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APOSTILA TEORIA E EXERCÍCIOS GUARDA CIVIL MUNICIPAL Prof. Ronie M. Silva e-mail: rpmcursospreparatorios@gmail.com “Duas coisas são infinitas: o universo e a estupidez humana. Mas, em relação ao universo, ainda não tenho certeza absoluta.” Albert Einstein https://www.pensador.com/autor/albert_einstein/ Sumário Português – Teoria ........................................................................................................................ 04 Prova GMBH/2009 ........................................................................................................................ 37 Gabarito ......................................................................................................................................... 44 Português – Exercícios ................................................................................................................. 44 Gabarito ....................................................................................................... .................................. 50 Direito Constitucional (Art.1º ao 11 e 144) ................................................................................... 50 Exercícios ...................................................................................................................................... 53 Gabarito ......................................................................................................................................... 58 Direitos Humanos .......................................................................................................................... 58 Exercícios ............................................................................................... ....................................... 60 Gabarito ....................................................................................................... .................................. 65 Estatuto da Criança e do Adolescente .......................................................................................... 65 Exercícios .................................................................................................................. .................... 65 Gabarito ......................................................................................................................................... 70 Lei orgânica do município de Belo Horizonte ................................................................................ 70 Exercícios ...................................................................................................................................... 79 Gabarito .................................................................................................................... ..................... 81 Código de Posturas Municipais ..................................................................................................... 81 Exercícios ........................................................................................................ .............................. 88 Gabarito ............................................................................................................ ............................. 89 Estrutura orgânica da administração pública do Poder Executivo ................................................ 89 Exercícios ......................................................................................................... ........................... 102 Gabarito .................................................................................. ..................................................... 104 Decreto Municipal n° 11.566 ....................................................................................................... 104 Exercícios .................................................................................................................................... 104 Gabarito .................................................................................................................... ................... 105 Estatuto da Guarda Municipal de Belo Horizonte ....................................................................... 105 Exercícios .................................................................................................................. .................. 118 Gabarito ........................................................................................................................ ............... 119 Estatuto Geral da Guarda Municipal ........................................................................................... 120 Exercícios .................................................................................................................. .................. 122 Gabarito ....................................................................................................................................... 124 Plano de Carreira da Guarda Civil Municipal .............................................................................. 124 Exercícios .................................................................................................................................... 129 Gabarito .................................................................................................................... ................... 130 Estatuto do Desarmamento ......................................................................................................... 130 Exercícios .................................................................................................................. .................. 134 Gabarito..................................................................................................................... ................... 137 Decreto Federal nº 5.123/2004 ................................................................................................... 137 Exercícios .................................................................................................................. .................. 146 Gabarito........................................................................................................................................ 147 Lei nº 13.675/18 .......................................................................................................................... 148 Exercícios .................................................................................................................................... 151 Gabarito............................................................................................................ ............................ 152 Lei de Abuso de Autoridade ........................................................................................................ 152 Exercícios .................................................................................................................................... 155 Gabarito...................................................................................... .................................................. 158 Direito Penal Comum (Parte geral e especial) ........................................................................... 158 Exercícios ........................................................................................... ......................................... 161 Gabarito ....................................................................................................................................... 166 Exercícios Informática ................................................................................................................ 166 Gabarito........................................................................................................................................ 169 Noções de geografia urbana .......................................................................................................166 Exercícios .............................................................................................................. ...................... 174 Gabarito ....................................................................................................................................... 176 História de Belo Horizonte ........................................................................................................... 176 Exercícios .............................................................................................................. ...................... 178 Gabarito ....................................................................................................................................... 180 4 LÍNGUA PORTUGUESA FONÉTICA Parte da língua portuguesa que estuda os sons das palavras. Os fonemas da Língua Portuguesa classificam-se em: vogais, semivogais e consoantes: - Vogais: são fonemas pronunciados sem obstáculo à passagem de ar, chegando livremente ao exterior, pois são naturalmente fortes. Elas são: A /a/ — E /e/ — O /o/. O “I” e o “U” Serão considerados vogais apenas quando estiverem sozinhos e formadores de sílabas. Ex: tomate => /t/ /o/ /m/ /a/ /t/ /e/; saci => /s/ /a/ /s/ /i/; tatu => /t/ /a/ /t / /u/. - Semivogais: são os fonemas que se juntam a uma vogal, formando com esta uma só sílaba: Ex: couro, baile. Observe que só os fonemas I e U átonos funcionam como semivogais. - Consoantes: são fonemas produzidos mediante a resistência que os órgãos bucais (língua, dentes, lábios) opõem à passagem de ar. Exemplos: rato, jiló, dúvida. Encontro Vocálico É quando as vogais e semivogais se encontram. Há três tipos de encontros vocálicos: - Hiato: é o agrupamento de duas vogais, cada uma em uma sílaba diferente. Ex.: Sa-a-ra, afi-a-do, pi-a-da. Obs.: quando o “I” e o “U” forem pronunciados tonicamente (fortes) e estiverem isolados, formando uma sílaba, deverão ser devidamente acentuados: Ex: vi – ú – va; Pi – au – í, tui – ui – ú. - Ditongo: é o agrupamento de uma vogal + semivogal (ditongo decrescente) ou de uma semivogal e uma vogal (ditongo crescente) em uma mesma sílaba. Chamaremos ainda de oral e nasal, conforme ocorrer a saída do ar pelas narinas ou pela boca. Às vezes o “N” e o “M” poderão fazer sons vocálicos nasais: lim - po; en-xu-to Existem apenas três ditongos chamados abertos: oi, ei, éu, que possuem pronúncia mais acentuada. Ex: Chapéu. Se a pronúncia é mais branda tem-se o ditongo fechado. Ex: correu. - Tritongo: é a ocorrência de uma semivogal + vogal + semivogal. Também pode ser oral ou nasal, mas não crescente nem decrescente. Ex.: a-güei = /a/ - /g/ /w/ /e/ /y/ (tritongo oral); á-güem = /a/ - /g/ /w/ /e/ /û/ (tritongo nasal). - Encontro Consonantal É o agrupamento de consoantes. Há três tipos de encontros consonantais: - Encontro consonantal próprio: é o agrupamento de consoantes, lado a lado, cada qual com o seu devido fonema, mas na mesma sílaba. Ex.: brasa => /b/ /r/ /a/ - /z/ /a/, planeta => /p/ /l/ /a/ - /n/ /e/- /t/ /a/. - Encontro consonantal impróprio: é o agrupamento de consoantes, lado a lado, em sílabas diferentes. Ex.: apto => /a/ /p/ - /t/ /o/; cacto => /k/ /a/ /k/ - /t/ /o/ Obs.: não se esqueça de que as letras M e N pós-vocálicas não são consoantes, e sim semivogais ou simples sinais de nasalização. - Dígrafo é o agrupamento de duas letras com apenas um fonema. Os principais dígrafos são: - rr /R/ - arroz = ar-roz - /a/ /R/ /o/ /s/. - ss /s/ - assar = as-sar - /a/ /S/ /a/ /r/. - sc /s/ - nascer = nas-cer - /n/ /a/ /S/ /e/ /r/. - sç /s/ - desço = des-ço - /d/ /e/ /S/ /o/. - xc /s/ - exceto = ex-ce-to - /e/ /S/ /e/ /t/ /o/. 5 - xs /s/ - exsudar = ex-su-dar - /e/ /S/ /u/ /d/ /a/ /r/. - lh / - alho = a-lho - /a/ /l/ /o/. - nh /ñ/ - banho = ba-nho - /b/ /a/ /ñ/ /o/. - ch /x/ - cacho = ca-cho - /k/ /a/ /x/ /o/. - qu /k/ - querida = que-ri-da - /k/ /e/ /r/ /i/ /d/ /a/. - gu /g/ - sangue = san-gue - /s/ /ã/ /g/ /e/. Obs: QU e GU só serão dígrafos, quando estiverem seguidos de e ou i. - Dígrafo Vocálico: é o outro nome que se dá ao Ressôo Nasal, pelo fato de serem duas letras com um fonema vocálico. Ex.: sangue = san-gue - /s/ /ã/ /G/ /e/. - Dífono é quando uma única letra possuir dois fonemas. - Ex: Táxi - /t/a/ks/i; paradoxo - /p/a/r/a/d/o/ks/o ESTRUTURA DAS PALAVRAS As palavras são constituídas de morfemas, que são unidades mínimas indivisíveis da palavra (equivalem às células do corpo). Esses morfemas apresentam significados, que podem ser de natureza lexical (conceitos e sentidos da língua; léxico é o conjunto de palavras de uma língua, ou seja, vocabulário) ou de natureza gramatical (gênero, número, modo, tempo). Os morfemas podem ser divididos em: - elementos básicos e significativos: raiz, radical e tema; - elementos modificadores de significação: afixos, desinências e vogal temática; - elementos de ligação: vogais ou consoantes, também chamados de infixos. - Raiz: É o elemento mínimo, primitivo, carregado do núcleo significativo que se conserva através do tempo, comum às palavras cognatas, ou seja, da mesma família. É objeto de estudo da Etimologia, parte da gramática que estuda a origem das palavras. A título de exemplo, as palavras estar (em latim, stare) e constar (em latim, constare) possuem a mesma raiz: “st”. - Radical: É o elemento comum das palavras cognatas. É responsável pelo significado básico da palavra. Ex.: terra, terreno, terreiro, terrinha, enterrar, terrestre e aterrar. Ao radical, juntam-se os demais elementos, como desinências, sufixos, prefixos, infixos (vogais e consoantes de ligação), vogais temáticas, de forma a compor novas palavras. Nos verbos, o radical é o que resta após eliminar a terminação “AR”, “ER”, “IR”: CANTAR = radical é CANT BEBER = radical é BEB PARTIR = radical é PART Nos nomes, o radical pode ser facilmente encontrado flexionando os nomes de várias formas, o que se repetir será o radical. Ex: Carro, carrinho, carrão, encarrilhado. Radical: carr – vogal temática: - Afixos: São partículas que se ligam ao radical para formar outras palavras, podendo ser: Prefixos: colocados antes do radical. Ex.: desleal, ilegal Sufixos: colocados depois do radical. Ex: felizmente, igualdade - Infixos Os infixos, também chamados de vogais ou consoantes de ligação, não são significativos e, por isso, não são considerados morfemas, entrando na formação das palavras apenas para facilitar a pronúncia. Ex.: café (radical) + T + eira (sufixo) = cafeteira capim(radical) + Z + al (sufixo) =capinzal rod (radical) + O + via (radical) = rodovia - Vogal Temática: Partícula que se junta ao radical para receber outros elementos. Pode existir vogal temática tanto em verbos quanto em nomes. Ex.: beber, rosa, sala. Nos nomes, as vogais temáticas podem ser a, e, o. 6 Nos verbos, também são três as vogais temáticas – a, e, i – e estas indicam a conjugação a que pertencem os verbos (1ª, 2ª ou 3ª conjugação, respectivamente). Ex.: partir (PART + I + R) - verbo de 3ª conjugação sonhando (SONH + A + NDO) – verbo de 2ª.conjugação. - Tema: É a união do radical com a vogal temática. Ex.: cantaremos = cant (radical) + a (VT) = canta (tema) mala = mal (radical) + a (VT) = mala - Desinências São morfemas colocados no fim das palavras para indicar flexões. Podem ser: 1) Nominais: indicam gênero (feminino ou masculino) e número (singular ou plural) dos nomes (substantivos, adjetivos, alguns pronomes e numerais). 1.1 Verbais: existem dois tipos de desinências verbais: 1.2 - desinência modo-temporal (DMT) que indica o modo e o tempo verbal: 1.3 - desinência número-pessoal (DNP) que indica o número e pessoa. 2.1) Verbo-nominais (VN): indica as formas nominais dos verbos (infinitivo, gerúndio e particípio).Ex.: beber, correndo, partido. PROCESSOS DE FORMAÇÃO DE PALAVRAS Já conhecemos as “partes” das palavras - morfemas. Agora, veremos a maneira como os morfemas se organizam para formar novas palavras. Os principais processos de formação são: Derivação, Composição, Hibridismo, Onomatopeia, Sigla e Abreviação. 1. Derivação: Processo de formar palavras no qual a nova palavra é derivada de outra chamada de primitiva. Os processos de derivação são: Derivação Prefixal: A derivação prefixal é um processo de formar palavras no qual acrescentamos um ou mais prefixos à palavra primitiva. Ex.: pôr (primitiva) / compor (prefixo + primitiva) / recompor (dois prefixos + primitiva). Derivação Sufixal: A derivação sufixal é um processo de formar palavras no qual acrescentamos um ou mais sufixos à palavra primitiva. Ex.: real (primitiva) / realmente (primitiva + sufixo). Derivação Prefixal e Sufixal: A derivação prefixal e sufixal existe quando um prefixo e um sufixo são acrescentados à palavra primitiva de forma independente, ou seja, sem a presença de um dos afixos a palavra continua tendo significado. Ex.: deslealmente (prefixo: des + sufixo: mente) Também existem os vocábulos: desleal / lealmente. Derivação Parassintética: A derivação parassintética ocorre quando um prefixo e um sufixo são simultaneamente acrescentados à palavra primitiva de forma dependente, ou seja, sem um deles a palavra não se reveste de nenhum significado. Ex.: anoitecer (prefixo: a + sufixo: - ecer) - não existem “anoite” nem “noitecer”. Derivação Regressiva: Normalmente, as palavras derivadas são maiores que as primitivas. No processo de derivação regressiva ocorre o inverso, a derivada é menor que a primitiva, ocorrendo assim perda vocabular. Obs: Chama-se deverbal quando, a partir desse processo, um verbo (geralmente indicativo de ação) dá origem a um substantivo abstrato. Ex: COMPRAR COMPRA Derivação Imprópria: A derivação imprópria, também intitulada de “mudança de classe” ou “conversão”, ocorre quando uma palavra comumente usada como pertencente a uma classe gramatical é usada na função de outra, mantendo inalterada sua forma. Ex: Comício monstro (substantivo usado como adjetivo) 2. Composição: Consiste na criação de uma nova palavra a partir da junção de dois ou mais radicais (palavra composta). Pode ocorrer de duas formas: - Aglutinação - ocorre alteração na forma ou na acentuação dos radicais originários. Ex: fidalgo (filho + de +algo); embora (em + boa + hora) 7 - Justaposição - seu próprio nome já indica o processo. Os radicais são mantidos da forma original, podendo ser ligados diretamente ou por hífen. Ex: beija-flor; bem-me-quer; segunda-feira 3. Hibridismo: Consiste na formação de palavras a partir da junção de radicais de línguas diferentes. Ex: auto/móvel (grego + latim) bio/dança (grego + português). 4. Onomatopeia: Consiste na formação de palavras pela imitação de sons e ruídos. Ex: pingue-pongue, buá, miau, tique-taque, zunzum. 5. Sigla: Consiste na redução de nomes ou expressões empregando a primeira letra ou sílaba de cada palavra. Ex: UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais, IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 6. Abreviação ou redução: Consiste na redução de parte de palavras com objetivo de simplificação. Ex: moto (motocicleta); gel (gelatina); cine (cinema) extra (extraordinária). SEMÂNTICA É o estudo do sentido das palavras de uma língua. Estuda basicamente os seguintes aspectos: sinonímia, paronímia, antonímia, homonímia, polissemia, conotação e denotação. -Sinonímia: É a relação que se estabelece entre duas palavras ou mais que apresentam significados iguais ou semelhantes - SINÔNIMOS. Ex.: Cômico - engraçado Débil - fraco, frágil Distante - afastado, remoto -Antonímia: É a relação que se estabelece entre duas palavras ou mais que apresentam significados diferentes, contrários - ANTÔNIMOS. Ex.: economizar / gastar; bem / mal; bom / ruim -Homonímia: É a relação entre duas ou mais palavras que, apesar de possuírem significados diferentes, possuem a mesma estrutura fonológica - HOMÔNIMOS. As homônimas podem ser: Homógrafas heterofônicas (ou homógrafas) - são as palavras iguais na escrita e diferentes na pronúncia. Ex.: gosto (substantivo) - gosto (1ª pess. sing. pres. ind. – verbo gostar) Conserto (substantivo) – conserto (1ª pess. sing. pres. ind. – verbo consertar) Homófonas heterográficas (ou homófonas) - são as palavras iguais na pronúncia e diferentes na escrita. Ex.: cela (substantivo) - sela (verbo) Cessão (substantivo) – sessão (substantivo) Cerrar (verbo) - serrar (verbo) Homófonas homográficas (ou homônimos perfeitos) - são as palavras iguais na pronúncia e na escrita. Ex.: cura (verbo) - cura (substantivo) Verão (verbo) - verão (substantivo) Cedo (verbo) - cedo (advérbio) Paronímia: É a relação que se estabelece entre duas ou mais palavras que possuem significados diferentes, mas são muito parecidas na pronúncia e na escrita - PARÔNIMOS. Ex.: Cavaleiro - cavalheiro Absolver - absorver Comprimento – cumprimento - Conotação e Denotação Conotação é o uso da palavra com um significado diferente do original, criado pelo contexto. Ex.: Você tem um coração de pedra. Denotação é o uso da palavra com o seu sentido original. Ex.: Pedra é um corpo duro e sólido, da natureza das rochas. Polissemia: É a propriedade que uma mesma palavra tem de apresentar vários significados. Ex.: Ele ocupa um alto posto na empresa. Abasteci meu carro no posto da esquina. ORTOGRAFIA 8 Uso dos PORQUÊS (Porque, porquê, por que, por quê) 1 - Usa-se POR QUE quando houver a junção da preposição por com o pronome interrogativo que ou com o pronome relativo que. Para facilitar, dizemos que se pode substituí- lo por por qual razão, pelo qual, pela qual, pelos quais, pelas quais, por qual. Ex: Vá pelo caminho POR QUE te ensinei (pelo qual) POR QUE você não vai ao cinema? (por qual razão). Não sei POR QUE não quero ir. (por qual motivo) 2 – Usa-se PORQUE É uma conjunção subordinativa causal ou conjunção subordinativa final ou conjunção coordenativa explicativa, portanto estará ligando duas orações, indicando causa, explicação ou finalidade. Para facilitar, dizemos que se pode substituí-lo por “já que”, “pois” ou “a fim de que”, “uma vez que”, “para que”. Ex: Não saí de casa, porque estava doente. (já que) Não vá fazer intrigas PORQUE prejudicará você mesmo. (uma vez que) 3 – Usa-se PORQUÊ (junto e com acento) É um substantivo, por isso somente poderá ser utilizado, quando for precedido de artigo (o, os), pronome adjetivo (meu(s), este(s), esse(s), aquele(s), quantos(s)...) ou numeral (um, dois, três). Ex: Quero que você me dê um PORQUÊ de seu atraso. Ex: Diga-me o PORQUE de seu atraso 4 - POR QUÊ (separado e com acento). Sempre que a palavra que estiver em final de frase, deverá receber acento, não importando qual seja o elemento que surja antes dela. Ex: Você não veio ontem, POR QUÊ? ONDE x AONDE x DONDE Emprega-se AONDE com os verbos que dão ideia de movimento. Equivale sempre a PARA QUE LUGAR. (Para onde) Ex: Aonde você vai? (Para que lugar você vai?) Aonde nos leva com tal rapidez? (Para que lugar nos leva com tanta rapidez?) Com os verbos que não dão ideia de movimento emprega-se ONDE e equivale a EM QUE LUGAR. Ex: Onde estão os livros? (Em que lugar estão os livros?) Não sei onde te encontrar (Não sei em que lugar te encontrar.). DONDE corresponde a de algum lugar , ao lugar que (em que direção). Ex: A cidade donde vim é belíssima. MAU x MAL MAU (antônimo de bom). Ex: Escolheu um mau momento. MAL (antônimo de bem) Ex: Estou passando mal. Ex: Mal chegou e foi dando as ordens. SESSÃO x SEÇÃO x CESSÃO SESSÃO é o intervalo de tempo que dura uma reunião. Ex: Assistimos a uma sessão de cinema. Ex: Reuniram-se em sessãoextraordinária. SEÇÃO (ou secção) significa parte de um todo, subdivisão. Ex: Lemos a noticia na seção de esportes. Compramos os presentes na seção de brinquedos. CESSÃO significa o ato de ceder. Ex: Ele fez a cessão dos seus direitos autorais. A cessão do terreno para a construção do estádio agradou a todos. HÁ x A Na indicação de tempo passado emprega-se HÁ (equivale a FAZ). Ex: Há dois meses que ele não aparece. Ele chegou da Europa há um ano. Usa-se A para indicar tempo futuro. Ex: Daqui a dois meses ele aparecerá. Ela voltará daqui a um ano. AFIM DE significa ter afinidade: Ex: A sogra é afim do genro. (Tem afinidade com o genro) 9 A FIM DE: significa ter uma finalidade, um objetivo: Ex: Eu estudo a fim de que possa ser aprovado. (é uma meta, um objetivo) ACENTUAÇÃO A acentuação gráfica leva em consideração a sílaba tônica sobre a qual recairá o acento gráfico. A rigor, temos dois tipos de acento. Acento prosódico: aparece em todas as palavras com duas ou mais sílabas. É o acento da fala.Ex: carro, vida, cartel. Acento gráfico: sinal que marca a sílaba tônica de algumas palavras. É o acento da escrita. Não aparece em todas as palavras. Regras de acentuação Monossílabo tônico: São acentuados os monossílabos tônicos terminados em: A(s) / E(s) / O(s). Ex: pá(s), vá, lá, fé, pé(s), só(s), pó, nós. Obs: Os monossílabos também poderão ser átonos, não possuem acentuação própria, isto é, são pronunciados com pouca intensidade. Normalmente, são pronomes oblíquos (quase todos os monossílabos), preposições e conjunções monossilábicas: o, e, se, a, de. - Oxítonas: São as palavras em que a tonicidade está na última sílaba, devendo necessariamente terminar em Serão acentuadas as palavras oxítonas terminadas em A(s) / E(s) / O(s) / EM / ENS. Ex: cajá, vatapá, café, ralé, cipó, xilindró, ninguém, amém, parabéns. - Paroxítonas: A tonicidade está na penúltima sílaba, sendo acentuadas as terminadas em: us, um, uns, os, l, i(s), r, ã, x, n, ditongo crescente. Ex: Falência, bônus, fórum, fórceps, revólver, útil, tórax, órfã, hífen. Obs: Como regra geral, acentuam-se TODAS as que NÃO terminam em - A(S), E(S), - O(S), - EM (- ENS). Daí por que hifens não recebe acento. -Proparoxítona: Todas as proparoxítonas são acentuadas, pois a tonicidade recai sobre a antepenúltima sílaba. Ex: Vítima, tártaro, bálsamo, fósforo. Obs: O acento diferencial deixou de existir com a reforma ortográfica, permanecendo apenas nos verbos ter e vir e seus derivados (reter, entreter, convém, intervém), para diferenciar singular do plural. Permanece também o acento diferencial de pôr (verbo) e por (preposição) Ex: Ele tem patrimônio / Eles têm patrimônio. Vou pôr o livro ali / Venha aqui, por favor. Mudanças nas regras de acentuação 1. Não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico na penúltima sílaba). Ex: Androide, alcateia, asteroide, colmeia. Obs: Essa regra é válida somente para palavras paroxítonas. Assim, continuam a ser acentuadas as palavras oxítonas e os monossílabos tônicos terminados em éi(s) e ói(s). Ex: Papéis, herói, heróis, dói (verbo doer), sóis. 2. Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no i e no u tônicos quando vierem depois de um ditongo decrescente. Ex: Baiuca, Bocaiuva. Obs 1: Se a palavra for oxítona e o i ou o u estiverem em posição final (ou seguidos de s), o acento permanece. Ex: Tuiuiú, Piauí, Tucuruí. Obs 2: Se o i ou o u forem precedidos de ditongo crescente, o acento permanece. Ex: Guaíba, Guaíra. 