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Professor: Assis Pantoja Turma: Fisioterapia 5° Semestre CENTRO UNIVERSITÁRIO - UNAMA-STM-PA ÓRTESES DE TRONCO A Técnica Ortopédica tem sido considerada. Durante anos, como uma especialidade paramédica, artesanal e pouco desenvolvida cientificamente. As exigências atuais tornaram necessárias a órtese e a prótese mais funcional e estética, por isso tem-se feito necessário a introdução de técnicos ortopédicos no mundo hospitalar e a conveniência de desenvolver um trabalho de equipe, no qual junto a médicos especialistas, engenheiros, físicos e os próprios técnicos ortopédicos. Patologia da região cervical A dor na região cervical é, depois da dor lombar, a causa mais freqüente de consultas em Reumatologia e igualmente constitui uma das freqüentes causas de consultas ao médico de Medicina Geral. Causas da dor cervical 1. Dor cervical referida 2. Dor cervical nas enfermidades sistemáticas. 3. Dor cervical por alterações locais do segmento cervical da raque Na grande maioria dos casos a dor cervical é produzida por alterações locais da própria região cervical. ÓRTESE PARA COLUNA CERVICAL 1 - COLAR CERVICAL Órtese, cujo objetivo é diminuir a mobilidade do segmento cervical e aliviar a dor. Indicações 1° - Traumatismos das partes brandas (“latigazo cervical”). 2° - Traumatismos ósseos leves (apófises espinhosas, transversas, etc.). 3° - Processos reumáticos em fase dolorosa. Cervico-braquialgias. 4°- Proteção pós-opertória (determinados casos de artrodese, laminectomias, torcicolo tratadas cirurgicamente, etc.). Descrição dos aparelhos - Especificidades 1.1 - Colar cervical brando sem apoio Construído com espuma de poliuretano recoberto com uma fronha de tecido de algodão lavável com fecho de velcro na parte posterior. 1.2 - Colar cervical semi-rígido sem apoio Construído em duas peças de politeno superpostas, reguláveis na altura mediante velcros. As bordas superior e inferior, protegidas com orlas de borracha forradas com skai. Com fecho velcro na parte posterior dereita. 1.3 - Colar cervical semi-rígido para torcicolo De iguais características que o anterior, mas com as partes laterais assimétricas (lado mais alto correspondente ao lado da inclinação da cabeça). 1.4 - Colar cervical semi-rígido com apoio do mento Realizado com duas peças de politeno superpostas, reguláveis em altura mediante dois extensores metálicos anteriores, os quais permitem fixar a posição pela pressão de parafusos e dois gêmeos metálicos que regulam a altura posterior. A nível anterior leva um barboqueixo para apoiar o mento. As bordas superior e inferior protegidas com orlas de borracha forradas em skai. Fecho com velcro na parte posterior. 1.5 - Colar cervical semi-rígido com apoio occipitomentoniano Material plástico de ortholen. Com os apoios occipitais e mentonianos reguláveis em altura, mediante extensores metálicos. O apoio anteroinferior realiza-se no esterno e o apoio posteroinferior chega até as escápulas conseguindo desta forma uma boa sujeição. Para sua colocação e ajuste tem umas fitas de velcro a cada lado do pescoço que permitem regular a pressão. Sobre os apoios occipitomentonianos adaptam-se alguns protetores de material brando autoadesivo para proteger estas zonas de contato. Biomecânica O centro de gravidade da cabeça desequilibra esta para frente. Este desequilíbrio fica compensado esta para frente. Este desequilíbrio fica compensado pela ação de tração dos músculos posteriores, a coluna cervical não só suporta o peso da cabeça, senão a soma das duas forças (P +T). Quando existe uma lesão na coluna cervical os músculos da nuca contraem-se, produzindo por sua vez uma sobrecarga sobre os discos intervertebrais que faz aumentar a dor. O efeito principal dos colares cervicais é o de diminuir a pressão sobre os discos intervertebrais, não só descarregando o peso, senão equilíbrio a cabeça, transmitindo-se as duas forças equilibrantes aos pontos de apoio do colar com o tronco. Os colares diminuem a mobilidade da região cervical sem chegar à imobilização total. Observações de uso ─ A critério médico, o colar deve ser usado as vinte e quatro horas do dia ou ser retirado durante a noite. Pode ser útil durante o descanso noturno a utilização de travesseiro tipo japonês (cervipilho). ─ Nos processos reumáticos pode associar-se o uso de colar cervical com fisioterapia (eletroterapia, mesoterapia e trações cervicais). ─ O colar não deve comprimir a glote. ─ Evitar a hiperextensão e a flexão da coluna cervical ao aplicar o colar, procurando uma posição neutra da cabeça. ─ Conservar a higiene do aparelho lavando-o com água morna e sabonete neutro. 1.6 - Minerva Órtese, cuja finalidade é suprimir a mobilidade da coluna cervical. Indicações Traumamatismos importantes. Proteção pós-operatória, Metástase ósseas. As minervas estão especialmente indicadas nas lesões da coluna cervical superior. 1.7 - Minerva moldada de politeno A minerva moldada em politeno na sua parte superior efetua um contato total com a parte inferior da cabeça e a nível torácico apóia-se pela sua parte anterior sobre o manúbrio esternal e pela sua parte posterior chega até a apófise espinhosa D5, lateralmente apóia-se sobre os ombros. 