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28/04/2019 1 TRANSPORTE PASSIVO Biologia Celular Profa. Nicole Brand Ederli nicoleederli@yahoo.com.br TRANSPORTE PASSIVO Não há gasto de energia Canais iônicos Permanecem abertos por algumas frações de segundo Durante esse período, ocorre a passagem de grandes quantidades de íons através deles Sempre a favor de um gradiente de concentração e eletroquímico Do mais concentrado para o menos concentrado Difusão simples – Também é transporte passivo CANAIS IÔNICOS Respondem a um estímulo (abertura) Um ligante Sensibilidade do canal a alterações de voltagem Estímulo mecânico Ligante Uma molécula se liga ao canal – induz mudança no formato da molécula – abertura da comporta - Ligantes extracelulares (como a adrenalina) - Ligantes intracelulares Quando ficamos nervosos ou com medo, a adrenalina é liberada na corrente sanguínea e, ao encontrar canais iônicos que são ativados por ela, na superfície de vários tipos celulares, ocorre o disparo de processos químicos, que resultam na aceleração dos batimentos cardíacos, suor frio e outros sintomas relacionados a essas situações Ativação por alteração de voltagem Alteração no Potencial Elétrico Grande quantidade nas células musculares 28/04/2019 2 Ativação mecânica Presente em algumas plantas insetívoras O contato mecânico dispara a abertura dos canais iônicos, levando a folha a fechar-se Tecidos excitáveis (músculos e nervos) necessitam responder rapidamente a estímulos A abertura dos canais iônicos permite a passagem rápida de grande quantidade de íons, em um pequeno intervalo de tempo Em repouso, a membrana dessas células se encontra polarizada, isto é, há um acúmulo de cátions (especialmente Na+ e K+) o meio extracelular – Potencial de Membrana – é mantido pelo transporte Ativo Fechamento do canal iônico Permanecem abertos por intervalo de tempo de milisseguntos Estado inativo – Período refratário Não se abrirá, mesmo na presença do estímulo específico Impede que o estímulo volte, reativando antes do tempo, e sem necessidade, trechos da membrana já percorridos OUTROS TIPOS DE TRANSPORTE PASSIVO Sempre ocorre a favor de um gradiente concentração Do mais concentrado para o menos concentrado Não há gasto de energia Além dos canais iônicos, algumas PTNs carreadoras também transportam seus solutos a favor de um gradiente de concentração e se gasto de energia Ex. Transportador de glicose da maioria das células Glicose – principal combustível utilizado pelas células para produção de energia Quebra constante no meio intracelular Transformação da glicose em glicogênio (animal) ou amido (vegetal) Geração de um gradiente de concentração que favorece a entrada de glicose na célula Caso não haja glicose, a célula usa as moléculas de reserva (glicogênio ou amido) Canais iônicos Proteínas Carreadoras 28/04/2019 3 TRANSPORTE ATIVO Biologia Celular Profa. Nicole Brand Ederli nicoleederli@yahoo.com.br Contra um gradiente de concentração Requer gasto de energia (ATP) Participação de PTNs carreadoras Célula em Repouso Meio intracelular Na+ – 10 a 30x menor K+ - 30x maior Ambiente intracelular é NEGATIVO em relação ao extracelular – MEMBRANA POLARIZADA Membrana em repouso – intra - negativo / extra - positivo Despolarização da membrana Abertura dos canais iônicos Influxo de Na+ e Efluxo de K+ Mudança da carga elétrica Célula muscular – contração Glândula – secreção hormonal Neurônio – sinapse positivo negativo + + + + + + + + + + + + - - - - - - - - - - - - Inversão da distribuição de cargas entre os dois lados da membrana Transporte Ativo Faz com que a célula retorne ao estado de repouso Bomba de Sódio e Potássio 1 mól. ATP → Pi + ADP – 3 Na+ (→ extracelular) e 2 K+ (→ intracelular) Bomba Na+ e K+ 1. Na+ - se liga na PTN 2. Hidrólise do ATP – Pi + ADP 3. Mudança na conformação da PTN → libração do Na+ no meio extracelular 4. Ligação do K+ - o que leva a liberação do Pi 5. Nova mudança na conformação da PTN → liberação do K+ no meio intracelular 28/04/2019 4 Curiosidades Ouabaína Droga extraída de uma planta africana Tóxica Liga-se ao local normalmente ocupado pelo K+ Paralisa a bomba de Na+ e K+ PTNs MDR = PTNs de Multirresistência