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PALMA FORRAGEIRA REVISÃO

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Palma forrageira: cultivo e utilização na alimentação de bovinos
75
Cad. Ciênc. Agra., v. 9, n. 1, p. 75-93, 2017 - ISSN 2447-6218
Palma forrageira: cultivo e utilização na alimentação de bovinos
Orlando Filipe Costa Marques1*, Luan Souza de Paula Gomes2, Mário Henrique França 
Mourthé3, Thiago Gomes dos Santos Braz3, Otaviano de Souza Pires Neto4
Resumo
Objetivou-se revisar as características agronômicas e a utilização da palma forrageira na alimentação 
de bovinos. A palma é uma cactácea de origem mexicana que apresenta boas características de adap-
tação à região semiárida brasileira devido ao seu processo fotossintético peculiar que evita a perda 
excessiva de água pela transpiração durante o dia. A palma tolera grande variação de temperatura para 
seu cultivo, com limites mínimos e máximos, respectivamente, de 8 a 31oC. Esta cactácea apresenta 
algumas restrições quanto a precipitação para atingir bons níveis de produção tendo como limitantes 
volumes acima de 1.089 e abaixo de 368,4 mm/ano. A implantação da cultura deve ser feita no final do 
período seco do ano para evitar o apodrecimento das mudas pela alta umidade e contaminação micro-
biológica. A palma possui em sua composição bromatológica, baixo teor de proteína e fibra insolúvel 
em detergente neutro, porém é rica em carboidrato não fibroso com valor superior as silagens de milho 
e sorgo. A palma pode ser fornecida aos bovinos desde fresca picada até sob pastejo. Entretanto, de-
vido ao baixo teor de fibra, recomenda-se que seja associada a alimentos volumosos, principalmente 
para animais de alta produção. A palma forrageira é opção estratégica para a produção de alimentos 
para bovinos em áreas com escassez e irregularidade de chuvas, pois apresenta potencial para manter 
o desempenho animal no período seco do ano, desde que incluída de maneira correta em dietas de 
bovinos. 
Palavras-chave: Adaptação à seca. Carboidrato não fibroso. Condições semiáridas. Nopalea sp. 
Opuntia sp. Ruminantes.
Spineless cactus: cultivation and use in cattle feed
Abstract
This study aimed to review the agronomic characteristics and the use of forage cactus in cattle feed. The 
palm is a cactaceous of Mexican origin that has good characteristics to adapt to the Brazilian semiarid 
region due to its peculiar photosynthetic process that prevents excessive water loss by transpiration 
during the day. Palm tolerate large temperature range for cultivation, with minimum and maximum li-
mits, respectively, 8-31°C. This cactaceous has some restrictions on rainfall to achieve good levels of 
production with as limiting volumes above 1,089 and below 368.4 mm / year. The implementation of 
culture should be made at the end of the dry season to avoid rotting of seedlings by high humidity and 
1Mestrando do Programa de Produção Animal da Universidade Estadual de Montes Claros, Janaúba, MG, Brasil.
*Autor para correspondência: orlandozootec@gmail.com
2Mestrando do Programa de Produção Animal da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Montes Claros, MG, Brasil
3Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Montes Claros, MG, Brasil
4Faculdades Unidas do Norte de Minas Gerais (UFMG), Montes Claros, MG, Brasil
Recebido para publicação em 03 de novembro de 2016
Aceito para publicação em 23 de março de 2017
Marques, O. F. C. et al.
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Cad. Ciênc. Agra., v. 9, n. 1, p. 75-93, 2017 - ISSN 2447-6218
microbiological contamination. Palm has in your chemical composition, low in protein and soluble fiber, 
neutral detergent, but is rich in non fibrous carbohydrate with superior value silage corn and sorghum. 
The palm can be supplied from the chopped fresh cattle to grazing. However, because of the low fiber 
content, it is recommended to be associated with roughage, especially for high production animals. The 
spineless cactus is a strategic option for the production of feed for cattle in areas with shortages and 
irregular rainfall, it has the potential to keep the animal performance in the dry season, since included 
correctly in cattle diets.
Keywords: Adaptation to drought. Non-fibrous carbohydrate. Semi-arid conditions. Nopalea sp. Opun-
tia sp. Ruminants.
Introdução
 As regiões de condições semiáridas 
são caracterizadas pela baixa precipitação, com 
chuvas irregulares e altas temperaturas, o que 
afeta diretamente a disponibilidade de alimentos 
para a produção animal. O cultivo de espécies 
forrageiras que melhor adaptam-se a estas con-
dições é essencial para evitar perdas produti-
vas e financeiras em sistemas de produção de 
ruminantes e neste sentido, a palma forrageira 
(Opuntia fícus-indica (L.) Mill) aparece como im-
portante opção como fonte de alimentos. 
 A palma forrageira é de origem mexica-
na e, atualmente, encontra-se dispersa em to-
dos os continentes, exceto nas regiões polares. 
No Brasil, é considerada uma das principais fon-
tes de forragem para o gado leiteiro na região 
Nordeste durante o período seco do ano. Essa 
forrageira apresenta características de adapta-
ção ao clima semiárido associada a boa produti-
vidade e alta palatabilidade (ALMEIDA, 2012). 
 A palma forrageira tem grande capaci-
dade de produção de fitomassa nas condições 
climáticas de regiões semiáridas, sendo rica em 
água, carboidratos não fibrosos (CNF), cinzas e 
com nutrientes digestíveis totais (NDT) em tor-
no de 63% (da matéria seca), alta resistência à 
seca, eficiência de uso da água, porém apresen-
ta baixo teor de fibra (FDN, fibra insolúvel em 
detergente neutro) e proteína (FERREIRA 2005; 
MELO et al., 2003). Pode ser incluída na dieta 
de ruminantes na forma de farelo desidratado, 
pastejo ou picada e servida no cocho. Nas die-
tas a base de palma fresca deve-se levar em 
conta o baixo teor de matéria seca (MS), deven-
do-se fornecer outras fontes de fibra para evitar 
desordens metabólicas nos animais.
 Nos últimos anos, diversas regiões do 
Brasil passaram por redução da quantidade e 
aumento da sazonalidade das chuvas o que, 
consequentemente, interfere negativamente na 
produção de forragem para os bovinos. Como 
exemplo, nos anos agrícolas de 2014/2015 e 
2015/2016 precipitação foi, respectivamente, de 
622,5 e 708,1 mm em Montes Claros-MG, distri-
buídos em um curto espaço de tempo (INMET, 
2016). Estes índices e a sazonalidade limitam 
o crescimento de algumas espécies forrageiras 
tradicionalmente, cultivadas tal como o milho 
e por isso há o interesse no cultivo de plantas 
forrageiras adaptadas. Nesse cenário, a palma 
forrageira pode ser alternativa para suprir a de-
manda de alimentos para os ruminantes, princi-
palmente, no período seco do ano. Assim objeti-
vou-se com o trabalho revisar as características 
agronômicas e a utilização da palma forrageira 
na alimentação de bovinos.
