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Trabalho Final Liga Haynes

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LIGA HAYNES
Tópicos Especiais em Processos de Conformação Mecânica
Aluna: Júlia Gregório André
Professor: Marcos Flávio de Campos
2019
INTRODUÇÃO
A tecnologia aeroespacial foi responsável pelo desenvolvimento da maior parte dos materiais de alta resistência, que surgiram principalmente após a década de 1950. Isso porque, por mais de três décadas, do início do século XX aos anos 1930, houve um atraso no desenvolvimento de motores a jato por não se dispor de um material que suportasse manter alta resistência mecânica e à corrosão/oxidação a elevadas temperaturas.
Os motores aeroespaciais impulsionaram o aperfeiçoamento do entendimento, do design e do processamento de materiais adequados a condições extremas de operação. Entre esses materiais, se enquadram as ligas de titânio, os materiais compósitos e as superligas.
As superligas são ligas a base de ferro, cobalto ou níquel, de alta resistência a elevadas temperaturas, sendo as de níquel as mais utilizadas. As superligas de níquel, em constante desenvolvimento, são utilizadas em um número cada vez maior de aplicações, devido à otimização da composição química e dos novos processos de fabricação, como a refusão a vácuo em forno a arco.
Como resultado dessas inovações tecnológicas, esses materiais são capazes de suportar temperaturas cada vez mais elevadas.
Os pesquisadores, em muitos casos, se concentram no desenvolvimento de novos materiais, novas técnicas de tratamentos ou até mesmo na indicação de materiais já existentes e mais adequados a determinadas condições específicas. Com a aplicação do resultado dessas pesquisas na prática, é possível aumentar a vida útil de peças e equipamentos, bem como reduzir os custos de manutenção e de produção. Mas o estudo do desgaste e a compreensão de como ele ocorre e como o material se comporta em relação a esse fenômeno são muito importantes.
O desgaste pode ser classificado em vários tipos, entre os quais o desgaste por deslizamento, o desgaste erosivo e o desgaste abrasivo.
Entre os materiais considerados de grande resistência ao desgaste estão as superligas, as quais são assim conhecidas por possuírem boas propriedades mecânicas e elevada resistência ao desgaste e à corrosão, tanto na temperatura ambiente quanto em altas temperaturas e condições ambientais extremas. As superligas são aplicadas nos mais variados segmentos da indústria, tais como na construção de turbinas a jato e peças de motores de combustão interna, em peças das plantas de conversão de energia a partir do carvão, na construção e reparos de turbinas hídricas, na confecção de matrizes e em toda cadeia da indústria do petróleo. As superligas, em sua maioria, são materiais à base de níquel e cobalto. O cobalto é um elemento de liga conhecido por diminuir a energia de falha de empilhamento (EFE) das ligas em que ele está presente. Menor EFE promove nos materiais arranjo planar de discordâncias, maior taxa de encruamento, melhorando a resistência mecânica e ao desgaste desses materiais.
As superligas, em geral, estão sendo estudadas há várias décadas e muito se sabe a respeito de suas estruturas e do comportamento sob solicitações de corrosão e desgaste. Todavia, existe uma lacuna na literatura no que tange ao desgaste microabrasivo dessas ligas e ao comportamento subsuperficial do material quanto à deformação, dureza, encruamento e seus efeitos no coeficiente de desgaste e influência nos micromecanismos de desgaste
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Superligas
As superligas são ligas fabricadas com elementos do grupo VIII A e desenvolvidas para serviços em altas temperaturas, que combinam elevada resistência mecânica com elevada estabilidade superficial. As superligas têm um papel vital na fabricação de motores a jato, nas plantas de conversão de carvão, na cadeia da indústria do petróleo, confecção de matrizes e demais aplicações que envolvam altas temperaturas e condições ambientais severas. Algumas dessas ligas chegam a operar em temperaturas acima de 90% do seu ponto de fusão, característica que as difere da maioria das outras classes de materiais. Existem ainda aplicações biomédicas dessas superligas em implantes ortopédicos e dentários, das quais uma bastante conhecida é a denominada Vittalium.