1.8 - Minerva tipo Somy Trata-se de uma minerva prefabricada co0m material metálico leve e maleável. A placa anterior está desenhada de tal maneira que se pode adaptar indistintamente a pacientes masculinos e femininos. As fitas metálicas que passam por cima dos ombros, estão unidas a uma placa do peito e na sua parte posterior vão unidos a duas fitas flexíveis que se cruzam pelo centro das costas e abotoam-se pela frente na placa anterior.Os apoios mentoniano e occiptal podem ser regulados em altura e ambos estão ancorados sobre a placa anterior. As partes metálicas em contato com a pele levam um forro flexível tipo “tepefón”. À minerva tipo Somy pode-se acrescentar um complemento de apoio frontal, que permite retirar em determinados casos o apoio mentoniano. Também pode-se acrescentar uma espécie de capacete, que segura melhor a imobilização da cabeça. Biomecânica Para imobilizar a coluna cervical completamente devem evitar-se os três tipos de movimentos: rotação-inclinação e flexão-extensão, que diminuem com o uso de colares cervicais. Uma imobilização mais completa conseguida com as minervas, que tentam sobretudo neutralizar melhor os movimentos de inclinação e rotação, além de realizar uma maior limitação da flexoextensão e uma descarga mais efetiva da pressão sobre os discos intervertebrais em comparação com os colares cervicais. Observações de uso Nos casos tratados cirurgicamente e nos que se prevê a colocação de uma minerva de gesso. ─ Evitar a hiperextensão e a flexão da coluna cervical ao aplicar a minerva, procurando uma posição neutra da cabeça. ─ Conservar a higiene do aparelho. ─ A minerva Somy com imobilização da cabeça serve para transferir o paciente desde o local do acidente até o hospital. TRATAMENTO ORTÉSICO DA HIPERCIFOSE 2 - Tirantes corretores Órtese, cujo objetivo é corrigir a atitude cifótica na criança e no adolescente. Indicações Atitude cifótica postural. Escápulas alatas. 2.1 - Tirantes elásticos Constituído por duas peças independentes para cada ombro disposto em forma de oito (algarismo), unindo-se pela parte anterior por baixo das costelas mediante um velcro regulável. É conveniente que os tirantes englobem o ângulo inferior das escápulas. Dispõe-se de várias medidas standar de aplicação imediata. 2.2 - Tirantes com placas posterior Dispositivo que atua mediante a aplicação de uma placa rígida e plana de plexidur que abrange ambas as escápulas, mantida mediante dois tirantes que passam pela frente dos ombros e uma cinta de pressão regulável localizada por baixo das costelas.2.3 - Tirantes com placas posterior e colar cervical Dispositivo semelhante ao anterior provido de um colar cervical que impede que o paciente flexione a cabeça par frente, contribuindo com isto a uma correção mais efetiva. Biomecânica A correção realiza-se pela contração muscular que se consegue com os tirantes corretores. A disposição em oito (algarismo) provoca uma elongação nos músculos peitorais e uma contração dos músculos interescapulares. Produz-se uma contração da musculatura adbominal que ajuda a correção da lordose lombar. O colar impede a flexão anterior da coluna cervical. Observações de uso Este dispositivo estão especialmente indicados nas atitudes cifóticas posturais.Não devem ser empregadas nas cifoses idiopáticas evolutivas, na doença de Scheuermann, nas cifoses de adultos etc. “Lembram” que a postura que adotam por diferentes causas (pudor prepuberal, hábitos escolares incorretos, etc.) não é a adequada, obrigando a uma autocorreção. As órtese podem ser usadas diretamente sobre a pele, ou melhor , sobre uma camiseta tubular de algodão. A aplicação dos tirantes deve complementar-se com a prática de exercícios de reabilitação e esportes adequados (natação, ginástica, etc.), podendo estes ser retirados durante sua prática. COLETES PARA AS HIPERCIFOSES JUVENIS E DO ADOLESCENTE Órtese cuja finalidade é corrigir a hipercifose dorsal ou manter a melhora obtida a melhora obtida mediante a aplicação de um gesso prévio. Indicações Atitude cifótica postural severa. Cifose idiopática evolutiva. Doença de Scheuermann. Descrição dos aparelhos 3 - Colete de Perricone Placas de plexidur , moldam-se as peças que compõem a base da órtese. Uma anterior que comprime a zona abdominal e deixa livre o tórax para respeitar a função respiratória e outra posterior que abrange desde a metade da zona glútea até a metade da altura das escápulas e mantém esta região em posição reta e corrigida. Um apoio anterior sobre o esterno favorece estensão da zona dorsal alta. 4 - Colete de Maguelone É uma modificação de colete de Perricone, que amplia suas funções. Está particularmente indicado nas cifoses graves. Vem provido de uma peça circular que obriga o paciente a realizar uma autocorreção da deformidade. 5 - Colete de Milwaukee Este colete é tratado mais amplamente no aparelho dedicado à escoliose.Está indicado nas cifoses severas substituindo os apoios dorsal e lombar por uma polaca plana que faz pressão sobre o ápex da deformidade cifótica e abrange ambas as escápulas. Ao efeito de correção pela tração, soma-se a ação da placa dorsal posterior. 