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Caso Clínico_ Planejamento Familiar. Pinesc IV

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Ana Clara Silva Freitas 
 
 
 
CURSO DE MEDICINA 
PINESC IV 2021.2 
CASO CLÍNICO SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA 
 
 
Já começamos as atividades do PINESC IV, e para dar continuidade vamos discutir e 
vivenciar atendimentos no eixo de Saúde da Mulher- Saúde Sexual, Saúde Reprodutiva, 
Questões de Gênero e Violência Doméstica. Os alunos do curso de medicina da UNIME 
irão atender as mulheres agendadas do dia na USF Chafariz, juntamente com seu 
professor/a. Todos muito bem preparados se organizam para iniciar o atendimento. 
 
CASO CLÍNICO 01 
N.A.B, 30 anos, G5P4A1, casada, catadora de papel em uma cooperativa relatou que não 
quer mais engravidar e gostaria de fazer uso de um método contraceptivo. Entretanto, 
refere que seu companheiro não a deixa fazer uso da pílula, pois acha que pode 
prejudicar a sua saúde e que também não aceita fazer uso do preservativo. Ficou 
pensativa e cheia de dúvidas quando foi citado pela médica “direitos reprodutivos”; 
“Saúde Sexual” e “Gênero”. Será que tenho direito de usar a pílula? Sua fala em alguns 
momentos foi interrompida pelo choro. Diante desta situação, decidiu por conta própria 
iniciar o método da “tabelinha”, que havia aprendido sem falar nada para o 
companheiro. Nos períodos que se faz necessária à abstinência sexual tem inventado 
indisposição física, dores de cabeça etc. Isto tem resultado em conflitos na relação e a 
deixado muito nervosa. 
QUESTÕES NORTEADORAS 
1.Como pode ser definido Saúde Sexual e Reprodutiva e que problemas são 
identificados neste caso? 
Esses direitos se ancoram no reconhecimento do direito básico de todo casal e de todo 
indivíduo de decidir livre e responsavelmente sobre o número, o espaçamento e a 
oportunidade de ter filhos e de ter a informação e os meios de assim o fazer, e o direito 
 
Ana Clara Silva Freitas 
 
de gozar do mais elevado padrão de saúde sexual e reprodutiva. Inclui também seu 
direito de tomar decisões sobre a reprodução, livre de discriminação, coerção ou 
violência. 
Problema identificado: direito violado. 
2.A usuária tem direitos que estão sendo violados neste caso? Por que o enfoque de 
gênero é primordial na atenção à saúde reprodutiva e sexual? 
A saúde reprodutiva é um estado de completo bem-estar físico, mental e social, em 
todos os aspectos relacionados com o sistema reprodutivo e as suas funções e 
processos, e não de mera ausência de doença ou enfermidade. A saúde reprodutiva 
implica, por conseguinte, que a pessoa possa ter uma vida sexual segura e satisfatória, 
tendo autonomia para se reproduzir e a liberdade de decidir sobre quando e quantas 
vezes deve fazê-lo. Implícito nessa última condição está o direito de homens e mulheres 
de serem informados e de terem acesso a métodos eficientes, seguros, permissíveis e 
aceitáveis de planejamento familiar de sua escolha, assim como outros métodos de 
regulação da fecundidade, de sua escolha, que não sejam contrários à lei, e o direito de 
acesso a serviços apropriados de saúde que deem à mulher condições de atravessar, 
com segurança, a gestação e o parto e proporcionem aos casais a melhor chance de ter 
um filho sadio. Em conformidade com a definição acima de saúde reprodutiva, a 
assistência à saúde reprodutiva é definida como a constelação de métodos, técnicas e 
serviços que contribuem para a saúde e o bem-estar reprodutivo, prevenindo e 
resolvendo problemas de saúde reprodutiva. Isso inclui também a saúde sexual, cuja 
finalidade é a intensificação das relações vitais e pessoais e não simples aconselhamento 
e assistência relativos à reprodução e a doenças sexualmente transmissíveis 
3. Qual deve ser a conduta profissional adequada para esta usuária na escolha do 
método? O que o médico deve considerar? 
A conduta adequada seria um meio cirúrgico ou a implantação de diu, pois o médico 
deve considerar idade (pois a pílula pode ser usada da adolescência até a menopausa), 
rotina, quantos filhos têm, condição social etc. 
 
