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METODOLOGIA DO ENSINO DA LINGUAGEM - DESAFIO COLABORATIVO

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Não se pode dizer que uma pessoa não fala corretamente por não fazer uso da variedade linguística de maior prestígio, ou seja, por ela não falar da forma como se escreve na norma padrão, esta deve ser ensinada, porém, é essencial respeitar a modalidade de língua de cada comunidade.
 De acordo com a atividade proposta, uma das várias possibilidades de trabalhar a noção de variedade linguística em sala sem incitar o preconceito é justamente discutir o conceito de certo e errado, considerando as diversas maneiras de se expressar dentro do contexto de cada grupo. Para isso, devem ser apresentados, por exemplo, textos da Literatura de Cordel que traz temas regionais com expressões populares, como também, textos clássicos da literatura como “A Moreninha”. É possível analisar letras de músicas como um “rap” e buscar o entendimento de que a mensagem explicita ou implícita desse estilo de música é uma representação da identidade de determinado grupo/comunidade. Portanto, o que deve ser repassado para os alunos com relação ao preconceito linguístico é que não há que se falar de certo ou errado nas variáveis linguísticas de nossa língua, todas são formas de se expressar de maneiras diferentes em contextos diferentes que devem ser compreendidas e respeitadas como fruto de nossa herança cultural, de um povo miscigenado, que foi construindo sua identidade com influências de vários povos e culturas, isso é um fator positivo que nos enriquece culturalmente e deve ser discutido principalmente na escola que é um espaço rico em diversidade cultural, religiosa, étnica, política, etc. 
 Diante disso, o professor deve sempre realizar atividades que sigam pelo viés culto e também pelo popular, mostrando a importância de cada um dentro do seu contexto de uso, considerando as variações linguísticas de ordem geográfica, histórica, social, situacional, enfim, valorizando a riqueza da diversidade de nosso povo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BAGNO, Marcos. Preconceito lingüístico: o que é e como se faz. São Paulo: Loyola, 2009. A norma oculta: língua e poder na sociedade brasileira. São Paulo: Parábola, 2003.
 
BAGNO, Marcos. A língua de Eulália: novela sociolinguística. 15ed. São Paulo: Contexto, 2006.
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais – Língua Portuguesa. Brasília: MEC, 1997. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro02.pdf. 
VIANA, Nildo. Educação, linguagem e preconceito linguístico. Plurais. Vol.01, n.01.Jul/Dez.2004.
PRETTI, Dino. Sociolinguística: os níveis da fala. São Paulo: Edusp, 2000.
TERRA, Ernani (1997): Linguagem, língua e fala. São Paulo, Scipione.
Site pesquisado:
http://conversadeportugues.com.br/2011/01/nao-e-errado-falar-assim/

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