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APOSTILA 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
 
GUARDA CIVIL MUNICIPAL 
 
 
 
 
 
 
Prof. Ronie M. Silva 
e-mail: rpmcursospreparatorios@gmail.com 
 
“Duas coisas são infinitas: o universo e a estupidez humana. Mas, em relação ao universo, ainda não 
tenho certeza absoluta.” Albert Einstein 
https://www.pensador.com/autor/albert_einstein/
 
 
Sumário 
 
Português – Teoria ........................................................................................................................ 04 
 
Prova GMBH/2009 ........................................................................................................................ 37 
Gabarito ......................................................................................................................................... 44 
 
Português – Exercícios ................................................................................................................. 44 
Gabarito ....................................................................................................... .................................. 50 
 
Direito Constitucional (Art.1º ao 11 e 144) ................................................................................... 50 
Exercícios ...................................................................................................................................... 53 
Gabarito ......................................................................................................................................... 58 
 
Direitos Humanos .......................................................................................................................... 58 
Exercícios ............................................................................................... ....................................... 60 
Gabarito ....................................................................................................... .................................. 65 
 
Estatuto da Criança e do Adolescente .......................................................................................... 65 
Exercícios .................................................................................................................. .................... 65 
Gabarito ......................................................................................................................................... 70 
 
Lei orgânica do município de Belo Horizonte ................................................................................ 70 
Exercícios ...................................................................................................................................... 79 
Gabarito .................................................................................................................... ..................... 81 
 
Código de Posturas Municipais ..................................................................................................... 81 
Exercícios ........................................................................................................ .............................. 88 
Gabarito ............................................................................................................ ............................. 89 
 
Estrutura orgânica da administração pública do Poder Executivo ................................................ 89 
Exercícios ......................................................................................................... ........................... 102 
Gabarito .................................................................................. ..................................................... 104 
 
Decreto Municipal n° 11.566 ....................................................................................................... 104 
Exercícios .................................................................................................................................... 104 
Gabarito .................................................................................................................... ................... 105 
 
Estatuto da Guarda Municipal de Belo Horizonte ....................................................................... 105 
Exercícios .................................................................................................................. .................. 118 
Gabarito ........................................................................................................................ ............... 119 
 
Estatuto Geral da Guarda Municipal ........................................................................................... 120 
Exercícios .................................................................................................................. .................. 122 
Gabarito ....................................................................................................................................... 124 
 
Plano de Carreira da Guarda Civil Municipal .............................................................................. 124 
Exercícios .................................................................................................................................... 129 
Gabarito .................................................................................................................... ................... 130 
 
Estatuto do Desarmamento ......................................................................................................... 130 
Exercícios .................................................................................................................. .................. 134 
Gabarito..................................................................................................................... ................... 137 
 
 
 
Decreto Federal nº 5.123/2004 ................................................................................................... 137 
Exercícios .................................................................................................................. .................. 146 
Gabarito........................................................................................................................................ 147 
 
Lei nº 13.675/18 .......................................................................................................................... 148 
Exercícios .................................................................................................................................... 151 
Gabarito............................................................................................................ ............................ 152 
 
Lei de Abuso de Autoridade ........................................................................................................ 152 
Exercícios .................................................................................................................................... 155 
Gabarito...................................................................................... .................................................. 158 
 
Direito Penal Comum (Parte geral e especial) ........................................................................... 158 
Exercícios ........................................................................................... ......................................... 161 
Gabarito ....................................................................................................................................... 166 
 
Exercícios Informática ................................................................................................................ 166 
Gabarito........................................................................................................................................ 169 
 
Noções de geografia urbana .......................................................................................................166 
Exercícios .............................................................................................................. ...................... 174 
Gabarito ....................................................................................................................................... 176 
 
História de Belo Horizonte ........................................................................................................... 176 
Exercícios .............................................................................................................. ...................... 178 
Gabarito ....................................................................................................................................... 180 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
LÍNGUA PORTUGUESA 
 
 
FONÉTICA 
 
Parte da língua portuguesa que estuda os sons das palavras. 
Os fonemas da Língua Portuguesa classificam-se em: vogais, semivogais e consoantes: 
 
- Vogais: são fonemas pronunciados sem obstáculo à passagem de ar, chegando livremente ao exterior, pois são 
naturalmente fortes. 
 
Elas são: A /a/ — E /e/ — O /o/. O “I” e o “U” 
Serão considerados vogais apenas quando estiverem sozinhos e formadores de sílabas. 
Ex: tomate => /t/ /o/ /m/ /a/ /t/ /e/; 
saci => /s/ /a/ /s/ /i/; tatu => /t/ /a/ /t / /u/. 
 
- Semivogais: são os fonemas que se juntam a uma vogal, formando com esta uma só sílaba: 
 
Ex: couro, baile. Observe que só os fonemas I e U átonos funcionam como semivogais. 
 
- Consoantes: são fonemas produzidos mediante a resistência que os órgãos bucais (língua, dentes, lábios) opõem 
à passagem de ar. 
 
Exemplos: rato, jiló, dúvida. Encontro Vocálico 
É quando as vogais e semivogais se encontram. Há três tipos de encontros vocálicos: 
 
- Hiato: é o agrupamento de duas vogais, cada uma em uma sílaba diferente. 
Ex.: Sa-a-ra, afi-a-do, pi-a-da. 
Obs.: quando o “I” e o “U” forem pronunciados tonicamente (fortes) e estiverem isolados, formando uma sílaba, 
deverão ser devidamente acentuados: 
Ex: vi – ú – va; Pi – au – í, tui – ui – ú. 
 
- Ditongo: é o agrupamento de uma vogal + semivogal (ditongo decrescente) ou de uma semivogal e uma vogal 
(ditongo crescente) em uma mesma sílaba. Chamaremos ainda de oral e nasal, conforme ocorrer a saída do ar 
pelas narinas ou pela boca. Às vezes o “N” e o “M” poderão fazer sons vocálicos nasais: lim - po; en-xu-to 
Existem apenas três ditongos chamados abertos: oi, ei, éu, que possuem pronúncia mais acentuada. 
Ex: Chapéu. 
Se a pronúncia é mais branda tem-se o ditongo fechado. 
Ex: correu. 
 
- Tritongo: é a ocorrência de uma semivogal + vogal + semivogal. Também pode ser oral ou nasal, mas não 
crescente nem decrescente. 
Ex.: a-güei = /a/ - /g/ /w/ /e/ /y/ (tritongo oral); 
á-güem = /a/ - /g/ /w/ /e/ /û/ (tritongo nasal). 
 
- Encontro Consonantal 
É o agrupamento de consoantes. Há três tipos de encontros consonantais: 
- Encontro consonantal próprio: é o agrupamento de consoantes, lado a lado, cada qual com o seu devido fonema, 
mas na mesma sílaba. 
 
Ex.: brasa => /b/ /r/ /a/ - /z/ /a/, planeta => /p/ /l/ /a/ - /n/ /e/- /t/ /a/. 
- Encontro consonantal impróprio: é o agrupamento de consoantes, lado a lado, em sílabas diferentes. 
 
Ex.: apto => /a/ /p/ - /t/ /o/; cacto => /k/ /a/ /k/ - /t/ /o/ 
Obs.: não se esqueça de que as letras M e N pós-vocálicas não são consoantes, e sim semivogais ou simples sinais 
de nasalização. 
 
- Dígrafo é o agrupamento de duas letras com apenas um fonema. Os principais dígrafos são: 
- rr /R/ - arroz = ar-roz - /a/ /R/ /o/ /s/. 
- ss /s/ - assar = as-sar - /a/ /S/ /a/ /r/. 
- sc /s/ - nascer = nas-cer - /n/ /a/ /S/ /e/ /r/. 
- sç /s/ - desço = des-ço - /d/ /e/ /S/ /o/. 
- xc /s/ - exceto = ex-ce-to - /e/ /S/ /e/ /t/ /o/. 
5 
 
- xs /s/ - exsudar = ex-su-dar - /e/ /S/ /u/ /d/ /a/ /r/. 
- lh / - alho = a-lho - /a/ /l/ /o/. 
- nh /ñ/ - banho = ba-nho - /b/ /a/ /ñ/ /o/. 
- ch /x/ - cacho = ca-cho - /k/ /a/ /x/ /o/. 
- qu /k/ - querida = que-ri-da - /k/ /e/ /r/ /i/ /d/ /a/. 
- gu /g/ - sangue = san-gue - /s/ /ã/ /g/ /e/. 
 
Obs: QU e GU só serão dígrafos, quando estiverem seguidos de e ou i. 
 
- Dígrafo Vocálico: é o outro nome que se dá ao Ressôo Nasal, pelo fato de serem duas letras com um fonema 
vocálico. 
 
Ex.: sangue = san-gue - /s/ /ã/ /G/ /e/. 
 
- Dífono é quando uma única letra possuir dois fonemas. 
- Ex: Táxi - /t/a/ks/i; paradoxo - /p/a/r/a/d/o/ks/o 
 
ESTRUTURA DAS PALAVRAS 
 
As palavras são constituídas de morfemas, que são unidades mínimas indivisíveis da palavra (equivalem às células 
do corpo). 
Esses morfemas apresentam significados, que podem ser de natureza lexical (conceitos e sentidos da língua; léxico 
é o conjunto de palavras de uma língua, ou seja, vocabulário) ou de natureza gramatical (gênero, número, modo, 
tempo). 
 
Os morfemas podem ser divididos em: 
- elementos básicos e significativos: raiz, radical e tema; 
- elementos modificadores de significação: afixos, desinências e vogal temática; 
- elementos de ligação: vogais ou consoantes, também chamados de infixos. 
 
- Raiz: É o elemento mínimo, primitivo, carregado do núcleo significativo que se conserva através do tempo, comum 
às palavras cognatas, ou seja, da mesma família. É objeto de estudo da Etimologia, parte da gramática que estuda a 
origem das palavras. 
 
A título de exemplo, as palavras estar (em latim, stare) e constar (em latim, constare) possuem a mesma raiz: “st”. 
 
- Radical: É o elemento comum das palavras cognatas. É responsável pelo significado básico da palavra. 
 
Ex.: terra, terreno, terreiro, terrinha, enterrar, terrestre e aterrar. 
Ao radical, juntam-se os demais elementos, como desinências, sufixos, prefixos, infixos (vogais e consoantes de 
ligação), vogais temáticas, de forma a compor novas palavras. 
Nos verbos, o radical é o que resta após eliminar a terminação “AR”, “ER”, “IR”: 
CANTAR = radical é CANT BEBER = radical é BEB PARTIR = radical é PART 
Nos nomes, o radical pode ser facilmente encontrado flexionando os nomes de várias formas, o que se repetir será o 
radical. 
Ex: Carro, carrinho, carrão, encarrilhado. Radical: carr – vogal temática: 
 
- Afixos: São partículas que se ligam ao radical para formar outras palavras, podendo ser: 
 
Prefixos: colocados antes do radical. Ex.: desleal, ilegal 
Sufixos: colocados depois do radical. Ex: felizmente, igualdade 
- Infixos 
Os infixos, também chamados de vogais ou consoantes de ligação, não são significativos e, por isso, não são 
considerados morfemas, entrando na formação das palavras apenas para facilitar a pronúncia. 
Ex.: café (radical) + T + eira (sufixo) = cafeteira capim(radical) + Z + al (sufixo) =capinzal 
rod (radical) + O + via (radical) = rodovia 
 
- Vogal Temática: Partícula que se junta ao radical para receber outros elementos. Pode existir vogal temática tanto 
em verbos quanto em nomes. 
 
Ex.: beber, rosa, sala. 
Nos nomes, as vogais temáticas podem ser a, e, o. 
6 
 
Nos verbos, também são três as vogais temáticas – a, e, i – e estas indicam a conjugação a que pertencem os 
verbos (1ª, 2ª ou 3ª conjugação, respectivamente). 
Ex.: partir (PART + I + R) - verbo de 3ª conjugação sonhando (SONH + A + NDO) – verbo de 2ª.conjugação. 
 
- Tema: É a união do radical com a vogal temática. 
 
Ex.: cantaremos = cant (radical) + a (VT) = canta (tema) mala = mal (radical) + a (VT) = mala 
 
- Desinências 
São morfemas colocados no fim das palavras para indicar flexões. Podem ser: 
 
1) Nominais: indicam gênero (feminino ou masculino) e número (singular ou plural) dos nomes (substantivos, 
adjetivos, alguns pronomes e numerais). 
1.1 Verbais: existem dois tipos de desinências verbais: 
1.2 - desinência modo-temporal (DMT) que indica o modo e o tempo verbal: 
1.3 - desinência número-pessoal (DNP) que indica o número e pessoa. 
 
2.1) Verbo-nominais (VN): indica as formas nominais dos verbos (infinitivo, gerúndio e particípio).Ex.: beber, 
correndo, partido. 
 
PROCESSOS DE FORMAÇÃO DE PALAVRAS 
 
Já conhecemos as “partes” das palavras - morfemas. Agora, veremos a maneira como os morfemas se organizam 
para formar novas palavras. 
Os principais processos de formação são: Derivação, Composição, Hibridismo, Onomatopeia, Sigla e Abreviação. 
 
1. Derivação: Processo de formar palavras no qual a nova palavra é derivada de outra chamada de primitiva. Os 
processos de derivação são: 
 
Derivação Prefixal: A derivação prefixal é um processo de formar palavras no qual acrescentamos um ou mais 
prefixos à palavra primitiva. 
Ex.: pôr (primitiva) / compor (prefixo + primitiva) / recompor (dois prefixos + primitiva). 
 
Derivação Sufixal: A derivação sufixal é um processo de formar palavras no qual acrescentamos um ou mais sufixos 
à palavra primitiva. 
Ex.: real (primitiva) / realmente (primitiva + sufixo). 
 
Derivação Prefixal e Sufixal: A derivação prefixal e sufixal existe quando um prefixo e um sufixo são acrescentados 
à palavra primitiva de forma independente, ou seja, sem a presença de um dos afixos a palavra continua tendo 
significado. 
Ex.: deslealmente (prefixo: des + sufixo: mente) 
Também existem os vocábulos: desleal / lealmente. 
 
Derivação Parassintética: A derivação parassintética ocorre quando um prefixo e um sufixo são simultaneamente 
acrescentados à palavra primitiva de forma dependente, ou seja, sem um deles a palavra não se reveste de nenhum 
significado. 
Ex.: anoitecer (prefixo: a + sufixo: - ecer) - não existem “anoite” nem “noitecer”. 
 
Derivação Regressiva: Normalmente, as palavras derivadas são maiores que as primitivas. No processo de 
derivação regressiva ocorre o inverso, a derivada é menor que a primitiva, ocorrendo assim perda vocabular. 
 
Obs: Chama-se deverbal quando, a partir desse processo, um verbo (geralmente indicativo de ação) dá origem a um 
substantivo abstrato. 
Ex: COMPRAR  COMPRA 
 
Derivação Imprópria: A derivação imprópria, também intitulada de “mudança de classe” ou “conversão”, ocorre 
quando uma palavra comumente usada como pertencente a uma classe gramatical é usada na função de outra, 
mantendo inalterada sua forma. 
Ex: Comício monstro (substantivo usado como adjetivo) 
 
2. Composição: Consiste na criação de uma nova palavra a partir da junção de dois ou mais radicais (palavra 
composta). Pode ocorrer de duas formas: 
- Aglutinação - ocorre alteração na forma ou na acentuação dos radicais originários. 
Ex: fidalgo (filho + de +algo); embora (em + boa + hora) 
7 
 
 
- Justaposição - seu próprio nome já indica o processo. Os radicais são mantidos da forma original, podendo ser 
ligados diretamente ou por hífen. 
Ex: beija-flor; bem-me-quer; segunda-feira 
 
3. Hibridismo: Consiste na formação de palavras a partir da junção de radicais de línguas diferentes. 
Ex: auto/móvel (grego + latim) bio/dança (grego + português). 
 
4. Onomatopeia: Consiste na formação de palavras pela imitação de sons e ruídos. 
Ex: pingue-pongue, buá, miau, tique-taque, zunzum. 
 
5. Sigla: Consiste na redução de nomes ou expressões empregando a primeira letra ou sílaba de cada palavra. 
Ex: UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais, IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 
 
6. Abreviação ou redução: Consiste na redução de parte de palavras com objetivo de simplificação. 
Ex: moto (motocicleta); gel (gelatina); cine (cinema) extra (extraordinária). 
 
SEMÂNTICA 
 
É o estudo do sentido das palavras de uma língua. Estuda basicamente os seguintes aspectos: sinonímia, paronímia, 
antonímia, homonímia, polissemia, conotação e denotação. 
 
-Sinonímia: É a relação que se estabelece entre duas palavras ou mais que apresentam significados iguais ou 
semelhantes - SINÔNIMOS. 
Ex.: Cômico - engraçado Débil - fraco, frágil 
Distante - afastado, remoto 
 
-Antonímia: É a relação que se estabelece entre duas palavras ou mais que apresentam significados diferentes, 
contrários - ANTÔNIMOS. 
Ex.: economizar / gastar; bem / mal; bom / ruim 
 
-Homonímia: É a relação entre duas ou mais palavras que, apesar de possuírem significados diferentes, possuem a 
mesma estrutura fonológica - HOMÔNIMOS. 
As homônimas podem ser: 
 
Homógrafas heterofônicas (ou homógrafas) - são as palavras iguais na escrita e diferentes na pronúncia. 
Ex.: gosto (substantivo) - gosto (1ª pess. sing. pres. ind. – verbo gostar) Conserto (substantivo) – conserto (1ª pess. 
sing. pres. ind. – verbo consertar) 
 
Homófonas heterográficas (ou homófonas) - são as palavras iguais na pronúncia e diferentes na escrita. 
Ex.: cela (substantivo) - sela (verbo) 
Cessão (substantivo) – sessão (substantivo) Cerrar (verbo) - serrar (verbo) 
 
Homófonas homográficas (ou homônimos perfeitos) - são as palavras iguais na pronúncia e na escrita. 
Ex.: cura (verbo) - cura (substantivo) Verão (verbo) - verão (substantivo) Cedo (verbo) - cedo (advérbio) 
 
Paronímia: É a relação que se estabelece entre duas ou mais palavras que possuem significados diferentes, mas 
são muito parecidas na pronúncia e na escrita - PARÔNIMOS. 
Ex.: Cavaleiro - cavalheiro Absolver - absorver Comprimento – cumprimento 
 
- Conotação e Denotação 
 
Conotação é o uso da palavra com um significado diferente do original, criado pelo contexto. 
Ex.: Você tem um coração de pedra. 
 
Denotação é o uso da palavra com o seu sentido original. Ex.: Pedra é um corpo duro e sólido, da natureza das 
rochas. 
 
Polissemia: É a propriedade que uma mesma palavra tem de apresentar vários significados. 
Ex.: Ele ocupa um alto posto na empresa. 
Abasteci meu carro no posto da esquina. 
 
ORTOGRAFIA 
 
8 
 
Uso dos PORQUÊS (Porque, porquê, por que, por quê) 
 
1 - Usa-se POR QUE quando houver a junção da preposição por com o pronome interrogativo que ou com o 
pronome relativo que. Para facilitar, dizemos que se pode substituí- lo por por qual razão, pelo qual, pela qual, pelos 
quais, pelas quais, por qual. 
Ex: Vá pelo caminho POR QUE te ensinei (pelo qual) POR QUE você não vai ao cinema? (por qual razão). Não sei 
POR QUE não quero ir. (por qual motivo) 
 
2 – Usa-se PORQUE É uma conjunção subordinativa causal ou conjunção subordinativa final ou conjunção 
coordenativa explicativa, portanto estará ligando duas orações, indicando causa, explicação ou finalidade. Para 
facilitar, dizemos que se pode substituí-lo por “já que”, “pois” ou “a fim de que”, “uma vez que”, “para que”. 
Ex: Não saí de casa, porque estava doente. (já que) 
Não vá fazer intrigas PORQUE prejudicará você mesmo. (uma vez que) 
 
3 – Usa-se PORQUÊ (junto e com acento) É um substantivo, por isso somente poderá ser utilizado, quando for 
precedido de artigo (o, os), pronome adjetivo (meu(s), este(s), esse(s), aquele(s), quantos(s)...) ou numeral (um, dois, 
três). Ex: Quero que você me dê um PORQUÊ de seu atraso. 
Ex: Diga-me o PORQUE de seu atraso 
 
4 - POR QUÊ (separado e com acento). Sempre que a palavra que estiver em final de frase, deverá receber acento, 
não importando qual seja o elemento que surja antes dela. 
Ex: Você não veio ontem, POR QUÊ? 
 
ONDE x AONDE x DONDE 
 
Emprega-se AONDE com os verbos que dão ideia de movimento. Equivale sempre a PARA QUE LUGAR. (Para 
onde) 
Ex: Aonde você vai? (Para que lugar você vai?) 
Aonde nos leva com tal rapidez? (Para que lugar nos leva com tanta rapidez?) 
Com os verbos que não dão ideia de movimento emprega-se ONDE e equivale a EM QUE LUGAR. 
Ex: Onde estão os livros? (Em que lugar estão os livros?) 
Não sei onde te encontrar (Não sei em que lugar te encontrar.). 
DONDE corresponde a de algum lugar , ao lugar que (em que direção). Ex: A cidade donde vim é belíssima. 
 
MAU x MAL 
 
MAU (antônimo de bom). 
Ex: Escolheu um mau momento. 
 
MAL (antônimo de bem) 
Ex: Estou passando mal. Ex: Mal chegou e foi dando as ordens. 
 
SESSÃO x SEÇÃO x CESSÃO 
 
SESSÃO é o intervalo de tempo que dura uma reunião. 
Ex: Assistimos a uma sessão de cinema. 
Ex: Reuniram-se em sessãoextraordinária. 
SEÇÃO (ou secção) significa parte de um todo, subdivisão. 
Ex: Lemos a noticia na seção de esportes. 
Compramos os presentes na seção de brinquedos. 
CESSÃO significa o ato de ceder. 
Ex: Ele fez a cessão dos seus direitos autorais. 
A cessão do terreno para a construção do estádio agradou a todos. 
 
HÁ x A 
Na indicação de tempo passado emprega-se HÁ (equivale a FAZ). 
Ex: Há dois meses que ele não aparece. 
Ele chegou da Europa há um ano. 
Usa-se A para indicar tempo futuro. 
Ex: Daqui a dois meses ele aparecerá. Ela voltará daqui a um ano. 
AFIM DE significa ter afinidade: 
Ex: A sogra é afim do genro. (Tem afinidade com o genro) 
 
9 
 
A FIM DE: significa ter uma finalidade, um objetivo: 
Ex: Eu estudo a fim de que possa ser aprovado. (é uma meta, um objetivo) 
 
ACENTUAÇÃO 
 
A acentuação gráfica leva em consideração a sílaba tônica sobre a qual recairá o acento gráfico. A rigor, temos dois 
tipos de acento. 
 
Acento prosódico: aparece em todas as palavras com duas ou mais sílabas. É o acento da fala.Ex: carro, vida, 
cartel. 
 
Acento gráfico: sinal que marca a sílaba tônica de algumas palavras. É o acento da escrita. Não aparece em todas 
as palavras. 
 
Regras de acentuação 
 
Monossílabo tônico: São acentuados os monossílabos tônicos terminados em: A(s) / E(s) / O(s). 
Ex: pá(s), vá, lá, fé, pé(s), só(s), pó, nós. 
Obs: Os monossílabos também poderão ser átonos, não possuem acentuação própria, isto é, são pronunciados com 
pouca intensidade. Normalmente, são pronomes oblíquos (quase todos os monossílabos), preposições e conjunções 
monossilábicas: o, e, se, a, de. 
 
- Oxítonas: São as palavras em que a tonicidade está na última sílaba, devendo necessariamente terminar em Serão 
acentuadas as palavras oxítonas terminadas em A(s) / E(s) / O(s) / EM / ENS. 
Ex: cajá, vatapá, café, ralé, cipó, xilindró, ninguém, amém, parabéns. 
 
- Paroxítonas: A tonicidade está na penúltima sílaba, sendo acentuadas as terminadas em: us, um, uns, os, l, i(s), r, 
ã, x, n, ditongo crescente. 
 
Ex: Falência, bônus, fórum, fórceps, revólver, útil, tórax, órfã, hífen. 
Obs: Como regra geral, acentuam-se TODAS as que NÃO terminam em - A(S), E(S), - O(S), - EM (- ENS). Daí por 
que hifens não recebe acento. 
 
-Proparoxítona: Todas as proparoxítonas são acentuadas, pois a tonicidade recai sobre a antepenúltima sílaba. 
Ex: Vítima, tártaro, bálsamo, fósforo. 
Obs: O acento diferencial deixou de existir com a reforma ortográfica, permanecendo apenas nos verbos ter e vir e 
seus derivados (reter, entreter, convém, intervém), para diferenciar singular do plural. Permanece também o acento 
diferencial de pôr (verbo) e por (preposição) 
Ex: Ele tem patrimônio / Eles têm patrimônio. Vou pôr o livro ali / Venha aqui, por favor. 
 
Mudanças nas regras de acentuação 
 
1. Não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico 
na penúltima sílaba). Ex: Androide, alcateia, asteroide, colmeia. 
Obs: Essa regra é válida somente para palavras paroxítonas. Assim, continuam a ser acentuadas as palavras 
oxítonas e os monossílabos tônicos terminados em éi(s) e ói(s). 
Ex: Papéis, herói, heróis, dói (verbo doer), sóis. 
 
2. Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no i e no u tônicos quando vierem depois de um ditongo 
decrescente. 
Ex: Baiuca, Bocaiuva. 
Obs 1: Se a palavra for oxítona e o i ou o u estiverem em posição final (ou seguidos de s), o acento permanece. 
Ex: Tuiuiú, Piauí, Tucuruí. 
Obs 2: Se o i ou o u forem precedidos de ditongo crescente, o acento permanece. 
Ex: Guaíba, Guaíra. 
3. Não se usa mais o acento das palavras terminadas em eem e oo(s). 
Ex: Leem, deem, enjoo, voo. 
 
4. Trema: O trema não existe mais, somente em nomes próprios e palavras com a mesma origem. Ex: müller, 
bünchen. 
 
CLASSES DE PALAVRAS 
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São dez as classes de palavras na Língua Portuguesa: substantivo, adjetivo, pronome, verbo, artigo, numeral, 
advérbio, conjunção, preposição e interjeição. As seis primeiras são variáveis, ou seja, flexionam-se; as outras quatro 
são invariáveis. 
 
PRONOMES 
 
Pronomes são palavras que determinam um substantivo ou ocupam o seu lugar. Daí, a designação pronomes 
adjetivos ou pronomes substantivos, respectivamente. 
Servem para, no primeiro caso, acompanhar um substantivo, determinando-lhe a extensão (assim como o faz um 
adjetivo) e, no segundo, representar o próprio substantivo, ficando em seu lugar. 
Todo pronome tem uma função sintática, que pode ser própria do substantivo (sujeito, objeto direto, objeto indireto) 
ou do adjetivo (adjunto adnominal, predicativo do sujeito, predicativo do objeto). 
São divididos em pronomes: 
 
1. Pessoais: 
Representam as três pessoas do discurso - a que fala (1ª pessoa), a com quem se fala (2ª pessoa) e a de quem se 
fala (3ª pessoa). Dividem-se em retos e oblíquos. Regra geral, os retos exercem a função de sujeito ou de 
predicativo do sujeito, enquanto que os oblíquos funcionam como complementos (objetos diretos, indiretos ou 
adjuntos). Os pronomes oblíquos devem obedecer a certas regras de colocação (sintaxe de colocação pronominal), 
 
 
2. De tratamento: 
Categoria dos pronomes pessoais que designa a forma de tratamento a ser usada no trato com certas pessoas. A 
pessoa com quem se fala pode ser expressa também pelo pronome de tratamento, que leva tanto o verbo quanto os 
pronomes para a 3ª pessoa. Os únicos pronomes de tratamento que admitem o uso do artigo acompanhando-os são: 
senhor, senhora e senhorita. 
 
3. Possessivos: 
Estabelecem relação de posse entre os elementos regente e regido; Há casos em que um pronome pessoal oblíquo 
é usado com valor possessivo. 
 
4. Demonstrativos: 
Indicam a posição dos seres no espaço e no tempo (função dêitica dos pronomes demonstrativos) ou em referência 
aos elementos do texto (função anafórica ou catafórica); 
 
5. Indefinidos: 
Possuem sentido vago ou indeterminado. 
 
6. Interrogativos: 
É uma subclasse dos pronomes indefinidos. Muito importante é compreender a distinção entre eles e os pronomes 
relativos, já que a grafia é a mesma em alguns casos (como, quando, quem etc): os pronomes indefinidos são 
usados nas interrogações, diretas ou indiretas, enquanto que os pronomes relativos apresentam referência a termos 
antecedentes 
 
7. Relativos: 
Referem-se a um termo anterior chamado antecedente ou referente (substantivo ou pronome substantivo); Sempre 
dão início a orações subordinadas adjetivas. 
 
COLOCAÇÃO PRONOMINAL 
 
Quando usamos os pronomes pessoais do caso oblíquo, eles ganha um lugar especial junto ao verbo. 
Lembre-se de que: 
1. A colocação pronominal é feita com pronomes os oblíquos átonos: me, te, o(s), a(s), se, lhe(s), nos e vos, sempre 
estão recebendo a ação do verbo e não fazendo. 
2. As orações criadas nesse ponto da matéria estão corretas por mais que soem esquisitas, feias. Não estranhe, pois 
você está trabalhando com o lado culto da Língua Portuguesa, justamente o que não se usa no seu cotidiano, mas o 
que é solicitado em uma prova! 
 
Existe uma ordem de prioridade na colocação pronominal: 
1º tente fazer próclise, depois mesóclise e em último caso ênclise. 
 
 PRÓCLISE 
É a colocação pronominal antes (pró) do verbo. A próclise é usada: 
11 
 
Quando o verbo estiver precedido de palavras que atraem o pronome para antes do verbo. São elas: 
a) Palavra de sentido negativo: não, nunca, ninguém, jamais, etc. 
Ex.: Não se esqueça de mim. 
 
b) Advérbios (sem vírgulas). 
Ex.: Agora se negam a depor. 
Obs.: caso apareça uma vírgula após o advérbio, o pronome volta a ficar no seu lugar natural, ou seja, após o verbo: 
Ex: Agora, negam-se a depor. 
c) Conjunções subordinativas. Ex.: Soube que me negariam. 
 
d) Pronomes: - relativos. Ex.: Eles que se entendam entre si. 
- indefinidos. Ex.: Poucos te deram a oportunidade. 
- demonstrativos. Ex.: Disso me acusaram, mas sem provas. 
- interrogativos. Ex.:Quem te fez a encomenda? 
 
e) Orações que exprimem desejo (orações optativas). 
 
Ex.: Que Deus o ajude. 
 
 MESÓCLISE 
É a colocação pronominal no meio (meso) do verbo. A mesóclise é usada: 
1) É usada somente em duas possibilidades, quando o verbo estiver no futuro do presente ou futuro do pretérito, 
contanto que esses verbos não estejam precedidos de palavras que exijam a próclise. 
Ex.: Realizar-se-á, na próxima semana, um grande evento em prol da paz no mundo. 
Ex: Entregar-te-ia o documento se fosse mais confiável. 
 
 ÊNCLISE 
 
É a colocação pronominal depois (end = fim) do verbo. A ênclise é usada quando a próclise e a mesóclise não forem 
possíveis: 
Ex: Realizou-se uma grande festa ontem. 
Obs.: O pronome poderá vir proclítico quando o infinitivo estiver precedido de preposição ou palavra atrativa. 
Ex: É preciso encontrar um meio de não o magoar. É preciso encontrar um meio de não magoá-lo. 
 
VERBOS 
É a palavra variável que exprime ação, estado, mudança de estado e fenômeno, situando-os no tempo. O verbo é a 
classe de palavras que mais há variações na Língua Portuguesa. Essas variações são chamadas de conjugações. 
FORMAS RIZOTÔNICAS E ARRIZOTÔNICAS 
 
Dá-se o nome de rizotônica à forma verbal cuja sílaba tônica está no radical. Ex: Fal o – Estud o – Am o 
Dá-se o nome de arrizotônica à forma verbal cujo acento tônico está fora do radical. 
Ex: Fal amos – Estud arei. - Am ássemos CLASSIFICAÇÃO DOS VERBOS 
Os verbos classificam-se em: 
 
a) Regulares - são aqueles que não provocam alterações no radical. 
Ex: canto - cantei - cantarei - cantava – cantasse 
 
Obs: todos os verbos terminados em IAR são garantidamente regulares: arriar, abreviar, acariciar, adiar, afiar, 
agoniar, amaciar, ampliar, anunciar, apoiar, arrepiar, assediar, assobiar, associar, avaliar, aviar, balbuciar, 
caluniar, contrariar, criar, deliciar, desfiar, enfiar, esfriar, espiar, evidenciar, expiar, injuriar, piar, porfiar, 
procriar, pronunciar, renunciar, saciar, tosquiar, vadiar, etc. 
 
b) Irregulares - são aqueles cuja flexão provoca alterações no radical ou nas desinências. 
 
Ex: faço - fiz - farei – fizesse 
Para saber se um verbo é regular ou irregular, basta conjugá-lo no presente do indicativo, no pretérito perfeito e no 
futuro, observando se ocorrem ou não variações no radical. Não é irregularidade a alteração do radical de certos 
verbos para a conservação da regularidade fônica: Ex. embarcar – embarque. 
c) Anômalos - são aqueles que incluem mais de um radical em sua conjugação. 
Ex: verbo ser: sou – fui - era verbo ir: vou – ia - fui 
 
d) Defectivos - são aqueles que não apresentam conjugação completa. São eles: 
- Os verbos que indicam fenômenos naturais, como chover, trovejar, ventar, amanhecer, etc. 
- Os verbos haver (no sentido de existir e tempo) e fazer (no sentido de tempo). 
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- Os verbos que exprimem ação ou estado de determinado animal: relinchar, latir, miar, etc. 
- Os verbos que não apresentam a 1ª pessoa do presente do indicativo: abolir, aturdir, banir, bramir, brandir, 
brunir, carpir, colorir, demolir, emergir, exaurir, fremir, fulgir, haurir, imergir, jungir, retorquir, ungir. 
- Os verbos que, no presente do indicativo, só apresentam formas arrizotônicas, não possuindo, portanto, nenhuma 
das pessoas do presente do subjuntivo e imperativo negativo; no imperativo negativo apresentam a 2ª. pessoa do 
plural: aguerrir, combalir, comedir, delinqüir, descomedir-se, embair, empedernir, falir, foragir-se, fornir, puir, 
remir, renhir, ressarcir. 
 
e) Abundantes - são aqueles que possuem mais de uma forma com o mesmo valor no particípio. Usa-se a forma 
regular (sempre terminada com -ADO ou – IDO) com os verbos auxiliares TER e HAVER. 
 
Usa-se a forma irregular (não há um exemplo fixo a seguir) com os verbos auxiliares SER e ESTAR. É ERRO tentar 
inverter as situações: 
Ex: O seu marido tem pago o carnê em dia? (ERRADO) 
O seu marido TEM pagadADO o carnê em dia? (CORRETO) 
Você já havia pago o carnê? (ERRADO) 
Você já HAVIA pagADO o carnê? (CORRETO) 
O carnê sempre FOI PAGO em dia, inclusive a parcela deste mês já ESTÁ PAGA. (CORRETO) 
 
QUANTO À EXISTÊNCIA OU NÃO DO SUJEITO 
 
1. Pessoais São aqueles que se referem a qualquer sujeito implícito ou explícito. Quase todos os verbos são 
Pessoais: 
Ex: O menino apareceu na festa. 
2. Impessoais (defectivos): São aqueles que não se referem a qualquer sujeito implícito ou explícito. São utilizados 
sempre na 3ª pessoa. São impessoais os verbos defectivos que indicam fenômenos da natureza, o verbo haver no 
sentido de existir e o verbo fazer indicando tempo decorrido ou fenômeno meteorológico. Esses verbos transmitem a 
sua impessoalidade aos verbos que com ele formam locução os quais, por isso, também permanecem invariáveis na 
3ª pessoa do singular: 
Ex: Vai haver eleições, em outubro. 
Parecia haver mais curiosos do que interessados. Está fazendo três anos que viajei. 
 
1 - MODOS E TEMPOS VERBAIS 
1.1. Modos verbais 
• Modo indicativo: exprime certeza, precisão do falante perante o fato. Ex.: Eu gosto de chocolate. 
• Modo subjuntivo: exprime atitude de incerteza, dúvida, imprecisão do falante perante o fato. 
Ex.: Espero que você esteja bem. 
 
• Modo imperativo: exprime atitude de ordem, solicitação, convite ou conselho. 
Exs.: Não cante agora! Empreste-me 10 reais, por favor. 
Venha ao hospital agora, seu amigo vai ser operado. 
 
2.1. Formas nominais dos verbos 
Ganham características das classes nominais. 
a) Infinitivo - pode funcionar como substantivo e caracteriza-se pela desinência –R. 
b) Particípio – pode funcionar como adjetivo ou advérbio e caracteriza-se pela desinência –DO. 
c) Gerúndio – pode funcionar como adjetivo ou advérbio e caracteriza-se pela desinência –NDO. 
 
Exceção: vir e seus derivados fazem vindo no gerúndio e particípio. 
3.1 Tempos verbais 
Presente: exprime um fato que ocorre no momento da fala. Ex.: Estou fazendo exercícios diariamente. 
Ex.: Ontem eu fiz uma série de exercícios. 
Passado: exprime um fato que ocorreu antes do momento da fala 
Futuro: exprime um fato que irá ocorrer depois do ato da fala. Ex.: Daqui a quinze minutos irei para a academia fazer 
exercícios. 
- Com exceção do tempo presente, que não sofre subdivisão, o tempos pretérito e futuro subdividem-se. 
 
O pretérito subdivide-se em: 
• Pretérito perfeito: indica um fato passado totalmente concluído. Ex.: Ninguém relatou o seu delírio. 
 
• Pretérito imperfeito: indica um processo passado não totalmente concluído, revela o fato em sua duração. 
 
Ex.: Ele conversava muito durante a palestra. 
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• Pretérito mais-que-perfeito: indica um processo passado anterior a outro também passado. É o passado do 
passado! 
 
Ex.: “... sempre nos faltara aquele aproveitamento da vida...” (Mário de Andrade) 
O futuro subdivide-se em: 
 
• Futuro do presente: indica um fato posterior ao momento em que se fala. 
Ex.: Não tenho a intenção de esconder nada, assim que seus pais chegarem contarei o fato ocorrido. 
. Futuro pretérito: Indica um processo futuro tomado em relação a um fato passado. 
Ex.: Ontem você ligou dizendo que viria ao hospital. 
Eu repito Eu compito 
 
E “ADERIR”? Como você conjugaria a primeira pessoa do singular do Presente do Indicativo? Está com dúvida? 
Busque um paradigma. Vamos usar o verbo FERIR. Como fica a conjugação do paradigma? 
Eu firo Eu adiro 
 
VOZES VERBAIS 
Voz ativa 
O sujeito pratica a ação expressa pelo verbo: sujeito agente (ativo). Ex: O presidente decretou a reforma econômica. 
 
Voz passiva 
 
O verbo principal deve ser transitivo direto ou transitivo direto e indireto. O sujeito recebe (sofre) a ação expressa 
pelo verbo: sujeito paciente (passivo). A voz passiva pode ser: 
a) Analítica: (análise é uma coisa demorada, longa, comprida...) 
É construída com verbo auxiliar (ser, estar) + particípio do verbo principal. 
 
Por ser “longa” (analítica), possui locução verbal (que podeser formada com dois ou até mesmo três verbos) e pode 
apresentar o agente da passiva, elemento que efetivamente pratica a ação verbal. Você notou como essa construção 
é grande?! Basta comparar com a seguinte – a voz passiva sintética. 
Ex: A reforma econômica foi decretada pelo presidente. 
b) Sintética: (síntese é uma coisa breve, resumida) É construída com verbo principal + SE (pronome apassivador ou 
partícula apassivadora). Note que essa construção é tão resumida que emprega somente UM verbo e dispensa o 
agente da passiva. 
 
Ex: Decretou-se a reforma econômica. 
Vendem-se casas. (Casas são vendidas). 
Voz reflexiva 
Construída com o verbo e um pronome reflexivo. O sujeito é agente e paciente ao mesmo tempo, praticando e 
sofrendo a ação simultaneamente. 
Ex: A jovem vaidosa olhava-se no espelho a todo momento. 
O rapaz cortou-se com a faca. 
Voz recíproca 
Construída com verbo e um pronome recíproco. Os sujeitos são agentes e pacientes, ao mesmo tempo. Ou seja, o 
que difere a voz recíproca da voz reflexiva é a quantidade de sujeitos que praticam e recebem a ação. 
Ex: Mãe e filho fitavam-se carinhosamente. O casal abraçava-se incessantemente 
 
TRANSITIVIDADE VERBAL 
O verbo, quanto à transitividade, pode ser classificado em: 
- Transitivo: é o verbo considerado de sentido incompleto, que exige complemento que lhe integre o sentido. Esse 
pode ou não vir revelado na oração. 
 
- Transitivo direto: é aquele que vem acompanhado de um objeto sem preposição obrigatória (objeto direto ou 
objeto direto preposicionado). 
Ex: O estudante comprou um novo livro. 
 
O exemplo traz um verbo transitivo direto, pois o verbo comprar exige complemento para inteirar seu sentido. 
Quando se compra, compra-se obrigatoriamente algo ou alguma coisa. 
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O complemento do verbo é chamado de „objeto‟. Quando esse objeto é ligado ao verbo sem intervenção de uma 
preposição é chamado de „objeto direto‟, assim o verbo torna-se „verbo transitivo direto‟. 
Obs: Há também o „objeto direto preposicionado‟, esse é ligado ao verbo por uma preposição não obrigatória. 
Ex: A bruxa bebeu de sua porção mágica. 
 
- Transitivo indireto: esse vem acompanhado de um objeto com preposição obrigatória (objeto indireto). 
Ex.: Os filhos devem obedecer aos pais. 
 
- Transitivo direto e indireto: aquele que vem acompanhado de um objeto sem preposição (objeto direto) e de um 
objeto com preposição (objeto indireto). 
Ex.: O jornal dedicou uma página ao episódio. 
 
- Intransitivo: é o verbo considerado de sentido completo, que não exige complemento que lhe integre o sentido. 
Ex.: A criança dorme. 
 
- Verbo de ligação: é aquele que serve para estabelecer certo tipo de relação entre um atributo do sujeito e o sujeito, 
sempre com significado de estado ou mudança de estado. 
Ex.: O bebê é calmo. 
O bebê está calmo. 
O bebê ficou calmo. 
 
ADJETIVOS 
 
Adjetivo é a palavra que expressa uma qualidade ou característica do ser e se "encaixa" diretamente ao lado de um 
substantivo. 
 
Classificação do Adjetivo 
 
Explicativo: exprime qualidade própria do ser. 
Ex: neve fria. 
 
Restritivo: exprime qualidade que não é própria do ser. 
Ex: fruta madura. 
 
Formação do Adjetivo 
Quanto à formação, o adjetivo pode ser: 
Adjetivo simples: Formado por um só radical. 
Ex: brasileiro, escuro, magro, cômico. 
Adjetivo composto: Formado por mais de um radical. 
Ex: luso-brasileiro, castanho-escuro, amarelo-canário. 
Adjetivo primitivo: É aquele que dá origem a outros adjetivos. 
Ex: belo, bom, feliz, puro. 
Adjetivo derivado: É aquele que deriva de substantivos, verbos ou até mesmo de outro adjetivo. 
Ex: belíssimo, bondoso, magrelo. 
 
ADVÉRBIO 
 
Advérbio é uma palavra invariável que modifica o sentido do verbo, do adjetivo e do próprio advérbio, exprimindo uma 
relação de circunstância. 
 
Às vezes, um advérbio pode se referir a uma oração inteira; nessa situação, normalmente transmitem a avaliação de 
quem fala ou escreve sobre o conteúdo da oração. Por exemplo: 
Ex: As providências tomadas foram infrutíferas, lamentavelmente. 
 
Quando modifica um verbo, o advérbio pode acrescentar várias ideias, tais como: 
Tempo: Ela chegou tarde. 
Lugar: Ele mora aqui. 
Modo: Eles agiram mal. 
Negação: Ela não saiu de casa. 
Dúvida: Talvez ele volte. 
Obs: 
- Os advérbios que se relacionam ao verbo são palavras que expressam circunstânciasdo processo verbal, podendo 
assim, ser classificados como determinantes. 
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Ex: Ninguém manda aqui! 
mandar: verbo 
aqui: advérbio de lugar = determinante do verbo 
- Quando modifica um adjetivo, o advérbio acrescenta a ideia de intensidade. 
Ex: O filme era muito bom. 
- Na linguagem jornalística e publicitária atuais, têm sido frequentes os advérbios associados a substantivos. 
Ex: " Isso é simplesmente futebol" - disse o jogador. 
"Orgulhosamente Brasil" é o que diz a nova campanha publicitária ufanista. 
 
PREPOSIÇÃO 
 
Preposição é a palavra que estabelece uma relação entre dois ou mais termos da oração. 
Essa relação é do tipo subordinativa, ou seja, entre os elementos ligados pela preposição não há sentido 
dissociado, separado, individualizado; ao contrário, o sentido da expressão é dependente da união de todos os 
elementos que a preposição vincula. 
Acompanhe os exemplos. 
1. Os amigos de João estranharam o seu modo de vestir. 
amigos de João / modo de vestir: elementos ligados por preposição 
de: preposição 
2. Ela esperou com entusiasmo aquele breve passeio. 
esperou com entusiasmo: elementos ligados por preposição 
com: preposição 
Esse tipo de relação é considerada uma conexão, em que os conectivos cumprem a função de ligar elementos. A 
preposição é um desses conectivos e se presta a ligar palavras entre si num processo de subordinação denominado 
regência. 
Diz-se regência devido ao fato de que, na relação estabelecida pelas preposições, o primeiro elemento – 
chamado antecedente – é o termo que rege, que impõe um regime; o segundo elemento, por sua vez – 
chamado consequente – é o termo regido, aquele que cumpre o regime estabelecido pelo antecedente. 
Exemplos: 
1. A hora das refeições é sagrada. 
hora das refeições: elementos ligados por preposição 
de + as = das: preposição 
hora: termo antecedente = rege a construção "das refeições" 
refeições: termo consequente = é regido pela construção "hora da" 
2. Alguém passou por aqui. 
passou por aqui: elementos ligados por preposição 
por: preposição 
passou: termo antecedente = rege a construção "por aqui" 
aqui: termo consequente = é regido pela construção "passou por" 
As preposições são palavras invariáveis, pois não sofrem flexão de gênero, número ou variação em grau como os 
nomes, nem de pessoa, número, tempo, modo, aspecto e voz como os verbos. No entanto, em diversas situações as 
preposições se combinam a outras palavras da língua (fenômeno da contração) e, assim, estabelecem uma relação 
de concordância em gênero e número com essas palavras às quais se ligam. Mesmo assim, não se trata de uma 
variação própria da preposição, mas sim da palavra com a qual ela se funde. 
Ex: 
de + o = do 
por + a = pela 
em + um = num 
As preposições podem introduzir: 
a) Complementos Verbais 
Ex: Eu obedeço "aos meus pais". 
b) Complementos Nominais 
Ex: Continuo obediente "aos meus pais". 
c) Locuções Adjetivas 
Ex: É uma pessoa "de valor". 
d) Locuções Adverbiais 
Ex: Tive de agir "com cautela". 
e) Orações Reduzidas 
Ex: "Ao chegar", comentou sobre o fato ocorrido. 
 
CONJUNÇÂO 
 
16 
 
Além da preposição, há outra palavra que, na frase, é usada como elemento de ligação: a conjunção. 
Ex: A menina segurou a boneca e mostrou quando viu as amiguinhas. 
Deste exemplo podem ser retiradas três informações: 
segurou a boneca 
a menina mostrou 
viu as amiguinhas 
Cada informação está estruturada em torno de um verbo: segurou, mostrou, viu. Assim, há nessa frase três orações: 
1ª oração: A menina segurou a boneca 
2ª oração: e mostrou 
3ª oração: quando viu as amiguinhas. 
A segunda oraçãoliga-se à primeira por meio do "e", e a terceira oração liga-se à segunda por meio do "quando". As 
palavras "e" e "quando" ligam, portanto, orações. 
Conjunção é a palavra invariável que liga duas orações ou dois termos semelhantes de uma mesma oração. 
Morfossintaxe da Conjunção 
As conjunções, a exemplo das preposições, não exercem propriamente uma função sintática: são conectivos. 
Classificação das Conjunções 
De acordo com o tipo de relação que estabelecem, as conjunções podem ser classificadas 
em coordenativas e subordinativas. 
No primeiro caso, os elementos ligados pela conjunção podem ser isolados um do outro. Esse isolamento, no 
entanto, não acarreta perda da unidade de sentido que cada um dos elementos possui. 
Já no segundo caso, cada um dos elementos ligados pela conjunção depende da existência do outro. 
Conjunções Coordenativas 
São aquelas que ligam orações de sentido completo e independente ou termos da oração que têm a mesma função 
gramatical. Subdividem-se em: 
 
1) Aditivas: ligam orações ou palavras, expressando ideia de acrescentamento ou adição. São elas: e, nem (= e 
não), não só... mas também, não só... como também, bem como, não só... mas ainda. 
Ex: A sua pesquisa é clara e objetiva. 
Ela não só dirigiu a pesquisa como também escreveu o relatório. 
 
2) Adversativas: ligam duas orações ou palavras, expressando ideia de contraste ou compensação. São elas: mas, 
porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, não obstante. 
Ex: Tentei chegar mais cedo, porém não consegui. 
 
3) Alternativas: ligam orações ou palavras, expressando ideia de alternância ou escolha, indicando fatos que se 
realizam separadamente. São elas: ou, ou... ou, ora... ora, já... já, quer... quer, seja... seja, talvez... talvez. 
Ex: Ou escolho agora, ou fico sem presente de aniversário. 
4) Conclusivas: ligam a oração anterior a uma oração que expressa ideia de conclusão ou consequência. São 
elas: logo, pois (depois do verbo), portanto, por conseguinte, por isso, assim. 
Ex: Marta estava bem preparada para o teste, portanto não ficou nervosa. 
 
5) Explicativas: ligam a oração anterior a uma oração que a explica, que justifica a ideia nela contida. São elas: que, 
porque, pois (antes do verbo), porquanto. 
Ex: Não demore, que o filme já vai começar. 
Saiba que: 
a) As conjunções "e"," antes", "agora"," quando" são adversativas quando equivalem a "mas". 
Ex: Carlos fala, e não faz. 
O bom educador não proíbe, antes orienta. 
Sou muito bom; agora, bobo não sou. 
Foram mal na prova, quando poderiam ter ido muito bem. 
 
b) "Senão" é conjunção adversativa quando equivale a "mas sim". 
Ex: Conseguimos vencer não por protecionismo, senão por capacidade. 
c) Das conjunções adversativas, "mas" deve ser empregada sempre no início da oração: as outras (porém, todavia, 
contudo, etc.) podem vir no início ou no meio. 
Ex: Ninguém respondeu a pergunta, mas os alunos sabiam a resposta. 
Ninguém respondeu a pergunta; os alunos, porém, sabiam a resposta. 
d) A palavra "pois", quando é conjunção conclusiva, vem geralmente após um ou mais termos da oração a que 
pertence. 
Ex: Você o provocou com essas palavras; não se queixe, pois, de seus ataques. 
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Quando é conjunção explicativa, "pois" vem, geralmente, após um verbo no imperativo e sempre no início da oração 
a que pertence. 
Ex: Não tenha receio, pois eu a protegerei. 
Conjunções Subordinativas 
São aquelas que ligam duas orações, sendo uma delas dependente da outra. A oração dependente, introduzida 
pelas conjunções subordinativas, recebe o nome de oração subordinada. Veja o exemplo: 
O baile já tinha começado quando ela chegou. 
 