6 - Colete de Robert Jones Está indicado nas cifoses posturais importantes e nas formas leves da doença da Scheuermann. Consta de uma placa metálica, semiflexível e posterior, ao longo da coluna vertebral, com tirantes que passam por cima dos ombros e por baixo das axilas para fixar a parte superior. Um segundo grupo de tirantes, na parte inferior, rodeia a crista ilíaca e as zonas trocantéreas e fixa uma faixa de pressão abdominal que favorece a correção da lordose. Por último, dois tirantes inguinais, que passam pela parte interna de ambas as coxas impedem o deslocamento para cima da órtese. Biomecânica À cifose dorsal associa-se, em geral, a uma lordose lombar. Por isto, para tratar uma deformidade cifótica, devemos corrigir ambas as curvas ao mesmo tempo. Há que aplicar basicamente duas forças principais que reduzam ambas as curvas.A este conjunto de ações pode-se acrescentar, no caso do colete de Milwaukee, um efeito elongador por tração ativa sobre a coluna. Observações de uso Vigiar o aparecimento de dermatite de contato provocadas pelo plexidur. Evitar os pontos de pressão excessivos sobre proeminências ósseas que possam ocasionar erosões ou escaras. É recomendável o uso de camiseta de algodão, sem costuras por baixo do colete. É conveniente realizar controles periódicos a cada três meses. A órtese deve associar-se a uma adequada reabilitação. TRATAMENTO ORTOPÉDICO DAS DEFORMAÇÕES TORÁCICAS As deformações para frente (quilha, protraimentos dos cartílagos ) ou em funil, resumem estas deformidades torácicas. Tem como característica comum a associação de depressões e proeminências com um certo equilíbrio em cada uma destas deformações. A quilha em efeito, acompanha-se praticamente sempre de depressões. O funil acompanha-se freqüentemente de uma proeminência das extremidades móveis costais. O princípio do tratamento ortopédico é pois, o mesmo, baseado sobre um duplo objetivo: A remodelação dos relevos exagerados pelo efeito corretor do colete. A expansão das depressões mediante uma ginástica respiratória apropriada. Tipo de deformidade As quilhas (pectus carinatum) têm sido classificadas por Bodeuelle em simétricas e assimétricas: a forma simétrica: regularmente convexa, pode ser total ou parcial de predomínio superior, médio ou inferior. a forma assimétrica ou hemiquilha pode set total ou parcial. a proeminência paraesternal dos cartílagos costais, mais ou menos simétrica, interessa pouco ou nada ao esterno. As depressões esternais ou em funil (pectus carinatum) são ,mais ou menos amplas, rodeadas por extremidades mais ou menos proeminentes. COLETE PARA DEFORMAÇÕES TORÁCICAS Órtese, cuja função é normalizar a morfologia do tórax e melhorar as condições respiratórias, quando estas acham-se alteradas. Indicações Tórax em quilha: deformidade caracterizada por uma proeminência a nível da face anterior do tórax. Podem distinguir se três tipos segundo sua localização: quilha superior, média e inferior. Esta deformidade geralmente acompanha-se de depressões submamárias. Tórax fendido ou em funil: caracteriza-se por uma depressão da parte anterosupeior do tórax, que em muitas ocasiões acompanha-se de uma proeminência das extremidades móveis costais a nível das últimas costelas. Descrições dos aparelhos 7 - Colete de Vidal para tórax em quilha Consta de duas valvas de plexidur, uma anterior e outra posterior, moldadas sobre o positivo, obtendo da modificação do negativo, para cuja realização tomam-se uns pontos de referência que servirão para a construção do colete. A parte anterior compõe-se de um apoio esternal, almofada a nível de quilha, com rebaixamentos laterais que permitem a expansão torácica durante a respiração e uma compressão abdominal desde as costelas flutuantes por cima da síntese do pube. A parte superior a nível lombar tem forma plana, para a correção da lordose. Sua borda inferior apóia-se diretamente sobre a massa glútea e a parte superior unida com tirantes que passam por cima dos ombros à parte anterior. 8 - Colete de Vidal para tórax fendido ou em funil Construído com duas valvas de plexidur. Uma anterior, que deixa livre a parte superior do tórax com a finalidade de permitir sua expansão e que comprime as proeminências costais e a zona abdominal e outra valva posterior, que corrige a lordose lombar. 9 - Colete pneumático de correção progressiva do tórax em quilha Moldada sobre um gesso positivo do paciente, constrói-se em politeno com reforço de plexidur. A compressão sobre a quilha efetua-se mediante um balão inflável que permite a correção progressiva da deformidade. A compressão pneumática progressiva tolera-se melhor que os apoios rígidos e progressiva tolera-se melhor que os apoios rígidos e está especialmente indicada para as crianças durante a primeira infância. Biomecânica Para reduzir a deformidade do peito em quilha deve comprimir-se justo sobre a proeminência esternal e deixar completamente livre o tórax, para obter a máxima expansão; sobretudo nas depressões submamárias. O peito em funil vem associado com a proeminência das últimas costelas pelo qual comprimimossobre esta zona, deixando livre o restante do tórax. Observações de uso É recomendável em muitas ocasiões que a aplicação dos coletes esteja predediada de um gesso corretor. Em geral, os tórax em quilha respondem melhor ao tratamento com órtese que os fendidos ou em funil. Com a órtese pode-se esperar uma aceitável correção das defoemidades até os 16 anos de idade. O tratamento ortopédico deve ser completado com uma adequada ginástica respiratória. ESCOLIOSE A escoliose é uma deformidade vertebral muito comum e de grande importância social. A escoliose afeta principalmente as adolescentes do sexo feminino, a uma idade em que origina verdadeiros problemas psicológicos, pois pode desenvolver-se em crianças previamente sadias, sem que até a presente data conheça-se a causa da maioria dos casos. Prevenção da escoliose O melhor tratamento da escoliose consiste na sua determinação precoce. Tratamento as curvas precocemente, sem esperar que se volte rígidas e acelere-se sua progressão, poder-se-á, em muitos casos, evitar a cirurgia. Tratamento conservador