade do seu tamanho, em seguida é adicionado o lubrificante. O granulado 
juntamente com o lubrificante passam por um processo de mistura para, finalmente, 
realizar-se a compressão. 
 
 
Esquema de obtenção de comprimido por via úmida 
 
• Compressão direta 
O produto, convenientemente preparado, é submetido à uma pressão, exercida entre 
duas punções no interior de uma câmara, denominada matriz. O peso dos comprimidos 
é determinado pelo volume de granulado que fica dentro da matriz , daí, a importância 
das características físicas do granulado. 
O peso e a dureza dos comprimidos são características reguláveis. Não é raro ocorrerem 
durante esta etapa muitos problemas. Os mais comuns são: variação do peso e da 
dureza dos comprimidos, defeitos, tais como comprimidos lascados, descabeçados 
(capping), esfoliados e o excesso ou falta de umidade, dentre outros. 
 
 
Esquema de obtenção de comprimido por compressão direta dos pós. 
 
 
Ensaios físico-químicosdos comprimidos 
Os comprimidos devem satisfazer a algumas especificações, tais como: 
• Dureza 
O comprimido deve ter uma dureza adequada para que este possa resistir às operações 
de transporte e armazenamento. Para que se possa avaliar a dureza dos comprimidos 
utiliza-se um aparelho chamado durômetro, onde este avalia a resistência do 
comprimido a pressão radial. 
• Friabilidade 
É a resistência de um comprimido ao choque e ao atrito, a abrasão. Também é 
importante para verificar a resistência do comprimido às operações de transporte e 
armazenamento. Para realização deste teste utiliza-se um equipamento chamado 
friabilômetro. 
• Desagregação 
Os comprimidos devem "desfazer-se", desintegrarem, pois esta é condição essencial 
para a liberação do P.A. O tempo de desagregação varia de acordo com as características 
do fármaco e da forma farmacêutica. 
• Dissolução 
Os comprimidos podem, em determinados casos, desagregar-se, mas o P.A. pode não 
se apresentar dissolvido. Por isso, é necessário a realização do teste de dissolução, que 
irá “medir” a capacidade do comprimido em ceder ou não o P.A. Dessa forma, o ensaio 
de dissolução busca avaliar o grau de dissolução do na quantidade e tempo necessários, 
já que o fármaco precisa estar dissolvido para que seja absorvido pelo organismo. 
• Outros ensaios 
Doseamento do fármaco; umidade; uniformidade de dose; etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CÁPSULAS 
 
As cápsulas são formas farmacêuticas sólidas em que o fármaco e/ou substâncias inertes 
são envolvidas por uma pequena camada de gelatina. Os invólucros das cápsulas 
gelatinosas podem ser duros ou moles, dependendo da sua composição. A maioria das 
cápsulas destinam-se a serem engolidas totalmente inteiras. No entanto, é bastante 
comum em hospitais e instalações de cuidados prolongados para um cuidador abrir 
cápsulas ou esmagar comprimidos para misturar com alimentos ou bebidas, 
especialmente para crianças ou outros pacientes incapazes de engolir formas 
farmacêuticas sólidas. Isso deve ser feito apenas com a confirmação do farmacêutico, 
uma vez que as características de liberação do fármaco de certas formas farmacêuticas 
podem ser alteradas e podem afetar adversamente o bem-estar do paciente. 
 
Vantagens das cápsulas: 
• Fácil deglutição 
• Boa aceitação pelo paciente 
• Fácil identificação (algumas são serigrafadas) 
• Farmaceuticamente elegantes 
• Mascaram de forma eficaz sabores e odores desagradáveis 
• Fácil formulação 
• Boa estabilidade e resistência física 
• Versatilidade: pode-se preparar doses pequenas, individualizadas 
• Apresentam boas características de biodisponibilidade (geralmente o involucro 
se dissolve rapidamente no estômago) 
• Permite elaboração de sistema de liberação prolongada, e liberação entérica 
• Protegem o fármaco de agentes externos (pós, ar, luz, etc) 
Desvantagens das cápsulas: 
• Não é fracionável (não pode ser partida) 
• Dificuldade de se conseguir uniformidade de peso em cápsulas duras 
• Fácil adesão à parede do esôfago, devem ser ingeridas com bastante água 
• Necessidade de garantir temperatura e umidade relativa do ar para manipulação 
e conservação 
• Restrição de uso para pacientes com dificuldade de deglutição (crianças e idosos) 
 
• Cápsulas moles 
 
As cápsulas de gelatina mole são feitas de gelatina à qual foi adicionada glicerina ou um 
poliálcool como sorbitol. As cápsulas de gelatina mole, que contêm mais água do que as 
cápsulas duras, podem ter um conservante, tal como metilparabeno e / ou 
propilparabeno, para retardar o crescimento microbiano. 
 
