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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS Graduação em Engenharia Mecânica Samuel Aurélio Santos Reis Matricula: 547929 LABORATÓRIO DE CONFORMAÇÃO E USINAGEM Parâmetros de Usinagem: Torneamento Belo Horizonte 2021 1. Introdução Os parâmetros de usinagem são grandezas numéricas, as quais fazem referência aos valores de deslocamento da ferramenta ou da peça, correspondentes ao tipo trabalho a ser realizado, ao material a ser usinado e ao material das ferramentas. Essas grandezas, colaboram na obtenção de uma usinagem de melhor qualidade, são considerados como principais parâmetros: Velocidade de corte (Vc): é tida como o principal parâmetro de usinagem, já que é responsável pela vida útil da ferramenta, dos tempos produtivos e do acabamento da peça usinada; Avanço (f): o movimento de avanço é o deslocamento da ferramenta por rotação da peça, ou da própria ferramenta, medido no plano de trabalho. O avanço a ser utilizado irá depender fundamentalmente do acabamento superficial exigido; Profundidade de corte (ap): é o parâmetro relacionado ao valor retirado do raio da peça (resultando na alteração do diâmetro de duas vezes o valor da ap). Figura 1- Parâmetros de usinagem 2. Objetivo O objetivo dessa prática é verificar a interferência dos parâmetros de entradas, mediante alterações dos mesmos (Vc, f, ap), no processo de torneamento. Para esse experimento, serão utilizadas duas ferramentas diferentes, de metal duro, as quais, serão analisadas na final da prática. Durante a prática, deseja-se avaliar os valores dos seguintes coeficientes: o Força de corte (Fe) Método Prático; Método Analítico. o Acabamento superficial da Peça (Ra e Rt) o Cavaco Tonalidade Morfologia Dimensional b (largura) ; h (espessura) o Desgaste das Ferramentas 3. Práticas 3.1. Pratica (1/3) Inicialmente realiza-se uma operação de desbaste no tarugo de diâmetro igual a 73,0mm a fim de remover a carepa proveniente do processo de conformação do material. Após este desbaste o diâmetro obtido foi 72,0mm. Em seguida foi selecionada uma ferramenta de corte CNMG-120408-MA. Ajustou- se os parâmetros do torno CNC com ap=1mm e f=0,2mm/rot, e elaborou-se um programa para usinar o eixo variando a velocidade de corte ao longo do comprimento, conforme abaixo: Figura 2 - Velocidades de corte empregadas em cada seção dos corpos de prova 1 e 2 Em seguida repetiu-se este mesmo procedimento no segundo corpo de prova, o qual tem o mesmo material e dimensões, porém foi utilizado uma ferramenta de corte CNMG-120408-MJ. Foram colhidas amostras do material removido para cada velocidade de corte empregada. 