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Análise e Gerenciamento de Riscos: Sistema de Gestão de Riscos: Fundamentos do Gerenciamento de Riscos. O que é gerenciamento de riscos? Gerenciamento de riscos é o processo de planejar, organizar, dirigir e controlar os recursos humanos e materiais de uma organização, no sentido de minimizar ou aproveitar os riscos e incertezas sobre essa organização. Incertezas representam riscos e oportunidades, com potencial para destruir ou agregar valor. O gerenciamento de riscos corporativos possibilita aos administradores tratar com eficácia as incertezas, bem como os riscos e as oportunidades a elas associadas, a fim de melhorar a capacidade de gerar valor. O valor é maximizado quando a organização estabelece estratégias e objetivos para alcançar o equilíbrio ideal entre as metas de crescimento e de retorno de investimentos e os riscos a elas associados, e para explorar os seus recursos com eficácia e eficiência na busca dos objetivos da organização. Segundo a definição do que é gerenciamento de riscos ISO 31.000, uma gestão de risco eficaz deve atender os seguintes princípios: • Proteger e criar valor para as organizações. • Ser parte integrante de todos os processos organizacionais. • Ser considerada no processo de tomada de decisão. • Abordar explicitamente à incerteza. • Ser sistemática, estruturada e oportuna. • Basear-se nas melhores informações disponíveis. • Estar alinhada com os contextos internos e externos da organização e com o perfil do risco. • Considerar os fatores humanos e culturais. • Ser transparente e inclusiva. • Ser dinâmica, interativa e capaz de reagir às mudanças. • Permitir a melhoria contínua dos processos da organização. O que é gerenciamento de riscos – Conceito O gerenciamento de riscos corporativos trata de riscos e oportunidades que afetam a criação ou a preservação de valor, sendo definido como um processo conduzido em uma organização pelo conselho de administração, diretoria e demais empregados, aplicado no estabelecimento de estratégias e formuladas para identificar em toda a organização eventos em potencial, capazes de afetá- la, e administrar os riscos de modo a mantê-los compatíveis com o apetite a risco da organização e possibilitar garantia razoável do cumprimento dos seus objetivos. Os eventos podem gerar impacto tanto negativo quanto positivo ou ambos. Os que geram impacto negativo representam riscos que podem impedir a criação de valor ou mesmo destruir o valor existente. Os de impacto positivo podem contrabalançar os de impacto negativo ou podem representar oportunidades, que por sua vez representam a possibilidade de um evento ocorrer e influenciar favoravelmente a realização dos objetivos, apoiando a criação ou a preservação de valor. Principais finalidades do gerenciamento de riscos: • Alinhar o apetite a risco com a estratégia adotada – os administradores avaliam o apetite a risco da organização ao analisar as estratégias, definindo os objetivos a elas relacionados e desenvolvendo mecanismos para gerenciar esses riscos. • Fortalecer as decisões em resposta aos riscos – o gerenciamento de riscos corporativos possibilita o rigor na identificação e na seleção de alternativas de respostas aos riscos – Como evitar, reduzir, compartilhar e aceitar os riscos. • Reduzir as surpresas e prejuízos operacionais – as organizações adquirem melhor capacidade para identificar eventos em potencial e estabelecer respostas a estes, reduzindo surpresas e custos ou prejuízos associados. • Identificar e administrar riscos múltiplos e entre empreendimentos – toda organização enfrenta uma gama de riscos que podem afetar diferentes áreas da organização. O gerenciamento de riscos corporativos possibilita uma resposta eficaz a impactos inter-relacionados e, também, respostas integradas aos diversos riscos. • Aproveitar oportunidades – pelo fato de considerar todos os eventos em potencial, a organização posiciona-se para identificar e aproveitar as oportunidades de forma proativa. • Otimizar o capital – a obtenção de informações adequadas a respeito de riscos possibilita à administração conduzir uma avaliação eficaz das necessidades de capital como um todo e aprimorar a alocação desse capital. Técnicas de Identificação de Perigos e Análise de Riscos: O processo de identificação e avaliação dos riscos é fundamental para elaborar um plano de ação consistente para a redução dos riscos. No caso de acidentes envolvendo substâncias perigosas deve-se desenvolver os trabalhos seguindo a sequência abaixo, a qual poderá ser adaptada a condições específica. 