As superligas exibem algumas combinações altamente desejáveis, tais como: alta resistência mecânica a altas temperaturas; resistência a ambientes corrosivos e oxidantes; excelente resistência à fluência, tenacidade, fadiga térmica; e alta resistência à corrosão. 
Figura 1 - Comparativo entre vários materiais e demonstração da boa resistência mecânica das superligas.
As superligas podem ser divididas em três grupos – superligas à base de níquel, superligas à base de cobalto e superligas à base de ferro; existe ainda um grande subgrupo que possui características metalúrgicas similares às das superligas à base de níquel, mas que contém altas concentrações de ferro e é denominado como superligas à base de níquel-ferro. As superligas de níquel-ferro são consideradas como uma extensão da família dos aços inoxidáveis e geralmente são trabalhadas. As superligas de níquel e níquel-ferro em geral passam por complexos processos de fusão, como o processo a vácuo, pois geralmente possuem, em suas composições, elementos muito reativos, como o alumínio e o titânio, sendo posteriormente refundidas ou forjadas. Por outro lado, as superligas de cobalto possuem a vantagem de serem obtidas por processos de fusão mais simples, ao ar ou argônio.
A primeira superliga à base de níquel foi patenteada, em 1906, com o nome de Monel Alloy 400 e continha 67% de níquel e 33% de cobre. Já a primeira superliga de cobalto foi patenteada, em 1907, por Elwood Haynes e recebeu o nome de Stellite, derivado do latim stella, que significa estrela, devido ao constante brilho da liga como de uma estrela. Hoje as patentes da linha Stellite pertencem a Kennametal. Essa primeira liga de cobalto abriu caminho para o desenvolvimento de uma grande linha de ligas à base de cobalto, as quais são subdivididas em wear resistant e heat resistant, ou seja, resistentes ao desgaste e resistentes ao calor.
Ferro e cobalto sofrem transformação alotrópica, assumindo a estrutura cristalina Cúbica de Face Centrada (CFC), em temperaturas elevadas. O níquel, por outro lado, possui estrutura CFC em todas as faixas de temperatura. Quando elevados teores de Ni são adicionados às ligas à base de Co, a estrutura cristalina Cúbica de Face Centrada (CFC) fica estabilizada, já que o níquel age como estabilizante de estrutura (CFC) nas superligas de cobalto e ferro-níquel.
As superligas possuem em geral matriz CFC que pode ser endurecida por solução sólida ou por precipitação de fase intermetálica. O intermetálico (Ni3AlTi) promove endurecimento das superligas de níquel endurecidas por envelhecimento; já nas superligas não envelhecidas de níquel, ferro e cobalto, o endurecimento da matriz é conseguido pela presença de solutos substitucionais. Por outro lado, nas superligas de cobalto, ocorre precipitação de carbonetos, que endurecem a matriz. Além dos carbonetos, intermetálicos podem ser encontrados nas superligas de cobalto.
O níquel é o quinto elemento mais abundante na Terra, de número atômico 28, situado na primeira fileira de metais de transição, ao lado do ferro e do cobalto. É um metal de massa atômica 58.71 u, estrutura cristalina cúbica de face centrada e, em condições ambientes, tem como ponto de fusão 1455ºC e massa específica 8,9 g/cm3. O níquel e suas ligas são extremamente importantes na indústria em virtude da habilidade de resistirem a uma variedade de condições extremas de operação, as quais envolvem meios corrosivos, elevadas temperaturas e/ou alta tensão. É também um dos mais versáteis e importantes metais industriais, sendo um elemento de liga indispensável para aços inoxidáveis austeníticos, ferros fundidos e ligas não ferrosas. Ligas de níquel-ferro vêm sendo desenvolvidas para aplicações que requerem controle de expansão térmica ou características de permeabilidade magnética. Níquel e compostosde níquel são também usados para cunhagem, baterias, catalisadores e supercondutores magnéticos. O níquel está presente geralmente em dois principais tipos de minérios, os sulfetos e as lateritas. Os minérios de sulfetos são derivados de processos hidrotermais ou vulcânicos. Estes estão normalmente associados ao cobre e/ou cobalto e, eventualmente, a metais preciosos, como ouro e platina. Os minérios de lateritas são formados próximos da superfície, logo abaixo de rochas de caráter ultrabásico, as quais são formadas de acordo com as condições climáticas da superfície. Estas ocorrem especialmente em regiões de climas tropicais próximas ao equador, em regiões áridas do centro oeste da Austrália ou em áreas úmidas do Leste Europeu. Dependendo do clima, 5 há a formação de diferentes tipos de minérios, denominados limonita, nontronita, saprolita, garnierita e serpentina, com variados níveis de impurezas de magnésio, ferro e sílica.