O baile já tinha começado: oração principal 
quando: conjunção subordinativa 
ela chegou: oração subordinada 
 
As conjunções subordinativas subdividem-se em integrantes e adverbiais. 
Integrantes 
Indicam que a oração subordinada por elas introduzida completa ou integra o sentido da principal. Introduzem 
orações que equivalem a substantivos. São elas: que, se. 
Ex: Espero que você volte. (Espero sua volta.) 
Não sei se ele voltará. (Não sei da sua volta.) 
Adverbiais 
Indicam que a oração subordinada por elas introduzida exerce a função de adjunto adverbial da principal. De acordo 
com a circunstância que expressam, classificam-se em: 
 
a) Causais: introduzem uma oração que é causa da ocorrência da oração principal. São elas: porque, que, como (= 
porque, no início da frase), pois que, visto que, uma vez que, porquanto, já que, desde que, etc. 
Ex: Ele não fez a pesquisa porque não dispunha de meios. 
Como não se interessa por arte, desistiu do curso. 
 
b) Concessivas: introduzem uma oração que expressa ideia contrária à da principal, sem, no entanto, impedir sua 
realização. São elas: embora, ainda que, apesar de que, se bem que, mesmo que, por mais que, posto que, 
conquanto, etc. 
Ex: Embora fosse tarde, fomos visitá-lo. 
Eu não desistirei desse plano mesmo que todos me abandonem. 
c) Condicionais: introduzem uma oração que indica a hipótese ou a condição para ocorrência da principal. São 
elas: se, caso, contanto que, salvo se, a não ser que, desde que, a menos que, sem que, etc. 
Ex: Se precisar de minha ajuda, telefone-me. 
Não irei ao escritório hoje, a não ser que haja algum negócio muito urgente. 
 
d) Conformativas: introduzem uma oração em que se exprime a conformidade de um fato com outro. São 
elas: conforme, como (= conforme), segundo, consoante, etc. 
Ex: O passeio ocorreu como havíamos planejado. 
Arrume a exposição segundo as ordens do professor. 
 
NUMERAL 
 
Numeral é a palavra que indica os seres em termos numéricos, isto é, que atribui quantidade aos seres ou os situa 
em determinada sequência. 
Exemplos: 
1. Os quatro últimos ingressos foram vendidos há pouco. 
[quatro: numeral = atributo numérico de "ingresso"] 
2. Eu quero café duplo, e você? 
...[duplo: numeral = atributo numérico de "café"] 
3. A primeira pessoa da fila pode entrar, por favor! 
...[primeira: numeral = situa o ser "pessoa" na sequência de "fila"] 
 
Note bem: os numerais traduzem, em palavras, o que os números indicam em relação aos seres. Assim, quando a 
expressão é colocada em números (1, 1°, 1/3, etc.) não se trata de numerais, mas sim de algarismos. 
Além dos numerais mais conhecidos, já que refletem a ideia expressa pelos números, existem mais algumas 
palavras consideradas numerais porque denotam quantidade, proporção ou ordenação. São alguns 
exemplos: década, dúzia, par, ambos(as), novena. 
Classificação dos Numerais 
18 
 
Cardinais: indicam contagem, medida. É o número básico. Por exemplo: um, dois, cem mil, etc. 
Ordinais: indicam a ordem ou lugar do ser numa série dada. Por exemplo: primeiro, segundo, centésimo, etc. 
Fracionários: indicam parte de um inteiro, ou seja, a divisão dos seres. Por exemplo: meio, terço, dois quintos, etc. 
Multiplicativos: expressam ideia de multiplicação dos seres, indicando quantas vezes a quantidade foi aumentada. 
Por exemplo: dobro, triplo, quíntuplo, etc. 
Coletivos: se referem ao conjunto de algo, indicando o número exato de seres que compõem esse conjunto. Por 
exemplo: dezena, dúzia, milheiro, etc. 
Leitura dos Numerais 
Separando os números em centenas, de trás para frente, obtêm-se conjuntos numéricos, em forma de centenas e, no 
início, também de dezenas ou unidades. Entre esses conjuntos usa-se vírgula; as unidades ligam-se pela 
conjunção e. 
Ex: 1.203.726 = um milhão, duzentos e três mil, setecentos e vinte e seis. 
45.520 = quarenta e cinco mil, quinhentos e vinte. 
 
INTERJEIÇÕES 
 
Interjeição é a palavra invariável que exprime emoções, sensações, estados de espírito, ou que procura agir sobre o 
interlocutor, levando-o a adotar certo comportamento sem que, para isso, seja necessário fazer uso de estruturas 
linguísticas mais elaboradas. Observe o exemplo: 
Ex: Droga! Preste atenção quando eu estou falando! 
No exemplo acima, o interlocutor está muito bravo. Toda sua raiva se traduz numa palavra: Droga! 
Ele poderiater dito: - Estou com muita raiva de você! Mas usou simplesmente uma palavra. Ele empregou a 
interjeição Droga! 
As sentenças da língua costumam se organizar de forma lógica: há uma sintaxe que estrutura seus elementos e os 
distribui em posições adequadas a cada um deles. As interjeições, por outro lado, são uma espécie de "palavra-
frase", ou seja, há uma ideia expressa por uma palavra (ou um conjunto de palavras - locução interjetiva) que poderia 
ser colocada em termos de uma sentença. Veja os exemplos: 
1. Bravo! Bis! 
bravo e bis: interjeição 
2. Ai! Ai! Ai! Machuquei meu pé... 
ai: interjeição 
A interjeição é um recurso da linguagem afetiva, em que não há uma ideia organizada de maneira lógica, como são 
as sentenças da língua, mas sim a manifestação de um suspiro, um estado da alma decorrente de uma situação 
particular, um momento ou um contexto específico. Exemplos: 
1. Ah, como eu queria voltar a ser criança! 
ah: expressão de um estado emotivo = interjeição 
2. Hum! Esse pudim estava maravilhoso! 
hum: expressão de um pensamento súbito = interjeição 
O significado das interjeições está vinculado à maneira como elas são proferidas. Desse modo, o tom da fala é que 
dita o sentido que a expressão vai adquirir em cada contexto de enunciação. Exemplos: 
1. Psiu! 
contexto: alguém pronunciando essa expressão na rua 
significado da interjeição (sugestão): "Estou te chamando! Ei, espere!" 
2. Psiu! 
contexto: alguém pronunciando essa expressão em um hospital 
significado da interjeição (sugestão): "Por favor, faça silêncio!" 
3. Puxa! Ganhei o maior prêmio do sorteio! 
puxa: interjeição 
tom da fala: euforia 
4. Puxa! Hoje não foi meu dia de sorte! 
puxa: interjeição 
tom da fala: decepção 
As interjeições cumprem, normalmente, duas funções: 
a) Sintetizar uma frase exclamativa, exprimindo alegria, tristeza, dor, etc. 
Ex: 
- Você faz o que no Brasil? 
-Eu? Eu negocio com madeiras. 
-Ah, deve ser muito interessante. 
b) Sintetizar uma frase apelativa. 
19 
 
Ex: 
Cuidado! Saia da minha frente. 
As interjeições podem ser formadas por: 
a) simples sons vocálicos: Oh!, Ah!, Ó, Ô 
b) palavras: Oba!, Olá!, Claro! 
c) grupos de palavras (locuções interjetivas): Meu Deus!, Ora bolas! 
A ideia expressa pela interjeição depende muitas vezes da entonação com que é pronunciada; por isso, pode 
ocorrer que uma interjeição tenha mais de um sentido. 
Ex: Oh! Que surpresa desagradável! (ideia de contrariedade) 
Oh! Que bom te encontrar. (ideia de alegria) 
 
ARTIGOS 
 
É a classe de palavras que vem anteposta aos substantivos para determiná-los, indicando-lhes, ao mesmo tempo, o 
gênero e o número. Dividem-se em: 
• Definidos: o, a, os, as 
• Indefinidos: um, uma, uns, umas 
Os definidos determinam os substantivos de modo preciso, particular: 
Ex: Viajei com o médico. (Um médico referido, conhecido, determinado). 
Os indefinidos determinam os substantivos de modo vago, impreciso, de forma geral e indeterminada: 
Ex: Viajei com um médico. (Um médico não referido, desconhecido, indeterminado). 
Isoladamente, os artigos são palavras vazias de sentido. 
 
SUBSTANTIVOS 
 
É a palavra variável em gênero, número e grau, que dá nome aos seres em geral. Divide-se em: 
 
1. COMUM: refere-se a todos os seres da mesma espécie: rio, cidade, país, menino, pedra, etc. 
2. PRÓPRIO: refere-se a um só indivíduo da espécie e é sempre grafado com inicial maiúscula: Tocantins, Porto 
Alegre, Brasil, João, Nair. 
3. SIMPLES: quando é formado por um só radical: água, pé, couve, ódio, tempo, sol. 
4. COMPOSTO: quando é formado por mais de um radical: água-de-colônia, pé-de-moleque, couve-flor, amor-
perfeito, girassol, fidalgo, etc. 
5. PRIMITIVO: quando não provém de outra palavra existente na língua portuguesa: flor, pedra, ferro, casa, jornal. 
6. DERIVADO: quando provém de outra palavra da língua portuguesa: florista, pedreiro, ferreiro, casebre, jornaleiro. 
7. CONCRETO: quando designa os seres – de existência real ou não – que não dependam de outros para poderem 
existir: casa, cadeira, caneta, fada, bruxa, saci, etc. 
8. ABSTRATO: quando designa as coisas que não existem por si só, isto é, o substantivo mantém dependência com 
outros seres para poder existir, designando uma ação, qualidade ou um sentimento: trabalho, corrida, estudo, altura, 
amor, ódio, paz, guerra, etc. 
9. COLETIVO: é o substantivo que, mesmo sendo singular, designa um grupo de seres da mesma espécie. Ex: 
alcateia - de lobos, arquipélago - de ilhas, colmeia - de abelhas, matilha - de cães de caça. 
Flexão em número 
Como vimos, os substantivos são palavras variáveis, alterando-se em função do número e do gênero. 
a) Formação do plural nos substantivos simples 
- Regra geral: o plural é formado pelo acréscimo da desinência -s. 
mapa  mapas // degrau  degraus 
- Substantivos terminados em -ão: a regra é a forma plural -ões, mas também há casos em que formam -ães ou -
ãos. Todos os paroxítonos e alguns oxítonos terminados em –ão formam o plural –ãos. 
questão  questões // capitão  capitães 
irmão  irmãos órfão  órfãos 
Alguns substantivos apresentam mais de uma forma: 
anão  anões, anãos // aldeão  aldeãos, aldeões, aldeães 
- Substantivos terminados em -r, -z: acréscimo de -es. 
Ex: bar  bares raiz  raízes vez  vezes júnior  juniores 
gravidez  gravidezes (estranhou, por quê? Significa mais de uma gestação) 
- Substantivos terminados em -s: acréscimo de -es quando forem oxítonos; invariáveis quando não forem oxítonos. 
20 
 
Ex: país  países // lápis  lápis // ônibus  ônibus 
- Substantivos terminados em -l: substitui-se o -l por –is; em alguns poucos casos, acrescenta o –es. 
anel  anéis // álcool  álcoois // mal  males // cônsul  cônsules 
b) Formação do plural nos substantivos compostos 
1. Ligados sem hífen - formam o plural como os substantivos simples: 
Ex: girassóis, aguardentes, fidalgos, potapés. 
2. Ligados com hífen há duas combinações possíveis de palavras: 
Para pluralizar os substantivos compostos cujos elementos são ligados por hífen, observe as orientações a seguir: 
a) Quando as duas palavras forem substantivos, pode-se optar em colocar apenas o primeiro elemento ou ambos 
no plural: 
palavra-chave = palavras-chave ou palavras-chaves 
couve-flor = couves-flor ou couves-flores 
bomba-relógio = bombas-relógio ou bombas-relógios 
peixe-espada = peixes-espada ou peixes-espadas 
b) Flexionam-se os dois elementos, quando formados de: 
substantivo + adjetivo = amor-perfeito e amores-perfeitos 
adjetivo + substantivo = gentil-homem e gentis-homens 
numeral + substantivo = quinta-feira e quintas-feiras 
c) Flexiona-se somente o segundo elemento, quando formados de: 
verbo + substantivo = guarda-roupa e guarda-roupas 
palavra invariável + palavra variável = alto-falante e alto-falantes 
palavras repetidas ou imitativas = reco-reco e reco-recos 
d) Flexiona-se somente o primeiro elemento, quando formados de: 
substantivo + preposição + substantivo = pimenta-do-reino e pimentas-do-reino 
substantivo + preposição oculta + substantivo = cavalo-vapor e cavalos-vapor 
e) Permanecem invariáveis, quando formados de: 
verbo + advérbio = o bota-fora e os bota-fora 
verbo + substantivo no plural = o saca-rolhas e os saca-rolhas 
Obs: O plural é dado pelo artigo. 
f) Quando os compostos forem formados por palavras repetidas ou onomatopaicas, somente o último elemento é 
flexionado: 
corre-corre – corre-corres // reco-reco – reco-recos // tique-taque – tique-taques 
 
Flexão em gênero 
Quanto ao gênero, os substantivos podem ser: 
a) Biformes: possuem duas formas, uma para o feminino e outra para o masculino. 
Ex: Pombo – pomba // príncipe – princesa // ator – atriz // pastor - pastora 
b) Uniformes: possuem apenas uma forma para os dois gêneros e são subdivididos em: 
- Epicenos: uma só forma para os dois gêneros, a distinção é feita pelas palavras macho e fêmea. 
Ex: a mosca // a baleia // o besouro // a cobra //o crocodilo (macho / fêmea) 
- Comuns de dois gêneros: uma só forma para os dois gêneros, a distinção é 
feita pelo determinante (artigo, pronome, adjetivo...). 
Ex: a pianista / o pianista // o intérprete / a interprete 
- Sobrecomuns: uma só forma para os dois gêneros, não é possível fazer a distinção pelos determinantes. A 
distinção pode ser feita pela expressão: do sexo masculino/ do sexo feminino. 
Ex: a pessoa / a criança / o cônjuge / a testemunha / o ídolo (não tem feminino) 
* O gênero de alguns substantivos podem causar dúvida: 
a alface / o champanha / o dó (tanto compaixão como a nota musical) 
E “personagem”, afinal? É masculino ou feminino? Modernamente, esse é um dos casos de “comum de dois”, ou 
seja, aceita o artigo feminino ou masculino: 
o/a personagem. 
* Certos substantivos, ao mudar de gênero, mudam também de significado: 
A cabeça / o cabeça - o caixa / a caixa - o moral (autoestima)/ a moral (ética). 
 
Resumindo 
21 
 
 
 
 
TERMOS DA ORAÇÃO – ESSENCIAIS, INTEGRANTES E ACESSÓRIOS 
 
Termos essenciais 
 
São dois os termos essenciais da oração: 
 
• SUJEITO: é o ser ou o termo sobre o qual se diz alguma coisa. 
Ex: Os bandeirantes capturavam os índios. 
O sujeito poder ser: 
- Simples: quando tem um só núcleo: 
Ex: As rosas têm espinhos. (sujeito: as rosas; núcleo: rosas) 
 
- Composto: quando tem mais de um núcleo: 
 
Ex: O burro e o cavalo saíram em disparada. (suj.:o burro e o cavalo; núcleo: burro, cavalo). 
 
- Oculto (elíptico ou implícito na desinência verbal): Ex: Chegaste com certo atraso. (suj. oculto: tu) 
 
- Indeterminado: quando não se indica o agente da ação verbal. Pode ser representado de duas maneiras: 
a) verbo na 3ª pessoa do plural. Ex: Falaram mal de você. Bateram na porta. 
 
Dizem por aí que tu andas novamente de novo amor, nova paixão, todo contente. 
b) verbo na 3ª pessoa do singular + SE (índice ou partícula de indeterminação do sujeito). 
 
Ex: Precisa-se de moças com experiência. Nunca se é feliz. 
Fala-se muito, mas pouco se faz. Come-se bem naquele restaurante. 
 
- Inexistente: quando a oração não tem sujeito. Ocorre quando há verbos impessoais ( 3ª pessoa do singular) 
a) Verbos que indicam fenômenos da natureza: Ex: Choveu muito ontem. 
Ex: Anoiteceu rapidamente. 
 
b) Verbo HAVER (com sentido de existir): Ex: Nunca houve tantos interessados. 
Ex: Devia haver muitos interessados. 
 
c) Verbos com ideia de tempo decorrido: Ex: Faz seis meses de sua partida. 
Ex: Vai para dez anos de sua partida. Há três semanas não a vejo. 
Amanhã vai fazer dez meses de sua partida. 
 
d) Verbo SER nas expressões de horas, datas ou distâncias: 
Ex: De um extremo ao outro são dez metros. 
Era uma hora e vinte. 
 
• PREDICADO: Predicado é o termo da oração que declara alguma coisa do sujeito. O predicado classifica-se em: 
 
Nominal: é aquele que se constitui de verbo de ligação mais predicativo do sujeito. Nesse caso, O elemento mais 
importante está sob a forma de um nome (adjetivo, substantivo, pronome substantivo). 
Ex: Nosso colega está doente. 
Obs: Principais verbos de ligação: ser, estar, ficar, andar, continuar, parecer, permanecer, tornar-se e virar. 
 
Predicativo do sujeito: é o termo que ajuda o verbo de ligação a comunicar estado ou qualidade do sujeito. 
Ex: Nosso colega está doente. A moça permaneceu sentada. 
22 
 
Predicado verbal: Quando o predicado enuncia o que o sujeito faz ou sofre, cabe ao verbo apresentar a informação 
mais relevante da oração, dessa forma seu núcleo é o verbo. É o único dos três que não contém predicativo. 
Constitui- se de verbo intransitivo ou transitivo 
Ex: Entraram em campo os atletas. O avião sobrevoou a praia. 
 
Predicado Verbo-nominal: Simultaneamente, apresenta a ação praticada e o estado referente ao sujeito 
(predicativo do sujeito) ou ao complemento verbal (predicativo do objeto). Por isso, possui dois núcleos: o verbo e o 
nome (que exerce a função de predicativo). 
Ex: Os atletas entraram em campo confiantes. (predicativo do sujeito) 
Achei-a simpática. (predicativo do objeto direto). 
 
TERMOS INTEGRANTES: Predicativo, complemento nominal e agente da passiva 
 
 Predicativo: Atribui uma qualidade, seja do sujeito seja do abjeto. 
 
Predicativo do sujeito: Termo que, mesmo distante, se refere ao sujeito. 
Predicativo do objeto: Refere-se ao complemento verbal, que pode ser tanto o objeto direto como o indireto. O 
Predicativo do Objeto só aparece em predicado verbo-nominal 
Obs: Somente com o verbo CHAMAR pode ocorrer o Predicativo do Objeto Indireto: 
Ex: Chamam-lhe de hipócrita por toda a parte. 
Chamam ao rapaz de hipócrita por toda a parte. 
Com os demais verbos transobjetivos (crer, eleger, encontrar, estimar, fazer, julgar, nomear, proclamar etc.), ele é 
sempre PREDICATIVO DO OBJETO DIRETO. 
 
 Complemento nominal - pode completar um substantivo abstrato, um adjetivo ou advérbios (derivados de 
adjetivos). Vem regido por preposição e o termo preposicionado tem valor paciente. 
O deputado discursou favoravelmente ao projeto. 
Mais adiante, veremos a distinção entre COMPLEMENTO NOMINAL e ADJUNTO ADNOMINAL. 
 
 Agente da passiva – Termo que exerce a ação verbal na voz passiva. Este complemento é normalmente 
introduzido pela preposição por. 
Ex: Ela está sendo conquistada por mim. O cantor foi aplaudido pela multidão. 
Os melhores alunos foram premiados pela direção. 
 
TERMOS ACESSÓRIOS 
 
São chamados acessórios os termos que se juntam a um nome ou a um verbo para precisar-lhes o significado. 
Embora tragam um dado novo à oração, não são eles indispensáveis ao entendimento do enunciado, apenas 
limitando o sentido dos substantivos ou exprimindo alguma circunstância. 
São termos acessórios: adjunto adnominal, adjunto adverbial, aposto e vocativo. 
 
 Adjunto adnominal – É o termo que delimita, especifica a significação do substantivo, qualquer que seja a função 
deste. O mesmo substantivo pode estar acompanhado de mais de um adjunto adnominal, ou seja, essa função pode 
ser exercida por um adjetivo, uma locução adjetiva, um artigo (definido ou indefinido), um pronome adjetivo, um 
numeral ou até mesmo uma oração adjetiva. 
Nos exemplos abaixo, são apresentados em negrito os adjuntos adnominais e sublinhados os núcleos (substantivos). 
Ex: Esta segregação social precisa de uma grande volta. 
Tinha uma memória de prodígio. 
O mar é um mistério para os sonhadores. 
A minha dona é a solidão. 
Venho cumprir uma missão do sacerdócio que abracei. Adjunto 
 
Adnominal x Complemento Nominal 
 
A diferença entre as funções sintáticas de adjunto adnominal e complemento nominal, em alguns casos, é sutil, 
quando o termo é regido por preposição. Se estiver preso a um ADJETIVO ou a um ADVÉRBIO, será 
COMPLEMENTO NOMINAL. 
Ex: A sala está cheia de armamento pesado. Discursei favoravelmente ao projeto. 
Se completar um SUBSTANTIVO CONCRETO, será ADJUNTO ADNOMINAL. 
Ex: A porta de ferro está enferrujada. 
Quando estiver junto a um SUBSTANTIVO ABSTRATO, é preciso verificar o termo preposicionado. Se o termo for 
PACIENTE, é um complemento nominal: 
Ex: A construção do prédio foi embargada. A venda de armas foi proibida. 
Se o termo for AGENTE, será um adjunto adnominal: 
23 
 
Ex: A conquista dos brasileiros foi reconhecida por todos. A invasão dos soldados foi rápida e eficaz. 
Veja o exemplo: A lembrança de meu pai alegrou-me. 
Fora do contexto, não podemos afirmar se o elemento em destaque exerce função ativa (adjunto adnominal) ou 
passiva (complemento nominal). Se a ação foi praticada pela filha (ela lembrou-se de seu pai e, com isso, alegrou-
se), o valor é passivo (o pai foi lembrado – SOFREU A AÇÃO VERBAL) e a expressão exerce função de 
complemento nominal. 
Já se ação foi praticada pelo pai (ele se lembrou, fato que alegrou a filha), o valor da expressão é ativo (o pai 
lembrou – PRATICOU A AÇÃO VERBAL) e a função exercida pela expressão é adjunto adnominal. 
Em resumo: - 
- adjetivo,advérbio e substantivo abstrato com ideia passive  complemento nominal 
- substantivo concreto e substantivo abstrato com ideia ativa  adjunto adnominal 
 
O único elemento da interseção é o SUBSTANTIVO ABSTRATO. 
Obs: tudo com A 
Substantivo Abstrato com ideia Ativa  função de Adjunto Adnominal. 
 
 Adjunto Adverbial - Como o nome indica, o termo de valor adverbial que denota alguma circunstância do fato 
expresso pelo verbo, ou intensifica o sentido deste, de um adjetivo ou de um advérbio. 
Pode vir expresso por um advérbio, uma locução ou expressão adverbial ou uma oração adverbial. São inúmeras as 
circunstância atribuídas por um adjunto adverbial. 
Em um período composto, a função de ADJUNTO ADVERBIAL pode ser exercida por uma ORAÇÃO 
SUBORDINADA ADVERBIAL, atribuindo-se uma das circunstâncias enumeradas na aula passada (causal, 
condicional, concessiva, temporal, proporcional final, conformativa, consecutiva, concessiva, comparativa, locativa ou 
modal). 
Também merecem destaque os Advérbios Interrogativos: causa (por que), lugar (onde, aonde, donde), de modo 
(como), de tempo (quando), presentes nas orações interrogativas. 
Não confunda esses advérbios com os pronomes relativos, que devem se referir a algum termo antecedente. 
 
 Aposto - é o termo de natureza substantiva que se refere, na maioria das vezes a um substantivo, a um pronome 
ou a um equivalente, a título de explicação ou de apreciação. 
O aposto tem o mesmo valor sintático do termo a que se refere e, por meio dele, atribui-se a um substantivo (termo 
referente) alguma propriedade. Os dois termos designam sempre o mesmo ser, o mesmo objeto, a mesma ideia ou o 
mesmo fato. Entre o aposto e o termo a que ele se refere há em geral uma pausa, marcada na escrita por uma 
vírgula. 
Ex: Eles, os pobres desesperados, tinham uma euforia de fantoches. 
 
Pode também não haver pausa entre o aposto e a palavra principal, quando esta é um termo genérico, especificado 
ou individualizado pelo aposto. 
Ex: A cidade de Lisboa é linda. 
No mês de maio vemos florir o jardim. 
 
Estes apostos equivalem a “nomes, títulos” e são chamados de aposto de especificação. Não devem ser 
confundidos com adjuntos adnominais, que são atributos, termos de natureza adjetiva. 
Ex: O clima de Lisboa é muito agradável nesta época. 
 
As festas de maio homenageiam as mães. 
Tipos de aposto 
a) Explicativo: Maria, a estudante, chegou. 
b) Enumerativo: Comprei dois livros: o de Química e o de Física. 
c) Resumitivo ou Recapitulativo: Fortunas, prazeres, sossego, nada o satisfazia. 
d) Distributivo: Eram dois bons alunos um em Português e outro em História 
e) Especificativo: Rio Amazonas / Praça da República 
f) Em referência a uma oração: Ele não compareceu, o que nos deixou tristes. 
 
O aposto não deve ser confundido com o adjetivo que, em função de predicativo, costuma vir separado do 
substantivo que modifica por uma pausa sensível (geralmente na escrita indicada por vírgula). 
Veja o seguinte exemplo: A noite vai descendo muda e calma. 
Esta oração poderia ser enunciada: A noite, muda e calma, vai descendo. 
 
Nas duas orações, muda e calma exercem a função sintática de predicativo do sujeito e designam o estado em que 
se encontrava o agente (noite) ao praticar a ação (descer). Faz parte, portanto, de um predicado verbo-nominal. 
O adjetivo, usado na sua função própria (como a de predicativo do sujeito), não pode exercer a função de aposto, 
porque designa uma característica do ser ou da coisa, e não o próprio ser ou a própria coisa, como o aposto o faz. 
24 
 
Ex: Maria, irmã de Carlos, mudou-se para o Acre. 
Agora, temos um exemplo de expressão que exerce a função de aposto. “Irmã de Carlos” tem valor substantivo e se 
refere ao elemento já enunciado (Maria). 
 
 Vocativo - é um termo que não possui relação sintática com outro termo da oração. Não pertence, portanto, nem 
ao sujeito nem ao predicado. É o termo que serve para chamar, invocar ou interpelar um ouvinte real ou hipotético. 
Por seu caráter, geralmente se relaciona à segunda pessoa do discurso. 
Ex: Não fale tão alto, Rita! 
Senhor presidente, queremos nossos direitos! A vida, minha amada, é feita de escolhas. 
 
PERÍODO SIMPLES E COMPOSTO 
 
Período simples – Quando ocorre apenas uma oração, a qual se diz absoluta. Ex: Fui ao cinema. 
Ex: O pássaro voou. 
Período composto - Quando há mais de uma oração. 
Ex: Não sabem que nos calores do verão a terra dorme e os homens folgam. A princípio, classificam-se os períodos 
em três classes: 
Período composto por coordenação - apresenta orações independentes. Fui à cidade, comprei alguns remédios e 
voltei cedo. 
 
Período composto por subordinação - apresenta orações dependentes. Ex: É bom que você estude. 
Período composto por coordenação e subordinação - apresenta tanto orações dependentes como 
independentes. Este período é também conhecido como misto. 
Ex: Ele disse que viria logo, mas não pôde. 
 
Classificação das orações 
 
• Oração coordenada: é aquela que é independente. As orações coordenadas podem ser: 
- sindética: aquela que é independente e é introduzida por uma conjunção coordenativa. 
 
Ex: Viajo amanhã, MAS volto logo. 
- assindética: aquela que é independente e aparece separada por uma vírgula ou ponto e vírgula. 
 
Ex: Chegou, olhou, partiu. 
Vim, vi, venci. 
A oração coordenada sindética pode ser classificada em: 
 
1. ADITIVA: expressa adição, sequência de pensamento (e, nem (= e não), mas, também): 
Ex: Ele falava e eu ficava ouvindo. 
Meus atiradores nem fumam nem bebem. 
A doença vem a cavalo e volta a pé. 
 
2. ADVERSATIVA: ligam orações, dando-lhes uma ideia de compensação ou de contraste (mas, porém, contudo, 
todavia, entretanto, senão, no entanto, etc.) 
Ex: A espada vence, mas não convence. 
O tambor faz um grande barulho, mas é vazio por dentro. 
Apressou-se, contudo não chegou a tempo. 
 
3 ALTERNATIVAS: Ligam palavras ou orações de sentido separado, uma excluindo a outra. São introduzidas pelas 
conjunções ou, ou...ou, já...já, ora...ora, quer...quer, etc. 
Ex: Mudou o Natal ou mudei eu? 
Ou você viaja ou fica em casa, a escolha é sua! 
 
4. CONCLUSIVAS: Ligam uma oração à outra que exprime conclusão. São introduzidas pelas conjunções: logo, pois, 
portanto, por conseguinte, por isto, assim, de modo que, etc. 
Ex: Ele está mal de notas; logo, será reprovado. 
É um homem de bom coração, logo, será absolvido. 
 
5. EXPLICATIVAS: ligam a uma oração, geralmente com o verbo no imperativo, outra que a explica, dando um 
motivo. São introduzidas pelas conjunções pois (antes do verbo), porque, portanto, que, etc. 
Ex: Alegra-te, pois aqui estou. 
Não mintas, porque é pior. 
 
Obs: Orações intercaladas 
25 
 
São orações que, apresentando informações adicionais, geralmente para esclarecimento, não são introduzidas por 
conjunções coordenativas. 
Ex: - Vá embora! – disse-me ela. 
Ele, que eu saiba, nunca estudou muito. 
Boaventura, permita-me, o trocadilho, era sujeito de boa sorte. 
 
ORAÇÕES SUBORDINADAS 
 
São orações dependentes sintaticamente de outra. Exercem uma função sintática correspondente ao substantivo, 
adjetivo ou advérbio, ou seja, esse termo sintático (sujeito, objeto direto, objeto indireto etc.) assume a forma de 
uma oração. Por isso, há orações principais (em que estão presentes os termos regentes) e subordinadas (termos 
regidos). 
Ex: Os credores internacionais esperavam / que o Brasil se reerguesse. 
 
Nesse caso, a segunda oração está subordinada à primeira, pois exerce função sintática de objeto direto do verbo 
esperar (termo regente presente na oração principal): 
Os credores internacionais esperavam o quê? Resposta: “que o Brasil se reerguesse” 
 
Essa é um oração subordinada substantiva (está no lugar de um substantivo) que exerce, em relação à oração 
principal, a função sintática de objeto direto. 
Seu nome é oração subordinada substantiva objetiva direta! 
 
Como o termo subordinado exerceráa função de um substantivo, adjetivo ou advérbio, teremos orações 
subordinadas substantivas, adjetivas e adverbiais, conforme veremos a seguir. 
 
1 - ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS 
 
São aquelas que exercem função sintática própria de um substantivo e são sempre iniciadas por conjunção 
integrante. Na identificação dessas orações, apresenta-se: 
- sua condição de subordinada; 
- sua classe gramatical (substantiva); 
- e a função sintática que exerce em relação à principal (sujeito, objeto direto, objeto indireto, complemento 
nominal, predicativo do sujeito, aposto ou agente da passiva). 
 
Assim temos: 
a) Subjetiva – exerce a função de sujeito em relação ao verbo da principal. Ex: É importante que tenhamos o 
equilíbrio da balança comercial. 
Ex: Convém que você estude mais. 
Ainda se espera que o governo mude as normas do imposto de renda. 
 
b) Objetiva direta - Função de objeto direto em relação ao verbo da principal. 
Ex: Os contribuintes esperam que o governo altere as normas do imposto de renda. 
 
c) Objetiva indireta - Exerce a função de objeto indireto em relação ao verbo da principal. 
Ex: O país necessita de que se faça uma melhor distribuição de renda. 
 
d) Completiva nominal - Exerce a função sintática de complemento nominal em relação a um substantivo, adjetivo 
ou advérbio da principal. 
- Ex: O país tem necessidade de que se faça uma reforma social. 
 
e) Predicativa - Exerce a função de predicativo do sujeito em relação à principal. 
Ex: O medo dos empresários era que sobreviesse uma violenta recessão. 
Dica: Nesse caso, sempre vem o verbo ser. 
 
f) Apositiva - Exerce a função de aposto em relação a um termo da principal. 
Ex: O receio dos jogadores era esse: que o técnico não os ouvisse. 
 
g) Agente da passiva - Exerce a função de agente da passiva em relação à principal. 
Ex: O assunto era explicado por quem o entendia profundamente. 
 
2 - ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS 
 
São aquelas que exercem função sintática própria de um adjetivo sendo sempre iniciadas por pronomes relativos. 
Seu “nome e sobrenome” será, então: 
26 
 
- sua condição de subordinada; 
- sua classe gramatical (adjetiva); 
- e o alcance desse adjetivo (restritiva ou explicativa). 
 
- Restritivas - Restringem, limitam o sentido de um termo da oração principal, lembrando que estas não são isoladas 
por vírgulas. 
Ex: A doença que surgiu nestes últimos anos pode matar muita gente. 
 
- Explicativas - Explicam, generalizam o sentido de um termo da oração principal, sendo sempre isoladas por 
vírgulas. 
Ex: As doenças, que são um flagelo da humanidade, já mataram muita gente. 
 
3 - ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS 
 
São aquelas que exercem função sintática própria de advérbio, ou seja, adjunto adverbial em relação à principal, 
sendo sempre iniciadas por conjunção adverbial. Agora, toda a oração subordinada exerce, em relação à oração 
principal, a função sintática de adjunto adverbial. 
 
As circunstâncias apresentadas podem ser as seguintes: 
 
a) Causal – Indica uma relação de causa, expressa pela oração principal. 
Ex: Todos se opuseram a ele porque não concordavam com suas ideias. 
 
b) Condicional – Indica uma condição ou hipótese expressa pela oração principal. 
Ex: Se houvesse opiniões contrárias, o acordo seria desfeito. 
 
c) Temporal – indicam o tempo em que se realiza o fato expresso na oração principal. 
Ex: Assim que chegou a casa, resolveu os problemas. 
 
d) Proporcional – Apresentam ideia de proporção. 
Ex: Quanto mais obstáculos surgiam, mais ele se superava. 
 
e) Final – exprimem finalidade ou objetivo. 
Ex: O pai sempre trabalhou para que os filhos estudassem. 
 
f) Conformativa - exprimem acordo ou conformidade de um fato com outro. 
Ex: Os jogadores procederam segundo o técnico lhes ordenara. 
 
g) Consecutiva - exprimem uma consequência, um resultado. 
Ex: Suas dívidas eram tantas que vivia nervoso. 
 
h) Concessiva – exprimem um fato que se concede, que se admite, ou seja, apresenta-se um fato que, embora 
contrário ao apresentado na oração principal, não impede que este se realize 
Ex: Embora enfrentasse dificuldades, procurava manter a calma. 
 
i) Comparativa - Estabelece uma comparação entre a oração principal e a subordinada. 
Ex: Ele sempre se comportou tal qual um cavalheiro. 
Alguns autores acrescentam mais dois tipos de orações subordinadas adverbiais, não registrados pela Nomenclatura 
Gramatical Brasileira (NGB), são elas: 
 
j) Locativas – Equivalem a um adjunto adverbial de lugar. Apresentam-se desenvolvidas sem conjunção, 
introduzidas por advérbio de lugar onde (combinado ou não com preposição). 
Ex: Fique onde quiser. 
 
l) Modais – Equivalem a um adjunto adverbial de modo. Expressam a maneira como será realizado o fato enunciado 
na oração principal. 
Ex: Faça como quiser. 
 
CONCORDÂNCIA 
 
Consiste no mecanismo que leva as palavras a adequarem-se umas às outras harmonicamente na construção frasal. 
 
Adjetivo Anteposto  concordância Atrativa. 
27 
 
“Concordar” significa “estar de acordo com”. Assim, na concordância, que poderá ser nominal ou verbal, os 
elementos que compõem a frase devem estar em consonância uns com os outros. 
Essa concordância poderá ser feita de duas formas: 
- Gramatical ou lógica – quando seguir os padrões gramaticais vigentes; 
- Atrativa ou ideológica – quando der ênfase a apenas um dos vários elementos, com valor estilístico. 
 
CONCORDÂNCIA NOMINAL 
 
Regra geral 
 
A regra geral define que os termos (pronomes, artigos, adjetivos e numerais) que dependem do nome (substantivo) 
com ele concordam em gênero e número. 
O que mais nos interessa estudar é a concordância entre ADJETIVOS e SUBSTANTIVOS, por constituírem vários 
casos de concordância. 
 
1.1 - ADJETIVO ANTEPOSTO A MAIS DE UM SUBSTANTIVO Adjetivo anteposto ao substantivo concorda com 
o mais próximo Para lembrar, memorize que tudo começa com a letra A: 
 
Ex: Observaram-se boa disciplina, estudo e trabalho. Desfrutei de boas horas e momentos naquele lugar. 
Obs: Se preceder um substantivo como título, prenome, parentesco ou se referir a nomes próprios, inclusive de 
pessoas ilustres, é empregado SEMPRE no plural. 
 
Ex: Os irmãos Pedro e Paulo estiveram aqui. 
Tivemos a presença dos ilustres Celso Cunha e Evanildo Bechara. 
Ele se referiu aos senhores Magalhães e Peixoto. 
 
1.2 - ADJETIVO POSPOSTO A MAIS DE UM SUBSTANTIVO 
O adjetivo pode ficar no singular (concorda com o mais próximo – CONCORDÂNCIA ATRATIVA) ou no plural 
(concorda com todos os elementos – CONCORDÂNCIA GRAMATICAL). 
Ex: A vontade e a inteligência humana(s). 
As conquistas e as descobertas portuguesas. 
 
Obs: Na norma gramatical, quando os substantivos tiverem gêneros diferentes (masculino e feminino), o masculino 
sempre irá prevalecer. Pode haver 200 substantivos femininos e apenas um masculino, não importa, o adjetivo 
deverá ir para o masculino!! 
Ex: Defeitos e virtudes verdadeiros 
 
1.3 – DOIS OU MAIS ADJETIVOS COM UM SUBSTANTIVO 
 
Há três possibilidades. 
Ex: Estudamos a civilização grega e romana. 
Estudamos a civilização grega e a romana. 
Estudamos as civilizações grega e romana. 
 
1.4 - O MESMO ADJETIVO EM RELAÇÃO A MAIS DE UM SUBSTANTIVO 
 
Se estes substantivos forem ou puderem ser considerados SINÔNIMOS, ANTÔNIMOS ou formarem GRADAÇÃO 
das idéias enunciadas, o adjetivo só pode permanecer no SINGULAR, concordando com o mais próximo, quer esteja 
anteposto ou posposto aos substantivos. 
Ex: Ele sempre teve ideia e pensamento fixo naquela mulher. (SINÔNIMOS) Naquele país, há frio e calor intenso. 
(ANTÔNIMOS) 
É preciso dedicação ao carinho, amor e paixão alheia. (GRADAÇÃO) 
 
Obs: CUIDADO COM O SENTIDO: algumas vezes, o adjetivo só pode estar se referindo a um dos substantivos, 
caso em que deverá concordar com ele. 
Ex: Comprei no supermercado carne e legume fresco / frescos. 
– A concordância é facultativa, pois tanto os legumes quanto a carne podem estar frescos.Ex: “...respiração e circulação sanguínea.” 
Nesse caso, o adjetivo “sanguínea” só pode estar se referindo à circulação. 
 
1.5 - Algumas palavras especiais: 
 
- MESMO, PRÓPRIO, TAL – como PRONOMES DEMONSTRATIVOS, variam 
para concordar com o substantivo a que se referem (os pronomes são, regra geral, variáveis). 
28 
 
Ex: Elas mesmas não sabiam o porquê. 
O vocábulo TAL também pode se apresentar na expressão TAL QUAL, caso em que cada elemento irá concordar 
com o substantivo ou pronome a que se referir. 
Ex: Ela queria que sua filha fosse tal quais as primas. Eles se comportam tais quais os pais. 
Eles se comportam tais qual a mãe. 
 
- ANEXO, INCLUSO, JUNTO, NENHUM, LESO, OBRIGADO, QUITE 
Com valor adjetivo, se flexionam em gênero e número de acordo com o termo que modificam. 
Obs: A locução adverbial em anexo fica invariável. 
Ex: Enviamos anexas as informações / anexos os documentos. Mulheres nenhumas o agradavam. / Eles não 
são nenhuns santinhos. Estamos quites com você./ Estou quite com você. 
 
Vinham inclusas na pasta a carta e a procuração. Elas saem sempre juntas. 
Aqueles eram crimes de lesa-pátria / de leso-patriotismo / lesas-razões. Vamos bem, obrigados. (gratos, 
agradecidos). 
 
- SÓ, MEIO, BASTANTE, CARO, BARATO 
Concordam com o substantivo a que se referem. 
Se forem usados como advérbios ou palavras denotativas, ficam invariáveis. Ex: Eles estavam sós no apartamento 
(adjetivo - variável) 
Ele só quer o nosso bem (= apenas – palavra denotativa - invariável) Aquelas roupas estavam baratas/caras. 
(adjetivos - variáveis) 
Os gêneros alimentícios permanecem caros/baratos. (adjetivos – variáveis) 
Os gêneros alimentícios custam caro/barato.(advérbios - invariáveis) Ela estava meio embriagada pelo sucesso. 
(advérbio - invariável) 
Suas ideias eram bastante interessantes.(= muito – advérbio – invariável) Compraram duas meias entradas para o 
espetáculo. (numeral) Enfrentamos bastantes problemas difíceis. (pronome indefinido – variável). 
 
MENOS - fica SEMPRE invariável, qualquer que seja a sua classificação (pronome, advérbio). 
Ex: Vieram menos pessoas que o esperado. (pronome indefinido) Coma menos. (advérbio). 
 
- MONSTRO, ALERTA, PSEUDO – ficam INVARIÁVEIS. 
Ex: Os soldados estavam alerta. (advérbio) 
Há no governo alguns pseudo-intelectuais. (elemento de composição) 
Eles eram criaturas monstro. (formado a partir de derivação imprópria, ou seja, originalmente era um substantivo e 
foi usado como adjetivo). 
 
1.6- Um e outro / Nem um nem outro 
Com essas construções, o substantivo permanece no singular, mas o adjetivo vai para o plural. 
Obs: Como os elementos são ligados por elementos aditivos (E, NEM), há apenas um substantivo se referindo a 
cada um deles (singular), mas o adjetivo se refere a todos (plural). 
Ex: Houve um e outro homem escolhidos para o cargo. 
O delegado não apurou nem um nem outro crime praticados. 
Um e outro alimento naturais. 
 
1.7. Atente às estruturas abaixo 
 
O adjetivo “possível” segue o que indica o artigo “o/a/os/as”. 
Se estiver no plural (os/as), o adjetivo “possível” também se flexiona (possíveis). 
Se ficar no singular (o/a), assim também fica o adjetivo (possível). 
Obs: A expressão “o mais possível” pode ser considerada uma locução adverbial (invariável), equivalente a “muito” 
ou “bastante”, enquanto que a expressão os mais possíveis poderia ser considerada uma locução adjetiva 
(variável), equivalente a um superlativo. 
Ex: Conheci mulheres o mais encantadoras possível. (muito encantadoras) Havia mestres os mais inteligentes 
possíveis. (inteligentíssimos) 
 
1.8. A olhos vistos 
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Essa expressão pode ficar invariável (locução adverbial) ou a palavra visto concordar com o substantivo a que se 
refere. 
Ex: Ela tem piorado a olhos vistos / a olhos vista. 
 
1.9. Haja vista 
Essa expressão está sempre certa quando invariável, equivalente a “Veja”. Uma outra possibilidade de construção é 
com o substantivo vista (INVARIÁVEL SEMPRE) e o verbo “haver” se flexionando de acordo com o substantivo que 
se segue. 
Ex: Haja vista o resultado. 
Haja vista / Hajam vista os resultados. 
Haja vista / Hajam vista as dificuldades por que passamos. 
 
 
2- DISTINÇÃO ENTRE MIL, MILHÃO E MILHARES 
4.1) MIL – Neste caso, o numeral vem sozinho (mil reais). A partir de “dois”, o numeral concorda com o substantivo: 
Ex: Duas mil mulheres / dois mil homens. 
 
4.2) MILHÃO - O numeral milhão, como os demais numerais, pertence à classe das palavras variáveis. Assim, 
deverá concordar com a parte inteira do numeral cardinal a ele relacionado. 
Ex: Aquela empresa investiu 1,5 milhão de reais em novos equipamentos. 
O artigo e o numeral que o antecederem devem concordar com ele, no masculino. 
Ex: Os dois milhões de árvores plantadas agora recobrem toda a área. 
 
4.3) MILHARES – Pode ser classificado como numeral ou substantivo. De qualquer forma, é MASCULINO, devendo 
permanecer neste gênero qualquer que seja o seu complemento. 
Ex: Muitos dos milhares de batidas de trânsito são fruto da imprudência. 
CONCORDÂNCIA VERBAL 
 
Como regra geral, o verbo concorda com o núcleo do sujeito em número e pessoa. Devemos a princípio identificar o 
núcleo do sujeito para, a partir daí, verificarmos com quem o verbo estabelecerá a concordância. 
Vejamos a seguir algumas regras de concordância verbal. 
Caso 1 - Sujeito composto – No sujeito composto há mais de um núcleo do Sujeito, dessa forma, quando o sujeito 
composto estiver: 
 
1.a) Anteposto ao verbo (SUJEITO + VERBO), o verbo vai para o plural, ou seja, obedece à concordância 
gramatical – o verbo concorda com os núcleos do sujeito. Como o sujeito (com todos os seus núcleos) já foi 
apresentado, não resta outra saída a não ser concordar com todos os elementos. 
Ex: O técnico e os jogadores chegaram ontem a São Paulo. 
 
1.b) posposto ao verbo (VERBO + SUJEITO), o verbo pode concordar com o sujeito mais próximo (concordância 
atrativa) ou ir para o plural, concordando com todos eles (concordância gramatical). O raciocínio dessa concordância 
é este: como o sujeito ainda não foi apresentado, o verbo pode “garantir” a concordância logo com o primeiro 
(concordância atrativa) ou “aguardar” a apresentação de todos e com todos eles concordar (concordância 
gramatical). 
Ex: Chegou(aram) ontem o técnico e os jogadores. 
 
1.c) Havendo pronomes pessoais, formado com pessoas diferentes: verbo fica no plural da pessoa 
predominante (1ª, 2ª ou 3ª), obedecendo à seguinte ordem de preferência (1ª prevalece sobre a 2ª e 3ª e a 2ª 
prevalece sobre a 3ª): PREVALECE A 1ª PESSOA – VERBO NA 1ª PESSOA DO PLURAL 
 
Ex: Eu, você e os alunos iremos ao museu.(NÓS) 
NA AUSÊNCIA DA 1ª PESSOA, PREVALECE A 2ª PESSOA – VERBO NA 2ª PESSOA DO PLURAL: 
Ex: Tu, ela e os peregrinos visitareis o santuário.(VÓS) 
 
1.d) Ligado por COM : verbo concorda com o antecedente do COM ou vai para o plural, entendendo que formam um 
sujeito composto. 
Ex: O professor, com os alunos, resolveu o problema. 
O maestro com a orquestra executaram a peça clássica. 
 
1.e) Ligado por OU: verbo no singular ou plural, vai depender do valor do OU. Se for alternativo, com ideia de 
exclusão dos demais, o verbo fica no singular. 
 
Ex: Valdir ou Leão será o goleiro titular. 
30 
 
Também permanece no singular se a conjunção “ou” exprimir equivalência, de tal forma que o verbo possa se dirigir 
a qualquer dos elementos. 
Ex: Um cardeal, ou um papa, enquanto homem, não é mais do que uma pessoa”. 
Se o valor da conjunção for aditiva, de modo que a ação possa abranger todos os sujeitos, indistintamente, o verbo 
vai para o plural. 
Ex: Alegrias ou tristezas fazem parte da vida. (tanto umas como outras). O mesmo acontece quando um dos 
elementos já se apresenta no plural. 
Ex: O policial ou os populares poderiam ter prendido o perigoso assassino. 
 
 
1.f) Ligado por NEM: segue o mesmo raciocínio que o caso 1.f (sujeito composto ligado por OU) – verbo pode ficar 
no pluralou no singular. 
 
Ex: Nem Paulo nem Maria conquistaram a simpatia de Joana. (valor aditivo) Nem Lula nem Dilma será eleito 
presidente. (valor alternativo ou excludente) 
Nesses dois últimos casos (1.f e 1.g - sujeito composto ligado por OU / NEM), havendo, entre os sujeitos, algum 
expresso por um pronome reto, devemos seguir a regra 1.c (primazia das pessoas – 1ª. e 2ª): 
Ex: Nem meu primo, nem eu frequentamos tal sociedade.(1ª pessoa do plural) 
 
1.g) Resumido com pronome indefinido: o verbo concorda com o pronome, que exerce a função de aposto 
resumitivo. Esse é um caso de concordância especial, em que o verbo concorda, não com o sujeito (todos os 
elementos), mas com o aposto (pronome indefinido). 
Ex: Jovens, adultos, crianças, ninguém podia acreditar no que acontecia. 
 
1.h) Modificado pelo pronome CADA: quando o pronome indefinido cada é seguido por substantivo ou pronome 
substantivo, o verbo fica na 3ª pessoa do singular. 
Ex: Cada homem, cada mulher, cada criança ajudava os flagelados. 
 
Caso 2 - Sujeito constituído por: 
2.a) Um e outro. O verbo no singular ou plural, indiferentemente. 
Ex: Um e outro médico descobriu(ram) a cura do mal. 
Ex: Nem um nem outro problema propostos foi(ram) resolvido(s). 
 
2.b) Um ou outro. Em função da presença da conjunção ou, há nessa construção um valor excludente, que leva o 
verbo para o singular. 
Ex: Um ou outro candidato será aprovado. 
 
2.c) Nem um nem outro 
Mantem o verbo no SINGULAR, como ocorre com “um ou outro”: 
Ex: Nem um nem outro estudante tirou o 1º lugar no simulado. 
 
2.d) Expressões partitivas ou quantitativas (a maioria de, grande parte de, grande número de), seguidas de 
nome plural: 
Em expressões que indicam uma parte de um todo (por isso chamadas de termos ou expressões partitivas), o verbo 
pode concordar com o núcleo do sujeito (maioria, parte, metade), ficando no singular, ou com o especificador 
(substantivo que se segue). Assim, pode-se destacar o conjunto (singular) ou os elementos desse conjunto (plural). 
Neste último caso, realiza-se a concordância ideológica (com a ideia). 
Ex: A maioria dos candidatos conseguiu/conseguiram aprovação. 
 
2.e) Coletivo geral: A ideia é que o substantivo coletivo já exerce a função agregativa, ou seja, contém o valor de 
conjunto, deixando o verbo no singular. 
Ex: O povo escolherá seu governante em 15 de novembro. 
 
2.f) Expressões que indicam quantidade aproximada (cerca de, perto de, mais de) seguida de numeral: 
Nesses casos, o verbo concorda com o numeral que acompanha o substantivo. 
Ex: Mais de um jogador foi criticado pela crônica esportiva. 
Cerca de dez jogadores participaram da briga. 
 
2.g) Pronomes (indefinidos ou interrogativos) - no singular, seguidos de pronome: 
Verbo no singular, concordando com o pronome. 
Ex: Qual de nós será escolhido? 
- no plural, seguidos de pronome: o verbo concorda com o pronome pessoal ou vai para a 3ª pessoa do plural. 
Ex: Poucos dentre eles serão chamados pelo Exército. 
Alguns de nós seremos / serão eleitos. 
31 
 
O que está em jogo é a intenção do autor em incluir, na ação, a figura representada pelo pronome. Compare: 
Alguns de nós sabem o resultado do jogo. Alguns de nós sabemos o resultado do jogo. 
 
2.h) Pronome QUEM: A concordância vai depender da classificação da palavra QUEM. Se o verbo ficar na 3ª 
pessoa do singular, indica-se que a palavra é um pronome indefinido. 
 