Exercícios; Colete; Gessos corretores; Tração espinhal; Tratamento cirúrgico Tratamento ortésico da escoliose A escoliose é uma deformidade da coluna vertebral caracterizada por um desvio lateral do tronco que se acompanha de rotação dos corpos vertebrais. Deve distinguir-se da atitude escoliótica e escolioses posturais, nas quais não há rotação e que podem ser devidas a diferentes causas. Indicações gerais tratamento ortopédico A indicação do tratamento com órtese está entre 25º-30º COBB e os 45º-50º COBB (II grau). Segundo o valor angular (graus COBB) I grau - Menos de 10º-30º (tratamento reabilitador). II grau – de 10º-30º a 45º-50º (tratamento ortético e reabilitador). III grau – de 45º-50º em diante (tratamento cirúrgico). ÓRTESES: ESCOLIOSE 10 - Leito de recuperação Denis Browne Dispositivo ortopédico empregado no tratamento de escoliose durante os primeiros meses de vida. Indicações Escoliose do lactante. Escoliose congênita. Escoliose idiopática infantil. Descrição do aparelho Construído em plexidur, material rígido e transparente aos RX, em forma de meia lua. A parte lateral corresponde é concavidade da curva escoliótica, consta de uma parede de altura aproximada a 15 cm, que a nível do ombro e em relação também à concavidade da curva escoliótica tem uma abertura de diâmetro suficiente para passar o braço através dela. Uma cinta ou faixa de coura ode pressão regulável, que tem sua origem na borda interna da parede lateral do leito, passa por baixo da região lombotorácica do paciente, sobe pela parte lateral e passa anteriormente pela parte superior da parede lateral, como objetivo de insidir sobre o ápex da curva e corrigi-la durante todo o tempo que a criança está no leito. Toda a parte inferior e lateral do leito está forada com uma grossa camada de borracha-espuma com o fim de evitar a aparição de decúbitos. Dita que está mais em contato com o bebê, com plástico tipo skai, que é lavável. Biomecânica Este leito obriga a criança, pelo efeito de três forças, a adotar uma posição contrária q que tem forças, a adotar uma posição contrária a que tem devido a sua escoliose. A primeira força é aplicada à zona axilar oposta à convexidade da curva, a segunda na zona do quadril também oposta à convexidade da curva escoliótica e a terceira em contraposição às anteriores, localizadas o mais perto possível do ápex da curva. A colocação precisa de banda de couro sobre o ápex em alguns casos é difícil, já que o tronco da criança é muito pequeno. Além disto suas contraforças sempre acham-se no mesmo lugar, o que implica em que as curvas de raio reduzido, pouco freqüentes a esta idade, como são as lombares ou dorsais puras (escolioses congênitas ou idiopáticas), não estão suficientemente controladas. Observações de uso Sua inclinação principal são as escolioses do lactante de amplo raio. Está menos indicada nas escolioses congênitas ou idiopáticas infantis, que apresentam curvas dorsais ou lombares localizadas. O leito é transparente ao raio X, para comprovar radiologicamente a correção da curva escoliótica. Dado que os bebês dormem um grande número de horas por dia,.é conveniente que durante todo este tempo permaneça no leito de reclinação. 11 - Arnês de Kalibis Órtese empregada para o tratamento da escoliose até os 18 meses de vida. Indicações Escoliose do lactante. Escoliose congênita. Escoliose idiopática infantil. Descrição do aparelho O “arnês” original consta de um anel de duas bandas, construído na sua parte externa com couro flexível e forrado na sua parte interna com material brando. O anel está localizado ao redor do ombro e uma banda a nível do quadril, por baixo da ilíaca e por cima do grande trocanter correspondente ao lado da concavidade da curva. A outra banda está na parte contralateral correspondente à convexidade da parte da curva a um nível localizado sobre a parte inferior da grade costal. Estas peças vão unidas mediantes umas correias reguláveis no sentido diagonal que as unem, tanto pela parte posterior quanto pela anterior o anel do ombro com a pélvica completando com uma fita que desde a parte anterior e partindo da banda pélvica, passa pela parte inguinal seguindo por debaixo da nádega até a parte posterior da banda pélvica, com o objetivo de fixar todo o conjunto. Biomecânica As forças de correção do são produzidas pela ação da tensão das correias anteriores e posteriores. Ao ficar obliquamente ao eixo longitudional do corpo, produzem forças horizontais e verticais. As verticais agem contrariamente às focas corretoras pelo qual reduzem seu efeito e é por isto necessário incrementar a tensão das fitas aumentando, a sua vez, a pressão sobre as superfícies do corpo em contato com as bandas e o anel. Observações de uso Permite a hiperdestação e o início da marcha. Constituição um órtese intermediária antes da aplicação do Milwaukee. 