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A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO PROFISSIONAL

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11
SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
 SERVIÇO SOCIAL
ANA CAROLINA RAMOS KRAMBECK 
CAROLINE DIAS NUNES
 IZABEL BARBOZA DA COSTA
 RENATO VITORIO BUENO DE OLIVEIRA
v
A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO PROFISSIONAL, A PARTIR
DA ELABORAÇÃO DE UM NOVO SIGNIFICADO DO SERVIÇO SOCIAL NO CONTEXTO DE DEMOCRATIZAÇÃO DA SOCIEDADE BRASILEIRA.
Cruz Alta
2019
ANA CAROLINA RAMOS KRAMBECK 
CAROLINE DIAS NUNES 
IZABEL BARBOZA DA COSTA
 RENATO VITORIO BUENO DE OLIVEIRA
A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO PROFISSIONAL, A PARTIR
DA ELABORAÇÃO DE UM NOVO SIGNIFICADO DO SERVIÇO SOCIAL NO CONTEXTO DE DEMOCRATIZAÇÃO DA SOCIEDADE BRASILEIRA.
Relatório do 4º e 5º semestre do Curso de Serviço Social apresentado à Universidade Norte do Paraná UNOPAR.
Orientadora: Professores (as):
Amanda Boza, Daiane Adamo Cardoso, Maria Ângela Santini, Paulo Sérgio Aragão, Patrícia Campos e Rosane Aparecida Belieiro Malvezzi.
Cruz Alta
2019
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	4
DESENVOLVIMENTO	5
CONSIDERAÇÕES FINAIS	10
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	11
INTRODUÇÃO
Nossa preocupação na elaboração deste, foi de contextualizar a reforma da política pública impulsionaram o processo de Reconceituação do Serviço Social, especificamente nas décadas de 60; 70 e 80, e identificar a forma de aplicação desta política e seus reflexos na vida da população. Partimos da hipótese de que, os diversos aspectos que marcaram esse período como a repressão intelectual, cultural, trabalhista e popular, além do agravo das expressões da questão social, impulsionaram a reatualização do trabalho do profissional de Serviço Social.
Assim sendo, a estrutura deste texto apresenta-se organizado em quatro segmentos: em uma primeira introdutória, onde são apresentados alguns funda mentos relativos ao processo histórico de constituição das principais matrizes do conhecimento da ação do Serviço Social brasileiro e, em três outros, busca-se uma aproximação às principais tendências históricas e teóricos metodológicas, abordando na sequencia: a Política Social quanto às demandas da população amparadas pela legislação e reguladas pelo Estado; Serviço Social a partir do processo de ruptura com o conservadorismo e como meio de acesso aos direitos sociais e à defesa da democracia; a atuação do assistente social e, seus princípios éticos fundamentais.
A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO PROFISSIONAL, A PARTIR DA
 ELABORAÇÃO DE UM NOVO SIGNIFICADO DO SERVIÇO SOCIAL NO CONTEXTO
 DE DEMOCRATIZAÇÃO DA SOCIEDADE BRASILEIRA.
	Ao realizamos uma reflexão acerca do direito à assistência social como política de proteção social, precisamos situar a trajetória histórica da assistência social no Brasil, no que tange seu marco legal, identificando a herança assistencialista na construção e efetivação do Estado Providência brasileiro, bem como, os avanços na construção das políticas sociais.
	O Brasil se diferencia dos princípios dos modelos de Proteção Social de países desenvolvidos, no que se refere á realização e efetivação dessas políticas de bem estar social e do contexto político social no que tange à garantia ampliada de direitos, onde, de um lado acumulação de capital por parte dos detentores dos meios de produção, e do outro, a venda da força de trabalho por um valor tão ínfimo, que mal dá para suprir as necessidades básicas dos indivíduos e suas famílias, provocando um crescimento brusco e ininterrupto da pobreza.
	Diante de tais conflitos, fomentada pela classe trabalhadora, em 1930 o Estado busca diminuir esses conflitos e, é nesse período que surgem as primeiras medidas de proteção social no Brasil, com a elaboração de uma série de legislações trabalhistas que asseguravam direitos apenas ao trabalhador que estivesse devidamente legalizado, configurando-se como proteção de caráter contributivo, consolidados nas “Caixas de Aposentadoria e Pensões – CAPS e, em seguida com os Institutos de Aposentadorias e Pensões – IAPS” que, excluía toda a população que não possuía vínculo empregatício, restando apenas os serviços assistenciais.
	Em 1988, com a aprovação da Política Nacional de Assistência Social (PNAS), que propõe a Seguridade Social a formação de um tripé social: a política de saúde, previdência e assistência social, configurando-os como uma proposta de construção a um sistema de proteção social e de direitos, que compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas assegurar à demanda populacional seus direitos relativos: à saúde; à previdência e à assistência social nos termos da lei, com base nos seguintes objetivos: universalidade da cobertura e do atendimento; uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais; seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços; irredutibilidade do valor dos benefícios; equidade na forma de participação no custeio; e, diversidade da base de financiamento.
