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1 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ MBA EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Resenha Crítica de Caso Juliana Bezeril Rosa da Silva Trabalho da disciplina: Intervenção do Estado no Domínio Econômico Tutor: Prof. Ronald Castro Paschoal Rio de Janeiro 2019 http://portal.estacio.br/ 2 CHINA: CONSTRUINDO UM “CAPITALISMO COM CARACTERÍSTICAS SOCIALISTAS” Referências: HARVAD | BUSINESS | SCHOOL DEBORA SPAR JEAN OI Durante muito tempo a China manteve as portas de seu mercado fechadas para a inserção de capitais estrangeiros, fato proveniente do regime socialista adotado no país. Porém, desde os anos 70 o sistema capitalista vem se inserido na China. Com a abertura do mercado para o capitalismo mundial houve uma ascensão no sistema produtivo industrial da China, sobretudo, o aumento na produção de bens de consumo. O governo chinês promoveu a abertura da economia a partir de 1970 e o sistema capitalista foi sendo introduzido na essência da política chinesa. Após a abertura econômica, o capitalismo, aos poucos, foi demonstrando sinais claros de suas características. A China havia se tornado, um fenômeno no aspecto econômico, era a maior economia do mundo. Por quase 30 anos a China vinha crescendo, inserindo seus cidadãos na prosperidade e seus produtos no resto do mundo. A China é hoje a segunda maior potência do planeta, ultrapassando o Japão e a Alemanha; é a gigante em inovação tecnológica, produtos farmacêuticos, automóveis e ainda acumula enormes reservas internacionais. Além disso, com poderosíssimo arsenal, modernizou suas Forças Armadas, com capacidade para confrontar o poderio militar americano no Pacífico. A China foi considerada uma potência de pleno direito, antes mesmo de emergir como uma potência econômica. A população da China aumentou sua estrutura social e durável e única se desenvolveu, através da experiência com o rico vale e traiçoeiro rio, eles desenvolveram sofisticadas técnicas agricultura permanente que permitiram a eles controlar as águas inconstantes e cultivar variedades de arroz com alta produção. O isolamento da China foi abalado no início do ano de 1840, por uma série de derrotas militares conhecidas coletivamente como “Guerras de Ópio’’ e tiveram como principal motivação a questão do comércio do ópio, produzido pelos chineses, e com essa guerra foi realizado o primeiro tratado conhecido “Tratados Injustos”, pois a China cedeu Hong Kong aos britânicos e concordou em abrir outros cinco portos de comércio. Potências ocidentais entraram na China nas décadas seguintes, sob o rótulo benigno de uma política americana de “Portas Abertas”. Grã-Bretanha, França, Rússia, Alemanha e 3 Japão, em conjunto, repartiram a China em esferas de influência estrangeira e forçadamente abriram as cidades costeiras chinesas ao comércio exterior. Em primeiro de outubro de 1949 foi proclamada a República Popular da China, resultado de sucessivos anos de embates entre o campesinato e o Partido Kuomitang, de Chiang Kai- shek. Apesar de antigos desacordos, Mao Tsé-tung, então chefe supremo, procurou construir o socialismo chinês, seguindo o modelo soviético. Chiang kai-shek fugiu para Formosa, atual Taiwan, onde, com o apoio dos Estados Unidos, fundou a China Nacionalista. O período e 1949-1976 foi dominado pela figura de Mao Tse-tung, que defendia uma visão revolucionária do comunismo, em que todos os aspectos da sociedade, cultura, economia e política deveriam estar a serviço de causas ideológicas. As políticas radicais de Mao levaram a vários momentos de crise em que outros líderes do partido questionaram a sua autoridade, tentando desviar Mao do governo, momentos em que Mao respondeu com o lançamento de campanhas agressivas de reafirmação ideológica. Após a morte de Mao, em 1976, seu sucessor Hua Guofeng acabaria perdendo o poder para Deng Xiaoping. É Deng Xiaoping que põe em prática as reformas econômicas que fariam da China o país com maior crescimento econômico