As cápsulas de gelatina mole podem ser oblongas, ovais ou redondas, de cor única ou 
de dois tons e podem ser impressos com marcas de identificação. Assim como as 
cápsulas de gelatina dura, elas podem ser preparadas com opacificantes para reduzir a 
transparência e reduzir as características do revestimento da cápsula. Cápsulas de 
gelatina são usadas para encapsular e vedar hermeticamente líquidos, suspensões, 
materiais pastosos, pós secos e até mesmo comprimidos pré-formados. Cápsulas de 
gelatina mole são farmaceuticamente elegantes e são facilmente engolidas. 
 
Na produção de cápsulas em grande escala, os líquidos são colocados em cápsulas de 
gelatina mole que são produzidas, preenchidas e seladas em uma operação contínua. 
 
 
 
 
• Cápsulas duras 
 
As cápsulas de gelatina dura são usadas na maioria das cápsulas medicinais comerciais 
e manipuladas. As cápsulas vazias são feitas de gelatina, açúcar e água, onde podem ser 
claros, sem cor e essencialmente insípidos. Podem ser coloridos com vários corantes e 
tornados opacos pela adição de agentes como o dióxido de titânio. A maioria das 
cápsulas medicamentosas comercialmente disponíveis contém combinações de 
corantes e opacos para torná-las distintas, muitas com tampas e corpos de cores 
diferentes. 
 
Cápsulas de gelatina vazias são fabricadas em vários comprimentos, diâmetros e 
capacidades. O tamanho selecionado para uso é determinado pela quantidade de 
material a ser encapsulado. A densidade e a compressibilidade do conteúdo irão 
determinar em grande parte até que ponto ele pode ser embalado em um invólucro de 
cápsula. Para uso humano, cápsulas vazias que variam em tamanho de 000 (o maior – 
não costuma ser muito utilizada devido ao tamanho) a 5 (o menor) estão 
comercialmente disponíveis. 
 
Cápsulas de gelatina são inadequadas para líquidos aquosos porque a água amolece a 
gelatina e distorce as cápsulas, resultando em vazamento do conteúdo. No entanto, 
alguns líquidos, como óleos fixos ou voláteis, que não interferem com a estabilidade das 
cápsulas de gelatina, podem ser colocados em cápsulas de gelatina seladas para garantir 
a retenção do líquido. Em vez de colocar um líquido como tal numa cápsula, o líquido 
pode ser misturado com um pó inerte para fazer uma massa ou pasta úmida, que pode 
então ser colocada em cápsulas da maneira habitual. 
 
 
PREPARO DA CÁPSULAS GELATINOSAS DURAS 
1o Passo: Pesagem da matéria-prima 
A pesagem de fármacos ou insumos farmacêuticos é um procedimento essencial, pois 
visa garantir a correta proporção do princípio ativo no medicamento. Sem a garantia 
de uma proporção pré-definida e adequada do fármaco, o medicamento perde seu 
valor terapêutico e a farmácia perde credibilidade. 
Entre os erros ou acidentes mais comuns no processo de pesagem, estão: 
¨ Falha na interpretação ou conversão das unidades. 
o Ex: miligrama (mg) por grama (g). 
 
¨ Descuido na observância de fatores de conversão (FC) sal – base. 
Fluoxetina base / Fluoxetina HCl FC= 1,2 
Ranitidina / Ranitidina HCl FC = 1,12 
Vitamina E pó 50% FC = 2 
¨ Descuido na observação dos fatores de correção relacionados à diluição 
aplicados a fármacos muito potentes. Ex: 
T3 1:1000 FC = 1000 
Thiomucase 1:100 FC = 100 
Cetofifeno 1:10 FC = 10 
2o Passo: Trituração e/ou homogeneização 
Após pesado o pó, este deve ser triturado em gral de porcelana e tamisado para 
garantir a homogeneidade do conteúdo, dissolução e absorção melhor do fármaco. 
3o Passo: Escolha do tamanho da cápsula 
As cápsulas são classificadas como 000, 00, 0, 1, 2, 3, 4, 5 sendo a 000 a maior e a 5 a 
menor. 
Tamanho da 
cápsula Volume (mL) Lactose (mg) Amido (mg) 
000 1,40 850-1640 1180 
00 0,95 650 – 850 800 
0 0,68 450 – 600 580 
1 0,50 300 - 460 440 
2 0,37 250 - 350 340 
3 0,30 200 - 280 270 
4 0,21 150 - 210 200 
5 0,13 65 125 
¨ O tamanho da cápsula deve ser o menor que se ajuste a capacidade da cápsula; 
¨ O corpo da cápsula deverá ser completamente preenchido; 
¨ Se a dose do medicamento for muito pequena deverá ser adicionado um diluente; 
¨ Se a dose do medicamento for muito grande deverá ser dividido em 2 ou mais 
cápsulas (dobra de cápsula). 
 