 
Se for realizada a concordância com seu antecedente, entende-se que se trata de um pronome relativo, assim 
como acontece com o pronome relativo QUE (caso 2.i). 
Ex: Sou eu quem pago o seu salário. Sou eu quem paga o seu salário. 
Nas orações interrogativas iniciadas pelos pronomes QUEM, QUE, O QUE, o verbo SER concorda com o nome ou 
pronome que vier depois 
Ex: Quem são os culpados? Que são os sonhos? 
O que seremos nós sem fé? 
 
2.i) Pronome relativo QUE na função de sujeito: verbo concorda com o antecedente. 
Ex: Não fui a aluna que chegou primeiro. 
Dos sonhos que me atordoam, esse é o mais recorrente. 
Pronome relativo é assim chamado por fazer referência a algum outro termo (substantivo, pronome substantivo, 
oração substantiva) já mencionado anteriormente (ANTECEDENTE). 
Nas duas passagens, o que é um pronome relativo. 
 
Caso 3 - Verbo acompanhado da palavra SE 
3.a) SE = pronome apassivador: verbo concorda com o sujeito paciente. Na voz passiva pronominal (ou sintética), o 
verbo TRANSITIVO DIRETO ou DIRETO E INDIRETO, quando acompanhado do pronome SE, deve concordar com 
o sujeito paciente (que está sublinhado nos exemplos abaixo). 
Ex: Viam-se ao longe as primeiras casas. 
Ofereceu-se um grande prêmio ao vencedor da corrida. 
3.b) SE = índice de indeterminação do sujeito: verbo sempre na 3ª pessoa do singular. Usa-se construção de 
sujeito indeterminado quando não se sabe - ou não se quer dizer – quem é o agente da ação verbal. Também é 
usado em orações de sentido genérico, vago. 
 
São duas as formas de construção do sujeito indeterminado: 
Forma 1 - o verbo (exceto transitivo direto ou direto e indireto) permanece na 3ª pessoa do singular acompanhado do 
pronome se (índice / partícula de indeterminação): 
Ex: Necessitava-se, naqueles dias, de novas esperanças. (verbo transitivo indireto) 
Estava-se muito feliz com o resultado das provas. (verbo de ligação) Morria-se de tédio nas noites de inverno.(verbo 
intransitivo) 
Forma 2 – o verbo (qualquer que seja sua transitividade na construção), sem o pronome, fica na 3ª pessoa do plural: 
Ex: Desviaram dinheiro dos cofres públicos. Bateram na porta. 
Falaram mal de você. 
 
Caso 4 - Verbos impessoais 
 
São IMPESSOAIS, ou seja, não possuem SUJEITO, os verbos que indicam fenômenos da natureza (Chove lá fora.); 
verbo HAVER indicando existência (Há muitas pessoas na sala.) ou tempo (Há muito tempo não o vejo.); os verbos 
FAZER, IR, indicando tempo (Faz muito tempo que não o vejo./ Vai pra dez anos que não o vejo.). 
Como não possuem sujeito (casos de oração sem sujeito), os verbos ficam “neutros”, na 3ª pessoa do singular. 
Ex: Durante o inverno, nevava muito. 
Ainda havia muitos candidatos para a Universidade. Ontem fez dez anos que ela se foi. 
Vai para dez meses que tudo terminou. 
 
EMPREGO DA CRASE 
 
A crase é um fenômeno, onde de um lado, há um termo regente, que pode ou não exigir a preposição “a”. Do outro 
lado, há um termo regido, que pode aceitar ou não um artigo definido feminino “a”. Nessa posição de “termo regido” 
também pode existir um pronome demonstrativo a(s), aquele(s), aquela(s) ou aquilo, um pronome relativo a qual/as 
quais. Se houver o encontro da preposição “a” com o outro “a”, OCORRE A CRASE: os dois viram um só “a” e 
recebem o acento grave (`) para indicar essa fusão: à. 
Dessa forma, há o TERMO REGENTE + TERMO REGIDO. 
CRASE NÃO É ACENTO, CRASE É O FENÔMENO! 
Veja o quadro explicativo do caso clássico de crase. 
32 
 
Em resumo: só haverá crase (fusão) se houver dois “as”, isto é, simultaneamente o termo regente exigir a 
preposição a e o termo regido. Lembrando que por estar diante do artigo definido “a”, necessariamente haverá a 
presença de um termo no feminino. 
Feitas essas breves considerações, passemos aos casos em que não se admite a crase. 
 
 
 antes de palavra masculina - é lógico que não há crase, uma vez que palavra masculina não admite artigo definido 
feminino antes de si; 
 
 antes de verbo - um verbo não pode ser antecedido de artigo definido feminino; mesmo quando substantivado, 
recebe o artigo masculino e não feminino – “o ranger”, “o regressar”; por isso, não poderia ocorrer a crase; 
 
 antes de pronomes em geral - com exceção dos pronomes possessivos dona, senhora e senhorita e de alguns 
poucos pronomes indefinidos (mesmas, outras), os pronomes não admitem artigo definido feminino antes de si; 
 antes de substantivos em sentido vago, genérico - por serem vagos, genéricos; 
 
 em expressões de palavras repetidas (cara a cara, dia a dia, bocaa boca – nesses casos, há apenas uma 
preposição ligando dois substantivos genéricos que formam uma expressão. Se falta o artigo antes do primeiro 
elemento, também faltará antes do segundo. 
 
 não se acentua o “a” antes de casa quando esta tiver o sentido de "lar, domicílio, morada". Ex: Chegou cedo a 
casa. Mas atenção, se a palavra casa vier acompanhada de adjetivo ou locução adjetiva, ou estiver determinada, use 
a crase. Ex: Chegou cedo à casa da patroa. 
 
 não se acentua o “a” antes de terra quando esta se opõe a "bordo, chão, mar", isto é, quando designa "terra firme". 
Ex: Depois de tantos dias no mar chegamos a terra. Qualquer outra “terra”, inclusive o planeta Terra, recebe o artigo 
definido, portanto, haverá crase. Ex: Vou à terra dos meus avós. 
 
 indicação de distância não determinada. 
 
CASOS ESPECIAIS DE EMPREGO DO ACENTO GRAVE 
 
Existem alguns casos em que o “a” recebe o acento grave (à) mesmo não havendo esse encontro de dois “as”. 
Outros de “faculdade” da crase. São os chamados casos especiais. 
Há acento grave: 
 Em locuções femininas, sejam elas adverbiais (à força, à vista), adjetivas (à fantasia, à toa), conjuntivas (à 
medida que, à proporção que) ou prepositivas (à espera de, à procura de). 
 Diante de masculino, em que esteja subentendida a expressão “à moda 
de”, “à maneira de” 
Ex: Ele escrevia à Machado de Assis. O artilheiro fez um gol à Romário. 
Cuidado: em “bife a cavalo” ou em “frango a passarinho” não está subentendida essa expressão (não é à maneira do 
cavalo ou ao modo do passarinho) e, por isso, não leva acento. 
 
Topônimos: Na indicação de lugares pode acabar surgindo dúvidas, nesses casos, uma valiosa dica poderá resolver 
seus problemas e acertar a questão e mesmo na redação. 
 
BIZU: Quem vai a e volta da  Crase há Quem vai a e volte de  Crase pra quê? 
 
Pra entender melhor verifique os exemplos a seguir: Ex: Vou a Bahia / Vou a Paris 
Quem vai a Bahia volta da Bahia, portanto, haverá a crase. Vou à Bahia. 
No outro caso, quem vai a Paris volta de Paris, então nesse caso não ocorre a crase. 
 
EMPREGO FACULTATIVO DA CRASE 
 
Pronomes possessivos – esses pronomes admitem o artigo definido antes de si. Por isso, se o termo regente 
exigir a preposição “a” e se deseje empregar o pronome possessivo com artigo, haverá crase (preposição “a” + artigo 
definido feminino + possessivo) 
Ex: Refiro-me à sua professora / Refiro-me a sua professora. 
Mas cuidado com construções do tipo: 
Ex: Refiro a/à sua professora [facultativo], e não à minha [obrigatório]. 
 
 Com a locução prepositiva “até a” (que é a junção das duas preposições: até + a). 
Havendo um termo regido que admita o artigo definido, haverá crase (até a + a = até à – “Andei até à entrada de sua 
casa.”). 
33 
 
Essa locução prepositiva equivale à preposição “até”, que, quando usada na forma simples, não leva à fusão de dois 
‘as’, pois só existe um – o artigo (até + a = até a - “Andei até a entrada de sua casa.”). Em resumo, no primeiro 
exemplo, havia a contração da locução prepositiva ate a com o artigo a (até à); no segundo, o encontro da 
preposição até com o artigo a (até a). Por isso, alguns falam simplesmente que, com a preposição “até”, a crase é 
facultativa. Na verdade, o que é facultativo é o uso da locução prepositiva “até a” ou da preposição simples “até” – 
com a primeira, haverá crase (até à); com segunda, não (até a). 
 
SINTAXE DE REGÊNCIA 
 
Nas orações sempre há os chamados elementos regentes e elementos regidos. Chamamos de regentes aos termos 
que pedem complemento e de regidos aos que complementam o sentido dos primeiros. 
A sintaxe de regência estudará, portanto, as relações de subordinação ou dependência entre os elementos da 
oração. 
Em palavras mais simples: regência significa “uso ou não de preposição”. Sendo assim, há casos em que 
determinada palavra (substantivo, adjetivo, advérbio ou verbo) exige certa preposição ou tem o seu sentido 
modificado em virtude do emprego de alguma delas. 
Os complementos servem a nomes (substantivos, adjetivos ou advérbios) e a verbos, daí, a regência dividir-se em 
nominal e verbal. 
 
REGÊNCIA NOMINAL 
 
Estuda a relação entre um substantivo, um adjetivo ou um advérbio com o termo que complementa o seu significado. 
Essa relação é sempre regida por preposição. Muitos nomes derivados apresentam o mesmo regime dos verbos de 
que derivam. 
Assim sendo, o conhecimento do regime de certos verbos permite que se conheça o regime dos nomes cognatos, 
como o substantivo "obediência", o adjetivo "obediente", e o advérbio "obedientemente", que regem a preposição a, 
exatamente como ocorre com o verbo "obedecer", que lhes deu origem. 
 
REGÊNCIA VERBAL 
 
A sintaxe de regência verbal consiste em reconhecer no contexto o sentido do verbo, para o emprego correto da 
predicação verbal ou o não uso de preposição entre o verbo e seu complemento. Também, há casos que exigem a 
substituição do complemento verbal por pronomes. Eis as principais formas verbais e suas respectivas regências: 
 
01. ASPIRAR: Cheirar, absorver o ar = v.t.d. Desejar = v.t.i.(a) * Não admite o pronome LHE 
Ex: Aspiro a conquistas heroicas. 
 
02. VISAR: Apontar, mirar ou rubricar, dar visto = v.t.d. Desejar = v.t.i. (a) * Não admite o pronome LHE 
Ex: Você aspira àquela vaga. 
 
03. PREFERIR: v.t.d.i. * Não é necessário usar os dois complementos. O objeto indireto expressa o que não se 
prefere, constituído com a preposição “a”. 
Ex: Prefiro futebol a voley. 
 
04. ASSISTIR: Ver, presenciar = v.t.i. (a) *Não admite o pron. LHE 
Socorrer, dar assistência = v.t.d ou v.t.i. (a) * A transitividade indireta é a norma culta. 
Residir = v.i. (em), apresentando o adjunto adv. de lugar. 
Caber, pertencer = v.t.i. (a) * Admite o pronome “lhe” 
Ex: Assistimos ao filme. 
O médico assistiu o enfermo. 
O resultado da sentença assiste ao Juiz Sérgio Moro. 
No apartamento em que você assiste há drogas. 
 
05. INFORMAR, AVISAR, CERTIFICAR, CIENTIFICAR, ACONSELHAR, PREVENIR, ADVERTIR: v.t.d.i. *São 
pronominalizados apenas os complementos constituídos por “pessoa”. 
Ex: a) Avisei o chefe do fato. 
b) Avisei o fato ao chefe. 
c) Certificamo-lo do fato. 
d) Advertiram-no das consequências. 
 
0.6. CHAMAR: Mandar vir = v.t.d. Rogar = v.t.i. (por) 
Cognominar, dizer algo a respeito de alguém ou de algo = Use a transitividade direta ou a indireta. Além do 
complemento verbal, o verbo exige o emprego do predicativo (preposicionado ou não preposicionado). 
Ex: Chamei o soldado. 
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Chamaram aquela terra de paraíso. 
 
0.7. LEMBRAR e ESQUECER = v.t.d. * Quando pronominais, use a transitividade indireta. Também é bom ressaltar 
que LEMBRAR pode ser transitivo direto e indireto. 
Ex: Lembrei-me de que ela é culpada Esqueceram-se de mim. 
 
08. QUERER: Desejar = v.t.d. Gostar, estimar = v.t.i. Ex: Quero alguns anúncios em locais estratégicos. 
 
09. SIMPATIZAR: v.t.i. (com) * Não pode ser usado pronominalmente. Ex: Simpatizei com você, Dulcinéia. 
 
10. PAGAR = v.t.d.i. 
Ex: Paguei a taxa ao cartório / Paguei ao banco. 
 
11. CHEGAR: v.i. * Não admite o uso da preposição “em” Cheguei ao clube / “Cheguei no clube” portanto está 
errado. 
12. ALUDIR: Referir v.t.i. 
Ex: O resultado a que aludimos não foi lícito. 
 
13. CUSTAR: Acarretar = v.t.d.i. Relacionado a preço = v.i. 
Demorar, ser difícil = v.t.i. (a) e pede sujeito oracional. 
Ex: Custou-me dividir os pertences. A camisa custou vinte reais. 
Custou-me reconhecer os criminosos. 
 
14. RESPONDER: Tem complemento introduzido pela preposição "a". Esse verbo pede objeto indireto para indicar 
"a quem" ou "ao que" se responde. 
Ex: Respondi ao meu patrão. 
Respondemos às perguntas. 
Respondeu-lhe à altura. 
 
FUNÇÕES DA LINGUAGEM 
 
Sabemos que a linguagem é uma das formas de apreensão e de comunicação das coisas do mundo. O ser humano, 
ao viver em conjunto, utiliza vários códigos para representar o que pensa, o que sente, o que quer, o quefaz. 
Sendo assim, o que conseguimos expressar e comunicar através da linguagem? Para que ela funciona? 
A multiplicidade da linguagem pode ser sintetizada em seis funções ou finalidades básicas. Veja a seguir: 
 
1) Função Referencial ou Denotativa 
Palavra-chave: referente 
(Lembrar 1ª pessoa- emissor, 2ª pessoa-receptor, 3ª pessoa-referente) 
Transmite uma informação objetiva sobre a realidade. Dá prioridade aos dados concretos, fatos e circunstâncias. É a 
linguagem característica das notícias de jornal, do discurso científico e de qualquer exposição de conceitos. Coloca 
em evidência o referente, ou seja, o assunto ao qual a mensagem se refere. 
Ex: A Polícia Federal fez hoje uma apreensão recorde de drogas no porto de Santos. 
 
2) Função Expressiva ou Emotiva 
Palavra-chave: emissor 
Reflete o estado de ânimo do emissor, os seus sentimentos e emoções. Um dos indicadores da função emotiva num 
texto é a presença de interjeições e de alguns sinais de pontuação, como as reticências e o ponto de exclamação. 
Ex: Nós te amamos! 
A juíza ficou muito emocionada com a singela homenagem. 
 
3) Função Apelativa ou Conativa 
Palavra-chave: receptor 
Seu objetivo é influenciar o receptor ou destinatário, com a intenção de convencê-lo de algo ou dar-lhe ordens. Como 
o emissor se dirige ao receptor, comum o uso de tu e você, ou o nome da pessoa, além do vocativo e imperativo. É a 
linguagem usada nos discursos, sermões e propagandas que se dirigem diretamente ao consumidor. 
Ex: Você já tomou banho? 
Mãe, vem cá! 
Não perca esta promoção 
 
4) Função Poética 
Palavra-chave: mensagem 
É aquela que põe em evidência a forma da mensagem, ou seja, que se preocupa mais em como dizer do que com o 
que dizer. O escritor, por exemplo, procura fugir das formas habituais e expressão, buscando deixar mais bonito o 
35 
 
seu texto, surpreender, fugir da lógica ou provocar um efeito humorístico. Embora seja própria da obra literária, a 
função poética não é exclusiva da poesia nem da literatura em geral, pois se encontra com frequência nas 
expressões cotidianas de valor metafórico e na publicidade. 
Ex: “...a lua era um desparrame de prata”. (Jorge Amado). Em tempos de turbulência, voe com fundos de renda fixa. 
(Texto publicitário). 
Se eu não vejo a mulher que eu mais desejo nada que eu veja vale o que eu não vejo (Daniel Borges) 
 
5) Função Fática 
Palavra-chave: canal 
Tem por finalidade estabelecer, prolongar ou interromper a comunicação. É aplicada em situações em que o mais 
importante não é o que se fala, nem como se fala, mas sim o contato entre o emissor e o receptor. Fática quer dizer 
"relativa ao fato", ao que está ocorrendo. 
Aparece geralmente nas fórmulas de cumprimento: Como vai, tudo certo?; ou em expressões que confirmam que 
alguém está ouvindo ou está sendo ouvido: sim, claro, sem dúvida, entende?, não é mesmo? É a linguagem das 
falas telefônicas, saudações e similares. 
Ex: Alô? Está me ouvindo? 
Conversas dentro elevador entre estranhos, ou do passageiro com o taxista. 
 
6) Função Metalinguística 
Palavra-chave: código 
Esta função refere-se à metalinguagem, que ocorre quando o emissor explica um código usando o próprio código. É 
a poesia que fala da poesia, da sua função e do poeta, um texto que comenta outro texto. As gramáticas e os 
dicionários são exemplos de metalinguagem. 
Ex: Frase é qualquer enunciado linguístico com sentido acabado. 
Para dar a definição de frase, usamos uma frase. 
 
FIGURAS DE LINGUAGEM 
 
São recursos de nosso idioma para tornar as mensagens que emitimos mais expressivas e significativas. Tais 
recursos podem ampliar o significado de uma oração, assim como suprir lacunas de uma frase com novos 
significados. 
 
Dividimos as figuras de linguagem em metáfora, hipérbole, eufemismo, ironia, elipse, zeugma, comparação, 
metonímia, antítese, paradoxo, prosopopeia, pleonasmo, anáfora, sinestesia, gradação, aliteração, polissíndeto, 
assíndeto e onomatopeia. 
 
1. Comparação 
Existe um conectivo que deixa essa relação comparativa explícita (termo comparador). 
Exemplo: O Século é como a luz. 
 
2. Metáfora 
A metáfora ocorre quando é utilizada uma substituição de termos que possuem significados diferentes, atribuindo a 
eles o mesmo sentido. Ou seja, trata-se de uma comparação em que se omite o termo comparador. 
Veja o exemplo abaixo: 
“Meu pensamento é um rio subterrâneo.” 
Na frase acima o autor dá o sentido de “pensamento” ao termo “rio subterrâneo”, que nada têm em comum, mas 
passam a ter na oração. 
 
3. Metonímia 
Metonímia é o uso da parte pelo todo. Ocorre quando o autor substitui uma palavra por outra próxima. É utilizada 
para evitar a repetição de palavras em um texto. Por exemplo: 
– “Os meus braços precisam dos teus” 
Na frase acima, Vinicius de Morais se refere à necessidade que ele tem de ter a presença de outra pessoa e não 
somente dos braços. 
– “Eu adoro ler Maurício de Souza” 
Na frase acima, a pessoa está querendo dizer que gosta de ler as obras de Maurício de Souza, e não ler o autor, o 
que seria impossível. 
 
4. Sinestesia 
A sinestesia é o jogo da mistura das sensações. Quando na mesma oração o autor realiza o cruzamento de 
diferentes sentidos humanos. É muito utilizada em livros e poesias em geral e muito comum também notar sua 
presença em letras de música. 
Perceba no exemplo abaixo: 
“Ela sentiu o sabor frio da derrota” 
http://www.portaldalinguaportuguesa.org/
36 
 
Na frase acima, a sensação de frio que sentimos nos tatos foi direcionada para o paladar (sabor). De fato, não 
podemos sentir o sabor do “frio”, por isso ocorreu um cruzamento de sensações na frase, o que configura uma figura 
de linguagem sinestesia. 
 
5. Catacrese 
A Catacrese é um tipo de recurso muito interessante. Tal figura de linguagem ocorre quando atribuímos um “nome” a 
algo que não possui um nome específico, fazendo referência a outras coisas e objetos. 
Um ótimo exemplo seria o “céu da boca” ou a “asa da xícara”. Perceba que nossa boca não possui um céu de fato, 
assim como a xícara não possui asas de fato, parte atribuída somente às aves. 
 
6. Antítese 
Quando, em uma mesma oração, usamos termos que possuem sentidos contrários, configura-se a antítese. 
Ex: “O Renato estava dormindo acordado na aula” 
Perceba que “dormindo” e “acordado” entram em contraste de significado na frase. 
 
7. Paradoxo 
Esta figura de linguagem se refere a algo “contrário ao que se pensa”, fugindo do senso comum e até mesmo 
refletindo a falta de nexo. Confira um exemplo simples de um paradoxo: 
Ex: Ele não passa de um pobre homem rico 
 
8. Eufemismo 
Troca de um termo por outro mais “leve”, que acaba passando uma conotação mais agradável a um sentido. Um bom 
exemplo de eufemismo é quando trocamos o termo “morreu” por “foi para o céu“. 
 
9. Hipérbole 
Ao contrário de eufemismo, a hipérbole é uma figura de linguagem que dá um exagero intencional ao contexto. Por 
exemplo, em vez de dizermos “eu estou com muita sede“, as vezes dizemos “estou morrendo de sede“. Na verdade, 
não estamos morrendo literalmente, mas ocorre um exagero para ilustrar a grandeza da sede. 
 
10. Ironia 
Ironia é a utilização proposital de termos que manifestam o sentido oposto do seu significado. Por exemplo, uma 
pessoa que foi demitida após péssimo dia de trabalho, dizer: 
“- Era o que faltava para encerrar o meu dia maravilhosamente bem”. 
 
11. Apóstrofe 
Apóstrofe é muito interessante. Esta figura de linguagem ocorre quando alguma pessoa faz uso da “invocação” de 
algo ou alguém para manifestar algum sentido ao contexto. 
Ex: “Meu Deus! Que susto!”. 
12. Personificação ou Prosopopeia ou Antroporfização 
A personificação ocorre quando atribuímos sentidos racionais a elementos irracionais. Por exemplo, quando 
dizemos “A natureza está em chorando…” estamos atribuindo o “choro” (algo racional) à natureza (um elemento 
irracional). 
 
13. Pleonasmo 
Pleonasmo é muito utilizado no dia-a-dia. Trata-se da repetição de palavras que tem o mesmo significado,em uma 
mesma oração. 
Exemplos: “Sair para fora”, “subir para cima”, “dupla de dois”… 
 
14. Cacofonia 
A cacofonia surge quando ocorre uma junção do final de um vocábulo e começo de outro, formando tonalidades 
estranhas, dando significados controversos, quando lemos ou pronunciamos a frase rapidamente. Assim, outras 
pessoas podem entender ou atribuir sentidos contrários ao que falamos. É considerado um vício de linguagem. 
Exemplo: 
 Eu vi ela na praça. (vi+ ela= viela) 
 Alma minha gentil que te partiste (Alma + minha = maminha) 
 
15. Elipse 
A Elipse é uma figura de linguagem que acontece quando há a omissão de um termo que pode ser subentendido no 
texto. Neste caso, ocorre se uma palavra ou expressão for omitida e mesmo assim puder ser percebida como parte 
da oração. Vale acrescentar que esta palavra omitida, Não foi anteriormente citada e não torna a mensagem 
incompreensível. Podemos ter elipse de: 
1. Verbo: Na sala de aula, apenas cinco ou seis alunos 
(Neste caso foi omitido o verbo, mas ele está subentendido no texto. Compreende-se que “havia” na sala de aula 
apenas cinco ou seis alunos. Omissão do verbo haver) 
37 
 
2. Pessoa: Peguei de volta meu casaco 
(Foi omitido o pronome “Eu”, mas a frase é perfeitamente compreensível) 
3. Genero: Sempre foi estudiosa. 
(Foi omitido o pronome “ela”, que caracteriza o sexo feminino) 
 
16. Antonomásia 
Tambem chamada de antonomásia e circunlóquio, consiste na substituição de um termo ou expressão curta por 
uma expressão mais longa que serve para transmitir a mesma ideia. Trata-se, portanto, d a substituição de uma 
palavra por alguma que se refere a uma característica particular dela, permitindo a sua identificação com facilidade. É 
um tipo de metonímia. 
Exemplos: Filho de Deus (Jesus Cristo), Terra da Garoa (São Paulo), Cidade Maravilhosa (Rio de Janeiro). 
 
17. Gradação 
É uma transformação gradual, de forma crescente ou decrescente. 
Exemplo: Em terra, em cinza, em pó, em sombra, em nada (Gregório de Matos – Soneto a Maria de Povos) 
18. Anáfora 
É a repetição regular de uma palavra. 
Exemplo: Se você gritasse, se você gemesse, se você tocasse a valsa vienense, se você dormisse, se você 
cansasse, se você morresse… (Drummond – E agora, José?) 
 
19. Polissíndeto 
É a repetição de uma conjunção. 
Exemplo: Ou estuda, ou trabalha, ou tem vida social, ou tem saúde. 
20. Assíndeto 
É uma omissão (parecida com uma elipse), porém é exclusiva para conectivos e conjunções. 
Exemplo: Acordei, comi, estudei, dormi. Não há a conjunção “e” para unir as duas últimas orações. 
 
21. Quiasmo 
O quiasmo é uma repetição cruzada. O som “qui” (de “quiasmo”) pode ser relacionado com um “X” (representando 
uma cruz). 
Exemplo: E estudava, e trabalhava, e trabalhava e estudava. 
 
22. Silepse 
É quando há concordância verbal ou nominal com a ideia, mas não com a palavra 
Exemplo: A gente é novo. “Gente” é substantivo feminino e “novo” é adjetivo masculino. 
 
23. Hipérbato 
É quando a oração não está na ordem direta para produzir um efeito de sentido. 
Exemplo: Estudavam anteriormente com enciclopédias os alunos. 
 
24. Zeugma 
É um recurso que omite um termo que já foi mencionado antes na oração. É como se fosse uma elipse. 
Exemplo: Ele gosta de Biologia, eu de Geografia. O verbo “gostar” apareceu antes e está oculto. 
 
25. Aliteração 
É utilizar, consecutivamente, palavras com consoantes que produzem sons parecidos. O resultado é um trava-
língua. 
Exemplo: O rato roeu a roupa do rei de Roma. 
 
26. Anacoluto 
A estrutura sintática da frase é interrompida por algum elemento “solto”. O recurso faz a linguagem escrita se parecer 
com a linguagem oral, dando espontaneidade à mensagem. 
Alguns teóricos consideram o anacoluto um erro de sintaxe (Gramática). 
Por isso, ele deve ser interpretado no contexto. A figura é frequente em obras como Vidas Secas, que possuem 
diálogos muito próximos à linguagem do dia-a-dia. 
Exemplo: Matemática, como aprender essa matéria? 
http://geekiegames.geekie.com.br/blog/os-5-conteudos-de-biologia-enem/
http://geekiegames.geekie.com.br/blog/os-5-conteudos-de-geografia-que-mais-caem-no-enem/
http://geekiegames.geekie.com.br/blog/resumo-vidas-secas/
http://geekiegames.geekie.com.br/blog/como-aprender-matematica/
38 
 
Prova GMBH 2009 
Pcim 
PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA 
TEXTO 1 
 
A Guarda Municipal e a Segurança Pública 
Eliézer Rizzo de Oliveira 
 
Mantidas pelos municípios, as Guardas 
Municipais devem participar da Segurança Pública em 
todos os seus campos constitutivos. Diante do 
aumento da criminalidade e do número de pessoas 
feridas e mortas em consequência da guerra social em 
curso, movida com o pano de fundo do narcotráfico e 
do crime organizado, todos os organismos do Estado 
devem, de um modo ou de outro, participar do 
combate à violência e à delinquência. 
Nada há de novo em reivindicar segurança 
para os cidadãos, vivam eles no campo ou na cidade, 
sejam quais forem as suas condições sociais. A 
segurança dos cidadãos é um direito constitucional e 
consta dos Direitos Humanos da ONU. É um bem 
público, uma responsabilidade à qual os governos, o 
municipal em primeiro lugar, devem responder com 
políticas públicas bem concatenadas. Isto é, políticas 
com objetivos, doutrina (incluindo o respeito 
democrático à cidadania e aos direitos humanos), 
meios materiais, estrutura, recursos humanos e 
financeiros. 
Haverá quem reitere não caber à Guarda 
Municipal tal ou qual tipo de policiamento, que já seria 
da responsabilidade de uma polícia ou de outra. Os 
tipos de ação policial cabem, sim, à Guarda Municipal 
enquanto coadjuvante que por vezes tem grande 
capacidade de presença e mobilidade no território 
municipal. Mais um ator coadjuvante qualificado, 
capaz de prestar serviços relevantes, merecedor do 
apoio da comunidade. 
(Disponível em http://www.comciencia.br/comciencia/ . 
Acesso em 26fev2010. Texto adaptado). 
 
TEXTO 2 
A Guarda Municipal é voltada para a 
segurança pública e para a atuação na área de defesa 
social que corresponde a uma parcela significativa da 
prestação de serviço à comunidade de maneira 
extensiva, o qual abrange a segurança pública e a 
defesa civil, entre outras ações do poder público. 
A criminalidade não se resolve no contexto 
restrito da Segurança Pública, mas em um programa 
de ampla defesa social, isto é, numa política social 
que envolva o punir (quando útil e justo) e o 
tratamento ressocializante do criminoso e do foco 
social de onde emerge. 
Desta forma, a Guarda Municipal, sendo a 
prestadora de serviço que trabalha diuturnamente 
representando o Poder Público Municipal, em todos os 
bairros e periferias, torna-se uma das poucas 
instituições do município capaz de dar o pronto-
atendimento às necessidades locais. 
(Disponível em http://www.forumseguranca.org.br/artigos/a-
guardamunicipal-e-a-seguranca-urbana . 
Acesso em 26fev2010. Texto 
adaptado) . 
CHARGE 
http://grafar.blogspot.com/2009/12/charge-bier.html 
 
QUESTÃO 01 
O uso do conector “e” no título do texto 1 sugere a 
ideia de que a Guarda Municipal pode ser: 
(A) um suporte da Segurança Pública. 
(B) uma ameaça à Segurança Pública. 
(C) um contraste à Segurança Pública. 
(D) uma prevenção em relação à Segurança Pública. 
 
QUESTÃO 02 
Leia o trecho transcrito do texto 1: “[...] do número de 
pessoas feridas e mortas em consequência da guerra 
social em curso, movida com o pano de fundo do 
narcotráfico e do crime organizado [...]”. 
As expressões destacadas no trecho podem ser 
interpretadas como: 
(A) violência – cenário. 
(B) repressão – elemento. 
(C) agressão – espaço. 
(D) manifestação – organismo. 
 
QUESTÃO 03 
Leia o trecho transcrito do texto 2: “A Guarda 
Municipal é voltada para a segurança pública e para a 
atuação na área de defesa social [...]”. 
A ideia contida no trecho destacado do texto 2 é a 
mesma que ocorre na alternativa: 
(A) “[...] as Guardas Municipais devem participar da 
Segurança Pública em todos os seus campos 
constitutivos”. 
(B) “Nãohá nada de novo em reivindicar segurança 
para os cidadãos [...]”. 
(C) “[...] um ator coadjuvante qualificado, capaz de 
prestar serviços relevantes [...]”. 
(D) “Haverá quem reitere não caber à Guarda 
Municipal tal ou qual tipo de policiamento [...]”. 
 
QUESTÃO 04 
Pode-se afirmar que o ponto de vista do autor do texto 
1 sobre a criminalidade mantém, com o ponto de 
vista defendido no texto 2, uma relação de: 
(A) oposição. 
(B) semelhança. 
(C) retificação. 
(D) contraste. 
 
QUESTÃO 05 
No texto 2, o pronto-atendimento da Guarda 
Municipal à população deve-se, PRINCIPALMENTE, 
pelo fato de que ela: 
(A) desempenha um policiamento municipal ostensivo. 
(B) auxilia o policial militar em seu trabalho. 
(C) executa ações de segurança pública para a 
população. 
(D) desenvolve ações constantes de proteção aos 
bens públicos e àcomunidade nas mais diversas áreas 
urbanas. 
 
QUESTÃO 06 
39 
 
No texto 1, o autor afirma: “A segurança dos cidadãos 
é um direito constitucional e consta dos Direitos 
Humanos da ONU.” 
Considerando-se o trecho acima e a charge, pode-se 
afirmar que a relação entre eles é, 
PRINCIPALMENTE, de: 
(A) provocação. 
(B) ironia. 
(C) exagero. 
(D) suposição. 
 
QUESTÃO 07 
Leia o trecho da charge: “Leve tudo, mas não me 
mate!” 
O emprego do elemento coesivo mas imprime ao 
trecho uma ideia de: 
(A) contraste. 
(B) advertência. 
(C) finalidade. 
(D) causa. 
 
QUESTÃO 08 
As palavras sublinhadas nos trechos seguintes, 
destacadas do texto 1, apresentam interpretação 
correta nos parênteses em todas as alternativas, 
EXCETO em: 
(A) “[...] de um modo ou de outro, participar do 
combate à violência e à delinquência”. (demência) 
(B) “Nada há de novo em reivindicar segurança para 
os cidadãos [...]”. (solicitar) 
(C) “Haverá quem reitere não caber à Guarda 
Municipal [...]”. (repita) 
(D) “[...] capaz de prestar serviços relevantes, 
merecedor do apoio da comunidade”. (importantes) 
 
QUESTÃO 09 
“Desta forma, a Guarda Municipal, sendo a 
prestadora de serviço que trabalha diuturnamente 
representando o Poder Público Municipal [...]”. 
A expressão destacada no trecho do texto 2, só NÃO 
pode ser substituída por: 
(A) deste modo. 
(B) à medida que. 
(C) portanto. 
(D) logo. 
 
QUESTÃO 10 
A classe gramatical da palavra sublinhada está 
corretamente indicada, nos parênteses, na 
alternativa: 
(A) “[...] e uma grande prestadora de atendimentos de 
excelência em várias áreas [...]”. (pronome de 
tratamento) 
(B) “O maior dilema da Guarda Municipal [...]”. 
(substantivo) 
(C) “[...] eu estou me sentindo mais seguro, quando 
caminho pela cidade”. (adjetivo) 
(D) “Muito se discute ainda no Brasil sobre o papel das 
guardas municipais”. (preposição). 
 
QUESTÃO 11 
“A Guarda Municipal é voltada para a segurança 
pública e para a atuação na área de defesa social 
que corresponde a uma parcela significativa da 
prestação de serviço à comunidade de maneira 
extensiva [...]”. 
A classe gramatical das palavras destacadas está 
classificada corretamente, na sequência em que 
aparecem no trecho, na alternativa: 
(A) substantivo, substantivo, substantivo, adjetivo. 
(B) adjetivo, substantivo, substantivo, adjetivo. 
(C) adjetivo, substantivo, adjetivo, adjetivo. 
(D) substantivo, substantivo, adjetivo, adjetivo. 
 
QUESTÃO 12 
“Nada há de novo em reivindicar segurança para os 
cidadãos, vivam eles no campo ou na cidade [...]”. 
Todas as afirmativas sobre o período acima estão 
corretas, EXCETO: 
(A) o sujeito de “vivam” é simples. 
(B) “segurança” é o núcleo do objeto direto de 
“reivindicar”. 
(C) o predicado de todas as orações do período é 
verbal. 
(D) o sujeito de “há” é “nada”. 
 
QUESTÃO 13 
A alternativa em que a concordância verbal está 
INCORRETA é: 
(A) Estamos certos de que deve haver meios para o 
entrosamento entre a guarda municipal e a polícia 
militar. 
(B) Havia várias pessoas descontentes com a atuação 
isolada da polícia militar. 
(C) Pode haver situações em que a polícia militar seja 
chamada para resolver problemas em bairros da 
periferia. 
(D)Deve existir muitos programas visando à 
integração da guarda municipal com a polícia militar. 
 
QUESTÃO 14 
A colocação do pronome oblíquo átono está 
INCORRETA em: 
(A) Muito se discute sobre o papel das guardas 
municipais. 
(B) Deve-se pensar num policiamento que atenda as 
diversas áreas urbanas. 
(C) Não se deve supor que a guarda municipal possa 
ameaçar o trabalho da polícia militar. 
(D) Jamais cumpriu-se o estabelecido visando à 
integração da guarda municipal com a polícia militar. 
 
QUESTÃO 15 
Leia os itens seguintes: 
I. Um bom exemplo desse entrosamento, deu-se 
semana passada. 
II. A população, quando pode, busca o que não lhe é 
garantido pelos governos. 
III. Não basta que sejam sensíveis, que busquem 
recursos, que debatam o problema. 
O emprego da vírgula está CORRETO: 
(A) apenas nos itens I e II. 
(B) apenas nos itens I e III. 
(C) apenas nos itens II e III. 
(D) nos itens I, II e III. 
 
PROVA DE LEGISLAÇÃO 
 
40 
 
QUESTÃO 16 
A Lei Municipal 9.319, de 19 de janeiro de 2007, 
instituiu o Estatuto da Guarda Municipal no Município 
de Belo Horizonte. De acordo com o referido diploma 
legal, NÃO é correto afirmar sobre a Guarda Municipal 
de Belo Horizonte - GMBH: 
(A) É parte integrante da Administração Direta do 
Poder Executivo de Belo Horizonte. 
(B) Tem como princípios norteadores o respeito à 
dignidade humana, à cidadania, à justiça, à legalidade 
democrática e à coisa pública. 
(C) A composição do efetivo feminino da GMBH fica 
limitada ao percentual de 5% (cinco por cento) do 
quantitativo dos cargos públicos de Guarda Municipal. 
(D)Os uniformes, continências, honras, sinais de 
respeito, protocolo e cerimonial serão determinados 
por atos do Poder Legislativo. 
 
QUESTÃO 17 
Nos termos do Estatuto da Guarda Municipal, NÃO é 
competência da GMBH: 
(A) Proteger órgãos, entidades, serviços e patrimônio 
do Município de Belo Horizonte. 
(B) Prestar serviço de vigilância nos órgãos da 
administração direta e nas entidades da administração 
indireta do Município. 
(C) Atuar de forma preventiva e investigativa nas 
áreas de sua circunscrição. 
(D) Atuar na fiscalização, no controle e na orientação 
do trânsito e do tráfego, por determinação expressa do 
Prefeito. 
 
QUESTÃO 18 
Leia atentamente as afirmativas abaixo. 
I. “O preso tem direito à identificação dos 
responsáveis pela sua prisão ou por seu interrogatório 
policial”. 
II. “Conceder-se-á habeas-corpus sempre que alguém 
sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou 
coação em sua liberdade de locomoção, por 
ilegalidade ou abuso de poder”. 
III. “Qualquer cidadão é parte legítima para propor 
ação popular que vise anular ato lesivo ao patrimônio 
público ou a entidade de que o Estado participe, à 
moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao 
patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo 
comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do 
ônus da sucumbência”. 
Marque a alternativa CORRETA. 
(A) Se apenas a afirmativa I for correta. 
(B) Se apenas a afirmativa II for correta. 
(C) Se apenas as afirmativas I e III forem corretas. 
(D) Se todas as afirmativas forem corretas. 
 
QUESTÃO 19 
Leia as afirmativas abaixo. 
I. “Constituem direitos constitucionais dos 
trabalhadores urbanos e rurais o fundo de garantia de 
tempo de serviço, o salário mínimo, décimo terceiro 
salário e o repouso semanal remunerado, 
preferencialmente aos domingos, dentre outros 
elencados no art. 7º da Constituição Federal”. 
II. “São direitos constitucionalmente assegurados aos 
empregados domésticos o salário mínimo, 
irredutibilidade de salários, décimo terceiro salário, 
fundo de garantia, hora extra e repouso semanal 
remunerado, dentre outros elencados no art. 7º da 
Constituição Federal”. 
III. “A assistência gratuita aos filhos e dependentes 
desde o nascimento até os 5 (cinco) anos de idade em 
creches e pré-escolas constitui direito dos 
trabalhadores assegurado constitucionalmente”. 
Marque a alternativa CORRETA.(A) Se apenas a afirmativa I for correta. 
(B) Se apenas a afirmativa II for correta. 
(C) Se apenas as afirmativas I e III forem corretas. 
(D) Se todas as afirmativas forem corretas. 
 
QUESTÃO 20 
Leia as afirmativas abaixo. 
I. “A administração pública direta e indireta de 
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos 
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, 
publicidade e eficiência”. 
II. “O prazo de validade do concurso público será de 
até cinco anos, sendo este prazo improrrogável”. 
III. É vedado ao servidor público civil a associação 
sindical e o direito de greve”. 
Marque a alternativa CORRETA. 
(A) Se apenas a afirmativa I for correta. 
(B) Se apenas a afirmativa II for correta. 
(C) Se apenas as afirmativas I e III forem corretas. 
(D) Se todas as afirmativas forem corretas. 
 
QUESTÃO 21 
Marque a alternativa abaixo que NÃO corresponde às 
normas disciplinadas pelo Estatuto da Criança e do 
Adolescente. 
(A) Nenhum adolescente será privado da sua 
liberdade sem o devido processo legal. 
(B) Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a 
pessoa até doze anos de idade incompletos, e 
adolescentes aquela entre doze e dezoito anos de 
idade. 
(C) Constitui medida a ser aplicada por autoridade 
competente ao adolescente infrator a inserção em 
regime fechado. 
(D) O adolescente privado de liberdade tem o direito 
de peticionar a qualquer autoridade. 
 
QUESTÃO 22 
A Lei Federal nº. 10.741 institui o Estatuto do Idoso. 
Marque a alternativa abaixo que NÃO é norma 
elencada na referida lei. 
(A) Os idosos têm prioridade na restituição do Imposto 
de Renda. 
(B) É vedada a discriminação do idoso nos planos de 
saúde pela cobrança de valores diferenciados em 
razão da idade. 
(C) O Estatuto do Idoso é destinado a assegurar o 
direito das pessoas com idade igual ou superior a 65 
(sessenta e cinco) anos. 
(D) O primeiro critério de desempate em concurso 
público será a idade, dando-se preferência ao de 
idade mais elevada. 
QUESTÃO 23 
41 
 
Nos termos da Lei Orgânica do Município de Belo 
Horizonte, é CORRETO afirmar: 
(A) O Município está desobrigado de dar fé a 
documento público. 
(B) Constitui competência exclusiva do Município de 
Belo Horizonte estabelecer e implantar política de 
educação para a segurança do trânsito. 
(C) Ao Conselho Municipal de Defesa dos Direitos 
Humanos cabe propagar e investigar as violações aos 
direitos e garantias assegurados pela Declaração 
Universal dos Direitos Humanos e pela Constituição 
Federal. A participação neste Conselho é gratuita. 
(D) A administração pública direta do Município de 
Belo Horizonte é a que compete aos órgãos das 
autarquias, das sociedades de economia mista, das 
empresas e fundações públicas, bem como das 
empresas de direito privado sob o domínio direto ou 
indireto do Município. 
 
QUESTÃO 24 
A Lei Municipal 8.616, de 14 de julho de 2003, regula 
o Código de Posturas do Município de Belo Horizonte. 
Com base em suas normas, marque a alternativa 
CORRETA. 
(A) É livre o exercício de atividades por camelôs e 
toreros em logradouro público. 
(B) Em quarteirão fechado e em praça, a instalação de 
mobiliário urbano será submetida à aprovação prévia 
dos órgãos competentes. 
(C) Depende de prévio licenciamento a execução de 
obra ou serviço em logradouro público do Município 
por particular, sendo livre ao Poder Público executá-
las. 
(D) Constitui mera liberalidade do condutor do animal 
recolher dejeto depositado em logradouro público pelo 
animal. 
 
QUESTÃO 25 
Marque a alternativa abaixo que NÃO transcreve 
corretamente as normas prescritas em Leis do 
Município de Belo Horizonte. 
(A) A propriedade, a importação, a adoção, a 
comercialização, a criação e a manutenção de cães 
da ração Pit Bull são permitidas no Município de Belo 
Horizonte. 
(B) O Decreto 11.566 designa como patrono da 
Guarda Municipal Patrimonial de Belo Horizonte o 
embaixador Sérgio Vieira de Melo. 
(C) Pagará multa e terá seu cão apreendido o dono 
que conduzir seu cão sem focinheira e corrente pelas 
ruas e praças do Município de Belo Horizonte. 
(D) Ao ocupante do cargo público efetivo da Guarda 
Municipal é proibida a atividade político-partidária. 
 
QUESTÃO 26 
Leia atentamente as afirmativas abaixo. 
I. Toda pessoa tem o direito de ser, em todos os 
lugares, reconhecida como pessoa perante a lei. 
II. A maternidade e a infância têm direito a cuidados e 
assistência especiais. Não haverá proteção social 
diferenciada para as crianças nascidas fora do 
matrimônio. 
III. Toda pessoa tem direito à liberdade de opinião e 
expressão; este direito inclui a liberdade de, sem 
interferência, ter opiniões e de procurar, receber e 
transmitir informações e ideias por quaisquer meios e 
independentemente de fronteiras. 
IV. Ninguém será sujeito a interferências na sua vida 
privada, na sua família, no seu lar ou na sua 
correspondência, nem a ataques à sua honra e 
reputação. Toda pessoa tem direito à proteção da lei 
contra tais interferências ou ataques. 
V. Toda pessoa tem direito a repouso e lazer, inclusive 
a limitação razoável das horas de trabalho e férias 
periódicas remuneradas. 
Marque a alternativa CORRETA. 
(A) Somente as afirmativas I e II estão corretas. 
(B) Somente as afirmativas III e IV estão corretas. 
(C) Somente a afirmativa I está incorreta. 
(D) Somente a afirmativa II está incorreta. 
 
QUESTÃO 27 
Para fins do Código de Posturas do Município de Belo 
Horizonte, entende-se por logradouro público: 
(A) O conjunto formado pelo passeio e pela via 
pública, no caso da avenida, rua e alameda. 
(B) O quarteirão fechado e a praça. 
(C) A passagem de uso exclusivo de pedestre e, 
excepcionalmente, de ciclista. 
(D) Todas as alternativas estão corretas. 
 
QUESTÃO 28 
Relacione a norma transcrita com o diploma legal que 
a prevê. 
I. “Toda pessoa tem direito, em plena igualdade, a 
uma audiência justa e pública por parte de um tribunal 
independente e imparcial, para decidir de seus direitos 
e deveres ou do fundamento de qualquer acusação 
criminal contra ele”. 
II. “O idoso goza de todos os direitos fundamentais 
inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção 
integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhe, por 
lei ou por outros meios, todas as oportunidades e 
facilidades, para preservação de sua saúde física e 
mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual, 
espiritual e social, em condições de liberdade e 
dignidade”. 
III. “A lei considerará crimes inafiançáveis e 
insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o 
tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o 
terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por 
eles respondendo os mandantes, os executores e os 
que, podendo evitá-los, se omitirem”. 
IV. “Aos pais incumbe o dever de sustento, guarda e 
educação dos filhos menores, cabendo-lhes ainda, no 
interesse destes, a obrigação de cumprir e fazer 
cumprir as determinações judiciais”. 
a. Lei 8.069/90. 
b. Constituição da República de 1988. 
c. Declaração Universal dos Direitos Humanos. 
d. Lei 10.741 de 2003. 
Marque a alternativa abaixo que expressa 
corretamente a relação entre as duas colunas. 
(A) I-c; II-d; III-b; IV-a. 
(B) I-b; II-a; III-c; IV-d. 
(C) I-c; II-a; III-d; IV-b. 
(D) Todas as alternativas acima estão incorretas. 
 
42 
 
QUESTÃO 29 
Sobre a estrutura organizacional do Poder Executivo 
do Município de Belo Horizonte, regulada pela Lei 
9.011, de 1º de janeiro de 2005, é CORRETO afirmar: 
(A) As funções previstas para a Assessoria Policial-
Militar serão exercidas por servidores inativos da 
Polícia Militar de Minas Gerais. 
(B) Os órgãos da Administração Direta são compostos 
de três níveis hierárquicos, escalonados na seguinte 
ordem: Secretaria, Secretaria Adjunta e Gerência, ou 
seus equivalentes. 
(C) Compete à Coordenadoria Municipal de Defesa 
Civil prestar suporte técnico e administrativo ao 
Conselho Municipal de Habitação. 
(D) Compete à Corregedoria da Guarda Municipal 
Patrimonial assessoraro comandante desta Guarda 
em assuntos relativos à disciplina dos seus membros. 
 
QUESTÃO 30 
A estrutura organizacional da Secretaria Municipal de 
Segurança Urbana e Patrimonial, abaixo especificada, 
tem as seguintes Gerências: 
I. Gerência de Execução Operacional da Guarda 
Municipal. 
II. Gerência de Pesquisas da Secretaria Municipal de 
Segurança Urbana e Patrimonial. 
III. Gerência de Segurança Interna da Guarda 
Municipal. 
IV. Gerência Administrativa e de Atividades 
Correicionais da Corregedoria da Guarda Municipal. 
As atribuições funcionais descritas abaixo dizem 
respeito ao papel de cada Gerência citada acima. 
a. Proceder ao levantamento sobre possíveis desvios 
de conduta dos integrantes da Guarda Municipal, que 
possam comprometer a honra, o conceito e a imagem 
institucionais ou da própria Administração Pública 
Municipal. 
b. Viabilizar o tratamento estatístico de crimes e 
contravenções, conforme parâmetros próprios da 
divisão geopolítica do Município. 
c. Zelar pelo rigoroso controle dos horários de serviço, 
da postura, compostura, uniformes e equipamentos 
empregados nas atividades operacionais da Guarda 
Municipal. 
d. Coordenar o suporte nas audiências, o registro e 
controle das fichas de antecedentes disciplinares, e a 
coleta de dados com a emissão de pronunciamentos 
pertinentes. 
Marque a alternativa que expressa corretamente a 
relação entre a Gerência e a respectiva atribuição 
funcional. 
(A) I-c; II-b; III-a; IV-d. 
(B) I-d; II-a; III-b; IV-c. 
(C) I-d; II-b; III-a; IV-c. 
(D) Todas as alternativas acima estão incorretas. 
 
PROVA DE GEOGRAFIA URBANA 
 
QUESTÃO 31 
A Praça Raul Soares é uma das principais praças de 
Belo Horizonte. Construída em estilo francês, está 
situada na confluência das vias públicas: 
(A) Avenida Olegário Maciel, Avenida Paraná, Avenida 
Augusto de Lima e Avenida Amazonas. 
(B) Avenida Olegário Maciel, Avenida Augusto de 
Lima, Avenida Amazonas e Rua Santa Catarina. 
(C) Avenida Olegário Maciel, Avenida Augusto de 
Lima, Avenida Bias Fortes e Avenida Amazonas. 
(D) Avenida Olegário Maciel, Rua Rio Grande do Sul, 
Avenida Augusto de Lima e Avenida Amazonas. 
 
QUESTÃO 32 
Em relação à cidade de Belo Horizonte, marque a 
alternativa INCORRETA. 
(A) Foi considerada a metrópole com melhor 
qualidade de vida da América Latina pela ONU. 
(B) Foi considerada entre as cem melhores do mundo 
para se viver. 
(C) Ostenta o título de “Cidade Dormitório” da Região 
Metropolitana. 
(D) Possui, ainda, o diploma de “Cidade Modelo da 
Área Ambiental”. 
 
QUESTÃO 33 
Marque a alternativa abaixo que NÃO é característica 
do Palácio da Liberdade de Belo Horizonte. 
(A) Reflete a influência do estilo inglês na arquitetura 
da capital, com requintes de acabamento. 
(B) A escada de ferro e estruturas metálicas foram 
importadas da Bélgica. 
(C) Destacam-se os jardins em estilo rosal, de Paul 
Villon. 
(D) Destacam-se o Salão de Banquete à Luís XV e as 
pinturas do Salão Nobre, uma homenagem às artes, e 
o grande painel de Antônio Parreira. 
 