 
CASO CLÍNICO 02 
I.C, 36 anos, G2P2A0, informa que já usou muitos métodos contraceptivos por conta 
própria e que sempre tem efeitos colaterais. Tem históricos de mãe hipertensa e 
diabética, teve dois partos naturais, refere ter mais de um parceiro, trabalha como 
diarista, trouxe resultado de Preventivo: gardnerella e inflamação. Ao exame físico 
observado varizes em MMII (+++) e ela relata muitas dores nas pernas. 
 
Ana Clara Silva Freitas 
 
4. Que problemas são identificados neste caso e quais os critérios de elegibilidades 
seriam utilizados? 
Ao exame o problema identificado foi a infecção genital, a qual não é considerada 
totalmente uma IST, pois possui várias causas, como vários parceiros sexuais, uso de 
cigarro, prática regular de lavagens vaginais ou uso de DIU como método 
contraceptivo. 
Outro fator, é o uso de anticoncepcional, pois ela se queixa de fortes dores nas pernas, 
tem varizes nos MMI, tem idade acima de 35 anos, tudo isso contribui para risco de 
trombose. 
As pílulas são contra-indicadas em diversas situações, em que podem agravar 
determinadas doenças e aumentar o risco de trombose e suas complicações. São elas: 
história prévia ou atual de câncer de mama; história prévia ou atual de trombose 
venosa profunda ou tromboembolismo pulmonar; hipertensão arterial não 
controlada ou com doença vascular; trombofilias (doenças com risco de desenvolver 
trombose); doença cardíaca isquêmica atual ou passada (angina ou infarto); história 
prévia ou atual de acidente vascular cerebral (derrame); diabetes descontrolado ou 
com doença vascular; válvula cardíaca metálica; enxaqueca com aura; mulher acima 
de 35 anos e tabagista; cirrose hepática; hepatite aguda; tumor no fígado; 
amamentação com menos de 6 semanas pós-parto; e pós-parto sem amamentação 
com menos de 3 semanas. 
5. Qual o papel do médico na assistência reprodutiva e sexual? 
 Fazer uma orientação correta em relação ao método contraceptivo adequado, 
orientar sobre os cuidados com a inflamação detectada no exame. 
CASO CLÍNICO 03 
M.J.R, é uma adolescente de 15 anos que está cheia de dúvidas. Refere que tem 
namorado e que iniciou vida sexual há um ano. No início do namoro, nos dois primeiros 
meses ele usou camisinha, mas, não quis mais usar, dizendo que é ruim, tira o tesão e 
que não vê a necessidade de usar porque ele é fiel e que pode confiar nele. Ela acredita 
e acha improvável pegar alguma doença, mas tem dúvidas sobre a gravidez. Refere 
também que iniciou uso da pílula e começou a apresentar sangramentos e náuseas na 
metade da cartela e por isso suspendeu o uso. Queria saber mais sobre as pílulas 
anticoncepcionais. Conclui a conversa com um questionamento- Será que sou estéril? 
 
