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JEORGIA FRONCZAK WILL O PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO BRASIL: Vantagens e Desvantagens PORTO VELHO 2020 JEORGIA FRONCZAK WILL O PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO BRASIL: Vantagens e Desvantagens Projeto de pesquisa apresentado como requisito parcial para aprovação na Disciplina de Metodologia da Pesquisa Científica da Pós- Graduação Lato Sensu MBA em Gestão de Instituições Públicas do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia. PORTO VELHO 2020 1. Introdução O presente projeto de pesquisa visa compreender o funcionamento e o contexto histórico do Programa Bolsa Família e como a sua implementação nas famílias brasileiras carentes contribui para o enfrentamento da pobreza no Brasil. Também passaremos a analisar se a sua implantação correspondeu às expectativas contribuindo ou não para o combate à pobreza. 1.1 Problematização O Programa Bolsa Família é o maior Programa de Transferência Condicionada de Renda no Mundo, sendo implantando pelo Governo Lula no ano de 2003 visando erradicar a pobreza existente no seio familiar, garantindo ás famílias maior dignidade e qualidade de vida (MUNDIN, et.al). Todavia, os requisitos para se beneficiar do programa depende do número de filhos, possuindo um benefício maior aquelas famílias que possuem mais filhos. Dessa forma, as características desse programa pode contribuir para a comodidade da população e ao aumento da fecundidade das beneficiárias. 1.2 Objetivos 1.2.1. Geral Conhecer as regras para se enquadrar como beneficiário deste programa, e passar a analisar como os brasileiros se posicionaram em relação a sua implantação e os resultados decorrentes dela ao longo dos anos. 1.2.2. Específicos Identificar se a implantação do Programa Bolsa Família contribuiu para o aumento da taxa de fecundidade das beneficiárias. Verificar o aumento da comodidade da população pobre em relação ao meio social na busca de uma vida melhor. 1.3 Justificativa A escolha do tema do projeto de pesquisa se deu em virtude da real necessidade de refletirmos sobre a nossa população brasileira, tendo em vista os recursos que o governo disponibiliza para a melhoria da dignidade da pessoa humana nas famílias carentes de nosso país, porém, a tristeza de sabermos que muitos de nossos brasileiros se encontram numa situação de comodismo, pelo qual se conformam da situação que se encontram, deixando de lutar por melhores condições de vida, portanto, este presente projeto de pesquisa visa analisar a implantação do Programa Bolsa Família para verificar se houve realmente benefício para o combate à pobreza. 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Desde 1930 famílias brasileiras carentes vem sendo beneficiadas com os programas criados pelo governo federal com o intuito de erradicar a fome e a pobreza garantindo uma maior qualidade de vida. Dessa forma, através da Lei 10.836/04 criada no mandato do Governo Lula, nomeada como programa Bolsa Família, foi uma junção dos outros benefícios já implantados anteriormente, que beneficiavam as mesmas classes, assim visando unificá-los, foi adotado como política pública, a fim de proporcionar uma inclusão social e uma redistribuição de renda para as famílias brasileiras mais pobres. (ORTIZ, CAMARGO, 2016). Como a meta de política do governo Lula era a garantia dos direitos dos mais necessitados, erradicando a fome e a pobreza, temos o seguinte entendimento de BARBOSA. Lula criou o programa Fome Zero para combater a pobreza extrema. Em 2004-2005, a estratégia foi aperfeiçoada por intermédio da integração das diversas ações de combate à pobreza em único programa, o Bolsa Família. Baseado em experiências similares na esfera municipal, tal programa consiste na transferência de renda para famílias em extrema pobreza e tem como principais condições para acesso ao benefício o acompanhamento de nutrição, da saúde e da frequência escolar das crianças das famílias atendidas. (BARBOSA, 2010, p. 6-7) Então, vemos que para as famílias continuarem a ser beneficiadas pelo programa bolsa família elas precisam seguir algumas condições para permanecer tendo acesso ao benefício, sendo necessário um controle ao acompanhamento da saúde dos filhos, controle na vacinação e sua frequência nos estudos escolares. Dessa forma, essas condições contribuem para a melhoria da escolaridades dessa classe social, bem como reduziu a desnutrição infantil. 