Origem
 A palma forrageira é originária do Méxi-
co, mas atualmente é distribuída mundialmente 
(ANAYA-PÉREZ,2002). Sabe-se que desde o 
ano de 1520, as Opuntias mexicanas foram le-
vadas para a Europa, de onde se dispersaram 
a partir do Mediterrâneo para a África, Ásia e 
Oceania (HOFFMENN, 2001). A introdução da 
palma forrageira sem espinho no Brasil ainda 
não é bem definida, mas há relatos de sua entra-
da em Pernambuco, por volta de 1880, através 
de sementes importadas dos Estados Unidos 
(LOPES; SANTOS; VASCONCELOS, 2012).
 Atualmente, o Brasil é o país com maior 
cultivo da palma forrageira do mundo, com área 
estimada em 600 mil ha, com predomínio da es-
pécie Opuntia ficus-indica (SILVA, 2012).
Classificação botânica e características mor-
fológicas
 Existem 2.000 espécies pertencentes 
as 178 gêneros de Palma forrageira, entretan-
to dois destes, Opuntia e Nopalea são os mais 
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utilizados como forrageiras. Desta forma, a clas-
sificação botânica seria: reino Vegetal, subrei-
no Embryophita, divisão Angiospermae, ordem 
Opuntiales, classe Dicotinodelae, família Cacta-
ceae, subfamília Opuntioideae,gênero Opuntia, 
subgênero Playopuntia e várias espécies impor-
tantes espécies de Palma forrageira mais culti-
vadas (BRAVO, 1978 citado por LOPES; SAN-
TOS; VASCONCELOS, 2012). 
 A palma possui estrutura anatômica 
(FIGURA 1) peculiar com folhas em forma de 
espinhos endurecidos e pontiagudos (rudimen-
tares), o caule é do tipo cladódio (comumente 
chamado de raquete) que se caracteriza pelo 
aspecto volumoso (“carnudos”), verdes e acha-
tados, podendo ser classificados em primário ou 
secundário, de acordo com a sua disposição so-
bre o crescimento (VIDAL; VIDAL 2003).
Fotografia 1 – Características anatômicas das cactáceas
Fonte: Adaptada de Agência Sergipe de Notícias. Disponível em: https://goo.gl/Vdsa0j. 
 A espécie Opuntia ficus-indica (L.) P. 
Mill (Gigante) apresenta raquetes ovaladas de 
cor verde escura com 19 a 28 mm de espessura, 
30 a 60 cm de comprimento, 20 a 40 cm de lar-
gura, recobertas por uma camada de cera (FO-
TOGRAFIA 1). Estas plantas têm porte arbores-
cente com 3 a 5 m de altura, coroa larga com 
60 a 150 cm de largura e glabra. As flores são 
amarelas ou laranja e o fruto é rico em polpa, 
suculento, adocicado, com 5 a 10 cm de compri-
mento e 4 a 8 cm de largura, de cor variando de 
amarelo, laranja e vermelho e apresenta casca 
fina (SCHEINVAR, 1999). 
Marques, O. F. C. et al.
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Fotografia 2 – Palma forrageira cultivar Gigante
Fonte: SENAR, 2015. Disponível em: https://goo.gl/UK2Esj.
 A Nopalea cochenillifera (L.) Salm Dyck 
(Miúda ou doce) (FOTOGRAFIA 2) apresenta ra-
quetes em torno de 25 cm de comprimento com 
formato abovado (base mais fina que a ponta) e 
coloração verde intenso brilhante, o caule apre-
senta grande ramificação e de pequeno porte, 
as flores são vermelhas e durante o ciclo a co-
rola permanece semiaberta, o fruto tem formato 
de baga e com cor roxa (SILVA; SANTOS et al., 
2006).
Fotografia 3 – Palma forrageira cultivar Miúda
Fonte: https://goo.gl/t4HT4j, 2015.
 Essas plantas apresentam raízes bem 
desenvolvidas “volumosas”, com distribuição 
variando com o tipo de solo e manejo adotado, 
mas com predominância de raízes superficiais 
na horizontal que sobrevive a grandes períodos 
de seca por apresentarem características xero-
mórficas (adaptadas a climas semiárido e árido). 
Em geral, atingem a máxima profundidade de 30 
cm e dispersão de 4 a 8 cm em diferentes tipos 
de solo (SUDZUKI-HILLS, 2001).
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Cultivares
 Segundo Lopes, Santos, Vasconcelos 
(2012) a região Nordeste do Brasil encontra-se 
a área de maior cultivo de Palma forrageira do 
mundo, estimada em 600.000 ha com o predo-
mínio das cultivares Gigante, Redonda, clone 
IPA-20 (Opuntia ficus-indica Mill.) e miúda (No-
palea cochenilifera salm Dick ). 
 A cultivar Gigante é a mais cultivada e 
apresenta maior rusticidade, tolerância a secas 
intensas e a infestações da cochonilha de es-
camas (Diaspis echinocacti Bouché) (SANTOS 
et al., 2006; SANTOS et al., 2010). A cultivar 
miúda apresenta maior resistência à cochoni-
lha do carmim (Dactylopius opuntiae Cockerell) 
(VASCONCELOS et al., 2009) e maior produção 
de matéria seca (MS) comparada as cultivares 
Gigante e Redonda, apesar da menor produção 
de matéria verde e resistência à déficits hídricos 
mais severos (CARVALHO FILHO et al., 2002; 
SANTOS et al., 2006). Já a cultivar Redonda 
(orelha de onça) também é sensível à cochoni-
lha de escamas e o hábito de crescimento mais 
horizontal comparado a Gigante e Miúda, que 
possuem crescimento vertical (CARVALHO FI-
LHO et al., 2002) o que dificulta o consórcio 
com outras culturas e, por isso tem sido preteri-
da em relação ao plantio de outras s cultivares 
(ROCHA, 2012).
 O Instituto Agronômico de Pernambu-
co (IPA) desenvolve diferentes clones de palma 
forrageira e dentre eles, o clone IPA-20 desta-
cou-se em relação aos demais quanto a produti-
vidade sendo atribuído ao mesmo, produção de 
MS 50% maior que a Gigante (SANTOS et al., 
2006). A cultivar “Orelha de elefante” (Opuntia 
tuna (L.) Mill) (FOTOGRAFIA 3) tem origem no 
México e África e apresenta como vantagens a 
resistência à cochonilha do carmim e menor exi-
gência em fertilidade de solo (VASCONCELOS 
et al., 2009; CAVALCANTI et al., 2008). De acor-
do com Neves et al. (2010), essa cultivar tem 
grande número de espinhos, característica inde-
sejável para a alimentação dos animais, pois di-
ficulta o manejo. Entretanto os espinhos ajudam 
na redução da temperatura do caule durante o 
dia e assim, aumenta a tolerância à seca.