1. Levantamento estatístico de acidentes com substâncias perigosas na região de estudo; 2. Levantamento das atividades naquela determinada região que manipulam substâncias perigosas: indústria, comércio, terminais, sistemas de transportes; 3. Caracterização das substâncias e suas respectivas quantidades; 4. Identificação e Avaliação dos Riscos e das possíveis consequências em casos de eventual acidente; 5. Implantação de medidas para a redução de acidentes e gerenciamento de riscos ou seja, implantação de medidas de controle para mitigar os riscos. A etapa de identificação dos perigos consiste na aplicação de técnicas estruturadas para a identificação das possíveis sequências de eventos, visando a obtenção de diagnóstico do local e definição de hipóteses acidentais. Os métodos utilizados nas análises de risco podem ser qualitativos, semiquantitativos ou quantitativos. Todas as técnicas listadas abaixo são referenciadas pela Norma NBR ISO 31.010. Traços característicos de cada Técnica de Análise de Riscos: Revisão Rápida: Técnicas Características Principais: Análise Preliminar de Riscos - APR • Tipo de análise prévia feita durante a fase de concepção de um novo sistema ou pré operacional; • Determina a gravidade e frequência dos riscos através de classificação de Graus de Risco (Desprezível, marginal, crítico ou catastrófico), priorizando as ações corretivas de acordo com o Grau de Risco; • Técnica de Gerenciamento de Risco que utiliza uma tabela com itens: Perigo, causa, consequência, severidade, risco, recomendações e referências. HAZOP • Procedimento que gera perguntas de maneira estruturada; • Uso de palavras-chave ou palavras guia aplicadas a pontos críticos (nós) do sistema; • Utilizado na fase de projeto (pré-operacional) OU na modificação de processos já existentes; • Também chamada de Análise de Operabilidade de Perigos; Análise de Árvores de Falhas – AAF • Transformação de um sistema físico em um diagrama lógico estruturado (árvore de falhas); • O evento indesejado recebe o nome de evento topo, sendo colocado na parte de cima da árvore; • A partir do evento topo, o sistema é dissecado de cima para baixo, enumerando todas as causas ou combinações dela que levam ao evento indesejado ou evento topo. • A diagramação da árvore é feita utilizando símbolos e comportas lógicas que indicam o inter-relacionamento entreos eventos considerados. • As duas unidades básicas ou comportas lógicas envolvidas são as palavras E e OU que iniciam o relacionamento casual entre eventos dos níveis inferiores que levam ao evento topo. Análise de Árvore de Eventos – AAE • Bastante similar à Árvore de Falhas, porém, o traço maior de distinção das duas técnicas é que na Árvore de Eventos, o evento inicial e os demais eventos sequenciais são dispostos da esquerda pra direita e não de cima para baixo; • Na Árvore de Eventos, aparecem as palavras NÃO (linha superior) e SIM (linha inferior), o que significa que o(s) evento (s) posteriores ao evento inicial (topo) não ocorre ou ocorre, respectivamente. FMEA • Também conhecida como Análise de Modos de Falha e Efeitos; • Como é uma das poucas técnicas de Análise Qualitativa e Quantitativa utilizadas, o enunciado da questão tende a descrever essa técnica no geral, informando como as etapas de análise qualitativa e quantitativa são feitas. Exemplo: Realizada primeiramente de forma qualitativa, quer na revisão sistemática dos modos de falha do componente, na determinação de seus efeitos em outros componentes e ainda na determinação dos componentes cujas falhas têm efeito crítico na operação do sistema, sempre procurando garantir danos mínimos