	Assim como as outras políticas que compõe o tripé da seguridade social, a assistência social é um direito constitucionalmente estabelecido, configurando como: política de estado com base na constituição federal; na sociedade civil e, nas entidades de atendimento com diversas representações do Serviço Social.
	Vê-se na política social uma importante ferramenta para a melhoria das condições de vida dos trabalhadores, conduto, é imprescindível lutar pelo acesso universal para os bens e serviços públicos como forma de garantir uma assistência de conotação integral, cidadã, emancipadora e igualitária a toda população.
	Sabemos que ainda há muitos entraves nas decisões políticas sociais tomada por um governo, democrático ou não, em termos de políticas públicas, exclui outras possibilidades que podem ter sido cogitadas ou não, como, a não possibilidade de superação da pobreza e perpetuação da desigualdade social, porém, ela tem sido relevante nas conquistas coletivas. E somente através dos direitos sociais garantidos e efetivados por uma legislação regulada pelo Estado, é que podemos vislumbrar uma sociedade um pouco mais justa para a classe trabalhadora.
	O tema a seguir abordado, nos leva a uma reflexão fundamental sobre o rompimento do conservadorismo no campo da formação e trabalho profissional do Assistente Social, não como lamento pessimista, mas como necessária análise crítica, realista, objetiva, na construção de lutas coletivas na direção do enfrentamento ao conservadorismo, com otimismo e indignação (Kosik, 1986; Netto, 2009). Trata-se também, de uma análise crítica para a indignação e para o estímulo à construção de formas coletivas e individuais de resistência, que reafirmam a existência de um enorme distanciamento entre uma “vanguarda profissional”, que afirma e defende o Projeto Ético-Político, aqui se incluem, sobretudo, docentes e direção das entidades e, uma “base de assistentes sociais”, que estaria cada vez mais desconectada profissionalmente sendo politicamente representada pelo avanço insidioso do conservadorismo no âmbito da prática profissional, que afastaria os assistentes sociais da vanguarda profissional e estaria na base de um processo de destruição do Projeto Ético-Político Profissional.
	A década de 80 foi um momento histórico em que há uma luta contra o Estado autoritário, que nasceu do movimento de reconceptualização do Serviço Social, contraposto ao conservadorismo e ao assistencialismo, e dos seus reflexos sociais na sociedade com o agravamento da pobreza, miséria e, o aparecimento das lutas pela democratização e organização do Estado e da sociedade, através de Políticas Sociais, cujo processo de reestruturação produtiva, a “contra-reforma” e a flexibilização do mercado de trabalho, trazem consigo o aprofundamento das tendências de barbárie, provenientes da expansão do capitalismo. Todos esses processos resultam numa enorme redução do trabalho vivo e flexibilização crescente das relações trabalhistas, atingido diretamente a classe trabalhadora.Diante desses desafios torna-se necessário, Segundo Barroco (2008) “apreender a dialética que há na realidade e as diversidades em entender e compreender suas formas ontológicas, seu processo histórico e materialista, enquanto categoria fundante do ser social porque há essa necessidade natural enquanto ser social histórico para realização de seu objetivo”. Sendo estes elementos basilares e, a necessidade de ultrapassar as equivocadas concepções frustradoras que não correspondia com a realidade em movimento, decorridas da década 80.
	Os descontentamentos da classe trabalhadora com a ditadura imposta contribuíram para o posicionamento crítico e o repensar do profissional de serviço social no seu compromisso com a classe, numa postura de superação antes baseada na manutenção do poder e assistencialismo, para uma prática de neutralidade, com uma ação articulada com as lutas de movimentos populares, objetivando a transformação social, assim, foi marcada a ruptura com o serviço social conservador, clientelista e assistencialista tradicional.
	A forma de pensar e fazer assistência social na década de 80 muda e, diante de tais transformações societárias, os profissionais de Serviço Social tendo diretrizes, princípios e atribuições são solicitados a trabalhar em um contexto contraditório, onde é preciso conhecer o funcionamento da instituição e as demandas do território, e os limites encontrados nesses espaços trazendo o indivíduo como inserido na sociedade. Em 1986, com a criação do Código de Ética do serviço social, que em sintonia com a nova realidade social, provoca mudanças significativas no desempenho do profissional para questões mais amplas na sociedade. Porém, segundo Miriam Bartasson (2011), é 1988, que a assistência social passa a assumir o formato na perspectiva da construção de um padrão público e universal de proteção social, visando atender a quem dela necessitar.
	A profissão Serviço Social foi regulamentada no Brasil em 1957, regulamentada sob a Lei de numero 8662/9, sendo uma profissão de nível superior e, para exercê-la, é necessário que o graduado registre seu diploma no Conselho Regional de Serviço Social – Cress – do Estado onde pretende atuar profissionalmente. Sua inserção na realidade social do Brasil, se expressa pela demanda de atuar nas sequelas da questão social brasileira, e revela-se nas desigualdades sociais e econômicas, manifestadas na pobreza, violência, fome, desemprego, carências materiais e existenciais, dentre outras.
