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resenha didática em questão vera Maria candau

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CANDAU, V. M. A didática e a formação de educadores-Da exaltação à negação: a busca da relevância. in: CANDAU, V. M. A didática em questão. 30 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2010
Essa possui graduação em Pedagogia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e Doutorado e Pós-doutorado em Educção pela Universidad Complutense de Madrid . Realizou também estudos no nível de pós-graduação na Universidade Católica de Louvain (Bélgica ) Atualmente é professora eméritar do Departamento de Educação da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Assessora experiências e projetos sócio-educativos no país e no âmbito internacional, particularmente em países latino-americanos. Tem ampla experiência de ensino desde o escola básica aos cursos de licenciatura, mestrado e doutorado. É coordenadora do grupo de Pesquisas sobre Cotidiano, Educação e Cultura(s), através do qual tem desenvolvido sistematicamente pesquisas sobre as relações entre educação e cultura(s). Suas principais áreas de atuação são: educação multi/intercultural, cotidiano escolar, didática, educação em direitos humanos e formação de educadores/as É pesquisadora Senior do CNPq. (Texto informado pelo autor)
No primeiro capítulo do livro" A didática em questão", a autora faz-se uma historização do processo de contestação da didática com a educação, através de sua própria experiencia, de forma que aprofunda-se na didática e expõe suas problemáticas. No qual, nota-se que os educadores foram e ainda são influenciados pelo processo histórico da educação. Desse modo, é necessário a compreensão das tendências pedagógicas, as quais influenciam as práticas docentes, sendo elas: tendência pedagógica tradicional, Escola novista e Progressista Críticas.
Ademais, a autora divide o capitulo em: 1. A Multidimensionalidade do processo de ensino/Aprendizagem; 2. Ensinando Didática e 3. De uma didática instrumental a uma didática fundamental
Assim, a Multidimensionalidade do processo de ensino-Aprendizagem, essa explica que o processo de ensino-aprendizagem, compreende-se na articulação, entre as dimensões humana, técnica e político-social.
Visto que, a abordagem humanista explica que a relação humana é importante para processo de ensino-aprendizagem. No qual, aborda-se uma perspectiva eminentemente, subjetiva, individualista e afetiva no mesmo. No entanto, a dimensão técnica processo de ensino/aprendizagem como algo intencional, sistemático, que procura organizar as condições (avaliação, seleção de conteúdo, estratégias de ensino e etc.) 
2. Ensinando Didática: 
Outrossim, a autora parte de sua experiência como professora de Didática, realizando uma crítica da evolução de ensino de Didática da década de 60 até hoje. Sendo dividido em:
1º MOMENTO: A AFIRMAÇÃO DO TÉCNICO E O SILENCIAR DO POLÍTICO: OPRESSUPOSTO DA NEUTRALIDADE
A autora fala de sua experiencia, criticando a didática tradicional e a afirmação da perspectiva escola novista, na superação daquela. Onde essa baseia-se nos interesses espontâneo e naturais das crianças; nos princípios de atividade, de individualização e de liberdade. Colocando em vista a psicologia evolutiva, na necessidade de “aprender fazendo” e de “aprender a aprender”, dando enfoque as diferenças individuais, e aos estudos dos métodos e técnicas: como: “centros de interesse”, estudo dirigido, unidades didáticas, método de projetos, a técnica de fichas didáticas, o contrato de ensino etc. 
Entretanto, desde do início dos anos 60, o desenvolvimento da tecnologia Educacional, e concretamente, do Ensino Programado, dessa forma, impactando a área da Didática, passando uma visão tecnológica à educação. Por quanto, após a revolução de 64, com a retomada da expansão econômica e o desenvolvimento industrial o campo educacional passa a ter uma visão “industrial’’, onde a didática é concebida como estratégia para o alcance dos “produtos” previstos para o processo de ensino-aprendizagem. Assim, na perspectiva tecnológica educacional a didática centra-se na organização das condições, no planejamento do ambiente, na elaboração dos materiais instrucionais. Assim como a objetividade e a racionalidade.
2° MOMENTO: A AFIRMAÇÃO DO POLÍTICO E A NEGAÇÃO DO TÉCNICO: A CONSTENTAÇÃO DA DIDÁTICA
 Por conseguinte, a partir da metade da década de 70 as criticas realizadas as perspectivas anteriores acentuou-se e essa teve uma aspecto positivamente forte: denunciando a falsa neutralidade técnica e o desvelamento dos reais compromissos político-sociais das firmações aparentemente “neutras” no qual não há possibilidade da pratica social não ser orientada socialmente e politicamente, de modo implícito e explicito. Porém, essa com uma postura de denúncia e de explicitação do compromisso como status quo de denúncia do técnico aparentemente neutro, onde alguns autores chegaram a negar da própria dimensão técnica da pratica docente.
3. DEU UMA DIDÁTICA INSTRUMENTAL A UMA DIDÁTICA FUNDAMENTAL
 No momento atual segundo o Salgado (1982) ao professor de didática apresenta-se duas alternativas a receita ou a denúncia. Isto é, ou ele transmite informações técnicas desvinculadas dos seus próprios fins e do contexto em que foram geradas, com elenco de procedimentos pressupostamente neutros e universais, ou critica a essa perspectiva, denuncia-se o compromisso ideológico e nega a didática como necessariamente vinculada a uma visão tecnicista da educação. 
 De tal forma que crítica a visão instrumental da didática reduzindo a negação no qual pela pratica pedagógica ser exatamente política exige a competência técnica onde as dimensões políticas, técnica e humana da pratica pedagógica exigem-se reciprocamente. Mas esta possui mútua implicações por não dá-se de forma automática espontânea. Sendo necessário que seja conscientemente trabalhada. Desse modo, é preciso uma didática fundamenta. Porr isso a assume a multidimensionalidade do processo de ensino-aprendizagem articulando-se as três dimensões humana técnica e política.
 Ainda que, possui-se uma reflexão na didática essas parte-se do compromisso com as transformações sociais e na busca de práticas pedagógicas que tornam o ensino de fato eficiente, sendo necessário a superação de uma didática exclusivamente instrumental e a construção de uma didática fundamental.

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