QUESTÃO 34 
Para deslocar do centro de Belo Horizonte ao 
Aeroporto de Confins, você utiliza a “Linha Verde”, por 
meio da rodovia: 
(A) MG 030. 
(B) MG 010. 
(C) MG 024. 
(D) MG 020. 
 
QUESTÃO 35 
Belo Horizonte NÃO se limita territorialmente com o 
seguinte município da Região Metropolitana: 
(A) Brumadinho. 
(B) Betim. 
(C) Ribeirão das Neves. 
(D) Ibirité. 
 
QUESTÃO 36 
A “Cidade Administrativa” do Estado de Minas Gerais, 
recentemente inaugurada, localiza-se no município de: 
(A) Lagoa Santa. 
(B) Belo Horizonte. 
(C) Vespasiano. 
(D) Santa Luzia. 
 
QUESTÃO 37 
Entre as capitais dos Estados brasileiros, abaixo 
listadas, Belo Horizonte possui maior contingência 
populacional somente em relação à capital do Estado 
do: 
(A) Rio de Janeiro. 
(B) Bahia. 
43 
 
(C) Ceará. 
(D) Paraná. 
 
QUESTÃO 38 
O Parque das Mangabeiras é um dos roteiros 
turísticos de Belo Horizonte. Sobre ele, podemos 
dizer: 
I. Está localizado nas encostas da Serra do Curral, foi 
projetado pelo paisagista Burle Marx e inaugurado em 
1971. 
II. É um dos maiores parques urbanos do país, com 
matas que ocupam a maior parte dos seus 2,3 milhões 
de m². 
III. Além de funcionar como centro de pesquisa e 
educação ambiental, aberto a todos da comunidade, 
dispõe de várias opções de lazer. 
IV. Possui três opções de visita: o Roteiro das Águas, 
o Roteiro da Mata e o Roteiro do Sol. 
Marque a alternativa CORRETA. 
(A) Apenas os itens I, II e III são verdadeiros. 
(B) Apenas os itens I, III e IV são verdadeiros. 
(C) Apenas os itens I, II e IV são verdadeiros. 
(D) Apenas os itens II, III e IV são verdadeiros. 
 
QUESTÃO 39 
A Praça Sete de Setembro é o principal ponto de 
referência do centro de Belo Horizonte. Sobre o centro 
de Belo Horizonte, pode-se afirmar: 
I. Os prédios e construções do hipercentro da capital 
mineira apresentam estilos arquitetônicos diferentes. 
II. O Tribunal de Justiça, na Avenida Afonso Pena, nº. 
1420, em estilo neoclássico, foi inaugurado em 1911. 
III. O elegante e luxuoso Automóvel Clube, na Avenida 
Afonso Pena, nº. 1934, foi construído na década de 20 
para reunir a nata da sociedade mineira. 
IV. A sede da prefeitura da capital, localizada na 
Avenida Afonso Pena, nº. 1.212, tem características 
Art Decô com volumes geométricos no traçado da 
fachada. 
Marque a alternativa CORRETA. 
(A) Apenas os itens I e II são verdadeiros. 
(B) Apenas os itens III e IV são verdadeiros. 
(C) Apenas os itens II, III e IV são verdadeiros. 
(D) Todos os itens são verdadeiros. 
 
QUESTÃO 40 
Enumere a segunda coluna de acordo com a primeira. 
1. Roteiro Marcos da Modernidade (Pampulha). 
2. Roteiro Ofícios de Minas (Praça da Estação e Av. 
Afonso Pena/ Centro). 
3. Roteiro Sínteses de Minas (Mercado Central e 
Entorno). 
4. Roteiro Passado e Presente (Praça da Liberdade e 
Savassi). 
5. Roteiro Horizontes da Cidade (Serra do Curral e 
Mangabeiras). 
( ) Minas centro. 
( ) Museu das telecomunicações. 
( ) Igreja da Boa Viagem. 
( ) Praça da Estação. 
( ) Casa do Baile. 
( ) Catedral da Fé. 
( ) Praça da Bandeira. 
( ) Museu de Escola de Minas Gerais. 
( ) Museu de Artes e Ofícios. 
( ) Museu de Arte. 
( ) Rua do Amendoim. 
( ) Museu Giramundo. 
( ) Jardim Japonês. 
( ) Diamond Mall. 
( ) Museu dos Brinquedos 
O preenchimento CORRETO da segunda coluna 
corresponde à enumeração: 
(A) 3, 5, 4, 2, 1, 3, 5, 4, 2, 1, 5, 2, 1, 3 e 4. 
(B) 3, 2, 1, 3, 4, 3, 5, 4, 2, 1, 1, 2, 4, 5 e 3. 
(C) 3, 2, 4, 2, 1, 5, 5, 4, 2, 1, 5, 1, 2, 3 e 4. 
(D) 3, 2, 4, 3, 1, 3, 5, 4, 2, 1, 5, 2, 1, 3 e 4. 
 
PROVA DA HISTÓRIA DE BELO HORIZONTE 
 
QUESTÃO 41 
A transferência da capital de Ouro Preto para Belo 
Horizonte, na época chamada “Cidade de Minas”, 
ocorreu em decorrência: 
I. da localização privilegiada de Belo Horizonte, num 
planalto central de Minas Gerais. 
II. das ótimas condições geográficas e o clima 
agradável de Belo Horizonte. 
III. da exploração excessiva do ouro e seu 
esgotamento, com a decadência da mineração em 
Ouro Preto, que foi perdendo seu prestígio como 
Capital. 
IV. da imposição política de Afonso Pena, então 
governador de Minas Gerais. 
Marque a alternativa CORRETA. 
(A) Apenas os itens I e II estão corretos. 
(B) Apenas os itens I, II e III estão corretos. 
(C) Apenas os itens II, III e IV estão corretos. 
(D) Todas os itens estão corretas 
 
QUESTÃO 4 2 
No brasão de Belo Horizonte, símbolo da cidade, 
aparecem duas datas: 17 de dezembro de 1893 e 12 
de dezembro de 1897, respectivamente, o dia em que 
ficou decidida a transferência da sede do governo e o 
dia da instalação oficial da nova capital. 
Em relação à transferência da capital mineira de Ouro 
Preto para Belo Horizonte, é CORRETO afirmar que: 
(A) foi consensual entre os moradores de Belo 
Horizonte e Ouro Preto. 
(B) foi nomeado um grupo da Nova Capital chefiada 
pelo engenheiro João Leite da Silva Ortiz para a 
mudança. 
(C) o nome oficial de Belo Horizonte só foi adotado 
definitivamente quatro anos mais tarde, em 1901. 
(D) carinhosamente BeloHorizonte ganhou vários 
apelidos com forma de facilitar a transferência para a 
nova capital. 
 
QUESTÃO 43 
A construção da capital, ao final do século XIX, tinha 
como objetivo divulgar as ideias de modernidade e 
progresso, que refletiam mudanças que ocorriam no 
país e no exterior, principalmente no campo da 
arquitetura e do planejamento urbano. 
Marque a alternativa que NÃO corresponde a ideia de 
modernidade e progresso presente na construção de 
Belo Horizonte. 
44 
 
(A) A fundação da capital mineira figurava, sem 
dúvida, nessa perspectiva de um projeto plantado no 
futuro. 
(B) A capital mineira foi construída em consonância 
com as novas tendências urbanas e em sintonia com 
a estratégia política da ordem, em especial, da Europa 
à época. 
(C) A demolição da antiga Matriz de Boa Viagem na 
capital mineira e o propósito de se erguer uma nova 
igreja matriz no mesmo local. 
(D) A construção da capital mineira visava a 
implantação de uma cidade que primasse pela beleza, 
pela estética, pelos padrões arquitetônicos, sendo ao 
mesmo tempo espelho que refletisse a imagem do 
novo tempo que se instaurava no país. 
 
QUESTÃO 44 
“PROIBIDO PISAR NO GRAMADO 
Talvez fosse o melhor dizer: 
PROIBIDO COMER O GRAMADO 
A prefeitura vigilante 
vela a soneca das ervinhas. 
E o capote preto do guarda é uma bandeira da noite. 
[estrelada de funcionários.” 
Carlos Drumonnd de Andrade – Reunião, 1971. 
 
Pode-se inferir, com base no texto acima, que o 
escritor Carlos Drumonnd de Andrade tinha 
preocupação: 
(A) em criticar a omissão da Prefeitura de Belo 
Horizonte com o meio ambiente. 
(B) com a preservação do espaço público, 
possivelmente uma praça pública através da prefeitura 
de Belo Horizonte. 
(C) destacar a importância do Guarda Municipal em 
proteger o patrimônio público. 
(D) fazer apologia do autoritarismo militar da época, 
em especial o vigilante noturno. 
 
QUESTÃO 45 
A respeito de Belo Horizonte, pode-se dizer que foi 
inventada três vezes. 
I. A primeira vez foi a invenção política (1897-1914) – 
obra da república que queria demarcar o início de 
novos tempos, superar o passado colonial-imperial 
tido como fator de atraso e estagnação. 
II. A segunda foi a invenção mercantil (1914-1980) que 
culminou com a privatização de serviços, o domínio 
dos interesses econômicos, a modernização e a 
verticalização da cidade, a expansão da infraestrutura 
material e a industrialização. 
III. A terceira invenção é a social – que tendo 
antecedentes nas lutas sociais, que resistiram à 
tendência excedente, que marca o projeto da cidade 
desde o início, consolidou-se nos anos 80-90 pela 
emergência de uma série de iniciativas democráticas 
populares. 
Marque a alternativa CORRETA. 
(A) Apenas o item I é verdadeiro. 
(B) Apenas os itens II e III são verdadeiros. 
(C) Apenas os itens I e II são verdadeiros. 
(D) Todos os itens são verdadeiros. 
 
QUESTÃO 46 
“Por que ruas tão largas? 
Por que ruas tão retas? 
... 
Cidade grande é isso? 
... 
Aqui tudo é exposto 
evidente 
cintilante. Aqui 
obrigam-me a nascer de novo, desarmado”. 
Carlos Drumonnd de Andrade –Boitempo II. 
 
Na crônica poética acima, o autor faz menção à 
cidade de Belo Horizonte: 
(A) como uma cidade igual as demais. 
(B) como uma cidade moderna, positivista, eugênica, 
que veio para romper com o passado. 
(C) que nasceu por acaso, como um símbolo 
ideológico cultural. 
(D) como um fruto espontâneo da aglomeração de 
casas levantadas por uma conjunção de interesses e 
posicionamento estratégico. 
 
QUESTÃO 47 
O transporte com carros em Belo Horizonte está 
insuportável. Caso não seja tomada medida para 
diminuir o número de automóveis em BH e outras 
metrópoles brasileiras, o alardeado colapso será 
inevitável. 
Especialistas em transportes apostam como medidas 
eficazes para evitar o caos do trânsito de BH e 
cidades vizinhas: 
I. Elaboração de planejamento para crescimento 
ordenado da região metropolitana de Belo Horizonte. 
II. A implantação de um modelo intermodal como 
solução para desafogar o tráfego e melhorar o 
transporte na Capital. 
III. O transporte elétrico sobre trilhos que pode ser 
usado como alternativa ao metrô e, principalmente aos 
ônibus, situação inédita em BH. 
IV. A ampliação dos metrôs é um exemplo para o 
transporte de massa como acontece nas grandes 
metrópoles do país e do exterior. 
A partir das medidas acima listadas, pode-se dizer: 
(A) Apenas as alternativas I, II e III estão corretas. 
(B) Apenas as alternativas II, III e IV estão corretas. 
(C) Apenas as alternativas I, II e IV estão corretas. 
(D) Todas as alternativas estão corretas. 
 
QUESTÃO 48 
Em relação à participação das associações de 
moradores nas lutas 
urbanas, pode-se dizer: 
I. que os dados existentes, desde a transferência da 
capital para Belo Horizonte até hoje, são bastante 
significativos para analisar a trajetória da melhoria 
urbana da cidade. 
II. que alguns partidos políticos tiveram relevância por 
incluírem em suas propostas partidárias a participação 
das associações. 
III. que a Igreja católica, em seu todo, incorporou-se 
de corpo e alma aos movimentos associativos, como 
ocorreu em outras partes do país. 
45 
 
IV. todos os municípios que integravam a Região 
Metropolitana de Belo Horizonte em 1980 contavam 
com associações de base. 
Marque a alternativa CORRETA. 
(A) Apenas o item I está correto; 
(B) Apenas o item II está correto;. 
(C) Apenas o item III está correto; 
(D) Apenas o item IV está correto. 
 
QUESTÃO 49 
De 1967 até 1979, os prefeitos de Belo Horizonte 
deixaram de ser eleitos para serem nomeados. Este 
período corresponde ao regime militar implantado no 
país. 
Assinale qual prefeito abaixo foi eleito pelo voto 
popular e não nomeado. 
(A) Dr. Célio de Castro. 
(B) Dr. Oswaldo Pieruccetti. 
(C) Dr. Luiz Verano. 
(D) Dr. Maurício de Freitas Teixeira Campos. 
 
QUESTÃO 50 
Estudos para o Plano Diretor de BH/2010 mostram: 
I. a concentração de estabelecimentos comerciais, 
industriais e de serviços na área central e suas 
imediações 
II. equipamentos sociais de saúde, educação e lazer 
bem distribuídos nas 9 (nove) regionais. 
III. que o nível de distribuição das atividades e 
equipamentos proporciona a mesma segregação 
social que o processo de metropolização e 
periferização cristalizou. 
IV. que temos duas cidades convivendo lado a lado: a 
cidade das classes média e alta, e a cidade da 
periferia com índices urbanos e sociais semelhantes 
ao da primeira. 
Com base nas informações acima, marque a 
alternativa CORRETA. 
(A) Apenas os itens I e II são verdadeiros. 
(B) Apenas os itens II e III são verdadeiros. 
(C) Apenas os itens III e IV são verdadeiros. 
(D) Apenas os itens I e III são verdadeiros. 
 
Gabarito: 
 
 
PORTUGUÊS 
 
INSTRUÇÃO: As questões de 01 a 07 referem-se a 
este texto: 
 
Guarda Municipal terá poder de polícia 
 
A nova norma insere as guardas municipais no 
sistema nacional de segurança pública. O objetivo é 
que eles tenham o dever de proteger tanto o 
patrimônio como a vida das pessoas 
 
(1§) A lei que instituiu o Estatuto Geral das 
Guardas Municipais foi sancionada. A decisão foi 
publicada em uma edição extraordinária do Diário 
Oficial da União na última segunda-feira, 11. 
(2§) A nova norma insere as guardas 
municipais no sistema nacional de segurança pública, 
garante o porte de arma e dá a esses profissionais o 
poder de polícia. O objetivo é que eles tenham o dever 
de proteger tanto o patrimônio como a vida das 
pessoas. 
(3§) O documento também destaca que o 
direito pode ser suspenso em razão de "restrição 
médica, decisão judicial ou justificativa da adoção da 
medida pelo respectivo dirigente”. 
Estatuto 
(4§) O Estatuto Geral das Guardas Municipais 
regulamenta dispositivo da Constituição que prevê a 
criação de guardas municipais para a proteção de 
bens, serviços e instalações. A guarda municipal 
deverá ainda colaborar com os órgãos de segurança 
pública em ações conjuntas e contribuir para a 
pacificação de conflitos. Medianteconvênio com 
órgãos de trânsito estadual ou municipal, poderá 
fiscalizar o trânsito e expedir multas. 
(5§) Outra competência é encaminhar ao 
delegado de polícia, diante de flagrante delito, o autor 
da infração, preservando o local do crime. A guarda 
municipal poderá ainda auxiliar na segurança de 
grandes eventos e atuar na proteção de autoridades. 
Ações preventivas na segurança escolar também 
poderão ser exercidas por essa corporação. 
(6§) O projeto prevê, igualmente, a 
possibilidade de municípios limítrofes constituírem 
consórcio público para utilizar, reciprocamente, os 
serviços da guarda municipal de maneira 
compartilhada. 
(7§) Esse consórcio poderá ficar encarregado 
também da capacitação dos integrantes da guarda 
municipal compartilhada. Todos os guardas deverão 
passar por esse tipo de capacitação e apresentar 
currículo compatível com a atividade. 
Defesa e poder de polícia 
(8§) De acordo com a regra, além da 
segurança patrimonial, estabelecida pelo artigo 144 da 
Constituição Federal, as guardas terão poder de 
polícia. Elas poderão atuar na proteção da população, 
no patrulhamento preventivo, no desenvolvimento de 
ações de prevenção primária à violência, em grandes 
eventos e na proteção de autoridades, bem como em 
46 
 
ações conjuntas com os demais órgãos de defesa 
civil. 
(9§) Com a aprovação da lei, os profissionais 
também deverão utilizar uniformes e equipamentos 
padronizados, mas sua estrutura hierárquica não 
poderá ter denominação idêntica à das forças 
militares. As guardas terão até dois anos para se 
adaptar às novas regras. 
Requisitos 
(10§) A criação de guarda municipal deverá 
ocorrer por lei, e os servidores deverão ingressar por 
meio de concurso público. Para ingressar na guarda, o 
candidato deve ter nacionalidade brasileira; nível 
médio completo; e idade mínima de 18 anos. 
(11§) O texto exige curso de capacitação 
específica do servidor, permitindo à unidade municipal 
a criação de órgão de formação, treinamento e 
aperfeiçoamento. Poderá haver ainda convênio com o 
estado para a manutenção de um órgão de formação 
centralizado, que não poderá ser o mesmo de forças 
militares. 
(http://goo.gl/3WR7ro. Acesso: 07/10/2014. Adaptado) 
 
1. O objetivo principal desse texto é A) alertar os 
candidatos de concurso sobre os desafios de atuarem 
com os mesmos deveres da polícia. B) divulgar, para 
o público geral, o teor do Estatuto Geral das Guardas 
Municipais e as alterações na função. C) informar os 
guardas municipais sobre as mudanças ocorridas com 
o Estatuto Geral das Guardas Municipais. D) 
relacionar a função dos Guardas Municipais com a da 
Polícia Militar como forma de garantir a segurança. 
 
2. Esse texto pertence ao gênero 
A) crônica, porque utiliza dados da realidade concreta 
para explorar a violência como tema político. 
B) notícia, dado que informa sobre um acontecimento 
ancorado em dois aspectos: tempo e espaço. 
C) reportagem, uma vez que apresenta um assunto 
que é de interesse geral: a segurança pública. 
D) resenha, pois apresenta o resumo comentado do 
Estatuto Geral das Guardas Municipais. 
 
 3. uma relação de comparação neste trecho retirado 
do texto: 
A) “O objetivo é que eles tenham o dever de proteger 
tanto o patrimônio como a vida das pessoas”. (§2) 
B) “Mediante convênio com órgãos de trânsito 
estadual ou municipal, poderá fiscalizar o trânsito e 
expedir multas”. (§4) 
C) “Ações preventivas na segurança escolar também 
poderão ser exercidas por essa corporação”. (§5) 
D) “Todos os guardas deverão passar por esse tipo de 
capacitação e currículo compatível com a atividade”. 
(§7) 
 
4. No quadro abaixo, há trechos retirados do texto, 
dos quais se sublinharam orações. Ao lado, há 
comentários sobre essas orações. Analise-os. 
 
 
Estão CORRETOS os comentários feitos apenas para 
os trechos: 
A) 1, 2 e 3. 
B) 1, 2 e 4. 
C) 1, 3 e 4. 
D) 2, 3 e 4. 
 
5. Sobre a pontuação do texto, foram feitos alguns 
comentários. Analise-os: 
I. A única vírgula utilizada no segundo parágrafo 
serviu para separar duas orações subordinadas entre 
si. 
II. A única vírgula utilizada no terceiro parágrafo serviu 
para separar expressões substantivadas coordenadas. 
III. A única vírgula utilizada no último período do 
quarto parágrafo está separando uma oração 
subordinada adverbial conformativa. 
IV. As vírgulas utilizadas no sexto parágrafo serviram 
para indicar o deslocamento de expressões de caráter 
adverbial. 
Estão CORRETOS apenas os comentários feitos em: 
A) I, II e III. 
B) I, III e IV. 
C) II, III e IV. 
D) I, II, III e IV. 
 
6. Em qual destes trechos retirados do texto há uma 
crase empregada diante de uma elipse? 
A) “[...] no desenvolvimento de ações de prevenção 
primária à violência [...]” 
B) “[...] não poderá ter denominação idêntica à das 
forças militares [...]” 
 C) “[...] as guardas terão até dois anos para se 
adaptar às novas regras. [...]” 
D) “[...] permitindo à unidade municipal a criação de 
órgão de formação [...]” 
 
47 
 
7. Faça a correspondência adequada, conforme as 
informações contidas na primeira coluna: 
 
 
A correspondência adequada, de cima para baixo, é: 
A) I – IV – IV – V – II – III – VII. 
B) IV – V – V – III – VI – VII – II. 
C) VII – III – III – V – VI – V – I. 
D) V – VI – VI – II – IV – III – VII. 
 
Releia o quarto parágrafo do texto para responder à 
Questão 08. 
 
“O Estatuto Geral das Guardas Municipais 
regulamenta dispositivo da Constituição que prevê a 
criação de guardas municipais para a proteção de 
bens, serviços e instalações. A guarda municipal 
deverá ainda colaborar com os órgãos de segurança 
pública em ações conjuntas e contribuir para a 
pacificação de conflitos. Mediante convênio com 
órgãos de trânsito estadual ou municipal, poderá 
fiscalizar o trânsito e expedir multas”. 
 
8. Sobre o parágrafo, foram feitos alguns comentários. 
Analise-os: 
 I – Há um erro de concordância verbal em: 
“O Estatuto Geral das Guardas Municipais 
regulamenta”. 
O correto é: “O Estatuto Geral das Guardas Municipais 
regulamentam”. 
II – A oração “que prevê a criação de guardas 
municipais para a proteção de bens” está sintática e 
semanticamente ligada ao substantivo “Constituição”. 
III – O trecho: “com os órgãos de segurança pública 
em ações conjuntas” é um objeto indireto ligado ao 
verbo “colaborar”. 
IV – No trecho “poderá fiscalizar o trânsito e expedir 
multa”, há duas orações que são coordenadas. 
Estão CORRETOS apenas os comentários 
A) I e II. 
B) I e IV. 
C) II e III. 
D) III e IV. 
 
As questões 09 e 10 referem-se a este texto: 
 
 
9. Qual destas análises está adequada ao texto? 
A) Há um erro de pontuação no texto, dada a relação 
entre as orações. 
B) Para tornar o texto coerente, é necessária uma 
vírgula após “bandido”. 
C) O texto é composto por duas frases que são 
independentes entre si. 
D) O verbo “enfrentaria” está no futuro do presente do 
modo indicativo. 
 
10. A conjunção que ocorre no texto serve para 
introduzir uma relação de 
A) condição. 
B) oposição. 
C) explicação. 
D) consequência. 
 
11. Assinale a afirmativa correta: 
a) Por que o palestrante não veio, a seção foi adiada. 
b) Onde vais com tanta pressa, Margarida? 
c) O mal aluno falta aulas porquê não vê futuro em si 
mesmo. 
d) Estude bastantes matérias a fim de obter a tão 
sonhada aprovação. 
e) planalto / vinagre. 
 
12. Assinale a opção onde se indica erroneamente o 
processo de formação: 
a) encontrável: derivação sufixal; 
b) inesperado: derivação prefixal; 
c) emudecer: derivação sufixal; 
d) inaudível: derivação prefixal; 
e) canto: derivação regressiva. 
 
13. Assinale o vocábulo que apresenta o mesmo 
processo de formação de yaga-lume: 
a) descobriu; 
b) lembrança; 
c) encantamento; 
d) doçura; 
e) fios-de-ovos. 
 
48 
 
14. Numere as palavras da primeira coluna conforme 
os processos de formação numerados à direita. Em 
seguida, marque a alternativa que corresponde à 
sequência numérica encontrada:( ) outrora (1) justaposição 
( ) a caça (2) aglutinação 
( ) pontapé (3) parassíntese 
( ) planalto (4) derivação prefixal 
( ) anoitecer (5) derivação regressiva. 
( ) transcontinental 
a) 4, 5, 2, 1, 4, 3; 
b) 2, 3, 1, 2, 3, 4; 
c) 1, 5, 2, 1, 4, 3; 
e) 2, 5, 1, 2, 3, 4. 
d) 1, 5, 2, 1, 3, 4; 
 
15. Assinale o par de vocábulos cujos prefixos 
possuem valor locativo, indicando, respectivamente, 
as ideias de por cima e por baixo. 
a) hipertrofia / hipotensão; 
b) hipérbole / perímetro; 
c) exotérmico / hemisférico; 
d) epiderme / prólogo; 
e) introduzir / decrescer. 
 
16. Assinale a opção em que a mudança na ordem 
dos termos altera sensivelmente o sentido do 
enunciado: 
a) a luz da lua ainda não clareava o escuro da 
cajazeira; a luz da lua não clareava ainda o escuro da 
cajazeira; 
b) no outro dia não voltou mais para trabalhar; no 
noutro dia não mais voltou para trabalhar; 
c) mas estou aqui a mando do Capitão Antonio Silvino; 
mas aqui estou a mando do Capitão Antonio Silvino; 
d) não queria que o vissem assim como estava; não 
queria assim que o vissem como estava; 
e) não deixaria de fazer o que fazia agora por preço 
nenhum; não deixaria de fazer o que fazia agora por 
nenhum preço. 
 
17. No trecho - “Embora muitos estudiosos defendam 
que a característica da verdadeira pesquisa científica 
é a de não estar comprometida senão consigo mesma 
. . .”- o vocábulo senão pode ser substituído, sem 
alteração de sentido, por: 
a) apenas; 
b) nem; 
c) tão - só; 
d) exclusivamente; 
e) exceto. 
 
18. Assinale o único exemplo cuja lacuna deve ser 
preenchida com a primeira alternativa da série dada 
nos parênteses: 
a) estou aqui _______ de ajudar os flagelados das 
enchentes; (afim-a fim). 
b) a bandeira está ________ ; (arreada - arriada). 
c) serão punidos os que ________ o regulamento. 
(inflingirem-infringirem). 
d) são sempre valiosos os ________ dos mais velhos; 
(concelhos-conselhos). 
e) moro ________ cem metros da praça principal. (a 
cerca de - acerca de). 
19. Assinale a opção em que se altera sensivelmente 
o sentido de: “Desceu mais, não queria que o vissem 
assim como estava”. 
a) desceu mais, já que não queria que o vissem assim 
como estava; 
b) desceu mais, por isso não queria que o vissem 
assim como estava; 
c) como não queria que o vissem assim como estava, 
desceu mais; 
d) por não querer que o vissem assim, desceu mais; 
e) não querendo que o vissem assim como estava, 
desceu mais. 
 
20. Assinale a opção em que se altera sensivelmente 
o sentido de - “Era trabalho para o bando. Deixou tudo 
de lado para o serviço que fazia com toda a sua alma”: 
a) era trabalho para o bando, porquanto deixou tudo 
de lado para o serviço que fazia com toda à sua alma; 
b) era trabalho para o bando, por conseguinte deixou 
tudo de lado para o serviço que fazia com toda a sua 
alma; 
c) era trabalho para o bando; deixou, pois, tudo de 
lado para o serviço que fazia com toda a sua alma; 
d) como era trabalho para o bando, deixou tudo de 
lado para o serviço que fazia com toda a sua alma; 
e) porque era trabalho para o bando, deixou tudo de 
lado para o serviço que fazia com toda a sua alma. 
 
21. Assinalar a alternativa correta quanto ao uso do 
porque: 
a) daí porque não aceitar tuas desculpas; 
b) saiu por que quis; 
c) todo crime tem o seu por que; 
d) isso dói e não sei por quê; 
e) eis porque não vim. 
 
22. A frase que tem sentido duplo é: 
a) o guarda ouviu o barulho da janela; 
b) o barulho da janela, ouviu-o o guarda; 
c) o guarda ouviu o barulho que era da janela; 
d) foi o barulho da janela que o guarda ouviu; 
e) o barulho da janela foi ouvido pelo guarda. 
 
23. Na frase “O fio da idéia cresceu, engrossou e 
partiu-se” ocorre processo de gradação. Não há 
gradação em: 
a) o carro arrancou, ganhou velocidade e capotou; 
b) o avião decolou, ganhou altura e caiu; 
c) o balão inflou, começou a subir e apagou; 
d) a inspiração surgiu, tomou conta de sua mente e 
frustou-se; 
e) João pegou um livro e ouviu um disco e saiu. 
 
24. Assinale a opção em que a mudança na ordem 
dos termos altera substancialmente o conteúdo 
semântico do enunciado: 
a) algum valor deve ser atribuído a este tipo de 
trabalho; / a este tipo de trabalho, valor algum deve 
ser atribuído; 
b) são duas estas condições especiais; / estas 
condições especiais são duas; 
c) qualidades que são pelos seus próprios pares 
reconhecidas; / qualidades que são reconhecidas 
pelos seus próprios pares; 
49 
 
d) é isto que permite ao cientista adquirir prestígio 
social; / isto é que permite ao cientista adquirir 
prestígio social; 
e) esta qualidade intelectual pode traduzir-se em 
produtos; / pode esta qualidade intelectual traduzir-se 
em produtos. 
 
25. ”…submeto à apreciação de Vossa Senhoria…”; o 
acento grave indicativo da crase neste segmento se 
deve a que: 
A. ( ) ocorre a união da preposição a com o artigo 
definido feminino singular; 
B. ( ) a regência do verbo submeter exige o uso da 
preposição a; 
C. ( ) há a obrigatoriedade do emprego do artigo 
definido feminino singular; 
D. ( ) faça parte de uma locução adverbial; 
 
26. ” … que se anexa ao presente relatório.” ; o item 
abaixo em que a concordância do vocábulo anexo 
está correta é: 
A. ( ) Está em anexo a declaração do réu; 
B. ( ) Estão em anexas as fotografias pedidas 
C. ( ) Vão anexo o atestado e a foto do funcionário; 
D. ( ) Vai anexa o atestado médico; 
 
27. A frase e a expressão destacadas são exemplos, 
respectivamente, de [...] Quando, à noite, o silêncio 
habita as matas, A sepultura fala a sós com Deus. 
Prende-se a voz à boca das cascatas, E as asas de 
ouro aos astros lá nos céus” [...] 
A. ( ) paradoxo e catacrese. 
B. ( ) pleonasmo e metonímia. 
C. ( ) prosopopeia e catacrese. 
D. ( ) prosopopeia e eufemismo. 
 
28. Assinale a alternativa que indica, corretamente, 
entre parênteses, a circunstância presente na 
expressão destacada no trecho do texto. 
A. ( ) O pai, depois de contar o dinheiro que 
discretamente retirou do bolso... (causa) 
B. ( ) A meu lado o garçom encaminha a ordem do 
freguês. (tempo) 
C. ( ) ... a menininha sopra com força, apagando as 
chamas. (afirmação) 
D. ( ) São três velinhas brancas que a mãe espeta 
caprichosamente na fatia de bolo. (modo) 
29. Quanto ao emprego dos pronomes, segundo o 
padrão culto, marque a alternativa CORRETA: 
A. ( ) Jean, nós queremos falar consigo. 
B. ( ) Com nós outros tal problema não acontece. 
C. ( ) Havia pouco o que reduzir. 
D. ( ) Na árvore, para lá da montanha, houve uma 
reunião de tropeiros, que fui convidado. 
 
30. Marque a alternativa CORRETA. Há zeugma na 
seguinte assertiva: 
A. ( ) Minha mãe trabalha numa empresa particular; 
eu, na pública. 
B. ( ) Uma pessoa torpe, uma criatura limitada, um 
grão de pó perdido no universo, eis o que Roberto é. 
C. ( ) Na escuridão da madrugada, corria gente de 
todos os lados, e atiravam. 
D. ( ) Esses escravos que se viram libertos, não penso 
nada contra eles, mas não servem para nós. 
 
31. Assinale a alternativa em que TODAS as palavras 
foram grafadas CORRETAMENTE: 
A. ( ) intrugice, vicissitude, revezes 
B. ( ) grizar, chale, toesa 
C. ( ) xarque, herege, ascessível 
D. ( ) haurir, rebotalho, buliçoso 
 
32. Assinale a alternativa CORRETA quanto às regras 
de concordância: 
A. ( ) Manoel e Jordana comprometeram-se cedo: um 
por dinheiro, a outra, por amor. 
B. ( ) Suas pernas estavam todo enlameadas. 
C. ( ) Estas são fatalidades que não adiantam ocultar. 
D. ( ) Bem haja os colaboradores dessa festa! 
 
33. Observe as palavras sublinhadas: 
I. Os curta-metragens forma vistos por milhares de 
pessoas. 
II. Os micos-leões-dourados estão em extinção. 
III. Os bota-foras realizaram-se, hoje, na comunidade 
fluminense. 
IV. As frutas-pão estavam estragadas. 
Quanto à pluralização, estão CORRETAS as 
assertivas: 
A. ( ) I e III. 
B. ( ) II e III. 
C. ( ) II e IV. 
D. ( ) I e IV. 
 
34. Quanto ao emprego da vírgula, marque a 
alternativa CORRETA. 
A. ( ) Amaior riqueza do país, eram os poços de 
petróleo. 
B. ( ) E quando lhe pediram a opinião, disse que o 
assunto, não era com ele. 
C. ( ) O empregado faz o serviço, e o patrão ganha o 
reconhecimento. 
D. ( ) Quando nervoso não fale, nem grite, apenas 
busque manter a calma. 
 
35. Assinale a alternativa CORRETA quanto ao uso 
da crase: 
A. ( ) A palestra será proferida a homem ou à mulher? 
B. ( ) Chegavam à casa quando chovia 
torrencialmente. 
C. ( ) A prova foi escrita à lápis. 
D. ( ) A mulher fica elegante com calçados à Luís XV. 
 
36. Assinale a alternativa CORRETA quanto à 
regência verbal e nominal. 
A. ( ) Ao sair de casa, Garfield se apercebe com o 
calor intenso. 
B. ( ) Para fugir do dia quente, ele se vê obrigado de 
entrar em casa. 
C. ( ) Mas, a despeito com a presença de Jon, o gato 
sente-se aborrecido. 
D. ( ) Para Garfield, o calor é preferível à companhia 
do próprio dono. 
 
37. O elemento destacado nos trechos a seguir só 
NÃO é advérbio em 
50 
 
A. ( ) “...diferente dos padrões construídos 
socialmente.” 
B. ( ) “... não é esse o seu sentido recorrente...”. 
C. ( ) “... trata da tolerância enquanto uma...”. 
D. ( ) “É preciso valorizar os laços mais profundos.” 
 
38. No subtítulo “Multa não tem valor legal, apenas 
educativo”, o termo destacado tem como principal 
função a de estabelecer uma circunstância em relação 
à palavra seguinte. Essa circunstância é de: 
A. ( ) tempo. 
B. ( ) inclusão. 
C. ( ) lugar. 
D. ( ) exclusão. 
 
39. Em todas as alternativas, o hífen foi utilizado de 
forma incorreta ao menos uma vez, EXCETO em 
A. ( ) sub-humano, micro-ondas, socioeconômico, sub-
remunerado 
B. ( ) hiper-sensibilidade, ultravioleta, infravermelho, 
anticorrupção 
C. ( ) hipersensibilidade, inter-regional, super-
aquecimento, inter-sindical 
D. ( ) contracheque, contragolpe, contra-reforma, 
contra-sens 
 
40. A partir da explicação dada pelo autor, considere o 
uso da vírgula nas seguintes afirmativas: 
1. O presidente eleito disse, durante a campanha que 
construirá um muro entre o México e os EUA. 
2. O presidente eleito disse, durante a campanha, que 
construirá um muro entre o México e os EUA. 
3. O presidente eleito disse durante a campanha que 
construirá um muro entre o México e os EUA. 
4. O presidente eleito disse durante a campanha, que 
construirá um muro entre o México e os EUA. 
Está CORRETO o uso da vírgula em: 
A. ( ) 1 apenas. 
B. ( ) 2 apenas. 
C. ( ) 2 e 3 apenas. 
D. ( ) 1 e 4 apenas 
 
41. Observe o fragmento sublinhado no período 
abaixo. De acordo com a significação das palavras, 
em relação à semântica, marque a alternativa 
CORRETA. 
“[...] para não morrermos soterrados na poeira da 
banalidade, embora pareça que ainda estamos vivos”. 
A. ( ) Antonímia. 
B. ( ) Denotação. 
C. ( ) Conotação. 
D. ( ) Paronímia. 
 
42. Observe o termo sublinhado no fragmento abaixo 
e marque a alternativa que apresenta a palavra que o 
substitui, sem alteração de sentido. 
“O problema é que quando menos se espera ele 
chega, o sorrateiro pensamento que nos faz parar”. 
A.( ) Brejeiro. B.( ) Prazenteiro. 
C.( ) Triste. D.( ) Matreiro. 
 
43. Complete as lacunas abaixo, com apenas um das 
palavras dos parênteses e, ao final, responda o que se 
pede. 
I. O professor não veio, _________ a reunião será 
cancelada. (por tanto /portanto) 
II. Eu concordei com meu pai, afinal minhas ideias 
foram _________às dele. (ao encontro / de encontro) 
III. É melhor você tirar o carro daí, _________ ele vai 
ficar manchado. (senão / se não). 
IV. Aquela equação passou _________. 
(despercebida/ desapercebida) 
Marque a alternativa CORRETA, na ordem de cima 
para baixo: 
A.( ) Por tanto, de encontro, se não, despercebida. 
B.( ) Portanto, ao encontro, senão, desapercebida. 
C.( ) Portanto, ao encontro, senão, despercebida. 
D.( ) Por tanto, de encontro, senão, despercebida. 
 
44. Dentre as alternativas abaixo há uma palavra que 
não é sinônimo do termo sublinhado no fragmento: 
“Somos demasiado frívolos: buscamos o 
atordoamento das mil distrações [...]”, identifique-a: 
A.( ) Mesquinho. 
B.( ) Inútil. 
C.( ) Superficial. 
D.( ) Fútil. 
 
45. Em qual das alternativas o sinal de crase é 
facultativo? 
A. ( ) Dirigi-me à Laura para saber como ela atendia 
os contribuintes. 
B. ( ) O sapato tinha detalhes à italiana. 
C. ( ) Suas publicações são semelhantes às minhas. 
D. ( ) Fiz menção à teoria citada por você. 
 
46. Assinale a alternativa incorreta quanto à 
ocorrência ou não da crase: 
A. ( ) Chegamos cedo à casa de seus pais. 
B. ( ) Fiz o curso à distância. 
C. ( ) Ele fez um gol à Pelé. 
D. ( ) Refiro-me a ela e não a você. 
 
47. Na imagem abaixo temos um exemplo de qual 
figura de linguagem: 
 
A. ( ) Hipérbole 
B. ( ) Metonímia 
C. ( ) Pleonasmo 
D. ( ) Onomatopeia 
 
48. Na frase: “A Minha vizinha, ouvi dizer que teve um 
acidente”, encontramos a seguinte figura de 
linguagem: 
A. ( ) Metonímia. 
B. ( ) Anacoluto 
C. ( ) Catacrese 
D. ( ) Hipérbato. 
 
49. A alternativa que indica corretamente, entre 
parênteses, a circunstância adverbial presente na 
expressão destacada é: 
51 
 
A. ( ) Jamais consegui fazer certas coisas... 
(intensidade). 
B. ( ) ... a bela me escapar em volteios e volutas 
volutuosas com um pé de valsa. (lugar). 
C. ( ) ... resolvi tentar seduções em papos de botecos, 
aí com alguma vantagem. (modo). 
D. ( ) Sem piscina, rio ou mar, onde bater pernas e 
braços... (afirmação). 
 
50. Assinale o item em que as palavras estão 
acentuadas segundo a mesma regra: 
a) miúdo, pêndulo 
b) história, distância 
c) pedrês, porém 
d) respeitável, pálpebra 
e) Lucília, três 
 
 
Gabarito 
 
1.B 2.B 3.A 4.B 5.C 6.B 7.C 
8.D 9.A 10.A 11.D 12.C 13.E 14.E 
15.A 16.D 17. C 18.E 19.B 20.C 21.D 
22.A 23. E 24. A 25.A 26.A 27.C 28.D 
29.B 30.A 31.D 32.B 33.C 34.C 35.D 
36.D 37.C 38.D 39.A 40.C 41.C 42.D 
43.C 44.A 45.A 46.B 47.C 48.B 49.C 
50.B 
 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL – ART.1º ao 11 
 
TÍTULO I 
Dos Princípios Fundamentais 
 
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela 
união indissolúvel dos Estados e Municípios e do 
Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático 
de Direito e tem como fundamentos: 
I - a soberania; 
II - a cidadania 
III - a dignidade da pessoa humana; 
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; 
V - o pluralismo político. 
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o 
exerce por meio de representantes eleitos ou 
diretamente, nos termos desta Constituição. 
 
Art. 2º São Poderes da União, independentes e 
harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o 
Judiciário. 
 
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da 
República Federativa do Brasil: 
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária; 
II - garantir o desenvolvimento nacional; 
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir 
as desigualdades sociais e regionais; 
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de 
origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras 
formas de discriminação. 
 
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas 
suas relações internacionais pelos seguintes 
princípios: 
I - independência nacional; 
II - prevalência dos direitos humanos; 
III - autodeterminação dos povos; 
IV - não-intervenção; 
V - igualdade entre os Estados; 
VI - defesa da paz; 
VII - solução pacífica dos conflitos; 
VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo; 
IX - cooperação entre os povos para o progresso da 
humanidade; 
X - concessão de asilo político. 
Parágrafo único. A República Federativa do Brasil 
buscará a integração econômica, política, social e 
cultural dos povos da América Latina, visando à 
formação de uma comunidade latino-americana de 
nações. 
TÍTULO II 
Dos Direitos e Garantias Fundamentais 
CAPÍTULO I 
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E 
COLETIVOS 
 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção 
de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e 
aos estrangeiros residentes noPaís a inviolabilidade 
do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança 
e à propriedade, nos termos seguintes: 
I - homens e mulheres são iguais em direitos e 
obrigações, nos termos desta Constituição; 
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer 
alguma coisa senão em virtude de lei; 
III - ninguém será submetido a tortura nem a 
tratamento desumano ou degradante; 
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo 
vedado o anonimato; 
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional 
ao agravo, além da indenização por dano material, 
moral ou à imagem; 
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de 
crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos 
religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos 
locais de culto e a suas liturgias; 
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de 
assistência religiosa nas entidades civis e militares de 
internação coletiva; 
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de 
crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, 
salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal 
a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação 
alternativa, fixada em lei; 
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, 
artística, científica e de comunicação, 
independentemente de censura ou licença; 
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a 
honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito 
a indenização pelo dano material ou moral decorrente 
de sua violação; 
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém 
nela podendo penetrar sem consentimento do 
morador, salvo em caso de flagrante delito ou 
desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, 
52 
 
por determinação judicial; (Vide Lei nº 13.105, de 
2015) (Vigência) 
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das 
comunicações telegráficas, de dados e das 
comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por 
ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei 
estabelecer para fins de investigação criminal ou 
instrução processual penal; 
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou 
profissão, atendidas as qualificações profissionais que 
a lei estabelecer; 
XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e 
resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao 
exercício profissional; 
XV - é livre a locomoção no território nacional em 
tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos 
da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus 
bens; 
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem 
armas, em locais abertos ao público, 
independentemente de autorização, desde que não 
frustrem outra reunião anteriormente convocada para 
o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à 
autoridade competente; 
XVII - é plena a liberdade de associação para fins 
lícitos, vedada a de caráter paramilitar; 
XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a 
de cooperativas independem de autorização, sendo 
vedada a interferência estatal em seu funcionamento; 
XIX - as associações só poderão ser 
compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades 
suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no 
primeiro caso, o trânsito em julgado; 
XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou 
a permanecer associado; 
XXI - as entidades associativas, quando 
expressamente autorizadas, têm legitimidade para 
representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente; 
XXII - é garantido o direito de propriedade; 
XXIII - a propriedade atenderá a sua função social; 
XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para 
desapropriação por necessidade ou utilidade pública, 
ou por interesse social, mediante justa e prévia 
indenização em dinheiro, ressalvados os casos 
previstos nesta Constituição; 
XXV - no caso de iminente perigo público, a 
autoridade competente poderá usar de propriedade 
particular, assegurada ao proprietário indenização 
ulterior, se houver dano; 
XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida 
em lei, desde que trabalhada pela família, não será 
objeto de penhora para pagamento de débitos 
decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei 
sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento; 
XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de 
utilização, publicação ou reprodução de suas obras, 
transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar; 
XXVIII - são assegurados, nos termos da lei: 
a) a proteção às participações individuais em obras 
coletivas e à reprodução da imagem e voz humanas, 
inclusive nas atividades desportivas; 
b) o direito de fiscalização do aproveitamento 
econômico das obras que criarem ou de que 
participarem aos criadores, aos intérpretes e às 
respectivas representações sindicais e associativas; 
XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos 
industriais privilégio temporário para sua utilização, 
bem como proteção às criações industriais, à 
propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a 
outros signos distintivos, tendo em vista o interesse 
social e o desenvolvimento tecnológico e econômico 
do País; 
XXX - é garantido o direito de herança; 
XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados 
no País será regulada pela lei brasileira em benefício 
do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não 
lhes seja mais favorável a lei pessoal do "de cujus"; 
XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa 
do consumidor; 
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos 
públicos informações de seu interesse particular, ou 
de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no 
prazo da lei, sob pena de responsabilidade, 
ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à 
segurança da sociedade e do Estado; 
XXXIV - são a todos assegurados, 
independentemente do pagamento de taxas: 
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em 
defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de 
poder; 
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, 
para defesa de direitos e esclarecimento de situações 
de interesse pessoal; 
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder 
Judiciário lesão ou ameaça a direito; 
XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato 
jurídico perfeito e a coisa julgada; 
XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção; 
XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a 
organização que lhe der a lei, assegurados: 
a) a plenitude de defesa; 
b) o sigilo das votações; 
c) a soberania dos veredictos; 
d) a competência para o julgamento dos crimes 
dolosos contra a vida; 
XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, 
nem pena sem prévia cominação legal; 
XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o 
réu; 
XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória 
dos direitos e liberdades fundamentais; 
XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável 
e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos 
termos da lei; 
XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e 
insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura , 
o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o 
terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por 
eles respondendo os mandantes, os executores e os 
que, podendo evitá-los, se omitirem; (Regulamento) 
XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a 
ação de grupos armados, civis ou militares, contra a 
ordem constitucional e o Estado Democrático; 
XLV - nenhuma pena passará da pessoa do 
condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e 
a decretação do perdimento de bens ser, nos termos 
da lei, estendidas aos sucessores e contra eles 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art212%C2%A72
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art212%C2%A72
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art1045
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13260.htm
53 
 
executadas, até o limite do valor do patrimônio 
transferido; 
XLVI - a lei regulará a individualização da pena e 
adotará, entre outras, as seguintes: 
a) privação ou restrição daliberdade; 
b) perda de bens; 
c) multa; 
d) prestação social alternativa; 
e) suspensão ou interdição de direitos; 
XLVII - não haverá penas: 
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos 
termos do art. 84, XIX; 
b) de caráter perpétuo; 
c) de trabalhos forçados; 
d) de banimento; 
e) cruéis; 
XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos 
distintos, de acordo com a natureza do delito, a idade 
e o sexo do apenado; 
XLIX - é assegurado aos presos o respeito à 
integridade física e moral; 
L - às presidiárias serão asseguradas condições para 
que possam permanecer com seus filhos durante o 
período de amamentação; 
LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o 
naturalizado, em caso de crime comum, praticado 
antes da naturalização, ou de comprovado 
envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e 
drogas afins, na forma da lei; 
LII - não será concedida extradição de estrangeiro por 
crime político ou de opinião; 
LIII - ninguém será processado nem sentenciado 
senão pela autoridade competente; 
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus 
bens sem o devido processo legal; 
LV - aos litigantes, em processo judicial ou 
administrativo, e aos acusados em geral são 
assegurados o contraditório e ampla defesa, com os 
meios e recursos a ela inerentes; 
LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas 
obtidas por meios ilícitos; 
LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito 
em julgado de sentença penal condenatória; 
LVIII - o civilmente identificado não será submetido a 
identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas 
em lei; (Regulamento) 
LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação 
pública, se esta não for intentada no prazo legal; 
LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos 
processuais quando a defesa da intimidade ou o 
interesse social o exigirem; 
LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou 
por ordem escrita e fundamentada de autoridade 
judiciária competente, salvo nos casos de 
transgressão militar ou crime propriamente militar, 
definidos em lei; 
LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se 
encontre serão comunicados imediatamente ao juiz 
competente e à família do preso ou à pessoa por ele 
indicada; 
LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre 
os quais o de permanecer calado, sendo-lhe 
assegurada a assistência da família e de advogado; 
LXIV - o preso tem direito à identificação dos 
responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório 
policial; 
LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela 
autoridade judiciária; 
LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, 
quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou 
sem fiança; 
LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do 
responsável pelo inadimplemento voluntário e 
inescusável de obrigação alimentícia e a do 
depositário infiel; 
LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que 
alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer 
violência ou coação em sua liberdade de locomoção, 
por ilegalidade ou abuso de poder; 
LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para 
proteger direito líquido e certo, não amparado 
por habeas corpus ou habeas data, quando o 
responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for 
autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no 
exercício de atribuições do Poder Público; 
LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser 
impetrado por: 
a) partido político com representação no Congresso 
Nacional; 
b) organização sindical, entidade de classe ou 
associação legalmente constituída e em 
funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos 
interesses de seus membros ou associados; 
LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre 
que a falta de norma regulamentadora torne inviável o 
exercício dos direitos e liberdades constitucionais e 
das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à 
soberania e à cidadania; 
LXXII - conceder-se-á habeas data: 
a) para assegurar o conhecimento de informações 
relativas à pessoa do impetrante, constantes de 
registros ou bancos de dados de entidades 
governamentais ou de caráter público; 
b) para a retificação de dados, quando não se prefira 
fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou 
administrativo; 
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor 
ação popular que vise a anular ato lesivo ao 
patrimônio público ou de entidade de que o Estado 
participe, à moralidade administrativa, ao meio 
ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o 
autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas 
judiciais e do ônus da sucumbência; 
LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral 
e gratuita aos que comprovarem insuficiência de 
recursos; 
LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro 
judiciário, assim como o que ficar preso além do 
tempo fixado na sentença; 
LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente 
pobres, na forma da lei: (Vide Lei nº 7.844, de 1989) 
a) o registro civil de nascimento; 
b) a certidão de óbito; 
LXXVII - são gratuitas as ações de habeas 
corpus e habeas data, e, na forma da lei, os atos 
necessários ao exercício da 
cidadania. (Regulamento) 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12037.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7844.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9265.htm
54 
 
LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e administrativo, 
são assegurados a razoável duração do processo e os 
meios que garantam a celeridade de sua 
tramitação. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 
45, de 2004) 
§ 1º As normas definidoras dos direitos e garantias 
fundamentais têm aplicação imediata. 
§ 2º Os direitos e garantias expressos nesta 
Constituição não excluem outros decorrentes do 
regime e dos princípios por ela adotados, ou dos 
tratados internacionais em que a República Federativa 
do Brasil seja parte. 
§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre 
direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa 
do Congresso Nacional, em dois turnos, por três 
quintos dos votos dos respectivos membros, serão 
equivalentes às emendas constitucionais. 
§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal 
Penal Internacional a cuja criação tenha manifestado 
adesão. 
TÍTULO V 
CAPÍTULO III 
DA SEGURANÇA PÚBLICA 
 
Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito 
e responsabilidade de todos, é exercida para a 
preservação da ordem pública e da incolumidade das 
pessoas e do patrimônio, através dos seguintes 
órgãos: 
I - polícia federal; 
II - polícia rodoviária federal; 
III - polícia ferroviária federal; 
IV - polícias civis; 
V - polícias militares e corpos de bombeiros militares. 
§ 1º A polícia federal, instituída por lei como órgão 
permanente, organizado e mantido pela União e 
estruturado em carreira, destina-se a:" 
I - apurar infrações penais contra a ordem política e 
social ou em detrimento de bens, serviços e interesses 
da União ou de suas entidades autárquicas e 
empresas públicas, assim como outras infrações cuja 
prática tenha repercussão interestadual ou 
internacional e exija repressão uniforme, segundo se 
dispuser em lei; 
II - prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes 
e drogas afins, o contrabando e o descaminho, sem 
prejuízo da ação fazendária e de outros órgãos 
públicos nas respectivas áreas de competência; 
III - exercer as funções de polícia marítima, 
aeroportuária e de fronteiras; 
IV - exercer, com exclusividade, as funções de polícia 
judiciária da União. 
§ 2º A polícia rodoviária federal, órgão permanente, 
organizado e mantido pela União e estruturado em 
carreira, destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento 
ostensivo das rodovias federais. 
§ 3º A polícia ferroviária federal, órgão permanente, 
organizado e mantido pela União e estruturado em 
carreira, destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento 
ostensivo das ferrovias federais. 
§ 4º Às polícias civis, dirigidas por delegados de 
polícia de carreira, incumbem, ressalvada a 
competência da União, as funções de polícia judiciária 
e a apuração de infrações penais,exceto as militares. 
§ 5º Às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a 
preservação da ordem pública; aos corpos de 
bombeiros militares, além das atribuições definidas em 
lei, incumbe a execução de atividades de defesa civil. 
§ 6º As polícias militares e corpos de bombeiros 
militares, forças auxiliares e reserva do Exército, 
subordinam-se, juntamente com as polícias civis, aos 
Governadores dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Territórios. 
§ 7º A lei disciplinará a organização e o funcionamento 
dos órgãos responsáveis pela segurança pública, de 
maneira a garantir a eficiência de suas atividades. 
§ 8º Os Municípios poderão constituir guardas 
municipais destinadas à proteção de seus bens, 
serviços e instalações, conforme dispuser a lei. 
§ 9º A remuneração dos servidores policiais 
integrantes dos órgãos relacionados neste artigo será 
fixada na forma do § 4º do art. 39. 
§ 10. A segurança viária, exercida para a preservação 
da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do 
seu patrimônio nas vias públicas: (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 82, de 2014) 
I - compreende a educação, engenharia e fiscalização 
de trânsito, além de outras atividades previstas em lei, 
que assegurem ao cidadão o direito à mobilidade 
urbana eficiente; e (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 82, de 2014) 
II - compete, no âmbito dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios, aos respectivos órgãos ou 
entidades executivos e seus agentes de trânsito, 
estruturados em Carreira, na forma da lei. (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 82, de 2014). 
 