12 - Colete de Milwaukee Órtese que se utiliza com mais freqüência na manutenção e correção das escolioses. Pode ser considerado como protótipo do “colete ativo”, “os pacientes dentro do colete são como um pássaro dentro de uma gaiola, que podem movimentar-se, mas não fugir”. O colete de Milwaukee tem-se mostrado eficaz n maior parte das escolioses. Descrição do aparelho Consta de duas partes principais: a subestrurura (base do colete) e a superestrutura (parte dinâmica). A subestrutura é a cesta pélvica que se ajusta na sua parte superior por cima das alas ilíacas. A parte anterior comprime desde um centímetro por cima da sínfise do púbis até um centímetro por debaixo do apêndice xifóide. As partes laterais contornam a pelve desde cima das cristas ilíacas até uns dois centímetros e meio por debaixo dos trocanteres e prolonga-se até a parte posterior por cima dos glúteos achando-se sua borda na metade do terço inferior dos mesmos. No molde sobre o qual se tem construído a cesta tem-se praticado uns sulcos profundos, na região imediatamente superior às cristas ilíacas som o objetivo de ancorar firmemente a cesta sobre esta zona mole. Esta ancoragem superestrutura que à continuação detalha-se. A superestrutura do colete consta de uma barra central anterior que sobe desde o ponto localizado por cima do púbis até a zona supraglútea e de um colar cervical, som uma lingüeta que serve de apoio à zona superglútea, unindo a barra anterior e que por sua parte posterior tem dois apoios occipitais descem verticalmente duas barras paravertebrais que se unem à parte posterior da cesta pélvica. Estas barras e o colar descrito têm como missão exercer a distração da coluna mediante os exercícios de autoelongação que o paciente realiza dentro do colete, com objetivo de aliviar a pressãoque exercem os apoios. O supraglúteo tem como missão manter corretamente os apoios occipitais, ao não deixar inclinar a cabeça do paciente paras frente. Os meios auxiliares de correção desta órtese são as placas laterais que possuem diferentes . localizações e formas, segundo seja o tipo de curva ou curvas e o nível das mesmas. Para as curvas e o das mesmas. Para as curvas a nível dorsal a placa possue forma de “L”. Nas curvas a nível cervicodorsal empregam-se os anéis escapulares, que contornam o ombro correspondente à convexidade da curva. Este anel é construído a partir de um molde de escaiola da zona sobre a qual vai aplicado e, ao obter o molde assinalar e liberar bem todos os pontos ósseos para evitar qualquer pressão sobre os mesmos. A construção de um colete de Milwaukee é um processo individualizado para cada paciente. A cesta é construída a partir de um molde negativo do paciente em posição desodorsante. Biomecânica O colete de Milwaukee atua sobre a escoliose mediante dois efeitos diferentes: pelo autoalongamento da coluna e pelo princípio dos três pontos. O colete ancor-se em cima das cristas ilíacas mediante a cesta pélvica que vai unida rigidamente aos apoios occipitais. Qualquer força de tração que atue no momento de esticar a cabeça fará o efeito de elongar a coluna, já que a pelve não poderá subir estando fixada pela crista. Uma força de tração produz-se quando o paciente tenta escapar do apoio mentoniano ou ao olhar para cima, levantando a cabeça. Ao estar os apoios occipitais bem ajustados debaixo do occipúcio, a cabeça não pode girar ao redor das vértebras, senão o faz com o centro de giro nos occipitais e atua então sobre a coluna uma força de tração, igual como produzir-se-ia no centro de uma alavanca de freio de mão de um carro, ao levantá-la para cima. Para aumentar este efeito deve-se corrigir a lordose lombar e cervical, porque no caso contrário a força de tração não seria utilizada para corrigir a curva, senão para reduzir a lordose. Um outro efeito que se produz no colete de Molwaukee é o controle lateral e de rotação dos corpos vertebrais, colocando alguns apoios que variam segundo o tipo de curva, baseados por uma parte no princípio dos três pontos e por outra, em um par de giros, como o que se produz em um colante de automóvel. Observações de uso O colete deve usar-se dia e noite, salvo indicação facultativa. É fundamental que o paciente pratique exercício de fisioterapia usando o colete, realizando uma autoelongação e ensinando-lhe a separar-se dos apoios laterais. Estão rigorosamente proibidos os consertos caseiros, como modificar a longitude das barras, afrouxar ou apertar a cesta pélvica, etc. Isto deve ser realizado sempre pelo técnico ortopedista. São convenientes revisões periódicas do aparelho (entre 3 e 6 meses) para verificar o estado do mesmo e realizar os ajustes necessários. Ao finalizar o crescimento proceder-se-à a retirar o colete, de maneira progressiva. 13 - Colete de Michel Constitui o tipo mais aceito para o tratamento de curvas baixas. Indicações Escolioses lombares de I grau (30º-50º COBB), infantis, juvenis e de adolescentes. Também pode ser aplicada nas escolioses dorsolombares, ainda que a maioria dos autores aconselham o uso do Milwaukee. Descrição do aparelho O colete de Michel consta principalmente de três placas de pressão, a pélvica, a iliolombar e a torácica, unidas a uma barra anterior e outra posterior, mediante um arcobotante. A placa pélvica pela frente e sua parte inferior deve ficar um centímetro por cima do púbis para que não provoque problemas ao paciente ao sentar-se. Esta placa apoio-se generosamente sobre toda a área da parede abdominal para contribuir com sua pressão à correção da lordose lombar. Esta placa deve sobrepassar a linha média da barra anterior para procurar a máxima estabilidade do colete no plano horizontal. Pela sua parte lateral deixa livre o trocanter e apoia-se sobre a asa ilíaca. Por trás exerce uma leve pressão e termina sobre a parte superior da massa glútea. A placa ileolombar pela sua parte anterior não exerce pressão sobre o tórax para não provocar problemas respiratórios e sobrepassa amplamente a linha média. Biomecânica Especialmente pensado para curvas lombares de II grau, fundamenta-se na aplicação de três forças para o endireitamento de uma curva. Mas, a variação importante que qualifica