3. Não se usa mais o acento das palavras terminadas em eem e oo(s). Ex: Leem, deem, enjoo, voo. 4. Trema: O trema não existe mais, somente em nomes próprios e palavras com a mesma origem. Ex: müller, bünchen. CLASSES DE PALAVRAS 10 São dez as classes de palavras na Língua Portuguesa: substantivo, adjetivo, pronome, verbo, artigo, numeral, advérbio, conjunção, preposição e interjeição. As seis primeiras são variáveis, ou seja, flexionam-se; as outras quatro são invariáveis. PRONOMES Pronomes são palavras que determinam um substantivo ou ocupam o seu lugar. Daí, a designação pronomes adjetivos ou pronomes substantivos, respectivamente. Servem para, no primeiro caso, acompanhar um substantivo, determinando-lhe a extensão (assim como o faz um adjetivo) e, no segundo, representar o próprio substantivo, ficando em seu lugar. Todo pronome tem uma função sintática, que pode ser própria do substantivo (sujeito, objeto direto, objeto indireto) ou do adjetivo (adjunto adnominal, predicativo do sujeito, predicativo do objeto). São divididos em pronomes: 1. Pessoais: Representam as três pessoas do discurso - a que fala (1ª pessoa), a com quem se fala (2ª pessoa) e a de quem se fala (3ª pessoa). Dividem-se em retos e oblíquos. Regra geral, os retos exercem a função de sujeito ou de predicativo do sujeito, enquanto que os oblíquos funcionam como complementos (objetos diretos, indiretos ou adjuntos). Os pronomes oblíquos devem obedecer a certas regras de colocação (sintaxe de colocação pronominal), 2. De tratamento: Categoria dos pronomes pessoais que designa a forma de tratamento a ser usada no trato com certas pessoas. A pessoa com quem se fala pode ser expressa também pelo pronome de tratamento, que leva tanto o verbo quanto os pronomes para a 3ª pessoa. Os únicos pronomes de tratamento que admitem o uso do artigo acompanhando-os são: senhor, senhora e senhorita. 3. Possessivos: Estabelecem relação de posse entre os elementos regente e regido; Há casos em que um pronome pessoal oblíquo é usado com valor possessivo. 4. Demonstrativos: Indicam a posição dos seres no espaço e no tempo (função dêitica dos pronomes demonstrativos) ou em referência aos elementos do texto (função anafórica ou catafórica); 5. Indefinidos: Possuem sentido vago ou indeterminado. 6. Interrogativos: É uma subclasse dos pronomes indefinidos. Muito importante é compreender a distinção entre eles e os pronomes relativos, já que a grafia é a mesma em alguns casos (como, quando, quem etc): os pronomes indefinidos são usados nas interrogações, diretas ou indiretas, enquanto que os pronomes relativos apresentam referência a termos antecedentes 7. Relativos: Referem-se a um termo anterior chamado antecedente ou referente (substantivo ou pronome substantivo); Sempre dão início a orações subordinadas adjetivas. COLOCAÇÃO PRONOMINAL Quando usamos os pronomes pessoais do caso oblíquo, eles ganha um lugar especial junto ao verbo. Lembre-se de que: 1. A colocação pronominal é feita com pronomes os oblíquos átonos: me, te, o(s), a(s), se, lhe(s), nos e vos, sempre estão recebendo a ação do verbo e não fazendo. 2. As orações criadas nesse ponto da matéria estão corretas por mais que soem esquisitas, feias. Não estranhe, pois você está trabalhando com o lado culto da Língua Portuguesa, justamente o que não se usa no seu cotidiano, mas o que é solicitado em uma prova! Existe uma ordem de prioridade na colocação pronominal: 1º tente fazer próclise, depois mesóclise e em último caso ênclise. PRÓCLISE É a colocação pronominal antes (pró) do verbo. A próclise é usada: 11 Quando o verbo estiver precedido de palavras que atraem o pronome para antes do verbo. São elas: a) Palavra de sentido negativo: não, nunca, ninguém, jamais, etc. Ex.: Não se esqueça de mim. b) Advérbios (sem vírgulas). Ex.: Agora se negam a depor. Obs.: caso apareça uma vírgula após o advérbio, o pronome volta a ficar no seu lugar natural, ou seja, após o verbo: Ex: Agora, negam-se a depor. c) Conjunções subordinativas. Ex.: Soube que me negariam. d) Pronomes: - relativos. Ex.: Eles que se entendam entre si. - indefinidos. Ex.: Poucos te deram a oportunidade. - demonstrativos. Ex.: Disso me acusaram, mas sem provas. - interrogativos. Ex.:Quem te fez a encomenda? e) Orações que exprimem desejo (orações optativas). Ex.: Que Deus o ajude. MESÓCLISE É a colocação pronominal no meio (meso) do verbo. A mesóclise é usada: 1) É usada somente em duas possibilidades, quando o verbo estiver no futuro do presente ou futuro do pretérito, contanto que esses verbos não estejam precedidos de palavras que exijam a próclise. Ex.: Realizar-se-á, na próxima semana, um grande evento em prol da paz no mundo. Ex: Entregar-te-ia o documento se fosse mais confiável. ÊNCLISE É a colocação pronominal depois (end = fim) do verbo. A ênclise é usada quando a próclise e a mesóclise não forem possíveis: Ex: Realizou-se uma grande festa ontem. Obs.: O pronome poderá vir proclítico quando o infinitivo estiver precedido de preposição ou palavra atrativa. Ex: É preciso encontrar um meio de não o magoar. É preciso encontrar um meio de não magoá-lo. VERBOS É a palavra variável que exprime ação, estado, mudança de estado e fenômeno, situando-os no tempo. O verbo é a classe de palavras que mais há variações na Língua Portuguesa. Essas variações são chamadas de conjugações. FORMAS RIZOTÔNICAS E ARRIZOTÔNICAS Dá-se o nome de rizotônica à forma verbal cuja sílaba tônica está no radical. Ex: Fal o – Estud o – Am o Dá-se o nome de arrizotônica à forma verbal cujo acento tônico está fora do radical. Ex: Fal amos – Estud arei. - Am ássemos CLASSIFICAÇÃO DOS VERBOS Os verbos classificam-se em: a) Regulares - são aqueles que não provocam alterações no radical. Ex: canto - cantei - cantarei - cantava – cantasse Obs: todos os verbos terminados em IAR são garantidamente regulares: arriar, abreviar, acariciar, adiar, afiar, agoniar, amaciar, ampliar, anunciar, apoiar, arrepiar, assediar, assobiar, associar, avaliar, aviar, balbuciar, caluniar, contrariar, criar, deliciar, desfiar, enfiar, esfriar, espiar, evidenciar, expiar, injuriar, piar, porfiar, procriar, pronunciar, renunciar, saciar, tosquiar, vadiar, etc. b) Irregulares - são aqueles cuja flexão provoca alterações no radical ou nas desinências. Ex: faço - fiz - farei – fizesse Para saber se um verbo é regular ou irregular, basta conjugá-lo no presente do indicativo, no pretérito perfeito e no futuro, observando se ocorrem ou não variações no radical. Não é irregularidade a alteração do radical de certos verbos para a conservação da regularidade fônica: Ex. embarcar – embarque. c) Anômalos - são aqueles que incluem mais de um radical em sua conjugação. Ex: verbo ser: sou – fui - era verbo ir: vou – ia - fui d) Defectivos - são aqueles que não apresentam conjugação completa. São eles: - Os verbos que indicam fenômenos naturais, como chover, trovejar, ventar, amanhecer, etc. - Os verbos haver (no sentido de existir e tempo) e fazer (no sentido de tempo). 12 - Os verbos que exprimem ação ou estado de determinado animal: relinchar, latir, miar, etc. - Os verbos que não apresentam a 1ª pessoa do presente do indicativo: abolir, aturdir, banir, bramir, brandir, brunir, carpir, colorir, demolir, emergir, exaurir, fremir, fulgir, haurir, imergir, jungir, retorquir, ungir. - Os verbos que, no presente do indicativo, só apresentam formas arrizotônicas, não possuindo, portanto, nenhuma das pessoas do presente do subjuntivo e imperativo negativo; no imperativo negativo apresentam a 2ª. pessoa do plural: aguerrir, combalir, comedir, delinqüir, descomedir-se, embair, empedernir, falir, foragir-se, fornir, puir, remir, renhir, ressarcir. e) Abundantes - são aqueles que possuem mais de uma forma com o mesmo valor no particípio. Usa-se a forma regular (sempre terminada com -ADO ou – IDO) com os verbos auxiliares TER e HAVER. Usa-se a forma irregular (não há um exemplo fixo a seguir) com os verbos auxiliares SER e ESTAR. É ERRO tentar inverter as situações: Ex: O seu marido tem pago o carnê em dia? (ERRADO) O seu marido TEM pagadADO o carnê em dia? (CORRETO) Você já havia pago o carnê? (ERRADO) Você já HAVIA pagADO o carnê? (CORRETO) O carnê sempre FOI PAGO em dia, inclusive a parcela deste mês já ESTÁ PAGA. (CORRETO) QUANTO À EXISTÊNCIA OU NÃO DO SUJEITO 1. Pessoais São aqueles que se referem a qualquer sujeito implícito ou explícito. Quase todos os verbos são Pessoais: Ex: O menino apareceu na festa. 2. Impessoais (defectivos): São aqueles que não se referem a qualquer sujeito implícito ou explícito. São utilizados sempre na 3ª pessoa. São impessoais os verbos defectivos que indicam fenômenos da natureza, o verbo haver no sentido de existir e o verbo fazer indicando tempo decorrido ou fenômeno meteorológico. Esses verbos transmitem a sua impessoalidade aos verbos que com ele formam locução os quais, por isso, também permanecem invariáveis na 3ª pessoa do singular: Ex: Vai haver eleições, em outubro. Parecia haver mais curiosos do que interessados. Está fazendo três anos que viajei. 1 - MODOS E TEMPOS VERBAIS 1.1. Modos verbais • Modo indicativo: exprime certeza, precisão do falante perante o fato. Ex.: Eu gosto de chocolate. • Modo subjuntivo: exprime atitude de incerteza, dúvida, imprecisão do falante perante o fato. Ex.: Espero que você esteja bem. • Modo imperativo: exprime atitude de ordem, solicitação, convite ou conselho. Exs.: Não cante agora! Empreste-me 10 reais, por favor. Venha ao hospital agora, seu amigo vai ser operado. 2.1. Formas nominais dos verbos Ganham características das classes nominais. a) Infinitivo - pode funcionar como substantivo e caracteriza-se pela desinência –R. b) Particípio – pode funcionar como adjetivo ou advérbio e caracteriza-se pela desinência –DO. c) Gerúndio – pode funcionar como adjetivo ou advérbio e caracteriza-se pela desinência –NDO. Exceção: vir e seus derivados fazem vindo no gerúndio e particípio. 3.1 Tempos verbais Presente: exprime um fato que ocorre no momento da fala. Ex.: Estou fazendo exercícios diariamente. Ex.: Ontem eu fiz uma série de exercícios. Passado: exprime um fato que ocorreu antes do momento da fala Futuro: exprime um fato que irá ocorrer depois do ato da fala. Ex.: Daqui a quinze minutos irei para a academia fazer exercícios. - Com exceção do tempo presente, que não sofre subdivisão, o tempos pretérito e futuro subdividem-se. O pretérito subdivide-se em: • Pretérito perfeito: indica um fato passado totalmente concluído. Ex.: Ninguém relatou o seu delírio. • Pretérito imperfeito: indica um processo passado não totalmente concluído, revela o fato em sua duração. Ex.: Ele conversava muito durante a palestra. 13 • Pretérito mais-que-perfeito: indica um processo passado anterior a outro também passado. É o passado do passado! Ex.: “... sempre nos faltara aquele aproveitamento da vida...” (Mário de Andrade) O futuro subdivide-se em: • Futuro do presente: indica um fato posterior ao momento em que se fala. Ex.: Não tenho a intenção de esconder nada, assim que seus pais chegarem contarei o fato ocorrido. . Futuro pretérito: Indica um processo futuro tomado em relação a um fato passado. Ex.: Ontem você ligou dizendo que viria ao hospital. Eu repito Eu compito E “ADERIR”? Como você conjugaria a primeira pessoa do singular do Presente do Indicativo? Está com dúvida? Busque um paradigma. Vamos usar o verbo FERIR. Como fica a conjugação do paradigma? Eu firo Eu adiro VOZES VERBAIS Voz ativa O sujeito pratica a ação expressa pelo verbo: sujeito agente (ativo). Ex: O presidente decretou a reforma econômica. Voz passiva O verbo principal deve ser transitivo direto ou transitivo direto e indireto. O sujeito recebe (sofre) a ação expressa pelo verbo: sujeito paciente (passivo). A voz passiva pode ser: a) Analítica: (análise é uma coisa demorada, longa, comprida...) É construída com verbo auxiliar (ser, estar) + particípio do verbo principal. Por ser “longa” (analítica), possui locução verbal (que podeser formada com dois ou até mesmo três verbos) e pode apresentar o agente da passiva, elemento que efetivamente pratica a ação verbal. Você notou como essa construção é grande?! Basta comparar com a seguinte – a voz passiva sintética. Ex: A reforma econômica foi decretada pelo presidente. b) Sintética: (síntese é uma coisa breve, resumida) É construída com verbo principal + SE (pronome apassivador ou partícula apassivadora). Note que essa construção é tão resumida que emprega somente UM verbo e dispensa o agente da passiva. Ex: Decretou-se a reforma econômica. Vendem-se casas. (Casas são vendidas). Voz reflexiva Construída com o verbo e um pronome reflexivo. O sujeito é agente e paciente ao mesmo tempo, praticando e sofrendo a ação simultaneamente. Ex: A jovem vaidosa olhava-se no espelho a todo momento. O rapaz cortou-se com a faca. Voz recíproca Construída com verbo e um pronome recíproco. Os sujeitos são agentes e pacientes, ao mesmo tempo. Ou seja, o que difere a voz recíproca da voz reflexiva é a quantidade de sujeitos que praticam e recebem a ação. Ex: Mãe e filho fitavam-se carinhosamente. O casal abraçava-se incessantemente TRANSITIVIDADE VERBAL O verbo, quanto à transitividade, pode ser classificado em: - Transitivo: é o verbo considerado de sentido incompleto, que exige complemento que lhe integre o sentido. Esse pode ou não vir revelado na oração. - Transitivo direto: é aquele que vem acompanhado de um objeto sem preposição obrigatória (objeto direto ou objeto direto preposicionado). Ex: O estudante comprou um novo livro. O exemplo traz um verbo transitivo direto, pois o verbo comprar exige complemento para inteirar seu sentido. Quando se compra, compra-se obrigatoriamente algo ou alguma coisa. 14 O complemento do verbo é chamado de „objeto‟. Quando esse objeto é ligado ao verbo sem intervenção de uma preposição é chamado de „objeto direto‟, assim o verbo torna-se „verbo transitivo direto‟. Obs: Há também o „objeto direto preposicionado‟, esse é ligado ao verbo por uma preposição não obrigatória. Ex: A bruxa bebeu de sua porção mágica. - Transitivo indireto: esse vem acompanhado de um objeto com preposição obrigatória (objeto indireto). Ex.: Os filhos devem obedecer aos pais. - Transitivo direto e indireto: aquele que vem acompanhado de um objeto sem preposição (objeto direto) e de um objeto com preposição (objeto indireto). Ex.: O jornal dedicou uma página ao episódio. - Intransitivo: é o verbo considerado de sentido completo, que não exige complemento que lhe integre o sentido. Ex.: A criança dorme. - Verbo de ligação: é aquele que serve para estabelecer certo tipo de relação entre um atributo do sujeito e o sujeito, sempre com significado de estado ou mudança de estado. Ex.: O bebê é calmo. O bebê está calmo. O bebê ficou calmo. ADJETIVOS Adjetivo é a palavra que expressa uma qualidade ou característica do ser e se "encaixa" diretamente ao lado de um substantivo. Classificação do Adjetivo Explicativo: exprime qualidade própria do ser. Ex: neve fria. Restritivo: exprime qualidade que não é própria do ser. Ex: fruta madura. Formação do Adjetivo Quanto à formação, o adjetivo pode ser: Adjetivo simples: Formado por um só radical. Ex: brasileiro, escuro, magro, cômico. Adjetivo composto: Formado por mais de um radical. Ex: luso-brasileiro, castanho-escuro, amarelo-canário. Adjetivo primitivo: É aquele que dá origem a outros adjetivos. Ex: belo, bom, feliz, puro. Adjetivo derivado: É aquele que deriva de substantivos, verbos ou até mesmo de outro adjetivo. Ex: belíssimo, bondoso, magrelo. ADVÉRBIO Advérbio é uma palavra invariável que modifica o sentido do verbo, do adjetivo e do próprio advérbio, exprimindo uma relação de circunstância. Às vezes, um advérbio pode se referir a uma oração inteira; nessa situação, normalmente transmitem a avaliação de quem fala ou escreve sobre o conteúdo da oração. Por exemplo: Ex: As providências tomadas foram infrutíferas, lamentavelmente. Quando modifica um verbo, o advérbio pode acrescentar várias ideias, tais como: Tempo: Ela chegou tarde. Lugar: Ele mora aqui. Modo: Eles agiram mal. Negação: Ela não saiu de casa. Dúvida: Talvez ele volte. Obs: - Os advérbios que se relacionam ao verbo são palavras que expressam circunstânciasdo processo verbal, podendo assim, ser classificados como determinantes. 15 Ex: Ninguém manda aqui! mandar: verbo aqui: advérbio de lugar = determinante do verbo - Quando modifica um adjetivo, o advérbio acrescenta a ideia de intensidade. Ex: O filme era muito bom. - Na linguagem jornalística e publicitária atuais, têm sido frequentes os advérbios associados a substantivos. Ex: " Isso é simplesmente futebol" - disse o jogador. "Orgulhosamente Brasil" é o que diz a nova campanha publicitária ufanista. PREPOSIÇÃO Preposição é a palavra que estabelece uma relação entre dois ou mais termos da oração. Essa relação é do tipo subordinativa, ou seja, entre os elementos ligados pela preposição não há sentido dissociado, separado, individualizado; ao contrário, o sentido da expressão é dependente da união de todos os elementos que a preposição vincula. Acompanhe os exemplos. 1. Os amigos de João estranharam o seu modo de vestir. amigos de João / modo de vestir: elementos ligados por preposição de: preposição 2. Ela esperou com entusiasmo aquele breve passeio. esperou com entusiasmo: elementos ligados por preposição com: preposição Esse tipo de relação é considerada uma conexão, em que os conectivos cumprem a função de ligar elementos. A preposição é um desses conectivos e se presta a ligar palavras entre si num processo de subordinação denominado regência. Diz-se regência devido ao fato de que, na relação estabelecida pelas preposições, o primeiro elemento – chamado antecedente – é o termo que rege, que impõe um regime; o segundo elemento, por sua vez – chamado consequente – é o termo regido, aquele que cumpre o regime estabelecido pelo antecedente. Exemplos: 1. A hora das refeições é sagrada. hora das refeições: elementos ligados por preposição de + as = das: preposição hora: termo antecedente = rege a construção "das refeições" refeições: termo consequente = é regido pela construção "hora da" 2. Alguém passou por aqui. passou por aqui: elementos ligados por preposição por: preposição passou: termo antecedente = rege a construção "por aqui" aqui: termo consequente = é regido pela construção "passou por" As preposições são palavras invariáveis, pois não sofrem flexão de gênero, número ou variação em grau como os nomes, nem de pessoa, número, tempo, modo, aspecto e voz como os verbos. No entanto, em diversas situações as preposições se combinam a outras palavras da língua (fenômeno da contração) e, assim, estabelecem uma relação de concordância em gênero e número com essas palavras às quais se ligam. Mesmo assim, não se trata de uma variação própria da preposição, mas sim da palavra com a qual ela se funde. Ex: de + o = do por + a = pela em + um = num As preposições podem introduzir: a) Complementos Verbais Ex: Eu obedeço "aos meus pais". b) Complementos Nominais Ex: Continuo obediente "aos meus pais". c) Locuções Adjetivas Ex: É uma pessoa "de valor". d) Locuções Adverbiais Ex: Tive de agir "com cautela". e) Orações Reduzidas Ex: "Ao chegar", comentou sobre o fato ocorrido. CONJUNÇÂO 16 Além da preposição, há outra palavra que, na frase, é usada como elemento de ligação: a conjunção. Ex: A menina segurou a boneca e mostrou quando viu as amiguinhas. Deste exemplo podem ser retiradas três informações: segurou a boneca a menina mostrou viu as amiguinhas Cada informação está estruturada em torno de um verbo: segurou, mostrou, viu. Assim, há nessa frase três orações: 1ª oração: A menina segurou a boneca 2ª oração: e mostrou 3ª oração: quando viu as amiguinhas. A segunda oraçãoliga-se à primeira por meio do "e", e a terceira oração liga-se à segunda por meio do "quando". As palavras "e" e "quando" ligam, portanto, orações. Conjunção é a palavra invariável que liga duas orações ou dois termos semelhantes de uma mesma oração. Morfossintaxe da Conjunção As conjunções, a exemplo das preposições, não exercem propriamente uma função sintática: são conectivos. Classificação das Conjunções De acordo com o tipo de relação que estabelecem, as conjunções podem ser classificadas em coordenativas e subordinativas. No primeiro caso, os elementos ligados pela conjunção podem ser isolados um do outro. Esse isolamento, no entanto, não acarreta perda da unidade de sentido que cada um dos elementos possui. Já no segundo caso, cada um dos elementos ligados pela conjunção depende da existência do outro. Conjunções Coordenativas São aquelas que ligam orações de sentido completo e independente ou termos da oração que têm a mesma função gramatical. Subdividem-se em: 1) Aditivas: ligam orações ou palavras, expressando ideia de acrescentamento ou adição. São elas: e, nem (= e não), não só... mas também, não só... como também, bem como, não só... mas ainda. Ex: A sua pesquisa é clara e objetiva. Ela não só dirigiu a pesquisa como também escreveu o relatório. 2) Adversativas: ligam duas orações ou palavras, expressando ideia de contraste ou compensação. São elas: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, não obstante. Ex: Tentei chegar mais cedo, porém não consegui. 3) Alternativas: ligam orações ou palavras, expressando ideia de alternância ou escolha, indicando fatos que se realizam separadamente. São elas: ou, ou... ou, ora... ora, já... já, quer... quer, seja... seja, talvez... talvez. Ex: Ou escolho agora, ou fico sem presente de aniversário. 4) Conclusivas: ligam a oração anterior a uma oração que expressa ideia de conclusão ou consequência. São elas: logo, pois (depois do verbo), portanto, por conseguinte, por isso, assim. Ex: Marta estava bem preparada para o teste, portanto não ficou nervosa. 5) Explicativas: ligam a oração anterior a uma oração que a explica, que justifica a ideia nela contida. São elas: que, porque, pois (antes do verbo), porquanto. Ex: Não demore, que o filme já vai começar. Saiba que: a) As conjunções "e"," antes", "agora"," quando" são adversativas quando equivalem a "mas". Ex: Carlos fala, e não faz. O bom educador não proíbe, antes orienta. Sou muito bom; agora, bobo não sou. Foram mal na prova, quando poderiam ter ido muito bem. b) "Senão" é conjunção adversativa quando equivale a "mas sim". Ex: Conseguimos vencer não por protecionismo, senão por capacidade. c) Das conjunções adversativas, "mas" deve ser empregada sempre no início da oração: as outras (porém, todavia, contudo, etc.) podem vir no início ou no meio. Ex: Ninguém respondeu a pergunta, mas os alunos sabiam a resposta. Ninguém respondeu a pergunta; os alunos, porém, sabiam a resposta. d) A palavra "pois", quando é conjunção conclusiva, vem geralmente após um ou mais termos da oração a que pertence. Ex: Você o provocou com essas palavras; não se queixe, pois, de seus ataques. 17 Quando é conjunção explicativa, "pois" vem, geralmente, após um verbo no imperativo e sempre no início da oração a que pertence. Ex: Não tenha receio, pois eu a protegerei. Conjunções Subordinativas São aquelas que ligam duas orações, sendo uma delas dependente da outra. A oração dependente, introduzida pelas conjunções subordinativas, recebe o nome de oração subordinada. Veja o exemplo: O baile já tinha começado quando ela chegou. O baile já tinha começado: oração principal quando: conjunção subordinativa ela chegou: oração subordinada As conjunções subordinativas subdividem-se em integrantes e adverbiais. Integrantes Indicam que a oração subordinada por elas introduzida completa ou integra o sentido da principal. Introduzem orações que equivalem a substantivos. São elas: que, se. Ex: Espero que você volte. (Espero sua volta.) Não sei se ele voltará. (Não sei da sua volta.) Adverbiais Indicam que a oração subordinada por elas introduzida exerce a função de adjunto adverbial da principal. De acordo com a circunstância que expressam, classificam-se em: a) Causais: introduzem uma oração que é causa da ocorrência da oração principal. São elas: porque, que, como (= porque, no início da frase), pois que, visto que, uma vez que, porquanto, já que, desde que, etc. Ex: Ele não fez a pesquisa porque não dispunha de meios. Como não se interessa por arte, desistiu do curso. b) Concessivas: introduzem uma oração que expressa ideia contrária à da principal, sem, no entanto, impedir sua realização. São elas: embora, ainda que, apesar de que, se bem que, mesmo que, por mais que, posto que, conquanto, etc. Ex: Embora fosse tarde, fomos visitá-lo. Eu não desistirei desse plano mesmo que todos me abandonem. c) Condicionais: introduzem uma oração que indica a hipótese ou a condição para ocorrência da principal. São elas: se, caso, contanto que, salvo se, a não ser que, desde que, a menos que, sem que, etc. Ex: Se precisar de minha ajuda, telefone-me. Não irei ao escritório hoje, a não ser que haja algum negócio muito urgente. d) Conformativas: introduzem uma oração em que se exprime a conformidade de um fato com outro. São elas: conforme, como (= conforme), segundo, consoante, etc. Ex: O passeio ocorreu como havíamos planejado. Arrume a exposição segundo as ordens do professor. NUMERAL Numeral é a palavra que indica os seres em termos numéricos, isto é, que atribui quantidade aos seres ou os situa em determinada sequência. Exemplos: 1. Os quatro últimos ingressos foram vendidos há pouco. [quatro: numeral = atributo numérico de "ingresso"] 2. Eu quero café duplo, e você? ...[duplo: numeral = atributo numérico de "café"] 3. A primeira pessoa da fila pode entrar, por favor! ...[primeira: numeral = situa o ser "pessoa" na sequência de "fila"] Note bem: os numerais traduzem, em palavras, o que os números indicam em relação aos seres. Assim, quando a expressão é colocada em números (1, 1°, 1/3, etc.) não se trata de numerais, mas sim de algarismos. Além dos numerais mais conhecidos, já que refletem a ideia expressa pelos números, existem mais algumas palavras consideradas numerais porque denotam quantidade, proporção ou ordenação. São alguns exemplos: década, dúzia, par, ambos(as), novena. Classificação dos Numerais 18 Cardinais: indicam contagem, medida. É o número básico. Por exemplo: um, dois, cem mil, etc. Ordinais: indicam a ordem ou lugar do ser numa série dada. Por exemplo: primeiro, segundo, centésimo, etc. Fracionários: indicam parte de um inteiro, ou seja, a divisão dos seres. Por exemplo: meio, terço, dois quintos, etc. Multiplicativos: expressam ideia de multiplicação dos seres, indicando quantas vezes a quantidade foi aumentada. Por exemplo: dobro, triplo, quíntuplo, etc. Coletivos: se referem ao conjunto de algo, indicando o número exato de seres que compõem esse conjunto. Por exemplo: dezena, dúzia, milheiro, etc. Leitura dos Numerais Separando os números em centenas, de trás para frente, obtêm-se conjuntos numéricos, em forma de centenas e, no início, também de dezenas ou unidades. Entre esses conjuntos usa-se vírgula; as unidades ligam-se pela conjunção e. Ex: 1.203.726 = um milhão, duzentos e três mil, setecentos e vinte e seis. 45.520 = quarenta e cinco mil, quinhentos e vinte. INTERJEIÇÕES Interjeição é a palavra invariável que exprime emoções, sensações, estados de espírito, ou que procura agir sobre o interlocutor, levando-o a adotar certo comportamento sem que, para isso, seja necessário fazer uso de estruturas linguísticas mais elaboradas. Observe o exemplo: Ex: Droga! Preste atenção quando eu estou falando! No exemplo acima, o interlocutor está muito bravo. Toda sua raiva se traduz numa palavra: Droga! Ele poderiater dito: - Estou com muita raiva de você! Mas usou simplesmente uma palavra. Ele empregou a interjeição Droga! As sentenças da língua costumam se organizar de forma lógica: há uma sintaxe que estrutura seus elementos e os distribui em posições adequadas a cada um deles. As interjeições, por outro lado, são uma espécie de "palavra- frase", ou seja, há uma ideia expressa por uma palavra (ou um conjunto de palavras - locução interjetiva) que poderia ser colocada em termos de uma sentença. Veja os exemplos: 1. Bravo! Bis! bravo e bis: interjeição 2. Ai! Ai! Ai! Machuquei meu pé... ai: interjeição A interjeição é um recurso da linguagem afetiva, em que não há uma ideia organizada de maneira lógica, como são as sentenças da língua, mas sim a manifestação de um suspiro, um estado da alma decorrente de uma situação particular, um momento ou um contexto específico. Exemplos: 1. Ah, como eu queria voltar a ser criança! ah: expressão de um estado emotivo = interjeição 2. Hum! Esse pudim estava maravilhoso! hum: expressão de um pensamento súbito = interjeição O significado das interjeições está vinculado à maneira como elas são proferidas. Desse modo, o tom da fala é que dita o sentido que a expressão vai adquirir em cada contexto de enunciação. Exemplos: 1. Psiu! contexto: alguém pronunciando essa expressão na rua significado da interjeição (sugestão): "Estou te chamando! Ei, espere!" 