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O ERRO SEGUNDO PIAGET-RESENHA

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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PARÁ
CAMPUS PARAUAPEBAS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO PROFISSIONAL, CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA
POLO CANAÃ DOS CARAJÁS
Nome: Amanda de Oliveira Souza 
Professor: Andson Pereira Ferreira
Disciplina: Avaliação Da Aprendizagem Na Educação Profissional 
Pólo: Canaã dos Carajás
Resenha 
TITULO: A PRÁTICA PEDAGÓGICA DIANTE DO ERRO SEGUNDO CRITÉRIOS PIAGETIANOS
“Eis que nos diz uma criança de seis anos a respeito dos sonhos: "(0 sonho) entra de noite na nossa cabeça; e quando vemos tudo prelo que o sonho vem. Enquanto dormimos, ele sai; fica diante dos olhos, contra a parede. Meu pai não pode ver, porque sou eu que estou dormindo" (Piaget, 1926/1972, p.94)”
Diante dessa concepção piagetiana podemos perceber que para criança necessita de algo material, concreto ou real, chamado por Piaget de realismo, onde a criança associa algo imaginário ou irreal como, real e palpável, ela utiliza esse método de resposta para sentimentos, sensações ou conhecimento, por exemplo, ao sentimento de alegria ela precisa associar á feição do rosto, á uma aprendizagem adquirida ela associa como se o conhecimento estivesse dentro do cérebro e se abrir a cabeça de alguém é possível ver ali o conhecimento, um desenho na tv, é possível afirmar que ela pensa ter pessoas reais dentro do aparelho, fica visível essa afirmação através do trecho dos sonhos. 
 Piaget nos ofereceu uma explicação suplementar no que diz respeito as diversas fases da infância como: as certas "fantasias" infantis não são necessariamente devidas a problemas emocionais, mas sim ao nível de estruturas de sua inteligência. É por isso ela necessita dizer que algo irreal ou imaginável existe, ao dizer que não sabe tal resposta.
Jean Claude Piaget, na epistemologia genética trata das estruturas do conhecimento, assimilação e acomodação, o sujeito com capacidades cognitivas, que é a faculdade de adquirir o conhecimento, possui os aspectos estrutural do pensamento; que são esquemas que o sujeito já possui e que depende do desafio para assimilar novas estruturas e no esquema processual do pensamento aprimorar-se, passando para o estágio de acomodação do conhecimento, portanto para adquirir aprendizagem, seja ela no âmbito educacional, ou em outro âmbito qualquer da formação intelectual, o sujeito precisa ser desafiado, e impulsionado a destruir aquilo que já sabe ou já aprendeu, e provocado diante de um novo desafio, a construir novos esquemas na estruturação de novos conhecimentos. 
A avaliação é uma ferramenta que a séculos vem sofrendo alterações sobre sua eficácia no âmbito escolar, sabemos que não há como medir o conhecimento do aluno com um número, nota ou conceito, mas também não há como deixar de existir um método avaliativo para assegurar o aprendizado do aluno frente a um conteúdo aplicado, daí surge muitas discussões sobre como, para que ou para quem avaliar? Frente a tal situação como o professor pode considerar correto uma resposta errada diante de um conteúdo apresentado em sala de aula? Esse desafio para o professor vem associado a um olhar reflexivo, humano e pedagógico.
Consideremos “erro”, as ideias infantis ou do sujeito se contrapondo ou se contradizendo com o conhecimento humano já estabelecido pela sociedade. Mas segundo Piaget, não podemos considerar erro, pois o estágio do nível da estrutura da inteligência das crianças ainda não está compatível ao nível de estrutura de inteligência de um adulto. Dependendo da abordagem do professor diante de um erro do aluno em sala de aula, pode ser frustrante, constrangedor, e acarretar disfunções emocionais e até bloqueios a novas aprendizagens. A sociedade desde sempre foi impulsionada ao acerto, e tem o erro como algo vergonhoso, mesmo em crianças pequenas em brincadeiras ou jogos, que é para ser atividades divertidas, percebemos a frustração delas ao erro, pois o outro a coloca em situação de desvantagem, e fere a estima da criança, como se o erro fosse algo merecido de punição, ou autopunição, 
O desafio do professor em intervir nessas atitudes pode ser fundamental, na formação humana, capacidades cognitivas, mudança de comportamentos sociais, e novas aprendizagens.
Em uma sala de aula mista com alunos diferenciados e com diferentes saberes e aprendizagens, o professor, tem o desafio de preparar aulas diferenciadas individuais para cada aluno de acordo com o nível de conhecimento já adquirido por cada aluno, isso seria quase que impossível, se não fosse pela pedagogia do erro segundo a perspectiva de Piaget, se o professor souber conduzir com excelência sua função usará essa pedagogia como uma ferramenta de mudança transformação e ensino aos seus alunos, por exemplo, em uma atividade de alfabetização para crianças de educação infantil, onde existe diferenciados níveis de aprendizagem, o professor fará uma avaliação de diagnóstico para descobrir qual nível de aprendizagem a criança se encontra, considerando a aprendizagem já adquirida, mesmo que “errado” a forma convencional imposta pela sociedade, mas a partir daí, o professor irá dar o ponto de partida para esse aluno, considerando seu aprendizado e propondo novos saberes desafiando seus níveis e capacidades para avanços das estruturas da inteligência. Diante de qualquer situação na vida em sociedade esse sujeito, saberá que o erro faz parte do acerto, como diz Albert Einstein” quem nunca errou, nunca experimentou nada novo.” O erro faz parte da condição humana, e todos estamos suscetíveis a erros. Portanto um bom professor, utiliza do erro, como um trampolim para novos saberes, e utiliza do erro da criança como uma ferramenta para sua própria prática docente.
Sendo assim, a avaliação com respostas “errada”, deve ser uma ferramenta de avaliação da própria prática docente, o professor deve reavaliar sua prática, e considerar um ponto de partida daquele aluno, e propor novos desafios, ou facilitar os caminhos até a aprendizagem, usar ferramentas e mudanças nas estratégias de como ensinar para que aquele aluno mude suas estruturas do pensamento e construa novos esquemas de assimilação processual, acomodando novos conhecimentos.

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