EXERCÍCIOS 
 
1 (AOCP – 2012 – BRDE - Analista) São fundamentos 
da República Federativa do Brasil: 
a) Pluralismo político e autodeterminação dos povos 
b) Não-intervenção e soberania 
c) Cidadania e dignidade da pessoa humana 
d) Igualdade entre os Estados e defesa da paz 
e) Valores sociais do trabalho e desenvolvimento 
nacional 
 
2 (TJ-SC - 2011 - TJ-SC - Técnico Judiciário) Nos 
termos da Constituição Federal, o Brasil em suas 
relações internacionais deve buscar integrar-se com 
os países da América Latina visando a formação de 
uma comunidade latino-americana de nações. Entre 
as formas de integração previstas, NÃO se inclui: 
a) a econômica 
b) a política 
c) a social 
d) a militar 
e) a cultural 
 
3 (FCC - 2011 - TRT14 - Técnico Judiciário) NÃO 
constitui objetivo fundamental da República Federativa 
do Brasil, previsto expressamente na Constituição 
Federal, 
a) construir uma sociedade livre, justa e solidária. 
b) garantir o desenvolvimento nacional. 
c) erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc82.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc82.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc82.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc82.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc82.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc82.htm
55 
 
desigualdades sociais e regionais. 
d) captar tributos mediante fiscalização da Receita 
Federal. 
e) promover o bem de todos, sem preconceitos de 
origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras 
formas de discriminação. 
 
4 (FGV-2011 – TRE-PA - Técnico Judiciário) A 
Constituição brasileira apresenta como seus 
fundamentos 
a) o respeito à liberdade de qualquer cidadão de ser 
candidato a cargo político. 
b) a defesa da cidadania, soberania e dignidade da 
pessoa humana 
c) a existência de partidos políticos que possam 
disputar eleições pelo critério majoritário. 
d) a construção de uma sociedade que valorize o 
capital intelectual do ser humano. 
e) a construção de uma sociedade que seja uniforme 
no que diz respeito à composição de sua população. 
 
5 (FESMIP-BA - 2011 - MPE-BA - Analista de 
Sistemas) São princípios que regem a República 
Federativa do Brasil, no tocante às suas relações 
internacionais: 
a) Igualdade entre os Estados, concessão de asilo 
político e cooperação entre os povos para o progresso 
da humanidade. 
b) Soberania, dignidade da pessoa humana e 
cooperação entre os povos para o progresso da 
humanidade. c) Igualdade entre os Estados, 
concessão de asilo político e dignidade da pessoa 
humana. 
d) Concessão de asilo político, soberania e 
cooperação entre os povos para o progresso da 
humanidade. 
e) Igualdade entre os Estados, soberania e dignidade 
da pessoa humana. 
 
6 (MPE-MS - 2011) É incorreto afirmar que a 
República Federativa do Brasil tem como fundamento: 
a) o pluralismo político; 
b) a cidadania; 
c) a separação dos Poderes; 
d) os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; 
e) a soberania. 
 
7 (FCC - 2003 - TRT21 - Analista Judiciário) Nas suas 
relações internacionais, a República Federativa do 
Brasil rege-se por diversos princípios, tais como 
a) o desenvolvimento nacional e os valores sociais da 
livre iniciativa. 
b) a soberania e a cidadania. 
c) o pluralismo político e a igualdade entre os Estados. 
d) o repúdio ao terrorismo e a erradicação da pobreza. 
e) a prevalência dos direitos humanos e a defesa da 
paz. 
 
8 (TJ-SC - 2010 - TJ-SC - Técnico Judiciário) Nos 
moldes preconizados pela Constituição Federal, NÃO 
constitui um dos fundamentos da República 
Federativa do Brasil: 
a) A soberania. 
b) A dignidade da pessoa humana. 
c) O pluralismo político. 
d) A independência nacional 
 
9 (MS CONCURSOS - 2009 - TRE-SC - Técnico 
Judiciário)A República Federativa do Brasil nas suas 
relações internacionais rege-se pelo seguinte 
princípio: 
a) Pluralismo político. 
b) Cidadania. 
c) Não intervenção. 
d) Construção de uma sociedade livre, justa e 
solidária. 
 
10 (FCC - 2010 - AL-SP - Agente Legislativo) Constitui 
um dos fundamentos da República Federativa do 
Brasil, de acordo com a Constituição Federal de 1988, 
a) a garantia do desenvolvimento nacional. 
b) a não intervenção. 
c) a defesa da paz. 
d) a igualdade entre os Estados. 
e) o pluralismo político. 
 
11 (FCC - 2003 - TRT21 - Técnico Judiciário) A 
República Federativa do Brasil tem como 
fundamentos, dentre outros, 
a) o pluralismo político e a autodeterminação dos 
povos. 
b) a independência nacional e o desenvolvimento 
nacional. 
c) a dignidade da pessoa humana e a cidadania. 
d) o repúdio ao terrorismo e a defesa da paz. 
e) o asilo político e a não-intervenção. 
 
12 (TJ-SC - 2011 - Técnico Judiciário) De acordo com 
a Constituição Federal, NÃO constitui uma das 
ocorrências que autorizam a violação da casa de uma 
pessoa sem o seu consentimento: 
a) Prestação de socorro 
b) Desastre 
c) Flagrante delito 
d) Determinação judicial, durante o dia 
e) Determinação judicial, durante a noite 
 
13 (FCC - 2011 - TRT23 - Técnico Judiciário) Segundo 
o disposto no artigo 5°, § 3°, da Constituição Federal, 
os tratados e convenções internacionais sobre direitos 
humanos que forem aprovados, em cada Casa do 
Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos 
dos votos dos respectivos membros, serão 
equivalentes 
a) às emendas constitucionais. 
b) às leis complementares. 
c) às leis ordinárias. 
d) às leis delegadas. 
e) aos decretos legislativos. 
 
14 (VUNESP - 2010 - TJ-SP - Escrevente) Na 
hipótese de ocorrência de ato lesivo ao patrimônio 
público ou de entidade de que o Estado participe, à 
moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao 
patrimônio histórico e cultural, nos termos do que 
dispõe, expressamente, a Constituição, o cidadão 
poderá ajuizar 
a) ação popular. 
56 
 
b) habeas corpus. 
c) ação civil pública. 
d) mandado de injunção. 
e) ação de improbidade administrativa. 
 
15 (FCC - 2010 - TRT8 - Técnico Judiciário) Segundo 
a Constituição Federal, constitui crime imprescritível a 
prática de 
a) tráficoilícito de entorpecentes e drogas afins. 
b) tortura. 
c) racismo. 
d) latrocínio. 
e) terrorismo. 
 
16 (FCC - 2010 - TRE-AC - Técnico Judiciário) Em 
conformidade com disposição constitucional, é certo 
que no Brasil são gratuitos para os reconhecidamente 
pobres, na forma da lei, 
a) o registro de títulos e documentos e a certidão 
imobiliária. 
b) a certidão de casamento e o registro civil de 
nascimento. 
c) o registro da matrícula de imóvel e a certidão de 
óbito. 
d) as certidões negativas forenses e a certidão de 
casamento. 
e) a certidão de óbito e o registro civil de nascimento. 
 
17 (FCC - 2009 - TRT16 - Técnico Judiciário) Em 
relação aos direitos e deveres individuais e coletivos, 
pode-se afirmar que 
a) é livre a manifestação do pensamento, sendo 
permitido, em qualquer caso, o anonimato. 
b) a expressão da atividade científica depende de 
censura ou licença. 
c) é assegurada, nos termos da lei, a prestação de 
assistência religiosa nas entidades civis de internação 
coletiva, vedada nas militares. 
d) homens e mulheres são iguais em direitos e 
obrigações. 
e) é plena a liberdade de associação, inclusive a de 
caráter paramilitar. 
 
18 (FCC - 2009 - TCE-GO - Técnico de Controle 
Externo) Nos termos da Constituição, admite-se 
excepcionalmente a entrada na casa de um indivíduo 
sem consentimento do morador 
a) por determinação da autoridade policial, inclusive 
no período noturno. 
b) por determinação judicial, a qualquer hora. 
c) em caso de desastre, somente no período diurno. 
d) para prestar socorro, desde que a vítima seja 
criança ou adolescente. 
e) em caso de flagrante delito, sem restrição de 
horário. 
 
19 (FCC - 2013 - TRT1 - Técnico Judiciário) Dentre os 
direitos sociais assegurados pela Constituição Federal 
aos trabalhadores está a 
a) irredutibilidade do salário, que não poderá ser 
minorado sequer por acordo coletivo. 
b) jornada de seis horas para o trabalho realizado em 
turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação 
coletiva. 
c) remuneração do serviço extraordinário superior, no 
mínimo, em trinta por cento à do normal. 
d) remuneração do trabalhador portador de 
deficiência, no mínimo, superior a cinquenta por cento 
à do que não tenha deficiência. 
e) assistência gratuita aos filhos e dependentes, 
desde o nascimento até sete anos de idade, em 
creches e pré-escolas. 
 
20 (FCC - 2011 - TRT14 - Técnico Judiciário) É direito 
do trabalhador urbano e rural, além de outros que 
visem à melhoria de sua condição social, a 
remuneração do serviço extraordinário superior, no 
mínimo, em 
a) trinta por cento à do normal. 
b) quarenta por cento à do normal. 
c) cinquenta por cento à do normal. 
d) trinta por cento à do excepcional. 
e) quarenta por cento à do excepcional. 
 
21 (FCC - 2008 - TRF5 - Técnico Judiciário) A 
Constituição Federal ao garantir os direitos dos 
trabalhadores urbanos e rurais, visando à melhoria de 
sua condição social, estabelece além de outros que 
a) a remuneração do trabalho diurno deve ser superior 
à do noturno, no mínimo em vinte e cinco por cento. b) 
o décimo terceiro salário deve ser pago com base na 
remuneração proporcional ou no valor da contribuição 
previdenciária. 
c) é irredutível o salário, salvo o disposto em 
convenção ou acordo coletivo. 
d) o seguro-desemprego é devido em caso de 
despedida com ou justa causa e de desemprego 
voluntário ou involuntário. 
e) o gozo de férias remuneradas com, no máximo, 
trinta por cento a mais do que o salário normal. 
 
22 (CEPERJ - 2012 - SEAP-RJ - Inspetor de 
Segurança) Como direito social previsto na 
Constituição Federal, o aviso prévio será proporcional 
e correspondente, no mínimo, a: 
a) sessenta dias 
b) trinta dias 
c) quarenta dias 
d) noventa dias e) vinte dias 
 
23 (FCC - 2008 - TRF5 - Técnico Judiciário) Quanto 
aos direitos sociais previstos na Constituição Federal, 
é INCORRETO afirmar que é proibida 
a) a atividade laborativa noturna a menores de 
dezesseis anos e de qualquer trabalho a menores de 
quatorze anos, salvo na condição de aprendiz, a partir 
dos doze anos de idade. 
b) a distinção entre trabalho manual, técnico e 
intelectual ou entre os profissionais respectivos. 
c) a diferenciação de salários, de exercício de funções 
e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, 
cor ou estado civil. 
d) qualquer discriminação no tocante a salário e 
critérios de admissão do trabalhador portador de 
deficiência. e) a diferenciação de direitos entre o 
trabalhador com vínculo empregatício permanente e o 
trabalhador avulso. 
 
57 
 
24 (FCC - 2012 - TJ-GO) É direito dos trabalhadores 
urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria 
de sua condição social 
a) a relação de emprego protegida contra despedida 
arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei 
complementar, que preverá indenização 
compensatória, dentre outros direitos. 
b) o seguro-desemprego, em caso de desemprego 
voluntário ou involuntário. 
c) a irredutibilidade do salário, salvo o disposto em lei, 
convenção ou acordo coletivo. 
d) a remuneração do trabalho noturno igual à do 
diurno. 
e) a proteção do salário na forma da lei, constituindo 
crime sua retenção culposa ou dolosa. 
 
25 (FCC - 2012 - TRF - 2ª REGIÃO - Técnico 
Judiciário) Maria trabalha como costureira em uma 
fábrica de roupas, devidamente registrada e dá a luz 
ao seu filho Enzo, no mês de fevereiro de 2012. Maria 
tem assegurada, pela Constituição Federal de 1988, 
assistência gratuita ao filho e dependente em creches 
e pré- escolas desde o nascimento até 
a) 4 (quatro) anos de idade. 
b) 6 (seis) anos de idade. 
c) 7 (sete) anos de idade. 
d) 5 (cinco) anos de idade. 
e) 3 (três) anos de idade. 
 
26 (VUNESP - 2010 - FUNDAÇÃO CASA - Analista 
Administrativo) O salário-mínimo deverá ser fixado em 
lei, sendo 
a) regionalizado, por pisos de categorias, havendo 
diferença de salários, para exercício de funções e de 
critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou 
estado civil. 
b) proteção contra despedida arbitrária ou sem justa 
causa, nos termos de lei complementar, servindo, 
outrossim, de indenização compensatória. 
c) ademais, a remuneração do serviço extraordinário, 
no mínimo, sessenta por cento superior à do normal 
para jornadas de seis horas de trabalho. 
d) que nele se incluirá o repouso semanal 
remunerado, preferencialmente aos sábados. 
e) nacionalmente unificado, capaz de atender às 
necessidades vitais básicas do trabalhador e às de 
sua família, com reajustes periódicos que lhe 
preservem o poder aquisitivo. 
 
27 (VUNESP - 2009 - TJ-MS) Entre os direitos sociais, 
a Constituição Federal garante os direitos dos 
trabalhadores, exceto, 
a) relação de emprego protegida contra despedida 
arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei 
complementar, que preverá indenização 
compensatória, dentre outros direitos. 
b) participação nos lucros ou resultados, vinculada à 
remuneração, nos termos da lei. 
c) salário-família pago em razão do dependente do 
trabalhador de baixa renda, nos termos da lei. 
d) duração do trabalho normal não superior a oito 
horas diárias e quarenta e quatro semanais, 
facultadas a compensação de horários e a redução da 
jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de 
trabalho. 
e) seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do 
empregador, sem excluir a indenização a que este 
está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa. 
 
28 (CESPE - 2009 - PC-RN - Escrivão de Polícia Civil) 
O artigo 8.º da CF estabelece que é livre a associação 
profissional ou sindical. Acerca da liberdade sindical, 
assinale a opção correta. 
a) Ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses 
coletivos ou individuais da categoria, com exceção das 
questões judiciais. 
b) O aposentado filiado tem direito a votar, mas não 
de ser votado nas organizações sindicais. 
c) É vedada a dispensa do empregado sindicalizado a 
partir do registro da candidatura a cargo de direção ou 
representação sindical e, seeleito, ainda que 
suplente, até dois anos após o final do mandato, salvo 
se cometer falta grave nos termos da lei. 
d) Ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se 
filiado a sindicato. 
e) A lei pode exigir autorização do Estado para a 
fundação de sindicato, podendo o poder público 
intervir na organização sindical. 
 
29 (MS CONCURSOS - 2010 - CIENTEC-RS – 
Advogado) São direitos dos trabalhadores urbanos e 
rurais elencados no texto constitucional, EXCETO: 
a) Seguro desemprego, em caso de desemprego 
involuntário. 
b) Fundo de garantia do tempo de serviço. 
c) Salário mínimo, fixado em lei. 
d) Irredutibilidade de salário, em nenhuma hipótese. 
e) Igualdade de direitos entre o trabalhador com 
vínculo empregatício permanente e o trabalhador 
avulso. 
 
30 (IF-SE - 2010 - IF-SE - Analista - Tecnologia da 
Informação) É um direito social previsto na 
Constituição Federal: 
a) Licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do 
salário, com a duração de cento e cinquenta dias; 
b) Gozo de férias anuais remuneradas com, pelo 
menos, um terço a mais do que o salário mínimo; 
c) Proteção do salário na forma da lei, constituindo 
crime sua retenção culposa; 
d) garantia de salário, nunca inferior ao piso, para os 
que percebem remuneração variável; 
e) Igualdade de direitos entre o trabalhador com 
vínculo empregatício permanente e o trabalhador 
avulso. 
 
31 (FCC - 2010 - TRT9 - Técnico Judiciário) Sobre os 
direitos sociais, é correto afirmar: 
a) Compete ao sindicato definir os serviços ou 
atividades essenciais e disporá sobre o atendimento 
das necessidades inadiáveis da comunidade. 
b) A Constituição Federal estabelece distinção entre 
trabalho manual, técnico e intelectual e entre os 
profissionais respectivos. 
c) Há proibição de qualquer trabalho a menores de 
dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a 
partir de treze anos 
d) É vedada a criação de mais de uma organização 
58 
 
sindical, em qualquer grau, representativa de 
categoria profissional ou econômica, na mesma base 
territorial, que será definida pelos trabalhadores ou 
empregadores interessados, não podendo ser inferior 
à área de um Estado. 
e) O aposentado filiado tem direito a votar e ser 
votado nas organizações sindicais. 
 
32. (PCES/2019) São formas de governo: 
A) Presidencialismo e Parlamentarismo. 
B) Monarquia e República. 
C) Estado liberal e Estado social. 
D) Estado unitário e Estado federal. 
E) Democracia e totalitarismo. 
 
33. Às polícias militares e corpos de bombeiros 
militares, incumbem, respectivamente, além das 
atribuições definidas em lei: 
A) a polícia ostensiva bem como a preservação da 
ordem pública; a execução de atividades de defesa 
civil. 
B) as funções de polícia judiciária e a apuração de 
infrações penais; a execução de atividades de defesa 
civil. 
C) a polícia preventiva bem como a preservação da 
ordem pública; a execução de atividades de defesa 
civil e contenção 
D) a proteção dos bens do estado, serviços e 
instalações; prestar socorro à vítimas 
E) fiscalização de trânsito, além de outras atividades 
previstas em lei; atividades de socorro em geral 
 
34. Tratando-se de direitos e garantias fundamentais, 
segundo o ordenamento constitucional brasileiro, 
assinale a alternativa correta. 
A) A idade mínima de trinta e cinco anos para 
Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito 
Federal é uma das condições de elegibilidade 
previstas na Constituição Federal. 
B) O mandado de segurança coletivo pode ser 
impetrado por partido político, ainda que sem 
representação no Congresso Nacional. 
C) Para fins de reconhecimento da nacionalidade 
brasileira, a Constituição Federal considera tanto o ius 
solis quanto o ius sanguinis. 
D) Os direitos e garantias expressos na Constituição 
Federal excluem outros decorrentes do regime e dos 
princípios por ela adotados, ou dos tratados 
internacionais em que a República Federativa do 
Brasil seja parte. 
E) É a todos assegurado, mediante o pagamento das 
respectivas taxas, o direito de petição aos Poderes 
Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade 
ou abuso de poder 
 
35. Assinale a alternativa correta de acordo com a 
Constituição Federal: 
a) Os Municípios poderão constituir guardas civis 
destinadas à proteção de seus bens, serviços e 
instalações, conforme dispuser a lei. 
b) Os Municípios poderão constituir guardas 
municipais destinadas à proteção de seus bens, 
serviços e instalações, conforme dispuser a 
Constituição Estadual. 
c) Os Municípios poderão constituir guardas 
municipais destinadas à proteção de seus bens, 
serviços e instalações, conforme dispuser a lei. 
d) Os Municípios poderão constituir guardas 
municipais destinadas à proteção de seus bens, 
serviços e instalações, conforme dispuser lei 
complementar. 
 
36. Nos moldes da Constituição Federal, constitui 
crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de 
reclusão, nos termos da lei: 
A) a prática do racismo. 
B) qualquer discriminação atentatória dos direitos e 
liberdades fundamentais. 
C) a prática da tortura. 
D) o tráfico ilícito de entorpecentes. 
E) o terrorismo. 
 
37. Nos termos da Constituição Federal, o voto 
popular 
A) deve ser direto, aberto, universal e periódico, com 
valor igual para todos. 
B) é facultativo para os analfabetos; os maiores de 
sessenta anos; e os maiores de dezesseis e menores 
de dezoito anos. 
C) não pode ser exercido pelos estrangeiros e pelos 
conscritos, durante o período do serviço militar 
obrigatório. 
D) é um direito que pode ser cassado pela Justiça 
Eleitoral ou, dependendo do caso, pela Justiça 
Criminal por decisão transitada em julgado. 
E) não pode, a exemplo de todo e qualquer direito 
político, ser suspenso. 
 
38. São órgãos que, segundo o art.144 da 
Constituição Federal, compõem a segurança pública, 
EXCETO: 
A) Polícia Federal 
B) Guarda Municipal 
C) Bombeiros militares 
D) Exército 
E) Polícia Ferroviária Federal 
 
39. Assinale a alternativa correta: 
A) A polícia rodoviária federal, órgão permanente, 
organizado e mantido pela União e estruturado em 
carreira, destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento 
preventivo das rodovias federais. 
B) Às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia 
de carreira, incumbem, ressalvada a competência da 
União, as funções de polícia judiciária e a apuração de 
infrações penais, inclusive as militares. 
C) As polícias militares e corpos de bombeiros 
militares, forças auxiliares e reserva do Exército, 
subordinam-se, juntamente com as polícias civis, aos 
Governadores dos Estados, do Distrito Federal, 
Territórios e Municípios. 
D) Os Municípios poderão constituir guardas 
municipais destinadas à proteção de seus bens, 
serviços e instalações, conforme dispuser a lei 
orgânica municipal. 
E) A polícia ferroviária federal, órgão permanente, 
organizado e mantido pela União e estruturado em 
carreira, destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento 
59 
 
ostensivo das ferrovias federais. 
 
GABARITO 
1-C 2-D 3-D 4-B 5-A 6-C 7-E 8-D 9-C 10-E 11-C 12-E 
13-A 14-A 15-C 16-E 17-D 18-E 19-B 20-C 21-C 22-B 
23-A 24-A 25-D 26-E 27-B 28-D 29-D 30-E 31-E 32-B 
33-D 34-C 35-C 36-A 37-C 38-D 39-E 
 
 
 
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS 
HUMANOS 
 
Preâmbulo 
 
Considerando que o reconhecimento da dignidade 
inerente a todos os membros da família humana e de 
seus direitos iguais e inalienáveis é o fundamento da 
liberdade, da justiça e da paz no mundo, 
 
Considerando que o desprezo e o desrespeito pelos 
direitos humanos resultaram em atos bárbaros que 
ultrajaram a consciência da Humanidade e que o 
advento de um mundo em que os todos gozem de 
liberdade de palavra, de crença e da liberdade de 
viverem a salvo do temor e da necessidade foi 
proclamado como a mais alta aspiração do ser 
humano comum, 
 
Considerando ser essencial que os direitos humanos 
sejam protegidos pelo império da lei, para que o ser 
humano não seja compelido, como último recurso, à 
rebelião contra a tirania e a opressão,Considerando ser essencial promover o 
desenvolvimento de relações amistosas entre as 
nações, 
 
Considerando que os povos das Nações Unidas 
reafirmaram, na Carta da ONU, sua fé nos direitos 
humanos fundamentais, na dignidade e no valor do 
ser humano e na igualdade de direitos entre homens e 
mulheres, e que decidiram promover o progresso 
social e melhores condições de vida em uma liberdade 
mais ampla, 
 
Considerando que os Estados-Membros se 
comprometeram a promover, em cooperação com as 
Nações Unidas, o respeito universal aos direitos e 
liberdades humanas fundamentais e a observância 
desses direitos e liberdades, 
 
Considerando que uma compreensão comum desses 
direitos e liberdades é da mais alta importância para o 
pleno cumprimento desse compromisso, Agora 
portanto 
 
 
 
 
A ASSEMBLÉIA GERAL 
 
Proclama 
A PRESENTE DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS 
DIREITOS HUMANOS 
 
como o ideal comum a ser atingido por todos os povos 
e todas as nações, com o objetivo de que cada 
indivíduo e cada órgão da sociedade, tendo sempre 
em mente esta Declaração, se esforce, através do 
ensino e da educação, por promover o respeito a 
esses direitos e liberdades, e, pela adoção de 
medidas progressivas de caráter nacional e 
internacional, por assegurar o seu reconhecimento e a 
sua observância universal e efetiva, tanto entre os 
povos dos próprios Estados-Membros, quanto entre os 
povos dos territórios sob sua jurisdição. 
 
Artigo I Todos os seres humanos nascem livres e 
iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão 
e consciência e devem agir em relação uns aos outros 
com espírito de fraternidade. 
 
Artigo II 
1 - Todo ser humano tem capacidade para gozar os 
direitos e as liberdades estabelecidos nesta 
Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja 
de raça, cor, sexo, idioma, religião, opinião política ou 
de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, 
nascimento, ou qualquer outra condição. 
 
2 - Não será também feita nenhuma distinção fundada 
na condição política, jurídica ou internacional do país 
ou território a que pertença uma pessoa, quer se trate 
de um território independente, sob tutela, sem governo 
próprio, quer sujeito a qualquer outra limitação de 
soberania. 
 
Artigo III Todo ser humano tem direito à vida, à 
liberdade e à segurança pessoal. 
 
Artigo IV Ninguém será mantido em escravidão ou 
servidão; a escravidão e o tráfico de escravos serão 
proibidos em todas as suas formas. 
 
Artigo V Ninguém será submetido à tortura nem a 
tratamento ou castigo cruel, desumano ou degradante. 
 
Artigo VI Todo ser humano tem o direito de ser, em 
todos os lugares, reconhecido como pessoa perante a 
lei. 
 
Artigo VII Todos são iguais perante a lei e têm direito, 
sem qualquer distinção, a igual proteção da lei. Todos 
têm direito a igual proteção contra qualquer 
discriminação que viole a presente Declaração e 
contra qualquer incitamento a tal discriminação. 
 
Artigo VIII Todo ser humano tem direito a receber dos 
tribunais nacionais competentes remédio efetivo para 
os atos que violem os direitos fundamentais que lhe 
sejam reconhecidos pela constituição ou pela lei. 
 
Artigo IX Ninguém será arbitrariamente preso, detido 
60 
 
ou exilado. 
 
Artigo X Todo ser humano tem direito, em plena 
igualdade, a uma justa e pública audiência por parte 
de um tribunal independente e imparcial, para decidir 
sobre seus direitos e deveres ou do fundamento de 
qualquer acusação criminal contra ele. 
 
Artigo XI 
1. Todo ser humano acusado de um ato delituoso tem 
o direito de ser presumido inocente até que a sua 
culpabilidade tenha sido provada de acordo com a lei, 
em julgamento público no qual lhe tenham sido 
asseguradas todas as garantias necessárias à sua 
defesa. 
2. Ninguém poderá ser culpado por qualquer ação ou 
omissão que, no momento, não constituíam delito 
perante o direito nacional ou internacional. Também 
não será imposta pena mais forte do que aquela que, 
no momento da prática, era aplicável ao ato delituoso. 
 
Artigo XII Ninguém será sujeito à interferência em sua 
vida privada, em sua família, em seu lar ou em sua 
correspondência, nem a ataque à sua honra e 
reputação. Todo ser humano tem direito à proteção da 
lei contra tais interferências ou ataques. 
 
Artigo XIII 
1. Todo ser humano tem direito à liberdade de 
locomoção e residência dentro das fronteiras de cada 
Estado. 
2. Todo ser humano tem o direito de deixar qualquer 
país, inclusive o próprio, e a este regressar. 
 
Artigo XIV 
1. Todo ser humano, vítima de perseguição, tem o 
direito de procurar e de gozar asilo em outros países. 
2. Este direito não pode ser invocado em caso de 
perseguição legitimamente motivada por crimes de 
direito comum ou por atos contrários aos objetivos e 
princípios das Nações Unidas. 
Artigo XV 
1. Todo homem tem direito a uma nacionalidade. 
2. Ninguém será arbitrariamente privado de sua 
nacionalidade, nem do direito de mudar de 
nacionalidade. 
 
Artigo XVI 
1. Os homens e mulheres de maior idade, sem 
qualquer restrição de raça, nacionalidade ou religião, 
têm o direito de contrair matrimônio e fundar uma 
família. Gozam de iguais direitos em relação ao 
casamento, sua duração e sua dissolução. 
2. O casamento não será válido senão com o livre e 
pleno consentimento dos nubentes. 
3. A família é o núcleo natural e fundamental da 
sociedade e tem direito à proteção da sociedade e do 
Estado. 
 
Artigo XVII 
1. Todo ser humano tem direito à propriedade, só ou 
em sociedade com outros. 
2. Ninguém será arbitrariamente privado de sua 
propriedade. Artigo XVIII Todo ser humano tem direito 
à liberdade de pensamento, consciência e religião; 
este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou 
crença e a liberdade de manifestar essa religião ou 
crença, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela 
observância, em público ou em particular. 
 
Artigo XIX Todo ser humano tem direito à liberdade de 
opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de, 
sem interferência, ter opiniões e de procurar, receber 
e transmitir informações e idéias por quaisquer meios 
e independentemente de fronteiras. 
 
Artigo XX 
1. Todo ser humano tem direito à liberdade de reunião 
e associação pacífica. 
2. Ninguém pode ser obrigado a fazer parte de uma 
associação. 
 
Artigo XXI 
1. Todo ser humano tem o direito de fazer parte no 
governo de seu país diretamente ou por intermédio de 
representantes livremente escolhidos. 
2. Todo ser humano tem igual direito de acesso ao 
serviço público do seu país. 
3. A vontade do povo será a base da autoridade do 
governo; esta vontade será expressa em eleições 
periódicas e legítimas, por sufrágio universal, por voto 
secreto ou processo equivalente que assegure a 
liberdade de voto. 
 
Artigo XXII Todo ser humano, como membro da 
sociedade, tem direito à segurança social, à realização 
pelo esforço nacional, pela cooperação internacional e 
de acordo com a organização e recursos de cada 
Estado, dos direitos econômicos, sociais e culturais 
indispensáveis à sua dignidade e ao livre 
desenvolvimento da sua personalidade. 
 
Artigo XXIII 
1. Todo ser humano tem direito ao trabalho, à livre 
escolha de emprego, a condições justas e favoráveis 
de trabalho e à proteção contra o desemprego. 
2. Todo ser humano, sem qualquer distinção, tem 
direito a igual remuneração por igual trabalho. 
3. Todo ser humano que trabalha tem direito a uma 
remuneração justa e satisfatória, que lhe assegure, 
assim como à sua família, uma existência compatível 
com a dignidade humana e a que se acrescentarão, 
se necessário, outros meios de proteção social. 
4. Todo ser humano tem direito a organizar sindicatos 
e a neles ingressar para proteção de seus interesses. 
 
Artigo XXIV Todo ser humano tem direito a repouso e 
lazer, inclusive a limitação razoável das horas de 
trabalho e a férias remuneradas periódicas. 
 
Artigo XXV 
1. Todo ser humano tem direito a um padrão de vida 
capaz de assegurar-lhe, e asua família, saúde e bem-
estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação, 
cuidados médicos e os serviços sociais 
indispensáveis, e direito à segurança em caso de 
desemprego, doença, invalidez, viuvez, velhice ou 
outros casos de perda dos meios de subsistência em 
61 
 
circuns tâncias fora de seu controle. 
2. A maternidade e a infância têm direito a cuidados e 
assistência especiais. Todas as crianças, nascidas 
dentro ou fora do matrimônio gozarão da mesma 
proteção social. 
 
Artigo XXVI 
1. Todo ser humano tem direito à instrução. A 
instrução será gratuita, pelo menos nos graus 
elementares e fundamentais. A instrução elementar 
será obrigatória. A instrução técnico-profissional será 
acessível a todos, bem como a instrução superior, 
esta baseada no mérito. 
2. A instrução será orientada no sentido do pleno 
desenvolvimento da personalidade humana e do 
fortalecimento do respeito pelos direitos humanos e 
pelas liberdades fundamentais. A instrução promoverá 
a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas 
as nações e grupos raciais ou religiosos, e coadjuvará 
as atividades das Nações Unidas em prol da 
manutenção da paz. 
3. Os pais têm prioridade de direito na escolha do 
gênero de instrução que será minis trada a seus filhos. 
 
Artigo XXVII 
1. Todo ser humano tem o direito de participar 
livremente da vida cultural da comunidade, de fruir das 
artes e de participar do progresso científico e de seus 
benefícios. 
2. Todo ser humano tem direito à proteção dos 
interesses morais e materiais decorrentes de qualquer 
produção científica literária ou artística da qual seja 
autor. 
 
Artigo XXVIII Todo ser humano tem direito a uma 
ordem social e internacional em que os direitos e 
liberdades estabelecidos na presente Declaração 
possam ser plenamente realizados. 
 
Artigo XXIX 
1. Todo ser humano tem deveres para com a 
comunidade, na qual o livre e pleno desenvolvimento 
de sua personalidade é possível. 
2. No exercício de seus direitos e liberdades, todo ser 
humano estará sujeito apenas às limitações 
determinadas pela lei, exclusivamente com o fim de 
assegurar o devido reconhecimento e respeito dos 
direitos e liberdades de outrem e de satisfazer as 
justas exigências da moral, da ordem pública e do 
bem-estar de uma sociedade democrática. 
3. Esses direitos e liberdades não podem, em hipótese 
alguma, ser exercidos contrariamente aos objetivos e 
princípios das Nações Unidas. 
 
Artigo XXX Nenhuma disposição da presente 
Declaração pode ser interpretada como o 
reconhecimento a qualquer Estado, grupo ou pessoa, 
do direito de exercer qualquer atividade ou praticar 
qualquer ato destinado à destruição de quaisquer dos 
direitos e liberdades aqui estabelecidos. 
 
 
 
 
EXERCÍCIOS 
 
1. O ano de 1948 representou um marco histórico 
mundial no tocante aos direitos humanos, pois foi 
nesse ano que: 
a) foi criada a Corte Internacional dos Direitos 
Humanos. 
b) aconteceu a Independência dos Estados Unidos da 
América 
c) eclodiu a Revolução Francesa, trazendo os ideais 
de liberdade, igualdade e fraternidade 
d) foi outorgada a Carta Magna na Inglaterra 
e) foi proclamada a Declaração Universal dos Direitos 
do Homem. 
 
2. De acordo com a Declaração Universal dos Direitos 
Humanos é CORRETO afirmar que: 
a) Todo ser humano tem capacidade para gozar 
os direitos e as liberdades estabelecidos na 
Declaração Universal dos Direitos Humanos, sem 
quaisquer distinções. 
b) Os direitos humanos somente serão exercidos 
em países que assinarem tratados com a ONU. 
c) A escravidão ou servidão bem como o tráfico 
de escravos só serão mantidas em países cuja 
prática da escravidão é considerada dever religioso. 
d) Todo ser humano tem direito a liberdade de opinião 
e expressão; este direito inclui a liberdade de, sem 
interferência, ter opiniões e de procurar, receber e 
transmitir informações e ideias por quaisquer meios 
desde que dentro das fronteiras de seu país de 
origem. 
 
3. “Os direitos humanos vêm ganhando força nos 
últimos tempos impulsionados pelos fundamentos da 
liberdade, da justiça e da paz no mundo, os 
quais se fizeram mais necessários após um marco 
na história que ultrajou a consciência da 
Humanidade”. 
O evento em especial a que se refere o texto acima é 
a: 
A) Primeira Grande Guerra Mundial; 
B) Segunda Grande Guerra Mundial; 
C) Revolução russa; 
D) Guerra do Iraque; 
E) Guerra da Cachemira. 
 
4. A Declaração Universal de Direitos Humanos de 
1948 preceitua, em seu Artigo 2°: 
“Todo o homem tem capacidade para gozar os 
direitos e as liberdades estabelecidos nesta 
declaração, sem distinção de qualquer espécie (...)”. 
Dessa forma, pode-se dizer que não haverá 
discriminação baseada em diferenças de: 
I. raça; 
II. sexo; 
III. Cor. 
Dos itens acima mencionados: 
A) I está correto, apenas; 
B) II está correto, apenas; 
C) III está correto, apenas; 
D) I e III estão corretos, apenas; 
E) I, II e III estão corretos. 
 
62 
 
5. De acordo com a Declaração Universal dos Direitos 
Humanos assinale “V” para a (s) assertiva (s) 
verdadeira (s) e “F” para a (s) assertiva (s) falsa (s). 
( ) Todo ser humano tem direito, em plena igualdade, 
a uma justa audiência por parte do Tribunal 
Internacional da ONU, para decidir sobre seus direitos 
e deveres na esfera do Direito Internacional. 
( ) Ninguém será sujeito à interferência em sua vida 
privada, em sua família, em seu lar ou em sua 
correspondência, sem prévia autorização da 
autoridade policial. 
( ) Todo ser humano tem direito à liberdade de opinião 
e expressão; este direito inclui a liberdade de, sem 
interferência, ter opiniões e de procurar, receber e 
transmitir informações e ideias por quaisquer meios e 
independentemente de fronteiras. 
( ) Todo ser humano tem direito a repouso semanal, 
diversão e lazer oferecido pelo Estado, inclusive a 
limitação máxima de 44 horas semanais de trabalho e 
férias anuais remuneradas com adicional de 1/3. 
( ) Todo ser humano tem direito a uma ordem social e 
internacional em que os direitos e liberdades 
estabelecidos na Declaração Universal dos Direitos 
Humanos possam ser plenamente realizados. 
Marque a alternativa que contém a sequência de 
respostas CORRETA, na ordem de cima para baixo. 
A. ( ) V, F, F, V, F. 
B. ( ) F, V, F, V, F. 
C. ( ) V, F, V, F, V. 
D. ( ) F, F, V, F, V. 
 
6. “Todo homem tem direito à liberdade e à segurança 
pessoal” (Artigo 3°, Declaração Universal de Direitos 
Humanos de 1948). Tendo em vista o direito à vida, é 
possível dizer que o Estado deve assegurar o direito 
de todo ser humano de: 
A) continuar vivo e de ter vida digna quanto à 
subsistência; 
B) sobreviver e de não ser torturado; 
C) ter um emprego e de gratuidade de justiça; 
D) sobreviver e de gratuidade de justiça ao 
hipossuficiente; 
E) viver de bem com a vida e de alcançar seus 
objetivos profissionais 
 
7. De acordo com os estudiosos da temática “ 
Direitos Humanos”, o problema da criminalidade 
praticada por adolescentes e que impacta a 
segurança pública da sociedade brasileira pode ser 
solucionado com a adoção da seguinte medida: 
(A) Aumento do policiamento nas vilas e nos 
aglomerados. 
(B) Construção de presídios de segurança máxima. 
(C) Implementação de políticas públicas voltadas 
para a efetivação dos direitos individuais, políticos, 
econômicos, sociais e culturais que sejam capazes 
de intervir nas diversas situações de 
vulnerabilidade que acometem grande parte dos 
adolescentes brasileiros. 
(D) Redução da maioridade penal. 
 
8. Considerando a distinção entre Direitos Humanos e 
Direitos Fundamentais, assinale o documento que 
representa a inauguração dos Direitos Humanos no 
cenário mundial: 
(A) Declaração Universal dos Direitos do Homem e do 
Cidadão de 1789. 
(B) Declaração Universal dos Direitos do Homem de 
1948. 
(C) ConvençãoAmericana de Direitos Humanos de 
1969. 
(D) Constituição de Weimar de 1919 
 
9. É correto afirmar, sobre as previsões contidas na 
Declaração Universal de Direitos Humanos, que 
(A) está previsto o direito à educação, com o ensino 
elementar obrigatório e gratuito, com acesso ao 
ensino superior de acordo com o mérito. 
(B) estão previstos direitos ligados ao contrato de 
trabalho, como salário mínimo, repouso e lazer, mas 
sem nenhuma limitação horária da jornada de 
trabalho. 
(C) são proclamados, em seu artigo I, como os três 
valores fundamentais dos direitos humanos a 
liberdade, a igualdade e a fraternidade. 
(D) os direitos de liberdade previstos são relativos à 
esfera individual, não prevendo liberdades políticas 
relativas à participação do povo no governo. 
(E) não há disposição que verse sobre o direito a 
contrair matrimônio e fundar uma família, nem sobre 
os direitos decorrentes do casamento. 
 
10. Sobre a Declaração Universal dos Direitos 
Humanos, adotada e proclamada pela Resolução n° 
217-A (III) da Assembleia Geral das Nações Unidas 
em 10 de dezembro de 1948, é CORRETO afirmar 
que: A. ( ) Todo ser humano tem o direito à liberdade 
de opinião e expressão; este direito inclui a 
liberdade de, sem interferência, se expressar ainda 
que fira a integridade moral de outrem. 
B. ( ) Todo ser humano tem direito à instrução. A 
instrução será gratuita, pelo menos nos graus mais 
elementares e fundamentais. A instrução elementar é 
facultada ao ser humano. 
C. ( ) Os homens e mulheres de maior idade, 
sem qualquer restrição de raça, nacionalidade ou 
relig ião, têm o direito de contrair matrimônio e 
fundar uma família. 
D. ( ) A liberdade religiosa é acessível a todo ser 
humano desde que sua manifestação seja feita de 
forma coletiva e em particular apenas. 
 
11. Sobre os direitos humanos, assinale a alternativa 
que contém uma de suas características 
fundamentais. 
a) Relativização. 
b) Prescritibilidade. 
c) Universalidade. 
d) Alienabilidade. 
e) Renunciabilidade. 
 
12. Considere a seguinte afirmação: 
Na perspectiva dos direitos humanos, a (o) 
___________ é a qualidade, que define a essência 
da pessoa humana, ou ainda, é o valor, que 
confere humanidade ao sujeito, inclusive à criança 
e ao adolescente. O ECA assume a perspectiva de 
63 
 
assegurar, prevenir e proteger essa qualidade, pois 
se trata daquilo que existe no ser humano pelo 
simples fato de ele ser humano, e sem o que não se 
é humano. Para el a, devem convergir todos os 
direitos e valores fundamentais (Adaptado de Soares 
(2004) e Pequeno (2008)). Assinale a alternativa cujo 
termo preenche, CORRETAMENTE, a lacuna do texto 
acima. 
A) Pluralismo 
B) Soberania 
C) Liberdade 
D) Racionalidade 
E) Dignidade 
 
13. Em relação ao sistema internacional de proteção 
dos direitos humanos, é correto 
afirmar: 
a) A Carta das Nações Unidas, documento lançado 
em 1919, ao final da 1ª Guerra Mundial, serviu de 
elemento para a consolidação do movimento de 
internacionalização dos direitos humanos e criação 
da Organização das Nações Unidas (ONU). 
b) A Carta das Nações Unidas de 1945 foi uma 
tentativa fracassada de criação de um sistema 
internacional de proteção aos direitos humanos, o que 
somente ocorreu com o final da guerra fria na década 
de 80. 
c) A Carta das Nações Unidas de 1945, 
apresentada ao mundo ao final da chamada “Crise 
dos Mísseis”, serviu de elemento para a 
consolidação do movimento de internacionalização 
dos direitos humanos e criação da Organização 
das Nações Unidas (ONU) e da Liga das Nações. 
d) A Carta das Nações Unidas de 1945 serviu de 
elemento para a consolidação do movimento de 
internacionalização dos direitos humanos, elevando 
a promoção de tais direitos a propósito e finalidade 
da Organização das Nações Unidas (ONU). 
e) A Liga das Nações foi criada em 1945 ao final da 2ª 
Guerra Mundial. Anos depois, foi substituída pela 
Organização das Nações Unidas, responsável pelo 
sistema de proteção aos direitos humanos em 
todos os países signatários da Organização do 
Tratado do Atlântico Norte (OTAN) 
 
14. Marque a alternativa que NÃO está de acordo 
com a Declaração Universal dos Direitos Humanos. 
a) Toda pessoa tem direito a repouso e lazer, inclusive 
a limitação razoável das horas de trabalho e férias 
periódicas remuneradas. 
b) Toda pessoa tem direito a uma nacionalidade. 
Ninguém será arbitrariamente privado de sua 
nacionalidade, nem do direito de mudar de 
nacionalidade. 
c) Todas as pessoas nascem livres e iguais em 
dignidade e direitos. São dotadas de 
razão e consciência e devem agir em relação 
umas às outras com espírito de fraternidade. 
d) Toda pessoa, vítima de perseguição, tem o direito 
de procurar e de gozar asilo em outros países. Este 
direito pode ser invocado mesmo em caso de 
perseguição legitimamente motivada por crimes de 
direito comum ou por atos contrários aos 
propósitos e princípios das Nações Unidas. 
 
15. A Declaração Universal dos Direitos Humanos − 
DUDH, adotada e proclamada pela Resolução 217 A 
(III) da Assembleia Geral da ONU em 10/12/1948 
e assinada pelo Brasil na mesma data, representou o 
repúdio direto das ideologias que tinham por princípio 
“o desprezo e o desrespeito pelos direitos do 
homem”. As liberdades consideradas “como a mais 
alta aspiração do homem comum”, no preâmbulo 
da DUDH são: 
(A) liberdade ao repouso e lazer, à instrução e à vida 
cultural. 
(B) liberdade política, de crença e de locomoção. 
(C) liberdade de palavra, de reunião e de opinião. 
(D) liberdade de viver a salvo do temor e da 
necessidade, de governo e de emprego. 
(E) liberdade de palavra, de crença e de viver a salvo 
do temor e da necessidade. 
 
16. A Declaração Universal dos Direitos Humanos 
prevê que 
a) toda pessoa tem direito à segurança pessoal. 
b) toda pessoa sujeita a perseguição tem o direito 
de procurar e de beneficiar -se de asilo em outros 
países, ainda que por atividades contrárias aos 
princípios das Nações Unidas. 
c) toda pessoa tem o direito de abandonar o país em 
que se encontra, exceto o seu, e o direito de regressar 
ao seu país. 
d) homens e mulheres de qualquer idade, sem 
qualquer restrição de raça, nacionalidade ou 
religião, têm o direito de contrair matrimônio e 
fundar uma família. 
e) os seres humanos, por não nascerem iguais 
em dignidade e em direitos, devem agir uns para 
com os outros em espírito de fraternidade. 
 
17. “Aprovada em 1948, é o documento base da luta 
universal contra a opressão e a discriminação, 
defende a igualdade e a dignidade das pessoas e 
reconhece que os direitos humanos e as liberdades 
fundamentais devem ser aplicados a cada cidadão do 
planeta”. (www.brasil.gov.br). Assinale a alternativa 
que aponta corretamente o nome do documento de 
direitos humanos de que trata essa conceituação. 
(A) Carta Democrática Interamericana. 
(B) Declaração Universal dos Direitos Humanos. 
(C) Convenção Americana de Direitos Humanos de 
São José da Costa Rica. 
(D) Carta das Nações Unidas. 
(E) Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão 
 
18. Assinale a alternativa correta em relação à 
Declaração Universal dos Direitos Humanos. 
a. ( ) A Declaração afirma que toda pessoa tem direito 
a repouso e lazer. 
b. ( ) O texto da Declaração garante o sigilo de 
correspondência, porém assegura a sua violação para 
casos em que a segurança exigir. 
c. ( ) A Declaração contempla que instrução será 
gratuita apenas para o nível fundamental. 
d. ( ) A unicidade de base sindical é tratada na 
Declaração. 
64 
 
e. ( ) Assegura o direitoao apátrida de escolher a 
nacionalidade cujos laços forem maiores. 
 
19. Assinale a alternativa incorreta em relação à 
Declaração Universal dos Direitos Humanos. 
a. ( ) Os direitos nela contidos são inalienáveis. 
b. ( ) Os preceitos descritos serão desenvolvidos em 
cooperação com as Nações Unidas. 
c. ( ) A liberdade e a justiça são fundamentos 
expressos da Declaração. 
d. ( ) A proteção pelo Estado de Direito é princípio 
implícito. 
e. ( ) A Declaração busca expressamente o 
desenvolvimento de relações amistosas entre as 
nações. 
 
20. Consoante o que estabelece expressamente a 
Declaração Universal dos Direitos Humanos, é correto 
afirmar que 
a) a instrução promoverá a compreensão, a tolerância 
e a amizade entre todas as nações e grupos raciais ou 
religiosos, sendo obrigatório o ensino religioso nas 
escolas públicas. 
b) o poder público deve financiar os estudos dos 
alunos em escolas privadas quando não houver vagas 
em escolas públicas. 
c) os pais têm prioridade de direito na escolha do 
gênero de instrução que será ministrada a seus filhos. 
d) toda pessoa tem direito à instrução, que será 
gratuita em todos os graus. 
e) a instrução técnico-profissional será acessível a 
todos, bem como a instrução superior, esta baseada 
na condição econômico-financeira da pessoa. 
 
21. A Declaração Universal de Direitos Humanos 
a) foi proclamada pelos revolucionários franceses do 
final do século XVIII e confirmada, após a Segunda 
Guerra Mundial, pela Assembleia Geral das Nações 
Unidas. 
b) foi o primeiro documento internacional a 
estabelecer expressamente o princípio da vedação ao 
retrocesso social. 
c) nada declara sobre o direito à propriedade, em 
razão da necessidade de acomodação das diferentes 
ideologias das potências vencedoras da Segunda 
Guerra Mundial. 
d) não faz referência à possibilidade de qualquer 
pessoa deixar o território de qualquer país ou nele 
ingressar, embora assegure expressamente a 
liberdade de locomoção dentro das fronteiras dos 
Estados. 
e) assegura a toda pessoa o direito de participar do 
governo de seu próprio país, diretamente ou por meio 
de representantes. 
 