2. Psiu! contexto: alguém pronunciando essa expressão em um hospital significado da interjeição (sugestão): "Por favor, faça silêncio!" 3. Puxa! Ganhei o maior prêmio do sorteio! puxa: interjeição tom da fala: euforia 4. Puxa! Hoje não foi meu dia de sorte! puxa: interjeição tom da fala: decepção As interjeições cumprem, normalmente, duas funções: a) Sintetizar uma frase exclamativa, exprimindo alegria, tristeza, dor, etc. Ex: - Você faz o que no Brasil? -Eu? Eu negocio com madeiras. -Ah, deve ser muito interessante. b) Sintetizar uma frase apelativa. 19 Ex: Cuidado! Saia da minha frente. As interjeições podem ser formadas por: a) simples sons vocálicos: Oh!, Ah!, Ó, Ô b) palavras: Oba!, Olá!, Claro! c) grupos de palavras (locuções interjetivas): Meu Deus!, Ora bolas! A ideia expressa pela interjeição depende muitas vezes da entonação com que é pronunciada; por isso, pode ocorrer que uma interjeição tenha mais de um sentido. Ex: Oh! Que surpresa desagradável! (ideia de contrariedade) Oh! Que bom te encontrar. (ideia de alegria) ARTIGOS É a classe de palavras que vem anteposta aos substantivos para determiná-los, indicando-lhes, ao mesmo tempo, o gênero e o número. Dividem-se em: • Definidos: o, a, os, as • Indefinidos: um, uma, uns, umas Os definidos determinam os substantivos de modo preciso, particular: Ex: Viajei com o médico. (Um médico referido, conhecido, determinado). Os indefinidos determinam os substantivos de modo vago, impreciso, de forma geral e indeterminada: Ex: Viajei com um médico. (Um médico não referido, desconhecido, indeterminado). Isoladamente, os artigos são palavras vazias de sentido. SUBSTANTIVOS É a palavra variável em gênero, número e grau, que dá nome aos seres em geral. Divide-se em: 1. COMUM: refere-se a todos os seres da mesma espécie: rio, cidade, país, menino, pedra, etc. 2. PRÓPRIO: refere-se a um só indivíduo da espécie e é sempre grafado com inicial maiúscula: Tocantins, Porto Alegre, Brasil, João, Nair. 3. SIMPLES: quando é formado por um só radical: água, pé, couve, ódio, tempo, sol. 4. COMPOSTO: quando é formado por mais de um radical: água-de-colônia, pé-de-moleque, couve-flor, amor- perfeito, girassol, fidalgo, etc. 5. PRIMITIVO: quando não provém de outra palavra existente na língua portuguesa: flor, pedra, ferro, casa, jornal. 6. DERIVADO: quando provém de outra palavra da língua portuguesa: florista, pedreiro, ferreiro, casebre, jornaleiro. 7. CONCRETO: quando designa os seres – de existência real ou não – que não dependam de outros para poderem existir: casa, cadeira, caneta, fada, bruxa, saci, etc. 8. ABSTRATO: quando designa as coisas que não existem por si só, isto é, o substantivo mantém dependência com outros seres para poder existir, designando uma ação, qualidade ou um sentimento: trabalho, corrida, estudo, altura, amor, ódio, paz, guerra, etc. 9. COLETIVO: é o substantivo que, mesmo sendo singular, designa um grupo de seres da mesma espécie. Ex: alcateia - de lobos, arquipélago - de ilhas, colmeia - de abelhas, matilha - de cães de caça. Flexão em número Como vimos, os substantivos são palavras variáveis, alterando-se em função do número e do gênero. a) Formação do plural nos substantivos simples - Regra geral: o plural é formado pelo acréscimo da desinência -s. mapa mapas // degrau degraus - Substantivos terminados em -ão: a regra é a forma plural -ões, mas também há casos em que formam -ães ou - ãos. Todos os paroxítonos e alguns oxítonos terminados em –ão formam o plural –ãos. questão questões // capitão capitães irmão irmãos órfão órfãos Alguns substantivos apresentam mais de uma forma: anão anões, anãos // aldeão aldeãos, aldeões, aldeães - Substantivos terminados em -r, -z: acréscimo de -es. Ex: bar bares raiz raízes vez vezes júnior juniores gravidez gravidezes (estranhou, por quê? Significa mais de uma gestação) - Substantivos terminados em -s: acréscimo de -es quando forem oxítonos; invariáveis quando não forem oxítonos. 20 Ex: país países // lápis lápis // ônibus ônibus - Substantivos terminados em -l: substitui-se o -l por –is; em alguns poucos casos, acrescenta o –es. anel anéis // álcool álcoois // mal males // cônsul cônsules b) Formação do plural nos substantivos compostos 1. Ligados sem hífen - formam o plural como os substantivos simples: Ex: girassóis, aguardentes, fidalgos, potapés. 2. Ligados com hífen há duas combinações possíveis de palavras: Para pluralizar os substantivos compostos cujos elementos são ligados por hífen, observe as orientações a seguir: a) Quando as duas palavras forem substantivos, pode-se optar em colocar apenas o primeiro elemento ou ambos no plural: palavra-chave = palavras-chave ou palavras-chaves couve-flor = couves-flor ou couves-flores bomba-relógio = bombas-relógio ou bombas-relógios peixe-espada = peixes-espada ou peixes-espadas b) Flexionam-se os dois elementos, quando formados de: substantivo + adjetivo = amor-perfeito e amores-perfeitos adjetivo + substantivo = gentil-homem e gentis-homens numeral + substantivo = quinta-feira e quintas-feiras c) Flexiona-se somente o segundo elemento, quando formados de: verbo + substantivo = guarda-roupa e guarda-roupas palavra invariável + palavra variável = alto-falante e alto-falantes palavras repetidas ou imitativas = reco-reco e reco-recos d) Flexiona-se somente o primeiro elemento, quando formados de: substantivo + preposição + substantivo = pimenta-do-reino e pimentas-do-reino substantivo + preposição oculta + substantivo = cavalo-vapor e cavalos-vapor e) Permanecem invariáveis, quando formados de: verbo + advérbio = o bota-fora e os bota-fora verbo + substantivo no plural = o saca-rolhas e os saca-rolhas Obs: O plural é dado pelo artigo. f) Quando os compostos forem formados por palavras repetidas ou onomatopaicas, somente o último elemento é flexionado: corre-corre – corre-corres // reco-reco – reco-recos // tique-taque – tique-taques Flexão em gênero Quanto ao gênero, os substantivos podem ser: a) Biformes: possuem duas formas, uma para o feminino e outra para o masculino. Ex: Pombo – pomba // príncipe – princesa // ator – atriz // pastor - pastora b) Uniformes: possuem apenas uma forma para os dois gêneros e são subdivididos em: - Epicenos: uma só forma para os dois gêneros, a distinção é feita pelas palavras macho e fêmea. Ex: a mosca // a baleia // o besouro // a cobra //o crocodilo (macho / fêmea) - Comuns de dois gêneros: uma só forma para os dois gêneros, a distinção é feita pelo determinante (artigo, pronome, adjetivo...). Ex: a pianista / o pianista // o intérprete / a interprete - Sobrecomuns: uma só forma para os dois gêneros, não é possível fazer a distinção pelos determinantes. A distinção pode ser feita pela expressão: do sexo masculino/ do sexo feminino. Ex: a pessoa / a criança / o cônjuge / a testemunha / o ídolo (não tem feminino) * O gênero de alguns substantivos podem causar dúvida: a alface / o champanha / o dó (tanto compaixão como a nota musical) E “personagem”, afinal? É masculino ou feminino? Modernamente, esse é um dos casos de “comum de dois”, ou seja, aceita o artigo feminino ou masculino: o/a personagem. * Certos substantivos, ao mudar de gênero, mudam também de significado: A cabeça / o cabeça - o caixa / a caixa - o moral (autoestima)/ a moral (ética). Resumindo 21 TERMOS DA ORAÇÃO – ESSENCIAIS, INTEGRANTES E ACESSÓRIOS Termos essenciais São dois os termos essenciais da oração: • SUJEITO: é o ser ou o termo sobre o qual se diz alguma coisa. Ex: Os bandeirantes capturavam os índios. O sujeito poder ser: - Simples: quando tem um só núcleo: Ex: As rosas têm espinhos. (sujeito: as rosas; núcleo: rosas) - Composto: quando tem mais de um núcleo: Ex: O burro e o cavalo saíram em disparada. (suj.:o burro e o cavalo; núcleo: burro, cavalo). - Oculto (elíptico ou implícito na desinência verbal): Ex: Chegaste com certo atraso. (suj. oculto: tu) - Indeterminado: quando não se indica o agente da ação verbal. Pode ser representado de duas maneiras: a) verbo na 3ª pessoa do plural. Ex: Falaram mal de você. Bateram na porta. Dizem por aí que tu andas novamente de novo amor, nova paixão, todo contente. b) verbo na 3ª pessoa do singular + SE (índice ou partícula de indeterminação do sujeito). Ex: Precisa-se de moças com experiência. Nunca se é feliz. Fala-se muito, mas pouco se faz. Come-se bem naquele restaurante. - Inexistente: quando a oração não tem sujeito. Ocorre quando há verbos impessoais ( 3ª pessoa do singular) a) Verbos que indicam fenômenos da natureza: Ex: Choveu muito ontem. Ex: Anoiteceu rapidamente. b) Verbo HAVER (com sentido de existir): Ex: Nunca houve tantos interessados. Ex: Devia haver muitos interessados. c) Verbos com ideia de tempo decorrido: Ex: Faz seis meses de sua partida. Ex: Vai para dez anos de sua partida. Há três semanas não a vejo. Amanhã vai fazer dez meses de sua partida. d) Verbo SER nas expressões de horas, datas ou distâncias: Ex: De um extremo ao outro são dez metros. Era uma hora e vinte. • PREDICADO: Predicado é o termo da oração que declara alguma coisa do sujeito. O predicado classifica-se em: Nominal: é aquele que se constitui de verbo de ligação mais predicativo do sujeito. Nesse caso, O elemento mais importante está sob a forma de um nome (adjetivo, substantivo, pronome substantivo). Ex: Nosso colega está doente. Obs: Principais verbos de ligação: ser, estar, ficar, andar, continuar, parecer, permanecer, tornar-se e virar. Predicativo do sujeito: é o termo que ajuda o verbo de ligação a comunicar estado ou qualidade do sujeito. Ex: Nosso colega está doente. A moça permaneceu sentada. 22 Predicado verbal: Quando o predicado enuncia o que o sujeito faz ou sofre, cabe ao verbo apresentar a informação mais relevante da oração, dessa forma seu núcleo é o verbo. É o único dos três que não contém predicativo. Constitui- se de verbo intransitivo ou transitivo Ex: Entraram em campo os atletas. O avião sobrevoou a praia. Predicado Verbo-nominal: Simultaneamente, apresenta a ação praticada e o estado referente ao sujeito (predicativo do sujeito) ou ao complemento verbal (predicativo do objeto). Por isso, possui dois núcleos: o verbo e o nome (que exerce a função de predicativo). Ex: Os atletas entraram em campo confiantes. (predicativo do sujeito) Achei-a simpática. (predicativo do objeto direto). TERMOS INTEGRANTES: Predicativo, complemento nominal e agente da passiva Predicativo: Atribui uma qualidade, seja do sujeito seja do abjeto. Predicativo do sujeito: Termo que, mesmo distante, se refere ao sujeito. Predicativo do objeto: Refere-se ao complemento verbal, que pode ser tanto o objeto direto como o indireto. O Predicativo do Objeto só aparece em predicado verbo-nominal Obs: Somente com o verbo CHAMAR pode ocorrer o Predicativo do Objeto Indireto: Ex: Chamam-lhe de hipócrita por toda a parte. Chamam ao rapaz de hipócrita por toda a parte. Com os demais verbos transobjetivos (crer, eleger, encontrar, estimar, fazer, julgar, nomear, proclamar etc.), ele é sempre PREDICATIVO DO OBJETO DIRETO. Complemento nominal - pode completar um substantivo abstrato, um adjetivo ou advérbios (derivados de adjetivos). Vem regido por preposição e o termo preposicionado tem valor paciente. O deputado discursou favoravelmente ao projeto. Mais adiante, veremos a distinção entre COMPLEMENTO NOMINAL e ADJUNTO ADNOMINAL. Agente da passiva – Termo que exerce a ação verbal na voz passiva. Este complemento é normalmente introduzido pela preposição por. Ex: Ela está sendo conquistada por mim. O cantor foi aplaudido pela multidão. Os melhores alunos foram premiados pela direção. TERMOS ACESSÓRIOS São chamados acessórios os termos que se juntam a um nome ou a um verbo para precisar-lhes o significado. Embora tragam um dado novo à oração, não são eles indispensáveis ao entendimento do enunciado, apenas limitando o sentido dos substantivos ou exprimindo alguma circunstância. São termos acessórios: adjunto adnominal, adjunto adverbial, aposto e vocativo. Adjunto adnominal – É o termo que delimita, especifica a significação do substantivo, qualquer que seja a função deste. O mesmo substantivo pode estar acompanhado de mais de um adjunto adnominal, ou seja, essa função pode ser exercida por um adjetivo, uma locução adjetiva, um artigo (definido ou indefinido), um pronome adjetivo, um numeral ou até mesmo uma oração adjetiva. Nos exemplos abaixo, são apresentados em negrito os adjuntos adnominais e sublinhados os núcleos (substantivos). Ex: Esta segregação social precisa de uma grande volta. Tinha uma memória de prodígio. O mar é um mistério para os sonhadores. A minha dona é a solidão. Venho cumprir uma missão do sacerdócio que abracei. Adjunto Adnominal x Complemento Nominal A diferença entre as funções sintáticas de adjunto adnominal e complemento nominal, em alguns casos, é sutil, quando o termo é regido por preposição. Se estiver preso a um ADJETIVO ou a um ADVÉRBIO, será COMPLEMENTO NOMINAL. Ex: A sala está cheia de armamento pesado. Discursei favoravelmente ao projeto. Se completar um SUBSTANTIVO CONCRETO, será ADJUNTO ADNOMINAL. Ex: A porta de ferro está enferrujada. Quando estiver junto a um SUBSTANTIVO ABSTRATO, é preciso verificar o termo preposicionado. Se o termo for PACIENTE, é um complemento nominal: Ex: A construção do prédio foi embargada. A venda de armas foi proibida. Se o termo for AGENTE, será um adjunto adnominal: 23 Ex: A conquista dos brasileiros foi reconhecida por todos. A invasão dos soldados foi rápida e eficaz. Veja o exemplo: A lembrança de meu pai alegrou-me. Fora do contexto, não podemos afirmar se o elemento em destaque exerce função ativa (adjunto adnominal) ou passiva (complemento nominal). Se a ação foi praticada pela filha (ela lembrou-se de seu pai e, com isso, alegrou- se), o valor é passivo (o pai foi lembrado – SOFREU A AÇÃO VERBAL) e a expressão exerce função de complemento nominal. Já se ação foi praticada pelo pai (ele se lembrou, fato que alegrou a filha), o valor da expressão é ativo (o pai lembrou – PRATICOU A AÇÃO VERBAL) e a função exercida pela expressão é adjunto adnominal. Em resumo: - - adjetivo,advérbio e substantivo abstrato com ideia passive complemento nominal - substantivo concreto e substantivo abstrato com ideia ativa adjunto adnominal O único elemento da interseção é o SUBSTANTIVO ABSTRATO. Obs: tudo com A Substantivo Abstrato com ideia Ativa função de Adjunto Adnominal. Adjunto Adverbial - Como o nome indica, o termo de valor adverbial que denota alguma circunstância do fato expresso pelo verbo, ou intensifica o sentido deste, de um adjetivo ou de um advérbio. Pode vir expresso por um advérbio, uma locução ou expressão adverbial ou uma oração adverbial. São inúmeras as circunstância atribuídas por um adjunto adverbial. Em um período composto, a função de ADJUNTO ADVERBIAL pode ser exercida por uma ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL, atribuindo-se uma das circunstâncias enumeradas na aula passada (causal, condicional, concessiva, temporal, proporcional final, conformativa, consecutiva, concessiva, comparativa, locativa ou modal). Também merecem destaque os Advérbios Interrogativos: causa (por que), lugar (onde, aonde, donde), de modo (como), de tempo (quando), presentes nas orações interrogativas. Não confunda esses advérbios com os pronomes relativos, que devem se referir a algum termo antecedente. Aposto - é o termo de natureza substantiva que se refere, na maioria das vezes a um substantivo, a um pronome ou a um equivalente, a título de explicação ou de apreciação. O aposto tem o mesmo valor sintático do termo a que se refere e, por meio dele, atribui-se a um substantivo (termo referente) alguma propriedade. Os dois termos designam sempre o mesmo ser, o mesmo objeto, a mesma ideia ou o mesmo fato. Entre o aposto e o termo a que ele se refere há em geral uma pausa, marcada na escrita por uma vírgula. Ex: Eles, os pobres desesperados, tinham uma euforia de fantoches. Pode também não haver pausa entre o aposto e a palavra principal, quando esta é um termo genérico, especificado ou individualizado pelo aposto. Ex: A cidade de Lisboa é linda. No mês de maio vemos florir o jardim. Estes apostos equivalem a “nomes, títulos” e são chamados de aposto de especificação. Não devem ser confundidos com adjuntos adnominais, que são atributos, termos de natureza adjetiva. Ex: O clima de Lisboa é muito agradável nesta época. As festas de maio homenageiam as mães. Tipos de aposto a) Explicativo: Maria, a estudante, chegou. b) Enumerativo: Comprei dois livros: o de Química e o de Física. c) Resumitivo ou Recapitulativo: Fortunas, prazeres, sossego, nada o satisfazia. d) Distributivo: Eram dois bons alunos um em Português e outro em História e) Especificativo: Rio Amazonas / Praça da República f) Em referência a uma oração: Ele não compareceu, o que nos deixou tristes. O aposto não deve ser confundido com o adjetivo que, em função de predicativo, costuma vir separado do substantivo que modifica por uma pausa sensível (geralmente na escrita indicada por vírgula). Veja o seguinte exemplo: A noite vai descendo muda e calma. Esta oração poderia ser enunciada: A noite, muda e calma, vai descendo. Nas duas orações, muda e calma exercem a função sintática de predicativo do sujeito e designam o estado em que se encontrava o agente (noite) ao praticar a ação (descer). Faz parte, portanto, de um predicado verbo-nominal. O adjetivo, usado na sua função própria (como a de predicativo do sujeito), não pode exercer a função de aposto, porque designa uma característica do ser ou da coisa, e não o próprio ser ou a própria coisa, como o aposto o faz. 24 Ex: Maria, irmã de Carlos, mudou-se para o Acre. Agora, temos um exemplo de expressão que exerce a função de aposto. “Irmã de Carlos” tem valor substantivo e se refere ao elemento já enunciado (Maria). Vocativo - é um termo que não possui relação sintática com outro termo da oração. Não pertence, portanto, nem ao sujeito nem ao predicado. É o termo que serve para chamar, invocar ou interpelar um ouvinte real ou hipotético. Por seu caráter, geralmente se relaciona à segunda pessoa do discurso. Ex: Não fale tão alto, Rita! Senhor presidente, queremos nossos direitos! A vida, minha amada, é feita de escolhas. PERÍODO SIMPLES E COMPOSTO Período simples – Quando ocorre apenas uma oração, a qual se diz absoluta. Ex: Fui ao cinema. Ex: O pássaro voou. Período composto - Quando há mais de uma oração. Ex: Não sabem que nos calores do verão a terra dorme e os homens folgam. A princípio, classificam-se os períodos em três classes: Período composto por coordenação - apresenta orações independentes. Fui à cidade, comprei alguns remédios e voltei cedo. Período composto por subordinação - apresenta orações dependentes. Ex: É bom que você estude. Período composto por coordenação e subordinação - apresenta tanto orações dependentes como independentes. Este período é também conhecido como misto. Ex: Ele disse que viria logo, mas não pôde. Classificação das orações • Oração coordenada: é aquela que é independente. As orações coordenadas podem ser: - sindética: aquela que é independente e é introduzida por uma conjunção coordenativa. Ex: Viajo amanhã, MAS volto logo. - assindética: aquela que é independente e aparece separada por uma vírgula ou ponto e vírgula. Ex: Chegou, olhou, partiu. Vim, vi, venci. A oração coordenada sindética pode ser classificada em: 1. ADITIVA: expressa adição, sequência de pensamento (e, nem (= e não), mas, também): Ex: Ele falava e eu ficava ouvindo. Meus atiradores nem fumam nem bebem. A doença vem a cavalo e volta a pé. 2. ADVERSATIVA: ligam orações, dando-lhes uma ideia de compensação ou de contraste (mas, porém, contudo, todavia, entretanto, senão, no entanto, etc.) Ex: A espada vence, mas não convence. O tambor faz um grande barulho, mas é vazio por dentro. Apressou-se, contudo não chegou a tempo. 3 ALTERNATIVAS: Ligam palavras ou orações de sentido separado, uma excluindo a outra. São introduzidas pelas conjunções ou, ou...ou, já...já, ora...ora, quer...quer, etc. Ex: Mudou o Natal ou mudei eu? Ou você viaja ou fica em casa, a escolha é sua! 4. CONCLUSIVAS: Ligam uma oração à outra que exprime conclusão. São introduzidas pelas conjunções: logo, pois, portanto, por conseguinte, por isto, assim, de modo que, etc. Ex: Ele está mal de notas; logo, será reprovado. É um homem de bom coração, logo, será absolvido. 5. EXPLICATIVAS: ligam a uma oração, geralmente com o verbo no imperativo, outra que a explica, dando um motivo. São introduzidas pelas conjunções pois (antes do verbo), porque, portanto, que, etc. Ex: Alegra-te, pois aqui estou. Não mintas, porque é pior. Obs: Orações intercaladas 25 São orações que, apresentando informações adicionais, geralmente para esclarecimento, não são introduzidas por conjunções coordenativas. Ex: - Vá embora! – disse-me ela. Ele, que eu saiba, nunca estudou muito. Boaventura, permita-me, o trocadilho, era sujeito de boa sorte. ORAÇÕES SUBORDINADAS São orações dependentes sintaticamente de outra. Exercem uma função sintática correspondente ao substantivo, adjetivo ou advérbio, ou seja, esse termo sintático (sujeito, objeto direto, objeto indireto etc.) assume a forma de uma oração. Por isso, há orações principais (em que estão presentes os termos regentes) e subordinadas (termos regidos). Ex: Os credores internacionais esperavam / que o Brasil se reerguesse. Nesse caso, a segunda oração está subordinada à primeira, pois exerce função sintática de objeto direto do verbo esperar (termo regente presente na oração principal): Os credores internacionais esperavam o quê? Resposta: “que o Brasil se reerguesse” Essa é um oração subordinada substantiva (está no lugar de um substantivo) que exerce, em relação à oração principal, a função sintática de objeto direto. Seu nome é oração subordinada substantiva objetiva direta! Como o termo subordinado exerceráa função de um substantivo, adjetivo ou advérbio, teremos orações subordinadas substantivas, adjetivas e adverbiais, conforme veremos a seguir. 1 - ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS São aquelas que exercem função sintática própria de um substantivo e são sempre iniciadas por conjunção integrante. Na identificação dessas orações, apresenta-se: - sua condição de subordinada; - sua classe gramatical (substantiva); - e a função sintática que exerce em relação à principal (sujeito, objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, predicativo do sujeito, aposto ou agente da passiva). Assim temos: a) Subjetiva – exerce a função de sujeito em relação ao verbo da principal. Ex: É importante que tenhamos o equilíbrio da balança comercial. Ex: Convém que você estude mais. Ainda se espera que o governo mude as normas do imposto de renda. b) Objetiva direta - Função de objeto direto em relação ao verbo da principal. Ex: Os contribuintes esperam que o governo altere as normas do imposto de renda. c) Objetiva indireta - Exerce a função de objeto indireto em relação ao verbo da principal. Ex: O país necessita de que se faça uma melhor distribuição de renda. d) Completiva nominal - Exerce a função sintática de complemento nominal em relação a um substantivo, adjetivo ou advérbio da principal. - Ex: O país tem necessidade de que se faça uma reforma social. e) Predicativa - Exerce a função de predicativo do sujeito em relação à principal. Ex: O medo dos empresários era que sobreviesse uma violenta recessão. Dica: Nesse caso, sempre vem o verbo ser. f) Apositiva - Exerce a função de aposto em relação a um termo da principal. Ex: O receio dos jogadores era esse: que o técnico não os ouvisse. g) Agente da passiva - Exerce a função de agente da passiva em relação à principal. Ex: O assunto era explicado por quem o entendia profundamente. 2 - ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS São aquelas que exercem função sintática própria de um adjetivo sendo sempre iniciadas por pronomes relativos. Seu “nome e sobrenome” será, então: 26 - sua condição de subordinada; - sua classe gramatical (adjetiva); - e o alcance desse adjetivo (restritiva ou explicativa). - Restritivas - Restringem, limitam o sentido de um termo da oração principal, lembrando que estas não são isoladas por vírgulas. Ex: A doença que surgiu nestes últimos anos pode matar muita gente. - Explicativas - Explicam, generalizam o sentido de um termo da oração principal, sendo sempre isoladas por vírgulas. Ex: As doenças, que são um flagelo da humanidade, já mataram muita gente. 3 - ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS São aquelas que exercem função sintática própria de advérbio, ou seja, adjunto adverbial em relação à principal, sendo sempre iniciadas por conjunção adverbial. Agora, toda a oração subordinada exerce, em relação à oração principal, a função sintática de adjunto adverbial. As circunstâncias apresentadas podem ser as seguintes: a) Causal – Indica uma relação de causa, expressa pela oração principal. Ex: Todos se opuseram a ele porque não concordavam com suas ideias. b) Condicional – Indica uma condição ou hipótese expressa pela oração principal. Ex: Se houvesse opiniões contrárias, o acordo seria desfeito. c) Temporal – indicam o tempo em que se realiza o fato expresso na oração principal. Ex: Assim que chegou a casa, resolveu os problemas. d) Proporcional – Apresentam ideia de proporção. Ex: Quanto mais obstáculos surgiam, mais ele se superava. e) Final – exprimem finalidade ou objetivo. Ex: O pai sempre trabalhou para que os filhos estudassem. f) Conformativa - exprimem acordo ou conformidade de um fato com outro. Ex: Os jogadores procederam segundo o técnico lhes ordenara. g) Consecutiva - exprimem uma consequência, um resultado. Ex: Suas dívidas eram tantas que vivia nervoso. h) Concessiva – exprimem um fato que se concede, que se admite, ou seja, apresenta-se um fato que, embora contrário ao apresentado na oração principal, não impede que este se realize Ex: Embora enfrentasse dificuldades, procurava manter a calma. i) Comparativa - Estabelece uma comparação entre a oração principal e a subordinada. Ex: Ele sempre se comportou tal qual um cavalheiro. Alguns autores acrescentam mais dois tipos de orações subordinadas adverbiais, não registrados pela Nomenclatura Gramatical Brasileira (NGB), são elas: j) Locativas – Equivalem a um adjunto adverbial de lugar. Apresentam-se desenvolvidas sem conjunção, introduzidas por advérbio de lugar onde (combinado ou não com preposição). Ex: Fique onde quiser. l) Modais – Equivalem a um adjunto adverbial de modo. Expressam a maneira como será realizado o fato enunciado na oração principal. Ex: Faça como quiser. CONCORDÂNCIA Consiste no mecanismo que leva as palavras a adequarem-se umas às outras harmonicamente na construção frasal. Adjetivo Anteposto concordância Atrativa. 