Em 1905, foi desenvolvida a primeira liga de níquel, com aproximadamente dois terços de níquel e um terço de cobre, equivalente à presente Monel 400. Esta liga permanece muito utilizada, devido à sua alta resistência à corrosão. A partir de então, começou um século de explosiva expansão da indústria do níquel, através do desenvolvimento de centenas de novas ligas, exclusivamente concebidas para atender às expectativas industriais. Com o advento das turbinas a gás, durante a segunda guerra mundial, houve a necessidade de ligas mais resistentes e mais duráveis, capazes de serem utilizadas em 7 altas temperaturas. A excelente resistência à oxidação de ligas níquel-cromo já havia sido verificada no início do século XX, mas apenas em 1929, foi observado que adições de pequenas quantidades de titânio e alumínio à liga padrão de níquel-20%cromo resultavam em um aumento significativo de resistência à fluência. Tal mecanismo serviu como base para a primeira superliga de níquel, desenvolvida em 1940, a Nimonic 80. Esta liga foi a precursora de uma série de ligas Nimonic, progressivamente mais resistentes, devido à otimização da composição química, com ajustes nos teores de titânio e alumínio e adição de molibdênio e cobalto. Trabalhos similares foram desenvolvidos ao mesmo tempo, aos quais correspondem a uma série de ligas com matriz Ni-Fe-Cr, denominadas Inconel. A primeira desta série, a Inconel X (posteriormente denominada Inconel X-750 [23]), foi patenteada em 1941, por Bieger e Buck. No final da década de 1950, foi desenvolvida a superliga de níquel Inconel 718, pela International Nickel Corporation (Inco). A liga 718 difere das outras ligas a altas temperaturas pela substituição de grande parte de alumínio e titânio por nióbio e a substituição de cobalto e grande quantidade de molibdênio por ferro. O efeito dessas modificações é a redução da resistência a elevadas temperaturas, mas, ao mesmo tempo, melhoram a soldabilidade. A liga 718 foi desenvolvida para o serviço a temperaturas até 650ºC, além de possuir boa resistência e ductilidade a temperaturas abaixo de zero, até -250ºC. A partir da segunda metade do século XX, houve um grande avanço nos processos de fabricação das superligas, melhorando cada vez mais a performance desses materiais. Por exemplo, para aplicações em palhetas de turbinas, a fabricação por fundição em substituição às palhetas forjadas resultou em um ganho significativo de resistência à fluência. As tecnologias de fusão por indução a vácuo, as 8 quais foram introduzidas na década de 1950, aumentaram significativamente a qualidade das ligas produzidas. Por volta de 1970, a introdução do processo de solidificação direcional, com microestrutura de grãos colunares isentos de contornos de grão transversais, resultou em posterior remoção dos contornos de grão, com o desenvolvimento de superligas monocristalinas, na década de 1980. Tal desenvolvimento resultou na remoção de elementos endurecedores dos contornos de grão, como carbono e o boro, além de melhorar a eficiência de tratamentos térmicos, com a diminuição da segregação e da formação de componentes eutéticos durante a fusão. O resultado desses avanços é a criação de inúmeras ligas com resistência à fluência em temperaturas cada vez maiores, acompanhando o progresso que vem sendo feito ao longo do século XX e continuamente no século XXI. 
Figura 2 - Evolução da capacidade de resistência à fluência das superligas a elevadas tempeaturas durante 60 anos, desde o seu surgimento, na década de 1940.
As superligas de cobalto, como já exposto anteriormente, possuem excelentes propriedades, seja na temperatura ambiente, seja em altas temperaturas: elevada resistência mecânica, excelente resistência à corrosão e à oxidação, e extrema resistência ao desgaste. Na Tabela 3 abaixo, podemos observar algumas das propriedades físicas do cobalto puro, comparadas com as de outros metais, bem como uma referência de custo.
