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Inserção comunitária: tensões na relação comunidade-profissional Prof. Dr. Mário Martins Inspirações etnometodológicas: em nossas respectivas comunidades, somos sociólogos de nossas culturas. Quais os principais desafios que vocês listariam para participar do cotidiano de uma comunidade com o objetivo de pesquisar sobre ela ou intervir profissionalmente como psicólogxs? Por onde você começaria sua pesquisa/intervenção? Quem seriam seus principais interlocutores? Atividade grupal Textos básicos: (a) FRIZZO, K.R. Diário de campo: reflexões epistemológicas e metodológicas. In SARRIERA, J.C.; SAFORCADA, E.T. Introdução à Psicologia Comunitária, p. 169-187. (b) BLEGER, J. A entrevista psicológica. In Temas de Psicologia: entrevista e grupos. Para saber mais: MINAYO, M. C.S. O trabalho de campo. In. Pesquisa Social: teoria, método e criatividade, capítulo 3. Próximas leituras Quem são os agentes comunitários? Ação e Participação X Fatalismo e Conformismo Princípios de uma psicologia social comunitária: “compromisso com a libertação dos povos e setores oprimidos, e que, para isso, tem como perspectiva que as populações, setores e grupos comunitários, possam se mobilizar em torno de seus direitos básicos, para poderem construir uma vida mais digna e justa”. Quais funcionamentos impedem alcançar esse objetivo? Identificação “Dessa maneira, a compreensão sobre o que acontece com as pessoas em seu dia-a-dia, sobre os significados que atribuem à vida que têm, e sobre o tipo de relação que estabelecem com os demais durante o processo de intervenção comunitária, pode se constituir em verdadeiro ponto de inflexão, em termos de que as práticas comunitárias possam avançar, na direção proposta pelos objetivos e pelos compromissos assumidos”. Os externos e os autóctones O perspectivas sobre o cotidiano “Compreender os processos psicossociais que acontecem no interior das relações dos atores sociais dos trabalhos comunitários e que afetam seus processos de conscientização e participação, assim como repercutem sobre a vida cotidiana e sobre os sentidos de comunidade que essas pessoas possuem”. Objetivos As necessidades vividas e sentidas e os compromissos decorrentes disso; A adoção de estratégias de intervenção guiadas pelo foco na melhoria da vida das pessoas, tomando-as como referência para isso Ações e intervenções comunitárias que tenham importância e sentido na vida das pessoas e da sua comunidade. Questão: as políticas públicas estão, necessariamente, engajadas nessas dimensões? A necessidade de uma discussão sobre a realidade social e a concepção de ser humano que embasa as ações comunitárias, vinculadas, ou não, às P. P. Três dimensões do trabalho comunitário “Na realidade, a experiência no desenvolvimento de trabalhos comunitários tem mostrado que é um processo longo, difícil e cheio de imbricações epistemológicas e políticas. É um processo que necessita ser construído coletivamente, a começar por ações comprometidas com a eliminação das condições estruturais e conjunturais responsáveis pela opressão, marginalização e exclusão sociais que têm subtraído de nossa população o direito à vida e à dignidade” Entraves Comunidade – Comunidade Comunidade – Profissionais Profissionais – Profissionais Quais tensões vocês identificariam em cada um deles? Tipos de relações Construção do trabalhador comunitário como um ser psicossocial; Que identidades psicossociais estão sendo construídas, fortalecidas ou enfraquecidas? A ação do trabalhador e a atribuição de importância ao seu trabalho; Qual impacto dessa ação? Grau de crença nas atividades propostas A própria prática de intervenção psicossocial e suas relações com a vida cotidiana. Elementos que afetam as dinâmicas psicossociais em comunidades “Deparamo-nos, então, com uma análise que permite refletir sobre as repercussões psicossociais, na vida cotidiana de cada um dos envolvidos, sobre o fato de os trabalhos comunitários terem um caráter imediato, pontual e curativo, ou uma dimensão preventiva e mediata, tendo uma visão histórica; ou ainda serem obrigados e intentos de conciliação entre propostas imediatas e projetos políticos a longo prazo”. Os trabalhos comunitários Qual o impacto do trabalho comunitário e como avaliá-lo? Qual o compromisso e quais as alianças feitas durante o trabalho comunitário? Qual e como cada parte faz a avaliação do processo? Questionamentos “... Falar sobre os processos de cosncientização implica pensar como se constr´´oi a consciência na vida cotidiana, a cada etapa e momento das práticas de intervenção psicossocial, e como ela pode ser apreendida nas relações concretas”. “... Ao indagar sobre as práticas comunitárias e suas formas de expressão, estaríamos falando da participação, devendo ser identificadas as várias dimensões e repercussões que apresenta no cotidiano das pessoas?”. Conscientização e participação Haveria, agora, a existência de um projeto político idêntico ao que possuíam antes da intervenção comunitária ou essa interação possibilitaria a construção de um projeto político híbrido? Haveria a prevalência de um tipo de projeto político ao longo do curso dos trabalhos a serem desenvolvidos e, em caso afirmativo, qual deles prevaleceria: o da comunidade ou o dos profissionais? Suas relações cotidianas teriam características de aproximação e coerência de tal modo que pudessem surgir condições objetivas e subjetivas para que construíssem, conjunta e dialeticamente, um terceiro projeto, que pudesse ser a síntese de suas posições e concepções de mundo e de vida?” Perguntas-chave Julgamento do trabalho como produto e processo, considerando seus resultados; Tipo e natureza de conhecimento produzido e que atores estão envolvidos, seja na produção, seja no desfrute e destinação; Crenças sobre o grau de importância das ações realizadas das participações efetivadas e permitidas e dos objetivos estabelecidos; Sentimentos de dignidade e justiça ao participar (ou não participar) das práticas comunitárias em suas diferentes etapas. Eixos de avaliação
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