2.1 FECUNDIDADE DAS BENEFICIÁRIAS Todavia, o pagamento do benefício do Bolsa Família é determinando pelo número de filhos que a família possui, ou seja, quem possui mais filhos, o valor do benefício será maior. Dessa forma, tem-se uma certa crítica em relação ao aumento do número de famílias não brancas e pobres na sociedade brasileira, o que nos leva a pensar que este programa contribuiu para o aumento da fecundidade das beneficiárias. Os dados retirados no site Brasil Educação e Governo nos informa que realmente as taxas de fecundidade de quem possui menor renda são mais elevadas em relação as classes mais favorecidas, todavia, esse índice vem despencando ao longo dos anos, quando em 1992 a taxa de fecundidade era de 5 filhos por mulher, passou a ser em 2009 a média de 3,4 filhos por mulher. (EUSTÁQUI, 2011). Uma pesquisa feita pelo Instituto de Geografia e Estatística (IBGE), informa que entre 2003 a 2013 o número de filhos de famílias inscrita no programa teve uma queda de 15,7%, sendo esse número fruto de uma emancipação financeira que as mulheres possuem através do repasse do benefício. (ARAÚJO E COSTA, 2017). Portando, todas as classes sociais vem gradativamente reduzindo a sua taxa de fecundidade, restando claro de que o programa do Bolsa Família não contribuiu para o aumento de nascimento de filhos das beneficiárias do programa, muito pelo contrário, trouxe grandes benefícios. 2.2 DO COMODISMO DOS BENEFICIÁRIOS INCLUÍDOS AO PROGRAMA As famílias que participam desse programa de benefício não precisam fazer nada para continuarem a receber os benefícios, a não ser permanecerem pobres. (OLIVEIRA, SOARES, 2012). Motivo este que pode incentivar alguns brasileiros a não investir na sua carreira profissional, pois, recebendo um benefício só por ser pobre, na visão de alguns é mais fácil, do que lutar por algo melhor. Alguns usam como argumento que o trabalho não está facilmente disponível para todos que querem trabalhar. A busca por trabalho tem custos, que podem ser muito elevados para pessoas com pouca renda. É possível que o acesso a uma renda exógena permita que um ou mais membros busquem trabalho com maior intensidade. Se assim for, é possível que uma transferência de renda incentive o trabalho e não o oposto. Uma coisa e certa que programas de transferência de renda são eficazes em reduzir a oferta de trabalho das crianças, reduzindo também o número de crianças que não estudam e não trabalham. Em localidades mais pobres e afastadas, onde os trabalhadores de toda a vizinhança são bem menos qualificados e existem menores conexões com o emprego formal, els aderem o programa afim de sobreviver, muitos beneficiados utilizam os recursos para compra de cigarros, bebidas alcoólicas, drogas, prostituição etc. aumentando o problema social da família, ao invés de reduzi-lo. 3. METODOLOGIA Segundo VERGARA (1990) apud PAULA (2005), uma pesquisa pode ser classificada por dois critérios básicos: quanto aos fins e aos meios. Quanto aos fins, o presente trabalho será explicativo. Explicativo, pois o intuito é apresentar e identificar a implantação do Programa Bolsa Família. Quanto aos meios, será uma investigação bibliográfica, pois o estudo será embasado em dados existentes na literatura, foirealizado várias pesquisas em revistas e artigos acadêmicos nos site Scielo e Google acadêmico. Assim, será feito uma comparação com a exposição de dados retirados dos artigos e debate dos resultados referentes aos seguintes aspectos: Se o Programa Bolsa Família contribuiu para o aumento do desemprego. Identificar se a implantação do Programa Bolsa Família contribuiu para o aumento da taxa de fecundidade das beneficiárias. Verificar o aumento da comodidade da população pobre em relação ao meio social na busca de uma vida melhor. REFERÊNCIAS ARAÚJO, Cristiano Cassiano. COSTA, Tâmara Gabriela Moreira. A importância do programa Bolsa Família para a autonomia feminina: Mudanças na constituição familiar pela via do