3.2. Pratica (2/3) Nessa etapa da prática foi realizado o mesmo procedimento de desbaste, que nos corpos de prova 1 e 2 com as mesmas ferramentas (CNMG-120408-MA e CNMG-120408-MJ). Ajustou-se a velocidade de corte em 200m/min e a profundidade de corte em 1,0mm. O avanço foi variado em três níveis, conforme a figura abaixo: Figura 3- Avanço empregado em cada seção dos corpos de prova 3 e 4 3.3. Pratica (3/3) Nessa última etapa da prática, assim como nas etapas anteriores, foram realizadas operações de desbaste com as mesmas ferramentas (CNMG- 120408-MA e CNMG-120408-MJ). Ajustou-se a velocidade de corte em 200m/min e o avanço em 0,20 mm/rev. A profundidade de corte foi variada em três níveis, conforme a figura a seguir: Figura 4 - Profundidade de corte empregada em cada seção dos corpos de prova 5 e 6. Durante as 3 etapas de práticas, também foram coletados os seguintes dados: corrente em vazio (IV) e de trabalho (IT) do equipamento, espessura (h) e largura (b) dos cavacos, rugosidade média (Ra) e total (Rt) dos eixos. Os cavacos gerados também foram avaliados quanto a sua forma e tonalidade. 4. Resultados das praticas 4.1. Primeira etapa (1/3) – variação da velocidade de corte (Vc) A tabela 1 relaciona os dados registrados para as ferramentas MA e MJ na primeira etapa da prática: Velocidade de corte (m/min) Dados MA MJ 50 IV (A) 1,85 1,95 IT (A) 4,6 4,3 h (mm) 0,65 0,65 0,60 Média = 0,63 0,55 0,60 0,55 Média = 0,56 b (mm) 1,60 1,65 1,55 Média = 1,6 1,70 1,55 1,80 Média = 1,68 Ra (μm) 2,41 2,36 2,09 Média = 2,29 1,86 2,03 2,16 Média = 2,02 Rt (μm) 15,65 21,52 20,38 Média = 19,18 10,50 12,07 12,10 Média = 11,56 80 IV (A) 2,15 2,25 IT (A) 6,12 5,6 h (mm) 0,70 0,75 0,60 Média = 0,68 0,60 0,50 0,50 Média = 0,53 b (mm) 1,70 1,75 1,70 Média = 1,71 1,60 1,75 1,65 Média = 1,67 Ra (μm) 1,72 1,71 1,97 Média = 1,80 1,90 1,89 1,91 Média = 1,90 Rt (μm) 9,56 9,22 10,97 Média = 9,92 11,24 11,41 11,21 Média = 11,29 150 IV (A) 3,10 9,3 IT (A) 8,75 13,4 h (mm) 0,55 0,60 0,55 Média = 0,56 0,55 0,45 0,60 Média = 0,53 b (mm) 1,60 1,70 1,60 Média = 1,63 1,60 1,60 1,55 Média = 1,58 Ra (μm) 1,70 1,63 1,76 Média = 1,70 1,93 1,69 1,80 Média = 1,81 Rt (μm) 9,62 10,22 10,69 Média = 10,18 11,47 11,83 10,64 Média = 11,31 Tabela 1 - Grandezas coletadas via medição direta na primeira etapa As tabelas 2 e 3 a seguir, demonstram a avaliação e comparação dos cavacos gerados nos processos de usinagem realizados, quanto a sua morfologia e tonalidade. Velocidade de corte (m/min) 50 80 150 Imagem Morfologia Hélice curta / pedaços Espiral mais longo Espiral médio Tonalidade Azul Azul Azul Tabela 2 - Avaliação dos cavacos gerados na usinagem o corpo de prova 1 (usinado com ferramenta do tipo MA) Velocidade de corte (m/min) 50 80 150 Imagem Morfologia Em hélice Hélice media / vírgula Em hélice mais longo Tonalidade Azul Azul Azul Tabela 3 - Avaliação dos cavacos gerados na usinagem o corpo de prova 2 (usinado com ferramenta do tipo MJ) Utilizando formulas teóricas calculou-se a força de corte, a potência de corte, a potência ativa, a rugosidade Ra e a rugosidade Rt. Os valores obtidos estão relacionados na tabela 4: MA MJ Velocidade de corte (m/min) 50 80 150 50 80 150 Força de corte [N] 𝑭𝒄 = 𝑲𝒔𝟏 ∙ 𝒉 (𝟏−𝒛) ∙ 𝒃 2099,7 2380 1953,6 2013,5 1918,5 1815,1 Força de corte em analogia à potência [N} 𝑭𝒄 = 𝑽 ∙ ∆𝑰 ∙ √𝟑 ∙ 𝒄𝒐𝒔𝝋 ∙ 𝜼 ∙ (𝟔 ∙ 𝟏𝟎𝟒) 𝑽𝒄 917700,8 828016,4 628486 784217,0 698704,0 456069,5 Rugosidade média (μm) 𝑹𝒂 = 𝒇𝟐 𝟑𝟏, 𝟐 ∙ 𝒓𝜺 0,0016 Rugosidade total (μm) 𝑹𝒕 = 𝒇𝟐 𝟖 ∗ 𝒓𝜺 0,0062 Tabela 4 - Grandezas calculadas na primeira etapa Obs.: Ks1 = 1873,07N/mm2; (1-z) = 0,77; V = 220V; cosφ = 0,82; η = 0,89; rε = 0,8mm. Após ter obtido os valores de força de corte (Fc), por dois métodos diferentes (prático e analítico), adjunto com os valores da velocidade de corte (Vc) e da rugosidade, gerou-se os seguintes gráficos para cada uma das ferramentas utilizadas. 