a Drogas Transportadores ativos Expulsar ativamente substâncias tóxicas para as células Presentes também em células cancerosas Após algum tempo, as células malignas “aprendem” a reconhecer e expulsar os quimioterápicos Mal funcionamento do tratamento – mesmo com dosagem aumentada Também presentes em alguns parasitas – Plasmodium UNIPORTE – SIMPPORTE - ANTIPORTE Uniporte Transportam apenas um tipo de molécula Ex.: Transportador de glicose Simporte Co-tranportam dois ou mais tipos de moléculas, no mesmo sentido Ex.: PTN transportadora presentes no epitélio intestinal Glicose + Íons de Sódio Antiporte Transportam diferentes moléculas em sentidos opostos Ex.: Bomba de Sódio e Potássio DIFUSÃO FACILITADA OU TRANSPORTE ATIVO SECUNDÁRIO Simporte Glicose + Na+ Apenas na superfície apical – Domínio apical Não gasta energia, mas depende diretamente da bomba de Na+ e K+ Domínio basolateral Transportador de glicose - Uniporte Devido a ação da bomba de Na+ e K+ - Concentração elevada Na+ no meio extracelular Soro caseiro (Sal + Açúcar + Água) Aumento da tonicidade do citoplasma Absorção de água por osmose OUTROS TIPOS DE TRANSPORTE ATIVO Retículo endoplasmático liso – Ca++ do Citoplasma para o interior Ca++ dispara diversos eventos celulares Ex.: Contração muscular Para o relaxamento do músculo, todo o Ca++ deve retornar ao REL Vários microorganismos e bactérias H+ ATPase ou próton-APTase Bombeiam H+ para fora com gasto de ATP Quando o H+ retorna (PTN específica) – Síntese de ATP PTNs de Multirresistência à Drogas 28/04/2019 5 RESUMO A bicamada lipídica das membranas celulares é altamente impermeável à maioria das moléculas hidrossolúveis e a todos os íons. A transferência de nutrientes, metabólitos e íons através da membrana plasmática e membranas intracelulares é feita através de PTNs transportadoras; As membranas celulares contém várias PTNs transportadoras, cada uma das quais é responsável pela transferência de um soluto específico através da membrana. Existem duas classes de PTNs transportadoras: Carreadoras e canais; RESUMO O gradiente eletroquímico representa a força direcional de um íon resultante de seu gradiente de concentração e do campo elétrico; No transporte passivo, um soluto não carregado move-se a favor do gradiente de concentração, do lado em que está mais concentrado para o lado em que está menos concentrado, enquanto que um soluto carregado move-se a favor de seu gradiente eletroquímico; No transporte ativo, um soluto não carregado move-se contra o gradiente de concentração; um soluto carregado move-se contra o gradiente eletroquímico; Esse processo requer energia; RESUMO As PTNs carreadoras ligam-se a solutos específicos (íons inorgânicos, pequenas moléculas orgânicas ou ambos), fazendo com que atravessem a membrana através de mudanças em sua conformação que expõem o sítio de ligação do soluto a um lado da membrana e a seguir ao outro; As PTNs carreadoras podem agir como bombas para transportar o soluto “ladeira acima”, contra o gradiente eletroquímico, utilizando energia derivada da hidrólise de ATP, pelo fluxo de íons como Na+ e H+, ou pela luz; RESUMO A bomba de Na+/K+ da membrana de células animais é uma ATPase que transporta ativamente Na+ para fora da célula e K+ para dentro, mantendo um gradiente de Na+ através da membrana que é utilizado para promover o transporte de outras moléculas e para transmitir sinais elétricos; As PTNs do tipo canal formam poros aquosos através da bicamada lipídica, por onde os solutos podem se difundir. Enquanto o transporte pelas PTNs carreadoraspode ser ativo ou passivo. O transporte através de canais é sempre passivo; RESUMO A maior parte das PTNs do tipo canal é de canais iônicos seletivos que permitem a passagem de íons inorgânicos específicos de acordo com seu tamanho e carga. O transporte através desses canais é pelo menos 1.000 vezes mais veloz que o transporte através de qualquer carreador conhecido; A maior parte dos canais iônicos só se abre sobre determinados estímulos, como a alteração do potencial de membrana (ativados por voltagem) ou a ligação de uma molécula específica (ativados por ligante).
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