ao sistema como um todo. Posteriormente, pode-se dar início à análise quantitativa para estabelecer a confiabilidade ou probabilidade de falha do sistema ou subsistema, através do cálculo de probabilidades de falhas de sistemas e subsistemas, a partir das probabilidades individuais de falha de seus componentes. Reparem que a palavra falha é utilizada várias vezes durante a descrição. What – If • Desenvolvida a partir de Check Lists; • Aplicação de perguntas básicas que sugerem um evento iniciador. Exemplo: e se a matéria prima estiver na concentração errada? • Se desenvolve através de reuniões de questionamento entre duas equipes. A equipe questionadora conhece bem o sistema analisado, devendo formular com antecedência uma série de quesitos com a finalidade de guiar a discussão. Técnica de Incidentes Críticos - TIC • Utilizada apenas durante a fase operacional de sistemas; • Como é focado na busca por erros, atos e condições inseguras do sistema, leva em conta fortemente o fator humano na ocorrência de incidentes; • Os participantes são selecionados entre diversos departamentos da empresa. Um entrevistador os interroga e os incita a recordar e descrever os incidentes críticos. MORT • Semelhante ao raciocínio utilizado na AAF (Árvore de Falhas) só que é APENAS APLICADO à estrutura organizacional e gerencial da empresa, ilustrando erros ou ações inadequadas de administração; • Utilizado também para esquematizar ações administrativas que possam ter contribuído para um acidente. Tipos de Análise: Qualitativa, Quantitativa e Qualitativa e Quantitativa. Qualitativa: Quantitativa: Qualitativa e Quantitativa: Análise Preliminar de Riscos - APR Análise de Árvore de Eventos - AAE Análise de Árvore de Falhas – AAF HAZOP Análise Quantitativa de Riscos - AQR FMEA Técnica de Incidentes Críticos - TIC What-If MORT 1o) Técnicas de Análise Qualitativa: São características comuns desse tipo de análise: ✓ Estabelecimento de prioridades no tratamento dos riscos identificados em função de sua gradação e severidade dos efeitos; ✓ Avalia a prioridade dos riscos identificados usando a probabilidade deles ocorrerem, além de outros fatores como prazo e tolerância a risco das restrições de custo, cronograma, escopo e qualidade do projeto; ✓ As técnicas qualitativas são processos de análise em que grande parte de suas informações se baseiam na experiência operacional e conhecimento técnico da equipe de profissionais. Os perigos e os potenciais efeitos são identificados pelas técnicas qualitativas que poderão ser modelados posteriormente por meio de softwares de modelagem; ✓ A Análise Quantitativa de Riscos geralmente ocorre após a Análise Qualitativa. Observação: Os dois processos de análise podem ser usados separadamente ou juntos; • Análise Preliminar de Riscos – APR: A Análise Preliminar de Riscos ou APR, como o próprio nome indica, consiste no estudo, durante a fase de concepção ou desenvolvimento prematuro de um novo sistema, com o objetivo de se determinar os riscos que poderão estar presentes na sua fase operacional. Comentário: Observe que tanto as técnicas para identificação de perigos, como as técnicas para análise de perigos e também as técnicas para avaliação de riscos, que será vista logo depois, não foram criadas para atender especificamente os problemas relacionados à saúde e segurança do trabalho. Portanto, essas técnicas podem ser usadas por diversos setores de uma mesma organização, como por exemplo, no que tange à qualidade ou o meio ambiente, onde podemos realizar, antes da concepção do projeto e da operação, uma Análise Preliminar dos Riscos (ou qualquer outra técnica aqui citada) com objetivo de mapear os riscos que poderão afetar o sistema de qualidade ou de meio ambiente, respectivamente. A APR é, portanto, uma análise inicial qualitativa, desenvolvida na fase de projeto e desenvolvimento de qualquer processo, produto ou sistema, possuindo especial importância na investigação de sistemas novos de alta inovação e/ou pouco conhecidos, ou seja, quando a experiência em riscos na sua operação é carente ou deficiente. Princípios: Os princípios