27 “Concordar” significa “estar de acordo com”. Assim, na concordância, que poderá ser nominal ou verbal, os elementos que compõem a frase devem estar em consonância uns com os outros. Essa concordância poderá ser feita de duas formas: - Gramatical ou lógica – quando seguir os padrões gramaticais vigentes; - Atrativa ou ideológica – quando der ênfase a apenas um dos vários elementos, com valor estilístico. CONCORDÂNCIA NOMINAL Regra geral A regra geral define que os termos (pronomes, artigos, adjetivos e numerais) que dependem do nome (substantivo) com ele concordam em gênero e número. O que mais nos interessa estudar é a concordância entre ADJETIVOS e SUBSTANTIVOS, por constituírem vários casos de concordância. 1.1 - ADJETIVO ANTEPOSTO A MAIS DE UM SUBSTANTIVO Adjetivo anteposto ao substantivo concorda com o mais próximo Para lembrar, memorize que tudo começa com a letra A: Ex: Observaram-se boa disciplina, estudo e trabalho. Desfrutei de boas horas e momentos naquele lugar. Obs: Se preceder um substantivo como título, prenome, parentesco ou se referir a nomes próprios, inclusive de pessoas ilustres, é empregado SEMPRE no plural. Ex: Os irmãos Pedro e Paulo estiveram aqui. Tivemos a presença dos ilustres Celso Cunha e Evanildo Bechara. Ele se referiu aos senhores Magalhães e Peixoto. 1.2 - ADJETIVO POSPOSTO A MAIS DE UM SUBSTANTIVO O adjetivo pode ficar no singular (concorda com o mais próximo – CONCORDÂNCIA ATRATIVA) ou no plural (concorda com todos os elementos – CONCORDÂNCIA GRAMATICAL). Ex: A vontade e a inteligência humana(s). As conquistas e as descobertas portuguesas. Obs: Na norma gramatical, quando os substantivos tiverem gêneros diferentes (masculino e feminino), o masculino sempre irá prevalecer. Pode haver 200 substantivos femininos e apenas um masculino, não importa, o adjetivo deverá ir para o masculino!! Ex: Defeitos e virtudes verdadeiros 1.3 – DOIS OU MAIS ADJETIVOS COM UM SUBSTANTIVO Há três possibilidades. Ex: Estudamos a civilização grega e romana. Estudamos a civilização grega e a romana. Estudamos as civilizações grega e romana. 1.4 - O MESMO ADJETIVO EM RELAÇÃO A MAIS DE UM SUBSTANTIVO Se estes substantivos forem ou puderem ser considerados SINÔNIMOS, ANTÔNIMOS ou formarem GRADAÇÃO das idéias enunciadas, o adjetivo só pode permanecer no SINGULAR, concordando com o mais próximo, quer esteja anteposto ou posposto aos substantivos. Ex: Ele sempre teve ideia e pensamento fixo naquela mulher. (SINÔNIMOS) Naquele país, há frio e calor intenso. (ANTÔNIMOS) É preciso dedicação ao carinho, amor e paixão alheia. (GRADAÇÃO) Obs: CUIDADO COM O SENTIDO: algumas vezes, o adjetivo só pode estar se referindo a um dos substantivos, caso em que deverá concordar com ele. Ex: Comprei no supermercado carne e legume fresco / frescos. – A concordância é facultativa, pois tanto os legumes quanto a carne podem estar frescos.Ex: “...respiração e circulação sanguínea.” Nesse caso, o adjetivo “sanguínea” só pode estar se referindo à circulação. 1.5 - Algumas palavras especiais: - MESMO, PRÓPRIO, TAL – como PRONOMES DEMONSTRATIVOS, variam para concordar com o substantivo a que se referem (os pronomes são, regra geral, variáveis). 28 Ex: Elas mesmas não sabiam o porquê. O vocábulo TAL também pode se apresentar na expressão TAL QUAL, caso em que cada elemento irá concordar com o substantivo ou pronome a que se referir. Ex: Ela queria que sua filha fosse tal quais as primas. Eles se comportam tais quais os pais. Eles se comportam tais qual a mãe. - ANEXO, INCLUSO, JUNTO, NENHUM, LESO, OBRIGADO, QUITE Com valor adjetivo, se flexionam em gênero e número de acordo com o termo que modificam. Obs: A locução adverbial em anexo fica invariável. Ex: Enviamos anexas as informações / anexos os documentos. Mulheres nenhumas o agradavam. / Eles não são nenhuns santinhos. Estamos quites com você./ Estou quite com você. Vinham inclusas na pasta a carta e a procuração. Elas saem sempre juntas. Aqueles eram crimes de lesa-pátria / de leso-patriotismo / lesas-razões. Vamos bem, obrigados. (gratos, agradecidos). - SÓ, MEIO, BASTANTE, CARO, BARATO Concordam com o substantivo a que se referem. Se forem usados como advérbios ou palavras denotativas, ficam invariáveis. Ex: Eles estavam sós no apartamento (adjetivo - variável) Ele só quer o nosso bem (= apenas – palavra denotativa - invariável) Aquelas roupas estavam baratas/caras. (adjetivos - variáveis) Os gêneros alimentícios permanecem caros/baratos. (adjetivos – variáveis) Os gêneros alimentícios custam caro/barato.(advérbios - invariáveis) Ela estava meio embriagada pelo sucesso. (advérbio - invariável) Suas ideias eram bastante interessantes.(= muito – advérbio – invariável) Compraram duas meias entradas para o espetáculo. (numeral) Enfrentamos bastantes problemas difíceis. (pronome indefinido – variável). MENOS - fica SEMPRE invariável, qualquer que seja a sua classificação (pronome, advérbio). Ex: Vieram menos pessoas que o esperado. (pronome indefinido) Coma menos. (advérbio). - MONSTRO, ALERTA, PSEUDO – ficam INVARIÁVEIS. Ex: Os soldados estavam alerta. (advérbio) Há no governo alguns pseudo-intelectuais. (elemento de composição) Eles eram criaturas monstro. (formado a partir de derivação imprópria, ou seja, originalmente era um substantivo e foi usado como adjetivo). 1.6- Um e outro / Nem um nem outro Com essas construções, o substantivo permanece no singular, mas o adjetivo vai para o plural. Obs: Como os elementos são ligados por elementos aditivos (E, NEM), há apenas um substantivo se referindo a cada um deles (singular), mas o adjetivo se refere a todos (plural). Ex: Houve um e outro homem escolhidos para o cargo. O delegado não apurou nem um nem outro crime praticados. Um e outro alimento naturais. 1.7. Atente às estruturas abaixo O adjetivo “possível” segue o que indica o artigo “o/a/os/as”. Se estiver no plural (os/as), o adjetivo “possível” também se flexiona (possíveis). Se ficar no singular (o/a), assim também fica o adjetivo (possível). Obs: A expressão “o mais possível” pode ser considerada uma locução adverbial (invariável), equivalente a “muito” ou “bastante”, enquanto que a expressão os mais possíveis poderia ser considerada uma locução adjetiva (variável), equivalente a um superlativo. Ex: Conheci mulheres o mais encantadoras possível. (muito encantadoras) Havia mestres os mais inteligentes possíveis. (inteligentíssimos) 1.8. A olhos vistos 29 Essa expressão pode ficar invariável (locução adverbial) ou a palavra visto concordar com o substantivo a que se refere. Ex: Ela tem piorado a olhos vistos / a olhos vista. 1.9. Haja vista Essa expressão está sempre certa quando invariável, equivalente a “Veja”. Uma outra possibilidade de construção é com o substantivo vista (INVARIÁVEL SEMPRE) e o verbo “haver” se flexionando de acordo com o substantivo que se segue. Ex: Haja vista o resultado. Haja vista / Hajam vista os resultados. Haja vista / Hajam vista as dificuldades por que passamos. 2- DISTINÇÃO ENTRE MIL, MILHÃO E MILHARES 4.1) MIL – Neste caso, o numeral vem sozinho (mil reais). A partir de “dois”, o numeral concorda com o substantivo: Ex: Duas mil mulheres / dois mil homens. 4.2) MILHÃO - O numeral milhão, como os demais numerais, pertence à classe das palavras variáveis. Assim, deverá concordar com a parte inteira do numeral cardinal a ele relacionado. Ex: Aquela empresa investiu 1,5 milhão de reais em novos equipamentos. O artigo e o numeral que o antecederem devem concordar com ele, no masculino. Ex: Os dois milhões de árvores plantadas agora recobrem toda a área. 4.3) MILHARES – Pode ser classificado como numeral ou substantivo. De qualquer forma, é MASCULINO, devendo permanecer neste gênero qualquer que seja o seu complemento. Ex: Muitos dos milhares de batidas de trânsito são fruto da imprudência. CONCORDÂNCIA VERBAL Como regra geral, o verbo concorda com o núcleo do sujeito em número e pessoa. Devemos a princípio identificar o núcleo do sujeito para, a partir daí, verificarmos com quem o verbo estabelecerá a concordância. Vejamos a seguir algumas regras de concordância verbal. Caso 1 - Sujeito composto – No sujeito composto há mais de um núcleo do Sujeito, dessa forma, quando o sujeito composto estiver: 1.a) Anteposto ao verbo (SUJEITO + VERBO), o verbo vai para o plural, ou seja, obedece à concordância gramatical – o verbo concorda com os núcleos do sujeito. Como o sujeito (com todos os seus núcleos) já foi apresentado, não resta outra saída a não ser concordar com todos os elementos. Ex: O técnico e os jogadores chegaram ontem a São Paulo. 1.b) posposto ao verbo (VERBO + SUJEITO), o verbo pode concordar com o sujeito mais próximo (concordância atrativa) ou ir para o plural, concordando com todos eles (concordância gramatical). O raciocínio dessa concordância é este: como o sujeito ainda não foi apresentado, o verbo pode “garantir” a concordância logo com o primeiro (concordância atrativa) ou “aguardar” a apresentação de todos e com todos eles concordar (concordância gramatical). Ex: Chegou(aram) ontem o técnico e os jogadores. 1.c) Havendo pronomes pessoais, formado com pessoas diferentes: verbo fica no plural da pessoa predominante (1ª, 2ª ou 3ª), obedecendo à seguinte ordem de preferência (1ª prevalece sobre a 2ª e 3ª e a 2ª prevalece sobre a 3ª): PREVALECE A 1ª PESSOA – VERBO NA 1ª PESSOA DO PLURAL Ex: Eu, você e os alunos iremos ao museu.(NÓS) NA AUSÊNCIA DA 1ª PESSOA, PREVALECE A 2ª PESSOA – VERBO NA 2ª PESSOA DO PLURAL: Ex: Tu, ela e os peregrinos visitareis o santuário.(VÓS) 1.d) Ligado por COM : verbo concorda com o antecedente do COM ou vai para o plural, entendendo que formam um sujeito composto. Ex: O professor, com os alunos, resolveu o problema. O maestro com a orquestra executaram a peça clássica. 1.e) Ligado por OU: verbo no singular ou plural, vai depender do valor do OU. Se for alternativo, com ideia de exclusão dos demais, o verbo fica no singular. Ex: Valdir ou Leão será o goleiro titular. 30 Também permanece no singular se a conjunção “ou” exprimir equivalência, de tal forma que o verbo possa se dirigir a qualquer dos elementos. Ex: Um cardeal, ou um papa, enquanto homem, não é mais do que uma pessoa”. Se o valor da conjunção for aditiva, de modo que a ação possa abranger todos os sujeitos, indistintamente, o verbo vai para o plural. Ex: Alegrias ou tristezas fazem parte da vida. (tanto umas como outras). O mesmo acontece quando um dos elementos já se apresenta no plural. Ex: O policial ou os populares poderiam ter prendido o perigoso assassino. 1.f) Ligado por NEM: segue o mesmo raciocínio que o caso 1.f (sujeito composto ligado por OU) – verbo pode ficar no pluralou no singular. Ex: Nem Paulo nem Maria conquistaram a simpatia de Joana. (valor aditivo) Nem Lula nem Dilma será eleito presidente. (valor alternativo ou excludente) Nesses dois últimos casos (1.f e 1.g - sujeito composto ligado por OU / NEM), havendo, entre os sujeitos, algum expresso por um pronome reto, devemos seguir a regra 1.c (primazia das pessoas – 1ª. e 2ª): Ex: Nem meu primo, nem eu frequentamos tal sociedade.(1ª pessoa do plural) 1.g) Resumido com pronome indefinido: o verbo concorda com o pronome, que exerce a função de aposto resumitivo. Esse é um caso de concordância especial, em que o verbo concorda, não com o sujeito (todos os elementos), mas com o aposto (pronome indefinido). Ex: Jovens, adultos, crianças, ninguém podia acreditar no que acontecia. 1.h) Modificado pelo pronome CADA: quando o pronome indefinido cada é seguido por substantivo ou pronome substantivo, o verbo fica na 3ª pessoa do singular. Ex: Cada homem, cada mulher, cada criança ajudava os flagelados. Caso 2 - Sujeito constituído por: 2.a) Um e outro. O verbo no singular ou plural, indiferentemente. Ex: Um e outro médico descobriu(ram) a cura do mal. Ex: Nem um nem outro problema propostos foi(ram) resolvido(s). 2.b) Um ou outro. Em função da presença da conjunção ou, há nessa construção um valor excludente, que leva o verbo para o singular. Ex: Um ou outro candidato será aprovado. 2.c) Nem um nem outro Mantem o verbo no SINGULAR, como ocorre com “um ou outro”: Ex: Nem um nem outro estudante tirou o 1º lugar no simulado. 2.d) Expressões partitivas ou quantitativas (a maioria de, grande parte de, grande número de), seguidas de nome plural: Em expressões que indicam uma parte de um todo (por isso chamadas de termos ou expressões partitivas), o verbo pode concordar com o núcleo do sujeito (maioria, parte, metade), ficando no singular, ou com o especificador (substantivo que se segue). Assim, pode-se destacar o conjunto (singular) ou os elementos desse conjunto (plural). Neste último caso, realiza-se a concordância ideológica (com a ideia). Ex: A maioria dos candidatos conseguiu/conseguiram aprovação. 2.e) Coletivo geral: A ideia é que o substantivo coletivo já exerce a função agregativa, ou seja, contém o valor de conjunto, deixando o verbo no singular. Ex: O povo escolherá seu governante em 15 de novembro. 2.f) Expressões que indicam quantidade aproximada (cerca de, perto de, mais de) seguida de numeral: Nesses casos, o verbo concorda com o numeral que acompanha o substantivo. Ex: Mais de um jogador foi criticado pela crônica esportiva. Cerca de dez jogadores participaram da briga. 2.g) Pronomes (indefinidos ou interrogativos) - no singular, seguidos de pronome: Verbo no singular, concordando com o pronome. Ex: Qual de nós será escolhido? - no plural, seguidos de pronome: o verbo concorda com o pronome pessoal ou vai para a 3ª pessoa do plural. Ex: Poucos dentre eles serão chamados pelo Exército. Alguns de nós seremos / serão eleitos. 31 O que está em jogo é a intenção do autor em incluir, na ação, a figura representada pelo pronome. Compare: Alguns de nós sabem o resultado do jogo. Alguns de nós sabemos o resultado do jogo. 2.h) Pronome QUEM: A concordância vai depender da classificação da palavra QUEM. Se o verbo ficar na 3ª pessoa do singular, indica-se que a palavra é um pronome indefinido. Se for realizada a concordância com seu antecedente, entende-se que se trata de um pronome relativo, assim como acontece com o pronome relativo QUE (caso 2.i). Ex: Sou eu quem pago o seu salário. Sou eu quem paga o seu salário. Nas orações interrogativas iniciadas pelos pronomes QUEM, QUE, O QUE, o verbo SER concorda com o nome ou pronome que vier depois Ex: Quem são os culpados? Que são os sonhos? O que seremos nós sem fé? 2.i) Pronome relativo QUE na função de sujeito: verbo concorda com o antecedente. Ex: Não fui a aluna que chegou primeiro. Dos sonhos que me atordoam, esse é o mais recorrente. Pronome relativo é assim chamado por fazer referência a algum outro termo (substantivo, pronome substantivo, oração substantiva) já mencionado anteriormente (ANTECEDENTE). Nas duas passagens, o que é um pronome relativo. Caso 3 - Verbo acompanhado da palavra SE 3.a) SE = pronome apassivador: verbo concorda com o sujeito paciente. Na voz passiva pronominal (ou sintética), o verbo TRANSITIVO DIRETO ou DIRETO E INDIRETO, quando acompanhado do pronome SE, deve concordar com o sujeito paciente (que está sublinhado nos exemplos abaixo). Ex: Viam-se ao longe as primeiras casas. Ofereceu-se um grande prêmio ao vencedor da corrida. 3.b) SE = índice de indeterminação do sujeito: verbo sempre na 3ª pessoa do singular. Usa-se construção de sujeito indeterminado quando não se sabe - ou não se quer dizer – quem é o agente da ação verbal. Também é usado em orações de sentido genérico, vago. São duas as formas de construção do sujeito indeterminado: Forma 1 - o verbo (exceto transitivo direto ou direto e indireto) permanece na 3ª pessoa do singular acompanhado do pronome se (índice / partícula de indeterminação): Ex: Necessitava-se, naqueles dias, de novas esperanças. (verbo transitivo indireto) Estava-se muito feliz com o resultado das provas. (verbo de ligação) Morria-se de tédio nas noites de inverno.(verbo intransitivo) Forma 2 – o verbo (qualquer que seja sua transitividade na construção), sem o pronome, fica na 3ª pessoa do plural: Ex: Desviaram dinheiro dos cofres públicos. Bateram na porta. Falaram mal de você. Caso 4 - Verbos impessoais São IMPESSOAIS, ou seja, não possuem SUJEITO, os verbos que indicam fenômenos da natureza (Chove lá fora.); verbo HAVER indicando existência (Há muitas pessoas na sala.) ou tempo (Há muito tempo não o vejo.); os verbos FAZER, IR, indicando tempo (Faz muito tempo que não o vejo./ Vai pra dez anos que não o vejo.). Como não possuem sujeito (casos de oração sem sujeito), os verbos ficam “neutros”, na 3ª pessoa do singular. Ex: Durante o inverno, nevava muito. Ainda havia muitos candidatos para a Universidade. Ontem fez dez anos que ela se foi. Vai para dez meses que tudo terminou. EMPREGO DA CRASE A crase é um fenômeno, onde de um lado, há um termo regente, que pode ou não exigir a preposição “a”. Do outro lado, há um termo regido, que pode aceitar ou não um artigo definido feminino “a”. Nessa posição de “termo regido” também pode existir um pronome demonstrativo a(s), aquele(s), aquela(s) ou aquilo, um pronome relativo a qual/as quais. Se houver o encontro da preposição “a” com o outro “a”, OCORRE A CRASE: os dois viram um só “a” e recebem o acento grave (`) para indicar essa fusão: à. Dessa forma, há o TERMO REGENTE + TERMO REGIDO. CRASE NÃO É ACENTO, CRASE É O FENÔMENO! Veja o quadro explicativo do caso clássico de crase. 32 Em resumo: só haverá crase (fusão) se houver dois “as”, isto é, simultaneamente o termo regente exigir a preposição a e o termo regido. Lembrando que por estar diante do artigo definido “a”, necessariamente haverá a presença de um termo no feminino. Feitas essas breves considerações, passemos aos casos em que não se admite a crase. antes de palavra masculina - é lógico que não há crase, uma vez que palavra masculina não admite artigo definido feminino antes de si; antes de verbo - um verbo não pode ser antecedido de artigo definido feminino; mesmo quando substantivado, recebe o artigo masculino e não feminino – “o ranger”, “o regressar”; por isso, não poderia ocorrer a crase; antes de pronomes em geral - com exceção dos pronomes possessivos dona, senhora e senhorita e de alguns poucos pronomes indefinidos (mesmas, outras), os pronomes não admitem artigo definido feminino antes de si; antes de substantivos em sentido vago, genérico - por serem vagos, genéricos; em expressões de palavras repetidas (cara a cara, dia a dia, bocaa boca – nesses casos, há apenas uma preposição ligando dois substantivos genéricos que formam uma expressão. Se falta o artigo antes do primeiro elemento, também faltará antes do segundo. não se acentua o “a” antes de casa quando esta tiver o sentido de "lar, domicílio, morada". Ex: Chegou cedo a casa. Mas atenção, se a palavra casa vier acompanhada de adjetivo ou locução adjetiva, ou estiver determinada, use a crase. Ex: Chegou cedo à casa da patroa. não se acentua o “a” antes de terra quando esta se opõe a "bordo, chão, mar", isto é, quando designa "terra firme". Ex: Depois de tantos dias no mar chegamos a terra. Qualquer outra “terra”, inclusive o planeta Terra, recebe o artigo definido, portanto, haverá crase. Ex: Vou à terra dos meus avós. indicação de distância não determinada. CASOS ESPECIAIS DE EMPREGO DO ACENTO GRAVE Existem alguns casos em que o “a” recebe o acento grave (à) mesmo não havendo esse encontro de dois “as”. Outros de “faculdade” da crase. São os chamados casos especiais. Há acento grave: Em locuções femininas, sejam elas adverbiais (à força, à vista), adjetivas (à fantasia, à toa), conjuntivas (à medida que, à proporção que) ou prepositivas (à espera de, à procura de). Diante de masculino, em que esteja subentendida a expressão “à moda de”, “à maneira de” Ex: Ele escrevia à Machado de Assis. O artilheiro fez um gol à Romário. Cuidado: em “bife a cavalo” ou em “frango a passarinho” não está subentendida essa expressão (não é à maneira do cavalo ou ao modo do passarinho) e, por isso, não leva acento. Topônimos: Na indicação de lugares pode acabar surgindo dúvidas, nesses casos, uma valiosa dica poderá resolver seus problemas e acertar a questão e mesmo na redação. BIZU: Quem vai a e volta da Crase há Quem vai a e volte de Crase pra quê? Pra entender melhor verifique os exemplos a seguir: Ex: Vou a Bahia / Vou a Paris Quem vai a Bahia volta da Bahia, portanto, haverá a crase. Vou à Bahia. No outro caso, quem vai a Paris volta de Paris, então nesse caso não ocorre a crase. EMPREGO FACULTATIVO DA CRASE Pronomes possessivos – esses pronomes admitem o artigo definido antes de si. Por isso, se o termo regente exigir a preposição “a” e se deseje empregar o pronome possessivo com artigo, haverá crase (preposição “a” + artigo definido feminino + possessivo) Ex: Refiro-me à sua professora / Refiro-me a sua professora. Mas cuidado com construções do tipo: Ex: Refiro a/à sua professora [facultativo], e não à minha [obrigatório]. Com a locução prepositiva “até a” (que é a junção das duas preposições: até + a). Havendo um termo regido que admita o artigo definido, haverá crase (até a + a = até à – “Andei até à entrada de sua casa.”). 33 Essa locução prepositiva equivale à preposição “até”, que, quando usada na forma simples, não leva à fusão de dois ‘as’, pois só existe um – o artigo (até + a = até a - “Andei até a entrada de sua casa.”). Em resumo, no primeiro exemplo, havia a contração da locução prepositiva ate a com o artigo a (até à); no segundo, o encontro da preposição até com o artigo a (até a). Por isso, alguns falam simplesmente que, com a preposição “até”, a crase é facultativa. Na verdade, o que é facultativo é o uso da locução prepositiva “até a” ou da preposição simples “até” – com a primeira, haverá crase (até à); com segunda, não (até a). SINTAXE DE REGÊNCIA Nas orações sempre há os chamados elementos regentes e elementos regidos. Chamamos de regentes aos termos que pedem complemento e de regidos aos que complementam o sentido dos primeiros. A sintaxe de regência estudará, portanto, as relações de subordinação ou dependência entre os elementos da oração. Em palavras mais simples: regência significa “uso ou não de preposição”. Sendo assim, há casos em que determinada palavra (substantivo, adjetivo, advérbio ou verbo) exige certa preposição ou tem o seu sentido modificado em virtude do emprego de alguma delas. Os complementos servem a nomes (substantivos, adjetivos ou advérbios) e a verbos, daí, a regência dividir-se em nominal e verbal. REGÊNCIA NOMINAL Estuda a relação entre um substantivo, um adjetivo ou um advérbio com o termo que complementa o seu significado. Essa relação é sempre regida por preposição. Muitos nomes derivados apresentam o mesmo regime dos verbos de que derivam. Assim sendo, o conhecimento do regime de certos verbos permite que se conheça o regime dos nomes cognatos, como o substantivo "obediência", o adjetivo "obediente", e o advérbio "obedientemente", que regem a preposição a, exatamente como ocorre com o verbo "obedecer", que lhes deu origem. REGÊNCIA VERBAL A sintaxe de regência verbal consiste em reconhecer no contexto o sentido do verbo, para o emprego correto da predicação verbal ou o não uso de preposição entre o verbo e seu complemento. Também, há casos que exigem a substituição do complemento verbal por pronomes. Eis as principais formas verbais e suas respectivas regências: 01. ASPIRAR: Cheirar, absorver o ar = v.t.d. Desejar = v.t.i.(a) * Não admite o pronome LHE Ex: Aspiro a conquistas heroicas. 02. VISAR: Apontar, mirar ou rubricar, dar visto = v.t.d. Desejar = v.t.i. (a) * Não admite o pronome LHE Ex: Você aspira àquela vaga. 03. PREFERIR: v.t.d.i. * Não é necessário usar os dois complementos. O objeto indireto expressa o que não se prefere, constituído com a preposição “a”. Ex: Prefiro futebol a voley. 04. ASSISTIR: Ver, presenciar = v.t.i. (a) *Não admite o pron. LHE Socorrer, dar assistência = v.t.d ou v.t.i. (a) * A transitividade indireta é a norma culta. Residir = v.i. (em), apresentando o adjunto adv. de lugar. Caber, pertencer = v.t.i. (a) * Admite o pronome “lhe” Ex: Assistimos ao filme. O médico assistiu o enfermo. O resultado da sentença assiste ao Juiz Sérgio Moro. No apartamento em que você assiste há drogas. 05. INFORMAR, AVISAR, CERTIFICAR, CIENTIFICAR, ACONSELHAR, PREVENIR, ADVERTIR: v.t.d.i. *São pronominalizados apenas os complementos constituídos por “pessoa”. Ex: a) Avisei o chefe do fato. b) Avisei o fato ao chefe. c) Certificamo-lo do fato. d) Advertiram-no das consequências. 0.6. CHAMAR: Mandar vir = v.t.d. Rogar = v.t.i. (por) Cognominar, dizer algo a respeito de alguém ou de algo = Use a transitividade direta ou a indireta. Além do complemento verbal, o verbo exige o emprego do predicativo (preposicionado ou não preposicionado). Ex: Chamei o soldado. 34 Chamaram aquela terra de paraíso. 0.7. LEMBRAR e ESQUECER = v.t.d. * Quando pronominais, use a transitividade indireta. Também é bom ressaltar que LEMBRAR pode ser transitivo direto e indireto. Ex: Lembrei-me de que ela é culpada Esqueceram-se de mim. 08. QUERER: Desejar = v.t.d. Gostar, estimar = v.t.i. Ex: Quero alguns anúncios em locais estratégicos. 09. SIMPATIZAR: v.t.i. (com) * Não pode ser usado pronominalmente. Ex: Simpatizei com você, Dulcinéia. 10. PAGAR = v.t.d.i. Ex: Paguei a taxa ao cartório / Paguei ao banco. 11. CHEGAR: v.i. * Não admite o uso da preposição “em” Cheguei ao clube / “Cheguei no clube” portanto está errado. 12. ALUDIR: Referir v.t.i. Ex: O resultado a que aludimos não foi lícito. 13. CUSTAR: Acarretar = v.t.d.i. Relacionado a preço = v.i. Demorar, ser difícil = v.t.i. (a) e pede sujeito oracional. Ex: Custou-me dividir os pertences. A camisa custou vinte reais. Custou-me reconhecer os criminosos. 14. RESPONDER: Tem complemento introduzido pela preposição "a". Esse verbo pede objeto indireto para indicar "a quem" ou "ao que" se responde. Ex: Respondi ao meu patrão. Respondemos às perguntas. Respondeu-lhe à altura. FUNÇÕES DA LINGUAGEM Sabemos que a linguagem é uma das formas de apreensão e de comunicação das coisas do mundo. O ser humano, ao viver em conjunto, utiliza vários códigos para representar o que pensa, o que sente, o que quer, o quefaz. Sendo assim, o que conseguimos expressar e comunicar através da linguagem? Para que ela funciona? A multiplicidade da linguagem pode ser sintetizada em seis funções ou finalidades básicas. Veja a seguir: 1) Função Referencial ou Denotativa Palavra-chave: referente (Lembrar 1ª pessoa- emissor, 2ª pessoa-receptor, 3ª pessoa-referente) Transmite uma informação objetiva sobre a realidade. Dá prioridade aos dados concretos, fatos e circunstâncias. É a linguagem característica das notícias de jornal, do discurso científico e de qualquer exposição de conceitos. Coloca em evidência o referente, ou seja, o assunto ao qual a mensagem se refere. Ex: A Polícia Federal fez hoje uma apreensão recorde de drogas no porto de Santos. 