Fotografia 4 – Palma forrageira cultivar Orelha de elefante 
Fonte: Adaptada de: https://goo.gl/fxBB9c, 2012.
Marques, O. F. C. et al.
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Adaptações às condições semiáridas
 A palma forrageira é bem adaptada às 
condições semiáridas e pode suportar longos 
períodos de estiagem. Esta adaptação é atribuí-
da a sua fisiologia, caracterizada pelo processo 
fotossintético denominado Metabolismo Ácido 
das Crassuláceas (CAM, do inglês Crassula-
sean Acid Metabolism) (SNYMAN, 2006). As 
plantas que assimilam o CO2 através do sistema 
CAM, desenvolveram o mecanismo de fechar os 
estômatos durante o dia, o que evita a perda ex-
cessiva de água pelo processo de transpiração 
e assim mantêm a hidratação dos tecidos (TAIZ; 
ZEIGER, 2004). Este mecanismo fotossintético 
diferenciado foi decisivo para a adaptação desta 
cactácea às condições semiáridas, caracteriza-
da pela alta eficiência no uso da água, na faixa 
de 100 a 150 kg por kg de MS, o que a torna seis 
vezes mais eficiente que as leguminosas e qua-
se três vezes mais eficientes que as gramíneas 
(FELKER et al., 2005; SANTOS et al., 2006). Já 
Sampaio (2005) relatou que a palma forrageira 
possui eficiência de uso da água de, aproxima-
damente, 50:1, ou seja, 50 kg de água para cada 
1 kg de MS formada, enquanto as plantas C3 e 
C4 apresentam eficiências por volta de 1.000:1 
e 500:1, respectivamente.
 Outra importante característica dessa 
planta é a camada de cera que recobre os teci-
dos. Essa cera é um polímero complexo resul-
tante da interação de ácidos graxos de cadeias 
longas, alcanos e alcoois alifáticos em presença 
de O2 e está localizada externamente a cutícula. 
Juntamente com a cutina protegem as plantas 
contra o ataque de fungos, bactérias e insetos, 
como também auxilia contra a perda excessiva 
de água em ambientes quentes (APEZZATO DA 
GLÓRIA; GUERREIRO, 2006).
 As cactáceas constituem o exemplo 
mais perfeito de eficiência de adaptação e apro-
veitamento da água e energia em ambientes 
secos, reconhecido por servirem como reserva-
tórios de água para o metabolismo durante os 
períodos de déficit hídrico (HILLS, 1982).
Características agronômicas
 Estudos realizados no México demons-
traram que as condições climáticas podem in-
terferir diretamente no desenvolvimento e pro-
dução da palma forrageira, uma vez que existe 
correlação entre temperatura, absorção de nu-
trientes e produção de massa (ORONA-CAS-
TILLO et al., 2004). 
 Souza et al. (2008) analisaram os indi-
cadores climáticos (temperatura do ar, amplitu-
de térmica, precipitação e índice hídrico) para 
o zoneamento agrícola da palma forrageira em 
diferentes regiões, tais como, África do Sul, Mé-
xico e Brasil (RN, AL, PE, SE e BA). Os autores 
constataram que 86% das localidades analisa-
das apresentaram-se na faixa ideal para desen-
volvimento desta cultura, o que demonstrou a 
grande adaptação da mesma a diferentes con-
dições edafoclimáticas com maior potencial de 
produção onde as temperaturas médias varia-
ram entre 16,1°C a 25,4°C, com limites máximos 
entre 28,5°C e 31,5°C e mínimos entre 8,6°C a 
20,4°C. Felker (1995) relataram que nas regiões 
de origem da palma forrageira as temperaturas 
variam entre 40,0°C e -10°C.
 A temperatura mais amena no período 
noturnoauxilia no metabolismo CAM das plan-
tas, favorecendo a absorção de CO2 e para as 
cactáceas a variação de temperatura ideal é 
de 11°C a 15°C (NOBEL; HARTSOCK, 1984; 
NOBEL, 1994). Segundo esses autores, o me-
canismo de absorção de CO2 também pode ser 
afetado pelas altas temperaturas noturnas, uma 
vez que essas plantas não realizam a abertura 
dos estômatos e a atividade das enzimas res-
ponsáveis pela fotossíntese é inibida e, conse-
quentemente, apresenta restrição do cultivo da 
palma em algumas regiões. Em contrapartida, 
Souza et al., (2008) afirmaram que a variação 
de temperatura ideal no México, África do Sul e 
Brasil foi de 10,0°C a 17,2°C. Estudo realizado 
em casa de vegetação,verificou-se que houve a 
captação máxima de CO2 pela palma forrageira 
nas temperaturas de 25°C durante o dia e 15°C 
a noite (NOBEL e HARTSOCK, 1984). 
 Guerra et al. (2005) avaliaram 22 ge-
nótipos de palma forrageira em diferentes mu-
nicípios no Rio Grande do Norte e concluíram 
que a maior produtividade foi em regiões com 
temperatura noturna entre 19°C a 21,5°C e 
precipitação média de 700mm. Já nos municí-
pios das regiões onde a temperatura noturna e 
precipitação, respectivamente, foram maiores e 
menores que os valores citados, houve redução 
da produtividade. Vale ressaltar que apesar da 
precipitação média nas regiões onde a palma 
apresentou maior produtividade ser semelhante 
a exigência de outras culturas, tal como o milho, 
a mesma tem distribuição irregular ao longo do 
ano, o que poderia afetar o desenvolvimento do 
milharal. 
Palma forrageira: cultivo e utilização na alimentação de bovinos
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 A faixa de precipitação ideal para o 
cultivo da palma forrageira está entre 368,4 e 
812,4mm/ano (SOUZA et al., 2008). Já para 
Santos et al. (2006), a precipitação anual en-
tre 400 a 800mm proporciona desenvolvimento 
ideal da cultura. Dados indicadores climáticos 
estão apresentados na Tabela 1.
Tabela 1 – Indicadores climáticos para o cultivo da palma forrageira 
Dados Climáticos
Níveis de aptidão
Ideal Restrita Inapto
Temperatura média do ar (°C) 16,1 a 25,4 Tm < 16,1 e > 25,4 -
Temperatura máxima do ar (°C) 28,5 a 31,5 Tx < 28,5 e > 31,5 -
Temperatura mínima do ar (°C) 8,6 a 20,4 Tn < 8,6 e > 31,5 -
Amplitude térmica (°C) 10,0 a 17,2 At < 10,0 e > 17,2 -
Precipitação (mm) 368,4 a 812,4 Pe < 368,4 e812,4 < Pe ≤ 1089,9
Pe > 
1.089,90
Umidade do solo (%) 63,1 a -37,3 Us < -63,1 e-37,3 < Us ≤ 7,7 Us > 7,70
Temperatura Média (Tm), Temperatura Máxima (Tx), Temperatura Mínima (Tn), Amplitude Térmica (At), 
Precipitação (Pe), Umidade do Solo (Us)
Fonte: Adaptada de Souza et al. (2008).