e metodologias da APR consiste em proceder-se uma revisão dos aspectos de segurança de forma padronizada, descrevendo todos os riscos e fazendo sua categorização de acordo com a norma internacional (MIL-STD-882). A partir da descrição dos riscos são identificadas as causas (agentes) e efeitos (consequências) dos mesmos, o que permitirá a busca e elaboração de ações e medidas de prevenção ou correção das possíveis falhas detectadas. A priorização das ações é determinada pela categorização dos riscos, ou seja, quanto mais prejudicial ou maior for o risco, mais rapidamente deve ser solucionado. Principais Características: ✓ Análise de riscos semi-quantitativa; ✓ Identifica riscos potenciais e eventos que podem gerar um acidente; ✓ Classifica os riscos de acordo com a sua severidade: desprezível, marginal, crítico ou catastrófico; ✓ Identifica os elementos necessários para o controle dos riscos havendo possibilidade da verificação da eficácia das ações de controle; ✓ Combinando-se as categorias de frequência com as severidades, obtêm- se a Matriz de Riscos, a qual fornece uma indicação qualitativa do nível de riscos de cada cenário identificado na análise. Palavras chave: ✓ Técnica adotada na Fase de concepção do projeto ou pré-operacional; ✓ Análise qualitativa. Quais as etapas da APR? 1) Revisão de problemas conhecidos; 2) Revisão da missão a que se destina;3) Determinação dos riscos principais; 4) Determinação dos riscos iniciais e contribuintes; 5) Revisão dos meios de eliminação ou controle de riscos; 6) Analisar os métodos de restrição de danos; 7) Indicação de quem deverá tomar as iniciativas de ações preventivas e corretivas. • Hazard and Operability Studies - HAZOP: O estudo de identificação de perigos e operabilidade conhecido como HAZOP é uma técnica de análise qualitativa desenvolvida com o objetivo de examinar as linhas de processo, identificando perigos e prevenindo problemas, podendo ser também aplicado a sistemas ou equipamentos do processo. O método HAZOP é indicado principalmente quando da implantação de novos processos na fase de projeto ou na modificação de processos já existentes. O ideal é que o estudo seja desenvolvido antes mesmo da fase e detalhamento ou construção do projeto, evitando assim que modificações tenham de ser feitas, quer no detalhamento ou ainda nas instalações, quando o resultado do HAZOP for conhecido, sendo o mesmo indicado para projetos e modificações tanto grandes como pequenas. Princípios: Em termos gerais, podemos dizer que o HAZOP é bem semelhante à AMFEA (FMEA) porém, a análise feita pelo método HAZOP é feita através de palavras-chave que guiam o raciocínio dos grupos de estudo multidisciplinares, fixando a atenção nos perigos mais significativos para o sistema. As palavras-chave são aplicadas às variáveis identificadas no sistema/processo (pressão, composição, nível etc) gerando os desvios, que nada mais são do que os perigos a serem examinados. Identificado as palavras- chave e os desvios respectivos, pode-se partir para a elaboração das alternativas cabíveis para que o problema não ocorra ou seja mínimo. Algumas características da Análise HAZOP: ✓ Revisão da instalação, por meio do qual uma equipe multidisciplinar discute metodicamente o projeto da instalação, a fim de identificar perigos potenciais ou problemas de operabilidade; Palavras – Chave: ✓ Técnica de Análise Qualitativa; ✓ Utilização de palavras-chave às diversas variáveis do processo; ✓ Identificar possíveis problemas operacionais; ✓ Utilizado em fases de concepção, operação e manutenção de um sistema de processo. • Técnica de Incidentes Críticos (TIC): A Técnica de Incidentes Críticos é uma análise operacional, qualitativa, de aplicação na fase operacional de sistemas, cujos procedimentos envolvem o fator humano em qualquer grau. É um método cujo objetivo é identificar erros e condições inseguras que contribuem para a ocorrência de incidentes com lesões reais e potenciais e o tratamento dos riscos que os mesmos representam, onde se utiliza uma amostra extratificada de observadores participantes, selecionados dentro de uma