22. De acordo com a Declaração Universal dos 
Direitos Humanos, de 1948, todas as pessoas nascem 
livres e iguais em dignidade e direitos. São dotadas de 
razão e consciência e devem agir em relação umas às 
outras com espírito de: 
A) amor 
B) compaixão 
C) fraternidade 
D) felicidade 
E) discriminação 
23. Comparando-se a Declaração dos Direitos do 
Homem e do Cidadão (França, 1789) e a Declaração 
Universal dos Direitos Humanos (ONU, 1948), pode-
se afirmar que ambas reconhecem 
A) o Estado como fonte dos direitos fundamentais. 
B) a liberdade e a igualdade inerentes ao ser humano. 
C) a existência dos direitos individuais e sociais. 
D) a propriedade, individual ou coletiva. 
E) a necessidade de uma força pública para a garantia 
dos direitos. 
 
24. Analise as seguintes características dos Direitos 
Humanos Fundamentais. 
1. Os Direitos Humanos Fundamentais não se perdem 
pelo decurso de prazo nem pela falta de uso. 
2. Não é suficiente o mero reconhecimento abstrato 
dos Direitos Humanos Fundamentais, que devem ser 
garantidos na prática, mediante mecanismos 
coercitivos voltados para essa finalidade. 
3. Os Direitos Humanos Fundamentais não devem ser 
interpretados de forma isolada, e, sim, em seu 
conjunto, de modo a se buscar o devido alcance de 
seus objetivos. 
As características descritas são, respectivamente, 
identificadas como: 
A) imprescritibilidade, efetividade e 
complementaridade. 
B) imprescritibilidade, inviolabilidade e 
interdependência. 
C) irrenunciabilidade, inviolabilidade e universalidade. 
D) inalienabilidade, efetividade e interdependência. 
 
25. Ainda que detenham status constitucional 
especial, os direitos fundamentais não se apresentam 
como direitos absolutos, seja porque têm conteúdo 
variável no tempo e no espaço, seja porque devem 
conviver e dialogar com outros direitos 
constitucionalmente previstos. Considere, então, os 
seguintes direitos fundamentais previstos na 
Constituição brasileira de 1988: 
I. Ninguém será privado de direitos por motivo de 
crença religiosa ou de convicção filosófica ou política. 
II. É plena a liberdade de associação para fins lícitos. 
III. É garantido o direito de propriedade. 
IV. Não haverá juízo ou tribunal de exceção. 
V. Ninguém será preso, senão em flagrante delito ou 
por ordem escrita e fundamentada de autoridade 
judiciária competente. 
Apresentam direitos ou garantias fundamentais que 
recebem condicionamento ou ressalva expressa da 
Constituição os itens 
A) I e II, apenas. 
B) IV e V, apenas. 
C) I, III, IV e V, apenas. 
D) I, II, III, IV e V. 
26. Os direitos fundamentais e sua evolução ao longo 
da história podem ser divididos em gerações ou 
dimensões. Assinale a alternativa incorreta: 
65 
 
a) A Revolução Industrial foi o grande marco dos 
direitos de segunda geração, que se relacionam com 
as liberdades positivas, reais ou concretas, 
assegurando o princípio da igualdade material entre o 
ser humano 
b) Os princípios da solidariedade ou fraternidade, são 
características dos direitos de terceira geração ou 
dimensão sendo atribuídos as formações sociais, que 
protegem os interesses de titularidade coletiva ou 
difusa, não se destinando especificamente à proteção 
dos interesses individuais, de um grupo ou de um 
determinado Estado, mostrando uma grande 
preocupação com as gerações humanas, presentes e 
futuras 
c) Os direitos fundamentais de quarta geração ou 
dimensão são decorrentes da evolução da engenharia 
genética, relacionados à manipulação do patrimônio 
genético, processo que pode colocar em risco a 
existência humana 
d) Alguns doutrinadores consideram à evolução da 
cibernética e de tecnologias tais como, realidade 
virtual e a internet, direitos de quinta geração ou 
dimensão 
e) Primeira geração ou dimensão esta ligada às 
liberdades negativas clássicas, que enfatizam o 
princípio da liberdade, configurando os direitos civis e 
políticos. Surgiram nos finais do século XI e 
representavam uma resposta do Estado liberal ao 
Absolutista 
 
27. Declaração Universal dos Direitos Humanos, 
adotada e proclamada pela Assembleia Geral das 
Nações Unidas (Resolução 217 A III) em 10 de 
dezembro 1948, destaca: 
I. Todo ser humano tem direito à vida, à liberdade e à 
segurança pessoal. 
II. Todo ser humano tem o direito de ser, em todos os 
lugares, reconhecido como pessoa perante a lei. 
III. Todo ser humano acusado de um ato delituoso tem 
o direito de ser presumido culpado até que a sua 
inocência tenha sido provada de acordo com a lei. 
IV. Todo ser em julgamento público pode ter 
asseguradas todas as garantias necessárias à sua 
defesa dependendo do delito praticado. 
V. Todo ser humano tem direito, em plena igualdade, 
a uma justa e pública audiência por parte de um 
tribunal independente e imparcial, para decidir seus 
direitos e deveres ou fundamento de qualquer 
acusação criminal contra ele. 
Assinale a alternativa correta: 
a) I, II, III apenas 
b) III apenas 
c) II, IV apenas 
d) II, III, IV, apenas 
e) I, II, V apenas 
 
28. A Constituição Federal do Brasil estabelece no 
Art.5º - Dos Direitos Fundamentais que: 
I. É assegurado aos presos o _______ à integridade 
física e moral. 
II. Às presidiárias serão asseguradas condições para 
que possam permanecer com seus filhos durante o 
período de ________. 
Assinale a alternativa que preencha correta e 
respectivamente as lacunas. 
a) respeito, alimentação 
b) preço, alimentação 
c) direito, amamentação 
d) respeito, amamentação 
e) direito, alimentação 
 
29. Assinale a alternativa correta. Segundo a 
CONVENÇÃO AMERICANA DE DIREITOS 
HUMANOS (1969), toda pessoa acusada de um delito 
tem direito durante o processo às seguintes garantias 
mínimas: 
a) A concessão ao acusado do tempo e dos meios 
necessários à preparação de sua defesaserá de 30 
(trinta) dias corridos, a contar da publicação em órgão 
oficial 
b) O processo penal deve ser privado, de modo a 
preservar os interesses da justiça e da sociedade 
c) O direito do acusado de ser assistido gratuitamente 
por um tradutor ou intérprete, caso não compreenda 
ou não fale a língua do juízo ou tribunal 
d) A comunicação prévia e pormenorizada ao acusado 
da acusação formulada deve ser obrigatoriamente 
bilíngue (inglês e língua oficial do pais, no qual 
aconteceu o delito) 
e) Toda pessoa terá o direito de ser ouvida, com as 
devidas garantias e dentro do prazo máximo de 7 
(sete) dias, por um juiz ou Tribunal competente, 
independente e imparcial, estabelecido anteriormente 
por lei, na apuração de qualquer acusação penal 
formulada contra ela, ou na determinação de seus 
direitos e obrigações de caráter civil, trabalhista, fiscal 
ou de qualquer outra natureza. 
 
30. A partir de 1945, com a criação das Nações 
Unidas, após a Segunda Guerra Mundial, normas e 
tratados têm conferido uma forma legal à prática dos 
direitos humanos para todos. A Declaração Universal 
dos Direitos Humanos, adotada e proclamada pela 
Assembleia Geral das Nações Unidas (Resolução 217 
A III) em 10 de dezembro 1948, dispõem em seus 
artigos: 
“Todo ser humano tem direito à instrução. A instrução 
será ______, pelo menos nos graus elementares e 
fundamentais. A instrução elementar será obrigatória. 
A instrução técnico-profissional será _____ a todos, 
bem como a instrução superior, esta baseada no 
mérito.” 
Assinale a alternativa que completa correta e 
respectivamente as lacunas. 
a) Gratuita, paga 
b) Paga, acessível 
c) Parcialmente paga, gratuita 
d) Paga, gratuita 
e) Gratuita, acessível 
 
 
66 
 
GABARITO 
 
1.E 2.A 3.B 4.E 5.D 6.A 7.C 
8.B 9.C 10.C 11.C 12.E 13.D 14.D 
15.C 16.A 17.B 18.A 19.D 20.C 21.E 
22.C 23.B 24.A 25.C 26.E 27.E 28.D 
29.C 30.E 
 
 
 
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE 
 
EXERCÍCIOS 
 
1. Das afirmativas abaixo, marque a alternativa 
INCORRETA. 
A) A moradora Maria da Silva, indignada pela falta de 
um abrigo na cidade de Batatais, Minas Gerais, 
resolveu que o mesmo deveria ser implantado. Porém, 
para que um abrigo possa funcionar, ele deverá ser 
registrado no Conselho Municipal dos Direitos da 
Criança e do Adolescente. 
B) Manuel Bengala, um adolescente maior de 12 
anos, procurou emprego na empresa de pescado 
Peixe-Boi. Seu tio, homem de leitura, disse-lhe que 
poderia trabalhar desde que fosse registrado em 
carteira. 
C) Dona Esperança é professora de Língua 
Portuguesa na Escola Berta Souza. Em sua aula do 
dia 12/08/2009, afirmou que a criança e o adolescente 
têm direito ao acesso à escola pública e gratuita 
próxima de sua residência. 
D) Patrick, filho de João Borges, está internado no 
hospital São Paulo. Seu pai deslocou-se até o hospital 
com o propósito de acompanhar seu filho, alegando à 
sua esposa que os hospitais são obrigados a permitir 
e viabilizar a permanência dos pais junto com os filhos 
internados dia e noite. 
 
2. Das afirmativas abaixo, marque a alternativa 
CORRETA. 
A) Maia é enfermeira do Pronto Socorro e atendia uma 
criança quando chegou Madalena, sua supervisora. 
Conversando sobre o estado clínico da criança, 
Madalena disse: - Se você suspeita que as marcas 
nas costas dessa criança sejam resultado de uma 
surra que ela levou, deve denunciar ao Conselho 
Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente. 
B) Paulo e Ana por pouco não se atracaram em 
decorrência de discordâncias na forma de educar seu 
filho Anjo. Em consequência disso buscaram 
orientação com o amigo chamado Sabichão que 
esclareceu: - Se a mãe e o pai não concordam sobre 
uma questão relacionada com a educação do filho, 
podem recorrer ao juiz da infância e da juventude. 
C) Paul é um Guarda Municipal que atua na Praça da 
Estação. No sábado, encontrou uma criança dormindo 
num dos bancos. Conversando com a criança ela 
informou-lhe que há muito saiu de casa e dorme nas 
ruas. Paul não teve dúvidas, pois sabe que quando 
uma pessoa encontra uma criança dormindo nas ruas, 
deve ligar para o juizado chamando os comissários. 
D) Manga é um policial que atua no policiamento de 
rua há mais de quinze anos e sabe identificar um 
suspeito como ninguém. Instruindo um “novato” disse: 
- Atuando nas ruas, se o policial suspeitar da atitude 
de uma criança ou adolescente pode apreendê-lo e 
deve levá-lo à Delegacia da Infância e Juventude para 
averiguação. 
 
3. Martins Silva é pai de Joanito que fora conduzido à 
presença de Conselheiros da região noroeste de Belo 
Horizonte. Não concordando com a decisão do 
Conselho e em conversa com a Conselheira Sabina 
disse que procuraria o Prefeito da cidade porque era 
um absurdo o que estava acontecendo. Diante do 
Prefeito disse: “Senhor Prefeito, dá uma olhadinha 
nisso aqui...eu votei no senhor e espero uma 
atitude”. Sabina, ao tomar conhecimento de que o 
Martins Silva realmente procurou o Prefeito ficou muito 
preocupada e com medo. O Prefeito sabe que o 
Estatuto da Criança e do Adolescente estabelece 
situações em que as decisões do Conselho Tutelar 
podem ser revistas. Vamos ajudar o senhor Prefeito 
marcando a alternativa CORRETA. As decisões do 
Conselho Tutelar somente poderão ser revistas: 
A) pela autoridade judiciária, a pedido de quem tenha 
legítimo interesse; 
B) por autoridade policial, a pedido de quem tenha 
legítimo interesse; 
C) por conselheiro de direitos da criança e do 
adolescente, a pedido, de quem tenha legítimo 
interesse; 
D) pelo Prefeito Municipal, a pedido de quem tenha 
legítimo interesse. 
 
4. Maria Marinha, uma conselheira do Bairro 
Sorocaba, cumpria seu horário de serviço quando 
atendeu Santoro, Soldado da Polícia Militar, que 
narrou o caso da criança que o acompanhava naquele 
Conselho por suspeita de maus tratos. Maria Marinha, 
por estar findando seu turno de serviço, alegou que 
tinha dúvidas com relação àquele encaminhamento. 
Considerando o impasse, Jambruca, assessor jurídico 
do Conselho, foi chamado para dirimir a questão. 
Marque abaixo a alternativa CORRETA que soluciona 
o impasse. Os casos de suspeita ou confirmação de 
maus tratos contra criança ou adolescente deverão 
ser obrigatoriamente comunicados: 
A) á Delegacia de Polícia mais próxima; 
B) ao Ministério Publico; 
C) ao Conselho Tutelar; 
D) ao Fórum da Cidade. 
 
5. O Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA 
estabelece os direitos fundamentais para a criança e o 
adolescente. São direitos fundamentais estabelecidos 
pelo Estatuto da Criança e do Adolescente 
I. direito à vida e à saúde; 
II. direito à prisão especial nos casos de privação de 
liberdade; 
III. direito à liberdade, ao respeito e à dignidade. 
Marque abaixo a alternativa CORRETA.: 
A) Todas as alternativas estão corretas. 
B) Apenas a alternativa I está correta. 
C) Apenas a alternativa II e III estão corretas. 
67 
 
D) Apenas a alternativa I e III estão corretas. 
 
6. Marcola, conselheiro do Conselho Tutelar do 
Sudeste, queria saber, qual é a atribuição do 
Conselho tutelar. Vamos ajudar Marcola e marcar a 
alternativa CORRETA que se refere à atribuição do 
Conselho Tutelar. 
A) Recolher crianças e adolescentes em situação de 
rua, e fornecer cestas básicas às famílias. 
B) Encaminhar à autoridade judiciária os casos de sua 
competência. 
C) Promover tratamento à criança e ao adolescente 
usuário de drogas. 
D) Julgar adolescentes a quem se atribua ato 
infracional. 
7. O Estatuto da Criança e do Adolescente estabelece 
condições para que as entidades que atendem em 
regime de abrigo desenvolvam seus trabalhos. Tal 
situação se define pela excepcionalidade. 
Marque abaixo a alternativa CORRETA. 
A) Poderão, em caráter excepcional e de urgência, 
abrigar crianças e adolescentes sem prévia 
determinação da autoridade competente, fazendo 
comunicação do fato até o 2º dia útil imediato. 
B) Só poderão abrigar crianças e adolescentes com 
prévia determinaçãodas autoridades competentes. 
C) Só poderão abrigar crianças e adolescentes vítimas 
de maus tratos. 
D) Só poderão abrigar crianças e adolescentes do 
mesmo sexo. 
 
8. De acordo com o Estatuto da Criança e do 
Adolescente - ECA é dever da família, da comunidade, 
da sociedade em geral e do poder público assegurar, 
com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos 
referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, 
ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à 
dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência 
familiar e comunitária. Marque abaixo a alternativa 
CORRETA sobre como se compreende a garantia de 
prioridade. 
A) Primazia de receber proteção e socorro em 
quaisquer circunstâncias, além da precedência de 
atendimento nos serviços públicos ou de relevância 
pública. 
B) Preferência na formulação e na execução das 
políticas sociais públicas. 
C) Destinação privilegiada de recursos públicos nas 
áreas relacionadas com a proteção à infância e à 
juventude. 
D) Todas as alternativas acima estão corretas. 
 
9. Numa roda de discussão encontravam-se diversos 
profissionais. O assunto era sobre a obrigatoriedade 
ou não de se manifestar junto ao Ministério Público. 
Para ser solucionado o impasse marque a alternativa 
CORRETA. NÃO é obrigado provocar a iniciativa do 
Ministério Público, prestando-lhe informações sobre 
fatos que constituem objeto de ação civil e indicando- 
lhes os elementos de convicção: 
A) guarda municipal; 
B) professor da rede pública; 
C) segurança particular; 
D) médico de centro de saúde. 
10. Na procura de se obter parceria com adolescentes 
que atuam próximo ao seu Posto Policial, na Avenida 
João Bosco - Centro da Cidade, Manuelão estudava o 
Estatuto da Criança e do Adolescente em vista de 
aplicá-lo com sabedoria. Dizendo-se satisfeito com 
seu conhecimento, Manuelão ainda precisava tirar 
uma única dúvida. Marque a alternativa CORRETA. 
NÃO se constitui em medida sócio-educativa aplicável 
ao adolescente a que se atribua a prática de ato 
infracional: 
A) advertência; 
B) obrigação de reparar o dano; 
C) confissão; 
D) liberdade assistida; 
 
11. Marque a alternativa CORRETA. Não poderão 
ingressar e permanecer nos locais de apresentação 
ou exibição de espetáculos e diversões públicas: 
A) crianças menores de 10 anos, desacompanhadas 
dos pais ou responsável; 
B) crianças menores de 12 anos incompletos, 
desacompanhadas dos pais ou responsáveis; 
C) crianças e adolescentes menores de 14 anos de 
idade; 
D) crianças e adolescentes menores de 16 anos de 
idade. 
 
12. O Colégio Pitanga enfrenta problemas de toda 
ordem com seus alunos. A Diretora, que assumiu as 
funções recentemente, está reestruturando a Escola e 
tem o propósito de implantar novos conceitos na 
relação com os alunos através da capacitação de seus 
colaboradores. Para tanto, estuda as normas gerais e, 
em especial, o Estatuto da Criança e do Adolescente, 
pois precisa saber que providências deve tomar em 
situações bem específicas. Sobressai dentre às suas 
dúvidas: Sendo Diretora de uma escola de ensino 
fundamental, o que deverá comunicar ao Conselho 
Tutelar? Os dirigentes de estabelecimento de ensino 
fundamental comunicarão ao Conselho Tutelar os 
casos de: 
I. maus tratos envolvendo seus alunos; 
II. elevados níveis de repetência; 
III. indisciplina por parte dos alunos 
Marque abaixo a alternativa CORRETA. 
A) As alternativas I e II estão corretas. 
B) Apenas a alternativa I está correta. 
C) As alternativas II e III estão corretas. 
D) Apenas a alternativa II está correta. 
 
13 – Marque a alternativa INCORRETA. Em relação 
aos Serviços Auxiliares, compete à equipe 
interprofissional, dentre outras atribuições que lhe 
forem reservadas pela legislação local: 
A) fornecer laudo que confirme as determinações do 
juiz; 
B) não há possibilidade de manifestar-se livremente 
em seus pareceres técnicos; 
C) desenvolver trabalhos de aconselhamento, 
orientação, encaminhamento, prevenção, dentre 
outros; 
D) deve confirmar os laudos do Assistente Social. 
 
68 
 
14. Margarida foi eleita para o Conselho Tutelar de 
São José de Aquino. Ela precisa saber quais são as 
atribuições do Conselho Tutelar. Marque abaixo a 
alternativa que NÃO corresponde a uma atribuição do 
Conselho Tutelar. 
A) Atender as crianças e adolescentes em situação de 
risco. 
B) Aplicar às crianças e aos adolescentes medidas 
socioeducativas. 
C) Atender e aconselhar os pais ou responsáveis. 
D) Requisitar serviços públicos nas áreas de saúde, 
educação, serviço social, previdência, trabalho e 
segurança. 
15. Existem linhas de ação da política de atendimento 
à criança e adolescente e diretrizes da política de 
atendimento. 
Marque abaixo a alternativa que identifica de forma 
CORRETA uma diretriz da política de atendimento. 
A) Políticas sociais básicas. 
B) Serviços especiais de prevenção e atendimento 
médico e psicossocial às vítimas de negligência, 
maus-tratos, exploração, abuso, crueldade e 
opressão. 
C) Serviço de identificação e localização de pais, 
responsável, crianças e adolescentes desaparecidos. 
D) Municipalização do atendimento. 
 
16. São asseguradas ao adolescente, entre outras, as 
seguintes garantias processuais: 
A) pleno e formal conhecimento da atribuição de ato 
infracional, mediante intimação. 
B) direito de ser ouvido pessoalmente pela autoridade 
competente. 
C) defesa técnica pelo Conselho Tutelar. 
D) igualdade na relação processual, não podendo, no 
entanto, confrontar-se com vítimas ou testemunhas. 
E) semiliberdade assistida durante o curso do 
processo legal. 
 
17. O Estatuto da Criança e do Adolescente dispõe 
que os integrantes do Conselho Tutelar, além de 
reconhecida integridade moral, devem 
A) ser maiores de 23 anos ou emancipados, residir na 
Comarca e não podem ser reeleitos. 
B) ser brasileiros natos, maiores de 21 anos ou 
emancipados, podem ser remunerados e têm mandato 
certo de quatro anos. 
C) ter idade superior a 21 anos, residir no Município, 
têm mandato certo de três anos, permitida uma 
recondução, e podem ser remunerados. 
D) ter idade superior a 21 anos ou emancipados, 
residir na Comarca e não podem ser remunerados. 
E) ser maiores de 21 anos, residir na Comarca, têm 
mandato certo de dois anos, e não podem ser 
remunerados. 
 
18. São atribuições do Conselho Tutelar: 
A) atender e aconselhar os pais ou responsável, 
aplicando a medida de encaminhamento a cursos ou 
programas de orientação. 
B) assessorar o Poder Legislativo local na elaboração 
da proposta orçamentária para planos de atendimento 
à criança. 
C) expedir declarações e outros documentos relativos 
ao adolescente. 
D) propor ações que visem à suspensão ou perda do 
pátrio poder. 
E) promover serviços públicos nas áreas de educação 
e serviço social. 
 
19. Assinale a alternativa correta. 
A) Os menores de 16 anos serão assistidos, e os 
maiores de 16 e menores de 21 anos, representados 
por seus pais, tutores ou curadores. 
B) As ações judiciais da competência da Justiça da 
Infância e da Juventude são isentas de custas e 
emolumentos, ressalvada a hipótese de litigância de 
má-fé. 
C) A autoridade judiciária dará tutor especial à criança 
ou ao adolescente, sempre que os interesses destes 
forem os mesmos de seus pais ou responsável. 
D) É facultativa a divulgação de atos judiciais que 
digam respeito à criança e ao adolescente a que se 
atribua autoria de ato infracional. 
E) Qualquer notícia a respeito do fato poderá 
identificar a criança ou o adolescente, inclusive com 
nome e sobrenome. 
 
20. Da apuração de ato infracional cometido por 
adolescente, pode-se afirmar que 
A) o adolescente a quem se atribua autoria do ato 
infracional poderá ser conduzido ou transportado em 
compartimento fechado de veículos policiais. 
B) em caso de flagrante de ato infracional cometido 
mediante violência ou grave ameaça à pessoa, a 
autoridade policial poderá lavrar auto de apreensão, 
sem oitivade testemunhas. 
C) sendo impossível a apresentação imediata do 
adolescente, a autoridade policial o encaminhará para 
o domicílio de seus pais ou responsável. 
D) não sendo localizado o adolescente, a autoridade 
judiciária expedirá mandado de busca e apreensão, 
determinando o sobrestamento do feito, até a efetiva 
apresentação. 
E) o prazo máximo, prorrogável por igual período, para 
a conclusão do procedimento, estando o adolescente 
internado provisoriamente, será de 60 dias. 
 
21. O procedimento de apuração de irregularidades 
em entidade governamental e não governamental terá 
início mediante 
A) portaria do Ministério Público, exclusivamente. 
B) representação da Autoridade Judiciária, 
exclusivamente. 
C) denúncia da comunidade ou portaria do Conselho 
Tutelar. 
D) portaria do Ministério Público ou representação do 
Conselho Tutelar. 
E) portaria da Autoridade Judiciária ou representação 
do Ministério Público. 
 
22. A remissão concedida pelo Juiz 
A) importa em suspensão ou extinção do processo, 
conforme o caso. 
B) importa sempre em exclusão do processo. 
C) implica no reconhecimento da autoria do ato 
infracional. 
69 
 
D) será levada em conta para efeito de antecedentes 
criminais. 
E) não comporta revisão da medida socioeducativa 
aplicada. 
 
23. Em relação às competências do Ministério Público 
previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente, 
analise as afirmativas. 
I. Instaurar procedimentos administrativos e, para 
instruí-los, requisitar informações e documentos a 
particulares e instituições privadas. 
II. Instaurar sindicâncias, requisitar diligências 
investigatórias e determinar a instauração de inquérito 
policial para apuração de ilícitos ou infrações às 
normas de proteção à infância e à juventude. 
III. Zelar pelo efetivo respeito aos direitos e garantias 
legais assegurados às crianças e aos adolescentes, 
promovendo medidas judiciais e extrajudiciais 
cabíveis. 
IV. Aplicar penalidades por infrações cometidas contra 
as normas de proteção à infância e à juventude, com 
prejuízo da promoção da responsabilidade civil e 
penal do infrator. 
Estão corretas apenas as afirmativas 
A) I e II. 
B) I e III. 
C) I, II e III. 
D) I, III e IV. 
E) II, III e IV. 
 
24. De acordo com o disposto no Estatuto da Criança 
e do Adolescente (ECA), o adolescente em regime de 
semiliberdade, sob a responsabilidade da Fundação 
Casa, tem assegurado o direito de 
I. Matrícula na escola e no período que mais lhe 
agrade; 
II. Organização e participação em entidades 
estudantis; 
III. Participação na definição da proposta educacional 
da escola; 
IV.Contestação de critérios avaliativos, podendo 
recorrer às instâncias escolares superiores; 
V. Frequência irregular ou dispensa das aulas, em 
razão da sua situação de semiliberdade. 
Assinale a alternativa que apresenta apenas 
afirmações em consonância com o Estatuto da 
Criança e do Adolescente (ECA). 
A) I e II. 
B) II e IV. 
C) IV e V. 
D) I, III e V. 
E) II, III e IV. 
 
25. Percy Jackson, nascido em 19 de abril de 1999, 
praticou, no dia 18 de abril de 2017, ato descrito no 
Código Penal como roubo qualificado, tendo sido 
localizado e detido pela polícia dois dias depois do 
referido ato. Considerando essa situação, o Estatuto 
da Criança e do Adolescente dispõe que Percy 
A) deverá ser preso e processado pelo crime de roubo 
qualificado. 
B) não poderá ser apreendido e nem processado, uma 
vez que não foi detido em flagrante delito. 
C) deverá ser solto, de imediato, pois adolescente, 
tecnicamente, não comete crime, devendo ser 
encaminhado ao Conselho Tutelar. 
D) não poderá ser preso, por falta de flagrante, mas 
deverá ser criminalmente processado pelo crime de 
roubo qualificado. 
E) ficará sujeito às medidas socioeducativas previstas 
pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, devendo 
responder pelo cometimento de ato infracional. 
 
26. De acordo com o ECA, considera-se 
A) criança – pessoa até dez anos de idade 
incompletos; adolescente – pessoa entre dez e 
dezessete anos de idade. 
B) criança – pessoa até doze anos de idade 
incompletos; adolescente – pessoa entre doze e 
dezoito anos de idade. 
C) criança – pessoa até treze anos de idade 
incompletos; adolescente – pessoa a partir de treze 
anos até dezesseis anos completos. 
D) criança – pessoa até quatorze anos de idade 
incompletos; adolescente – pessoa que tem entre 
quatorze e dezoito anos completos. 
E) criança – pessoa até quatorze anos de idade 
completos; adolescente – pessoa entre quatorze e 
dezoito anos completos. 
 
27. Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente, 
na hipó- tese de uma criança ser encaminhada, sem 
prévia determinação da autoridade competente, a uma 
entidade que mantenha programa de acolhimento 
institucional, esta 
A) não poderá acolhê-la, em nenhuma hipótese, sob 
pena de gerar responsabilidade civil e criminal do seu 
diretor. 
B) deverá acolhê-la de imediato, independentemente 
da situação da criança, devendo apresentá-la perante 
o Conselho Tutelar em até 48 horas. 
C) não poderá acolhê-la, uma vez que tem 
autorização legal para acolher apenas adolescente 
nessa situação, mas não crianças. 
D) poderá, em caráter excepcional e de urgência, 
acolhê-la, fazendo comunicação do fato em até 24 
horas ao Juiz da Infância e da Juventude, sob pena de 
responsabilidade. 
E) poderá acolhê-la desde que ela esteja 
acompanhada por um Conselheiro Tutelar ou por um 
representante da Guarda Municipal. 
 
28. A criança e o adolescente têm direito à educação, 
visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, 
preparo para o exercício da cidadania e qualificação 
para o trabalho. Em relação ao direito assegurado, 
conforme art. 53 da Lei n.º 8.069, leia as afirmações e 
assinale V (verdadeiro) e F (falso). 
( ) Ser respeitado pelos seus educadores. 
( ) Contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às 
instâncias superiores. 
( ) Organizar e participar de entidades estudantis. 
( ) Participar da definição e elaboração da proposta 
curricular do município. 
( ) Ter acesso à escola pública e gratuita próxima de 
sua residência. A sequência correta é 
A) F, V, V, F e F. 
70 
 
B) V, V, V, V e F. 
C) F, V, F, V e F. 
D) V, V, V, F e V. 
E) V, F, F, F e V. 
 
29. Segundo os artigos 15 e 16 do ECA, a criança e o 
adolescente têm direito à liberdade, ao respeito e à 
dignidade como pessoas em processo de 
desenvolvimento e como sujeitos de direitos civis, 
humanos e sociais conforme previsto na Constituição 
e nas leis. 
Entende-se como direito à liberdade os seguintes 
aspectos: 
I. ter direito de opinar e de se expressar; 
II. brincar, praticar esportes e divertir-se; 
III. participar da vida política, na forma da lei; 
IV. buscar refúgio, auxílio e orientação. 
Está correto o contido em 
A) I, apenas. 
B) I e II, apenas. 
C) II e III, apenas. 
D) III e IV, apenas. 
E) I, II, III e IV 
 
30. O Estatuto da Criança e do Adolescente dispõe 
sobre a política de proteção integral à criança e ao 
adolescente, a saber, 
I. nenhuma criança ou adolescente será objeto de 
qualquer forma de negligência, discriminação, 
exploração, violência, crueldade e opressão; 
II. é dever da família, da comunidade, da sociedade 
em geral e do poder público assegurar, com absoluta 
prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, 
à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao 
lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao 
respeito, à liberdade e à convivência familiar e 
comunitária; 
III. a criança e o adolescente gozam de todos os 
direitos fundamentais inerentes à pessoa humana; 
IV. a criança e o adolescente têm direito à liberdade, 
ao respeito e à dignidade como pessoas humanas em 
processo de desenvolvimento após os vinte e um anos 
de idade. Segundo o ECA, está correto o contido em 
A) I, II, III e IV. 
B) II, III e IV, apenas. 
C) I, III e IV, apenas. 
D) I, II e III, apenas. 
E) I, II e IV, apenas. 
 
Gabarito 
 
1.B 2.B 3.A 4.C 5.D 6.B7.A 
8.D 9.C 10.C 11.A 12.A 13.B 14.B 
15.D 16.B 17.C 18.A 19.B 20.D 21.E 
22.A 23.C 24.B 25.E 26.B 27.D 28.D 
29.E 30.D 
 
 
 
 
 
 
 
 
LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE BELO 
HORIZONTE 
 
 
TÍTULO I - DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 
 
Art. 1º - O Município de Belo Horizonte integra, 
com autonomia político-administrativa, a República 
Federativa do Brasil e o Estado de Minas Gerais. 
Parágrafo único - O Município se organiza e se 
rege por esta Lei Orgânica e demais leis que 
adotar, observados os princípios constitucionais da 
República e do Estado. 
 
Art. 2º - Todo o poder do Município emana do 
povo, que o exerce por meio de seus 
representantes eleitos, ou diretamente, nos termos 
da Constituição da República e desta Lei Orgânica. 
§ 1º - O exercício indireto do poder pelo povo no 
Município se dá por representantes eleitos pelo 
sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com 
igual valor para todos, na forma da legislação 
federal, e por representantes indicados pela 
comunidade, nos termos desta Lei Orgânica. 
§ 2º - O exercício direto do poder pelo povo no 
Município se dá, na forma desta Lei Orgânica, 
mediante: 
I - plebiscito; 
II - referendo; 
III - iniciativa popular no processo legislativo; 
IV - participação na administração pública; 
V - ação fiscalizadora sobre a administração 
pública. 
§ 3º - A participação na administração pública e a 
fiscalização sobre esta se dão por meio de 
instâncias populares, com estatutos próprios, 
aprovados pela Câmara Municipal. 
 
Art. 3º - São objetivos prioritários do Município, 
além daqueles previstos no art. 166 da 
Constituição do Estado: 
I - garantir a efetividade dos direitos públicos 
subjetivos; 
II - assegurar o exercício, pelo cidadão, dos 
mecanismos de controle da legalidade e da 
legitimidade dos atos do Poder Público e da 
eficácia dos serviços públicos; 
III - preservar os interesses gerais e coletivos; 
IV - promover o bem de todos, sem distinção de 
origem, raça, sexo, cor, credo religioso, idade, ou 
quaisquer outras formas de discriminação; 
V - proporcionar aos seus habitantes condições de 
vida compatíveis com a dignidade humana, a 
justiça social e o bem comum; 
VI - priorizar o atendimento das demandas da 
sociedade civil de educação, saúde, transporte, 
moradia, abastecimento, lazer e assistência social; 
VII - preservar a sua identidade, adequando as 
exigências do desenvolvimento à preservação de 
sua memória, tradição e peculiaridades; 
VIII - valorizar e desenvolver a sua vocação de 
centro aglutinador e irradiador da cultura brasileira. 
Parágrafo único - O Município concorrerá, nos 
limites de sua competência, para a consecução 
71 
 
dos objetivos fundamentais da República e 
prioritários do Estado. 
 
TÍTULO II - DOS DIREITOS E GARANTIAS 
FUNDAMENTAIS 
 
Art. 4º - O Município assegura, no seu território e 
nos limites de sua competência, os direitos e 
garantias fundamentais que a Constituição da 
República confere aos brasileiros e aos 
estrangeiros residentes no País. 
§ 1º - Nenhuma pessoa será discriminada, ou de 
qualquer forma prejudicada, pelo fato de litigar com 
órgão ou entidade municipal, no âmbito 
administrativo ou judicial. 
§ 2º - Todos podem reunir-se pacificamente, sem 
armas, em locais abertos ao público, 
independentemente de autorização, desde que não 
frustrem outra reunião anteriormente convocada 
para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio 
aviso à autoridade competente, que, no Município, 
é o Prefeito ou aquele a quem ele delegar a 
atribuição. 
§ 3º - Nos processos administrativos, qualquer que 
seja o objeto e o procedimento, observar-se-ão, 
entre outros requisitos de validade, a publicidade, o 
contraditório, a defesa ampla e o despacho ou a 
decisão motivados. 
§ 4º - Todos têm o direito de requerer e obter 
informação sobre projeto do Poder Público, 
ressalvada aquela cujo sigilo seja, 
temporariamente, imprescindível à segurança da 
sociedade e do Município, nos termos da lei, que 
fixará também o prazo em que deva ser prestada a 
informação. 
§ 5º - Independe de pagamento de taxa ou 
emolumentos, ou de garantia de instância, o 
exercício do direito de petição ou representação, 
bem como a obtenção de certidão, devendo o 
Poder Público fornecê-la no prazo máximo de trinta 
dias, para defesa de direitos ou esclarecimentos de 
interesse pessoal ou coletivo. 
§ 6º - É direito de qualquer cidadão e entidade 
legalmente constituída denunciar às autoridades 
competentes a prática, por órgão ou entidade 
pública ou por delegatário de serviço público, de 
atos lesivos aos direitos dos usuários, incumbindo 
ao Poder Público apurar sua veracidade e aplicar 
as sanções cabíveis, sob pena de 
responsabilização. 
§ 7º - Será punido, nos termos da lei, o agente 
público que, no exercício de suas atribuições e 
independentemente da função que exerça, violar 
direito previsto nas Constituições da República e 
do Estado e nesta Lei Orgânica. 
§ 8º - Incide na penalidade de destituição de 
mandato administrativo ou de cargo ou função de 
direção, em órgão ou entidade da administração 
pública, o agente público que deixar 
injustificadamente de sanar, dentro de sessenta 
dias da data do requerimento do interessado, 
omissão que inviabilize o exercício de direito 
previsto nas Constituições da República ou do 
Estado ou nesta Lei Orgânica. 
§ 9º - O Poder Público coibirá todo e qualquer ato 
discriminatório, nos limites de sua competência, 
dispondo, na forma da lei, sobre a punição dos 
agentes públicos e dos estabelecimentos privados 
que pratiquem tais atos. 
 
Art. 5º - Ao Município é vedado: 
I - estabelecer culto religioso ou igreja 
subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento 
ou manter com eles ou com seus representantes 
relações de dependência ou de aliança, 
ressalvada, na forma da lei, a colaboração de 
interesse público; 
II - recusar fé a documento público; 
III - criar distinção entre brasileiros ou preferência de 
uma em relação às demais unidades da federação. 
 
TÍTULO III - DA ORGANIZAÇÃO DO MUNICÍPIO
 
CAPÍTULO I 
DISPOSIÇÕES GERAIS 
 
Art. 6º - São Poderes do Município, independentes 
e harmônicos entre si, o Legislativo e o Executivo. 
Parágrafo único - Salvo as exceções previstas 
nesta Lei Orgânica, é vedado a qualquer dos 
Poderes delegar atribuição e, a quem for investido 
na função de um deles, exercer a de outro. 
 
Art. 7º - O Município exerce sua autonomia, 
especialmente, ao: 
I - elaborar e promulgar a Lei Orgânica; 
II - legislar sobre assuntos de interesse local e 
suplementar as legislações federal e estadual no 
que couber; 
III - eleger o Prefeito, o Vice-Prefeito e os 
Vereadores; 
IV - organizar o seu governo e administração. 
Art. 8º - São símbolos do Município a bandeira, o 
hino e o brasão. 
 
Art. 9º - O Distrito de Belo Horizonte é a sede do 
Município e lhe dá o nome. 
 
Art. 10 - Depende de lei a criação, organização e 
supressão de distritos ou subdistritos, observada, 
quanto àqueles, a legislação estadual. 
 
CAPÍTULO II 
DA COMPETÊNCIA DO MUNICÍPIO 
 
Art. 11 - Compete ao Município prover a tudo 
quanto respeite ao seu interesse local. 
 
Art. 12 - Compete ao Município, entre outras 
atribuições: 
I - manter relações com a União, os Estados 
Federados, o Distrito Federal e os demais 
Municípios; 
II - organizar, regulamentar e executar seus 
serviços administrativos; 
III - firmar acordo, convênio, ajuste e instrumento 
congênere; 
IV - difundir a seguridade social, a educação, a 
72 
 
cultura, o desporto, a ciência e a tecnologia; 
V - proteger o meio ambiente; 
VI - instituir e arrecadar os tributos de sua 
competência e aplicar as suas receitas, sem 
prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e 
publicar balancetes trimestralmente; 
VII - organizar e prestar, diretamente ou mediante 
delegação, os serviços públicos de interesse local, 
incluído o de transporte coletivo, que tem caráter 
essencial; 
VIII - fixar os preços dos bens e serviços públicos; 
IX - promover adequado ordenamento territorial,mediante planejamento e controle do 
parcelamento, da ocupação e do uso do solo 
urbano; 
X - administrar seus bens, adquiri-los e aliená-los, 
aceitar doações, legados e heranças, e dispor 
sobre sua aplicação; 
XI - desapropriar bens, por necessidade ou 
utilidade pública, ou por interesse social, nos casos 
previstos em lei; 
XII - estabelecer servidões administrativas 
necessárias à realização de seus serviços, 
inclusive os prestados mediante delegação, e, em 
caso de iminente perigo ou calamidade pública, 
ocupar e usar de propriedade particular, bens e 
serviços, assegurada indenização ulterior, se 
houver dano; 
XIII - estabelecer o regime jurídico único de seus 
servidores e os respectivos planos de carreira; 
XIV - constituir guarda municipal destinada à 
proteção de seus bens, serviços e instalações, nos 
termos da Constituição da República; 
XV - associar-se a outros municípios do mesmo 
complexo geoeconômico e social, mediante 
convênio previamente aprovado pela Câmara, para 
a gestão, sob planejamento, de funções públicas 
ou serviços de interesse comum, de forma 
permanente ou transitória; 
XVI - cooperar com a União e o Estado, nos termos 
de convênio ou consórcio previamente aprovados 
pela Câmara, na execução de serviços e obras de 
interesse para o desenvolvimento local; 
XVII - participar, autorizado por lei, da criação de 
entidade intermunicipal para a realização de obra, 
o exercício de atividade ou a execução de serviço 
específico de interesse comum; 
XVIII - fiscalizar a produção, a conservação, o 
comércio e o transporte de gênero alimentício e 
produto farmacêutico destinados ao abastecimento 
público, bem como de substância potencialmente 
nociva ao meio ambiente, à saúde e ao bem-estar 
da população; 
XIX - licenciar a construção de qualquer obra; 
XX - licenciar estabelecimento industrial, comercial, 
prestador de serviços similares e cassar o alvará 
de licença dos que se tornarem danosos ao meio 
ambiente, à saúde ou ao bem-estar da população; 
XXI - fixar o horário de funcionamento de 
estabelecimentos referidos no inciso anterior; 
XXII - regulamentar e fiscalizar o comércio 
ambulante, inclusive o de papéis e de outros 
resíduos recicláveis; 
XXIII - interditar edificações em ruínas ou em 
condições de insalubridade e as que apresentem 
as irregularidades previstas na legislação 
específica, bem como fazer demolir construções 
que ameacem a segurança individual ou coletiva; 
XXIV - regulamentar e fiscalizar a instalação e o 
funcionamento de aparelho de transporte; 
XXV - licenciar e fiscalizar, nos locais sujeitos ao 
seu poder de polícia, a fixação de cartazes, 
anúncios e quaisquer outros meios de publicidade 
e propaganda; 
XXVI - regulamentar e fiscalizar, na área de sua 
competência, os espetáculos e os divertimentos 
públicos; 
XXVII - estabelecer e impor penalidades por 
infrações a suas leis e regulamentos. 
 
Art. 13 - É competência do Município, comum à 
União e ao Estado: 
I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das 
instituições democráticas e conservar o patrimônio 
público; 
II - cuidar da saúde e assistência pública, da 
proteção e da garantia das pessoas com 
deficiência; 
Inciso II com redação dada pela Emenda à Lei 
Orgânica nº 31, de 27/12/2018 (Art. 1º) 
 
III - proteger os documentos, as obras e outros 
bens de valor histórico, artístico e cultural, os 
monumentos, as paisagens naturais notáveis e os 
sítios arqueológicos; 
IV - impedir a evasão, a destruição e a 
descaracterização de obras de arte e de outros 
bens de valor histórico, artístico ou cultural; 
V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à 
educação e à ciência; 
VI - proteger o meio ambiente e combater a 
poluição em qualquer de suas formas; 
VII - preservar as florestas, a fauna e a flora; 
VIII - fomentar a produção agropecuária e 
organizar o abastecimento alimentar; 
IX - promover programas de construção de 
moradias e a melhoria das condições habitacionais 
e o saneamento básico; 
X - combater as causas da pobreza e os fatores de 
marginalização, promovendo a integração social 
dos setores desfavorecidos; 
XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as 
concessões de direitos de pesquisa e exploração 
de recursos hídricos e minerais em seu território; 
XII - estabelecer e implantar política de educação 
para a segurança do trânsito. 
 
CAPÍTULO III 
DO DOMÍNIO PÚBLICO 
 
Art. 14 - Constituem bens municipais todas as 
coisas móveis e imóveis, direitos e ações que, a 
qualquer título, pertençam ao Município. 
 
CAPÍTULO IV 
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
 
Art. 15 - A atividade de administração pública dos 
73 
 
Poderes do Município e a de entidade 
descentralizada obedecerão aos princípios de 
legalidade, impessoalidade, moralidade, 
publicidade e razoabilidade. 
§ 1º - A moralidade e a razoabilidade dos atos do 
Poder Público serão apuradas, para efeito de 
controle e invalidação, em face dos dados objetivos 
de cada caso. 
§ 2º - O agente público motivará o ato 
administrativo que praticar, explicitando-lhe o 
fundamento legal, o fático e a finalidade. 
 
Art. 16 - A administração pública direta é a que 
compete ao órgão de qualquer dos Poderes do 
Município. 
 
Art. 17 - A administração pública indireta é a que 
compete: 
I - à autarquia; 
II - à sociedade de economia mista; 
III - à empresa pública; 
IV - à fundação pública; 
V - às demais entidades de direito privado, sob o 
controle direto ou indireto do Município. 
 
Art. 18 - A ação administrativa do Poder Executivo 
será organizada segundo os critérios de 
descentralização, regionalização e participação 
popular. 
 
Art. 19 - A atividade administrativa, subordinada ou 
vinculada ao Prefeito Municipal, se organizará em 
sistemas, integrados por: 
I - órgão central de direção e coordenação; 
II - entidade da administração indireta, se houver; 
III - unidade administrativa. 
§ 1º - Secretaria Municipal é o órgão central de 
cada sistema administrativo. 
§ 2º - Unidade administrativa é a parte de órgão 
central ou de entidade da administração indireta. 
Art. 20 - Funcionará junto a cada sistema 
administrativo uma instância, com atribuições de: 
I - participar da elaboração de política de ação do 
Poder Público para o setor; 
II - participar da elaboração de planos e programas 
para o setor e do levantamento de seus custos; 
III - analisar e manifestar-se sobre o plano diretor, 
o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e o 
orçamento anual; 
IV - acompanhar e fiscalizar a execução de plano e 
programas setoriais; 
V - acompanhar e fiscalizar a aplicação de 
recursos públicos destinados ao setor; 
VI - manifestar-se sobre proposta de alteração na 
legislação pertinente à atividade do setor. 
Parágrafo único - Admitir-se-á o funcionamento de 
instâncias junto a sistema administrativo ou a 
órgão ou entidade da administração pública, nos 
termos do art. 23 e seus parágrafos, voltados para 
as áreas de interesses específicos da criança, do 
adolescente, do idoso, da pessoa com deficiência, 
do negro e da mulher. 
 
Parágrafo único com redação dada pela 
Emenda à Lei Orgânica nº 31, de 27/12/2018 
(Art. 2º) 
 
Art. 21 - Administração Regional é a unidade 
descentralizada do Poder Executivo, com 
circunscrição, atribuição, organização e 
funcionamento definidos em lei. 
Parágrafo único - As diretrizes, metas e prioridades 
da administração municipal serão definidas, para 
cada Administração Regional, nas leis de que trata 
o art. 125. 
 
Art. 22 - Funcionará junto a cada Administração 
Regional uma instância, com atribuições de: 
I - relacionar as carências e reivindicações 
regionais, nas áreas, entre outras, de saúde, 
educação, habitação, transporte, saneamento 
básico, meio ambiente, urbanização, cultura, 
esporte e lazer e nas relativas à criança, ao 
adolescente e à pessoa com deficiência, e 
hierarquizar as prioridades; 
Inciso I com redação dada pela Emenda à Lei 
Orgânica nº 31, de 27/12/2018 (Art. 3º) 
 
II - participar da elaboração de planos de obras 
prioritárias para a região e dolevantamento de 
seus custos; 
III - analisar e manifestar-se sobre o plano diretor, 
o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e o 
orçamento anual; 
IV - acompanhar e fiscalizar as ações regionais do 
Poder Público; 
V - acompanhar e fiscalizar a aplicação de 
recursos públicos destinados à região; 
VI - elaborar proposta de solução para problema da 
região. 
 
Art. 23 – As instâncias de que tratam os arts. 20 e 
22 atuarão de forma autônoma e independente do 
Poder Público, nos termos fixados em lei, sendo-
lhes garantido o livre acesso a documentos e 
informações de que necessitar. 
§ 1º - A composição, organização e funcionamento 
das instâncias serão definidos em estatutos 
próprios, registrados em cartório e protocolados no 
órgão junto ao qual cada instância atuará. 
§ 2º - A participação nas instâncias não acarretará 
qualquer ônus para o Município. 
 
Art. 24 - O Poder Público garantirá a participação 
da sociedade civil na elaboração do plano diretor, 
do plano plurianual, das diretrizes orçamentárias e 
do orçamento anual. 
 
Art. 25 - Depende de lei, em cada caso: 
I - a instituição e a extinção de autarquia e 
fundação pública; 
II - a autorização para instituir e extinguir sociedade 
de economia mista e empresa pública e para 
alienar ações que garantam, nessas entidades, o 
controle pelo Município; 
III - a criação de subsidiária das entidades 
mencionadas nos incisos anteriores e sua 
participação em empresa privada. 
74 
 
§ 1º - Ao Município somente é permitido instituir ou 
manter fundação com a natureza jurídica de direito 
público. 
§ 2º - É vedada a delegação de poderes ao 
Executivo para a criação, extinção ou 
transformação de entidade de sua administração 
indireta. 
 
Art. 26 - Para o procedimento de licitação, 
obrigatório para contratação de obra, serviço, 
compra, alienação e concessão, o Município 
observará as normas gerais expedidas pela União. 
 
Art. 27 - As pessoas jurídicas de direito público e 
as de direito privado prestadoras de serviços 
públicos responderão pelos danos que seus 
agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, 
sendo obrigatória a regressão, no prazo 
estabelecido em lei, contra o responsável, nos 
casos de dolo ou culpa. 
 
Art. 28 - A publicidade de ato, programa, projeto, 
obra, serviço e campanha de órgão público, por 
qualquer veículo de comunicação, somente pode 
ter caráter informativo, educativo ou de orientação 
social, e dela não constarão nome, cor ou imagem 
que caracterizem a promoção pessoal de 
autoridade, servidor público ou partido político. 
§ 1º - É vedado ao Município subvencionar ou 
auxiliar, com recursos públicos e por qualquer meio 
de comunicação, propaganda político-partidária ou 
com finalidade estranha à administração pública. 
§ 2º - Os Poderes do Município, incluídos os 
órgãos que os compõem, publicarão 
trimestralmente, o montante das despesas com 
publicidade que, no período, tiverem sido 
contratadas ou pagas a cada agência publicitária 
ou veículo de comunicação. 
 
Art. 29 - A lei definirá os atos decisórios de 
relevância que deverão ser publicados para 
produzir efeitos. 
 
Art. 30 - Para registro dos atos e fatos 
administrativos, o Município terá livros, fichas ou 
outro sistema, convenientemente autenticados, que 
forem necessários aos seus serviços. 
Parágrafo único - O Município terá um livro 
especial para o registro de suas leis. 
 
Art. 31 - Cabe ao Prefeito a administração dos 
bens municipais, respeitada a competência da 
Câmara quanto àqueles utilizados em seus 
serviços. 
 
Art. 32 – A aquisição de bem imóvel, por meio de 
compra, permuta ou doação com encargo, 
depende de autorização legislativa e, nos dois 
primeiros casos, também de prévia avaliação. 
Art. 32 com redação dada pela Emenda à Lei 
Orgânica nº 11, de 02/01/1996 (Art. 3º) 
 
Art. 33 - A alienação de bem imóvel público 
edificado depende de avaliação prévia, licitação e 
autorização legislativa. 
Parágrafo único - A alienação aos proprietários de 
imóveis lindeiros de áreas urbanas remanescentes, 
resultantes de obras públicas, e inaproveitáveis 
para edificação ou outra destinação de interesse 
público, bem como de áreas resultantes de 
modificação de alinhamento, dependerá de prévia 
avaliação e autorização legislativa. 
 
Art. 34 - A alienação de bem imóvel público não 
edificado depende de interesse público, avaliação 
prévia, autorização legislativa e licitação, 
observadas, quanto a esta, as exceções previstas 
em lei. 
§ 1º - São inalienáveis os bens imóveis públicos, 
edificados ou não, utilizados pela população em 
atividades de lazer, esporte e cultura, os quais 
somente poderão ser utilizados para outros fins se 
o interesse público o justificar e mediante 
autorização legislativa. 
§ 2º - A autorização legislativa mencionada neste 
artigo e no art. 33 é sempre prévia e depende do 
voto da maioria dos membros da Câmara. 
 