2) Função Expressiva ou Emotiva Palavra-chave: emissor Reflete o estado de ânimo do emissor, os seus sentimentos e emoções. Um dos indicadores da função emotiva num texto é a presença de interjeições e de alguns sinais de pontuação, como as reticências e o ponto de exclamação. Ex: Nós te amamos! A juíza ficou muito emocionada com a singela homenagem. 3) Função Apelativa ou Conativa Palavra-chave: receptor Seu objetivo é influenciar o receptor ou destinatário, com a intenção de convencê-lo de algo ou dar-lhe ordens. Como o emissor se dirige ao receptor, comum o uso de tu e você, ou o nome da pessoa, além do vocativo e imperativo. É a linguagem usada nos discursos, sermões e propagandas que se dirigem diretamente ao consumidor. Ex: Você já tomou banho? Mãe, vem cá! Não perca esta promoção 4) Função Poética Palavra-chave: mensagem É aquela que põe em evidência a forma da mensagem, ou seja, que se preocupa mais em como dizer do que com o que dizer. O escritor, por exemplo, procura fugir das formas habituais e expressão, buscando deixar mais bonito o 35 seu texto, surpreender, fugir da lógica ou provocar um efeito humorístico. Embora seja própria da obra literária, a função poética não é exclusiva da poesia nem da literatura em geral, pois se encontra com frequência nas expressões cotidianas de valor metafórico e na publicidade. Ex: “...a lua era um desparrame de prata”. (Jorge Amado). Em tempos de turbulência, voe com fundos de renda fixa. (Texto publicitário). Se eu não vejo a mulher que eu mais desejo nada que eu veja vale o que eu não vejo (Daniel Borges) 5) Função Fática Palavra-chave: canal Tem por finalidade estabelecer, prolongar ou interromper a comunicação. É aplicada em situações em que o mais importante não é o que se fala, nem como se fala, mas sim o contato entre o emissor e o receptor. Fática quer dizer "relativa ao fato", ao que está ocorrendo. Aparece geralmente nas fórmulas de cumprimento: Como vai, tudo certo?; ou em expressões que confirmam que alguém está ouvindo ou está sendo ouvido: sim, claro, sem dúvida, entende?, não é mesmo? É a linguagem das falas telefônicas, saudações e similares. Ex: Alô? Está me ouvindo? Conversas dentro elevador entre estranhos, ou do passageiro com o taxista. 6) Função Metalinguística Palavra-chave: código Esta função refere-se à metalinguagem, que ocorre quando o emissor explica um código usando o próprio código. É a poesia que fala da poesia, da sua função e do poeta, um texto que comenta outro texto. As gramáticas e os dicionários são exemplos de metalinguagem. Ex: Frase é qualquer enunciado linguístico com sentido acabado. Para dar a definição de frase, usamos uma frase. FIGURAS DE LINGUAGEM São recursos de nosso idioma para tornar as mensagens que emitimos mais expressivas e significativas. Tais recursos podem ampliar o significado de uma oração, assim como suprir lacunas de uma frase com novos significados. Dividimos as figuras de linguagem em metáfora, hipérbole, eufemismo, ironia, elipse, zeugma, comparação, metonímia, antítese, paradoxo, prosopopeia, pleonasmo, anáfora, sinestesia, gradação, aliteração, polissíndeto, assíndeto e onomatopeia. 1. Comparação Existe um conectivo que deixa essa relação comparativa explícita (termo comparador). Exemplo: O Século é como a luz. 2. Metáfora A metáfora ocorre quando é utilizada uma substituição de termos que possuem significados diferentes, atribuindo a eles o mesmo sentido. Ou seja, trata-se de uma comparação em que se omite o termo comparador. Veja o exemplo abaixo: “Meu pensamento é um rio subterrâneo.” Na frase acima o autor dá o sentido de “pensamento” ao termo “rio subterrâneo”, que nada têm em comum, mas passam a ter na oração. 3. Metonímia Metonímia é o uso da parte pelo todo. Ocorre quando o autor substitui uma palavra por outra próxima. É utilizada para evitar a repetição de palavras em um texto. Por exemplo: – “Os meus braços precisam dos teus” Na frase acima, Vinicius de Morais se refere à necessidade que ele tem de ter a presença de outra pessoa e não somente dos braços. – “Eu adoro ler Maurício de Souza” Na frase acima, a pessoa está querendo dizer que gosta de ler as obras de Maurício de Souza, e não ler o autor, o que seria impossível. 4. Sinestesia A sinestesia é o jogo da mistura das sensações. Quando na mesma oração o autor realiza o cruzamento de diferentes sentidos humanos. É muito utilizada em livros e poesias em geral e muito comum também notar sua presença em letras de música. Perceba no exemplo abaixo: “Ela sentiu o sabor frio da derrota” http://www.portaldalinguaportuguesa.org/ 36 Na frase acima, a sensação de frio que sentimos nos tatos foi direcionada para o paladar (sabor). De fato, não podemos sentir o sabor do “frio”, por isso ocorreu um cruzamento de sensações na frase, o que configura uma figura de linguagem sinestesia. 5. Catacrese A Catacrese é um tipo de recurso muito interessante. Tal figura de linguagem ocorre quando atribuímos um “nome” a algo que não possui um nome específico, fazendo referência a outras coisas e objetos. Um ótimo exemplo seria o “céu da boca” ou a “asa da xícara”. Perceba que nossa boca não possui um céu de fato, assim como a xícara não possui asas de fato, parte atribuída somente às aves. 6. Antítese Quando, em uma mesma oração, usamos termos que possuem sentidos contrários, configura-se a antítese. Ex: “O Renato estava dormindo acordado na aula” Perceba que “dormindo” e “acordado” entram em contraste de significado na frase. 7. Paradoxo Esta figura de linguagem se refere a algo “contrário ao que se pensa”, fugindo do senso comum e até mesmo refletindo a falta de nexo. Confira um exemplo simples de um paradoxo: Ex: Ele não passa de um pobre homem rico 8. Eufemismo Troca de um termo por outro mais “leve”, que acaba passando uma conotação mais agradável a um sentido. Um bom exemplo de eufemismo é quando trocamos o termo “morreu” por “foi para o céu“. 9. Hipérbole Ao contrário de eufemismo, a hipérbole é uma figura de linguagem que dá um exagero intencional ao contexto. Por exemplo, em vez de dizermos “eu estou com muita sede“, as vezes dizemos “estou morrendo de sede“. Na verdade, não estamos morrendo literalmente, mas ocorre um exagero para ilustrar a grandeza da sede. 10. Ironia Ironia é a utilização proposital de termos que manifestam o sentido oposto do seu significado. Por exemplo, uma pessoa que foi demitida após péssimo dia de trabalho, dizer: “- Era o que faltava para encerrar o meu dia maravilhosamente bem”. 11. Apóstrofe Apóstrofe é muito interessante. Esta figura de linguagem ocorre quando alguma pessoa faz uso da “invocação” de algo ou alguém para manifestar algum sentido ao contexto. Ex: “Meu Deus! Que susto!”. 12. Personificação ou Prosopopeia ou Antroporfização A personificação ocorre quando atribuímos sentidos racionais a elementos irracionais. Por exemplo, quando dizemos “A natureza está em chorando…” estamos atribuindo o “choro” (algo racional) à natureza (um elemento irracional). 13. Pleonasmo Pleonasmo é muito utilizado no dia-a-dia. Trata-se da repetição de palavras que tem o mesmo significado,em uma mesma oração. Exemplos: “Sair para fora”, “subir para cima”, “dupla de dois”… 14. Cacofonia A cacofonia surge quando ocorre uma junção do final de um vocábulo e começo de outro, formando tonalidades estranhas, dando significados controversos, quando lemos ou pronunciamos a frase rapidamente. Assim, outras pessoas podem entender ou atribuir sentidos contrários ao que falamos. É considerado um vício de linguagem. Exemplo: Eu vi ela na praça. (vi+ ela= viela) Alma minha gentil que te partiste (Alma + minha = maminha) 15. Elipse A Elipse é uma figura de linguagem que acontece quando há a omissão de um termo que pode ser subentendido no texto. Neste caso, ocorre se uma palavra ou expressão for omitida e mesmo assim puder ser percebida como parte da oração. Vale acrescentar que esta palavra omitida, Não foi anteriormente citada e não torna a mensagem incompreensível. Podemos ter elipse de: 1. Verbo: Na sala de aula, apenas cinco ou seis alunos (Neste caso foi omitido o verbo, mas ele está subentendido no texto. Compreende-se que “havia” na sala de aula apenas cinco ou seis alunos. Omissão do verbo haver) 37 2. Pessoa: Peguei de volta meu casaco (Foi omitido o pronome “Eu”, mas a frase é perfeitamente compreensível) 3. Genero: Sempre foi estudiosa. (Foi omitido o pronome “ela”, que caracteriza o sexo feminino) 16. Antonomásia Tambem chamada de antonomásia e circunlóquio, consiste na substituição de um termo ou expressão curta por uma expressão mais longa que serve para transmitir a mesma ideia. Trata-se, portanto, d a substituição de uma palavra por alguma que se refere a uma característica particular dela, permitindo a sua identificação com facilidade. É um tipo de metonímia. Exemplos: Filho de Deus (Jesus Cristo), Terra da Garoa (São Paulo), Cidade Maravilhosa (Rio de Janeiro). 17. Gradação É uma transformação gradual, de forma crescente ou decrescente. Exemplo: Em terra, em cinza, em pó, em sombra, em nada (Gregório de Matos – Soneto a Maria de Povos) 18. Anáfora É a repetição regular de uma palavra. Exemplo: Se você gritasse, se você gemesse, se você tocasse a valsa vienense, se você dormisse, se você cansasse, se você morresse… (Drummond – E agora, José?) 19. Polissíndeto É a repetição de uma conjunção. Exemplo: Ou estuda, ou trabalha, ou tem vida social, ou tem saúde. 20. Assíndeto É uma omissão (parecida com uma elipse), porém é exclusiva para conectivos e conjunções. Exemplo: Acordei, comi, estudei, dormi. Não há a conjunção “e” para unir as duas últimas orações. 21. Quiasmo O quiasmo é uma repetição cruzada. O som “qui” (de “quiasmo”) pode ser relacionado com um “X” (representando uma cruz). Exemplo: E estudava, e trabalhava, e trabalhava e estudava. 22. Silepse É quando há concordância verbal ou nominal com a ideia, mas não com a palavra Exemplo: A gente é novo. “Gente” é substantivo feminino e “novo” é adjetivo masculino. 23. Hipérbato É quando a oração não está na ordem direta para produzir um efeito de sentido. Exemplo: Estudavam anteriormente com enciclopédias os alunos. 24. Zeugma É um recurso que omite um termo que já foi mencionado antes na oração. É como se fosse uma elipse. Exemplo: Ele gosta de Biologia, eu de Geografia. O verbo “gostar” apareceu antes e está oculto. 25. Aliteração É utilizar, consecutivamente, palavras com consoantes que produzem sons parecidos. O resultado é um trava- língua. Exemplo: O rato roeu a roupa do rei de Roma. 26. Anacoluto A estrutura sintática da frase é interrompida por algum elemento “solto”. O recurso faz a linguagem escrita se parecer com a linguagem oral, dando espontaneidade à mensagem. Alguns teóricos consideram o anacoluto um erro de sintaxe (Gramática). Por isso, ele deve ser interpretado no contexto. A figura é frequente em obras como Vidas Secas, que possuem diálogos muito próximos à linguagem do dia-a-dia. Exemplo: Matemática, como aprender essa matéria? http://geekiegames.geekie.com.br/blog/os-5-conteudos-de-biologia-enem/ http://geekiegames.geekie.com.br/blog/os-5-conteudos-de-geografia-que-mais-caem-no-enem/ http://geekiegames.geekie.com.br/blog/resumo-vidas-secas/ http://geekiegames.geekie.com.br/blog/como-aprender-matematica/ 38 Prova GMBH 2009 Pcim PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA TEXTO 1 A Guarda Municipal e a Segurança Pública Eliézer Rizzo de Oliveira Mantidas pelos municípios, as Guardas Municipais devem participar da Segurança Pública em todos os seus campos constitutivos. Diante do aumento da criminalidade e do número de pessoas feridas e mortas em consequência da guerra social em curso, movida com o pano de fundo do narcotráfico e do crime organizado, todos os organismos do Estado devem, de um modo ou de outro, participar do combate à violência e à delinquência. Nada há de novo em reivindicar segurança para os cidadãos, vivam eles no campo ou na cidade, sejam quais forem as suas condições sociais. A segurança dos cidadãos é um direito constitucional e consta dos Direitos Humanos da ONU. É um bem público, uma responsabilidade à qual os governos, o municipal em primeiro lugar, devem responder com políticas públicas bem concatenadas. Isto é, políticas com objetivos, doutrina (incluindo o respeito democrático à cidadania e aos direitos humanos), meios materiais, estrutura, recursos humanos e financeiros. Haverá quem reitere não caber à Guarda Municipal tal ou qual tipo de policiamento, que já seria da responsabilidade de uma polícia ou de outra. Os tipos de ação policial cabem, sim, à Guarda Municipal enquanto coadjuvante que por vezes tem grande capacidade de presença e mobilidade no território municipal. Mais um ator coadjuvante qualificado, capaz de prestar serviços relevantes, merecedor do apoio da comunidade. (Disponível em http://www.comciencia.br/comciencia/ . Acesso em 26fev2010. Texto adaptado). TEXTO 2 A Guarda Municipal é voltada para a segurança pública e para a atuação na área de defesa social que corresponde a uma parcela significativa da prestação de serviço à comunidade de maneira extensiva, o qual abrange a segurança pública e a defesa civil, entre outras ações do poder público. A criminalidade não se resolve no contexto restrito da Segurança Pública, mas em um programa de ampla defesa social, isto é, numa política social que envolva o punir (quando útil e justo) e o tratamento ressocializante do criminoso e do foco social de onde emerge. Desta forma, a Guarda Municipal, sendo a prestadora de serviço que trabalha diuturnamente representando o Poder Público Municipal, em todos os bairros e periferias, torna-se uma das poucas instituições do município capaz de dar o pronto- atendimento às necessidades locais. (Disponível em http://www.forumseguranca.org.br/artigos/a- guardamunicipal-e-a-seguranca-urbana . Acesso em 26fev2010. Texto adaptado) . CHARGE http://grafar.blogspot.com/2009/12/charge-bier.html QUESTÃO 01 O uso do conector “e” no título do texto 1 sugere a ideia de que a Guarda Municipal pode ser: (A) um suporte da Segurança Pública. (B) uma ameaça à Segurança Pública. (C) um contraste à Segurança Pública. (D) uma prevenção em relação à Segurança Pública. QUESTÃO 02 Leia o trecho transcrito do texto 1: “[...] do número de pessoas feridas e mortas em consequência da guerra social em curso, movida com o pano de fundo do narcotráfico e do crime organizado [...]”. As expressões destacadas no trecho podem ser interpretadas como: (A) violência – cenário. (B) repressão – elemento. (C) agressão – espaço. (D) manifestação – organismo. QUESTÃO 03 Leia o trecho transcrito do texto 2: “A Guarda Municipal é voltada para a segurança pública e para a atuação na área de defesa social [...]”. A ideia contida no trecho destacado do texto 2 é a mesma que ocorre na alternativa: (A) “[...] as Guardas Municipais devem participar da Segurança Pública em todos os seus campos constitutivos”. (B) “Nãohá nada de novo em reivindicar segurança para os cidadãos [...]”. (C) “[...] um ator coadjuvante qualificado, capaz de prestar serviços relevantes [...]”. (D) “Haverá quem reitere não caber à Guarda Municipal tal ou qual tipo de policiamento [...]”. QUESTÃO 04 Pode-se afirmar que o ponto de vista do autor do texto 1 sobre a criminalidade mantém, com o ponto de vista defendido no texto 2, uma relação de: (A) oposição. (B) semelhança. (C) retificação. (D) contraste. QUESTÃO 05 No texto 2, o pronto-atendimento da Guarda Municipal à população deve-se, PRINCIPALMENTE, pelo fato de que ela: (A) desempenha um policiamento municipal ostensivo. (B) auxilia o policial militar em seu trabalho. (C) executa ações de segurança pública para a população. (D) desenvolve ações constantes de proteção aos bens públicos e àcomunidade nas mais diversas áreas urbanas. QUESTÃO 06 39 No texto 1, o autor afirma: “A segurança dos cidadãos é um direito constitucional e consta dos Direitos Humanos da ONU.” Considerando-se o trecho acima e a charge, pode-se afirmar que a relação entre eles é, PRINCIPALMENTE, de: (A) provocação. (B) ironia. (C) exagero. (D) suposição. QUESTÃO 07 Leia o trecho da charge: “Leve tudo, mas não me mate!” O emprego do elemento coesivo mas imprime ao trecho uma ideia de: (A) contraste. (B) advertência. (C) finalidade. (D) causa. QUESTÃO 08 As palavras sublinhadas nos trechos seguintes, destacadas do texto 1, apresentam interpretação correta nos parênteses em todas as alternativas, EXCETO em: (A) “[...] de um modo ou de outro, participar do combate à violência e à delinquência”. (demência) (B) “Nada há de novo em reivindicar segurança para os cidadãos [...]”. (solicitar) (C) “Haverá quem reitere não caber à Guarda Municipal [...]”. (repita) (D) “[...] capaz de prestar serviços relevantes, merecedor do apoio da comunidade”. (importantes) QUESTÃO 09 “Desta forma, a Guarda Municipal, sendo a prestadora de serviço que trabalha diuturnamente representando o Poder Público Municipal [...]”. A expressão destacada no trecho do texto 2, só NÃO pode ser substituída por: (A) deste modo. (B) à medida que. (C) portanto. (D) logo. QUESTÃO 10 A classe gramatical da palavra sublinhada está corretamente indicada, nos parênteses, na alternativa: (A) “[...] e uma grande prestadora de atendimentos de excelência em várias áreas [...]”. (pronome de tratamento) (B) “O maior dilema da Guarda Municipal [...]”. (substantivo) (C) “[...] eu estou me sentindo mais seguro, quando caminho pela cidade”. (adjetivo) (D) “Muito se discute ainda no Brasil sobre o papel das guardas municipais”. (preposição). QUESTÃO 11 “A Guarda Municipal é voltada para a segurança pública e para a atuação na área de defesa social que corresponde a uma parcela significativa da prestação de serviço à comunidade de maneira extensiva [...]”. A classe gramatical das palavras destacadas está classificada corretamente, na sequência em que aparecem no trecho, na alternativa: (A) substantivo, substantivo, substantivo, adjetivo. (B) adjetivo, substantivo, substantivo, adjetivo. (C) adjetivo, substantivo, adjetivo, adjetivo. (D) substantivo, substantivo, adjetivo, adjetivo. QUESTÃO 12 “Nada há de novo em reivindicar segurança para os cidadãos, vivam eles no campo ou na cidade [...]”. Todas as afirmativas sobre o período acima estão corretas, EXCETO: (A) o sujeito de “vivam” é simples. (B) “segurança” é o núcleo do objeto direto de “reivindicar”. (C) o predicado de todas as orações do período é verbal. (D) o sujeito de “há” é “nada”. QUESTÃO 13 A alternativa em que a concordância verbal está INCORRETA é: (A) Estamos certos de que deve haver meios para o entrosamento entre a guarda municipal e a polícia militar. (B) Havia várias pessoas descontentes com a atuação isolada da polícia militar. (C) Pode haver situações em que a polícia militar seja chamada para resolver problemas em bairros da periferia. (D)Deve existir muitos programas visando à integração da guarda municipal com a polícia militar. QUESTÃO 14 A colocação do pronome oblíquo átono está INCORRETA em: (A) Muito se discute sobre o papel das guardas municipais. (B) Deve-se pensar num policiamento que atenda as diversas áreas urbanas. (C) Não se deve supor que a guarda municipal possa ameaçar o trabalho da polícia militar. (D) Jamais cumpriu-se o estabelecido visando à integração da guarda municipal com a polícia militar. QUESTÃO 15 Leia os itens seguintes: I. Um bom exemplo desse entrosamento, deu-se semana passada. II. A população, quando pode, busca o que não lhe é garantido pelos governos. III. Não basta que sejam sensíveis, que busquem recursos, que debatam o problema. O emprego da vírgula está CORRETO: (A) apenas nos itens I e II. (B) apenas nos itens I e III. (C) apenas nos itens II e III. (D) nos itens I, II e III. PROVA DE LEGISLAÇÃO 40 QUESTÃO 16 A Lei Municipal 9.319, de 19 de janeiro de 2007, instituiu o Estatuto da Guarda Municipal no Município de Belo Horizonte. De acordo com o referido diploma legal, NÃO é correto afirmar sobre a Guarda Municipal de Belo Horizonte - GMBH: (A) É parte integrante da Administração Direta do Poder Executivo de Belo Horizonte. (B) Tem como princípios norteadores o respeito à dignidade humana, à cidadania, à justiça, à legalidade democrática e à coisa pública. (C) A composição do efetivo feminino da GMBH fica limitada ao percentual de 5% (cinco por cento) do quantitativo dos cargos públicos de Guarda Municipal. (D)Os uniformes, continências, honras, sinais de respeito, protocolo e cerimonial serão determinados por atos do Poder Legislativo. QUESTÃO 17 Nos termos do Estatuto da Guarda Municipal, NÃO é competência da GMBH: (A) Proteger órgãos, entidades, serviços e patrimônio do Município de Belo Horizonte. (B) Prestar serviço de vigilância nos órgãos da administração direta e nas entidades da administração indireta do Município. (C) Atuar de forma preventiva e investigativa nas áreas de sua circunscrição. (D) Atuar na fiscalização, no controle e na orientação do trânsito e do tráfego, por determinação expressa do Prefeito. QUESTÃO 18 Leia atentamente as afirmativas abaixo. I. “O preso tem direito à identificação dos responsáveis pela sua prisão ou por seu interrogatório policial”. II. “Conceder-se-á habeas-corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder”. III. “Qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise anular ato lesivo ao patrimônio público ou a entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência”. Marque a alternativa CORRETA. (A) Se apenas a afirmativa I for correta. (B) Se apenas a afirmativa II for correta. (C) Se apenas as afirmativas I e III forem corretas. (D) Se todas as afirmativas forem corretas. QUESTÃO 19 Leia as afirmativas abaixo. I. “Constituem direitos constitucionais dos trabalhadores urbanos e rurais o fundo de garantia de tempo de serviço, o salário mínimo, décimo terceiro salário e o repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos, dentre outros elencados no art. 7º da Constituição Federal”. II. “São direitos constitucionalmente assegurados aos empregados domésticos o salário mínimo, irredutibilidade de salários, décimo terceiro salário, fundo de garantia, hora extra e repouso semanal remunerado, dentre outros elencados no art. 7º da Constituição Federal”. III. “A assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até os 5 (cinco) anos de idade em creches e pré-escolas constitui direito dos trabalhadores assegurado constitucionalmente”. Marque a alternativa CORRETA.(A) Se apenas a afirmativa I for correta. (B) Se apenas a afirmativa II for correta. (C) Se apenas as afirmativas I e III forem corretas. (D) Se todas as afirmativas forem corretas. QUESTÃO 20 Leia as afirmativas abaixo. I. “A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência”. II. “O prazo de validade do concurso público será de até cinco anos, sendo este prazo improrrogável”. III. É vedado ao servidor público civil a associação sindical e o direito de greve”. Marque a alternativa CORRETA. (A) Se apenas a afirmativa I for correta. (B) Se apenas a afirmativa II for correta. (C) Se apenas as afirmativas I e III forem corretas. (D) Se todas as afirmativas forem corretas. QUESTÃO 21 Marque a alternativa abaixo que NÃO corresponde às normas disciplinadas pelo Estatuto da Criança e do Adolescente. (A) Nenhum adolescente será privado da sua liberdade sem o devido processo legal. (B) Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescentes aquela entre doze e dezoito anos de idade. (C) Constitui medida a ser aplicada por autoridade competente ao adolescente infrator a inserção em regime fechado. (D) O adolescente privado de liberdade tem o direito de peticionar a qualquer autoridade. QUESTÃO 22 A Lei Federal nº. 10.741 institui o Estatuto do Idoso. Marque a alternativa abaixo que NÃO é norma elencada na referida lei. (A) Os idosos têm prioridade na restituição do Imposto de Renda. (B) É vedada a discriminação do idoso nos planos de saúde pela cobrança de valores diferenciados em razão da idade. (C) O Estatuto do Idoso é destinado a assegurar o direito das pessoas com idade igual ou superior a 65 (sessenta e cinco) anos. (D) O primeiro critério de desempate em concurso público será a idade, dando-se preferência ao de idade mais elevada. QUESTÃO 23 41 Nos termos da Lei Orgânica do Município de Belo Horizonte, é CORRETO afirmar: (A) O Município está desobrigado de dar fé a documento público. (B) Constitui competência exclusiva do Município de Belo Horizonte estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito. (C) Ao Conselho Municipal de Defesa dos Direitos Humanos cabe propagar e investigar as violações aos direitos e garantias assegurados pela Declaração Universal dos Direitos Humanos e pela Constituição Federal. A participação neste Conselho é gratuita. (D) A administração pública direta do Município de Belo Horizonte é a que compete aos órgãos das autarquias, das sociedades de economia mista, das empresas e fundações públicas, bem como das empresas de direito privado sob o domínio direto ou indireto do Município. QUESTÃO 24 A Lei Municipal 8.616, de 14 de julho de 2003, regula o Código de Posturas do Município de Belo Horizonte. Com base em suas normas, marque a alternativa CORRETA. (A) É livre o exercício de atividades por camelôs e toreros em logradouro público. (B) Em quarteirão fechado e em praça, a instalação de mobiliário urbano será submetida à aprovação prévia dos órgãos competentes. (C) Depende de prévio licenciamento a execução de obra ou serviço em logradouro público do Município por particular, sendo livre ao Poder Público executá- las. (D) Constitui mera liberalidade do condutor do animal recolher dejeto depositado em logradouro público pelo animal. QUESTÃO 25 Marque a alternativa abaixo que NÃO transcreve corretamente as normas prescritas em Leis do Município de Belo Horizonte. (A) A propriedade, a importação, a adoção, a comercialização, a criação e a manutenção de cães da ração Pit Bull são permitidas no Município de Belo Horizonte. (B) O Decreto 11.566 designa como patrono da Guarda Municipal Patrimonial de Belo Horizonte o embaixador Sérgio Vieira de Melo. (C) Pagará multa e terá seu cão apreendido o dono que conduzir seu cão sem focinheira e corrente pelas ruas e praças do Município de Belo Horizonte. (D) Ao ocupante do cargo público efetivo da Guarda Municipal é proibida a atividade político-partidária. QUESTÃO 26 Leia atentamente as afirmativas abaixo. I. Toda pessoa tem o direito de ser, em todos os lugares, reconhecida como pessoa perante a lei. II. A maternidade e a infância têm direito a cuidados e assistência especiais. Não haverá proteção social diferenciada para as crianças nascidas fora do matrimônio. III. Toda pessoa tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de, sem interferência, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e ideias por quaisquer meios e independentemente de fronteiras. IV. Ninguém será sujeito a interferências na sua vida privada, na sua família, no seu lar ou na sua correspondência, nem a ataques à sua honra e reputação. Toda pessoa tem direito à proteção da lei contra tais interferências ou ataques. V. Toda pessoa tem direito a repouso e lazer, inclusive a limitação razoável das horas de trabalho e férias periódicas remuneradas. Marque a alternativa CORRETA. (A) Somente as afirmativas I e II estão corretas. (B) Somente as afirmativas III e IV estão corretas. (C) Somente a afirmativa I está incorreta. (D) Somente a afirmativa II está incorreta. QUESTÃO 27 Para fins do Código de Posturas do Município de Belo Horizonte, entende-se por logradouro público: (A) O conjunto formado pelo passeio e pela via pública, no caso da avenida, rua e alameda. (B) O quarteirão fechado e a praça. (C) A passagem de uso exclusivo de pedestre e, excepcionalmente, de ciclista. (D) Todas as alternativas estão corretas. QUESTÃO 28 Relacione a norma transcrita com o diploma legal que a prevê. I. “Toda pessoa tem direito, em plena igualdade, a uma audiência justa e pública por parte de um tribunal independente e imparcial, para decidir de seus direitos e deveres ou do fundamento de qualquer acusação criminal contra ele”. II. “O idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhe, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, para preservação de sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade”. III. “A lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem”. IV. “Aos pais incumbe o dever de sustento, guarda e educação dos filhos menores, cabendo-lhes ainda, no interesse destes, a obrigação de cumprir e fazer cumprir as determinações judiciais”. a. Lei 8.069/90. b. Constituição da República de 1988. c. Declaração Universal dos Direitos Humanos. d. Lei 10.741 de 2003. Marque a alternativa abaixo que expressa corretamente a relação entre as duas colunas. (A) I-c; II-d; III-b; IV-a. (B) I-b; II-a; III-c; IV-d. (C) I-c; II-a; III-d; IV-b. (D) Todas as alternativas acima estão incorretas. 