controle da taxa de fecundidade e natalidade. Disponível em: https://revista.seune.edu.br/index.php/op/article/download/293/215. Acesso em: 17/02/2020. BARBOSA, Nelson; SOUZA, José Antônio Pereira de. A inflexão do governo Lula: política econômica, crescimento e distribuição de renda. Disponível em: https://nodocuments.files.wordpress.com/2010/03/barbosa-nelson-souza-jose-antonio-pereira- de-a-inflexao-do-governo-lula-politica-economica-crescimento-e-distribuicao-de-renda.pdf. Acesso em 16/02/2020. CAMPELO, Tereza, NERI, Marcelo Côrtes. Programa Bolsa Família, uma década de inclusão e cidadania. Disponível em:http://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/2082/4/Livro-Programa_Bolsa_Familia- uma_d%C3%A9cada_de_inclus%C3%A3o_e_cidadania.pdf. Acesso em: 16/02/2020. ESTÁQUIO, José, O programa Bolsa Família incentiva a fecundidade no Brasil. Disponível: http://www.brasil-economia-governo.org.br/2011/11/07/o-programa-bolsa- familia-incentiva-a-fecundidade-no-brasil/. Acesso em 16/02/2020. MUNDIN, Pedro Santos, VIDIGAL, Robert. O Programa Bolsa Família e seus beneficiários na opinião pública brasileira. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104- 62762019000300556&lang=pt. Acesso em 16/02/2020 NOVATO, V.; NAJBERG, E; SANTIAGO, A.; CHAVES JR, L.. O programa bolsa família e seus impactos sobre os usuários: uma revisão sistemática da literatura. cidesp - congresso internacional de desempenho do setor público, Brasil, ago. 2018. Disponível em: <http://cidesp.com.br/index.php/Icidesp/2cidesp/paper/view/576/188>. Data de acesso: 16 fev. 2020. https://revista.seune.edu.br/index.php/op/article/download/293/215 https://nodocuments.files.wordpress.com/2010/03/barbosa-nelson-souza-jose-antonio-pereira-de-a-inflexao-do-governo-lula-politica-economica-crescimento-e-distribuicao-de-renda.pdf https://nodocuments.files.wordpress.com/2010/03/barbosa-nelson-souza-jose-antonio-pereira-de-a-inflexao-do-governo-lula-politica-economica-crescimento-e-distribuicao-de-renda.pdf http://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/2082/4/Livro-Programa_Bolsa_Familia-uma_d%C3%A9cada_de_inclus%C3%A3o_e_cidadania.pdf http://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/2082/4/Livro-Programa_Bolsa_Familia-uma_d%C3%A9cada_de_inclus%C3%A3o_e_cidadania.pdf http://www.brasil-economia-governo.org.br/2011/11/07/o-programa-bolsa-familia-incentiva-a-fecundidade-no-brasil/ http://www.brasil-economia-governo.org.br/2011/11/07/o-programa-bolsa-familia-incentiva-a-fecundidade-no-brasil/ http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-62762019000300556&lang=pt http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-62762019000300556&lang=pt http://cidesp.com.br/index.php/Icidesp/2cidesp/paper/view/576/188 ORTIZ, Lúcio Rangel Alves1 CAMARGO, Regina Aparecida Leite. Breve histórico e dado para análise do programa bolsa família. Disponível em: https://www.franca.unesp.br/Home/Pos-graduacao/- planejamentoeanalisedepoliticaspublicas/iisippedes2016/artigo-sippedes-bolsa-familia.pdf. Acesso em 16/02/2020 OLIVEIRA, Luis Felipe Batista de. SOARES, Sergei S. D. O que se sabe sobre os efeitos das transferências de renda sobre a oferta de trabalho. Disponível em: http://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/1161/1/TD_1738.pdf. Acesso em: 17/02/2020. PAULA, Ana Paula Paes de. Métodos de pesquisa em administração. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-65552005000300011. Acesso em: 16/02/2020. https://www.franca.unesp.br/Home/Pos-graduacao/-planejamentoeanalisedepoliticaspublicas/iisippedes2016/artigo-sippedes-bolsa-familia.pdf https://www.franca.unesp.br/Home/Pos-graduacao/-planejamentoeanalisedepoliticaspublicas/iisippedes2016/artigo-sippedes-bolsa-familia.pdf http://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/1161/1/TD_1738.pdf http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-65552005000300011 1. Introdução 1.1 Problematização 1.2 Objetivos 1.2.1. Geral 1.2.2. Específicos 1.3 Justificativa 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 FECUNDIDADE DAS BENEFICIÁRIAS 2.2 DO COMODISMO DOS BENEFICIÁRIOS INCLUÍDOS AO PROGRAMA 3. METODOLOGIA
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