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Universidade Federal de Alagoas Gerlane Guedes dos Santos João Victor da Silva Santos Sergio Ricado Magalhães Oliveira Relatório do assunto poética de Aristóteles do grupo estética da disciplina de introdução à filosofia. Na Poética, Aristóteles tem por base a fundamentação da mimeses, imitação ativa e criativa, e de catarse, que refere-se á purificação das almas por meio da descarga emocional provocada pelo drama. A imitação, segundo Aristóteles, determina o modo der do poema trágico e está sempre ligada á ideia de arte e natureza. Então, Aristóteles começa a Poética abordando alguns aspectos da poesia e da imitação segundo os meios, o objeto e o modo de imitação. São nestes pontos que se diferem a imitação. Todas as artes, realizam a imitação pelo ritmo, pela linguagem e pela melodia, empregados em conjunto ou separadamente (Modos de Imitação). A imitação aplica-se a pessoas em ação, quem podem ser boas ou más, dependendo da prática da virtude ou do vício. A origem da poesia teria duas causas devidas á natureza do homem, pois a imitação corresponde a um instinto humano, já que por ela são adquiridos os primeiros conhecimentos e experimentado o prazer. A poesia teria sido criada por homens aptos á imitação, por meio de ensaios improvisados. Quanto a divisão em gêneros, tragédia e comédia, resultaria das diferenças de caráter, ou seja, enquanto a tragédia imitava os homens virtuosos e superiores, a comédia imitava os viciosos e inferiores. Numa comparação entre epopéia e tragédia, diz Aristóteles que a epopéia, assim como a tragédia, imita em versos homens superiores, mas é menos limitada quanto á duração do que a tragédia. Aristóteles define então a tragédia, como uma imitação de caráter elevado, completa e de certa extensão, em linguagem ornamentada e adornos distribuidos pelo drama, com atores atuando e não narrando, despertando o temor e a piedade, tendo por efeito a catarse (purificação) destas emoções. A tragédia é constituida por 6 elementos: a fábula, que é a imitação da ação; o caráter, que diz respeito á qualidade das personagens; as falas, que são o conjunto dos versos; as idéias, tudo o que dizem os personagens para manifestar seu pensamento; o espetaculo, que é a parte cênica; e o canto, principal adorno do espetáculo. Os principais meios pelos quais a tragédia fascina as platéias fazem parte da fábula, que são as peripécias e o reconhecimento. As fábulas precisam ter uma extensão que a memória possa apreender por inteiro. Assim, a duração apropriada de uma tragédia é aquela que permite que nas ações, se passe da felicidade ao infortúnio ou do infortúnio á felicidade, o que torna a tragédia mais bela. A fábula precisa ser uma unidade, de maneira que, se acrescentada ou exclui da parte dela, altera-se o todo. Quanto á qualidade da fábula, esta só é bela se for complexa (peripécias e reconhecimento) e capaz de excitar temor e compaixão. Nelas, o infortúnio das personagens não são frutos de sua perversidade, mas sim das suas ações. Para ser bela, a fábula precisa propor um fim único, oferecendo a mudança da felicidade para o infortúnio em virtude de um erro grave. Assim, o poeta deve criar fábulas e não versos, porque são as fábulas que imitam ações e fatos capazes de suscitar o temor e a compaixão. As fábulas são classificadas em simples ou complexas de acordo com ações que imitam. Ações simples são as que produzem mudanças na sorte sem peripécias ou reconhecimento, e complexas, ações com peripécias, reconhecimento ou ambos. A peripécia é a alteração das ações em sentido contrário ao que parecia natural. O reconhecimento é a passagem do desconhecimento ao conhecimento das personagens. Sobre a divisão da tragédia, seus termos essenciais são: prólogo, que é a parte completa que antecede o coro; o episódio, parte encontrada entre 2 corais e o êxodo é a parte completa da tragédia da qual apos não há coro. A tragédia se compõem de enredo e desfecho, além de apresentar estrutura dramática com inicio, meio e fim. A tragédia deve ser construida de maneira que as pessoas, só ao ouvirem ou lerem, sem nada ver, possam aterrorizar-se e sentir piedade. Isso caracteriza o bom poeta. Aristóteles destaca a competência do poeta ao narrar não o acontecido, mas o que poderia acontecer, o possível, a necessidade. Assim, a diferença entre o poeta e o historiador não está na forma da obra, mas no que relatam. Por isso, a poesia, segundo Aristóteles, é mais filosófica e de caráter mais elevado, pois permanece no universal. Na visão de Aristóteles, o poeta, ao organizar sua fábula, deve sentir como se a tivesse diante de seus olhos e sentir o efeito do que é dito pelos personagens. Para isso, a poesia exige entusiasmo e talento. O que concluo da Poética, é o fato da superioridade da tragédia sobre a epopéia. Argumenta-se que a menor extensão da tragédia proporciona maior prazer, sem contudo, deixar de atingir o seu objetivo, que é o de imitar ações. Além disso, a imitação da epopéia apresentaria menos unidade, pois trata de muitas fábulas ao mesmo tempo. A tragédia é superior porque atinge sua finalidade: produz não qualquer prazer, mas o sentimento desejado de temor e piedade
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