 Em regiões com alta precipitação e com 
grande umidade do solo em determinadas épo-
cas do ano, pode fazer com que a palma absor-
va quantidades de água além de sua capacida-
de de perda (transpiração), o que deixa a planta 
mais susceptível a doenças, principalmente, as 
causadas por fungos, além da possibilidade de 
ocorrer tombamentos e apodrecimento dos cla-
dódios (BEZERRA et al., 2014). 
 A palma forrageira apresenta grande 
diversidade quanto a aptidão em uma mesma 
região, devido a grande variação da precipita-
ção ao longo dos anos, podendo fazer com que 
em determinada localidade apresente condi-
ções desde ideal a inapta, enquanto o mesmo 
não ocorre para a temperatura, pois em regiões 
tropicais a sua variação é muito pequena (BE-
ZERRA et al., 2014).
 De acordo com Rodríguez (1975), a lu-
minosidade recebida pela palma pode ser fator 
limitante a produtividade da cultura. A lumino-
sidade na palma é captada pelas raquetes e a 
situação ideal seria onde houvesse a maior cap-
tação da luz pela planta em relação a recebida 
pelo solo, desde que não ocorra o sobreamen-
to das raquetes superiores sobre as inferiores. 
A densidade de plantio é fator importante para 
o crescimento da palma forrageira, entretanto 
deve ser ressaltado que não existe uma reco-
mendação ótima de espaçamento, pois devem 
ser considerados vários aspectos, tal como a 
menor absorção de luz após o plantio devido 
ao pequeno tamanho planta até a ocorrência 
de sombreamento mútuo entre as mesmas de 
acordo com o crescimento (PEIXOTO, 2009). 
Ao avaliar o crescimento e a produção da palma 
forrageira consorciada com cajá (Spondias spp), 
Peixoto (2009) verificou que as plantas som-
breadas tiveram o crescimento dos cladódios 
20,66% menor comparado as não sombreadas, 
respectivamente, produção de MS de 9,0 e 5,38 
t/ha. Este achado pode ser explicado pelo efei-
to da luminosidade no aumento da fotossíntese 
que resultou em maior produção de carboidratos 
e, consequentemente, maior desenvolvimento e 
tamanho dos cladódios.
Solo e adubação
 De acordo com Oliveira et al. (2010), há 
registros da palma forrageira nos mais diversos 
tipos de solo, desde os luvissolos e vertissolos 
no México a cambissolos e regossolos na Itália 
e sob diferentes pH (subalcalino ao subácido). 
Segundo os autores, a palma não se adapta 
bem a solos com lençol freático raso, mal dre-
nados e que apresentem camadas superficiais 
impermeáveis. A palma forrageira exige solos 
com boas características físicas e químicas e 
os solos argilo-arenosos são os mais indicados, 
Marques, O. F. C. et al.
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desde que apresentem boa drenagem (FARIAS 
et al., 1984; SANTOS et al., 2006).
 Para Santos et al. (2006), a palma pode 
ser adubada de forma mineral seguindo as reco-
mendações sobre a análise de solo ou de forma 
orgânica aplicando-se esterco de caprinos ou 
bovinos no momento do plantio. A quantidade 
de esterco a ser aplicada varia de acordo com 
a fertilidade do solo e densidade do plantio, com 
variação entre 10 a 30 toneladas/ha e a cada 
dois anos realizar nova aplicação no início do 
período chuvoso. Deve-se atentar para o limi-
te de adubação orgânica no plantio para que o 
excesso não provoque o apodrecimento das ra-
quetes.
 Dubeux Júnior et al. (2010) não verifi-
caram efeito da adubação fosfatada e potássica 
(0, 200, 400 e 800 kg/ha de P2O5 e K2O) e inte-
ração entre os nutrientes no número de cladó-
dios da palma forrageira, clone IPA-201, tal fato 
pode ser explicado pelo curto período do experi-
mento de apenas 180 dias e o alto teor de P no 
solo de 60 mg dm3. Apenas a adubação potássi-
ca aumentou a produção de MV, entretanto não 
houve diferença na produção de MS, pois este 
mineral provoca na planta maior controle sobre 
a abertura dos estômatos com maior turgidez 
das células nos cladódios.
 Teles et al., (2002) avaliaram os efeitos 
da adubação e de nematicida no crescimento e 
na produção da palma forrageira (Opuntia ficus 
indica Mill) cv. Gigante, aos 9 meses, implanta-
das em vasos e aplicando (100 kg/ha de P2O5), 
potássio (200 kg/ha de K2O), nitrogênio (200 kg/
ha N), cálcio (250 kg/ha Ca), magnésio (80 kg/
ha Mg) e enxofre (20 kg/ha S) com a combina-
ção entre os nutrientes, com e sem nematicida e 
micronutrientes, observaram o aumento do nú-
mero total de cladódios sendo 2,25 cladódios/
plantas na testemunha e 4 cladódios/planta no 
tratamento com solução completa de minerais 
mais microminerais e nematicida, também foi 
observado o aumento da produção de MS, onde 
que a produção da testemunha foi de 30,62 g/
vaso e no tratamento com solução completa de 
minerais mais microminerais e nematicida foi de 
58,52 g/vaso. Diversos fatores podem interferir 
na resposta a adubação devido as diferentes 
circunstâncias experimentais, desde aos ineren-
tes a planta até as condições edafoclimáticas e, 
portanto os resultados observados nos estudos 
não podem ser generalizados a todas as situa-
ções. 
 Menezes et al. (2005), ao avaliarem a 
produtividade da palma forrageira em 50 pro-
priedades rurais do semiárido do Nordeste do 
Brasil concluíram que a dose de 11 mg dm-3 de 
P no solo é o nível crítico para resposta máxi-
ma da planta a adubação fosfatada. Resultado 
semelhante foi observadopor Dubeaux et al. 
(2006) que encontraram resposta positiva na 
produtividade da palma forrageira cv. Gigante 
apenas em solos onde o nível de fósforo dispo-
nível foi inferior a 10 mg dm-3 e tal fato indicaria 
os possíveis níveis máximos de adubação com 
fósforo para esta espécie.
 Para Santos (1995), o nível de aduba-
ção pode interferir na relação Ca/P da palma 
podendo ocorrer desequilíbrios quando subme-
tidos a relação entre 15:1 a 30:1, considerando 
que o valor ideal é de 2:1. 
 Quanto à adubação nitrogenada, sabe-
-se que o nitrogênio está diretamente ligado a 
diferentes moléculas orgânicas das plantas e é 
um dos principais reguladores da fotossíntese. 
Os solos da região semiárida são caracterizados 
pela baixa disponibilidade de nitrogênio devido o 
baixo teor de MO no solo (CUNHA et al., 2012). 