Tabela 1 - Propriedades Físicas do Cobalto.
As superligas de cobalto podem ser usadas na fabricação de peças para turbinas de aviões a jato, turbo compressores automotivos, turbinas a gás, no recobrimento de válvulas de exaustão de motores de combustão interna, na indústria química e do petróleo, na confecção de matrizes, tanto para fundição como para fabricação de tubos sem costura, na fabricação de materiais magnéticos, dispositivos para reatores nucleares e como ligante de carbonetos em ferramentas de corte. Uma aplicação bastante específica é o uso dessas ligas como bio-tribo-material, seja na substituição de ossos, como nos implantes de quadril, seja em próteses dentárias. Uma liga comercial muito conhecida para implantes é a Vitallium (Co-30% Cr-5% Mo- 0,5% C- 0,5% Si). A baixa expansão térmica do cobalto propicia a utilização de ligas, tais como 54% Co- 37% Fe- 9% Cr, que possui um coeficiente de expansão térmica próximo de zero, no intervalo de -60 a 60°C, permitindo a construção de dispositivos com tolerâncias muito rígidas nessa faixa de temperatura.
DESENVOLVIMENTO 
As superligas são projetadas para prover elevada resistência mecânica e elevada resistência à corrosão/oxidação em altas temperaturas. Elas combinam boa resistência à fadiga e à fluência, bem como ductilidade e rigidez. Em geral, existem três principais classes de superligas: de níquel, de ferro e de cobalto. A figura abaixo mostra a classificação das superligas.
Figura 3 - Classificação das superligas.
A temperaturas mais baixas, dependendo da resistência mecânica requerida e da aplicação, as superligas de ferro são mais indicadas do que as de níquel e de cobalto, pois o custo das superligas de ferro é inferior. As superligas de cobalto são as que possuem a capacidade de trabalhar em temperaturas mais elevadas, mas a sua utilização é mais restrita, pois são significativamente mais caras que as superligas de ferro e de níquel. As superligas de níquel são as mais utilizadas. Essa extensa utilização das superligas de níquel deve-se ao fato de que este elemento, como metal base, proporciona grande estabilidade microestrutural, já que a matriz CFC é muito estável, e apresenta grande solubilidade para diversos elementos de liga. O aumento de resistência mecânica e à fluência destas superligas se deve a inclusão destes elementos, os quais acarretam no aparecimento de segundas fases, como intermetálicos e carbetos.
SUPERLIGAS DE NÍQUEL DE FERRO DE COBALTO 
Inconel (587, 597, 600, 601, 625, 706, 718, X-750); Nimonic (75, 80A, 90, 105, 115, 263, 942, PE.11, PE.16, PK.33); René (41, 95); Udimet (400, 500, 520, 630, 700, 710, 720); Promet 860; Astroloy; M-252; Hastelloy (C-22, G-30, S, X); Waspaloy; Unitemp AF2-IDA6; Cabot 214; Haynes 230; Incoloy (800, 801, 802, 807, 825, 903, 907, 909); A-286; Alloy 901; Discalo; Haynes 556; V-57; Haynes 188; L-605; MAR-M918; MP35N; MP159; Stellite 6B; Elgiloy.
Nestas ligas, o cromo está presente para promover resistência à oxidação e outros elementos de liga, tais como, alumínio, nióbio, molibdênio, tungstênio e tântalo, estão presentes em uma variedade de combinações para garantir o endurecimento por soluçãosólida da matriz ou por precipitação de intermetálicos. O maior ganho de resistência a elevadas temperaturas, na maioria das superligas de níquel, é resultado da precipitação do intermetálico γ’ (Ni3(Ti,Al)). Em particular, para a liga 718, o principal endurecedor é a fase metaestável γ” (Ni3Nb). Em algumas ligas, o cobalto é usado para substituir uma parte de níquel para aumentar o ponto de fusão da liga e promover endurecimento por solução sólida. O boro e o zircônio são adicionados para melhorar as propriedades de fluência a elevadas temperaturas e melhorar a usinagem a quente dos materiais. O carbono é adicionado para a formação de carbetos.