população. A TIC pode ser utilizada principalmente em situações em que se deseja identificar perigos sem a utilização de técnicas mais sofisticadas e ainda, quando o tempo é restrito. Princípios: Os observadores-participantes são selecionados dentre os principais departamentos da empresa, procurando representar as diversas operações da mesma dentro das diferentes categorias de risco. Um entrevistador os interroga e os incita a recordar e descrever os incidentes críticos, ou seja, os atos inseguros que tenham cometido ou observado, e ainda condições inseguras que tenham lhes chamado a atenção. • What-IF (WI): A finalidade principal do What If é testar possíveis omissões em projetos, procedimentos e normas e ainda aferir comportamento e capacitação pessoal nos ambientes de trabalho com o objetivo de proceder a identificação e tratamento dos riscos. Ou seja, assim como a Técnica de Incidentes Críticos (TIC), a técnica What If é utilizada com objetivo principal de identificar os perigos na fase pré-operacional. Princípios: A técnica se desenvolve através de reuniões de questionamento entre duas equipes. Os questionamentos englobam procedimentos, instalações e processo da situação analisada. A equipe questionadora é a conhecedora e familiarizada com o sistema a ser analisado, devendo a mesma formular uma série de questões com antecedência, com a finalidade de guia para a discussão. Para a aplicação do What If utiliza-se uma sistemática técnico – administrativa que inclui princípios de dinâmica de grupo, devendo ser utilizado periodicamente. A utilização periódica do procedimento é o que garante o bom resultado do mesmo no que se refere à revisão de riscos do processo. • Management Oversight and Risk Tree – MORT: O método conhecido como MORT é uma técnica que utiliza um raciocínio semelhante ao da AAF, desenvolvendo uma árvore lógica, só que com a particularidade de ser aplicado à estrutura organizacional e gerencial da empresa, ilustrando erros ou ações inadequadas da administração. Pode ser também utilizado para esquematizar ações administrativas que possam ter contribuído para um acidente, o qual já tenha ocorrido. Nesta árvore, cada evento é uma ação do operador ou administrador, onde as falhas de equipamentos ou condições ambientais não são consideradas. 2o) Técnicas de Análise Quantitativa: O processo de Análise Quantitativa de riscos tem como objetivo analisar numericamente a probabilidade de cada risco e de sua respectiva consequência nos objetivos do projeto, assim como a extensão do risco geral do projeto. • Análise de Árvores de Eventos - AAE: A Análise de Árvores de Eventos (AAE) é um método lógico-indutivo para identificar as várias e possíveis consequências resultantes de um certo evento inicial. O evento inicial da AAE corresponde à hipótese acidental formulada inicialmente, cuja frequência de ocorrência pode ser estimada a partir da técnica Análise por Árvores de Falhas (AFF), por análise histórica de falhas ou outra técnica conveniente. Princípios: Essa técnica busca determinar as frequências das consequências decorrentes dos eventos indesejáveis, utilizando encadeamentos lógicos a cada etapa de atuação do sistema. A partir de um evento inicial, que fica no topo da árvore de eventos, são geradas as possíveis consequências que poderão advir do evento inicial, devendo essas estarem logo abaixo, e assim sucessivamente, formando assim estrutura parecida ou em formato de uma árvore. 3o) Técnicas de Análise Qualitativa e Quantitativa: • Árvore de Falhas - AAF: A Análise de Árvores de Falhas ou AAF, é mais um método que permite o estudo de fatores que poderiam causar um evento indesejável (falha), determinando a frequência de eventos indesejáveis (topo) a partir da combinação lógica das falhas dos diversoscomponentes do sistema. Os fatores identificados na árvore podem ser eventos que estão associados a falhas de componentes de equipamentos, erros humanos ou quaisquer outros eventos pertinentes que levem ao evento indesejado. A Árvore de Falhas – AAF pode ser utilizada no estágio de projeto para identificar as potenciais causas de