0 200000 400000 600000 800000 1000000 50,00 80,00 150,00 Fo rç a d e C o rt e [ N ] Velocidade de Corte [m/min] Força de Corte (Fc) - Método Prático MA MJ 0 500 1000 1500 2000 2500 50,00 80,00 150,00 Fo rç a d e C o rt e [ N ] Velocidade de Corte [m/min] Força de Corte (Fc) - Método Analítico MA MJ 0,00 5,00 10,00 15,00 20,00 25,00 0 25 50 75 100 125 150 175 R u go si d ad e [μ m ] Velocidade de Corte [m/min] Rugosidade (MA) x Velocidade de corte Ra (MA) Rt (MA) 4.2. Segunda etapa (2/3) – Variação de Avanço (∆𝒇) A tabela 5 relaciona os dados registrados para as ferramentas MA e MJ na segunda etapa da prática: Avanço (mm/ver) Dados MA MJ 0,06 IV1 (A) 3,90 13,6 IT1 (A) 6,30 16,8 h1 (mm) 0,25 0,30 0,25 Média = 0,26 0,25 0,25 0,25 Média = 0,25 b1 (mm) 1,20 1,20 1,15 Média = 1,181,35 1,35 1,30 Média = 1,33 Ra1 (μm) 0,76 0,65 0,60 Média = 0,67 0,48 0,50 0,51 Média = 0,50 Rt1 (μm) 7,73 8,38 6,41 Média = 7,51 3,46 3,57 3,82 Média = 3,62 0,20 IV2 (A) 3,70 3,67 IT2 (A) 8,95 8,40 h2 (mm) 0,45 0,50 0,50 Média = 0,48 0,50 0,55 0,55 Média = 0,53 b2 (mm) 1,50 1,45 1,45 Média = 1,46 1,60 1,55 1,45 Média = 1,53 Ra2 (μm) 1,50 1,53 1,58 Média = 1,54 1,59 1,57 1,54 Média = 1,57 Rt2 (μm) 8,98 9,24 9,97 Média = 9,40 10,48 9,90 9,27 Média = 9,88 0,40 IV3 (A) 3,80 3,50 IT3 (A) 13,15 10,80 h3 (mm) 0,95 0,90 0,80 Média = 0,88 1,40 1,25 1,35 Média = 1,33 b3 (mm) 1,90 2,30 1,95 Média = 2,05 1,60 1,60 1,90 Média = 1,7 Ra3 (μm) 3,23 3,31 3,42 Média = 3,32 4,51 4,41 4,92 Média = 4,61 Rt 3 (μm) 17,88 17,08 18,34 Média = 17,77 19,70 19,44 21,23 Média = 20,12 Tabela 5 - Grandezas coletadas via medição direta na segunda etapa As tabelas 6 e 7 fornecem uma avaliação e comparação dos cavacos gerados nos processos de usinagem realizados: 0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00 12,00 14,00 0 25 50 75 100 125 150 175 R u go si d ad e [μ m ] Velocidade de Corte [m/min] Rugosidade (MJ) x Velocidade de corte Ra (MJ) Rt (MJ) Avanço (mm/rev) 0,06 0,20 0,40 Imagem Morfologia Em fita Espiral em pedaço Em pedaços Tonalidade Azul Azul Azul Tabela 6 - Avaliação dos cavacos gerados na usinagem o corpo de prova 3 (usinado com ferramenta do tipo MA) Avanço (mm/rev) 0,06 0,20 0,40 Imagem Morfologia Em fita Em espiral Em vírgula/ pedaços Tonalidade Azul Azul Azul Tabela 7 - Avaliação dos cavacos gerados na usinagem o corpo de prova 4 (usinado com ferramenta do tipo MJ) Utilizando formulas teóricas calculou-se a força de corte, a potência de corte, a potência ativa, a rugosidade Ra e a rugosidade Rt. Os valores obtidos estão relacionados na tabela 8: MA MJ Avanço (mm/rev) 0,06 0,20 0,40 0,06 0,20 0,40 Força de corte [N] 𝐹𝑐 = 𝐾𝑠1 ∗ ℎ (1−𝑧) ∗ 𝑏 783,36 1554,04 3479,84 856,68 1757,67 3966,14 Força de corte em analogia à potência [N} 𝑭𝒄 = 𝑽 ∙ ∆𝑰 ∙ √𝟑 ∙ 𝒄𝒐𝒔𝝋 ∙ 𝜼 ∙ (𝟔 ∙ 𝟏𝟎𝟒) 𝑽𝒄 200225,6 437993,5 780045,6 266967,5 394611,3 609019,6 Rugosidade média (μm) 𝑅𝑎 = 𝑓2 31,2 ∗ 𝑟𝜀 0,00014 0,0016 0,0064 0,00014 0,0016 0,0064 Rugosidade total (μm) 𝑅𝑡 = 𝑓2 8 ∗ 𝑟𝜀 0,00056 0,0062 0,025 0,00056 0,0062 0,025 Tabela 8 - Grandezas calculadas na segunda etapa Obs.: Ks1 = 1873,07N/mm2; (1-z) = 0,77; V = 220V; cosφ = 0,82; η = 0,89; rε = 0,8mm. Os gráficos 3 e 4 relacionam força de corte e rugosidades Ra e Rt com os avanços: 0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 4500 0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3 0,35 0,4 0,45 Fo rç a d e C o rt e [ N ] Avanço[mm/rev] Força de Corte (Fc) - Método Analítico MA MJ 0 200000 400000 600000 800000 1000000 0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3 0,35 0,4 0,45 Fo rç a d e C o rt e [ N ] Avanço[mm/rev] Força de Corte (Fc) - Método Pratico MA MJ 0 0,005 0,01 0,015 0,02 0,025 0,03 0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3 0,35 0,4 0,45 R u go si d ad e [μ m ] Avanço[mm/rev] Rugosidade (MA) x Avanço (mm/rev) Ra (MA) Rt (MA) 4.3. Terceira etapa (3/3) – Variação da profundidade de corte (ap) A tabela 9 relaciona os dados registrados para as ferramentas MA e MJ na terceira etapa da prática: Profundidade de corte (mm) Dados MA MJ 0,2 IV1 (A) 5,0 4 IT1 (A) 7,22 5,35 h1 (mm) 0,24 0,25 0,24 Média = 0,24 0,35 0,33 0,36 Média = 0,34 b1 (mm) 0,64 0,65 0,65 Média = 0,64 0,57 0,59 0,58 Média = 0,58 Ra1 (μm) 1,68 1,64 1,67 Média = 1,66 1,77 1,74 1,72 Média = 1,74 Rt1 (μm) 13,03 11,86 11,62 Média = 12,17 10,84 10,10 10,42 Média = 10,45 1,0 IV2 (A) 5,10 3,2 IT2 (A) 12,70 7,3 h2 (mm) 0,41 0,44 0,44 Média = 0,43 0,41 0,41 0,39 Média = 0,40 b2 (mm) 1,54 1,57 1,59 Média = 1,56 1,51 1,50 1,54 Média = 1,51 Ra2 (μm) 1,97 1,85 1,81 Média = 1,88 2,02 1,95 1,99 Média = 1,99 Rt2 (μm) 11,76 11,67 10,86 Média = 11,43 11,76 12,36 11,73 Média = 11,95 2,5 IV3 (A) 5,30 3,2 IT3 (A) 18,80 12,8 h3 (mm) 0,56 0,60 0,59 Média = 0,58 0,47 0,45 0,47 Média = 0,46 b3 (mm) 2,92 2,86 2,97 Média = 2,91 2,89 2,88 2,91 Média = 2,89 Ra3 (μm) 1,92 2,03 2,04 Média = 2,00 2,02 1,97 2,04 Média = 2,01 Rt 3 (μm) 10,19 12,09 11,35 Média = 11,21 12,84 12,22 12,76 Média = 12,61 Tabela 9 - Grandezas coletadas via medição direta na terceira etapa 0 0,005 0,01 0,015 0,02 0,025 0,03 0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3 0,35 0,4 0,45 R u go si d ad e [μ m ] Avanço[mm/rev] Rugosidade (MA) x Avanço (mm/rev) Ra (MJ) Rt (MJ) As tabelas 10 e 11 fornecem uma avaliação e comparação dos cavacos gerados: Profundidade de corte (mm) 0,2 1,0 2,5 Imagem Morfologia Fita Helicoidal Em virgula/ pedaços Tonalidade Bronze Azul Cinza Tabela 10 - Avaliação dos cavacos gerados na usinagem o corpo de prova 5 (usinado com ferramenta do tipo MA) Profundidade de corte (mm) 0,2 1,0 2,5 Imagem Morfologia Fita Em pedaços Em pedaços Tonalidade Bronze Azul Azul Tabela 11 - Avaliação dos cavacos gerados na usinagem o corpo de prova 6 (usinado