este colete consiste em considerar a pelve como parte integrante da curva, onde aplicar-se-á a placa pélvica para que apareça uma região de força principal de correção. Esta força principal de correção.Esta força principal obtém-se sempre mediante a placa ileolombar na base da coluna, já que é o único lugar possível de aplicação mais perto do ápex da curva lombar. O colete curto ativo parte de uma concepção na qual se procura horizontalizar a vértebra limite inferior e conseqüentemente verticalizar a curva, corrigindo-se assim a angulação, o desequilíbrio lateral do tronco e o fecho do ângulo ileolombar. Observação de uso Colete de ótima tolerância. Os pacientes não têm limitadas sua atividades e não possuem problemas para vesti-lo. O colete deve-se usar dia e noite. São convenientes os exercícios de reabilitação com o colete colocado. O colete será retirado no final do crescimento ósseo, de uma maneira progressiva. 14 - Colete Lyonés Também conhecido “Colete de Stagnara” Indicações Escolioses evolutivas com curvas lombares ou dorsolombares baixas entre os 30º e 50º. Curvas de características similares maiores a 50º que não podem operar-se por razões médicas específicas ou porque o paciente não tem chegado à idade da artrodese. Após o tratamento cirúrgico e uma vez utilizados os coletes de gesso, durante 3-6 meses aplica-se o colete Lyonés ou de Stagnara, para assegurar os resultados da operação. Descrição do aparelho O colete é composto por uma cesta pélvica, uma placa axilar, uma placa dorsal e uma placa lombar, molda-se em plástico (plexidur). Estas placas vão unidas a duas barras verticais de duralumínio, uma anterior e outra dorsal, mediante umas peças posteriores com dobradiças e outras anteriores com parafusos que permitem ao paciente colocar e tirar o colete com facilidade. A cesta pélvica está composta por duas valvas laterais. Cada uma delas cobre uma hemopelve. As valvas vão unidas, mediante peças metálicas, à barra anterior e posterior. A cesta pélvica extende-se na sua parte superior por cima das cristas ilíacas, sobre as quais se apóia firmemente e sem pressioná-las. A borda lateral da cesta deve ficar a 1,5 cm por sobre o trocanter maior para não dificultar a marcha. A placa de apoio axilar, moldada na concavidade axilar sobre a 4º e 5º costela, prolonga-se para frente e para cima, para conseguir um bom apoio subclavicular. A placa dorsal, que posteriormente pressiona a gibosidade e que se prolonga lateralmente até a linha axilar anterior, ascende pela frente até o esterno. A borda posterosuperior passa por sobre a vértebra neutra superior e continua horizontalmente na sua zona posterior, quebranbrando-se lateralmente para moldar a concavidade axilar. A borda inicia-se a nível da vértebra neutra inferior e segue a direção das costelas correspondentes para baixo e para frente. Biomecânica O princípio de aplicação é dos três pontos, com umas forças a nível das vértebras neutras e outras em direção contrária sobre a vértebra ápice. Em curvas de maior valor em graus COBB, só pode-se pretender a contenção das curvas, já aumenta a pressão sobre as costelas, estas tendem a verticalizar-se e podem agravar a curva. No colete de Lyonés as placas também exercem umas forças em sentido desrotador da coluna e assim a placa principal empurra a gibosidade de trás para frente na zona da concavidade da curva. Observações de uso O colete deve ir precedido de uma correção cirúrgica ou de um colete de gesso. Não é aconselhável um colete de Stagnara sem que antes tenha-se conseguido uma boa redução da curva. O colete Lyonés, em algumas ocasiões, favorece uma conformação tubular do tórax. Em alguns casos limita a capacidade respiratória. É fundamental completar o uso da órtese com uma reabilitação adequada que inclua exercícios respiratórios. A indicação principal é para as escolioses lombares e como tratamento pós- opertório uma vez retirado o gesso pós-cirúrgico. 15 - Cintas e Coletes de contentação e imobilização da coluna vertebral Os efeitos que buscamos com o uso deste tipo de órtese são o resultado da aplicação de algumas forças sobre a coluna vertebral, que se baseiam fundamentalmente nas seguintes ações biomecânicas: 1º Aumento da pressão intra-abdominal: com ela descarrega-se a coluna lombar ao diminuir as colicitações musculoligamentosas e a pressão intradiscal. 2º Limitação da mobilidade: mediante nenhum tipo de órtese consegue-se uma imobilidade completa. A redução da amplitude de movimentos estará em função pontos em que aplicamos as forças e os elementos que empregamos na construção do colete. 3º Modificação das curvas vertebrais: mediante a aplicação da órtese pode-se modificar a lordose ou a cifose. 16 - Corpetes de contenção Este tipo de órtese atua principalmente por compressão da região intra-abdominal, sem limitar apenas a mobilidade. São construídas com elementos flexíveis (telas, lonas, etc.). Para conseguir um maior grau de limitação da mobilidade, uniremos a ação de varetas metálicas posteriores. 17 - Colete de imobilização Atua por efeito de compressão abdominal e pela redução da mobilidade, seja só no plano sagital (flexoextensão) ou no plano frontal (lateralidade). São construídos com elementos rígidos (armações metálicas, plásticos termoldáveis, combinação de ambos, etc.). 18 - Corpetes de contenção lombar Indicações Quando existe uma hipotomia muscular. Lombalgia. Como método de contenção pós-opertória. Descrição dos aparelhos 18.1 - Corpete de contenção elástica lombosacra Construída com tecido elástico adaptável, abrange posteriormente a região lombar e sacra, e por sua parte anterior, desde as costelas flutuantes até em cima do pube. Abotoa-se anteriormente mediante sistema autoadesivo tipo velcro. Estão pré-fabicadas em vários tamanhos. 18.2 - Corpete de contenção elástica lombosacra com placa posterior rtígida Das mesmas características que a anterior, mas com a união de uma placa rígida e moldável de material termoplástico, na região lombosacra. Esta placa é moldada diretamente sobre o paciente. Este corpete é uma intermediária entre a simplesmente elástica e a lombostato profissional. 18.3 - Lombostato Profissional Construído em tela. Por sua parte anterior vai desde aproximadamente 10 centímetros por cima das síntese do pube, e pela parte posterior, por cima da desde aproximadamente 15 centímetros por cima da cintura até a metade da zona glútea. ]está reforçada com varetas semiflexíveis. 18.4 - Corpete de contenção semirígida lombar (lombostato) Construída na tela adaptada à forma anatômica do paciente. Em sua parte posterior abrange dois centímetros por debaixo das escápulas até a metade dos glúteos nos modelos de homem, e por baixo dos glúteos, nos de mulher. Ambas vão reforçadas posteriormente com barbatanas verticais flexíveis. Pela frente abotoam-se com cordões ou correias segundo sejam modelos para homem e mulher. 18.5 - Corpete reforçado de contenção lombar Das mesmas características que o modelo anterior, com a adição de uma armação metálica posterior ou simplesmente mediante aros rígidos. Biomecânica O efeito principal deste tipo de corpete é obtido pela compressão abdominal. Este aumento de pressão dentro do balão atua sobre a coluna de duas formas: a primeira realiza um ligeiro deslordosamento (sentido anterior-posterior) e a segunda absorve solicitações mecânicas dos discos intervertebrais ( em sentido sagital), ao formar como outra coluna anterior desde a pelve até o diafragma. O outro efeito que se produz é a limitação de movimento da zona lombar, tanto em sentido anteroposterior como lateral como lateral. Observações de uso Pode-se variar a pressão abdominal já que os sistemas de fechamento são0 graduáveis. Os corpetes podem ser retirados durante o repouso noturno. É conveniente alternar o uso do corpete com um tratamento reabilitador. 19 - Corpetes de contenção dorsolombar Indicações - Dorsalgias que tem sua origem em uma causa muscular. - Processos reumáticos do tipo espondiloartrósico, localizados neste nível. - Seqüelas dolorosas da enfermidade de Scheuermann. Descrição dos aparelhos 19.1 - Faixa de contenção semirrígida dorsolombar. Construída em tela reforçada com varetas verticais. Abrange posteriormente desde D5 até a metade da região glútea. Pela frente extende-se desde uma zona ligeiramente superior às costelas flutuantes (zona submamária) até acima do púbis. Vai completada com algumas alças que partem da parte central da borda posterosuperior e passam por cima dos ombros, continuam por debaixo das axilas, cruzando-se na parte central posterior até abotoar, cada um na parte contrária, lateral- anterior. Sua missão é limitar a mobilidade da região dorsal alta e controlar a cifose mediante retropulsão dos ombros. 19.2 - Corpete reforçado de contenção dorsolombar. De iguais características que a anterior, mas substitui as varetas flexíveis por varetas rígidas. Biomecânica Os corpetes dorso lombares atuam em sua parte baixa como as lombares: por pressão abdominal diminuem parte da carga da coluna lombar. As alças atuam sobre a antepulsão dos ombros e evitam a piora da cifose, ao mesmo tempo que fixam a parte alta da faixa para dar suporte à coluna dorsal. Observações de uso - Pode-se variar a pressão abdominal já que os sistemas de fechamento são graduáveis. - Os corpetes podem ser retirados durante o repouso noturnos. - É aconselhável alternar o uso do corpete com um tratamento reabilitador. 20 - Colete de imobilização lombosacra Indicações Degenerações discais. Espondiloartrose lombar. Espondilite infecciosas. Osteoporose. Esmagamentos vertebrais a nível lombar, por causa traumática ou por metástase. Espondilolistese. Contenção temporal depois de uma artrodese vertebral. Escoliose lombares dolorosas. Descrição dos aparelhos 20.1 - Colete do tipo Chairback Impede os movimentos de flexoextensão da coluna lombar a mercê da ação das barras posteriores e do suporte abdominal. Não atuam sobre os movimentos de lateralidade. Sobre a parte posterior, adaptam-se as barras metálicas ou de plexidur. Dos externos das faixas posteriores superior e inferior partem algumas alças que se unem ao suporte abdominal que, às vezes, é confeccionado em tela reforçada com varetas e outras em politeno moldado. 20.2 - Colete tipo Knight Impede os movimentos de flexoextensão e lateralidades da coluna lombar. Possue as mesmas características que o de Chairback, mas este colete leva algumas barras laterais que limitam os movimentos de lateralidade. 20.3 - Colete de Williams Impede a extensão do tronco, mas permite a flexão para deslordosá-lo, mediante articulações situadas nas barras laterais. 20.4 - Colete lombar de politeno São construídos modelando material termoplástico (politeno) de 3 mm de grossura diretamente sobre o molde positivo e recortando as bordas superior e inferior de maneira que limitem os movimentos de flexoextensão e lateralidade do tronco, sem impedir a flexão da articulação do quadril. 