42 QUESTÃO 29 Sobre a estrutura organizacional do Poder Executivo do Município de Belo Horizonte, regulada pela Lei 9.011, de 1º de janeiro de 2005, é CORRETO afirmar: (A) As funções previstas para a Assessoria Policial- Militar serão exercidas por servidores inativos da Polícia Militar de Minas Gerais. (B) Os órgãos da Administração Direta são compostos de três níveis hierárquicos, escalonados na seguinte ordem: Secretaria, Secretaria Adjunta e Gerência, ou seus equivalentes. (C) Compete à Coordenadoria Municipal de Defesa Civil prestar suporte técnico e administrativo ao Conselho Municipal de Habitação. (D) Compete à Corregedoria da Guarda Municipal Patrimonial assessoraro comandante desta Guarda em assuntos relativos à disciplina dos seus membros. QUESTÃO 30 A estrutura organizacional da Secretaria Municipal de Segurança Urbana e Patrimonial, abaixo especificada, tem as seguintes Gerências: I. Gerência de Execução Operacional da Guarda Municipal. II. Gerência de Pesquisas da Secretaria Municipal de Segurança Urbana e Patrimonial. III. Gerência de Segurança Interna da Guarda Municipal. IV. Gerência Administrativa e de Atividades Correicionais da Corregedoria da Guarda Municipal. As atribuições funcionais descritas abaixo dizem respeito ao papel de cada Gerência citada acima. a. Proceder ao levantamento sobre possíveis desvios de conduta dos integrantes da Guarda Municipal, que possam comprometer a honra, o conceito e a imagem institucionais ou da própria Administração Pública Municipal. b. Viabilizar o tratamento estatístico de crimes e contravenções, conforme parâmetros próprios da divisão geopolítica do Município. c. Zelar pelo rigoroso controle dos horários de serviço, da postura, compostura, uniformes e equipamentos empregados nas atividades operacionais da Guarda Municipal. d. Coordenar o suporte nas audiências, o registro e controle das fichas de antecedentes disciplinares, e a coleta de dados com a emissão de pronunciamentos pertinentes. Marque a alternativa que expressa corretamente a relação entre a Gerência e a respectiva atribuição funcional. (A) I-c; II-b; III-a; IV-d. (B) I-d; II-a; III-b; IV-c. (C) I-d; II-b; III-a; IV-c. (D) Todas as alternativas acima estão incorretas. PROVA DE GEOGRAFIA URBANA QUESTÃO 31 A Praça Raul Soares é uma das principais praças de Belo Horizonte. Construída em estilo francês, está situada na confluência das vias públicas: (A) Avenida Olegário Maciel, Avenida Paraná, Avenida Augusto de Lima e Avenida Amazonas. (B) Avenida Olegário Maciel, Avenida Augusto de Lima, Avenida Amazonas e Rua Santa Catarina. (C) Avenida Olegário Maciel, Avenida Augusto de Lima, Avenida Bias Fortes e Avenida Amazonas. (D) Avenida Olegário Maciel, Rua Rio Grande do Sul, Avenida Augusto de Lima e Avenida Amazonas. QUESTÃO 32 Em relação à cidade de Belo Horizonte, marque a alternativa INCORRETA. (A) Foi considerada a metrópole com melhor qualidade de vida da América Latina pela ONU. (B) Foi considerada entre as cem melhores do mundo para se viver. (C) Ostenta o título de “Cidade Dormitório” da Região Metropolitana. (D) Possui, ainda, o diploma de “Cidade Modelo da Área Ambiental”. QUESTÃO 33 Marque a alternativa abaixo que NÃO é característica do Palácio da Liberdade de Belo Horizonte. (A) Reflete a influência do estilo inglês na arquitetura da capital, com requintes de acabamento. (B) A escada de ferro e estruturas metálicas foram importadas da Bélgica. (C) Destacam-se os jardins em estilo rosal, de Paul Villon. (D) Destacam-se o Salão de Banquete à Luís XV e as pinturas do Salão Nobre, uma homenagem às artes, e o grande painel de Antônio Parreira. QUESTÃO 34 Para deslocar do centro de Belo Horizonte ao Aeroporto de Confins, você utiliza a “Linha Verde”, por meio da rodovia: (A) MG 030. (B) MG 010. (C) MG 024. (D) MG 020. QUESTÃO 35 Belo Horizonte NÃO se limita territorialmente com o seguinte município da Região Metropolitana: (A) Brumadinho. (B) Betim. (C) Ribeirão das Neves. (D) Ibirité. QUESTÃO 36 A “Cidade Administrativa” do Estado de Minas Gerais, recentemente inaugurada, localiza-se no município de: (A) Lagoa Santa. (B) Belo Horizonte. (C) Vespasiano. (D) Santa Luzia. QUESTÃO 37 Entre as capitais dos Estados brasileiros, abaixo listadas, Belo Horizonte possui maior contingência populacional somente em relação à capital do Estado do: (A) Rio de Janeiro. (B) Bahia. 43 (C) Ceará. (D) Paraná. QUESTÃO 38 O Parque das Mangabeiras é um dos roteiros turísticos de Belo Horizonte. Sobre ele, podemos dizer: I. Está localizado nas encostas da Serra do Curral, foi projetado pelo paisagista Burle Marx e inaugurado em 1971. II. É um dos maiores parques urbanos do país, com matas que ocupam a maior parte dos seus 2,3 milhões de m². III. Além de funcionar como centro de pesquisa e educação ambiental, aberto a todos da comunidade, dispõe de várias opções de lazer. IV. Possui três opções de visita: o Roteiro das Águas, o Roteiro da Mata e o Roteiro do Sol. Marque a alternativa CORRETA. (A) Apenas os itens I, II e III são verdadeiros. (B) Apenas os itens I, III e IV são verdadeiros. (C) Apenas os itens I, II e IV são verdadeiros. (D) Apenas os itens II, III e IV são verdadeiros. QUESTÃO 39 A Praça Sete de Setembro é o principal ponto de referência do centro de Belo Horizonte. Sobre o centro de Belo Horizonte, pode-se afirmar: I. Os prédios e construções do hipercentro da capital mineira apresentam estilos arquitetônicos diferentes. II. O Tribunal de Justiça, na Avenida Afonso Pena, nº. 1420, em estilo neoclássico, foi inaugurado em 1911. III. O elegante e luxuoso Automóvel Clube, na Avenida Afonso Pena, nº. 1934, foi construído na década de 20 para reunir a nata da sociedade mineira. IV. A sede da prefeitura da capital, localizada na Avenida Afonso Pena, nº. 1.212, tem características Art Decô com volumes geométricos no traçado da fachada. Marque a alternativa CORRETA. (A) Apenas os itens I e II são verdadeiros. (B) Apenas os itens III e IV são verdadeiros. (C) Apenas os itens II, III e IV são verdadeiros. (D) Todos os itens são verdadeiros. QUESTÃO 40 Enumere a segunda coluna de acordo com a primeira. 1. Roteiro Marcos da Modernidade (Pampulha). 2. Roteiro Ofícios de Minas (Praça da Estação e Av. Afonso Pena/ Centro). 3. Roteiro Sínteses de Minas (Mercado Central e Entorno). 4. Roteiro Passado e Presente (Praça da Liberdade e Savassi). 5. Roteiro Horizontes da Cidade (Serra do Curral e Mangabeiras). ( ) Minas centro. ( ) Museu das telecomunicações. ( ) Igreja da Boa Viagem. ( ) Praça da Estação. ( ) Casa do Baile. ( ) Catedral da Fé. ( ) Praça da Bandeira. ( ) Museu de Escola de Minas Gerais. ( ) Museu de Artes e Ofícios. ( ) Museu de Arte. ( ) Rua do Amendoim. ( ) Museu Giramundo. ( ) Jardim Japonês. ( ) Diamond Mall. ( ) Museu dos Brinquedos O preenchimento CORRETO da segunda coluna corresponde à enumeração: (A) 3, 5, 4, 2, 1, 3, 5, 4, 2, 1, 5, 2, 1, 3 e 4. (B) 3, 2, 1, 3, 4, 3, 5, 4, 2, 1, 1, 2, 4, 5 e 3. (C) 3, 2, 4, 2, 1, 5, 5, 4, 2, 1, 5, 1, 2, 3 e 4. (D) 3, 2, 4, 3, 1, 3, 5, 4, 2, 1, 5, 2, 1, 3 e 4. PROVA DA HISTÓRIA DE BELO HORIZONTE QUESTÃO 41 A transferência da capital de Ouro Preto para Belo Horizonte, na época chamada “Cidade de Minas”, ocorreu em decorrência: I. da localização privilegiada de Belo Horizonte, num planalto central de Minas Gerais. II. das ótimas condições geográficas e o clima agradável de Belo Horizonte. III. da exploração excessiva do ouro e seu esgotamento, com a decadência da mineração em Ouro Preto, que foi perdendo seu prestígio como Capital. IV. da imposição política de Afonso Pena, então governador de Minas Gerais. Marque a alternativa CORRETA. (A) Apenas os itens I e II estão corretos. (B) Apenas os itens I, II e III estão corretos. (C) Apenas os itens II, III e IV estão corretos. (D) Todas os itens estão corretas QUESTÃO 4 2 No brasão de Belo Horizonte, símbolo da cidade, aparecem duas datas: 17 de dezembro de 1893 e 12 de dezembro de 1897, respectivamente, o dia em que ficou decidida a transferência da sede do governo e o dia da instalação oficial da nova capital. Em relação à transferência da capital mineira de Ouro Preto para Belo Horizonte, é CORRETO afirmar que: (A) foi consensual entre os moradores de Belo Horizonte e Ouro Preto. (B) foi nomeado um grupo da Nova Capital chefiada pelo engenheiro João Leite da Silva Ortiz para a mudança. (C) o nome oficial de Belo Horizonte só foi adotado definitivamente quatro anos mais tarde, em 1901. (D) carinhosamente BeloHorizonte ganhou vários apelidos com forma de facilitar a transferência para a nova capital. QUESTÃO 43 A construção da capital, ao final do século XIX, tinha como objetivo divulgar as ideias de modernidade e progresso, que refletiam mudanças que ocorriam no país e no exterior, principalmente no campo da arquitetura e do planejamento urbano. Marque a alternativa que NÃO corresponde a ideia de modernidade e progresso presente na construção de Belo Horizonte. 44 (A) A fundação da capital mineira figurava, sem dúvida, nessa perspectiva de um projeto plantado no futuro. (B) A capital mineira foi construída em consonância com as novas tendências urbanas e em sintonia com a estratégia política da ordem, em especial, da Europa à época. (C) A demolição da antiga Matriz de Boa Viagem na capital mineira e o propósito de se erguer uma nova igreja matriz no mesmo local. (D) A construção da capital mineira visava a implantação de uma cidade que primasse pela beleza, pela estética, pelos padrões arquitetônicos, sendo ao mesmo tempo espelho que refletisse a imagem do novo tempo que se instaurava no país. QUESTÃO 44 “PROIBIDO PISAR NO GRAMADO Talvez fosse o melhor dizer: PROIBIDO COMER O GRAMADO A prefeitura vigilante vela a soneca das ervinhas. E o capote preto do guarda é uma bandeira da noite. [estrelada de funcionários.” Carlos Drumonnd de Andrade – Reunião, 1971. Pode-se inferir, com base no texto acima, que o escritor Carlos Drumonnd de Andrade tinha preocupação: (A) em criticar a omissão da Prefeitura de Belo Horizonte com o meio ambiente. (B) com a preservação do espaço público, possivelmente uma praça pública através da prefeitura de Belo Horizonte. (C) destacar a importância do Guarda Municipal em proteger o patrimônio público. (D) fazer apologia do autoritarismo militar da época, em especial o vigilante noturno. QUESTÃO 45 A respeito de Belo Horizonte, pode-se dizer que foi inventada três vezes. I. A primeira vez foi a invenção política (1897-1914) – obra da república que queria demarcar o início de novos tempos, superar o passado colonial-imperial tido como fator de atraso e estagnação. II. A segunda foi a invenção mercantil (1914-1980) que culminou com a privatização de serviços, o domínio dos interesses econômicos, a modernização e a verticalização da cidade, a expansão da infraestrutura material e a industrialização. III. A terceira invenção é a social – que tendo antecedentes nas lutas sociais, que resistiram à tendência excedente, que marca o projeto da cidade desde o início, consolidou-se nos anos 80-90 pela emergência de uma série de iniciativas democráticas populares. Marque a alternativa CORRETA. (A) Apenas o item I é verdadeiro. (B) Apenas os itens II e III são verdadeiros. (C) Apenas os itens I e II são verdadeiros. (D) Todos os itens são verdadeiros. QUESTÃO 46 “Por que ruas tão largas? Por que ruas tão retas? ... Cidade grande é isso? ... Aqui tudo é exposto evidente cintilante. Aqui obrigam-me a nascer de novo, desarmado”. Carlos Drumonnd de Andrade –Boitempo II. Na crônica poética acima, o autor faz menção à cidade de Belo Horizonte: (A) como uma cidade igual as demais. (B) como uma cidade moderna, positivista, eugênica, que veio para romper com o passado. (C) que nasceu por acaso, como um símbolo ideológico cultural. (D) como um fruto espontâneo da aglomeração de casas levantadas por uma conjunção de interesses e posicionamento estratégico. QUESTÃO 47 O transporte com carros em Belo Horizonte está insuportável. Caso não seja tomada medida para diminuir o número de automóveis em BH e outras metrópoles brasileiras, o alardeado colapso será inevitável. Especialistas em transportes apostam como medidas eficazes para evitar o caos do trânsito de BH e cidades vizinhas: I. Elaboração de planejamento para crescimento ordenado da região metropolitana de Belo Horizonte. II. A implantação de um modelo intermodal como solução para desafogar o tráfego e melhorar o transporte na Capital. III. O transporte elétrico sobre trilhos que pode ser usado como alternativa ao metrô e, principalmente aos ônibus, situação inédita em BH. IV. A ampliação dos metrôs é um exemplo para o transporte de massa como acontece nas grandes metrópoles do país e do exterior. A partir das medidas acima listadas, pode-se dizer: (A) Apenas as alternativas I, II e III estão corretas. (B) Apenas as alternativas II, III e IV estão corretas. (C) Apenas as alternativas I, II e IV estão corretas. (D) Todas as alternativas estão corretas. QUESTÃO 48 Em relação à participação das associações de moradores nas lutas urbanas, pode-se dizer: I. que os dados existentes, desde a transferência da capital para Belo Horizonte até hoje, são bastante significativos para analisar a trajetória da melhoria urbana da cidade. II. que alguns partidos políticos tiveram relevância por incluírem em suas propostas partidárias a participação das associações. III. que a Igreja católica, em seu todo, incorporou-se de corpo e alma aos movimentos associativos, como ocorreu em outras partes do país. 45 IV. todos os municípios que integravam a Região Metropolitana de Belo Horizonte em 1980 contavam com associações de base. Marque a alternativa CORRETA. (A) Apenas o item I está correto; (B) Apenas o item II está correto;. (C) Apenas o item III está correto; (D) Apenas o item IV está correto. QUESTÃO 49 De 1967 até 1979, os prefeitos de Belo Horizonte deixaram de ser eleitos para serem nomeados. Este período corresponde ao regime militar implantado no país. Assinale qual prefeito abaixo foi eleito pelo voto popular e não nomeado. (A) Dr. Célio de Castro. (B) Dr. Oswaldo Pieruccetti. (C) Dr. Luiz Verano. (D) Dr. Maurício de Freitas Teixeira Campos. QUESTÃO 50 Estudos para o Plano Diretor de BH/2010 mostram: I. a concentração de estabelecimentos comerciais, industriais e de serviços na área central e suas imediações II. equipamentos sociais de saúde, educação e lazer bem distribuídos nas 9 (nove) regionais. III. que o nível de distribuição das atividades e equipamentos proporciona a mesma segregação social que o processo de metropolização e periferização cristalizou. IV. que temos duas cidades convivendo lado a lado: a cidade das classes média e alta, e a cidade da periferia com índices urbanos e sociais semelhantes ao da primeira. Com base nas informações acima, marque a alternativa CORRETA. (A) Apenas os itens I e II são verdadeiros. (B) Apenas os itens II e III são verdadeiros. (C) Apenas os itens III e IV são verdadeiros. (D) Apenas os itens I e III são verdadeiros. Gabarito: PORTUGUÊS INSTRUÇÃO: As questões de 01 a 07 referem-se a este texto: Guarda Municipal terá poder de polícia A nova norma insere as guardas municipais no sistema nacional de segurança pública. O objetivo é que eles tenham o dever de proteger tanto o patrimônio como a vida das pessoas (1§) A lei que instituiu o Estatuto Geral das Guardas Municipais foi sancionada. A decisão foi publicada em uma edição extraordinária do Diário Oficial da União na última segunda-feira, 11. (2§) A nova norma insere as guardas municipais no sistema nacional de segurança pública, garante o porte de arma e dá a esses profissionais o poder de polícia. O objetivo é que eles tenham o dever de proteger tanto o patrimônio como a vida das pessoas. (3§) O documento também destaca que o direito pode ser suspenso em razão de "restrição médica, decisão judicial ou justificativa da adoção da medida pelo respectivo dirigente”. Estatuto (4§) O Estatuto Geral das Guardas Municipais regulamenta dispositivo da Constituição que prevê a criação de guardas municipais para a proteção de bens, serviços e instalações. A guarda municipal deverá ainda colaborar com os órgãos de segurança pública em ações conjuntas e contribuir para a pacificação de conflitos. Medianteconvênio com órgãos de trânsito estadual ou municipal, poderá fiscalizar o trânsito e expedir multas. (5§) Outra competência é encaminhar ao delegado de polícia, diante de flagrante delito, o autor da infração, preservando o local do crime. A guarda municipal poderá ainda auxiliar na segurança de grandes eventos e atuar na proteção de autoridades. Ações preventivas na segurança escolar também poderão ser exercidas por essa corporação. (6§) O projeto prevê, igualmente, a possibilidade de municípios limítrofes constituírem consórcio público para utilizar, reciprocamente, os serviços da guarda municipal de maneira compartilhada. (7§) Esse consórcio poderá ficar encarregado também da capacitação dos integrantes da guarda municipal compartilhada. Todos os guardas deverão passar por esse tipo de capacitação e apresentar currículo compatível com a atividade. Defesa e poder de polícia (8§) De acordo com a regra, além da segurança patrimonial, estabelecida pelo artigo 144 da Constituição Federal, as guardas terão poder de polícia. Elas poderão atuar na proteção da população, no patrulhamento preventivo, no desenvolvimento de ações de prevenção primária à violência, em grandes eventos e na proteção de autoridades, bem como em 46 ações conjuntas com os demais órgãos de defesa civil. (9§) Com a aprovação da lei, os profissionais também deverão utilizar uniformes e equipamentos padronizados, mas sua estrutura hierárquica não poderá ter denominação idêntica à das forças militares. As guardas terão até dois anos para se adaptar às novas regras. Requisitos (10§) A criação de guarda municipal deverá ocorrer por lei, e os servidores deverão ingressar por meio de concurso público. Para ingressar na guarda, o candidato deve ter nacionalidade brasileira; nível médio completo; e idade mínima de 18 anos. (11§) O texto exige curso de capacitação específica do servidor, permitindo à unidade municipal a criação de órgão de formação, treinamento e aperfeiçoamento. Poderá haver ainda convênio com o estado para a manutenção de um órgão de formação centralizado, que não poderá ser o mesmo de forças militares. (http://goo.gl/3WR7ro. Acesso: 07/10/2014. Adaptado) 1. O objetivo principal desse texto é A) alertar os candidatos de concurso sobre os desafios de atuarem com os mesmos deveres da polícia. B) divulgar, para o público geral, o teor do Estatuto Geral das Guardas Municipais e as alterações na função. C) informar os guardas municipais sobre as mudanças ocorridas com o Estatuto Geral das Guardas Municipais. D) relacionar a função dos Guardas Municipais com a da Polícia Militar como forma de garantir a segurança. 2. Esse texto pertence ao gênero A) crônica, porque utiliza dados da realidade concreta para explorar a violência como tema político. B) notícia, dado que informa sobre um acontecimento ancorado em dois aspectos: tempo e espaço. C) reportagem, uma vez que apresenta um assunto que é de interesse geral: a segurança pública. D) resenha, pois apresenta o resumo comentado do Estatuto Geral das Guardas Municipais. 3. uma relação de comparação neste trecho retirado do texto: A) “O objetivo é que eles tenham o dever de proteger tanto o patrimônio como a vida das pessoas”. (§2) B) “Mediante convênio com órgãos de trânsito estadual ou municipal, poderá fiscalizar o trânsito e expedir multas”. (§4) C) “Ações preventivas na segurança escolar também poderão ser exercidas por essa corporação”. (§5) D) “Todos os guardas deverão passar por esse tipo de capacitação e currículo compatível com a atividade”. (§7) 4. No quadro abaixo, há trechos retirados do texto, dos quais se sublinharam orações. Ao lado, há comentários sobre essas orações. Analise-os. Estão CORRETOS os comentários feitos apenas para os trechos: A) 1, 2 e 3. B) 1, 2 e 4. C) 1, 3 e 4. D) 2, 3 e 4. 5. Sobre a pontuação do texto, foram feitos alguns comentários. Analise-os: I. A única vírgula utilizada no segundo parágrafo serviu para separar duas orações subordinadas entre si. II. A única vírgula utilizada no terceiro parágrafo serviu para separar expressões substantivadas coordenadas. III. A única vírgula utilizada no último período do quarto parágrafo está separando uma oração subordinada adverbial conformativa. IV. As vírgulas utilizadas no sexto parágrafo serviram para indicar o deslocamento de expressões de caráter adverbial. Estão CORRETOS apenas os comentários feitos em: A) I, II e III. B) I, III e IV. C) II, III e IV. D) I, II, III e IV. 6. Em qual destes trechos retirados do texto há uma crase empregada diante de uma elipse? A) “[...] no desenvolvimento de ações de prevenção primária à violência [...]” B) “[...] não poderá ter denominação idêntica à das forças militares [...]” C) “[...] as guardas terão até dois anos para se adaptar às novas regras. [...]” D) “[...] permitindo à unidade municipal a criação de órgão de formação [...]” 47 7. Faça a correspondência adequada, conforme as informações contidas na primeira coluna: A correspondência adequada, de cima para baixo, é: A) I – IV – IV – V – II – III – VII. B) IV – V – V – III – VI – VII – II. C) VII – III – III – V – VI – V – I. D) V – VI – VI – II – IV – III – VII. Releia o quarto parágrafo do texto para responder à Questão 08. “O Estatuto Geral das Guardas Municipais regulamenta dispositivo da Constituição que prevê a criação de guardas municipais para a proteção de bens, serviços e instalações. A guarda municipal deverá ainda colaborar com os órgãos de segurança pública em ações conjuntas e contribuir para a pacificação de conflitos. Mediante convênio com órgãos de trânsito estadual ou municipal, poderá fiscalizar o trânsito e expedir multas”. 8. Sobre o parágrafo, foram feitos alguns comentários. Analise-os: I – Há um erro de concordância verbal em: “O Estatuto Geral das Guardas Municipais regulamenta”. O correto é: “O Estatuto Geral das Guardas Municipais regulamentam”. II – A oração “que prevê a criação de guardas municipais para a proteção de bens” está sintática e semanticamente ligada ao substantivo “Constituição”. III – O trecho: “com os órgãos de segurança pública em ações conjuntas” é um objeto indireto ligado ao verbo “colaborar”. IV – No trecho “poderá fiscalizar o trânsito e expedir multa”, há duas orações que são coordenadas. Estão CORRETOS apenas os comentários A) I e II. B) I e IV. C) II e III. D) III e IV. As questões 09 e 10 referem-se a este texto: 9. Qual destas análises está adequada ao texto? A) Há um erro de pontuação no texto, dada a relação entre as orações. B) Para tornar o texto coerente, é necessária uma vírgula após “bandido”. C) O texto é composto por duas frases que são independentes entre si. D) O verbo “enfrentaria” está no futuro do presente do modo indicativo. 10. A conjunção que ocorre no texto serve para introduzir uma relação de A) condição. B) oposição. C) explicação. D) consequência. 11. Assinale a afirmativa correta: a) Por que o palestrante não veio, a seção foi adiada. b) Onde vais com tanta pressa, Margarida? c) O mal aluno falta aulas porquê não vê futuro em si mesmo. d) Estude bastantes matérias a fim de obter a tão sonhada aprovação. e) planalto / vinagre. 12. Assinale a opção onde se indica erroneamente o processo de formação: a) encontrável: derivação sufixal; b) inesperado: derivação prefixal; c) emudecer: derivação sufixal; d) inaudível: derivação prefixal; e) canto: derivação regressiva. 13. Assinale o vocábulo que apresenta o mesmo processo de formação de yaga-lume: a) descobriu; b) lembrança; c) encantamento; d) doçura; e) fios-de-ovos. 48 14. Numere as palavras da primeira coluna conforme os processos de formação numerados à direita. Em seguida, marque a alternativa que corresponde à sequência numérica encontrada:( ) outrora (1) justaposição ( ) a caça (2) aglutinação ( ) pontapé (3) parassíntese ( ) planalto (4) derivação prefixal ( ) anoitecer (5) derivação regressiva. ( ) transcontinental a) 4, 5, 2, 1, 4, 3; b) 2, 3, 1, 2, 3, 4; c) 1, 5, 2, 1, 4, 3; e) 2, 5, 1, 2, 3, 4. d) 1, 5, 2, 1, 3, 4; 15. Assinale o par de vocábulos cujos prefixos possuem valor locativo, indicando, respectivamente, as ideias de por cima e por baixo. a) hipertrofia / hipotensão; b) hipérbole / perímetro; c) exotérmico / hemisférico; d) epiderme / prólogo; e) introduzir / decrescer. 16. Assinale a opção em que a mudança na ordem dos termos altera sensivelmente o sentido do enunciado: a) a luz da lua ainda não clareava o escuro da cajazeira; a luz da lua não clareava ainda o escuro da cajazeira; b) no outro dia não voltou mais para trabalhar; no noutro dia não mais voltou para trabalhar; c) mas estou aqui a mando do Capitão Antonio Silvino; mas aqui estou a mando do Capitão Antonio Silvino; d) não queria que o vissem assim como estava; não queria assim que o vissem como estava; e) não deixaria de fazer o que fazia agora por preço nenhum; não deixaria de fazer o que fazia agora por nenhum preço. 17. No trecho - “Embora muitos estudiosos defendam que a característica da verdadeira pesquisa científica é a de não estar comprometida senão consigo mesma . . .”- o vocábulo senão pode ser substituído, sem alteração de sentido, por: a) apenas; b) nem; c) tão - só; d) exclusivamente; e) exceto. 18. Assinale o único exemplo cuja lacuna deve ser preenchida com a primeira alternativa da série dada nos parênteses: a) estou aqui _______ de ajudar os flagelados das enchentes; (afim-a fim). b) a bandeira está ________ ; (arreada - arriada). c) serão punidos os que ________ o regulamento. (inflingirem-infringirem). d) são sempre valiosos os ________ dos mais velhos; (concelhos-conselhos). e) moro ________ cem metros da praça principal. (a cerca de - acerca de). 