Estes autores avaliaram morfometria e acúmulo 
de biomassa da palma forrageira cv. Miúda sob 
diferentes doses de nitrogênio (100, 200 e 300 
kg/ha) na forma de ureia, aplicada em três par-
celas iguais a cada 30 dias, na densidade de 
40.000 plantas/ha. Não foi observado diferen-
ças da adubação com N para as características 
morfológicas, porém houve aumento do número 
de cladódios (27,75; 30,19; 31,00 e 36,08), res-
pectivamente, com as doses crescentes de N 
(O; 100; 200; 300). Estes resultados podem ser 
explicados pela participação do N na estimula-
ção da divisão celular e, assim no surgimento de 
novos cladódios, apesar da semelhança obser-
vada no volume, espessura, largura e peso dos 
mesmos. O aumento do número dos cladódios 
pode ter feito com que aumentasse a competi-
ção por nutrientes e não foi encontrado aumento 
na produção de MV, sendo 175,4; 169,8; 179,3 
e 197,1 t/ha, respectivamente, para as dose de 
0; 100; 200 e 300kh/ha de N. Por fim, os auto-
res relataram que a palma pode não conseguir 
aproveitar todo o N aplicado no seu cultivo caso 
não haja umidade para que este elemento não 
seja perdido por volatilização.
Plantio
 Normalmente, o plantio da palma acon-
tece no último terço do período da seca, pois 
Palma forrageira: cultivo e utilização na alimentação de bovinos
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Cad. Ciênc. Agra., v. 9, n. 1, p. 75-93, 2017 - ISSN 2447-6218
durante o período chuvoso pode ocorrer a “dimi-
nuição da pega” devido ao apodrecimento dos 
cladódios causados pela contaminação com 
fungos e bactérias devido ao alto teor de água 
nas raquetes e no solo (SANTOS et al., 2002).
 Para Farias; Dubeux Junior e Santos 
et al. (2005), os cladódios de dois a três anos 
são os mais indicados para propagação por emi-
tirem brotações em maior número, tamanho e 
vigor. O espaçamento a ser empregado no plan-
tio da palma forrageira está diretamente relacio-
nado a interceptação de luz, objetivo do plantio 
(produção de mudas ou implantação da forra-
gem), precipitação, consócio com outras cultu-
ras, fertilidade do solo e densidade desejada. A 
produtividade da cultura pode ser diretamente 
interferida pelas técnicas de plantio, adubação e 
colheita (ALVES et al., 2007; FARIAS; DUBEUX 
JUNIOR e SANTOS et al. 2005). A Fotografia 3 
demonstra o plantio no espaçamento entre plan-
tas de 10 cm. 
Fotografia 5 – Plantio adensado com espaçamento de 10 cm entre plantas
Fonte: Disponível em: https://goo.gl/F5HlW1.
 O espaçamento com menor adensa-
mento faz com que haja maior exposição das 
plantas ao sol, diminui a incidência de pragas e 
doenças além de facilitar os tratos culturais com 
tração animal quando cultivada por agricultores 
familiares (RAMOS et al., 2011). Segundo Teles 
et al. (2004) pode-se conseguir maiores produ-
tividades em plantios com maior densidade, po-
rém exige-se maior necessidade de nutrientes 
do solo.
 De acordo com Cavalcanti et al., (2014), 
em plantios de palma forrageira com adensa-
mento superior a 40.000 plantas/ha ocorre redu-
ção no teor de lignina devido ao menor tamanho 
dos cladódios e aumento da disponibilidade de 
nutrientes entre os mesmos.
 De acordo com Dubeux Junior et al. 
(2006) e Ramos et al. (2011), a palma forragei-
ra responde ao adensamento do plantio com a 
maior produção de MS e aproveitamento das 
águas da chuva. A Tabela 2 apresenta os resul-
tados da produtividade da palma em relação aos 
diferentes espaçamento e densidade de plantio.
Marques, O. F. C. et al.
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Tabela 2 - Produtividade da palma forrageira em diferentes densidades de plantio.
Cultivar Espaçamento (m) Densidade(Plantas/ha)
Matéria Verde
(kg/ha)
Matéria Seca
(kg/ha)
Miúda 2
10.000 118.000 8.500
80.000 639.000 44.700
Gigante 2
10.000 100.000 5.800
80.000 400.000 20.200
Redonda 2
10.000 113.000 5.800
80.000 518.000 26.500
Fonte: Adaptada de Silva et al. (2014).
 Observa-se na Tabela 2, que todas as 
cultivares apresentaram maior produtividade de 
MV e MS com o aumento da densidade da cultu-
ra, o que segundo os autores pode ser explica-
do pela maior produção de cladódios (até 400%) 
de acordo com o adensamento crescente. En-
tretanto, a cultivar miúda apresentou produtivi-
dade de MS de, aproximadamente, 37% maior 
comparada as cultivares Gigante e Redonda 
nas três densidades avaliadas. O adensamento 
provocou redução na produção de MV e MS por 
planta e demostrou que o aumento na produti-
vidade está diretamente ligado ao maior núme-
ro de plantas/ha. Além disso, há diferenças no 
padrão de crescimento entre as cultivares, em 
que as espécies Gigante e Miúda apresentam 
crescimento vertical e a Redonda, crescimento 
na horizontal (SILVA et al., 2014).
 Áreas de extremo déficit hídrico e com 
altas temperaturas que dificultam o desenvolvi-
mento da cultura da palma, pode ser utilizado 
o sistema de irrigação por gotejamento com a 
aplicação de pequena quantidade de água em 
grande intervalo entre irrigações e tem-se alcan-
çado altos níveis de produtividade. Rego et al. 
(2015) avaliaram a morfologia e rendimento de 
biomassa da palma miúda irrigada com lâmina 
de água de 2,5 mm a cada sete dias, sob três 
doses de adubação orgânica e diferentes inten-
sidades (altura) de corte aos 12 meses de idade 
(TABELA 3).
Tabela 3 – Produção de MS (t/ha) da palma miúda irrigada sob diferentes alturas de rebaixamento e 
doses de adubação orgânica aos 12 meses de idade
Altura de corte
Níveis de esterco Mg ha-1 ano-1
20 40 60
Cladódio mãe 10,94 15,42 10,78
Cladódio primário 15,83 16,70 15,18
Cladódio secundário 25,99 29,75 25,91
Fonte: Adaptada de Rego et al. (2015).
 Os autores observaram que houve res-
posta positiva da produção de MS até a inclu-
são de 40 Mg ha-1 ano-1 de esterco bovino, com 
notória redução quando adubação foi de 60 Mg 
ha-1 ano-1 . De acordo com o aumento da altu-
ra de corte, que no caso das cactáceas, faz por 
meio da preservação dos cladódios mãe, primá-
rio ou secundário, houve aumento da produção 
de MS independente da dose de adubação, pois 
ao preservarem os cladódios secundários (mais 
altos), provavelmente aumentou-se a área de 
captação de luz e, consequentemente, a taxa 
fotossintética.