Haynes é uma liga que destina-se, principalmente, ao uso em altas temperaturas. Ela demonstra resistência à oxidação que excede em muito praticamente todas as ligas forjadas resistentes a calor convencionais nessas temperaturas.
O Haynes também é conhecido Hastelloy. 
Hastelloy é uma marca registada da Haynes International. Esta marca registada é usada como prefixo de uma gama de vinte e duas ligas metálicas altamente resistentes à corrosão incluídas no que na indústria metalúrgica se designa por superligas ou ligas de alto desempenho.
O seu principal ingrediente é o metal de transição níquel. Outros ingredientes são adicionados ao níquel em cada uma das subcategorias desta designação registrada e incluem percentagens variáveis dos elementos molibdénio, crómio, cobalto, ferro, cobre, manganês, titânio, zircónio, alumínio, carbono e tungsténio.
HAYNES 214
A liga HAYNES 214 (UNS N07214) é uma liga de níquel-cromo-alumínio-ferro, projetada para fornecer a melhor resistência à oxidação a alta temperatura para um material austenítico forjado, ao mesmo tempo em que permite a formação e união convencionais. Destinado principalmente para uso em temperaturas de 1750 ° F (955 ° C) e acima, a liga 214® apresenta resistência à oxidação que excede em muito praticamente todas as ligas convencionais resistentes ao calor convencionais a essas temperaturas. Isso é atribuído à formação de uma escala de óxido de proteção do tipo Al 2 O 3 firmemente aderente, que se forma preferencialmente às escalas de óxido de cromo a essas altas temperaturas. Em temperaturas abaixo de 950 ° C (1750 ° F), a liga 214 desenvolve uma escala de óxido que é uma mistura de óxidos de cromo e alumínio. Essa escala mista é um pouco menos protetora, mas ainda oferece resistência à oxidação da liga 214 igual às melhores ligas à base de níquel. A escala Al 2 O 3 do tipo temperatura mais alta, que a liga 214 forma, também fornece à liga excelente resistência à carburação, nitretação e corrosão em ambientes oxidantes com cloro.
Fabricação
A liga HAYNES 214, como muitas ligas à base de níquel com alto teor de alumínio que se destinam a ser endurecidas pelo envelhecimento por tratamento térmico a temperatura intermediária, exibirá o endurecimento da idade como resultado da formação de uma segunda fase, gama prime (Ni 3 Al), se exposto a temperaturas na faixa de 1100 - 1700 ° F (595 - 925 ° C). Como consequência disso, a liga 214 é suscetível a trincas por idade de deformação quando componentes soldados altamente estressados e altamente restritos são aquecidos lentamente através do regime de temperatura intermediária. As chaves para evitar esse problema são minimizar as restrições de soldagem por meio do design apropriado dos componentes e / ou aquecer rapidamente através da faixa de temperatura de 1100 - 1700 ° F (595 - 925 ° C) durante o tratamento térmico pós-fabricação (ou pela primeira utilização de calor). acima).
Com exceção da consideração acima, a liga HAYNES 214 apresenta boas características de formação e soldagem. Pode ser forjada ou trabalhada a quente, desde que seja mantida a 2150 ° F (1150 ° C) por um tempo suficiente para trazer a peça inteira à temperatura. Sua ductilidade à tração à temperatura ambiente também é alta o suficiente para permitir que a liga seja formada por trabalho a frio. Todas as peças trabalhadas a frio ou a quente devem ser recozidas e resfriadas rapidamente para restaurar o melhor equilíbrio de propriedades.
A liga pode ser soldada por uma variedade de técnicas, incluindo soldagem a arco de gás de tungstênio (TIG), arco de metal de gás (MIG) ou arco de metal blindado (eletrodo revestido).
Tratamento Térmico
A liga HAYNES 214 é fornecida na condição de tratamento térmico da solução, a menos que especificado de outra forma. A liga é normalmente tratada em solução a 1095 ° C (2000 ° F) e rapidamente resfriada ou extinta para obter ótimas propriedades. O tratamento térmico em temperaturas abaixo da temperatura de tratamento térmico da solução resultará em precipitação de carboneto de limite de grão e, abaixo de 1750 ° F (955 ° C), precipitação da fase principal gama. Tais tratamentos térmicos de endurecimento por idade com temperatura mais baixa não são sugeridos.