 
Ana Clara Silva Freitas 
 
6.Qual deve ser a abordagem/conduta adequada para a usuária adolescente que tem 
preferência pela pílula? qual a importância de associar o preservativo já que a pílula 
evitaria a gravidez? 
Orientá-la quanto ao medicamento, ir fazendo trocas para ver se a paciente se adapta a 
algum deles, orientar sobre a importância de tomar no horário certo. A importância da 
associação da pílula ao preservativo é que o segundo previne contra IST’s, segurança 
essa que a pílula não confere. 
7.Quais os principais efeitos secundários que podem estar relacionados com o uso do 
anticoncepcional hormonal oral? 
As pílulas anticoncepcionais, assim como qualquer outro medicamento, podem causar 
alguns efeitos colaterais. Estes podem variar desde leves alterações, como enjôo, 
vômito, dor de cabeça, tonteira, cansaço, ganho de peso, acne, cloasma (mancha escura 
na face), mudança de humor, diminuição do desejo sexual ou varizes até alterações mais 
graves como trombose e tromboembolia pulmonar. A trombose representa a 
coagulação do sangue dentro dos vasos sanguíneos, que mais frequentemente ocorre 
nas pernas, obstruindo a passagem de sangue nesse vaso. A embolia pulmonar ocorre 
quandohá um deslocamento de partes desse trombo para os vasos do pulmões, 
causando dificuldade de respirar, que pode ser fatal. 
Manchas (spotting) ou sangramento intermenstrual: são comuns nos três primeiros 
ciclos. Após este período aventar a possibilidade da troca por AOC com maior dose 
estrogênica. Pode-se ainda recorrer à adição de estrogênios por duas semanas, 
mantendo-se o contraceptivo. Anti-inflamatórios não hormonais podem auxiliar. 
8. Descreva sobre os anticoncepcionais combinados e isolados e modo de uso. 
Os anticoncepcionais orais combinados são aqueles que contêm estrogênio e 
progestagênio no mesmo comprimido. A maior parte dos AOCs prevê pausas mensais 
entre as cartelas, que podem variar de quatro a sete dias. Nestes casos, após a primeira 
cartela inicia-se a segunda no quinto ou oitavo dia, respectivamente, respeitando-se 
assim o intervalo preconizado. Os anticoncepcionais que contêm substâncias inativas ou 
menores doses hormonais durante o intervalo previsto possuem cartelas com 28 
comprimidos, não havendo necessidade da pausa contraceptiva. No caso de 
esquecimento de um comprimido por menos de 24 horas, deve-se utilizar 
imediatamente a drágea, utilizando a seguinte no mesmo horário regular. Após 24 
horas, preconiza-se a ingestão de duas drágeas no horário regular, e tomar o restante 
das pílulas de maneira habitual. 
Isolados: Os anticoncepcionais orais de progestogênio contêm uma dose muito baixa de 
um tipo de hormônio, o progestogênio, em torno da metade a um décimo da quantidade 
de progestogênio dos anticoncepcionais orais combinados. Eles não contêm estrogênio. 
Os anticoncepcionais orais de progestogênio também são conhecidos como pílulas 
 
Ana Clara Silva Freitas 
 
progestínicas (PP) e minipílula. São os anticoncepcionais orais mais apropriados para a 
mulher que amamenta. Porém, mulheres que não estão amamentando também podem 
usá-los. A efetividade do método se mantém durante todo o período de uso. Pode ser 
usado por todo o tempo em que a mulher desejar manter o efeito anticoncepcional. O 
uso deve ser contínuo, sem pausas entre as cartelas. 
 
CASO CLÍNICO 04 
 M.S.N, 26 anos, casada há 05 anos, G2P2, comparece a ESF preocupada com aumento 
das cólicas menstruais e do fluxo menstrual. Refere que colocou o DIU contrariando o 
companheiro que falou que o DIU causa aborto. Informa que quer retirá-lo em razão do 
desconforto, da insatisfação do companheiro por sua escolha e porque suas colegas do 
trabalho contaram várias estórias de pessoas que usavam DIU e tiveram câncer do útero 
e infecções. 
 