do planeta. Dentre essas reformas, destacam-se as quatro modernizações, nos setores da agricultura, indústria, comércio, ciência, tecnologia e na área militar. Na esteira das reformas políticas e econômicas iniciadas na China no período pós Deng Xiaoping, o setor rural apresentou mudanças relevantes diante de sua posição histórica. A China, historicamente, apresentava-se como um país essencialmente agrário. Contudo, ao longo dos últimos 35 anos a China experimentou um intenso processo de desenvolvimento, sustentado por uma industrialização planejada e por uma abertura para o exterior. A economia da China estava em plena atividade no ano de 1988, estavam agindo com grande rapidez para tirar proveitos dos atrativos de mercado inerentes às reformas. Tanto a produção agrícola quanto a industrial foi impulsionada a novos patamares, pelos capitalistas nascentes chineses. A agricultura e a produção industrial cresceram de forma firme e consistente ao ano. Com à medida que a economia crescia, o mesmo acontecia com a inflação. Durante a primeira metade do ao de 1988, o índice de preços ao consumidor elevou-se, chegando em algumas cidades o aumento em até 30%. As autoridades entraram em ação no ano de 1989, com a economia à beira de uma espiral inflacionária e lançaram um amplo corte de gastos que, basicamente, congelava o crédito fornecido pelos bancos estatais. Por parte dos órgãos do governo, apertaram s controles administrativos e sobre as importações de crédito, cortaram os investimentos e elevaram as taxas de juros e houve a desvalorização da moeda. O divisor de águas que consolidou as ações reformistas da China e estabeleceu firmeza na trajetória na economia de mercado capitalista, foi na década de 1990, mesmo inda tendo https://pt.wikipedia.org/wiki/Mao_Tse-tung https://pt.wikipedia.org/wiki/Comunismo https://pt.wikipedia.org/wiki/Sociedade https://pt.wikipedia.org/wiki/Cultura https://pt.wikipedia.org/wiki/Economia https://pt.wikipedia.org/wiki/Pol%C3%ADtica https://pt.wikipedia.org/wiki/1976 https://pt.wikipedia.org/wiki/Hua_Guofeng https://pt.wikipedia.org/wiki/Deng_Xiaoping 4 características socialistas. Mas o quadro só começou a mudar de fato quando Deng Xiaoping conseguiu implementar as reformas que reconfiguraram o papel da China e possibilitaram a maior transformação já ocorrida em um país em um prazo tão curto de tempo. Ao longo da década, o regime desempenhou um papel institucional decisivo para recuperar o terreno perdido. Durante os primeiros anos das reformas implantadas na China, os sistemas bancários operavam de forma independente, porém cada um deles tinha como foco um determinado segmento de empréstimos e era, e última instância, subordinado ao PBOC. Os bancos forneciam às empresas recém-criadas o capital necessário, garantiam o fluxo de caixa para as SOEs que atravessavam dificuldades e faziam vista grossa quando os empréstimos venciam sem pagamento. Com isso, começaram a surgir rachaduras no sistema bancário, houve crescimento contínuo na quantidade de empréstimos não pagos e no início da década de 1990, o estado começou a reformar os bancos. Com o avanço da economia e desenvolvimento, ocorreu o crescimento da desigualdade social no País, que até os tempos atuais ainda prevalece. Em 2005, as autoridades estavam determinadas em enfrentar o problema da desigualdade, através do oferecimento de subsídio eu garantisse um padrão devido mínimo para cidadãos de baixa renda e criação de programas de seguro-saúde e de pensões, que passariam pela comprovação das medidas tomadas. A China tem um dos maiores índices de desigualdade de renda do mundo atualmente. No país comunista, 1% dos lares mais ricos concentra um terço de toda a riqueza, enquanto os 25% mais pobres detém apenas 1%. http://www.ihu.unisinos.br/78-noticias/558905-deng-xiaoping-fez-o-grande-ajuste-chines-alegoria-e-utopiahttp://www.ihu.unisinos.br/78-noticias/558905-deng-xiaoping-fez-o-grande-ajuste-chines-alegoria-e-utopia
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