19. Assinale a opção em que se altera sensivelmente o sentido de: “Desceu mais, não queria que o vissem assim como estava”. a) desceu mais, já que não queria que o vissem assim como estava; b) desceu mais, por isso não queria que o vissem assim como estava; c) como não queria que o vissem assim como estava, desceu mais; d) por não querer que o vissem assim, desceu mais; e) não querendo que o vissem assim como estava, desceu mais. 20. Assinale a opção em que se altera sensivelmente o sentido de - “Era trabalho para o bando. Deixou tudo de lado para o serviço que fazia com toda a sua alma”: a) era trabalho para o bando, porquanto deixou tudo de lado para o serviço que fazia com toda à sua alma; b) era trabalho para o bando, por conseguinte deixou tudo de lado para o serviço que fazia com toda a sua alma; c) era trabalho para o bando; deixou, pois, tudo de lado para o serviço que fazia com toda a sua alma; d) como era trabalho para o bando, deixou tudo de lado para o serviço que fazia com toda a sua alma; e) porque era trabalho para o bando, deixou tudo de lado para o serviço que fazia com toda a sua alma. 21. Assinalar a alternativa correta quanto ao uso do porque: a) daí porque não aceitar tuas desculpas; b) saiu por que quis; c) todo crime tem o seu por que; d) isso dói e não sei por quê; e) eis porque não vim. 22. A frase que tem sentido duplo é: a) o guarda ouviu o barulho da janela; b) o barulho da janela, ouviu-o o guarda; c) o guarda ouviu o barulho que era da janela; d) foi o barulho da janela que o guarda ouviu; e) o barulho da janela foi ouvido pelo guarda. 23. Na frase “O fio da idéia cresceu, engrossou e partiu-se” ocorre processo de gradação. Não há gradação em: a) o carro arrancou, ganhou velocidade e capotou; b) o avião decolou, ganhou altura e caiu; c) o balão inflou, começou a subir e apagou; d) a inspiração surgiu, tomou conta de sua mente e frustou-se; e) João pegou um livro e ouviu um disco e saiu. 24. Assinale a opção em que a mudança na ordem dos termos altera substancialmente o conteúdo semântico do enunciado: a) algum valor deve ser atribuído a este tipo de trabalho; / a este tipo de trabalho, valor algum deve ser atribuído; b) são duas estas condições especiais; / estas condições especiais são duas; c) qualidades que são pelos seus próprios pares reconhecidas; / qualidades que são reconhecidas pelos seus próprios pares; 49 d) é isto que permite ao cientista adquirir prestígio social; / isto é que permite ao cientista adquirir prestígio social; e) esta qualidade intelectual pode traduzir-se em produtos; / pode esta qualidade intelectual traduzir-se em produtos. 25. ”…submeto à apreciação de Vossa Senhoria…”; o acento grave indicativo da crase neste segmento se deve a que: A. ( ) ocorre a união da preposição a com o artigo definido feminino singular; B. ( ) a regência do verbo submeter exige o uso da preposição a; C. ( ) há a obrigatoriedade do emprego do artigo definido feminino singular; D. ( ) faça parte de uma locução adverbial; 26. ” … que se anexa ao presente relatório.” ; o item abaixo em que a concordância do vocábulo anexo está correta é: A. ( ) Está em anexo a declaração do réu; B. ( ) Estão em anexas as fotografias pedidas C. ( ) Vão anexo o atestado e a foto do funcionário; D. ( ) Vai anexa o atestado médico; 27. A frase e a expressão destacadas são exemplos, respectivamente, de [...] Quando, à noite, o silêncio habita as matas, A sepultura fala a sós com Deus. Prende-se a voz à boca das cascatas, E as asas de ouro aos astros lá nos céus” [...] A. ( ) paradoxo e catacrese. B. ( ) pleonasmo e metonímia. C. ( ) prosopopeia e catacrese. D. ( ) prosopopeia e eufemismo. 28. Assinale a alternativa que indica, corretamente, entre parênteses, a circunstância presente na expressão destacada no trecho do texto. A. ( ) O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou do bolso... (causa) B. ( ) A meu lado o garçom encaminha a ordem do freguês. (tempo) C. ( ) ... a menininha sopra com força, apagando as chamas. (afirmação) D. ( ) São três velinhas brancas que a mãe espeta caprichosamente na fatia de bolo. (modo) 29. Quanto ao emprego dos pronomes, segundo o padrão culto, marque a alternativa CORRETA: A. ( ) Jean, nós queremos falar consigo. B. ( ) Com nós outros tal problema não acontece. C. ( ) Havia pouco o que reduzir. D. ( ) Na árvore, para lá da montanha, houve uma reunião de tropeiros, que fui convidado. 30. Marque a alternativa CORRETA. Há zeugma na seguinte assertiva: A. ( ) Minha mãe trabalha numa empresa particular; eu, na pública. B. ( ) Uma pessoa torpe, uma criatura limitada, um grão de pó perdido no universo, eis o que Roberto é. C. ( ) Na escuridão da madrugada, corria gente de todos os lados, e atiravam. D. ( ) Esses escravos que se viram libertos, não penso nada contra eles, mas não servem para nós. 31. Assinale a alternativa em que TODAS as palavras foram grafadas CORRETAMENTE: A. ( ) intrugice, vicissitude, revezes B. ( ) grizar, chale, toesa C. ( ) xarque, herege, ascessível D. ( ) haurir, rebotalho, buliçoso 32. Assinale a alternativa CORRETA quanto às regras de concordância: A. ( ) Manoel e Jordana comprometeram-se cedo: um por dinheiro, a outra, por amor. B. ( ) Suas pernas estavam todo enlameadas. C. ( ) Estas são fatalidades que não adiantam ocultar. D. ( ) Bem haja os colaboradores dessa festa! 33. Observe as palavras sublinhadas: I. Os curta-metragens forma vistos por milhares de pessoas. II. Os micos-leões-dourados estão em extinção. III. Os bota-foras realizaram-se, hoje, na comunidade fluminense. IV. As frutas-pão estavam estragadas. Quanto à pluralização, estão CORRETAS as assertivas: A. ( ) I e III. B. ( ) II e III. C. ( ) II e IV. D. ( ) I e IV. 34. Quanto ao emprego da vírgula, marque a alternativa CORRETA. A. ( ) Amaior riqueza do país, eram os poços de petróleo. B. ( ) E quando lhe pediram a opinião, disse que o assunto, não era com ele. C. ( ) O empregado faz o serviço, e o patrão ganha o reconhecimento. D. ( ) Quando nervoso não fale, nem grite, apenas busque manter a calma. 35. Assinale a alternativa CORRETA quanto ao uso da crase: A. ( ) A palestra será proferida a homem ou à mulher? B. ( ) Chegavam à casa quando chovia torrencialmente. C. ( ) A prova foi escrita à lápis. D. ( ) A mulher fica elegante com calçados à Luís XV. 36. Assinale a alternativa CORRETA quanto à regência verbal e nominal. A. ( ) Ao sair de casa, Garfield se apercebe com o calor intenso. B. ( ) Para fugir do dia quente, ele se vê obrigado de entrar em casa. C. ( ) Mas, a despeito com a presença de Jon, o gato sente-se aborrecido. D. ( ) Para Garfield, o calor é preferível à companhia do próprio dono. 37. O elemento destacado nos trechos a seguir só NÃO é advérbio em 50 A. ( ) “...diferente dos padrões construídos socialmente.” B. ( ) “... não é esse o seu sentido recorrente...”. C. ( ) “... trata da tolerância enquanto uma...”. D. ( ) “É preciso valorizar os laços mais profundos.” 38. No subtítulo “Multa não tem valor legal, apenas educativo”, o termo destacado tem como principal função a de estabelecer uma circunstância em relação à palavra seguinte. Essa circunstância é de: A. ( ) tempo. B. ( ) inclusão. C. ( ) lugar. D. ( ) exclusão. 39. Em todas as alternativas, o hífen foi utilizado de forma incorreta ao menos uma vez, EXCETO em A. ( ) sub-humano, micro-ondas, socioeconômico, sub- remunerado B. ( ) hiper-sensibilidade, ultravioleta, infravermelho, anticorrupção C. ( ) hipersensibilidade, inter-regional, super- aquecimento, inter-sindical D. ( ) contracheque, contragolpe, contra-reforma, contra-sens 40. A partir da explicação dada pelo autor, considere o uso da vírgula nas seguintes afirmativas: 1. O presidente eleito disse, durante a campanha que construirá um muro entre o México e os EUA. 2. O presidente eleito disse, durante a campanha, que construirá um muro entre o México e os EUA. 3. O presidente eleito disse durante a campanha que construirá um muro entre o México e os EUA. 4. O presidente eleito disse durante a campanha, que construirá um muro entre o México e os EUA. Está CORRETO o uso da vírgula em: A. ( ) 1 apenas. B. ( ) 2 apenas. C. ( ) 2 e 3 apenas. D. ( ) 1 e 4 apenas 41. Observe o fragmento sublinhado no período abaixo. De acordo com a significação das palavras, em relação à semântica, marque a alternativa CORRETA. “[...] para não morrermos soterrados na poeira da banalidade, embora pareça que ainda estamos vivos”. A. ( ) Antonímia. B. ( ) Denotação. C. ( ) Conotação. D. ( ) Paronímia. 42. Observe o termo sublinhado no fragmento abaixo e marque a alternativa que apresenta a palavra que o substitui, sem alteração de sentido. “O problema é que quando menos se espera ele chega, o sorrateiro pensamento que nos faz parar”. A.( ) Brejeiro. B.( ) Prazenteiro. C.( ) Triste. D.( ) Matreiro. 43. Complete as lacunas abaixo, com apenas um das palavras dos parênteses e, ao final, responda o que se pede. I. O professor não veio, _________ a reunião será cancelada. (por tanto /portanto) II. Eu concordei com meu pai, afinal minhas ideias foram _________às dele. (ao encontro / de encontro) III. É melhor você tirar o carro daí, _________ ele vai ficar manchado. (senão / se não). IV. Aquela equação passou _________. (despercebida/ desapercebida) Marque a alternativa CORRETA, na ordem de cima para baixo: A.( ) Por tanto, de encontro, se não, despercebida. B.( ) Portanto, ao encontro, senão, desapercebida. C.( ) Portanto, ao encontro, senão, despercebida. D.( ) Por tanto, de encontro, senão, despercebida. 44. Dentre as alternativas abaixo há uma palavra que não é sinônimo do termo sublinhado no fragmento: “Somos demasiado frívolos: buscamos o atordoamento das mil distrações [...]”, identifique-a: A.( ) Mesquinho. B.( ) Inútil. C.( ) Superficial. D.( ) Fútil. 45. Em qual das alternativas o sinal de crase é facultativo? A. ( ) Dirigi-me à Laura para saber como ela atendia os contribuintes. B. ( ) O sapato tinha detalhes à italiana. C. ( ) Suas publicações são semelhantes às minhas. D. ( ) Fiz menção à teoria citada por você. 46. Assinale a alternativa incorreta quanto à ocorrência ou não da crase: A. ( ) Chegamos cedo à casa de seus pais. B. ( ) Fiz o curso à distância. C. ( ) Ele fez um gol à Pelé. D. ( ) Refiro-me a ela e não a você. 47. Na imagem abaixo temos um exemplo de qual figura de linguagem: A. ( ) Hipérbole B. ( ) Metonímia C. ( ) Pleonasmo D. ( ) Onomatopeia 48. Na frase: “A Minha vizinha, ouvi dizer que teve um acidente”, encontramos a seguinte figura de linguagem: A. ( ) Metonímia. B. ( ) Anacoluto C. ( ) Catacrese D. ( ) Hipérbato. 49. A alternativa que indica corretamente, entre parênteses, a circunstância adverbial presente na expressão destacada é: 51 A. ( ) Jamais consegui fazer certas coisas... (intensidade). B. ( ) ... a bela me escapar em volteios e volutas volutuosas com um pé de valsa. (lugar). C. ( ) ... resolvi tentar seduções em papos de botecos, aí com alguma vantagem. (modo). D. ( ) Sem piscina, rio ou mar, onde bater pernas e braços... (afirmação). 50. Assinale o item em que as palavras estão acentuadas segundo a mesma regra: a) miúdo, pêndulo b) história, distância c) pedrês, porém d) respeitável, pálpebra e) Lucília, três Gabarito 1.B 2.B 3.A 4.B 5.C 6.B 7.C 8.D 9.A 10.A 11.D 12.C 13.E 14.E 15.A 16.D 17. C 18.E 19.B 20.C 21.D 22.A 23. E 24. A 25.A 26.A 27.C 28.D 29.B 30.A 31.D 32.B 33.C 34.C 35.D 36.D 37.C 38.D 39.A 40.C 41.C 42.D 43.C 44.A 45.A 46.B 47.C 48.B 49.C 50.B DIREITO CONSTITUCIONAL – ART.1º ao 11 TÍTULO I Dos Princípios Fundamentais Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: I - a soberania; II - a cidadania III - a dignidade da pessoa humana; IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; V - o pluralismo político. Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição. Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: I - construir uma sociedade livre, justa e solidária; II - garantir o desenvolvimento nacional; III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios: I - independência nacional; II - prevalência dos direitos humanos; III - autodeterminação dos povos; IV - não-intervenção; V - igualdade entre os Estados; VI - defesa da paz; VII - solução pacífica dos conflitos; VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo; IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade; X - concessão de asilo político. Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações. TÍTULO II Dos Direitos e Garantias Fundamentais CAPÍTULO I DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes noPaís a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição; II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei; III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante; IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato; V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem; VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias; VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva; VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei; IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença; X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação; XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, 52 por determinação judicial; (Vide Lei nº 13.105, de 2015) (Vigência) XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal; XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer; XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional; XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens; XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente; XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar; XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento; XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado; XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado; XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente; XXII - é garantido o direito de propriedade; XXIII - a propriedade atenderá a sua função social; XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição; XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano; XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento; XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar; XXVIII - são assegurados, nos termos da lei: a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da imagem e voz humanas, inclusive nas atividades desportivas; b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que criarem ou de que participarem aos criadores, aos intérpretes e às respectivas representações sindicais e associativas; XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para sua utilização, bem como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País; XXX - é garantido o direito de herança; XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do "de cujus"; XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor; XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado; XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas: a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder; b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal; XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito; XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada; XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção; XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados: a) a plenitude de defesa; b) o sigilo das votações; c) a soberania dos veredictos; d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida; XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal; XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu; XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais; XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei; XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura , o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem; (Regulamento) XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático; XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art212%C2%A72 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art212%C2%A72 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art1045 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13260.htm 53 executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido; XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes: a) privação ou restrição daliberdade; b) perda de bens; c) multa; d) prestação social alternativa; e) suspensão ou interdição de direitos; XLVII - não haverá penas: a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX; b) de caráter perpétuo; c) de trabalhos forçados; d) de banimento; e) cruéis; XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo do apenado; XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral; L - às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos durante o período de amamentação; LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei; LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião; LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente; LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal; LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes; LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos; LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória; LVIII - o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei; (Regulamento) LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal; LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem; LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei; LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada; LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado; LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório policial; LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária; LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança; LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel; LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder; LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público; LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por: a) partido político com representação no Congresso Nacional; b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados; LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania; LXXII - conceder-se-á habeas data: a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público; b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo; LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência; LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos; LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que ficar preso além do tempo fixado na sentença; LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei: (Vide Lei nº 7.844, de 1989) a) o registro civil de nascimento; b) a certidão de óbito; LXXVII - são gratuitas as ações de habeas corpus e habeas data, e, na forma da lei, os atos necessários ao exercício da cidadania. (Regulamento) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12037.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7844.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9265.htm 54 LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) § 1º As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata. § 2º Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte. § 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais. § 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha manifestado adesão. TÍTULO V CAPÍTULO III DA SEGURANÇA PÚBLICA Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos: I - polícia federal; II - polícia rodoviária federal; III - polícia ferroviária federal; IV - polícias civis; V - polícias militares e corpos de bombeiros militares. § 1º A polícia federal, instituída por lei como órgão permanente, organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, destina-se a:" I - apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento de bens, serviços e interesses da União ou de suas entidades autárquicas e empresas públicas, assim como outras infrações cuja prática tenha repercussão interestadual ou internacional e exija repressão uniforme, segundo se dispuser em lei; II - prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o contrabando e o descaminho, sem prejuízo da ação fazendária e de outros órgãos públicos nas respectivas áreas de competência; III - exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras; IV - exercer, com exclusividade, as funções de polícia judiciária da União. § 2º A polícia rodoviária federal, órgão permanente, organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das rodovias federais. § 3º A polícia ferroviária federal, órgão permanente, organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das ferrovias federais. § 4º Às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, incumbem, ressalvada a competência da União, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais,exceto as militares. § 5º Às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a preservação da ordem pública; aos corpos de bombeiros militares, além das atribuições definidas em lei, incumbe a execução de atividades de defesa civil. § 6º As polícias militares e corpos de bombeiros militares, forças auxiliares e reserva do Exército, subordinam-se, juntamente com as polícias civis, aos Governadores dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios. § 7º A lei disciplinará a organização e o funcionamento dos órgãos responsáveis pela segurança pública, de maneira a garantir a eficiência de suas atividades. § 8º Os Municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações, conforme dispuser a lei. § 9º A remuneração dos servidores policiais integrantes dos órgãos relacionados neste artigo será fixada na forma do § 4º do art. 39. § 10. A segurança viária, exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do seu patrimônio nas vias públicas: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 82, de 2014) I - compreende a educação, engenharia e fiscalização de trânsito, além de outras atividades previstas em lei, que assegurem ao cidadão o direito à mobilidade urbana eficiente; e (Incluído pela Emenda Constitucional nº 82, de 2014) II - compete, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, aos respectivos órgãos ou entidades executivos e seus agentes de trânsito, estruturados em Carreira, na forma da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 82, de 2014). EXERCÍCIOS 1 (AOCP – 2012 – BRDE - Analista) São fundamentos da República Federativa do Brasil: a) Pluralismo político e autodeterminação dos povos b) Não-intervenção e soberania c) Cidadania e dignidade da pessoa humana d) Igualdade entre os Estados e defesa da paz e) Valores sociais do trabalho e desenvolvimento nacional 2 (TJ-SC - 2011 - TJ-SC - Técnico Judiciário) Nos termos da Constituição Federal, o Brasil em suas relações internacionais deve buscar integrar-se com os países da América Latina visando a formação de uma comunidade latino-americana de nações. Entre as formas de integração previstas, NÃO se inclui: a) a econômica b) a política c) a social d) a militar e) a cultural 3 (FCC - 2011 - TRT14 - Técnico Judiciário) NÃO constitui objetivo fundamental da República Federativa do Brasil, previsto expressamente na Constituição Federal, a) construir uma sociedade livre, justa e solidária. b) garantir o desenvolvimento nacional. c) erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc82.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc82.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc82.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc82.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc82.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc82.htm 55 desigualdades sociais e regionais. d) captar tributos mediante fiscalização da Receita Federal. e) promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. 4 (FGV-2011 – TRE-PA - Técnico Judiciário) A Constituição brasileira apresenta como seus fundamentos a) o respeito à liberdade de qualquer cidadão de ser candidato a cargo político. b) a defesa da cidadania, soberania e dignidade da pessoa humana c) a existência de partidos políticos que possam disputar eleições pelo critério majoritário. d) a construção de uma sociedade que valorize o capital intelectual do ser humano. e) a construção de uma sociedade que seja uniforme no que diz respeito à composição de sua população. 5 (FESMIP-BA - 2011 - MPE-BA - Analista de Sistemas) São princípios que regem a República Federativa do Brasil, no tocante às suas relações internacionais: a) Igualdade entre os Estados, concessão de asilo político e cooperação entre os povos para o progresso da humanidade. b) Soberania, dignidade da pessoa humana e cooperação entre os povos para o progresso da humanidade. c) Igualdade entre os Estados, concessão de asilo político e dignidade da pessoa humana. d) Concessão de asilo político, soberania e cooperação entre os povos para o progresso da humanidade. e) Igualdade entre os Estados, soberania e dignidade da pessoa humana. 6 (MPE-MS - 2011) É incorreto afirmar que a República Federativa do Brasil tem como fundamento: a) o pluralismo político; b) a cidadania; c) a separação dos Poderes; d) os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; e) a soberania. 7 (FCC - 2003 - TRT21 - Analista Judiciário) Nas suas relações internacionais, a República Federativa do Brasil rege-se por diversos princípios, tais como a) o desenvolvimento nacional e os valores sociais da livre iniciativa. b) a soberania e a cidadania. c) o pluralismo político e a igualdade entre os Estados. d) o repúdio ao terrorismo e a erradicação da pobreza. e) a prevalência dos direitos humanos e a defesa da paz. 8 (TJ-SC - 2010 - TJ-SC - Técnico Judiciário) Nos moldes preconizados pela Constituição Federal, NÃO constitui um dos fundamentos da República Federativa do Brasil: a) A soberania. b) A dignidade da pessoa humana. c) O pluralismo político. d) A independência nacional 9 (MS CONCURSOS - 2009 - TRE-SC - Técnico Judiciário)A República Federativa do Brasil nas suas relações internacionais rege-se pelo seguinte princípio: a) Pluralismo político. b) Cidadania. c) Não intervenção. d) Construção de uma sociedade livre, justa e solidária. 10 (FCC - 2010 - AL-SP - Agente Legislativo) Constitui um dos fundamentos da República Federativa do Brasil, de acordo com a Constituição Federal de 1988, a) a garantia do desenvolvimento nacional. b) a não intervenção. c) a defesa da paz. d) a igualdade entre os Estados. e) o pluralismo político. 11 (FCC - 2003 - TRT21 - Técnico Judiciário) A República Federativa do Brasil tem como fundamentos, dentre outros, a) o pluralismo político e a autodeterminação dos povos. b) a independência nacional e o desenvolvimento nacional. c) a dignidade da pessoa humana e a cidadania. d) o repúdio ao terrorismo e a defesa da paz. e) o asilo político e a não-intervenção. 12 (TJ-SC - 2011 - Técnico Judiciário) De acordo com a Constituição Federal, NÃO constitui uma das ocorrências que autorizam a violação da casa de uma pessoa sem o seu consentimento: a) Prestação de socorro b) Desastre c) Flagrante delito d) Determinação judicial, durante o dia e) Determinação judicial, durante a noite 13 (FCC - 2011 - TRT23 - Técnico Judiciário) Segundo o disposto no artigo 5°, § 3°, da Constituição Federal, os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes a) às emendas constitucionais. b) às leis complementares. c) às leis ordinárias. d) às leis delegadas. e) aos decretos legislativos. 