falhas. Pode ser utilizada também durante a fase de operação para identificar como as principais falhas podem ocorrer e a importância relativa dos diferentes caminhos para o evento o principal (topo). A AFF também pode ser utilizada para analisar uma falha que já ocorreu, mostrando como eventos diferentes se uniram para causar a falha. Princípios: O sistema físico a ser analisado é transformado em um diagrama lógico estruturado (a árvore de falhas), onde são especificadas as causas que levam à ocorrência de um específico evento indesejado de interesse, chamado evento topo. O evento topo é colocado no nível mais alto do diagrama. A partir desse nível, o sistema é dissecado de cima para baixa, onde são enumerados todas as causas ou combinações delas que levam ao evento indesejado. Os eventos do nível inferior são chamados de eventos primários ou básicos, pois são eles que dão origem a todos os eventos de nível mais alto. Portanto, a árvore de falhas é um diagrama que mostra a inter-relação lógica entre as causas básicas e o acidente. • Análise de Modos de Falha e Efeitos - FMEA: A Análise de Modos de Falha e Efeitos é uma análise detalhada, podendo ser qualitativa ou quantitativa, que permite analisar as maneiras pelas quais um equipamento ou sistema pode falhar e quais serão os efeitos dessa falha, onde são estimadas as taxas de falha propiciando o estabelecimento mudanças e alternativas que possibilitem uma diminuição das probabilidades de falha, aumentando a confiabilidade do sistema. Apesar de sua utilização ser geral, a FMEA ou AMFE é mais aplicável às indústrias de processo, principalmente quando o sistema em estudo possui instrumentos de controle, levantando necessidades adicionais e defeitos de projeto, definindo configurações seguras para os mesmos quando ocorrem falhas de componentes críticos ou suprimentos. Princípios: A FMEA é realizada primeiramente de forma qualitativa, quer na revisão sistemática dos modos de falha do componente, na determinação de seus efeitos em outros componentes e ainda na determinação dos componentes cujas falhas têm efeito crítico na operação do sistema, sempre procurando garantir danos mínimos ao sistema como um todo. Posteriormente, pode-se dar início à análise quantitativa para estabelecer a confiabilidade ou probabilidade de falha do sistema ou subsistema, através do cálculo de probabilidades de falhas de sistemas e subsistemas, a partir das probabilidades individuais de falha de seus componentes, bem como na determinação de como poderiam ser reduzidas essas probabilidades, inclusive pelo uso de componentes com confiabilidade alta ou pela verificação de redundâncias de projeto. Principais Características: ✓ Analisa como podem falhar os componentes de um equipamento ou sistema (fase qualitativa); ✓ Estima as taxas de falha (fase quantitativa); ✓ Determina os efeitos que poderão advir; ✓ Estabelece mudanças que deverão ser feitas para aumentar a probabilidade de que o sistema ou equipamento realmente funcione de maneira satisfatória. Programa de Gerenciamento de Riscos: O objetivo do Programa de Gerenciamento de Riscos – PGR é estabelecer requisitos e orientações gerais de gestão, evitando a ocorrência de acidentes. Todos os itens constantes do programa devem ser claramente definidos e documentados, aplicando-se as atividades desenvolvidas no empreendimento. Estrutura de um Programa de Gerenciamento de Riscos: 1. Características do empreendimento e do entorno. 2. Identificação e Análise de perigos. 3. Procedimentos Operacionais. 4. Gerenciamento de Modificações. 5. Manutenção e garantia de integridade. 6. Capacitação de recursos humanos. 7. Investigação de incidentes e acidentes. 8. Plano de Ação de Emergência ou Plano de Contingência. 