 De fato, outros trabalhos observaram 
maior produção de MS com a preservação dos 
cladódios secundários. Farias et al. (2000) ob-
servaram que a produtividade da palma foi maior 
Palma forrageira: cultivo e utilização na alimentação de bovinos
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quando não foram retirados os artículos (cladó-
dios) secundários e, isto deveu-se a maior efi-
ciência fotossintética proporcionada pela maior 
área dos cladódios mantidos pós colheita. Alves 
et al. (2007) observaram maior produção de MS 
em plantio com 10.000 plantas/ha preservando 
os artículos secundários (7,84 t/ha/ano) quando 
comparado com a área que preservou os artícu-
los primário (5,55 t/ha/ano). 
 O cultivo da palma forrageira em larga 
escala tem como principal entrave a baixa dis-
ponibilidade de material para propagação, prin-
cipalmente, aqueles que são resistentes a co-
chonilha do carmim, o que resulta em aumento 
dos custos de aquisiçãocom as mudas (GAVA; 
LOPES, 2012). Para aumentar a disponibilidade 
de mudas, pode-se utilizar a fragmentação de 
raquetes e formação de banco de mudas como 
alternativa para rápida multiplicação e de baixo 
custo, com resultados de até 85% de eficiência 
na produção das mesmas. Além disso, pode ser 
alternativa viável para pequenos produtores de-
vido a necessidade de pouca mão de obra. 
 Para aumentar a velocidade de propa-
gação dos materiais e diminuir custos de im-
plantação pode ser feito o fracionamento das 
raquetes ao meio, porém esta técnica diminui 
o tamanho dos novos cladódios (SOLANO; 
ORIHUA, 2008).
 Segundo Lopes; Brito; Batista, (2009), a 
disposição dos cladódios no solo, seja inclinado 
ou na vertical, não tem efeito sobre a produti-
vidade e o motivo seria que, independente do 
sentido de plantio das raquetes, a palma emite 
novas raquetes no sentido de captarem maior 
quantidade de luz. A literatura reporta a ausên-
cia de influência do posicionamento das raque-
tes no plantio sobre a produtividade (MAFRA et 
al., 1974; ALBUQUERQUE, 2000; FARIAS; DU-
BEUX JUNIOR e SANTOS et al., 2005 e LO-
PES; BRITO; BATISTA, 2009), desde que seja 
considerado as curvas de nível de acordo com 
a declividade do solo e em relação a direção do 
vento para evitar quebra das raquetes. Entre-
tanto, Rodríguez (1975) relataram que o plantio 
da palma com raquetes voltadas para a posição 
norte-sul e faces voltadas para leste-oeste fez 
com que houvesse maior radiação sobre a plan-
ta e aumento da produção de MS.
 As mudas devem ser colhidas e coloca-
das na sombra por período de 15 a 20 dias para 
cicatrização dos cortes, diminuir a quantidade 
de água e, assim reduzir casos de doenças. As 
raquetes devem ser enterradas a profundidade 
de dois terços do seu tamanho (SANTOS et al., 
2002).
Tratos culturais
 De acordo com Santos et al. (2006), a 
palma responde igualmente as demais culturas 
quanto aos tratos culturais. Deve ressaltar que 
o controle de invasoras através da capina pode 
causar danos ao sistema radicular da cultura, 
uma vez que este se encontra superficialmente 
em sua maior parte, em até 30 cm de profundi-
dade (FELKEL e RUSSELL, 1988).
 Em plantios de maior densidade, o con-
trole das plantas daninhas pode ser feito de for-
ma eficiente, sem prejuízos à cultura, de acordo 
com as recomendações dos fabricantes po-
dendo ser aplicado Tebuthiuron, Ametryne com 
Simazine ou Diuron com Trifluralina, juntos ou 
em separado, respectivamente (FARIAS et al., 
1998), sem prejuízo ao palmal. Entretanto, de-
ve-se ponderar o tipo de invasora para melhor 
controle de plantas daninhas.
Pragas e doenças
 As cochonilhas do gênero Dactylopius 
(cochonilha do carmim) apresentam-se como 
uma das principais pragas da palma forrageira 
e em áreas onde o cultivo não é conduzido de 
forma adequada elas podem disseminar-se por 
todo palmal (WARUMBY et al., 2005).
 As cochonilhas podem causar a queda 
dos cladódios e o amarelecimento das plantas 
(FOTOGRAFIA 4) e isso deve-se, inicialmente, 
pela espoliação ao sugarem as raquetes e tam-
bém pela inoculação de toxinas (CAVALCANTI 
et al., 2001; SANTOS et al., 2006). Indireta-
mente, o orifício aberto pela picada do inseto 
nos cladódios torna-se porta de entrada para mi-
cro-organismos que causam o apodrecimento e 
queda dos cladódios e, posteriormente, o enfra-
quecimento e morte das plantas. Para Vascon-
celos et al. (2009), em pequenas propriedades o 
controle químico torna-se inviável, pois tem alto 
custo e pode causar danos ambientais.
Marques, O. F. C. et al.
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Fotografia 6 – Palmal infestado por cochonilha do carmim
Fonte: https://goo.gl/HYafpf, 2010.
 Atualmente, novas áreas de cultivo da 
palma têm sido implantadas com cultivares re-
sistentes as cochonilhas do carmim. De acordo 
com Vasconcelos et al. (2009) a utilização de 
clones resistentes é forma de controle eficien-
te, pois não apresenta custo adicional com a 
utilização de defensivos agrícolas e controla a 
população dos insetos em quantidades aceitá-
veis. As cultivares orelha de Elefante, Algerian e 
Miúda são considerados altamente resistentes à 
cochonilha do carmim, entretanto as variedades 
Redonda e Gigante são consideradas as mais 
sensíveis ao ataque destas pragas, o que repre-
senta grande perigo, uma vez que essas culti-
vares são as mais cultivadas por terem maior 
produtividade e resistência a seca.
 Além das cochonilhas, a palma pode 
sofrer ataques de outros insetos que podem 
causar danos a produção, tal como as larvas do 
besouro Ligyrus spp. conhecido popularmente 
como “pão-de-galinha” que pode atacar o pal-
mal quando é utilizado o esterco fresco na adu-
bação. Além deste, também podem causar da-
nos alguns tipos de lagartas, besouros, formigas 
cortadeiras, gafanhotos e pequenos roedores 
(SANTOS et al., 2006).
 As doenças que acometem a palma 
forrageira não provocam graves perdas, têm 
baixa incidência e sintomas diferentes e as prin-
cipais são as podridões das raquetes da base 
e raízes, provocadas pelo fungo Erwinia subsp. 
carotovora (Jones) e a podridão das raquetes 
primárias e secundárias, provocadas pelos fun-
gos Lasiodiplodia theobromae (Pat.) Sclerotium 
rolfsii Sacc, Scytalidium lignicola Pes., Fusarium 
solani (Mart.) Sacc., Macrophoma sp., Pollaccia 
sp. e Rhizoctonia solani Kühn (SANTOS et al., 
2006).