9.Que problemas são identificados neste caso e qual deve ser a abordagem/conduta 
adequada? 
O problema identificado é em relação aos mitos passados para a paciente referentes ao 
DIU, já que o aumento de cólica e de fluxo menstrual são normais após a sua 
implantação, pois ele pode causar inicialmente uma inflamação. 
10.Quais as orientações/conduta devem ser dadas às usuárias que fazem opção pelo 
DIU? 
 Esclarecer as estórias contadas, orientar com base verídica os pós e os contras do DIU. 
Mas, caso a paciente queira fazer a retirada, orientá-la sobre o método mais 
adequado. 
CASO CLÍNICO 05 
G.A.M, 43 anos, G3P2A1, refere que está casada há mais de dez anos, tem dois filhos 
adolescentes, no momento está desempregada. Já fez uso de pílula por muito tempo 
com efeitos secundários de dores de cabeça, enjoos e ganho de peso. Deseja fazer a 
laqueadura já que seu companheiro não concorda em fazer vasectomia porque alguns 
colegas de trabalho relataram que esta cirurgia traz impotência. Refere também que sua 
vida sexual está muito reduzida e que as vezes pensa em separar do marido. 
 
Ana Clara Silva Freitas 
 
 
11.Quais as orientações/conduta devem ser dadas às usuárias que fazem opção pelo 
método cirúrgico? 
Nesse caso que a paciente já tem 43 anos, orientar realmente cobre fazer a laqueadura, 
devido a idade, por ter uma vida sexual mais reduzida e por já ter feito uso de 
anticoncepcional há anos. 
 
CASO CLÍNICO 06 
Rosa tem 14 anos, vive com o pai e dois irmãos. É a mais nova e única da casa. É muito 
sociável, com muitos amigos e começou a “ficar com Pedro”, de 15 anos, colega de sala. 
Sua melhor amiga sabe de tudo que está acontecendo. Tem dito a Rosa para ter cuidado 
com Pedro que tem fama de “pegador” para não engravidar, Rosa ri e disse que Pedro 
sempre “goza fora” e que ela usa todas as vezes que tem relação a pílula do dia seguinte 
e que nem tem menstruado mais. A amiga sugere que procure a ESF para uma consulta 
para saber o que pode estar acontecendo. 
 
12.Que problemas são identificados neste caso e qual deve ser a abordagem/conduta 
adequada? 
Problemas: uso excessivo de pílula do dia seguinte e o não uso de preservativos na 
relação sexual. 
Conduta: orientar sobre o uso do preservativo, realizar uma educação sexual e 
encaminhá-la para o planejamento familiar. 
13.Sobre a pílula do dia seguinte, quais orientações que deveriam ser dadas a esta 
usuária? 
Relatar os riscos da pílula e orientá-la a usar somente em casos de emergência. 
A pílula do dia seguinte atua inibindo ou adiando a ovulação, dificultando a entrada do 
espermatozoide no útero e possivelmente na maturação do oócito. Além disso, pode 
alterar os níveis hormonais após ovulação, mas é possível que atue também de outras 
formas. 
A anticoncepção oral emergência não tem nenhum efeito após a implantação ter se 
completado, não interrompendo uma gravidez em andamento, e por isso a pílula do dia 
seguinte não causa aborto. 
A pílula do dia seguinte deve ser usada em casos de emergência, sempre que existir o 
risco de uma gravidez indesejada, e pode ser tomada em situações como: 
 Relação sexual sem preservativo ou rompimento do preservativo. 
 
Ana Clara Silva Freitas 
 
 Esquecimento da toma da pílula contraceptiva regular, especialmente se o 
esquecimento ocorreu mais do que 1 vez na mesma cartela. 
 Expulsão do DIU; 
 Deslocamento ou retirada do diafragma vaginal antes de tempo; 
 Casos de violência sexual. 
Após o seu uso, a mulher pode sentir dor de cabeça, enjoos e cansaço e após alguns dias 
também pode notar sintomas como: 
 Dor nas mamas; 
 Diarreia; 
 Pequeno sangramento vaginal; 
 Antecipação ou atraso da menstruação. 
Estes sintomas estão relacionados aos efeitos colaterais do medicamento e é normal 
que a menstruação fique desregulada por algum tempo. O ideal é observar estas 
alterações e se possível anotar na agenda ou no celular as características 
da menstruação, para poder mostrar ao ginecologista numa consulta.

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