Art. 35 - O Município, preferencialmente à venda 
ou doação de seus imóveis, outorgará concessão 
de direito real de uso. 
Parágrafo único - O título de domínio e o de 
concessão do direito real de uso serão conferidos 
ao homem ou à mulher, ou a ambos, 
independentemente do estado civil, nos termos e 
condições previstos em lei. 
 
Art. 36 - Os bens imóveis públicos de interesse 
histórico, artístico ou cultural somente podem ser 
utilizados por terceiros para finalidades culturais. 
 
Art. 37 - A alienação de bem móvel é feita 
mediante procedimento licitatório e depende de 
avaliação prévia. 
§ 1º - Para os fins do artigo, o órgão competente 
expedirá laudo técnico que comprove a 
obsolescência ou exaustão, em razão de uso, do 
bem. 
§ 2º - É dispensável o procedimento licitatório nas 
hipóteses de: 
I - doação, admitida exclusivamente para fins de 
interesse social; 
II - permuta; 
III - venda de ações em bolsa. 
§ 3º - O disposto no inciso III do parágrafo anterior 
depende de prévia autorização legislativa. 
§ 4º - Nos casos em que for dispensada a 
Autorização legislativa, o Executivo encaminhará à 
Câmara relatório explicando a alienação feita, 
particularmente sobre o preço, se for o caso, e os 
critérios de escolha do adquirente. 
 
Art. 38 - O uso especial de bem patrimonial do 
Município por terceiro será objeto, na forma da lei, 
de: 
I - concessão, mediante contrato de direito público, 
remunerada ou gratuita, ou a título de direito real 
resolúvel; 
75 
 
II - permissão; 
III - cessão; 
IV - autorização. 
§ 1º - O uso especial de bem patrimonial por 
terceiro será sempre a título precário, condicionado 
ao atendimento de condições previamente 
estabelecidas e submetido à aprovação de 
comissão a ser criada pelo Executivo. 
§ 2º - O uso especial de bem patrimonial será 
remunerado e dependerá de licitação quando 
destinado a finalidade econômica. 
§ 3º - O uso especial de bem patrimonial poderá 
ser gratuito quando se destinar a outras entidades 
de direito público, entidades assistenciais, 
religiosas, educacionais, esportivas, desde que 
verificado relevante interesse público. 
 
Art. 39 - Os bens do patrimônio municipal devem 
ser cadastrados, zelados e tecnicamente 
identificados, especialmente as edificações de 
interesse administrativo, as terras públicas e a 
documentação dos serviços públicos. 
§ 1º - O cadastramento e a identificação técnica 
dos imóveis do Município, de que trata o artigo, 
devem ser anualmente atualizados, garantido o 
acesso às informações neles contidas. 
§ 2º - Os imóveis não-edificados deverão ser 
murados ou cercados e identificados com placas 
indicativas da propriedade municipal. 
 
Art. 40 - É vedado ao Poder Público edificar, 
descaracterizar ou abrir vias públicas em praças, 
parques, reservas ecológicas e espaços tombados 
do Município, ressalvadas as construções 
estritamente necessárias à preservação e ao 
aperfeiçoamento das mencionadas áreas. 
 
Art. 41 - O disposto nos arts. 32 a 40 se aplica às 
autarquias e às fundações públicas. 
Art. 42 - O Prefeito, o Vice-Prefeito, os Vereadores, 
os ocupantes de cargo em comissão oufunção de 
confiança, as pessoas ligadas a qualquer deles por 
matrimônio ou parentesco, afim ou consangüíneo, 
até o segundo grau, ou por adoção, e os servidores 
e empregados públicos municipais não poderão 
firmar contrato com o Município, subsistindo a 
proibição até seis meses após findas as 
respectivas funções. 
 
Art. 43 - É vedada a contratação de empresas, 
inclusive as locadoras de mão-de-obra, para a 
execução de tarefas próprias e permanentes de 
órgãos e entidades da administração pública, salvo 
as situações de emergência, bem como as 
atividades sazonais ou para as quais a 
manutenção de pessoal técnico e operacional e de 
equipamentos e instalações seja inconveniente ao 
interesse público, nos termos da lei. 
 
CAPÍTULO V 
DOS SERVIDORES PÚBLICOS 
 
Art. 44 - A atividade administrativa permanente é 
exercida: 
I - em qualquer dos Poderes do Município, nas 
autarquias e nas fundações públicas, por servidor 
público, ocupante de cargo público, em caráter 
efetivo ou em comissão, ou de função pública; 
II - nas sociedades de economia mista, nas 
empresas públicas e nas demais entidades de 
direito privado sob o controle direto ou indireto do 
Município, por empregado público, ocupante de 
emprego público ou função de confiança. 
 
Art. 45 - Os cargos, empregos e funções são 
acessíveis aos brasileiros que preencham os 
requisitos estabelecidos em lei. 
§ 1º - A investidura em cargo ou emprego público 
depende de aprovação prévia em concurso público 
de provas, ou de provas e títulos, ressalvadas as 
nomeações para cargo em comissão declarado em 
lei de livre nomeação e exoneração. 
§ 2º - O prazo de validade do concurso público é 
de até dois anos, prorrogável, uma vez, por igual 
período. 
§ 3º - Durante o prazo improrrogável previsto no 
edital de convocação, o aprovado em concurso 
público será convocado, observada a ordem de 
classificação, com prioridade sobre novos 
concursados, para assumir o cargo ou emprego na 
carreira. 
§ 4º - A inobservância do disposto nos parágrafos 
anteriores implica nulidade do ato e punição da 
autoridade responsável, nos termos da lei. 
§ 5º - Ao servidor público municipal são garantidos, 
nos concursos públicos, cinco por cento da 
pontuação total dos títulos, por ano de serviço 
prestado, mediante subordinação, à administração 
pública do Município, até o máximo de trinta por 
cento. 
 
Art. 46 - A lei estabelecerá os casos de contratação 
por tempo determinado, para atender a 
necessidade temporária de excepcional interesse 
público. 
§ 1º - O disposto no artigo não se aplica a funções 
de magistério. 
§ 2º - É vedado o desvio de função de pessoa 
contratada na forma autorizada no artigo, bem 
como sua recontratação, sob pena de nulidade do 
contrato e responsabilização administrativa e civil 
da autoridade contratante. 
 
Art. 47 - Serão exercidos por servidores ou 
empregados públicos municipais os cargos em 
comissão e as funções de confiança da 
administração direta, inferiores, no Poder 
Executivo, ao terceiro nível hierárquico da estrutura 
organizacional e, no Poder Legislativo, ao primeiro 
nível. 
Parágrafo único - Excetuam-se do disposto no 
artigo os cargos e funções de assessoria, apoio e 
execução estabelecidos em lei. 
 
Art. 48 - Na administração indireta, os cargos ou 
empregos de provimento em comissão e as 
funções de confiança, inferiores ao primeiro nível 
hierárquico da estrutura organizacional, e metade 
76 
 
dos cargos e funções da administração superior 
serão exercidos por servidores ou empregados de 
carreira da respectiva entidade. 
 
Art. 49 - A revisão geral da remuneração do 
servidor público, sob um índice único, far-se-á 
sempre no mês que a lei fixar, sendo, ainda, 
assegurada a preservação mensal de seu poder 
aquisitivo, desde que respeitados os limites a que 
se refere a Constituição da República. 
§ 1º - A lei fixará o limite máximo e a relação entre 
a maior e a menor remuneração dos servidores 
públicos, a qual não poderá exceder a percebida, 
em espécie, a qualquer título, pelo Prefeito. 
§ 2º - Os vencimentos dos cargos do Poder 
Legislativo não podem ser superiores aos 
percebidos no Poder Executivo. 
§ 3º - É vedada a vinculação ou equiparação de 
vencimentos para efeito de remuneração de 
pessoal do serviço público, ressalvado o disposto 
nesta Lei Orgânica. 
§ 4º - Os acréscimos pecuniários percebidos por 
servidor público não serão computados nem 
acumulados, para o fim de concessão de 
acréscimo ulterior, sob o mesmo título ou idêntico 
fundamento. 
§ 5º - Os vencimentos do servidor público são 
irredutíveis, e a remuneração observará o disposto 
nos §§ 1º e 2º deste artigo e os preceitos 
estabelecidos nos arts. 150, II, 153, III, e 153, § 2º, 
I, da Constituição da República. 
§ 6º - Serão corrigidos mensalmente, de acordo 
com os índices oficiais aplicáveis, os vencimentos, 
vantagens ou qualquer parcela remuneratória 
pagos com atraso ao servidor público. 
§ 7º - É assegurado aos servidores públicos e às 
suas entidades representativas o direito de reunião 
nos locais de trabalho, após prévia comunicação à 
chefia imediata, e desde que o atendimento 
externo ao público, se houver, não sofra 
interrupção. 
 
Art. 49-A - Fica proibida a nomeação ou a designação 
para cargos ou empregos de direção, chefia e 
assessoramento, na administração direta e indireta do 
Município, de pessoa declarada inelegível em razão 
de condenação pela prática de ato ilícito, nos termos 
da legislação federal. 
 
§ 1º - Incorrem na mesma proibição de que trata este 
artigo os detentores de mandato eletivo declarados 
inelegíveis por renunciarem a seus mandatos desde o 
oferecimento de representação ou petição capaz de 
autorizar a abertura de processo por infringência a 
dispositivo da Constituição Federal, da Constituição 
Estadual ou da Lei Orgânica do Município ou do 
Distrito Federal. 
 
§ 2º - Fica o servidor nomeado ou designado obrigado 
a apresentar, antes da posse, declaração de que não 
se encontra na situação de vedação de que trata este 
artigo. 
 
Art. 49-B - Não poderão prestar serviço a órgãos e 
entidades do Município os trabalhadores das 
empresas contratadas declarados inelegíveis em 
resultado de decisão transitada em julgado ou 
proferida por órgão colegiado relativa a, pelo menos, 
uma das seguintes situações: 
I - representação contra sua pessoa julgada 
procedente pela Justiça Eleitoral em processo de 
abuso do poder econômico ou político; 
II - condenação por crimes contra a economia popular, 
a fé pública, a administração pública ou o patrimônio 
público. 
 
Parágrafo único - Ficam as empresas a que se refere 
o caput deste artigo obrigadas a apresentar ao 
contratante, antes do início da execução do contrato, 
declaração de que os trabalhadores que prestarão 
serviço ao Município não incorrem nas proibições de 
que trata este artigo. 
 
Art. 50 - É vedada a acumulação remunerada de 
cargos públicos, permitida, no entanto, se houver 
compatibilidade de horários: 
I - a de dois cargos de professor; 
II - a de um cargo de professor com outro técnico 
ou científico; 
III - a de dois cargos privativos de médico. 
Parágrafo único - A proibição de acumular se 
estende a empregos e funções e abrange 
autarquias, empresas públicas, sociedades de 
economia mista e fundações públicas. 
 
Art. 51 - Ao servidor público municipal em exercício 
de mandato eletivo se aplicam as seguintes 
disposições: 
I - tratando-se de mandato eletivo federal ou 
estadual, ficará afastado do cargo, emprego ou 
função; 
II - investido no mandato de Prefeito ou de 
Vereador, será afastado do cargo, emprego ou 
função, sendo-lhe facultado optar por sua 
remuneração; 
III - em qualquer caso que exija o afastamento para 
o exercício de mandato eletivo, seu tempo de 
serviço será contado para todos os efeitos legais, 
exceto para a promoção por merecimento; 
IV - para o efeito de benefício previdenciário, no 
caso de afastamento, os valores serão 
determinados como se no exercício estivesse. 
 
Art. 52 - A lei reservarápercentual dos cargos e 
empregos públicos para pessoas com deficiência e 
para ex-presidiários recém-colocados em liberdade 
e definirá os critérios de sua admissão. 
Art. 52 com redação dada pela Emenda à Lei 
Orgânica nº 31, de 27/12/2018 (Art. 4º) 
 
Art. 53 - Os atos de improbidade administrativa 
importam suspensão dos direitos políticos, perda 
de função pública, indisponibilidade dos bens e 
ressarcimento ao erário, na forma e na gradação 
estabelecidas em lei, sem prejuízo da ação penal 
cabível. 
 
77 
 
Art. 54 - É vedado ao servidor público 
desempenhar atividades que não sejam próprias 
do cargo de que for titular, exceto quando ocupar 
cargo em comissão ou desempenhar função de 
confiança. 
 
Art. 55 - Os servidores dos órgãos da 
administração direta, das autarquias e das 
fundações públicas sujeitar-se-ão a regime jurídico 
único e a planos de carreira a serem instituídos 
pelo Município. 
§ 1º - A política de pessoal obedecerá às seguintes 
diretrizes: 
I - valorização e dignificação da função pública e 
do servidor público; 
II - profissionalização e aperfeiçoamento do 
servidor público; 
III - constituição de quadro dirigente, mediante 
formação e aperfeiçoamento de administradores 
públicos; 
IV - sistema de mérito objetivamente apurado para 
ingresso no serviço e desenvolvimento na carreira; 
V - remuneração compatível com a complexidade e 
a responsabilidade das tarefas e com a 
escolaridade exigida para o seu desempenho. 
 
§ 2º - Ao servidor público que, por acidente ou 
doença, se tornar inapto para exercer as 
atribuições específicas de seu cargo, serão 
assegurados os direitos e vantagens a ele 
inerentes, até seu definitivo aproveitamento em 
outro cargo, de atribuições afins, respeitada a 
habilitação exigida, ou até a aposentadoria. 
§ 3º - Para provimento de cargo de natureza 
técnica, exigir-se-á a respectiva habilitação 
profissional. 
 
Art. 56 - O Município assegurará ao servidor os 
direitos previstos no art. 7º, incisos IV, VI, VII, VIII, 
IX, XII, XV, XVI, XVII, XIX, XX, XXII, XXIII e XXX 
da Constituição da República e os que, nos termos 
da lei, visem à melhoria de sua condição social e à 
produtividade no serviço público, especialmente: 
I - duração do trabalho normal não-superior a oito 
horas diárias e quarenta semanais, facultada a 
compensação de horários e a redução da jornada 
nos termos em que dispuser a lei; 
II - adicionais por tempo de serviço; 
III - férias-prêmio, com duração de 6 (seis) meses, 
adquiridas a cada período de 10 (dez) anos de 
efetivo exercício na administração pública, admitida 
a sua conversão em espécie, a título de 
indenização, por opção do servidor, ou, para efeito 
de aposentadoria, a contagem em dobro das não-
gozadas; 
IV - assistência e previdência sociais, extensivas 
ao cônjuge ou companheiro e aos dependentes; 
V - atendimento gratuito, em creche e pré-escola, 
aos filhos e dependentes, desde o nascimento até 
seis anos de idade; 
VI - licença a gestante, com duração de cento e 
vinte dias e, nos termos da lei, a adotante, sem 
prejuízo da remuneração; 
VII - auxílio-transporte; 
VIII - progressão horizontal e vertical. 
 
§ 1º declarado inconstitucional pelo Tribunal de 
Justiça de Minas Gerais (ADI nº 159) 
§ 2º - Para os fins do inciso II, é assegurado o 
cômputo integral do tempo de serviço público. 
§ 3º - Haverá, na administração pública, serviços 
especializados em segurança e medicina do 
trabalho e comissões internas de prevenção de 
acidentes, com atribuições definidas em lei. 
§ 4º - O servidor público, incluído o das autarquias 
e fundações, detentor de título declaratório que lhe 
assegure direito à continuidade de percepção da 
remuneração de cargo de provimento em 
comissão, tem direito aos vencimentos, às 
gratificações e a todas as demais vantagens 
inerentes ao cargo em relação ao qual tenha 
ocorrido o apostilamento, ainda que decorrentes de 
transformação ou reclassificação posteriores. 
 
Art. 57 - A lei assegurará ao servidor público da 
administração direta isonomia de vencimentos para 
cargos de atribuições iguais ou assemelhados do 
mesmo Poder, ou entre servidores dos poderes 
Executivo e Legislativo, ressalvadas as vantagens 
de caráter individual e as relativas à natureza ou ao 
local de trabalho. 
 
Art. 58 - É livre a associação profissional ou 
sindical dos servidores públicos, nos termos da 
Constituição da República. 
Parágrafo único - É garantida a liberação de 
servidor ou empregado público para o exercício de 
mandato eletivo em diretoria executiva de entidade 
sindical, sem prejuízo da remuneração e dos 
demais direitos e vantagens de seu cargo ou 
emprego, exceto promoção por merecimento. 
 
Art. 59 - É garantido ao servidor público o direito de 
greve, a ser exercido nos termos e limites definidos 
em lei complementar federal. 
 
Art. 60 - É estável, após dois anos de efetivo 
exercício, o servidor público nomeado em virtude 
de concurso público. 
§ 1º - O servidor público estável só perderá o cargo 
em virtude de sentença judicial transitada em 
julgado ou processo administrativo em que lhe seja 
assegurada ampla defesa. 
§ 2º - Invalidada por sentença judicial a demissão 
do servidor público estável, será ele reintegrado no 
cargo anteriormente ocupado, com ressarcimento 
de todas as vantagens, sendo o eventual ocupante 
da vaga reconduzido ao cargo de origem, sem 
direito a indenização, aproveitado em outro cargo 
ou posto em disponibilidade. 
§ 3º - Extinto o cargo ou declarada a sua 
desnecessidade, o servidor público estável ficará 
em disponibilidade remunerada, até seu adequado 
aproveitamento em outro cargo de atribuições e 
vencimentos compatíveis com o anteriormente 
ocupado, respeitada a habilitação exigida. 
 
Art. 61 - A administração fazendária e seus 
78 
 
servidores fiscais terão, dentro de suas áreas de 
competência e jurisdição, precedência sobre os 
demais setores administrativos municipais, na 
forma da lei. 
 
Art. 62 - O Município manterá plano de previdência 
e assistência sociais para o agente político e o 
servidor público submetido a regime próprio e para 
a sua família. 
§ 1º - O plano de previdência e assistência sociais 
visa a dar cobertura aos riscos a que estão sujeitos 
os beneficiários mencionados no artigo e atenderá, 
nos termos da lei, a: 
I - cobertura dos eventos de doença, invalidez, 
velhice, acidente em serviço, falecimento e 
reclusão; 
II - proteção à maternidade, à adoção e à 
paternidade; 
III - assistência à saúde; 
IV - ajuda à manutenção dos dependentes dos 
beneficiários. 
§ 2º - O plano será custeado com o produto da 
arrecadação de contribuições sociais obrigatórias 
do servidor público e do agente político, do Poder, 
do órgão ou da entidade a que se encontra 
vinculado, e de outras fontes de receita definidas 
em lei. 
§ 3º - A contribuição mensal do servidor público e 
do agente político será diferenciada em razão da 
remuneração, na forma da lei, e não será superior 
a um terço do valor atuarialmente exigível. 
§ 4º - Os benefícios do plano serão concedidos nos 
termos e nas condições estabelecidos em lei e 
compreendem: 
I - quanto ao servidor público e agente político: 
a) aposentadoria; 
b) auxílio-natalidade; 
c) salário-família diferenciado; 
d) licença para tratamento de saúde; 
e) licença-maternidade, licença-paternidade e 
licença-adoção; 
f) licença por acidente em serviço; 
II - quanto ao dependente: 
a) pensão por morte; 
b) auxílio-reclusão; 
c) auxílio-funeral; 
d) pecúlio. 
§ 5º - Nos casos previstos nas alíneas “d”, “e” e “f” 
do inciso I do parágrafo anterior, o servidor 
perceberá remuneração integral, como se em 
exercício estivesse. 
§ 7º - O Poder, o órgão ou a entidade a que se 
vincule o servidor público ou o agente político terá, 
após os descontos, o prazo de dez dias para 
recolher as respectivas contribuições sociais, sob 
pena de responsabilização do seu preposto e 
pagamento dos acréscimos definidos em lei. 
 
Art. 63 - O servidor público será aposentado: 
I - por invalidez permanente,com proventos 
integrais, quando decorrente de acidente em 
serviço, moléstia profissional ou doença grave, 
contagiosa ou incurável, especificadas em lei, e 
proporcionais nos demais casos; 
II - compulsoriamente, aos setenta anos de idade, 
com proventos proporcionais ao tempo de serviço; 
III - voluntariamente: 
a) aos trinta e cinco anos de serviço, se homem, e 
aos trinta, se mulher, com proventos integrais; 
b) aos trinta anos de efetivo exercício em funções 
de magistério, se professor, e aos vinte e cinco, se 
professora, com proventos integrais; 
c) aos trinta anos de exercício, se homem, e aos 
vinte e cinco, se mulher, com proventos 
proporcionais a esse tempo; 
d) aos sessenta e cinco anos de idade, se homem, 
e aos sessenta, se mulher, com proventos 
proporcionais ao tempo de serviço. 
§ 1º - As exceções ao disposto no inciso III, alíneas 
“a” e “c”, no caso de exercício de atividades 
consideradas penosas, insalubres ou perigosas, 
serão as estabelecidas em legislação federal. 
§ 2º - A lei disporá sobre a aposentadoria em 
cargo, função ou emprego temporários. 
§ 3º - O tempo de serviço público será computado 
integralmente para os efeitos de aposentadoria e 
disponibilidade. 
§ 4º - Os proventos da aposentadoria e as pensões 
por morte, nunca inferiores ao salário mínimo, 
serão revistos, na mesma proporção e na mesma 
data, sempre que se modificar a remuneração do 
servidor em atividade. 
§ 5º - Serão estendidos ao inativo os benefícios ou 
vantagens posteriormente concedidos ao servidor 
em atividade, mesmo quando decorrentes de 
transformação ou reclassificação do cargo ou da 
função em que se tiver dado a aposentadoria. 
§ 6º - O benefício da pensão por morte 
corresponderá à totalidade dos vencimentos ou 
proventos do servidor falecido, até o limite 
estabelecido em lei, observado o disposto nos §§ 
4º e 5º. 
§ 7º - A pensão de que trata o parágrafo anterior 
será devida ao cônjuge ou companheiro e aos 
demais dependentes, na forma da lei. 
§ 8º - É assegurado ao servidor afastar-se da 
atividade a partir da data do requerimento de 
aposentadoria, e sua não-concessão importará a 
reposição do período de afastamento. 
§ 9º - Para efeito de aposentadoria, é assegurada 
a contagem recíproca do tempo de contribuição na 
administração pública e na atividade privada, rural 
e urbana, hipótese em que os diversos sistemas de 
previdência social se compensarão 
financeiramente, segundo critérios estabelecidos 
em lei federal. 
§ 10 - Nenhum benefício ou serviço da previdência 
social poderá ser criado, majorado ou estendido 
sem a correspondente fonte de custeio total. 
 
Art. 64 - O servidor público que retornar à atividade 
após a cessação dos motivos que causaram sua 
aposentadoria por invalidez terá direito, para todos 
os fins, salvo para o de promoção, à contagem do 
tempo relativo ao período de afastamento. 
 
Art. 65 - Incumbe a entidade da administração 
indireta gerir, com exclusividade, o sistema de 
79 
 
previdência e assistência sociais dos servidores 
públicos e agentes políticos. 
§ 1º - Os cargos de direção da entidade serão 
ocupados por servidores municipais de carreira 
dela contribuintes, ativos e aposentados, 
observada a habilitação profissional exigida 
quando se tratar de diretoria técnica. 
§ 2º - Um terço dos cargos de direção da entidade 
será provido por servidor efetivo, eleito pelos 
filiados ativos e aposentados, para mandato de 
dois anos, vedada a recondução consecutiva. 
§ 3º - Homologado o resultado da eleição, o 
Prefeito, nos vinte dias subseqüentes, nomeará o 
eleito e lhe dará posse. 
§ 4º - Caso o Prefeito não o nomeie ou emposse, 
no prazo do parágrafo anterior, ficará o eleito 
investido no respectivo cargo. 
 
EXERCÍCIOS 
 
1. No que tange aos servidores públicos do Quadro 
Geral de Pessoal do Município de Belo Horizonte 
vinculados à administração direta, assinale a opção 
correta. 
a) Servidor habilitado em concurso público 
municipal e empossado em cargo de provimento 
efetivo adquirirá estabilidade no serviço público ao 
completar dois anos de efetivo exercício. 
b) Sem qualquer prejuízo, poderá o servidor 
ausentar-se do serviço por oito dias consecutivos 
em razão do falecimento de irmão. 
c) Posse é a aceitação formal, pelo servidor, dos 
deveres, das responsabilidades e dos direitos 
inerentes ao cargo público ou função pública, 
concretizada com a assinatura do respectivo termo 
pela autoridade competente e pelo empossado e 
ocorre no prazo de vinte dias contados do ato de 
nomeação, prorrogável por igual período, 
motivadamente e a critério da autoridade 
competente. 
d) Exercício é o efetivo desempenho, pelo servidor, 
das atribuições do cargo ou de função pública, 
sendo de quinze dias o prazo para o servidor 
empossado em cargo público no município de Belo 
Horizonte entrar em exercício, contados do ato da 
posse. 
 
2. A LOM/BH prevê que o direito do poder pelo 
povo será exercido mediante 
a) processo legislativo. 
b) mandado de injunção. 
c) referendo acompanhado de plebiscito. 
d) ação fiscalizadora sobre a administração 
pública. 
 
3. A respeito das atribuições do procurador do 
município de Belo Horizonte e da PGM/BH, 
assinale a opção correta. 
a) No caso de impedimento do prefeito, do vice-
prefeito e do presidente da Câmara Municipal, 
assumirá a PM/BH o procurador-geral do 
município. 
b) É vedado à PGM/BH, órgão que representa o 
município judicialmente, o desempenho de 
atividades de consultoria e de assessoramento. 
c) Cabe à PGM/BH representar judicialmente a 
Câmara Municipal e a ela prestar consultoria 
jurídica. 
d) O chefe da PGM/BH é o procurador-geral do 
município, escolhido entre os cinco mais antigos 
ocupantes da carreira. 
 
4. O agente público que, no exercício de suas 
atribuições, violar direito previsto nas Constituições 
da República e do Estado e na Lei Orgânica do 
Município de Belo Horizonte será 
A) considerado irresponsável. 
B) isento de pena. 
C) punido, apenas se a conduta praticada for 
considerada crime. 
D) punido, independentemente da função que 
exerça. 
 
5. O município de Belo Horizonte se organiza e se 
rege por sua Lei Orgânica, de 21 de março de 1990, 
observando os princípios constitucionais da República 
e do Estado. Considerando a Lei Orgânica do 
município de BH assinale V para as 
afirmativas verdadeiras e F para as falsas. 
( ) A alienação de bem imóvel público edificado 
depende de avaliação prévia, licitação e autorização 
legislativa. 
( ) A alienação de bem móvel é feita mediante 
procedimento licitatório e não depende de avaliação 
prévia. 
( ) O Poder Público dará prioridade às obras em 
andamento, podendo iniciar novos projetos, em 
situações emergenciais, com objetivos idênticos sem 
que seja concluído o projeto em execução. 
( ) Na implantação de conjuntos habitacionais com 
mais de trezentas unidades, é obrigatória a 
apresentação de relatório de impacto ambiental e 
econômico-social, e assegurada a sua discussão em 
audiência pública. 
a) F V F V. 
b) V F F V. 
c) V F F F. 
d) V V F V. 
 
6. A Lei Orgânica do Município de Belo Horizonte 
pode ser emendada mediante proposta 
a) de, no mínimo, um terço dos membros da 
Câmara. 
b) do prefeito em comum acordo com o vice-
prefeito. 
c) de, no mínimo, cinco por cento da população do 
Município. 
d) de, no mínimo, três por cento dos eleitores do 
Município, desde que distribuídos por cinco bairros. 
 
7. “Estabelece a Lei Orgânica do Município de Belo 
Horizonte que ao servidor público municipal são 
garantidos, nos concursos públicos, ______ da 
pontuação total dos títulos, por ano de serviço 
prestado, mediante subordinação, à administração 
pública do Município, até o máximo de ______.” 
Assinale a alternativa que completa correta e 
80 
 
sequencialmente a afirmativa anterior. 
a) 2% / 20% 
b) 3% / 30% 
c) 5% / 30% 
d) 10% / 40% 
 
8. A Lei Orgânica do Município de Belo Horizonte 
possui um capítulo destinado aos servidores 
públicos. Em seu artigo 45 ela estabelece que “§ 2º 
– O prazode validade do concurso público é de até 
____________, prorrogável, uma vez, por igual 
período”. Assinale a alternativa que completa 
corretamente a afirmativa anterior. 
a) 1 ano 
b) 2 anos 
c) 3 anos 
d) 6 meses 
 
9. O art. 47 da Lei Orgânica do Município de Belo 
Horizonte tem a seguinte redação: 
“Art. 47 – Serão exercidos por servidores ou 
empregados públicos municipais os cargos em 
comissão e as funções de confiança da 
administração direta, inferiores, no Poder 
Executivo, ao ______________ nível hierárquico 
da estrutura organizacional e, no Poder Legislativo, 
ao _______________ nível. Parágrafo único – 
Excetuam-se do disposto no artigo os cargos e 
funções de assessoria, apoio e execução 
estabelecidos em lei”. 
Assinale a alternativa que completa correta e 
sequencialmente a afirmativa anterior. 
a) segundo / terceiro 
b) terceiro / primeiro 
c) primeiro / segundo 
d) segundo / primeiro 
 
10. Sobre o tratamento que a Lei Orgânica do 
Município de Belo Horizonte dá ao tema 
“Servidores Públicos”, assinale a alternativa 
INCORRETA. 
a) Os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo 
não podem ser superiores aos percebidos no 
Poder Executivo. 
b) É vedado aos servidores públicos e às suas 
entidades representativas o direito de reunião nos 
locais de trabalho, mesmo após prévia 
comunicação à chefia imediata. 
c) A lei fixará o limite máximo e a relação entre a 
maior e a menor remuneração dos servidores 
públicos, a qual não poderá exceder a percebida, 
em espécie, a qualquer título, pelo Prefeito. 
d) A revisão geral da remuneração do servidor 
público, sob um índice único, far-se-á sempre no 
mês que a lei fixar, sendo, ainda, assegurada a 
preservação mensal de seu poder aquisitivo, desde 
que respeitados os limites a que se refere a 
Constituição da República. 
 
11. Segundo a Lei Orgânica, o Município de Belo 
Horizonte manterá plano de previdência e 
assistência sociais para o agente político e o 
servidor público submetido a regime próprio e para 
a sua família. Os benefícios do plano serão 
concedidos nos termos e nas condições 
estabelecidos em lei e compreendem quanto ao 
dependente: 
a) Auxílio-reclusão. 
b) Auxílio-natalidade. 
c) Salário-família diferenciado. 
d) Licença por acidente em serviço. 
 
12. Quando se tratar de matéria relativa a 
empréstimos, concessões de isenções, incentivos, 
benefícios fiscais e gratuidades nos serviços 
públicos de competência do Município, além de 
outras referidas na Lei Orgânica, as deliberações 
da Câmara de Belo Horizonte são tomadas por 
a) maioria relativa. 
b) maioria absoluta. 
c) um terço de seus membros. 
d) dois terços de seus membros. 
 
13. Sobre o tratamento que a Lei Orgânica do 
Município de Belo Horizonte dá à Câmara 
Municipal, assinale a alternativa INCORRETA. 
a) A Câmara e suas comissões funcionam com a 
presença, no mínimo, da maioria de seus 
membros. 
b) A eleição da Mesa Diretora se dará por chapa, 
necessariamente completa, inscrita até a hora de 
eleição por qualquer vereador. 
c) A Câmara reunir-se-á, em sessão ordinária, 
independentemente de convocação, nos meses de 
fevereiro a dezembro de cada ano, na forma como 
dispuser o Regimento Interno. 
d) No primeiro ano de cada legislatura, cuja 
duração coincide com o mandato dos vereadores, 
a Câmara reunir-se-á no dia primeiro de janeiro 
para dar posse aos vereadores, ao prefeito e ao 
vice-prefeito e eleger a sua Mesa Diretora para 
mandato de dois anos, vedada a recondução para 
o mesmo cargo na eleição subsequente. 
 
14. Nos termos da Lei Orgânica do Município de 
Belo Horizonte – 1990, é objetivo prioritário do 
Município: 
a) assegurar o exercício, pelos vereadores, dos 
mecanismos de controle da legalidade e da 
legitimidade dos atos do Poder Público e da 
eficácia dos serviços públicos. 
b) garantir a efetividade dos direitos públicos 
objetivos. 
c) preservar os interesses gerais e individuais. 
d) proporcionar aos seus habitantes condições de 
vida compatíveis com a dignidade humana, a 
justiça social e o bem comum. 
 
15. A Lei Orgânica é o principal instrumento que rege 
o funcionamento dos municípios, devendo ser 
elaborada e aprovada em cada instância municipal 
que compõe a federação. A Lei Orgânica do Município 
de Belo Horizonte (BELO HORIZONTE, 1990, p. 7) 
destaca, no art. 1º, que: "O município de Belo 
Horizonte integra, com autonomia político-
administrativa, a República Federativa e o Estado de 
Minas Gerais". 
81 
 
Alguns principais serviços delegados ao município, 
pela Lei Orgânica de acordo com o texto constitucional 
e a prática vigente, passam a ser executados pelo 
funcionário público, o "Guarda Municipal". 
Marque a alternativa CORRETA que está relacionada 
à atuação do Guarda Municipal como tarefa delegada: 
a) Assistência à saúde básica do cidadão. 
b) Promoção de programas de construção de 
moradias populares. 
c) Cuidados com a preservação ambiental e a 
qualidade do meio ambiente. 
d) Proteção e cuidado com o patrimônio histórico, 
artístico e cultural. 
 
Gabarito 
 
1.C 2.D 3.A 4.D 5.B 6.A 7.C 
8.B 9.B 10.B 11.A 12.D 13.B 14.D 
15.D 
 
 
CÓDIGO DE POSTURAS MUNICIPAIS 
 
TÍTULO III 
DO USO DO LOGRADOURO PÚBLICO 
 
CAPÍTULO I 
DISPOSIÇÕES GERAIS 
 
Art. 46 - Com exceção dos usos de que trata o 
Capítulo II deste Título, o uso do logradouro 
público depende de prévio licenciamento. 
 
Art. 47 - O Executivo somente expedirá o 
competente documento de licenciamento para uso 
do logradouro público se atendidas as exigências 
pertinentes. 
Parágrafo único - Em caso de praça, a expedição 
do documento de licenciamento dependerá, 
adicionalmente, de parecer favorável do órgão 
responsável pela gestão ambiental. 
 
Art. 47-A - As licenças para utilização do 
logradouro público para afixação de engenho de 
publicidade, para colocação de mesa e cadeira e 
para utilização de toldo, entre outros, ficarão 
vinculadas ao Alvará de Localização e 
Funcionamento da atividade. 
 
Art. 48 - O logradouro público não poderá ser 
utilizado para depósito ou guarda de material ou 
equipamento, para despejo de entulho, água 
servida ou similar ou para apoio a canteiro de obra 
em imóvel a ele lindeiro, salvo quando este Código 
expressamente admitir algum destes atos. 
 
Parágrafo único - (VETADO) 
 
Art. 49 - O logradouro público, observado o 
previsto neste Código, somente será utilizado para: 
I - trânsito de pedestre e de veículo; 
II - estacionamento de veículo; 
III - operação de carga e descarga; 
IV - passeata e manifestação popular; 
V - instalação de mobiliário urbano; 
VI - execução de obra ou serviço; 
VII - exercício de atividade; 
VIII - instalação de engenho de publicidade; 
IX - eventos; 
X - atividades de lazer. 
 
CAPÍTULO II 
DOS USOS QUE INDEPENDEM DE 
LICENCIAMENTO 
 
Seção I 
Do Trânsito, Estacionamento e Operações de 
Carga e Descarga 
 
Arts. 50, 51, 52, 53, 54, 55, 56 e 57- (VETADOS) 
 
Seção II 
Da Passeata e Manifestação Popular 
 
Art. 58 - A realização de passeata ou manifestação 
popular em logradouro público é livre, desde que: 
I - não haja outro evento previsto para o mesmo 
local; 
II - tenha sido feita comunicação oficial ao 
Executivo e ao Batalhão de Eventos da Polícia 
Militar de Minas Gerais, informando dia, local e 
natureza do evento, com, no mínimo, 24 (vinte e 
quatro) horas de antecedência; 
III - não ofereça risco à segurança pública. 
 
CAPÍTULO IV 
DO EXERCÍCIO DE ATIVIDADES 
 
Seção I 
Disposições Gerais 
 
Art. 116 - O exercício de atividades em logradouro 
público depende de licenciamento prévio junto ao 
Executivo. 
Parágrafo único - O Executivo poderá licenciar, para o 
exercício em logradouro público, apenas as seguintes 
atividades, observadas as limitações previstas neste 
Código: 
I - em banca; 
II - em veículo de tração humana e veículo automotor; 
III - exercida por deficiente visual; 
IV - de engraxate; 
V - evento; 
VI - feira; 
VII - em quiosque em local de caminhada; 
VIII - exploração de sanitário público; 
IX - lavador de veículoautomotor. 
 
Art. 117 - (VETADO) 
 
Art. 118 - Fica proibido o exercício de atividade por 
camelôs, toreros e flanelinhas no logradouro 
público. 
 
Art. 118-A - O passeio poderá ser utilizado por 
ambulante somente para exercício de atividade de 
comércio: 
I - em veículo de tração humana; 
82 
 
II - por deficiente visual. 
 
Art. 119 - O regulamento deste Código poderá: 
I - estabelecer área do Município em que será proibido 
o exercício de atividade, correlacionando ou não essa 
vedação a determinada época, circunstância ou 
atividade; 
II - (VETADO) 
III - definir locais específicos para a concentração 
do comércio exercido por ambulantes. 
 
Art. 120 - A atividade exercida no logradouro 
público pode ser: 
I - constante, aquela que se realiza 
periodicamente; 
II - eventual, aquela que se realiza 
esporadicamente. 
 
Art. 121 - O licenciamento para exercício de 
atividade em logradouro público terá sempre 
caráter precário e será feito por meio de licitação, 
conforme procedimento previsto no regulamento 
deste Código, que poderá ser simplificado em 
relação a alguma atividade, particularmente a 
classificada como eventual. 
Parágrafo único - O prazo de validade do 
documento de licenciamento variará conforme a 
classificação da atividade, podendo ser: 
I - de até 1 (um) ano, prorrogável conforme 
dispuser o regulamento deste Código, quando se 
tratar de atividade constante; 
II - de até 3 (três) meses ou até o encerramento do 
evento, conforme o caso, quando se tratar de 
atividade eventual, sendo, em ambos os casos, 
improrrogável. 
Art. 122 - O documento de licenciamento deverá 
explicitar o equipamento ou apetrecho de uso 
admitido no exercício da atividade respectiva no 
logradouro público e mencionar, inclusive, a 
possibilidade de utilização de aparelho sonoro, 
sendo vedada a utilização de qualquer outro 
equipamento ou apetrecho nele não explicitado. 
 
Art. 123 - O documento de licenciamento é pessoal 
e específico para a atividade e o local de instalação 
ou área de trânsito nele indicados. 
§ 1º - Somente poderá ser licenciada para 
exercício de atividade em logradouro público a 
pessoa natural e desde que não seja proprietária 
de estabelecimento industrial, comercial ou de 
serviços. 
§ 2º - Não será liberado mais de um documento de 
licenciamento para a mesma pessoa natural, 
mesmo que para atividades distintas. 
§ 3º - O titular do documento de licenciamento 
poderá indicar preposto para auxiliá-lo no exercício 
da atividade, desde que tal preposto não seja titular 
de documento de licenciamento da mesma 
natureza, ainda que de atividade distinta. 
§ 4º - As vedações de que tratam os § § 1º, 2º e 3º 
deste artigo não se aplicam à possibilidade de 
acumular 1 (um) documento de licenciamento para 
atividade constante com 1 (um) documento de 
licenciamento para atividade eventual. 
§ 5º - Será especificado no regulamento deste 
Código o número de prepostos a que se refere o § 
3º deste artigo, podendo haver variação desse 
número em função da atividade. 
§ 6º - No caso do exercício da atividade em banca 
de jornais e revistas, cada licenciado poderá 
indicar 3 (três) prepostos, que poderão substituir o 
titular em qualquer de suas ausências e 
impedimentos, independentemente de 
comunicação prévia, respondendo solidariamente 
por todas as obrigações decorrentes da licença. 
§ 7º - O exercício de atividade em logradouro 
público poderá ser licenciado a pessoas jurídicas, 
excepcionalmente, quando permissionárias do 
“Programa ABasteCer - Alimentos a Baixo Custo” 
ou de outro programa que venha a sucedê-lo. 
 
Art. 124 - Ocorrerá desistência quando: 
I - o licenciado, sem motivo justificado, não iniciar o 
exercício da atividade no prazo determinado; 
II - o licenciado, tendo iniciado o exercício da 
atividade, requerer ao Executivo a revogação do 
licenciamento. 
§ 1º - No caso de a desistência ocorrer durante o 
primeiro ano, o licenciamento será repassado ao 
habilitado imediatamente classificado na respectiva 
licitação. 
§ 2º - No caso de a desistência ocorrer após a 
vigência do primeiro ano, será o licenciamento 
restituído ao Executivo, a fim de que seja 
redistribuído por meio de nova licitação. 
§ 3º - Em ambos os casos, a pessoa desistente 
não estará isenta de suas obrigações fiscais junto 
ao Poder Público. 
 
Art. 125 - O documento de licenciamento é 
intransferível, exceto se o titular: 
I - falecer; 
II - entrar em licença médica por prazo superior a 
60 (sessenta) dias; 
III - tornar-se portador de invalidez permanente. 
§ 1º - Nos casos admitidos nos incisos deste artigo, 
a transferência obedecerá à seguinte ordem: 
I - cônjuge ou companheiro estável; 
II - filho; 
III - irmão. 
§ 2° - A validade do documento de licenciamento 
transferido nos termos deste artigo se estenderá 
até que ocorra nova licitação para o exercício da 
atividade. 
 
Art. 126 - O horário de exercício de atividade no 
logradouro público será previsto no documento de 
licenciamento respectivo. 
Art. 127 - Para os fins deste Código, o 
equipamento para exercício de atividade no 
logradouro público constitui modalidade de 
mobiliário urbano. 
 
Art. 128 - É expressamente proibida a instalação 
de trailer em logradouro público, à exceção dos 
que, não se destinando a atividade comercial, 
tenham obtido anuência do órgão competente do 
Executivo. 
83 
 
Art. 129 - Somente é permitida a comercialização 
no logradouro público de mercadoria com origem 
legal comprovada. 
 
Art. 130 - É proibida no logradouro público a 
realização de campanha para arrecadação de 
fundos. 
 
Art. 131 - O Executivo capacitará o licenciado para 
o exercício de atividade no logradouro público, 
visando a engajá-lo nos programas de interesse 
público desenvolvidos no respectivo local, 
podendo, inclusive, vir a utilizar o mobiliário onde a 
atividade é exercida como ponto de apoio e 
referência para a comunidade. 
 
Art. 132 - O Executivo regulamentará este 
Capítulo, especialmente no que se refere ao 
detalhamento dos critérios de licenciamento, às 
taxas respectivas e à fiscalização das atividades. 
 
Seção II 
Da Atividade em Banca 
 
Art. 133 - Poderá ser exercida a atividade de 
comércio em banca fixa instalada em logradouro 
público, que se sujeita a prévio licenciamento, em 
processo a ser definido no regulamento deste 
Código. 
 
Art. 134 - O comércio de que trata o art. 133 deste 
Código será dedicado à venda ao consumidor das 
mercadorias previstas nesta Seção para os 
seguintes tipos de banca: 
I - banca de jornais e revistas; 
II - banca de flores e plantas naturais. 
Parágrafo único - Cada um dos tipos de banca 
somente poderá explorar o comércio das 
mercadorias que para ele tiverem sido previstas 
nesta Seção. 
 
Art. 135 - A banca de jornais e revistas destina-se 
à comercialização de: 
I - jornal e revista; 
II - flâmula, álbum de figurinha, emblema e 
adesivo; 
III - cartão postal e comemorativo; 
IV - mapa e livro; 
V - cartão telefônico e recarga de cartão magnético 
do sistema de transporte coletivo; 
VI - talão de estacionamento; 
VII - selo postal; 
VIII - bilhete de loteria e prognóstico explorado ou 
concedido pelo Poder Público; 
IX - periódico de qualquer natureza, inclusive 
audiovisual integrante do mesmo; 
X - ingresso para espetáculo público; 
XI - carnê de sorteio autorizado pela fazenda 
Pública; 
XII - artigo de papelaria de pequeno porte e serviço 
de cópia e fax; 
XIII - impresso de utilidade pública; 
XIV - artigo para fumante, pilha, barbeador, 
preservativo; 
XV - objeto encartado em publicação e material 
fotográfico descartável; 
XVI - (VETADO) 
XVII - (VETADO) 
XVIII - (VETADO) 
XIX - (VETADO) 
XX - (VETADO) 
XXI - acessórios para aparelho telefônico celular; 
XXII - (VETADO) 
XXIII - bombonière; 
XXIV - brindes diversos; 
XXV - serviço de revelação de filmes fotográficos; 
XXVI - cópias de chaves; 
XXVII - brinquedos; 
XXVIII - artesanatos; 
XXIX - (VETADO). 
XXX - água mineral em embalagem descartável, 
sorvete e picolé embalados; 
XXXI - refrigerantes;XXXII - sucos em embalagens descartáveis. 
§ 1º - Será facultado à banca de jornais e revistas 
fazer a distribuição de encarte, folheto e similar de 
cunho promocional. 
§ 2º - A distribuição prevista no § 1º deste artigo 
não poderá descaracterizar a atividade própria da 
banca. 
§ 3º - De acordo com o previsto no art. 131 desta lei, a 
banca de jornais e revistas deverá expor, em local 
visível, e distribuir material institucional. 
§3º acrescentado pela Lei nº 10.411, de 
23/1/2012 (Art. 2º) 
 
§ 4º - Entende-se como material institucional, para os 
efeitos desta lei, panfletos, folhetos, encartes, 
publicações e similares, elaborados pelo poder público 
municipal, com objetivo de: 
I - informar sobre os serviços oferecidos pela 
Prefeitura; 
II - informar sobre pontos turísticos do Município de 
Belo Horizonte e de sua região metropolitana; 
III - divulgar campanhas promovidas pelo poder 
público municipal; 
IV - fornecer informações de utilidade pública.§ 5º - A 
distribuição do material institucional às bancas é de 
responsabilidade do poder público municipal. 
§ 6º - O licenciado para o exercício de atividade em 
banca de jornais e revistas e seus prepostos deverão 
ser qualificados pelo Executivo para o exercício da 
função de divulgação e distribuição de material 
institucional, de acordo com o previsto no art. 131 
desta lei, passando a ser denominados Agentes de 
Divulgação de Informações - Adin. 
§ 7º - Nas laterais da banca será delimitado espaço, a 
ser definido em regulamento, para instalação de painel 
destinado a publicidade institucional. 
§ 8º - O espaço previsto no § 7º deste artigo deverá 
ocupar, no máximo, 30% (trinta por cento) da área das 
laterais da banca. 
§ 9º - A banca de jornais e revistas poderá funcionar 
24 (vinte e quatro) horas por dia. 
 
Art. 136 - É proibida a exploração de banca de 
jornais e revistas ao proprietário de empresa 
distribuidora de jornal e revista, proibição extensiva 
84 
 
ao cônjuge. 
 
Art. 137 - A banca de flores e plantas naturais 
poderá comercializar, além de flores e plantas 
naturais, também produto utilizado no cultivo 
domiciliar de pequeno porte, como terra vegetal, 
adubo e semente. 
 
 
Art. 138 - Em qualquer dos tipos de banca, a 
exposição do produto que comercializa somente 
será permitida no local próprio, previsto para esta 
finalidade, em modelos padronizados aprovados 
pelo Poder Público. 
 
Seção III 
Da Atividade em Veículo de Tração Humana e 
Veículo Automotor 
 
Art. 139 - Poderão ser utilizados o veículo de 
tração humana e o automotor para a 
comercialização de alimento em logradouro 
público, devendo tais veículos, bem como os 
utensílios e vasilhames utilizados no serviço, ser 
vistoriados e aprovados pelo órgão municipal 
responsável pela vigilância sanitária. 
 
Art. 140 - A atividade de que trata esta Seção 
poderá ser exercida em sistema de rodízio 
estabelecido pela entidade representativa de cada 
segmento, segundo critérios a serem definidos pelo 
regulamento. 
 
Art. 141 - O licenciado para exercer atividade 
comercial em veículo de tração humana ou 
automotor deverá, quando em serviço: 
I - portar o documento de licenciamento atualizado; 
II - usar uniforme limpo e de cor clara; 
III - manter rigoroso asseio pessoal; 
IV - zelar para que as mercadorias não estejam 
deterioradas ou contaminadas e se apresentem em 
perfeitas condições higiênicas; 
V - zelar pela limpeza do logradouro público; 
VI - manter o veículo em perfeitas condições de 
conservação, higiene e limpeza; 
VII - acatar os dispositivos legais que lhe forem 
aplicáveis. 
 
Art. 142 - O veículo será de tipo padronizado, 
definido pelo Executivo para cada modalidade de 
comércio, sendo, em qualquer caso, dotado de: 
I - recipiente adequado à coleta de resíduos; 
II - extintor de incêndio apropriado, no caso de 
utilização de substância inflamável no preparo dos 
produtos a serem comercializados. 
Parágrafo único - O veículo não poderá apresentar 
expansão ou acréscimo de qualquer espécie, 
vedada a exposição de mercadoria em suas partes 
externas. 
 
Art. 143 - A mercadoria não poderá ficar exposta 
em caixote ou assemelhado colocado no passeio 
ou via pública. 
Art. 144 - É proibido comercializar em veículo: 
I - refresco; 
II - caldo de cana; 
III - café; 
IV - carnes e derivados; 
IV - sorvete de fabricação instantânea, proveniente 
de xaropes ou qualquer outro processo; 
VI - fruta descascada ou partida, exceto laranja, 
que deverá ser descascada na hora, a pedido e à 
vista do consumidor. 
Incisos II a VII renumerados pela Lei nº 10.947, 
de 13/7/2016 (Art. 1º) 
 
Art. 145 - Os produtos comercializados em veículos 
deverão atender ao disposto na legislação sanitária 
específica. 
 
Art. 146 - O licenciado para o comércio em veículo 
de tração humana somente poderá comercializar 
algodão-doce, milho verde, água-de-coco, doces, 
água mineral, suco e refresco industrializado, 
refrigerante, picolé, sorvete, pipoca, praliné, 
amendoim torrado, cachorro-quente, churro e 
frutas. 
 
Art. 147 - É vedado ao licenciado para atividade 
desenvolvida em veículo de tração humana: 
I - o preparo de alimentos não elencados no art. 
146 deste Código; 
II - o preparo de bebida, ou mistura de xarope, 
essência ou outro produto corante ou aromático; 
III - a venda fracionada de refrigerante, água 
mineral, suco ou refresco industrializado. 
 
Art. 148 - O licenciado para o comércio em veículo 
automotor somente poderá comercializar lanche 
rápido, água mineral, suco ou refresco 
industrializado e refrigerante, conforme definido em 
regulamento. 
 
Art. 149 - O veículo automotor a ser utilizado 
deverá: 
I - estar devidamente emplacado pelo órgão 
competente, respeitando-se as normas aplicáveis 
do Código de Trânsito Brasileiro; 
II - ser utilitário de até 1.500Kg (mil e quinhentos 
quilogramas) 
Inciso II com redação dada pela Lei nº 10.899, 
de 7/1/2016 (Art. 1º) 
III - estar devidamente adaptado; 
IV - atender às normas de segurança e de saúde 
pública; 
V - ser aprovado em vistoria técnica anual pelo 
órgão municipal responsável pelo trânsito. 
Parágrafo único - Não se admitirá o comércio em 
trailer ou reboque em logradouro público. 
 
Art. 150 - É proibida ao comércio em veículo 
automotor a utilização de: 
I - sombrinha, mesa e cadeira; 
II - som. 
Parágrafo único - A instalação de toldo e o uso de 
publicidade obedecerão ao disposto no 
regulamento. 
 