Colheita
 A palma forrageira pode ser colhida 
quando necessária, a partir de um ano de ida-
de sem perda de qualidade o que confere maior 
Palma forrageira: cultivo e utilização na alimentação de bovinos
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produtividade e estabilidade aos sistemas de 
produção animal na região semiárida até os 
quatro anos de idade. Estas características fa-
zem com que a palma tenha aumentado a área 
de cultivo (FARIAS et al., 1984; FARIAS; DU-
BEUX JUNIOR e SANTOS et al., 2005).
 De acordo Silva e Santos et al. (2006), o 
início da colheita depende do desenvolvimento 
da cultura que pode ser afetado pelas condições 
de clima e do solo e, comumente, é feita com 1,5 
a 2 anos após o plantio (FOTOGRAFIA 5). Se-
gundo estes autores, após a primeira colheita as 
demais podem ser anuais e a colheita manual 
é a maneira mais racional, mesmo com maior 
custo. 
Fotografia 7 – Plantio de palma com dois anos (ponto de colheita)
Fonte: Disponível em: https://goo.gl/khZoer, 2013.
 Segundo Santos et al. (1998), a palma 
pode ser colhida em grandes quantidades a fim 
de reduzir custos de mão de obra e transporte, 
pois ao estudarem períodos de armazenamento 
de 0; 8 e 16 dias do material colhido não obser-
varam diferenças nos teores de MS, PB e FDN 
e na produção do leite das vacas. 
Custos de implantação
 Os custos com a implantação da pal-
ma forrageira podem ser diluídos ao longo dos 
anos pelo fato da cultura ser perene, já que 
comumente um palmal pode durar mais de 19 
anos, desde que manejado adequadamente. 
Maximizar a utilização das raquetes durante o 
plantio ajuda a minimizar o custo de implantação 
e em situações de baixa disponibilidade é reco-
mendada a produção de mudas em pequenos 
canteiros para expansão futura a médio e longo 
prazo (GUIMARÃES et al., 2014). O custo com 
aquisição de mudas pode representar, aproxi-
madamente, 53% do custo total de implantação, 
o que demonstra que a estratégia de produzir as 
próprias mudas pode reduzir o custo de implan-
tação do palmal (REIS FILHO, 2013). 
 Entretanto, o alto custo de implantação 
da palma pode ser compensado pela alta produ-
tividade, principalmente, no sistema adensado, 
além de permitir aos produtores rurais ter gran-
de quantidade de alimento disponível, mesmo 
em períodos críticos de seca. 
Valor nutricional e utilização da palma forra-
geira na alimentação de bovinos
 A palma forrageira apresenta carac-
terísticas peculiares quanto a sua composição 
química comparada a outros volumosos comu-
mente utilizados na alimentação de bovinos(TABELA 4). A palma forrageira apresenta baixo 
teor de MS, em torno de 10%, com variação ob-
servada de 6,07 a 16,57%, o que limita a sua 
inclusão em dietas de bovinos pela pequena 
densidade de nutrientes. Além disso, também 
apresenta baixo teor de PB, comumente, entre 
4 a 5% da MS, o que exige a maior inclusão de 
ingredientes protéicos nas formulações para os 
bovinos. 
Marques, O. F. C. et al.
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Tabela 4 – Composição química de três cultivares de palma forrageira (Gigante, Redonda e Miúda) e 
das silagens de milho e sorgo
Autores Forragem MS (%) PB (%) FDN (%) CNF (%)
Ramos et al. (2011) Gigante 9,15 4,5 27,53 52,04
Araújo et al. (2004) Gigante 7,62 4,53 27,69 55,63
Frei Paulo (2011) Redonda 6,07 5,21 27,05 46,79
Santos et al. (1989) Redonda 16,56 2,55 - -
Frei Paulo (2011) Miúda 7,76 9,64 32,81 42,27
Araújo (2002) Miúda 13,08 3,34 16,60 71,17
Valadares Filho et al. (2006) Várias 10,20 4,95 32,06 57,29
Valadares Filho et al. (2006) S. Sorgo 30,82 6,69 61,44 25,04
Valadares Filho et al., 2006 S. Milho 30,92 7,96 55,41 34,39
MS = matéria seca; PB = proteína bruta; FDN= fibra insolúvel em detergente neutro; CNF = carboidrato 
não fibroso; S. Milho = silagem de milho; S. Sorgo = silagem de sorgo
Fonte: Elaborada pelos autores, (2017).
 Comparado aos dois tipos de silagens, 
as três cultivares da palma forrageira apresenta-
ram menores teores de MS, PB e FDN e maior 
teor de CNF. Entretanto, observou-se variação 
dos nutrientes entre os cultivares o que, prova-
velmente, aconteceu devido as diversas condi-
ções ambientais e de manejo a que foram sub-
metidas. Ressalta-se o teor de CNF da palma 
forrageira variou de 42,27% a 71,17 %, com mé-
dia de 57% da MS, valores que podem atingir 
o dobro do que, comumente, é observado para 
silagens de milho e sorgo. Além disso, apresen-
ta teores de FDN que podem ser 50% inferio-
res aos observados para as silagens (TABELA 
4). Esta composição dos carboidratos pode ser 
considerada uma grande vantagem nutricio-
nal da palma forrageira, pois representa maior 
porção dos carboidratos mais degradáveis no 
rúmen e, consequentemente, melhor aprovei-
tado pelos bovinos. Entretanto, trata-se de um 
alimento desbalanceado quanto aos nutrientes 
e por isso deve ser incluído de forma criteriosa 
para que tenha melhor aproveitamento do mes-
mo pelos animais, principalmente, aqueles de 
maior exigência nutricional. 
 A palma forrageira pode ser utilizada 
de diferentes maneiras, desde picada fresca e 
fornecida como alimento único ou como com-
ponente de dieta completa (mais recomendada) 
até em sistema de pastejo direto na alimentação 
de bovinos.
 Aguiar et al. (2015) avaliaram a utiliza-
ção da palma forrageira em dietas de novilhas 
leiteiras confinadas e verificaram a redução da 
ingestão de MS (3,09; 3,20; 2,89 e 2,51% do 
peso corporal) respectivamente, com a inclu-
são crescente de palma na dieta (0; 200; 400; 
600 g kg-1 de MS). Este efeito pode ser expli-
cado pela diminuição do teor MS da dieta total, 
conforme o aumento progressivo dos níveis de 
inclusão de palma. Não houve diferença na altu-
ra da cernelha, perímetro torácico e conversão 
alimentar para os diferentes níveis de palma na 
dieta, porém houve redução do peso corporal fi-
nal (260,83; 264,00; 256,33 e 222,33 g kg-1) de 
acordo com o aumento da palma na dieta, res-
pectivamente, 0; 200, 400 e 600 g kg-1.