• Escolha por Densidade Aparente 
 
o Deve-se conhecer previamente a densidade aparente (Dap) dos pós que 
serão encapsulados 
o Exemplo: FÁRMACO 500mg com dap =0,8 g/mL, qual o volume que este 
fármaco vai ocupar? 
𝐷𝑎𝑝	 = 	
𝑚
𝑣 
𝑣	 =
	𝑚
𝑑𝑎𝑝 →
0,5
0,8	 
𝑣	 = 	0,63	𝑚𝐿 
 
o Após obtenção do volume adequado para preenchimento da cápsula pelo 
ativo, devemos escolher o tamanho da cápsula. Logo, a cápsula 0 (v= 
0,67mL) será escolhida, portanto: 
 
0,67	– 	0,63	 = 	0,04𝑚𝐿 (volume que falta para completar a cápsula) 
Para completar a cápsula com lactose dap = 0,62 g/mL 
 
𝐷𝑎𝑝	 =
𝑚
𝑣 	 
𝑚	 = 	𝑑𝑎𝑝	𝑥	𝑣		à		𝑚	 = 	0,04	𝑥	0,62		
𝑚	 = 	0,0248𝑔 
Então 500mg fármaco + 24,8 mg da lactose = 524,8mg para cápsula 0 
• Escolha por volume 
 
o Calcular o peso total FÁRMACO para o número de cápsulas e pesar 
(ex: FÁRMACO 300mg para 30 caps = 9g) 
o Colocar o pó total do fármaco em uma proveta graduada 
o Bater 3x contra a bancada (elevar uns 2 cm) e verificar o volume ocupado 
(ex: 12mL) 
o Divida o volume total pelo número de cápsulas, obtendo o volume ocupado 
por 1 cápsula (12mL/ 30 caps = 0,4) 
o Olhar na tabela qual valor, em volume, que mais se aproxima do valor 
obtido (caps 1= 0,48 mL) 
o Se necessário completar o volume com excipiente até o volume indicado 
(0,48 mL x 30 caps = 14,4mL, adicionar o excipiente diretamente na proveta 
ou cálice até atingir o volume de 14,4 mL. 
o Portanto este fármaco será ́encapsulado na cápsula n° 1 
 
• Escolha por peso 
 
o Montar uma tabela de acordo com o(s) excipiente(s) que será(ao) 
utilizado(s): preencher os diferentes tamanhos de cápsulas com excipiente 
e pesar, este valor servirá como base para a escolha das cápsulas. 
o Verificar a menor cápsula que o peso do fármaco pode ocupar; 
(ex: FÁRMACO 10mg, a caps de menor tamanho para este peso é a n° 4 - 
150mg) 
o Subtrair o valor do fármaco do valor do total da cápsula, este será o valor 
do excipiente. (ex: 150mg- 10mg =140mg) 
o Calcular o valor total do FÁRMACO a ser pesado e o valor total do 
excipiente a ser pesado 
𝐹Á𝑅𝑀𝐴𝐶𝑂	10𝑚𝑔	𝑥	30	𝑐𝑎𝑝𝑠	 = 	0,03𝑔			
𝑒𝑥𝑐𝑖𝑝𝑒𝑛𝑡𝑒	140𝑚𝑔	𝑥	30𝑐𝑎𝑝𝑠	 = 	4,2𝑔	
o Pesar o fármaco e excipiente na quantidade indicada e encapsular. 
 
• Escolha pelo Método da Tentativa e Erro 
Este método requer uma maior experiência do manipulador 
o Verificar a quantidade do fármaco para 1 caps (ex: FÁRMACO 200mg) 
o Pegar a capsula que mais se aproxima em peso (ex: n° 2 = 250mg) 
o Colocar a cápsula vazia na balança e tarar (está sendo descontado o peso da 
cápsula) 
o Preencher a cápsula com o fármaco manualmente (com as mãos calçadas 
com luva, preencher o corpo da cápsula completamente com o fármaco, 
tomando o cuidado para não ficar nem muito folgado e nem muito apertado) 
o Colocar a tampa na cápsula e colocar na balança para verificar o peso (ex: 
capsula n° 2 preenchida com FÁRMACO = 230mg) 
o Se o valor for menor (ex: 160mg) repetir o teste com a cápsula maior (n° 1 = 
300mg) 
o Se o valor for maior (ex: 230mg) calcular a quantidade de excipiente que 
deverá preencher a cápsula 
 
230mg – 200mg = 30mg de excipiente para preencher a cápsula 
4o Passo: Encapsulação 
¨ Separar o encapsulador manual (base + placa superior com orifícios) e seus 
acessórios (espátula, limitador de campo, bastões de regulagem de altura, 
socador) – todos devem corresponder ao tamanho da cápsula que irá ser 
preparada. 
¨ Encaixar a placa sobre a base do encapsulador; 
¨ Colocar o bastão de regulagem de altura entre a base e a placa perfurada; 
¨ Preencher os orifícios da placa com o número de cápsulas vazias 
correspondentes, colocando o corpo da cápsula (a parte maior) no orifício; 
¨ Retirar as tampas das cápsulas; 
¨ Preencher com a mistura de pós, de modo que as cápsulas sejam preenchidas 
uniformemente; 
¨ Abaixar as hastes de regulagem; 
¨ Tampar e travar as cápsulas; 
¨ Retirar o bastão de regulagem da altura; 
¨ Retirar as cápsulas e limpá-las.

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