20.5 - Colete lombar de couro Substitui-se o material termoplástico (politeno) por couro de curtimento natural. Quaisquer dosmodelos de colete construídos com material termoplástico (politeno) pode ser substituído pelos de couro de curtimento natural. Biomecânica Estes tipos de coletes pretendem a imobilização da coluna lombar. Atuam mediante a aplicação de três forças básicas: a primeira sobre a zona pélvica posterior, a segunda na parte dorsal abaixo das escápulas e a terceira na parte anterior, aumentando pressão abdominal. 21 - Coletes de Imobilização Dorsolombar Indicações Lesões espondiloartrósicas severas localizadas na região dorsal e dorsolombar. Escolioses dolorosa do adulto. Esmagamentos vertebrais a nível dorsal (osteoporose, fraturas, metástase, etc.). Descrição dos aparelhos 21.1 - Colete de Taylor Em sua parte inferior é parecido ao de Knight-Taylor. Impede os movimentos de flexoextensão e lateralidade da coluna lombar igualmente ao colete Knight. 21.2 - Colete de Málaga Órtese indicada para as escolioses dolorosas do adulto e nos processos degenerativos com osteoporose. Consta de duas valvas de posterior. A borda superior da parte anterior, em sua parte central, apóia-se sobre o manúbrio esternal. Todo o tórax fica livre mediante a ampla janela aberta nesta zona. A borda inferior, em sua parte média, encontra-se a 1 centímetro por cima do pube e ascende lateralmente, seguindo a forma das pregas inguinais. Na parte lateral esquerda, as valvas anterior e posterior ficam unidas mediante dobradiças que permitem abrir o colete para poder colocá-lo ou retira-lo com comodidade. Constitui um excelente colete de imobilização, sendo utilizado especialmente em pacientes adultos, com graves escolioses que não podiam ser beneficiados pela cirurgia e nos quais é muito difícil a aplicação de outro tipo de órtese. 21.3 - Colete dorsolombar de politeno O colete é abotoado mediante cordões ou velcros na zona anterior central. Sobre politeno praticam-se uma série de furos para favorecer a transpiração. 21.4 - Colete dorsolombar de couro Das mesmas características que o modelo anterior, mas subastiruindo o material plástico de politeno por couro de curtimento natural. Biomecânica A missão principal dos coletes de imobilização dorsolombar é limitar a mobilidade da coluna vertebral. As forças biomecânicas que produzem os coletes opõem-se aos movimentos que o paciente tenta realizar. Todos os coletes de imobilização dorsolombar realizam uma descarga da coluna lombar mediante a compressão abdominal. Observações de uso Quando o paciente apresenta alergia aos materiais plásticos, deve-se mudar a órtese, substituindo-se por um colete de couro. Vigiar o aparecimento de escaras ou decúbitos nos pontos de pressão do colete e nas proeminências ósseas. 23 - Coletes de hiperextensão de três pontos Indicações Fraturas vertebrais. Cifoses dorsais. Osteoporose. Mal de Pott. Descrição dos aparelhos 23.1 - Colete ou armação de Jewerr Consta de duas partes principais, a anterior e a posterior, construídas com material rígido termoplástico de plexidur. A parte anterior está formada por uma espécie de armação cujo lado superior central (protegido com uma almofada de borracha espuma) apóia-se firmemente sobre o manúbrio esternal. Lateralmente descende até apoiar-se por debaixo das axilas, desde estes pontos, baixa verticalmente até situar-se por cima de ambas as cristas ilíacas. A parte posterior é uma placa moldada cuja borda superior encontra-se a 2.5 centímetros por debaixo dos ângulos inferiores das escápulas e da borda inferior a nível da região lombar. A placa posterior une-se à armação anterior mediante correias flexíveis que permitem que o próprio paciente gradue a pressão necessária em cada momento. 23.2 - Colete suíço de três pontos Cumpre as mesmas funções que o colete de Jewett (hiperextensão da coluna vertebral), mas está projetado para ser empregado de forma imediata sem necessidade de obter o molde do paciente, já que estão pré-fabricados. Consta de uma placa central superior devidamente estofada que se apóia sobre o manúbrio esternal. Desde esta placa, baixa verticalmente uma barra que termina sobre a placa inferior, que se apóia na região suprapúbica.Esta barra é graduável de maneira que permite a justa localização das placas esternal e suprapúbica. Pela parte posterior contra de uma placa moldável que se modela sobre a região lombosacra. Desta placa sai um cinturão feito em plástico tipo ortolene, que é modelado por cima das asas ilíacas e une-se à barra anterior mediante alguns arcobotantes com furos micrométricos que permitem ajustar a pressão adequada do colete. Biomecânica Estes coletes baseiam-se na aplicação de três pontos de ação, um no manúbrio esternal, outro sobre o pube e o terceiro, posterior, na zona central da coluna dorsolombar. Nestes pontos de ação aplicam-se três forças que provocam a hiperextensão da zona dorsal, evitando a modelagem das vértebras, ao transportar a carga dos corpos vertebrais de sua parte anterior à posterior. O uso destes tipos de órtese não é muito aconselhável para o tratamento de determinadas cifoses juvenis, devido a que a hiperextensão realizada mediante a aplicação destes coletes de três pontos provoca geralmente um aumento da lordose lombar. Por isto, só se pode aplicar em casos que apresentem uma cifose pura sem aumento de dita lordose. Observações de uso Naqueles casos em que se possa retirar, é aconselhável colocá-lo ou retira-lo quando o paciente estiver ainda deitado.
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