Formulários
A liga HAYNES 214 combina propriedades que a tornam muito adequada para serviços em ambientes oxidantes de alta tensão e temperatura relativamente baixa, onde é necessária a máxima resistência à oxidação ou esfoliação em escala. Sua resistência a esses ambientes persiste a temperaturas de até 1300° C (2400 ° F), embora possam ser aplicadas limitações de força. As aplicações podem incluir usos de “queima limpa”, como correias de malha, bandejas e acessórios para queima de cerâmica e porcelana fina, e o tratamento térmico de dispositivos eletrônicos e cerâmicas de nível técnico. Na indústria de turbinas a gás, a liga 214 é usada para selos de favo de mel para construção de chapas, placas de respingo de combustor e outras peças limitadas à oxidação estática. A indústria automotiva tem aplicações para a liga 214 em internos de conversores catalíticos e é usada como material de copo de queimador em aquecedores auxiliares para veículos militares. No mercado de aquecimento industrial, a liga 214 é usada para aplicações altamente especializadas, como âncoras refratárias, coifas de fornos e calcinadores rotativos para o processamento de compostos de cloreto. Também é usado para peças em ambientes contaminados com cloro de alta temperatura, como internamente incineradores de resíduos hospitalares.
Aplicações
A liga HAYNES 214 combina propriedades que a tornam muito adequada para serviços em ambientes oxidantes de alta temperatura e tensão relativamente baixa, onde é necessária a máxima resistência à oxidação ou esfoliação em escala. Sua resistência a esses ambientes persiste a temperaturas tão altas 1300 C (2400 ° F), embora possam ser aplicáveis ​​limitações de força. As aplicações podem incluir usos de "queima limpa", como correias de malha, bandejas e acessórios para queima de cerâmica e porcelana fina, e o tratamento térmico de dispositivos eletrônicos e cerâmicas de nível técnico. 
Na indústria de turbinas a gás, a liga 214 é usada para selos de favo de mel para construção de chapas, placas de respingo de combustor e outras peças com limite de oxidação estática. 
A indústria automotiva possui aplicações para ligas 214 em internos de conversores catalíticos e é usada como material de copo de queimador em aquecedores auxiliares para veículos militares. No mercado de aquecimento industrial, a liga 214 ° é usada para aplicações altamente especializadas, como âncoras refratárias, coifas de fornos e calcinadores rotativos para o processamento de compostos de cloreto. Também é usado para peças em ambientes contaminados com cloro de alta temperatura, como internamente incineradores de resíduos hospitalares.
A liga está ganhando aceitação rápida para uso em selos alveolares devido à sua excelente resistência à oxidação. As vedações são feitas de papel fino de calibre e são usadas para evitar vazamentos entre diferentes estágios nos motores de turbina a gás. Essas vedações contribuem para uma eficiência de combustível de motores.
Figura 4 - Vedações.
Essa chama (mostrada na figura abaixo) de liga de 214 ° permaneceu em serviço por 16 meses em uma aplicação em que outros exaustores de liga de níquel precisavamser substituídos a cada três a quatro meses. O componente de liga foi submetido ao impacto direto da chama durante todo o período em uma fábrica de produtos automotivos.
Figura 5- Chama de liga Haynes 214.
Abaixo tem-se um seção de uma correia de liga 214 que foi removida após 3.000 horas a 980 ° C (1800 ° F) em um forno de decoração de louças. O cinto mostrava apenas desgaste mínimo e ataque de oxidação. 
Figura 6 - Seção de uma correia.
A figura baixo mostra dois conjuntos de queimadores. O conjunto do queimador à esquerda falhou após 450 ciclos entre menos 55 e 2000 ° F (menos 50 e 1095 ° C). Um queimador de liga de 214 ° ainda estava em boa forma após 2000 ciclos no mesmo teste. Os queimadores foram ciclados de baixa a alta temperatura em cerca de cinco minutos, mantidos por 15 minutos de queima e depois resfriados a ar rápido.
Figura 7 - Conjunto de queimadores.