	A atuação profissional faz-se, prioritariamente, por meio de instituições da rede do Estado, Privada e ONGs, realizando um trabalho essencialmente socioeducativo estando qualificado para atuar nas diversas áreas ligadas à condução das políticas sociais públicas e privadas, destinados ao atendimento às necessidades das pessoas, tendo como objetivo, responder às demandas dos usuários dos serviços prestados, desenvolvendo ou propondo políticas públicas que possam responder pelo acesso dos segmentos de populações aos serviços e benefícios construídos e conquistados socialmente, principalmente, aquelas da área da Seguridade Social, assegurados na Constituição Federal de 1988 e na legislação complementar, para isso, o assistente social utiliza vários instrumentos como: planejamento; organização; execução; avaliação; gestão; pesquisa e assessoria.
	Refletir sobre ética no que se referem ao Serviço Social nos dias atuais, é desafiador diante dos inúmeros acontecimentos que põe em cheque o respeito aos valores e normas, pois, segundo, Simões (2011a, p.69) afirma que “por meio da ética, os assistentes sociais têm a oportunidade de adquirir sua identidade espiritual-profissional e de apreender o que é sua unidade enquanto grupo particular, relativamente à sociedade”. De formação “caráter intelectual”, o assistente social tem-se caracterizado pelo: seu interesse; sua competência; e intervenção na gestão de políticas públicas participando de conselhos: municipais; estaduais e nacionais, onde, se traçam as diretrizes gerais de execução, controle e avaliação das políticas sociais comprometida com valores que engrandecem e respeitam as pessoas em suas diferenças e potencialidades, sem discriminação de qualquer natureza, tendo construído como projeto ético-político e profissional, endossado pelo seu Código de Ética Profissional: “o compromisso com a liberdade, a justiça e a democracia”, na qual realizam seu trabalho.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
As análises trazidas a partir desse artigo possibilitou a constatação da louvável evolução da Política de Assistência Social brasileira, sobre tudo ao que se refere ao seu aspecto conceitual e operacional, os quais evidenciam uma construção teórica de um modelo pautado na lógica da garantia de direitos, que vem esclarecer perante os cidadãos a certeza que o Estado tem como obrigação garantir e subsidiar os mínimos sociais que deem condições dignas de sobrevivência.
Nesse caminho, é indispensável à atuação do assistente social que trabalhe na direção das políticas sociais e na efetivação dos direitos sociais, e assim, compreender e reconhecer a questão social como objeto de intervenção do assistente social, sendo o primeiro passa para desenvolver ações no âmbito da totalidade, para, identificar as condições materiais de vida que percorrem os determinantes socioeconômicos e culturais das desigualdades sociais, possibilitando ao assistente social criar respostas harmônicas para ao Estado, assim como para a sociedade civil, trabalhando na elaboração de estratégias para o enfrentamento das várias formas de repressão, principalmente a classe trabalhadora.
	Por fim, é válido ressaltar que o Assistente Social enquanto um profissional inserido na divisão sócio-técnica do trabalho é também um agente mobilizador e articulador de práticas essencialmente pedagógicas as quais podem contribuir significativamente para desenvolvimento de um processo reflexivo/ pedagógico com vistas à conscientização de seus respectivos usuários, a fim de materializar os princípios básicos dos marcos legais que norteiam a política supracitada e, consequentemente, entusiasmar o fortalecimento dos usuários e/ou trabalhadores com vista à emancipação humana e social.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
--------. Ética, Direitos Humanos e o Projeto Ético-Político do Serviço Social. Revista Praia Vermelha. Rio de Janeiro, n. 11, [segundo semestre], p. 196-208. 2004. Disponível em: Acesso em: 02 dez. 2016
BARROCO, M. L. S. Ética: fundamentos sócio-históricos. São Paulo: Cortez, 2008. p. 47- 165.
BARTASSON, Mirian. Serviço social no contexto da ditadura, 2011.
IAMAMOTO, M. V. A questão social no capitalismo. Revista da Associação Brasileira Ensino e Pesquisa em Serviço Social, Brasília, ano 2, n.3, jan./jul.2001. p. 17.
KOSIK, Karel. Dialética do concreto. 4. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1986.
NETTO, José Paulo. Ditadura e serviço social no Brasil: uma análise do serviço social no Brasil pós-64. 16 ª ed. São Paulo: Cortez, 2011.
SILVA, Marlise Vinagre Silva. Ética profissional: por uma ampliação conceitual e política. In: BONETTI, Dilséa Adeodata. [et. al.] (Org.) Serviço Social e Ética: convite a uma nova práxis. São Paulo: Cortez, 2011, p 137-144.
SIMÕES, Carlos. A Ética das Profissões. In: BONETTI, Dilséa Adeodata. [et. al.] (Org.) Serviço Social e Ética: convite a uma nova práxis. São Paulo: Cortez, 2011a, p. 60-70.
SOARES, Gláucio Ary Dillon. O Golpe. In: SOARES, Gláucio Ary Dillon. 21 Anos de Ditadura Militar: Balanços e Perspectivas. 1ª Ed. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1994. p. 9 – 52.

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