85 
 
Art. 151 - O comércio em veículo automotor não 
poderá ocorrer: 
I - em frente a portaria de estabelecimento de 
ensino, hospital, clube e templo religioso; 
II - a menos de 50 m (cinqüenta metros) de 
lanchonete, bar, restaurante e similar; 
III - em afastamento frontal de edificação; 
IV - em local onde a legislação de trânsito não 
permita a parada ou o estacionamento de veículo. 
 
Art. 152 - Não será permitida a venda ambulante 
de alimento em cesto, baú, tabuleiro ou qualquer 
outro recipiente similar. 
 
Art. 153 - O regulamento deste Código: 
I - definirá a documentação necessária ao 
licenciamento para o exercício de atividade 
comercial em veículos de tração humana e 
automotor; 
II - poderá estabelecer, em área específica, 
proibições adicionais relativas a horários e a locais 
para o exercício de atividade comercial em 
veículos. 
 
Seção III-A 
Da Atividade Exercida por Pessoa com Deficiência 
Seção III-A renomeada pela Lei nº 10.947, de 
13/7/2016 (Art. 2º) 
 
Art. 153-A - Poderá ser exercida, nos termos desta 
Seção, a atividade de comércio em logradouro 
público por pessoa com deficiência, que dependerá 
de prévio licenciamento. 
Caput com redação dada pela Lei nº 10.947, de 
13/7/2016 (Art. 3º) 
Parágrafo único - O licenciado deverá: 
I - exercer a atividade de que trata esta Seção sem 
a utilização de carrinho, banca, mesa ou outro 
equipamento que ocupe espaço no logradouro 
público; 
II - exercer pessoalmente as atividades 
respectivas, sendo-lhe proibido colocar preposto no 
serviço; 
III - portar o documento de licenciamento e 
apresentá-lo à fiscalizaçãoquando solicitado. 
 
Seção IV 
Da Atividade de Engraxate 
 
Art. 154 - Poderá ser exercida em logradouro 
público a atividade de engraxate, que dependerá 
de licenciamento, observado que: 
I - seja dada prioridade aos candidatos com maior 
grau de carência socioeconômica; 
II - haja isenção do pagamento de taxa ou de 
qualquer outro tributo ou preço público. 
 
Art. 155 - O Executivo poderá celebrar convênio 
com entidade voltada à garantia dos direitos da 
criança e do adolescente com vistas à seleção de 
menores candidatos à obtenção do licenciamento 
de que trata o art. 154 deste Código. 
 
Art. 156 - O licenciado poderá explorar apenas 1 
(uma) cadeira de engraxate e uma mesma cadeira 
de engraxate poderá ser explorada por até 2 (duas) 
pessoas. 
 
Art. 157 - O licenciado deverá exercer 
pessoalmente as atividades respectivas, 
ressalvada a possibilidade de auxílio prevista no § 
3° do art. 123 desta Lei. 
Parágrafo único - A proibição prevista no caput não 
atinge o irmão ou o filho do licenciado, desde que 
comprovada e comunicada ao Executivo a sua 
incapacidade temporária ou definitiva. 
 
Art. 157-A - É permitido ao licenciado, vedado o 
uso de outro mobiliário urbano além da cadeira de 
engraxate: 
I - comercializar cadarços de sapatos e de tênis; 
II - realizar pequenos consertos. 
 
Art. 158 - Cumpre ao licenciado: 
I - manter a cadeira e acessórios em bom estado 
de conservação e aparência; 
II - portar o documento de licenciamento e 
apresentá-lo à fiscalização quando solicitado; 
III - observar a tabela de preços e afixá-la em local 
visível; 
IV - usar o uniforme estipulado pelo Executivo; 
V - manter limpa a área num raio de 5 m (cinco 
metros) da cadeira; 
VI - usar em serviço material de boa qualidade. 
 
Art. 159 - É vedado ao licenciado: 
I - permanecer inativo por mais de 5 (cinco) dias, 
salvo em caso de superveniência de incapacidade 
temporária, se ela não for substituída na forma do 
parágrafo único do art. 157 deste Código; 
II - ocupar o logradouro público com mercadoria, 
objeto ou instalação diversa de sua atividade; 
III - realizar serviços de sapataria além dos 
permitidos nesta Seção; 
IV - comercializar qualquer espécie de produto não 
prevista nesta Seção. 
 
Seção V 
Do Evento 
 
Art. 160 - Poderá ser realizado evento em 
logradouro público, desde que atenda ao interesse 
público, devidamente demonstrado no processo de 
licenciamento respectivo. 
 
Parágrafo único - Considera-se evento, para os fins 
deste Código, qualquer realização, sem caráter de 
permanência, de atividade recreativa, social, 
cultural, religiosa ou esportiva. 
 
Art. 163 - O espetáculo pirotécnico é considerado 
evento e dependerá de licenciamento e 
comunicação prévia ao Corpo de Bombeiros. 
Parágrafo único - O espetáculo pirotécnico 
respeitará as regras de segurança pública e de 
proteção ao meio ambiente, podendo o 
regulamento proibir a sua realização na 
proximidade que definir em relação a local onde 
86 
 
possa comprometer a segurança de pessoa ou de 
bem. 
 
Seção VI 
Da Feira 
 
Subseção I 
Disposições Preliminares 
 
Art. 164 - As áreas destinadas a feira em 
logradouro público serão fechadas ao trânsito de 
veículos durante sua realização. 
 
Art. 164-A - O Executivo adotará sistema de 
monitoramento para as feiras realizadas no 
logradouro público, visando garantir a 
compatibilidade do funcionamento das mesmas 
com o interesse público. 
 
Art. 164-B - VETADO 
 
Art. 165 - É vedada a realização de feira que fira o 
interesse público, a critério do Executivo. 
 
Art. 166 - A feira será criada pelo Executivo, nos 
termos do art. 31 da Lei Orgânica do Município de 
Belo Horizonte. 
 
Subseção II 
Do Documento de Licenciamento 
 
Art. 167 - A participação em feira depende de 
prévio licenciamento e da expedição do respectivo 
documento de licenciamento. 
§ 1º - O documento de licenciamento para 
participação em feira terá validade de 1 (um) ano, 
podendo, a critério do Executivo, ser renovado ao 
final do período por igual prazo. 
§ 2º - Para a renovação do documento de 
licenciamento deverá ser encaminhado ao órgão 
competente requerimento instruído com cópia do 
documento vigente e comprovação de pagamento da 
última taxa devida. 
 
Art. 168 - O documento de licenciamento será 
específico para cada feira ou, se for o caso, para 
cada dia. 
Parágrafo único - No caso de feira permanente, é 
vedado deter mais de um documento de 
licenciamento, a qualquer título, para uma mesma 
feira. 
 
Art. 169 - O Executivo reservará vagas nas feiras, 
nos termos prescritos no regulamento, até o limite 
de 5% (cinco por cento), para entidades 
assistenciais ou filantrópicas ou para pessoas 
portadoras de deficiência, que ficarão isentas do 
pagamento das taxas devidas. 
 
Art. 170 - Em caso de necessidade, devidamente 
comprovada, o feirante poderá indicar pessoa 
prevista no § 3° do art. 123 desta Lei para 
substituí-lo. 
Parágrafo único - O prazo máximo para 
substituição será de 60 (sessenta) dias, ficando os 
casos excepcionais sujeitos a avaliação pela 
comissão paritária de que trata o art. 182 deste 
Código. 
 
Subseção III 
Dos Deveres e Vedações 
 
Art. 171 - O feirante é obrigado a: 
I - trabalhar apenas na feira e com os materiais 
para os quais esteja licenciado; 
II - respeitar o local demarcado para a instalação 
de sua banca; 
III - manter rigoroso asseio pessoal; 
IV - respeitar e cumprir o horário de funcionamento 
da feira; 
V - adotar o modelo de equipamento definido pelo 
Executivo; 
VI - colaborar com a fiscalização no que for 
necessário, prestando as informações solicitadas e 
apresentando os documentos pertinentes à 
atividade; 
VII - manter os equipamentos em bom estado de 
higiene e conservação; 
VIII - manter plaquetas contendo nome, preço e 
classificação do produto; 
IX - manter balança aferida e nivelada, quando for 
o caso; 
X - respeitar o regulamento de limpeza pública e 
demais normas expedidas pelo órgão competente 
do Executivo; 
XI - tratar com urbanidade o público em geral e os 
clientes; 
XII - afixar cartazes e avisos de interesse público 
determinados pelo Executivo. 
 
Art. 172 - É proibido ao feirante: 
I - faltar injustificadamente a 2 (dois) dias de feira 
consecutivos ou a mais de 4 (quatro) dias de feira 
por mês; 
II - apregoar mercadoria em voz alta; 
III - vender produto diferente dos constantes em 
seu documento de licenciamento; 
IV - fazer uso do passeio, da arborização pública, 
do mobiliário urbano público, da fachada ou de 
quaisquer outras áreas das edificações lindeiras 
para exposição, depósito ou estocagem de 
mercadoria ou vasilhame ou para colocação de 
apetrecho destinado à afixação de faixa e cartaz ou 
a suporte de toldo ou barraca; 
V - ocupar espaço maior do que o que lhe foi 
licenciado; 
VI – explorar a atividade exclusivamente por meio 
de auxiliar previsto no § 3º do art. 123 desta Lei; 
VII - lançar, na área da feira ou em seus arredores, 
detrito, gordura e água servida ou lixo de qualquer 
natureza; 
VIII - vender, alugar ou ceder a qualquer título, total 
ou parcialmente, permanente ou temporariamente, 
seu direito de participação na feira; 
IX - utilizar letreiro, cartaz, faixa e outro processo 
de comunicação no local de realização da feira; 
X - fazer propaganda de caráter político ou 
religioso durante a realização da feira, no local 
87 
 
onde ela funcione. 
Parágrafo único - No caso de feira permanente, é 
permitido ao feirante fazer uso do passeio, desde que 
seja respeitada a faixa reservada a trânsito de 
pedestre, conforme dispõe o art. 64 deste Código. 
 
Art. 173 - (VETADO) 
 
Art. 174 - O feirante deverá utilizar banca para 
expor sua mercadoria, respeitando o disposto nos 
arts. 95, 96 e 97 deste Código, no que for 
compatível. 
 
Subseção IV 
Das Modalidades e Especificidades da Feira 
 
Art. 175 - A feira poderá ser: 
I - permanente, a que for realizada continuamente, 
ainda que tenha caráter periódico; 
II - eventual, a que for realizada esporadicamente, 
sem o sentidode continuidade. 
 
Parágrafo único - As feiras permanentes deverão 
ter espaço destinado a apresentação gratuita de 
grupos regionais, culturais e de diversão. 
 
Art. 176 - Serão admitidas as seguintes 
modalidades de feira: 
I - feira livre, a que se destinar à venda, 
exclusivamente a varejo, de frutas, legumes, 
verduras, aves vivas e abatidas, ovos, gêneros 
alimentícios componentes da cesta básica, 
pescados, doces e laticínios, biscoitos a granel, 
cereais, óleos comestíveis, artigos de higiene e 
limpeza artesanais, utilidades domésticas, produtos 
comprovadamente artesanais e produtos da 
lavoura e indústria rural; 
II - de plantas e flores; 
III - de livros e periódicos; 
IV - de artes plásticas e artesanato; 
V - de antigüidades; 
VI - de comidas e bebidas típicas nacionais ou 
estrangeiras; 
VII - promocional. 
Parágrafo único- (VETADO) 
 
Art. 177 - A feira de plantas e flores naturais 
comercializará os produtos naturais previstos no 
art. 137 deste Código. 
Parágrafo único - É vedada a comercialização, na 
feira de plantas e flores naturais, de espécimes 
coletados na natureza que possam representar 
risco de depredação da flora nativa. 
 
Art. 178 - A feira de arte e artesanato 
comercializará produtos resultantes da ação 
predominantemente manual, que agreguem 
significado cultural, utilitário, artístico, patrimonial 
ou estético e que, feitos com todos os materiais 
possíveis, sejam de elaboração exclusivamente 
artesanal, não sendo elaborados em nível final, 
exceto quando reciclados. 
 
Art. 179 - A feira de antigüidade comercializará 
objetos selecionados de acordo com a data de 
fabricação - que é critério fundamental -, com o 
estilo de época, a raridade, a possibilidade de 
serem colecionados e as peculiaridades locais. 
Parágrafo único - A fim de se evitar a evasão do 
patrimônio histórico, artístico e cultural, cada 
expositor deverá manter registro de procedência e 
destino das peças sacras, mobiliário e outros que 
porventura venha a comercializar na feira. 
 
Art. 180 - A feira de comidas e bebidas típicas 
comercializará produtos que: 
I - estejam ligados a origem cultural determinada, 
constituindo tradição cultural das cozinhas mineira, 
nacional e internacional; 
II - resultem de preparo e processo exclusivamente 
caseiro, à exceção de cerveja, refrigerante, suco e 
refresco industrializado e água mineral. 
 
Art. 181 - A feira promocional será destinada a 
divulgar atividade, produto, tecnologia, serviço, 
país, estado ou cidade. 
§ 1º - Na feira prevista no caput é vedada a venda 
a varejo. 
§ 2º - É permitida, na feira prevista no caput, a 
instalação de espaços destinados à prestação de 
serviço distinto da finalidade da feira, desde que 
ocupando no máximo 10 % (dez por cento) de seu 
espaço total. 
 
Subseção V 
Da Coordenação das Feiras 
 
Art. 182 - As feiras serão coordenadas por uma 
comissão paritária constituída, em igual número, 
por representantes do Executivo e dos feirantes, 
com suplência, sendo que haverá uma comissão 
para cada uma das modalidades de feira previstas 
no art. 176 deste Código. 
§ 1º - Os representantes dos feirantes serão eleitos 
diretamente entre os licenciados nas feiras, em 
processo autônomo. 
§ 2º - Os membros suplentes serão escolhidos da 
mesma forma que os membros titulares. 
§ 3º - O mandato dos membros da comissão 
paritária será de 1 (um) ano, renovável uma vez 
por igual período. 
§ 4º - Os membros da comissão paritária não farão 
jus a qualquer espécie de remuneração. 
§ 5º - Serão excluídos da comissão paritária os 
membros, titulares ou suplentes, que faltarem 
injustificadamente a mais de 4 (quatro) reuniões 
por ano. 
§ 6º - O regulamento deste Código definirá as 
regras de funcionamento e de realização das 
reuniões da comissão paritária, considerando as 
prescrições desta Subseção. 
 
Art. 183 - Em virtude da dimensão de alguma feira 
em particular, poderá ser criada uma comissão 
paritária específica para ela, obedecidas as regras 
do art. 182 deste Código. 
 
Art. 184 - À comissão paritária compete: 
88 
 
I - solicitar ao Poder Público a constituição de 
grupo técnico de avaliação, sempre que entender 
necessário; 
II - organizar e orientar o funcionamento das feiras; 
III - manifestar-se sobre os recursos impetrados 
por feirantes em caso de aplicação de penalidade. 
 
Art. 185 - O Poder Público, de ofício ou mediante 
solicitação da comissão paritária, constituirá um 
grupo técnico de avaliação, composto por 
especialistas nas atividades desenvolvidas nas 
feiras e em urbanismo e que não sejam feirantes. 
Parágrafo único - Compete ao grupo técnico de 
avaliação: 
I - avaliar a natureza, a qualidade da produção e do 
material e as ferramentas utilizadas, podendo fazê-
lo nos locais de exposição, armazenagem ou 
produção; 
II - apreciar a compatibilização do material a ser 
exposto e comercializado com as prescrições deste 
Código, de seu regulamento e do documento de 
licenciamento respectivo; 
III - assessorar a comissão paritária sempre que 
solicitado. 
 
Seção VII 
Da Atividade em Quiosque em Locais de 
Caminhada 
 
Art. 185-A - Poderá ser exercida atividade de 
comércio em quiosque instalado no logradouro 
público, exclusivamente em locais de caminhada, 
sujeita a prévio Iicenciamento, em processo a ser 
definido no regulamento deste Código. 
 
Art. 185-B - O quiosque destina-se à 
comercialização de: 
I - água mineral; 
II - água de coco; 
III - bebidas não alcoólicas; 
IV - bombonière; 
V - picolés e sorvetes em embalagens 
descartáveis; 
VI - exploração de sanitário público. 
 
 
EXERCÍCIOS 
 
1. Nos termos do art.49 do Código de posturas 
municipais, o logradouro público, observado o previsto 
neste Código, somente será utilizado para os 
seguintes fins, EXCETO: 
a) trânsito de pedestre e de veículo; 
b) estacionamento de veículo; 
c) passeata e manifestação popular; 
d) execução de obra ou serviço, público ou particular 
 
2. A realização de passeata ou manifestação popular 
em logradouro público é livre, desde que, EXCETO: 
a) não haja outro evento previsto para o mesmo local; 
b) tenha sido feita comunicação oficial ao Executivo e 
ao Batalhão de Eventos da Polícia Militar de Minas 
Gerais, informando dia, local e natureza do evento, 
com, no mínimo, 24 (vinte e quatro) horas de 
antecedência; 
c) não ofereça risco à segurança pública. 
d) não exceda a 10% da população local. 
 
3. Relativamente ao Código de Posturas, analise as 
afirmativas abaixo: 
I- O exercício de atividades em logradouro público 
depende de licenciamento prévio junto ao Executivo. 
II- Fica proibido o exercício de atividade por camelôs, 
toreros e flanelinhas no logradouro público. 
III- Fica proibida a utilização do passeio por 
ambulantes.; 
Estão corretas as seguintes afirmativas: 
a) I e II 
b) II e III 
c) I e III 
d) Todas estão corretas 
 
4 O Executivo poderá licenciar, para o exercício em 
logradouro público, apenas as seguintes atividades, 
EXCETO: 
a) estacionamento; 
b) de engraxate; 
c) feira; 
d) lavador de veículo automotor. 
 
5. A atividade exercida no logradouro público pode 
ser: 
a) constante, aquela que se realiza mensalmente 
b) eventual, aquela que se realiza esporadicamente. 
c) constante, aquela que se realiza diariamente 
d) eventual, aquela que se realiza anualmente. 
 
6. . Relativamente ao Código de Posturas, assinale a 
afirmativa INCORRETA: 
a) Para os fins deste Código, o equipamento para 
exercício de atividade no logradouro público constitui 
modalidade de mobiliário urbano. 
b) O horário de exercício de atividade no logradouro 
público será previsto no documento de licenciamento 
respectivo. 
c) É permitida no logradouro público a realização de 
campanha para arrecadação de fundos. 
d) O Executivo capacitará o licenciado para o 
exercício de atividade no logradouro público, visando 
a engajá-lo nos programas de interesse público 
desenvolvidos no respectivo local, podendo, inclusive, 
vir a utilizaro mobiliário onde a atividade é exercida 
como ponto de apoio e referência para a comunidade. 
 
7. Poderá ser exercida a atividade de comércio em 
banca instalada em logradouro público, que se sujeita 
a prévio licenciamento e será destinado 
exclusivamente à venda ao consumidor das 
mercadorias para os seguintes tipos de banca, 
EXCETO: 
a) banca de cosméticos; 
b) banca de jornais e revistas, que será fixa; 
89 
 
c) banca de flores e plantas naturais, que será fixa; 
d) banca de bebidas naturais, que será móvel. 
 
8. A banca de jornais e revistas destina-se à 
comercialização de: 
I - jornal e revista de esportes; 
II - flâmula, álbum de figurinha, emblema e adesivo; 
III - cartão postal do município e comemorativo; 
IV - mapa e livro; 
V - cartão telefônico e recarga de cartão magnético do 
metrô: 
Estão corretas as seguintes afirmativas: 
a) I e IV 
b) III e V 
c) II e IV 
d) Todas estão corretas 
 
9. A banca de bebidas naturais destina-se à 
comercialização de: 
a) caldo de cana, mas não água de coco; 
b) suco natural,x mas não cerveja; 
c) água mineral, mas não refresco; 
d) agua mineral, mas não suco natural; 
 
10. Relativamente à atividade em Veículo de Tração 
Humana e Veículo Automotor, assinale a afirmativa 
CORRETA: 
a) Poderão ser utilizados o veículo de tração humana 
e o automotor para a comercialização de alimento em 
logradouro público, devendo tais veículos, bem como 
os utensílios e vasilhames utilizados no serviço, ser 
vistoriados e aprovados pelo órgão municipal 
responsável pela vigilância sanitária. 
b) A atividade de que trata esta Seção não poderá ser 
exercida em sistema de rodízio estabelecido pela 
entidade representativa de cada segmento, segundo 
critérios a serem definidos pelo regulamento. 
c) O veículo não será de tipo padronizado 
d) A mercadoria poderá ficar exposta em caixote ou 
assemelhado colocado no passeio ou via pública. 
 
11. O licenciado para exercer atividade comercial em 
veículo de tração humana ou automotor deverá, 
quando em serviço: 
a) portar o documento de licenciamento atualizado; 
b) usar uniforme limpo e de cor clara; 
c) manter rigoroso asseio pessoal; 
d) todas estão corretas. 
 
12. O veículo será de tipo padronizado, definido pelo 
Executivo para cada modalidade de comércio, sendo, 
em qualquer caso, dotado de: 
a) extintor de incêndio apropriado, em qualquer 
situação. 
b) recipiente com água para lavar as mãos. 
c) recipiente adequado à coleta de resíduos. 
d) banheiro. 
 
13. É proibido comercializar em veículo, EXCETO: 
a) refresco; 
b) caldo de cana; 
c) sorvete de fabricação instantânea, proveniente de 
xaropes ou qualquer outro processo; 
d) qualquer fruta descascada ou partida. 
 
14. É vedado ao licenciado para atividade 
desenvolvida em veículo de tração humana, 
EXCETO: 
a) o preparo de bebida, ou mistura de xarope, 
essência ou outro produto corante ou aromático; 
b) a venda fracionada de refrigerante, água mineral, 
suco ou refresco industrializado. 
c) o preparo de alimentos não elencados no art. 146 
do Código; 
d) todas estão incorretas. 
 
15. Relativamente à a atividade de engraxate, cumpre 
ao licenciado, EXCETO: 
a) manter a cadeira e acessórios em bom estado de 
conservação e aparência; 
b) portar o documento de licenciamento e apresentá-lo 
à fiscalização quando solicitado; 
c) usar em serviço material indicado pela prefeitura. 
d) manter limpa a área num raio de 5 m (cinco metros) 
da cadeira; 
 
 
GABARITO 
 
1.D 2.D 3.D 4.A 5.B 6.C 7.A 
8.C 9.B 10.A 11.D 12.C 13.D 14.D 
15.C 
 
 
LEI Nº 11.065, DE 1º DE AGOSTO DE 2017 
Estabelece a estrutura orgânica da administração 
pública do Poder Executivo 
 
CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 
 
Art. 1º – Esta lei estabelece a estrutura orgânica da 
administração pública do Poder Executivo do 
Município de Belo Horizonte. 
 
Art. 2º – A administração pública compreende a 
administração direta e a indireta. 
 
Art. 3º – Os órgãos e entidades da administração 
pública municipal relacionam-se por subordinação 
administrativa, subordinação técnica, vinculação e 
suporte técnico-administrativo. 
 
§ 1º – Para os efeitos desta lei, entende-se por: 
I – subordinação administrativa: a relação hierárquica 
de secretarias e órgãos autônomos com o prefeito, 
bem como das unidades administrativas com os 
titulares dos órgãos e das entidades a que se 
subordinam; 
II – subordinação técnica: 
a) a relação de subordinação das unidades setoriais 
às unidades centrais, no que se refere à normalização 
e à orientação técnica; 
90 
 
b) a relação hierárquica de um órgão ou unidade com 
outro órgão ou unidade, independentemente da 
existência de relação de subordinação administrativa; 
III – vinculação: a relação de entidade da 
administração indireta com a secretaria municipal 
responsável pela formulação das políticas públicas de 
sua área de atuação, para a integração de objetivos, 
metas e resultados; 
IV – suporte técnico-administrativo: a relação de órgão 
colegiado com a secretaria municipal, no que se refere 
a garantir e fornecer as condições técnicas, 
operacionais e administrativas necessárias à 
implementação das diretrizes das políticas públicas 
estabelecidas no Plano Plurianual de Ação 
Governamental – PPAG. 
 
§ 2º – Compete às secretarias municipais exercer a 
supervisão das atividades das entidades a elas 
vinculadas nos termos do inciso III do § 1º, observada 
a natureza do vínculo. 
 
Art. 4º – As Secretarias Municipais de Assuntos 
Institucionais e Comunicação Social; de Fazenda; de 
Governo; de Planejamento, Orçamento e Gestão; a 
Procuradoria-Geral do Município e a Controladoria-
Geral do Município atuarão como órgãos centrais, no 
âmbito de suas respectivas competências. 
 
Parágrafo único – Para fins do disposto no caput, 
consideram-se órgãos centrais aqueles responsáveis 
pela elaboração de políticas e diretrizes a serem 
seguidas pelos demais órgãos e entidades do Poder 
Executivo. 
 
Art. 5º – Os órgãos, as autarquias e as fundações da 
administração pública do Poder Executivo, observada 
a conveniência administrativa, poderão, nos termos de 
decreto, compartilhar a execução das atividades 
jurídicas e de apoio e suporte administrativo. 
 
CAPÍTULO II 
DA GOVERNANÇA PÚBLICA 
 
Seção I 
Das Instâncias Centrais de Governança 
 
Art. 6º – São Instâncias Centrais de Governança: 
I – a Câmara de Coordenação Geral – CCG; 
II – a Câmara Intersetorial de Articulação em Rede – 
Ciar; 
III – VETADO 
IV – VETADO 
V – os mecanismos e instrumentos da gestão 
democrática e participação social e popular. 
 
Subseção I 
Da Câmara de Coordenação Geral – CCG 
 
Art. 7º – A Câmara de Coordenação Geral – CCG – 
tem como competência apoiar o prefeito: 
I – na condução e na execução da política 
orçamentária, financeira, patrimonial, previdenciária e 
de recursos humanos do Poder Executivo; 
II – na definição das diretrizes a serem implementadas 
no âmbito das políticas públicas; 
III – no planejamento e no alinhamento das ações 
governamentais; 
IV – na validação de diretrizes e projetos que 
envolvam tecnologia da informação; 
V – nas decisões de interesse das entidades, 
sociedades de economia mista e empresas 
controladas direta ou indiretamente pelo Município; 
VI – na validação das políticas e estratégias de gestão 
de suprimentos e contratação de serviços, observada 
a qualidade do gasto; 
 
§ 1º – A Empresa de Informática e Informação do 
Município de Belo Horizonte – Prodabel – prestará, 
sob a coordenação e as diretrizes da Secretaria 
Municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão – 
SMPOG, suporte técnico e operacional para o 
desempenho da competência de que trata o inciso IV 
do caput deste artigo. 
 
§ 2º – Submetem-se à CCG todos os órgãos e 
entidades da administração direta e indireta do Poder 
Executivo. 
 
§ 3º – A secretaria executiva da CCG será exercida 
pela SMPOG, que prestará o apoio técnico, logístico e 
operacional para seu funcionamento.§ 4º – A CCG sucederá a Junta de Execução 
Orçamentária e Financeira – JUCOF. 
 
§ 5º – Os secretários municipais e os dirigentes 
máximos dos órgãos e entidades do Poder Executivo 
poderão participar como convidados de reuniões da 
CCG. 
 
§ 6º – A composição, as atribuições e o escopo das 
deliberações da CCG serão estabelecidos em decreto. 
 
Subseção II 
Da Câmara Intersetorial de Articulação em Rede – 
Ciar 
 
Art. 8º - A Câmara Intersetorial de Articulação em 
Rede – Ciar – tem como competência: 
I – avaliar a implementação das políticas sociais em 
âmbito municipal; 
II – articular ações relacionadas às políticas de 
assistência social e segurança alimentar com as 
demais políticas públicas a cargo do Município; 
III – elaborar o planejamento integrado entre os 
órgãos e entidades do Poder Executivo, com vistas a 
enfrentar situações de vulnerabilidade e risco sociais. 
 
§ 1º – A secretaria executiva da Ciar será exercida 
pela Secretaria Municipal de Assistência Social, 
Segurança Alimentar e Cidadania – SMASAC, que 
prestará o apoio técnico, logístico e operacional para 
seu funcionamento. 
 
§ 2º – A Ciar sucederá a Câmara Intersetorial de 
Políticas Sociais. 
 
91 
 
§ 3º – A composição, as atribuições e o escopo das 
deliberações da Ciar serão estabelecidos em decreto. 
 
Subseção III 
Da Câmara Intersetorial de Articulação em Rede – 
Políticas Urbanas – Ciar–PU 
 
Art. 9º – VETADO 
 
Seção II 
Dos Mecanismos e Instrumentos de Gestão 
Democrática e de Participação Popular 
 
Art. 10 – São instrumentos de gestão democrática e 
de participação popular: 
I – conselho de políticas públicas; 
II – comissão de políticas públicas; 
III – conferência municipal; 
IV – ouvidoria pública; 
V – fórum regionalizado; 
VI – fórum interconselhos; 
VII – mesa de diálogo; 
VIII – audiência pública; 
IX – consulta pública; 
X – orçamento participativo; 
XI – ambiente de participação social virtual ou 
presencial; 
XII – VETADO 
XIII – VETADO 
XIV – VETADO 
XV – planejamento participativo; 
XVI – outros mecanismos de participação popular. 
 
Parágrafo único – Os mecanismos e instâncias 
previstos neste artigo serão regulamentados em 
decreto, conforme as exigências previstas na 
legislação aplicável. 
Art. 11 – VETADO 
Art. 12 – VETADO 
Art. 13 – VETADO 
Art. 14 – VETADO 
Art. 15 – VETADO 
 
Seção III 
Das Coordenadorias de Atendimento Regional 
 
Art. 16 – Para fins de coordenação e implementação 
dos planos e programas relativos à política pública a 
cargo do Município, funcionarão nove Coordenadorias 
de Atendimento Regional, com competências, em 
suas respectivas circunscrições, de apoiar as 
secretarias municipais na implementação das políticas 
públicas relativas a saúde, educação, abastecimento 
alimentar, serviços sociais, cultura, esportes, controle 
urbano e ambiental, limpeza urbana, patrimonial, 
manutenção e obras. 
 
Art. 17 – As Coordenadorias de Atendimento Regional 
serão subordinadas diretamente ao Gabinete do 
Prefeito – GP. 
 
Parágrafo único – O funcionamento e as atribuições 
das Coordenadorias de Atendimento Regional serão 
previstos em decreto. 
 
Seção IV 
Dos Conselhos Consultivos Regionais de Participação 
Popular 
 
Art. 18 – Os Conselhos Consultivos Regionais de 
Participação Popular, instrumento participativo da 
população nas ações governamentais regionalizadas, 
têm como competência, no âmbito da respectiva 
circunscrição: 
I – acompanhar e fiscalizar as ações regionais do 
poder público, inclusive quanto à aplicação de 
recursos; 
II – participar da elaboração das políticas de ação do 
poder público para a respectiva circunscrição; 
III – acompanhar a elaboração e execução de planos, 
programas e projetos; 
IV – relacionar carências e reivindicações regionais 
nas áreas, entre outras, de Saúde, Educação, 
Habitação, Transporte, Saneamento, Meio Ambiente, 
Urbanização, Cultura, Esportes e relativas à criança, 
ao adolescente e ao idoso. 
 
§ 1º – Funcionará um Conselho Consultivo Regional 
de Participação Popular na circunscrição de cada 
Coordenadoria de Atendimento Regional Municipal. 
§ 2º – Cada Conselho será presidido pelo 
Coordenador de Atendimento Regional da respectiva 
circunscrição, que prestará o apoio técnico e 
operacional ao Conselho. 
§ 3º – A composição e o funcionamento dos 
Conselhos Consultivos Regionais de Participação 
Popular serão definidos em decreto. 
§ 4º – A participação como conselheiro será de 
relevante interesse público, vedada a remuneração. 
 
 
Seção V 
Da Contratualização de Resultados 
 
Art. 19 – Esta seção dispõe sobre a contratualização 
de resultados e disciplina a autonomia gerencial, 
orçamentária e financeira do Município, observados os 
§§ 10 e 11 do art. 14 da Constituição do Estado de 
Minas Gerais e o § 8º do art. 37 da Constituição da 
República Federativa do Brasil de 1988. 
 
Art. 20 – São objetivos da contratualização de 
resultados: 
I – favorecer o alcance dos objetivos do Plano 
Plurianual de Ação Governamental – PPAG; 
II – estabelecer compromissos para a modernização 
da gestão municipal; 
III – promover o alcance de metas de médio e longo 
prazo de indicadores de impactos de políticas 
públicas, com vistas à melhoria das condições de vida 
da população; 
IV – estabelecer agenda transparente de 
compromissos dos gestores governamentais a partir 
do plano plurianual e de sua estratégia de 
desenvolvimento; 
V – estabelecer compromissos intersetoriais para a 
consecução dos objetivos das políticas públicas 
municipais. 
92 
 
Parágrafo único – A contratualização de resultados 
será formalizada por meio de Contrato de Metas e 
Desempenho. 
 
Art. 21 – As empresas públicas e sociedades de 
economia mista do Poder Executivo deverão aplicar, 
no que couber e nos termos da legislação vigente, o 
disposto nesta seção. 
 
Subseção I 
Da Formalização e do Prazo de Vigência do Contrato 
de Metas e Desempenho 
 
Art. 22 – A contratualização de resultados será 
formalizada por instrumento que contenha, sem 
prejuízo de outras especificações: 
I – o objeto e a finalidade; 
II – as metas de desempenho, fixadas por indicadores 
objetivos e ações, com prazos de execução e meios 
de apuração objetivamente definidos; 
III – os direitos, obrigações e responsabilidades do 
pactuante e do pactuado, em especial em relação às 
metas estabelecidas; 
IV – as condições para revisão, renovação, 
prorrogação e rescisão contratual; 
V – o prazo de vigência; 
VI – a sistemática de acompanhamento e avaliação, 
com informações sobre a duração dos períodos 
avaliatórios e sobre os critérios a serem considerados 
na aferição do desempenho; 
VII – a relação das prerrogativas concedidas por meio 
da contratualização ao órgão ou à entidade, em 
função da ampliação da sua autonomia gerencial, 
orçamentária e financeira, se houver. 
 
Parágrafo único – A contratualização de resultados a 
que se refere o caput será obrigatória para as metas 
inseridas no âmbito do PPAG a todos os órgãos e 
entidades da administração pública direta e indireta do 
Município, podendo haver a inclusão de metas 
intermediárias necessárias ao acompanhamento da 
consecução dos objetivos dos programas e de metas 
subsidiárias, que não integram o PPAG, mas 
contribuem para o alcance do seu objetivo principal. 
 
Art. 23 – É condição para a assinatura, a revisão e a 
renovação do Contrato de Metas e Desempenho o 
pronunciamento favorável da SMPOG quanto ao pleno 
atendimento das exigências estabelecidas nesta 
seção e à compatibilidade das metas acordadas com 
os pactuados, na forma definida em decreto. 
 
Art. 24 –- São signatários do Contrato de Metas e 
Desempenho o prefeito e o dirigente máximo do órgão 
ou da entidade pactuada. 
 
Art. 25 – O Contrato de Metas e Desempenho terá 
vigência mínima de 6 (seis) meses e máxima de 4 
(quatro) anos, desde que não ultrapasse o primeiro 
ano do governo subsequente àquele em que tiver sido 
assinado, podendo ser renovado por acordo entre as 
partes. 
 
Parágrafo único – A revisão do Contrato de Metas e 
Desempenhoserá formalizada mediante termo aditivo. 
 
Subseção II 
Da Ampliação da Autonomia Gerencial, Orçamentária 
e Financeira 
 
Art. 26 – A autonomia gerencial, orçamentária e 
financeira dos órgãos e das entidades da 
administração direta, autárquica e fundacional do 
Poder Executivo poderá ser ampliada mediante 
previsão expressa no Contrato de Metas e 
Desempenho, observadas as exigências 
estabelecidas nesta seção. 
 
Art. 27 – A ampliação da autonomia a que se refere o 
art. 26 dar-se-á mediante a concessão ao pactuado de 
prerrogativa para alterar os quantitativos e a 
distribuição dos cargos de provimento em comissão e 
das funções gratificadas, nos termos da legislação 
vigente, desde que não acarrete aumento de despesa 
no orçamento anual do Poder Executivo. 
 
Art. 28 – VETADO 
 
Subseção III 
Da Responsabilidade dos Dirigentes e dos 
Mecanismos de Acompanhamento 
 
Art. 29 – O pactuante e os dirigentes dos órgãos e das 
entidades pactuados promoverão as ações 
necessárias ao cumprimento do Contrato de Metas e 
Desempenho, sob pena de responsabilidade solidária 
por eventual irregularidade, ilegalidade ou desperdício 
na utilização de recursos ou bens. 
 
Art. 30 – Na hipótese de haver substituição do 
dirigente signatário, o novo dirigente deverá, mediante 
ato próprio a ser definido pelo Executivo, realizar a 
formalização do compromisso assumido. 
 
Art. 31 – Sem prejuízo das ações a que se refere o art. 
29, se houver indícios fundados de malversação de 
bens ou de recursos ou quando assim o exigir a 
gravidade dos fatos ou o interesse público, os 
responsáveis pela fiscalização representarão aos 
órgãos competentes para a adoção das medidas 
administrativas e judiciais cabíveis, visando à proteção 
do patrimônio público e à punição dos infratores, sob 
pena de se tornarem solidariamente responsáveis. 
 
Art. 32 – O Poder Executivo estabelecerá mecanismos 
de acompanhamento da execução orçamentária, 
financeira e patrimonial que levem em consideração 
os prazos e os indicadores de desempenho previstos 
no Contrato de Metas e Desempenho. 
 
Parágrafo único – VETADO 
 
CAPÍTULO III 
DA ESTRUTURA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
DO PODER EXECUTIVO 
 
Seção I 
93 
 
Disposições Gerais 
 
Art. 33 – A estrutura básica e as competências dos 
órgãos, autarquias e fundações da administração 
pública do Poder Executivo são as definidas neste 
capítulo. 
 
Art. 34 – A organização dos órgãos, autarquias e 
fundações, respeitadas as competências e estruturas 
básicas previstas nesta lei e o disposto em leis 
específicas, será estabelecida em decreto, que 
conterá: 
I – a estrutura organizacional e as atribuições dos 
órgãos, autarquias e fundações do Poder Executivo e 
de suas respectivas unidades administrativas, 
decorrentes das competências previstas nesta lei; 
II – a subordinação, a sede e a área de abrangência 
das unidades regionais, quando couber; 
III – as atribuições e a composição das unidades 
colegiadas das autarquias e fundações de que trata 
esta lei; 
IV – as atribuições e a composição dos órgãos 
colegiados, quando couber. 
 
§ 1º – Na definição da estrutura organizacional e das 
atribuições dos órgãos, autarquias e fundações e de 
suas unidades serão observados: 
I – a gestão descentralizada, participativa, 
transparente e integrada; 
II – o atendimento às demandas populares; 
III – o suporte às ações de planejamento, 
implementação e monitoramento de políticas, inclusive 
as orçamentárias; 
IV – o desenvolvimento sustentável; 
V – a coerência com as finalidades organizacionais; 
VI – a coerência com as necessidades regionais; 
VII – a inclusão social e o enfrentamento das 
desigualdades socioeconômicas. 
 
§ 2º – A estrutura dos órgãos, autarquias e fundações 
poderá conter unidades regionais descentralizadas 
nas Coordenadorias de Atendimento Regionais, de 
acordo com a necessidade de desconcentração e 
descentralização dos serviços e das políticas públicas 
a cargo do Poder Executivo e nos termos definidos em 
decreto. 
 
Art. 35 – Para fins de elaboração do decreto de que 
trata o art. 34 desta lei, serão observadas: 
I – a concentração das atividades setoriais e 
seccionais de planejamento, gestão e finanças; 
II – as diretrizes e orientações normativas 
estabelecidas pelas unidades centrais para as 
atividades de planejamento, gestão e finanças, 
jurídicas e de comunicação social; 
III – a disponibilidade de cargo de provimento em 
comissão ou, quando couber, função gratificada para 
a chefia das unidades administrativas; 
IV – a alteração dos limites de despesa com cargos e 
funções de confiança, respeitados os parâmetros 
estabelecidos em regulamento. 
 
Art. 36 – Os órgãos, autarquias e fundações do Poder 
Executivo encaminharão proposta de estruturação 
para análise e manifestação da SMPOG de acordo 
com normas definidas em regulamento. 
 
Seção II 
Da Administração Direta 
 
Art. 37 – A administração direta constitui-se de órgãos 
sem personalidade jurídica, criados por lei, em 
decorrência da desconcentração e da hierarquia. 
 
Parágrafo único – A administração direta compreende: 
I – o Gabinete do Prefeito; 
II – o Gabinete do Vice-Prefeito; 
III - as secretarias municipais; 
IV – os órgãos autônomos; 
V – os órgãos colegiados. 
 
Subseção I 
Do Gabinete do Prefeito e do Gabinete do Vice-
Prefeito 
 
Art. 38 – O Gabinete do Prefeito – GP – tem como 
competência: 
I – elaborar, instruir e dar publicidade aos atos oficiais 
de governo; 
II – promover a análise técnico-legislativa para o 
exercício das competências legislativas e do poder 
regulamentar; 
III – assistir diretamente o prefeito no desempenho de 
suas atribuições; 
IV – editar e gerir as publicações no Diário Oficial do 
Município. 
 
Art. 39 – O Gabinete do Vice-Prefeito – GVP – tem 
como competência prestar apoio e assessoramento 
administrativo, operacional e técnico ao vice-prefeito 
no desempenho de suas atribuições definidas pela Lei 
Orgânica do Município e nas funções a ele conferidas 
por lei ou delegadas pelo prefeito, bem como 
colaborar com o prefeito no acompanhamento das 
metas governamentais. 
 
Art. 40 – O apoio técnico, logístico e operacional para 
o funcionamento dos gabinetes do prefeito e do vice-
prefeito será prestado pela Secretaria Municipal de 
Assuntos Institucionais e Comunicação Social e pela 
Secretaria Municipal de Governo, respectivamente. 
 
Subseção II 
Das Secretarias Municipais 
 
Art. 41 – As secretarias municipais que compõem a 
administração direta e suas competências são as 
constantes nesta subseção. 
 
§ 1º – Compõem a estrutura organizacional da 
administração direta as seguintes secretarias: 
I – a Secretaria Municipal de Assistência Social, 
Segurança Alimentar e Cidadania – SMASAC; 
II – a Secretaria Municipal de Assuntos Institucionais e 
Comunicação Social – SMAICS; 
III – a Secretaria Municipal de Cultura – SMC; 
IV – a Secretaria Municipal de Desenvolvimento 
Econômico – SMDE; 
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V – a Secretaria Municipal de Educação – SMED; 
VI – a Secretaria Municipal de Esportes e Lazer – 
SMEL; 
VII – a Secretaria Municipal de Fazenda – SMFA; 
VIII – a Secretaria Municipal de Governo – SMGO; 
IX – a Secretaria Municipal de Meio Ambiente – 
SMMA; 
X – a Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura – 
SMOBI; 
XI – a Secretaria Municipal de Planejamento, 
Orçamento e Gestão – SMPOG; 
XII – a Secretaria Municipal de Política Urbana – 
SMPU; 
XIII – a Secretaria Municipal de Saúde – SMSA; 
XIV – a Secretaria Municipal de Segurança e 
Prevenção – SMSP. 
 
§ 2º – As secretarias municipais organizam-se 
conforme a seguinte estrutura básica: 
I – Gabinete; 
II – Diretoria de Planejamento, Gestão e Finanças; 
III – subsecretarias; 
IV – VETADO 
 
§ 3º – As subsecretarias a que se refere o inciso III do 
§ 2º serão denominadas e especificadas em decreto. 
 
§ 4º – As estruturas básicas das secretarias poderão, 
excepcionalmente, mediante manifestação da 
SMPOG: 
I – não conter diretoria de planejamento, gestão e 
finanças ou substituí-la por unidades administrativascom atribuições equivalentes; 
II – não conter subsecretarias. 
 
§ 5º – VETADO 
Art. 42 - A Secretaria Municipal de Assistência Social, 
Segurança Alimentar e Cidadania – SMASAC – tem 
como competência planejar, coordenar e executar: 
I – a política municipal de assistência social, por 
intermédio do Sistema Único da Assistência Social – 
Suas-BH, observados os objetivos de proteção social, 
vigilância socioassistencial e defesa social e 
institucional; 
II – a política municipal de segurança alimentar e 
nutricional sustentável, por intermédio do Sistema de 
Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável – 
Sisan; 
III – a articulação e as atividades relativas à política de 
garantia de igualdade de direitos e cidadania para a 
preservação, defesa e inclusão de indivíduos, 
especialmente de: 
a) crianças, adolescentes e jovens; 
b) mulheres; 
c) pessoa idosa; 
d) pessoa com deficiência; 
e) VETADO 
f) pessoa negra, quilombola, cigana, indígena, aldeado 
ou não, e demais grupos sociais e comunidades 
tradicionais; 
g) população LGBT; 
h) VETADO 
i) VETADO 
j) VETADO 
IV – o desenvolvimento de estratégias intersetoriais de 
governo que visem ao atendimento dos públicos 
assistidos pela SMASAC; 
V – a estruturação, o apoio administrativo e o 
assessoramento técnico aos conselhos tutelares, em 
parceria com as Coordenadorias de Atendimento 
Regional; 
VI – o acesso regular e permanente da população em 
vulnerabilidade social ou em situação de rua ao 
restaurante popular, assegurando-lhe o direito a 
refeições necessárias e adequadas. 
 
§ 1º – Integram a área de competência da SMASAC: 
I – por suporte técnico-administrativo: 
a) o Conselho Municipal do Idoso de Belo Horizonte – 
CMI–BH; 
b) o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do 
Adolescente – CMDCA; 
c) o Conselho Municipal de Segurança Alimentar e 
Nutricional de Belo Horizonte – Comusan–BH; 
d) o Conselho de Alimentação Escolar – CAE; 
e) o Conselho Municipal de Assistência Social – 
CMAS; 
f) Conselho Municipal do Auxílio de Transporte 
Escolar – Comate; 
g) o Conselho Municipal da Juventude – Comjuve; 
h) o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher – 
CMDM; 
i) o Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com 
Deficiência – CMDPD; 
j) o Conselho Municipal de Promoção da Igualdade 
Racial – Compir. 
 
§ 2º – Cabe à SMASAC gerir: 
I – o Fundo Municipal de Assistência Social; 
II – o Fundo Municipal de Segurança Alimentar e 
Nutricional – FUMUSAN; 
III – o Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do 
Adolescente; 
IV – o Fundo Municipal do Idoso; 
V – o Fundo Municipal do Auxílio de Transporte 
Escolar; 
VI – o Fundo Municipal de Alimentação Escolar; 
VII – o Fundo Municipal de Proteção e Defesa das 
Minorias; 
VIII – o Fundo Municipal dos Direitos da Mulher. 
 
Art. 43 – A Secretaria Municipal de Assuntos 
Institucionais e Comunicação Social – SMAICS – tem 
como competência coordenar e desenvolver as 
atividades de: 
I – interlocução com o Poder Legislativo municipal, 
com os demais entes federados e com organismos da 
sociedade civil; 
II – articulação política intergovernamental; 
III – relações públicas e cerimonial; 
IV – comunicação externa e interna do Poder 
Executivo; 
V – assessoria de imprensa, cobertura e distribuição 
de material jornalístico; 
VI – ajudância de ordens e segurança pessoal do 
prefeito; 
VII – assessoramento nas relações institucionais entre 
o Poder Executivo municipal, a Polícia Militar de Minas 
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Gerais, o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, 
organizações militares, Polícia Civil de Minas Gerais e 
Polícia Federal; 
VIII – apoio e assessoramento ao Gabinete do 
Prefeito. 
 
Parágrafo único – As funções previstas nos incisos VI 
e VII serão exercidas por servidores da ativa da 
Polícia Militar do Estado de Minas Gerais – PMMG, 
cedidos pela referida corporação, observada a 
legislação própria da instituição. 
 
Art. 44 – A Secretaria Municipal de Cultura – SMC – é 
órgão gestor do Sistema Municipal de Cultura, previsto 
no § 4º do art. 216-A da Constituição da República, e 
tem como competência planejar, organizar, dirigir, 
coordenar, executar, controlar e avaliar as ações 
setoriais a cargo do Município relativas: 
I – à formulação de políticas culturais democráticas, 
transversais, participativas, transparentes e 
descentralizadas para o Município; 
II – ao pleno exercício dos direitos culturais e à 
democratização e universalização do acesso à cultura; 
III – à promoção da diversidade cultural e étnico-racial; 
IV – à proteção do patrimônio cultural material e 
imaterial; 
V – à formalização de políticas e programas para 
valorização dos setores artístico-culturais do 
Município, incluindo as manifestações das culturas 
populares tradicionais e urbanas, patrimoniais, 
indígenas e afro-brasileiras; 
VI – à coordenação da política municipal de arquivos; 
VII – VETADO 
VIII – ao fomento da pesquisa em artes, cultura e 
gestão cultural; 
IX – VETADO 
X - à elaboração da política municipal de arquivos; 
XI – à elaboração da política municipal de proteção do 
patrimônio histórico, artístico e urbano, em articulação 
com a política urbana do Município; 
XII – VETADO 
XIII – à formulação de políticas públicas e 
planejamento das atividades das Unidades Culturais 
do Município; 
 
§ 1º – A SMC, no exercício de suas competências, 
atuará em cooperação com os demais entes 
federados e com os diferentes segmentos culturais na 
articulação dos sistemas de cultura. 
 
§ 2º – Integram a área de competência da SMC: 
I – por suporte técnico-administrativo: 
a) o Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do 
Município de Belo Horizonte - CDPCM; 
b) o Conselho Municipal de Política Cultural – Comuc; 
c) a Comissão Municipal de Incentivo à Cultura – 
CMIC; 
d) VETADO 
II – por vinculação, a Fundação Municipal de Cultura – 
FMC. 
 
§ 3º – Cabe à SMC gerir: 
I – o Fundo Municipal de Cultura; 
II – o Fundo de Proteção do Patrimônio Cultural do 
Município de Belo Horizonte – FPPC–BH. 
 
§ 4º – VETADO 
 
Art. 45 – A Secretaria Municipal de Desenvolvimento 
Econômico – SMDE – tem como competência 
planejar, organizar, dirigir, coordenar, executar, 
controlar e avaliar as ações setoriais a cargo do 
Município relativas: 
I – à política municipal de desenvolvimento 
econômico; 
II – à promoção e ao fomento: 
a) da indústria, do comércio e dos serviços; 
b) do cooperativismo, do artesanato de grupos 
regionais, culturais e étnicos, dos arranjos produtivos 
locais, da economia solidária e da economia criativa. 
III – ao apoio e ao fomento das microempresas e 
empresas de pequeno e médio porte e do 
microempreendedor individual; 
IV – ao apoio à logística em geral e ao comércio 
exterior; 
V – à prospecção, identificação e criação de 
oportunidades locais, nacionais e internacionais de 
negócios, promovendo a atração de investimentos 
para o Município; 
VI – ao estímulo e incentivo à instalação e 
manutenção de empreendimentos na cidade; 
VII – ao desenvolvimento e ao fomento da pesquisa, 
da inovação e do empreendedorismo; 
VIII – ao apoio à geração e à aplicação do 
conhecimento científico e tecnológico; 
IX – às atividades de proteção e defesa do 
consumidor; 
X – à política de investimento em qualificação e 
requalificação profissional e em geração de emprego; 
XI – à coordenação da gestão municipalizada dos 
programas da política pública de trabalho promovidas 
pela União; 
XII – à articulação e ao fomento das atividades 
turísticas do Município; 
XIII – ao assessoramento ao prefeito no cumprimento 
da agenda internacional, bem como na realização do 
receptivo de missões, autoridades e instituições 
financeiras; 
XIV – a programas estratégicos para o 
desenvolvimento urbano, em articulação com a 
SMPU; 
 
§ 1º – Integram a área de competência da SMDE: 
I – por suporte técnico-administrativo: 
a) o Conselho Municipal de Turismo de Belo Horizonte 
– Comtur-BH; 
b) o Conselho Municipal de Desenvolvimento 
Econômico – Codecom; 
c) o Conselho Municipal de Proteção e Defesa do 
Consumidor – Comdecon-BH; 
d) a

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