Resistência à oxidação Oxidação comparativa da liga Haynes e outras ligas
As microestruturas mostradas são para cupons expostos por 1008 horas a 1150 ° C (2100 ° F) no ar que flui a 7,0 pés / minuto (213,4 cm / minuto). As amostras foram descalcificadas carregando catodicamente os cupons enquanto estavam imersos em uma solução salina fundida. A área preta mostrada na parte superior de cada imagem representa a perda real de metal devido à oxidação. Os dados mostram claramente que a liga HAYNES 214 é apenas levemente afetada pela exposição, enquanto outras ligas de níquel-cromo, como as ligas 600 e 601, e ligas de ferro-níquel e cromo, como a liga RA330, exibem significativamente mais danos à oxidação. De particular importância é a quase total ausência de ataque interno para a liga 214. Isso contrasta marcadamente com a quantidade muito substancial de ataque interno evidenciado pelos cupons de testes de liga 601 e RA330 ° da liga. A natureza desse ataque interno, conforme ilustrado pelas fotomicrografias, é comum para ligas que contêm 1-2% de alumínio ou silício. Tais níveis desses elementos promovem a aderência da escala de óxido de cromo, mas não proporcionam resistência aprimorada à penetração de óxido abaixo da escala.
Figura 8 - Comparação da resistência à oxidação da liga Haynes com outras ligas.
Tabela 2 - Composição nominal. Percentual de Peso.
Mais um pouco sobre as outras derivações da liga: 
Haynes 188
Características
O Haynes 188 combina excelente resistência a altas temperaturas com excelente resistência a ambientes oxidantes de até 1095 ℃ para exposição prolongada e excelente resistência à corrosão a quente por depósito de sulfato. Também possui excelente resistência aos sais de cloreto fundido e boa resistência à sulfetação gasosa.
Aplicações
Latas de combustão para motores de turbina a gás militares e comerciais, dutos de transição e componentes do pós-queimador.
Tabela 3 - Composição química.
Tabela 4 - Propriedades físicas.
HAYNES 230
Características
O Haynes 230 combina excelente resistência a altas temperaturas, excelente resistência a ambientes oxidantes de até 1149 ℃ para exposição prolongada, excelente resistência a ambientes de nitretação e excelente estabilidade térmica a longo prazo. Possui baixa expansão térmica que a maioria das ligas de alta temperatura e boa resistência ao engrossamento dos grãos com exposição prolongada a altas temperaturas.
Aplicações
Latas de combustão de motores de turbinas a gás, dutos de transição, pós-queimadores, porta-chamas e bainhas de termopares; trocadores de calor de alta temperatura; e componentes resistentes ao calor em fornos industriais.
HAYNES 556
Características
O Haynes 556 combina resistência efetiva a ambientes de sulfetização, carburação e cloro a altas temperaturas com boa resistência à oxidação, fabricação e excelente resistência a altas temperaturas. Também resiste à corrosão por zinco fundido, sais de cloreto fundido e outros sais.
Aplicações
Incineradores de resíduos industriais, calcinadores e fornos rotativos, equipamentos de galvanização por imersão a quente, componentes de alta temperatura para a indústria aeroespacial.
Tabela 5 - Composição química.
Tabela 6 - Propriedades físicas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
HAYNES INTERNATIONAL. Disponível em <https://www.haynesintl.com/alloys/alloy-portfolio_/High-temperature-Alloys/haynes-214-alloy/principle-features>. Acesso em : 18 /10/2019
Hasteloy. Wikipédia, 2016. Disponível em <https://pt.wikipedia.org/wiki/Hastelloy>. Acesso em: 18/10/2019.
VALLE, L. C. Efeito da solubilização e envelhecimento na microestrutura e e nas propriedades mecânicas da superliga Inconel 718, Dissertação de Mestrado em Engenharia Metalúrgica e de Materiais, Universidade Federal do Rio de Janeiro, RJ, 2010.
MARQUES, F.P. Comportamento tribológico de três ligas de cobalto em ensaios de microabrasão, Tese de Doutorado em Engenharia Metalúrgica e de Materiais, Escola Politécnica da Univerdade de São Paulo, SP, 2018.
 
 Módulo de elasticidade Estrutura cristalina estável abaixo de 417°C - HC

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