9. Auditoria do PGR. O PGR deve ter um responsável pela sua implementação e acompanhamento, tendo em vista que todos os itens do programa são desenvolvidos por áreas distintas da empresa. Questão de Concurso: Técnica de Análise de Riscos que permite analisar as maneiras pelas quais um equipamento ou sistema pode falhar e quais serão os efeitos dessa falha, onde são estimados as taxas de falha propiciando o estabelecimento mudanças e alternativas que possibilitem uma diminuição das probabilidades de falha, podendo ser realizado uma análise qualitativa ou quantitativa. Estamos descrevendo exatamente a: (A) Análise de Operabilidade de Perigos ou HAZOP. (B) Análise Preliminar de Riscos ou APR. (C) Análise de Modos de Falha e Efeitos ou FMEA. (D) Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle ou APPCC. (E) Técnica de Incidentes Críticos ou TIC. Resposta: alternativa correta, letra C. Comentário: O leitor deve estar atento, logo ao começo do anúncio, onde a técnica é de Análise de Riscos. As duas técnicas mais conhecidas e utilizadas, as quais podem ser cobradas em concursos públicos, são as técnicas HAZOP e FMEA que foram vistas mais acima, portanto, já seriam eliminados as alternativas D (a APPCC é uma técnica usada apenas pela indústria de alimentos para avaliar os perigos e pontos críticos do processo de elaboração e finalização de seus produtos, desde a matéria-prima bruta, seu transporte até a indústria, seu processamento até sua armazenagem no local ou ponto de venda). A técnica de incidentes críticos é utilizada para Identificação de Perigos apenas, onde não é feito nenhuma análise mais criteriosa, conforme verificamos em nosso estudo mais acima, portanto a alternativa E também está incorreta. As alternativas A, B e C são todas técnicas de Análise de Riscos, porém, a FMEA é a única onde pode-se haver análise quantitativa e qualitativa, enquanto que a HAZOP e a APR há apenas análise qualitativa. Portanto, a alternativa correta é a letra C, conforme especificado. Importante: APR: Técnica qualitativa de Análise de Riscos focada na fase de concepção ou desenvolvimento do sistema. HAZOP: Técnica qualitativa de Análise de Riscos focada nas linhas de processo. FMEA: Técnica qualitativa e/ou quantitativa de Análise de Riscos focada no equipamento ou sistema. Questão de Concurso: A Análise de Árvores de Falhas ou AAF, é mais um método que permite o estudo de fatores que poderiam causar um evento indesejável (falha), determinando a frequência de eventos indesejáveis (topo) a partirda combinação lógica das falhas dos diversos componentes do sistema. Nesse método, o sistema físico a ser analisado é transformado em um diagrama lógico estruturado (a árvore de falhas), onde são especificadas as causas que levam à ocorrência de um específico evento indesejado de interesse, chamado evento topo. O evento topo é colocado no nível mais alto do diagrama. A partir desse nível, o sistema é dissecado de cima para baixa, onde são enumerados todas as causas ou combinações delas que levam ao evento indesejado. Essa técnica é muito utilizada quando pretendemos: (A) Identificar os perigos existentes no processo ou ambiente de trabalho. (B) Analisar falhas de máquinas e equipamentos que possam ocasionar acidentes, usados no estabelecimento. (C) Usada para a análise de riscos do ambiente laboral. (D) É um método de avaliação dos riscos que podem ocasionar problemas de saúde e segurança no ambiente de trabalho, quando aplicado para a segurança do trabalho. (E) Técnica qualitativa utilizada para esquematizar ações administrativas que possam ter contribuído para um acidente. Resposta: Alternativa correta, letra D. Comentário: Conforme estudado, a Análise de Árvores de Falhas ou AFF é um método de avaliação de riscos. Portanto, seu objetivo principal não é apenas identificar o perigo (letra A), analisar riscos (letra C) ou analisar falhas em equipamentos (letra B). Na alternativa E, há uma técnica, também de avaliação de riscos, porém a mesma esquematiza as ações administrativas que possam ter contribuído para um acidente, essa técnica é conhecida como MORT (Management Oversight and Risk Tree), portanto, a letra E também está incorreta, sobrando a letra D. Somente lembrando mais uma vez que a AFF com o qualquer método utilizado, não é focado à área de segurança do trabalho e podem ser usado(s) em setores e áreas de interesse diversos, como qualidade e ambiente, por exemplo.
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