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A pílula anticoncepcional é segura - Drauzio Varella

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Para as mulheres A pílula anticoncepcional é segura?
Mariana Varella 22 de março de 2017 
Revisado em 5 de março de 2018
Este ano, com a chegada do Dia Internacional da Mulher (08/03), resolvemos abordar questões sobre os direitos
sexuais e reprodutivos, que incluem o direito de tomar decisões sobre a reprodução, de ter acesso à informação
e à saúde pública de qualidade e de exercer a sexualidade livre de violência, discriminação e coerção. Assim,
vamos tratar de temas relacionados à pílula do dia seguinte, aos métodos contraceptivos hormonais, à
laqueadura e à interrupção da gravidez, assuntos constantemente requisitados pelo público do nosso site e
redes sociais e que despertam muitas dúvidas nas leitoras.
A primeira pílula anticoncepcional foi lançada no mercado em 1960. Em sua composição, havia doses altas de
hormônios que causavam efeitos colaterais desagradáveis e potencialmente perigosos à saúde da mulher. Por
outro lado, a pílula representou um avanço importante nos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres, que
pela primeira vez na história puderam controlar sua sexualidade e sua vida reprodutiva com mais eficácia e a
https://drauziovarella.com.br/mulher-2/saude-da-mulher-mulher-2/como-se-da-o-acesso-a-pilula-do-dia-seguinte/
https://drauziovarella.com.br/noticias/laqueadura-pelo-sus/
https://drauziovarella.com.br/mulher-2/pilulas-anticoncepcionais/
custos mais baixos.
No entanto, no início, as primeiras mulheres que fizeram uso da pílula não foram bem informadas acerca dos
riscos do medicamento, e movimentos feministas, principalmente nos Estados Unidos e Europa, passaram a
pressionar a indústria farmacêutica para que estudasse e divulgasse nas bulas e entre a comunidade científica os
possíveis riscos do uso contínuo da pílula anticoncepcional.
Muitos anos se passaram desde então, e hoje há várias pílulas no mercado, a maioria com doses bem mais
baixas de hormônios. Por exemplo, algumas contêm 15 microgramas de estrogênio, dose dez vezes mais baixa
que a primeira pílula lançada no mercado, que continha 150 microgramas do hormônio.
Seus efeitos adversos e riscos também são bem reconhecidos e conhecidos, já que a pílula vem sendo estudada
há mais de 55 anos. Como todo medicamento, ela apresenta contraindicações e riscos a alguns grupos de
pessoas. Exatamente por isso, o ideal seria que todas as mulheres passassem por consulta médica antes de
adotar um método anticoncepcional e que depois fossem acompanhadas para avaliar os riscos e benefícios
individuais do método de escolha.
Mulheres com histórico familiar de trombose venosa e embolia pulmonar, com doenças cardíacas,
hipertensão, diabetes, obesidade, distúrbios alimentares e tabagistas devem buscar outro método
anticoncepcional, pois essas condições, somadas ao uso da pílula, aumentam o risco de desenvolver trombose
venosa, doença potencialmente grave causada pela formação de coágulos (trombos) no interior das veias
profundas. Para as demais mulheres, contudo, o risco de desenvolver trombose com o uso de pílula
anticoncepcional de baixa dosagem é muito pequeno.
Todavia, recentemente, diversos casos da doença foram associados ao uso do medicamento e divulgados na
internet, levando medo às mulheres que adotam o método anticoncepcional. Por causa do temor de desenvolver
a doença, meninas jovens abandonaram o método e passaram a adotar outros cuja taxa de falha é muito alta: o
coito interrompido e a tabelinha, muitas vezes com o auxílio de aplicativos para celulares.
Se considerarmos que muitas meninas iniciam a vida sexual ao redor dos 14 anos e têm acesso apenas a
contraceptivos de barreira (camisinha e diafragma, por exemplo) e hormonais (injetáveis e orais), é possível
supor o quão perigosa pode ser a difamação da pílula.
“Em 2014, houve 28.244 nascidos vivos de mães de 10 a 14 anos e 534.364 nascidos de meninas de 15 a 19
anos. A cada 19 minutos, uma menina de 10 a 14 anos se torna mãe no Brasil. São números muito altos”,
explica a médica ginecologista Albertina Duarte Takiuti, coordenadora do Programa de Saúde do Adolescente
do Estado de São Paulo e coordenadora de Políticas Públicas para Mulher do Estado de São Paulo, citando
dados do Datasus.
A médica alerta, também, para a importância da dupla proteção (preservativo associado a um método
anticoncepcional) nas relações sexuais para evitar as doenças sexualmente transmissíveis e a gravidez
indesejada.
“Vejo meninas que não usam a pílula porque não querem tomar hormônio, mas depois acabam recorrendo à
pílula do dia seguinte. O que elas não sabem é que assim elas estão ingerindo metade da dosagem hormonal
contida em uma cartela de pílulas de baixa dosagem em um único dia”, relata a médica. “A pílula do dia
seguinte é um recurso importante para evitar a gravidez indesejada, mas não deve ser usada com frequência.”
A dra. Albertina reforça que é importante que a mulher “se sinta bem com o método anticoncepcional
escolhido”, e que tenha possibilidade de relatar ao médico qualquer efeito desagradável que venha a sentir. A
supervisão médica é importante exatamente para que essas pacientes sejam acompanhadas.
Quem faz uso de contraceptivos hormonais sem indicação e supervisão médica deve procurar um médico caso
tenha efeitos adversos, procedimento recomendado durante o uso de qualquer medicamento.
A mulher deve ter direito de escolher o método anticoncepcional mais adequado para si. Para isso, precisa estar
bem informada e orientada acerca do funcionamento do seu corpo e dos riscos e benefícios dos métodos
disponíveis.
https://drauziovarella.com.br/doencas-e-sintomas/trombose-venosa-profunda/
https://drauziovarella.com.br/letras/e/embolia-pulmonar/
https://drauziovarella.com.br/entrevistas-2/pressao-altahipertensao/
https://drauziovarella.com.br/entrevistas-2/diabetes-2/
https://drauziovarella.com.br/obesidade/obesidade/
Nesse contexto, a pílula anticoncepcional, associada ao preservativo, pode ser um método seguro e de extrema
importância para que a mulher possa exercer sua sexualidade com segurança e liberdade.
Sobre o autor: Mariana Varella
Editora do Portal Drauzio Varella. Formada em Ciências Sociais pela USP, atua na área de jornalismo de saúde,
com foco em saúde da mulher. @marivarella
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https://drauziovarella.uol.com.br/mulher-2/sus-passa-a-distribuir-pilula-do-dia-seguinte-sem-exigir-receita-medica/
Para evitar a gravidez, o medicamento deve ser utilizado no máximo até 72 horas após a relação sexual
desprotegida.
https://drauziovarella.uol.com.br/mulher-2/sus-passa-a-distribuir-pilula-do-dia-seguinte-sem-exigir-receita-medica/

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