 De acordo com Silva et al. (2007), as 
vacas em lactação podem ser alimentadas com 
dieta a base de palma, associada a silagem de 
sorgo, feno de capim elefante, tifton e bagaço de 
cana, sem que haja interferência na digestibili-
dade e ingestão de MS ou na produção de leite. 
Segundo os autores, há complementariedade 
entre a palma e as fontes de volumosos, desde 
que empregados em formulações balanceadas 
com limites adequados de FDN, CNF e correção 
dos teores de PB para atender os requisitos nu-
tricionais dos diferentes estágios de lactação e 
produção de leite. 
Palma forrageira: cultivo e utilização na alimentação de bovinos
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 O alto teor de CNF (55%) e o baixo teor 
de FDN (28,47%) proporciona boa condição 
para a utilização junto com alimentos fibrosos 
(FERREIRA, 2005; SOSA, 2004). De acordo 
com Andrade et al. (2002), a inclusão da palma 
em grandes quantidades nas dietas pode au-
mentar excessivamente os teores de CNF com 
consequente redução da digestibilidade dos 
nutrientes. Provavelmente, este efeito aconte-
ce pelo abaixamento do pH do rúmen a ponto 
de prejudicar a degradação da porção fibrosa 
da dieta. Estes autores relataram que vacas da 
raça Holandês alimentadas com palma forragei-
ra (Opuntia ficus-indica Mill) em substituição à 
silagem de sorgo (Sorghum bicolor (L.) Moen-
ch), apresentaram digestibilidade média para 
FDN, FDA, CNF e carboidratos total, respectiva-
mente, de 65,67; 67,21; 93,10 e 80,14% para a 
inclusão de palma na dieta de 8,88; 13,17; 17,18 
e 20,25% da MS total.
 Para a formulação de dietas completas 
de vacas lactantes é recomendado o mínimo 
de 25% do FDN (o qual 17% deste devem ter 
origem em volumosos) e com máximo 40% de 
CNF para que não haja efeitos sobre o consumo 
e digestibilidade dos nutrientes o que ressalta a 
importância de conhecer a composição química 
da palma forrageira para sua inclusão em dietas 
(NRC, 2001; ANDRADE et al., 2002).
 Para Santos et al. (2006), a palma é ali-
mento de alto valor energético com digestibili-
dade maior que a silagem de milho, porém não 
deve ser fornecida sozinha e recomendou a in-
clusão máxima em até 40 a 50% da MS na dieta 
de bovinos.
 Araújo et al. (2004) ao avaliarem duas 
cultivares de palma forrageira (Gigante e Miú-
da) com níveis de inclusão de 36 e 50% da MS 
no concentrado com e sem a inclusão de milho 
para vacas mestiças em lactação observaram 
produção e teor gordura do leite semelhantes. 
Segundo os autores, as cultivares miúda e gi-
gante não influenciaram o consumo de MS. 
 De acordo com Wanderley (2002) é 
importante que dietas com palma forrageira te-
nham a correta associação com alimentos ricos 
em fibra. Segundo os autores, a palma forrageira 
substituiu a silagem de sorgo em 12, 24 e 36% 
da MS em dietas completa para vacas da raça 
Holandês após o pico de lactação com média 
de produção diária de 27 kg sem que houvesse 
variações significativas na produção de leite cor-
rigido e não corrigido para 3% de gordura, além 
de não ter sido evidenciado distúrbios digesti-
vos.
 Mattos et al. (2000) não observaram di-
ferença na produção de leite corrigido a 4% para 
gordura de vacas mestiças com média de pro-
dução de 13 kg/leite/dia em dietas com palma 
forrageira associada a silagem de sorgo (38% 
de palma), bagaço de cana-de-açúcar hidrolisa-
do (45,7% de palma), bagaço de cana in natura 
(55,4% de palma), sacharina (40,4% de palma) 
mais suplementação com concentrado para to-
das as dietas.
 Ferreira et al. (2009a) avaliaram dife-
rentes concentrações de ureia (1,38; 0,38; 0,88; 
0,90 e 1,11%) respectivamente em dietas com-
pletas de vacas da raça Holandês a base de 
palma forrageira para os níveis (50,05; 49,81; 
46,66; 48,38 e 49,72% da MS) e diferentes volu-
mosos, respectivamente, bagaço de cana, feno 
de capim-tifton, feno de capim elefante, silagem 
de sorgo e silagem de sorgo mais bagaço de 
cana. Os autores não observaram diferença na 
produção de leite que apresentou média de 17,5 
kg/dia. Segundo os autores, não houve diferen-
ça na síntese de proteína microbiana no rúmen 
e nos níveis de N-uréico do plasma sanguíneo 
e do leite, provavelmente, pela melhor utilização 
da amônia no rúmen causada pelo alto teor de 
CNF da palma o que contribuiu para o sincronis-
mo do nitrogênio e energia nas diferentes die-
tas. 
 Ferreira et al. (2009b) relataram que a 
palma forrageira tem cada vez mais despertado 
o interesse de produtores das regiões semiá-
ridas pela sua inclusão na dieta de diferentes 
categoriasde bovinos em diferentes formas e 
assim ter menor dependência de insumos de 
maior custo, principalmente, o milho. Os autores 
relataram que em dietas com inclusão entre 64 
a 70% de palma para novilhas da raça Holandês 
e 5/8 Holandês x Gir, o ganho médio diário va-
riou de 0,43 a 1,20 kg/dia o que demonstrou o 
potencial de utilização desta forrageira para alto 
desempenho de bovinos. 
 Além do fornecimento da palma aos ani-
mais de forma picada ou em dietas completas a 
mesma pode ser fornecida por meio do pastejo 
direto. O pastejo direto tem como vantagens a 
redução de gastos com mão de obra para a co-
lheita. Entretanto, essa técnica requer manejo 
adequado do pastejo, pois os animais podem 
causar danos às plantas e reduzir a vida útil do 
palmal. Além disso, em áreas adensadas essa 
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técnica tem maior dificuldade de implantação 
(FARIAS; DUBEUX JUNIOR e SANTOS et al., 
2005). Não foram obtidos resultados com bovi-
nos em pastejo da palma.
Conclusão
 A palma forrageira é importante alter-
nativa para o cultivo e alimentação animal em 
condições semiáridas, devido a sua alta adapta-
ção à seca, boa produtividade de matéria seca e 
ao bom valor nutricional. O plantio deve ser fei-
to com cultivares resistentes as cochonilhas do 
carmim. O seu nível de inclusão na dieta deve 
ser de acordo com os níveis de CNF da dieta 
para atender as necessidades dos animais. A 
palma apresenta potencial para utilização em 
bovinos de alta produção desde que inclusa de 
maneira adequada em dietas balanceadas.
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