com ferramenta do tipo MJ) Utilizando formulas teóricas calculou-se a força de corte, a potência de corte, a potência ativa, a rugosidade Ra e a rugosidade Rt. Os valores obtidos estão relacionados na tabela 12: MA MJ Profundidade de corte (mm) 0,2 1,0 2,5 0,2 1,0 2,5 Força de corte [N] 𝐹𝑐 = 𝐾𝑠1 ∗ ℎ (1−𝑧) ∗ 𝑏 399,48 1525,6 3583,3 473,4 1396,7 2977 Força de corte em analogia a potencia [N] 𝐹𝑐 = 𝑽 ∙ ∆𝑰 ∙ √𝟑 ∙ 𝒄𝒐𝒔𝝋 ∙ 𝜼 ∙ (𝟔 ∙ 𝟏𝟎𝟒) 𝑉𝑐 185208,7 634047,8 1126269,1 112627 342052,1 800902,5 Rugosidade média (μm) 𝑅𝑎 = 𝑓2 31,2 ∗ 𝑟𝜀 0,0016 Rugosidade total (μm) 𝑅𝑡 = 𝑓2 8 ∗ 𝑟𝜀 0,0062 Tabela 12 - Grandezas calculadas na terceira etapa 5. Análise de desgaste 5.1. Ferramenta CNMG-120408-MA 0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 Fo rç a d e C o rt e [ N ] Profundidade de corte [mm] Força de Corte (Fc) - Método Analítico MA MJ 0 200000 400000 600000 800000 1000000 1200000 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 Fo rç a d e C o rt e [ N ] Profundidade de corte [mm] Força de Corte (Fc) - método Prático MA MJ Na ferramenta MA como pode-se perceber em uma das ampliações realizadas, existe um desgaste por abrasão na região do flanco da peça. É plausível também, levantar analise para regiões as quais sofreram com um possível processo de lascamento. Utilizando de uma maior ampliação (300x), podemos em fim vir a observar a presença de várias trincas na superfície, pelo fato de ter nitrito de titânio, material extremamente frágil, porém um material essencial para a peça, já que além de um alto nível de dureza ele auxilia na redução do coeficiente de atrito 5.2. Ferramenta CNMG-120408-MJ Na ferramenta MJ pode-se perceber nitidamente o processo de adesão na aresta de corte e na ponta da peça. Com uma ampliação maior, pode-se analisar mais facilmente a “cratera” presente na peça e perceber uma quebra no quebra cavaco, provocada possivelmente pelo cavaco. Além disso percebe-se também a uma região com adesão de matéria, próximo ao quebra cavaco. 6. Conclusão A força de corte para a ferramenta 120408-MA foi, inicialmente, menor que a da segunda ferramenta CNMG-120408-MJ. Isso ocorreu porque o tipo de revestimento dessa ferramenta reduz o coeficiente de atrito da superfície de saída, facilitando a saída do cavaco. É notável, contudo, que para velocidades de corte superiores a 200m/mim a forçade corte da MJ tende a aumentar. Uma provável explicação para isso é que o aumento da temperatura gerado pela alta velocidade de corte tenha gerado adesão do material da peça na ferramenta durante o corte. Para este tipo de operação, a ferramenta MA teve melhor aproveitamento, pois seu revestimento tem elevada inércia química, o que reprimi a adesão de material. Os cálculos teóricos de rugosidade não são muito adequados, pois não consideram muitas variáveis que interferem no processo, tais como uso de fluido de corte, material da ferramenta, velocidade de corte, etc. Por esta razão valores obtidos pela relação teórica não condizem com os medidos experimentalmente.
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