14 (VUNESP - 2010 - TJ-SP - Escrevente) Na hipótese de ocorrência de ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, nos termos do que dispõe, expressamente, a Constituição, o cidadão poderá ajuizar a) ação popular. 56 b) habeas corpus. c) ação civil pública. d) mandado de injunção. e) ação de improbidade administrativa. 15 (FCC - 2010 - TRT8 - Técnico Judiciário) Segundo a Constituição Federal, constitui crime imprescritível a prática de a) tráficoilícito de entorpecentes e drogas afins. b) tortura. c) racismo. d) latrocínio. e) terrorismo. 16 (FCC - 2010 - TRE-AC - Técnico Judiciário) Em conformidade com disposição constitucional, é certo que no Brasil são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei, a) o registro de títulos e documentos e a certidão imobiliária. b) a certidão de casamento e o registro civil de nascimento. c) o registro da matrícula de imóvel e a certidão de óbito. d) as certidões negativas forenses e a certidão de casamento. e) a certidão de óbito e o registro civil de nascimento. 17 (FCC - 2009 - TRT16 - Técnico Judiciário) Em relação aos direitos e deveres individuais e coletivos, pode-se afirmar que a) é livre a manifestação do pensamento, sendo permitido, em qualquer caso, o anonimato. b) a expressão da atividade científica depende de censura ou licença. c) é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis de internação coletiva, vedada nas militares. d) homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações. e) é plena a liberdade de associação, inclusive a de caráter paramilitar. 18 (FCC - 2009 - TCE-GO - Técnico de Controle Externo) Nos termos da Constituição, admite-se excepcionalmente a entrada na casa de um indivíduo sem consentimento do morador a) por determinação da autoridade policial, inclusive no período noturno. b) por determinação judicial, a qualquer hora. c) em caso de desastre, somente no período diurno. d) para prestar socorro, desde que a vítima seja criança ou adolescente. e) em caso de flagrante delito, sem restrição de horário. 19 (FCC - 2013 - TRT1 - Técnico Judiciário) Dentre os direitos sociais assegurados pela Constituição Federal aos trabalhadores está a a) irredutibilidade do salário, que não poderá ser minorado sequer por acordo coletivo. b) jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva. c) remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em trinta por cento à do normal. d) remuneração do trabalhador portador de deficiência, no mínimo, superior a cinquenta por cento à do que não tenha deficiência. e) assistência gratuita aos filhos e dependentes, desde o nascimento até sete anos de idade, em creches e pré-escolas. 20 (FCC - 2011 - TRT14 - Técnico Judiciário) É direito do trabalhador urbano e rural, além de outros que visem à melhoria de sua condição social, a remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em a) trinta por cento à do normal. b) quarenta por cento à do normal. c) cinquenta por cento à do normal. d) trinta por cento à do excepcional. e) quarenta por cento à do excepcional. 21 (FCC - 2008 - TRF5 - Técnico Judiciário) A Constituição Federal ao garantir os direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, visando à melhoria de sua condição social, estabelece além de outros que a) a remuneração do trabalho diurno deve ser superior à do noturno, no mínimo em vinte e cinco por cento. b) o décimo terceiro salário deve ser pago com base na remuneração proporcional ou no valor da contribuição previdenciária. c) é irredutível o salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo. d) o seguro-desemprego é devido em caso de despedida com ou justa causa e de desemprego voluntário ou involuntário. e) o gozo de férias remuneradas com, no máximo, trinta por cento a mais do que o salário normal. 22 (CEPERJ - 2012 - SEAP-RJ - Inspetor de Segurança) Como direito social previsto na Constituição Federal, o aviso prévio será proporcional e correspondente, no mínimo, a: a) sessenta dias b) trinta dias c) quarenta dias d) noventa dias e) vinte dias 23 (FCC - 2008 - TRF5 - Técnico Judiciário) Quanto aos direitos sociais previstos na Constituição Federal, é INCORRETO afirmar que é proibida a) a atividade laborativa noturna a menores de dezesseis anos e de qualquer trabalho a menores de quatorze anos, salvo na condição de aprendiz, a partir dos doze anos de idade. b) a distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos. c) a diferenciação de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil. d) qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência. e) a diferenciação de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso. 57 24 (FCC - 2012 - TJ-GO) É direito dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social a) a relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos. b) o seguro-desemprego, em caso de desemprego voluntário ou involuntário. c) a irredutibilidade do salário, salvo o disposto em lei, convenção ou acordo coletivo. d) a remuneração do trabalho noturno igual à do diurno. e) a proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção culposa ou dolosa. 25 (FCC - 2012 - TRF - 2ª REGIÃO - Técnico Judiciário) Maria trabalha como costureira em uma fábrica de roupas, devidamente registrada e dá a luz ao seu filho Enzo, no mês de fevereiro de 2012. Maria tem assegurada, pela Constituição Federal de 1988, assistência gratuita ao filho e dependente em creches e pré- escolas desde o nascimento até a) 4 (quatro) anos de idade. b) 6 (seis) anos de idade. c) 7 (sete) anos de idade. d) 5 (cinco) anos de idade. e) 3 (três) anos de idade. 26 (VUNESP - 2010 - FUNDAÇÃO CASA - Analista Administrativo) O salário-mínimo deverá ser fixado em lei, sendo a) regionalizado, por pisos de categorias, havendo diferença de salários, para exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil. b) proteção contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, servindo, outrossim, de indenização compensatória. c) ademais, a remuneração do serviço extraordinário, no mínimo, sessenta por cento superior à do normal para jornadas de seis horas de trabalho. d) que nele se incluirá o repouso semanal remunerado, preferencialmente aos sábados. e) nacionalmente unificado, capaz de atender às necessidades vitais básicas do trabalhador e às de sua família, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo. 27 (VUNESP - 2009 - TJ-MS) Entre os direitos sociais, a Constituição Federal garante os direitos dos trabalhadores, exceto, a) relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos. b) participação nos lucros ou resultados, vinculada à remuneração, nos termos da lei. c) salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda, nos termos da lei. d) duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultadas a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho. e) seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa. 28 (CESPE - 2009 - PC-RN - Escrivão de Polícia Civil) O artigo 8.º da CF estabelece que é livre a associação profissional ou sindical. Acerca da liberdade sindical, assinale a opção correta. a) Ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, com exceção das questões judiciais. b) O aposentado filiado tem direito a votar, mas não de ser votado nas organizações sindicais. c) É vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da candidatura a cargo de direção ou representação sindical e, seeleito, ainda que suplente, até dois anos após o final do mandato, salvo se cometer falta grave nos termos da lei. d) Ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato. e) A lei pode exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, podendo o poder público intervir na organização sindical. 29 (MS CONCURSOS - 2010 - CIENTEC-RS – Advogado) São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais elencados no texto constitucional, EXCETO: a) Seguro desemprego, em caso de desemprego involuntário. b) Fundo de garantia do tempo de serviço. c) Salário mínimo, fixado em lei. d) Irredutibilidade de salário, em nenhuma hipótese. e) Igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso. 30 (IF-SE - 2010 - IF-SE - Analista - Tecnologia da Informação) É um direito social previsto na Constituição Federal: a) Licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e cinquenta dias; b) Gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário mínimo; c) Proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção culposa; d) garantia de salário, nunca inferior ao piso, para os que percebem remuneração variável; e) Igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso. 31 (FCC - 2010 - TRT9 - Técnico Judiciário) Sobre os direitos sociais, é correto afirmar: a) Compete ao sindicato definir os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade. b) A Constituição Federal estabelece distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual e entre os profissionais respectivos. c) Há proibição de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de treze anos d) É vedada a criação de mais de uma organização 58 sindical, em qualquer grau, representativa de categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial, que será definida pelos trabalhadores ou empregadores interessados, não podendo ser inferior à área de um Estado. e) O aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas organizações sindicais. 32. (PCES/2019) São formas de governo: A) Presidencialismo e Parlamentarismo. B) Monarquia e República. C) Estado liberal e Estado social. D) Estado unitário e Estado federal. E) Democracia e totalitarismo. 33. Às polícias militares e corpos de bombeiros militares, incumbem, respectivamente, além das atribuições definidas em lei: A) a polícia ostensiva bem como a preservação da ordem pública; a execução de atividades de defesa civil. B) as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais; a execução de atividades de defesa civil. C) a polícia preventiva bem como a preservação da ordem pública; a execução de atividades de defesa civil e contenção D) a proteção dos bens do estado, serviços e instalações; prestar socorro à vítimas E) fiscalização de trânsito, além de outras atividades previstas em lei; atividades de socorro em geral 34. Tratando-se de direitos e garantias fundamentais, segundo o ordenamento constitucional brasileiro, assinale a alternativa correta. A) A idade mínima de trinta e cinco anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal é uma das condições de elegibilidade previstas na Constituição Federal. B) O mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por partido político, ainda que sem representação no Congresso Nacional. C) Para fins de reconhecimento da nacionalidade brasileira, a Constituição Federal considera tanto o ius solis quanto o ius sanguinis. D) Os direitos e garantias expressos na Constituição Federal excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte. E) É a todos assegurado, mediante o pagamento das respectivas taxas, o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder 35. Assinale a alternativa correta de acordo com a Constituição Federal: a) Os Municípios poderão constituir guardas civis destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações, conforme dispuser a lei. b) Os Municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações, conforme dispuser a Constituição Estadual. c) Os Municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações, conforme dispuser a lei. d) Os Municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações, conforme dispuser lei complementar. 36. Nos moldes da Constituição Federal, constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei: A) a prática do racismo. B) qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais. C) a prática da tortura. D) o tráfico ilícito de entorpecentes. E) o terrorismo. 37. Nos termos da Constituição Federal, o voto popular A) deve ser direto, aberto, universal e periódico, com valor igual para todos. B) é facultativo para os analfabetos; os maiores de sessenta anos; e os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos. C) não pode ser exercido pelos estrangeiros e pelos conscritos, durante o período do serviço militar obrigatório. D) é um direito que pode ser cassado pela Justiça Eleitoral ou, dependendo do caso, pela Justiça Criminal por decisão transitada em julgado. E) não pode, a exemplo de todo e qualquer direito político, ser suspenso. 38. São órgãos que, segundo o art.144 da Constituição Federal, compõem a segurança pública, EXCETO: A) Polícia Federal B) Guarda Municipal C) Bombeiros militares D) Exército E) Polícia Ferroviária Federal 39. Assinale a alternativa correta: A) A polícia rodoviária federal, órgão permanente, organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento preventivo das rodovias federais. B) Às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, incumbem, ressalvada a competência da União, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, inclusive as militares. C) As polícias militares e corpos de bombeiros militares, forças auxiliares e reserva do Exército, subordinam-se, juntamente com as polícias civis, aos Governadores dos Estados, do Distrito Federal, Territórios e Municípios. D) Os Municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações, conforme dispuser a lei orgânica municipal. E) A polícia ferroviária federal, órgão permanente, organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento 59 ostensivo das ferrovias federais. GABARITO 1-C 2-D 3-D 4-B 5-A 6-C 7-E 8-D 9-C 10-E 11-C 12-E 13-A 14-A 15-C 16-E 17-D 18-E 19-B 20-C 21-C 22-B 23-A 24-A 25-D 26-E 27-B 28-D 29-D 30-E 31-E 32-B 33-D 34-C 35-C 36-A 37-C 38-D 39-E DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS Preâmbulo Considerando que o reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da família humana e de seus direitos iguais e inalienáveis é o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo, Considerando que o desprezo e o desrespeito pelos direitos humanos resultaram em atos bárbaros que ultrajaram a consciência da Humanidade e que o advento de um mundo em que os todos gozem de liberdade de palavra, de crença e da liberdade de viverem a salvo do temor e da necessidade foi proclamado como a mais alta aspiração do ser humano comum, Considerando ser essencial que os direitos humanos sejam protegidos pelo império da lei, para que o ser humano não seja compelido, como último recurso, à rebelião contra a tirania e a opressão,Considerando ser essencial promover o desenvolvimento de relações amistosas entre as nações, Considerando que os povos das Nações Unidas reafirmaram, na Carta da ONU, sua fé nos direitos humanos fundamentais, na dignidade e no valor do ser humano e na igualdade de direitos entre homens e mulheres, e que decidiram promover o progresso social e melhores condições de vida em uma liberdade mais ampla, Considerando que os Estados-Membros se comprometeram a promover, em cooperação com as Nações Unidas, o respeito universal aos direitos e liberdades humanas fundamentais e a observância desses direitos e liberdades, Considerando que uma compreensão comum desses direitos e liberdades é da mais alta importância para o pleno cumprimento desse compromisso, Agora portanto A ASSEMBLÉIA GERAL Proclama A PRESENTE DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS como o ideal comum a ser atingido por todos os povos e todas as nações, com o objetivo de que cada indivíduo e cada órgão da sociedade, tendo sempre em mente esta Declaração, se esforce, através do ensino e da educação, por promover o respeito a esses direitos e liberdades, e, pela adoção de medidas progressivas de caráter nacional e internacional, por assegurar o seu reconhecimento e a sua observância universal e efetiva, tanto entre os povos dos próprios Estados-Membros, quanto entre os povos dos territórios sob sua jurisdição. Artigo I Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade. Artigo II 1 - Todo ser humano tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidos nesta Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, idioma, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição. 2 - Não será também feita nenhuma distinção fundada na condição política, jurídica ou internacional do país ou território a que pertença uma pessoa, quer se trate de um território independente, sob tutela, sem governo próprio, quer sujeito a qualquer outra limitação de soberania. Artigo III Todo ser humano tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal. Artigo IV Ninguém será mantido em escravidão ou servidão; a escravidão e o tráfico de escravos serão proibidos em todas as suas formas. Artigo V Ninguém será submetido à tortura nem a tratamento ou castigo cruel, desumano ou degradante. Artigo VI Todo ser humano tem o direito de ser, em todos os lugares, reconhecido como pessoa perante a lei. Artigo VII Todos são iguais perante a lei e têm direito, sem qualquer distinção, a igual proteção da lei. Todos têm direito a igual proteção contra qualquer discriminação que viole a presente Declaração e contra qualquer incitamento a tal discriminação. Artigo VIII Todo ser humano tem direito a receber dos tribunais nacionais competentes remédio efetivo para os atos que violem os direitos fundamentais que lhe sejam reconhecidos pela constituição ou pela lei. Artigo IX Ninguém será arbitrariamente preso, detido 60 ou exilado. Artigo X Todo ser humano tem direito, em plena igualdade, a uma justa e pública audiência por parte de um tribunal independente e imparcial, para decidir sobre seus direitos e deveres ou do fundamento de qualquer acusação criminal contra ele. Artigo XI 1. Todo ser humano acusado de um ato delituoso tem o direito de ser presumido inocente até que a sua culpabilidade tenha sido provada de acordo com a lei, em julgamento público no qual lhe tenham sido asseguradas todas as garantias necessárias à sua defesa. 2. Ninguém poderá ser culpado por qualquer ação ou omissão que, no momento, não constituíam delito perante o direito nacional ou internacional. Também não será imposta pena mais forte do que aquela que, no momento da prática, era aplicável ao ato delituoso. Artigo XII Ninguém será sujeito à interferência em sua vida privada, em sua família, em seu lar ou em sua correspondência, nem a ataque à sua honra e reputação. Todo ser humano tem direito à proteção da lei contra tais interferências ou ataques. Artigo XIII 1. Todo ser humano tem direito à liberdade de locomoção e residência dentro das fronteiras de cada Estado. 2. Todo ser humano tem o direito de deixar qualquer país, inclusive o próprio, e a este regressar. Artigo XIV 1. Todo ser humano, vítima de perseguição, tem o direito de procurar e de gozar asilo em outros países. 2. Este direito não pode ser invocado em caso de perseguição legitimamente motivada por crimes de direito comum ou por atos contrários aos objetivos e princípios das Nações Unidas. Artigo XV 1. Todo homem tem direito a uma nacionalidade. 2. Ninguém será arbitrariamente privado de sua nacionalidade, nem do direito de mudar de nacionalidade. Artigo XVI 1. Os homens e mulheres de maior idade, sem qualquer restrição de raça, nacionalidade ou religião, têm o direito de contrair matrimônio e fundar uma família. Gozam de iguais direitos em relação ao casamento, sua duração e sua dissolução. 2. O casamento não será válido senão com o livre e pleno consentimento dos nubentes. 3. A família é o núcleo natural e fundamental da sociedade e tem direito à proteção da sociedade e do Estado. Artigo XVII 1. Todo ser humano tem direito à propriedade, só ou em sociedade com outros. 2. Ninguém será arbitrariamente privado de sua propriedade. Artigo XVIII Todo ser humano tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observância, em público ou em particular. Artigo XIX Todo ser humano tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de, sem interferência, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e idéias por quaisquer meios e independentemente de fronteiras. Artigo XX 1. Todo ser humano tem direito à liberdade de reunião e associação pacífica. 2. Ninguém pode ser obrigado a fazer parte de uma associação. Artigo XXI 1. Todo ser humano tem o direito de fazer parte no governo de seu país diretamente ou por intermédio de representantes livremente escolhidos. 2. Todo ser humano tem igual direito de acesso ao serviço público do seu país. 3. A vontade do povo será a base da autoridade do governo; esta vontade será expressa em eleições periódicas e legítimas, por sufrágio universal, por voto secreto ou processo equivalente que assegure a liberdade de voto. Artigo XXII Todo ser humano, como membro da sociedade, tem direito à segurança social, à realização pelo esforço nacional, pela cooperação internacional e de acordo com a organização e recursos de cada Estado, dos direitos econômicos, sociais e culturais indispensáveis à sua dignidade e ao livre desenvolvimento da sua personalidade. Artigo XXIII 1. Todo ser humano tem direito ao trabalho, à livre escolha de emprego, a condições justas e favoráveis de trabalho e à proteção contra o desemprego. 2. Todo ser humano, sem qualquer distinção, tem direito a igual remuneração por igual trabalho. 3. Todo ser humano que trabalha tem direito a uma remuneração justa e satisfatória, que lhe assegure, assim como à sua família, uma existência compatível com a dignidade humana e a que se acrescentarão, se necessário, outros meios de proteção social. 4. Todo ser humano tem direito a organizar sindicatos e a neles ingressar para proteção de seus interesses. Artigo XXIV Todo ser humano tem direito a repouso e lazer, inclusive a limitação razoável das horas de trabalho e a férias remuneradas periódicas. Artigo XXV 1. Todo ser humano tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar-lhe, e asua família, saúde e bem- estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação, cuidados médicos e os serviços sociais indispensáveis, e direito à segurança em caso de desemprego, doença, invalidez, viuvez, velhice ou outros casos de perda dos meios de subsistência em 61 circuns tâncias fora de seu controle. 2. A maternidade e a infância têm direito a cuidados e assistência especiais. Todas as crianças, nascidas dentro ou fora do matrimônio gozarão da mesma proteção social. Artigo XXVI 1. Todo ser humano tem direito à instrução. A instrução será gratuita, pelo menos nos graus elementares e fundamentais. A instrução elementar será obrigatória. A instrução técnico-profissional será acessível a todos, bem como a instrução superior, esta baseada no mérito. 2. A instrução será orientada no sentido do pleno desenvolvimento da personalidade humana e do fortalecimento do respeito pelos direitos humanos e pelas liberdades fundamentais. A instrução promoverá a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e grupos raciais ou religiosos, e coadjuvará as atividades das Nações Unidas em prol da manutenção da paz. 3. Os pais têm prioridade de direito na escolha do gênero de instrução que será minis trada a seus filhos. Artigo XXVII 1. Todo ser humano tem o direito de participar livremente da vida cultural da comunidade, de fruir das artes e de participar do progresso científico e de seus benefícios. 2. Todo ser humano tem direito à proteção dos interesses morais e materiais decorrentes de qualquer produção científica literária ou artística da qual seja autor. Artigo XXVIII Todo ser humano tem direito a uma ordem social e internacional em que os direitos e liberdades estabelecidos na presente Declaração possam ser plenamente realizados. Artigo XXIX 1. Todo ser humano tem deveres para com a comunidade, na qual o livre e pleno desenvolvimento de sua personalidade é possível. 2. No exercício de seus direitos e liberdades, todo ser humano estará sujeito apenas às limitações determinadas pela lei, exclusivamente com o fim de assegurar o devido reconhecimento e respeito dos direitos e liberdades de outrem e de satisfazer as justas exigências da moral, da ordem pública e do bem-estar de uma sociedade democrática. 3. Esses direitos e liberdades não podem, em hipótese alguma, ser exercidos contrariamente aos objetivos e princípios das Nações Unidas. Artigo XXX Nenhuma disposição da presente Declaração pode ser interpretada como o reconhecimento a qualquer Estado, grupo ou pessoa, do direito de exercer qualquer atividade ou praticar qualquer ato destinado à destruição de quaisquer dos direitos e liberdades aqui estabelecidos. EXERCÍCIOS 1. O ano de 1948 representou um marco histórico mundial no tocante aos direitos humanos, pois foi nesse ano que: a) foi criada a Corte Internacional dos Direitos Humanos. b) aconteceu a Independência dos Estados Unidos da América c) eclodiu a Revolução Francesa, trazendo os ideais de liberdade, igualdade e fraternidade d) foi outorgada a Carta Magna na Inglaterra e) foi proclamada a Declaração Universal dos Direitos do Homem. 2. De acordo com a Declaração Universal dos Direitos Humanos é CORRETO afirmar que: a) Todo ser humano tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidos na Declaração Universal dos Direitos Humanos, sem quaisquer distinções. b) Os direitos humanos somente serão exercidos em países que assinarem tratados com a ONU. c) A escravidão ou servidão bem como o tráfico de escravos só serão mantidas em países cuja prática da escravidão é considerada dever religioso. d) Todo ser humano tem direito a liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de, sem interferência, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e ideias por quaisquer meios desde que dentro das fronteiras de seu país de origem. 3. “Os direitos humanos vêm ganhando força nos últimos tempos impulsionados pelos fundamentos da liberdade, da justiça e da paz no mundo, os quais se fizeram mais necessários após um marco na história que ultrajou a consciência da Humanidade”. O evento em especial a que se refere o texto acima é a: A) Primeira Grande Guerra Mundial; B) Segunda Grande Guerra Mundial; C) Revolução russa; D) Guerra do Iraque; E) Guerra da Cachemira. 4. A Declaração Universal de Direitos Humanos de 1948 preceitua, em seu Artigo 2°: “Todo o homem tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidos nesta declaração, sem distinção de qualquer espécie (...)”. Dessa forma, pode-se dizer que não haverá discriminação baseada em diferenças de: I. raça; II. sexo; III. Cor. Dos itens acima mencionados: A) I está correto, apenas; B) II está correto, apenas; C) III está correto, apenas; D) I e III estão corretos, apenas; E) I, II e III estão corretos. 62 5. De acordo com a Declaração Universal dos Direitos Humanos assinale “V” para a (s) assertiva (s) verdadeira (s) e “F” para a (s) assertiva (s) falsa (s). ( ) Todo ser humano tem direito, em plena igualdade, a uma justa audiência por parte do Tribunal Internacional da ONU, para decidir sobre seus direitos e deveres na esfera do Direito Internacional. ( ) Ninguém será sujeito à interferência em sua vida privada, em sua família, em seu lar ou em sua correspondência, sem prévia autorização da autoridade policial. ( ) Todo ser humano tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de, sem interferência, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e ideias por quaisquer meios e independentemente de fronteiras. ( ) Todo ser humano tem direito a repouso semanal, diversão e lazer oferecido pelo Estado, inclusive a limitação máxima de 44 horas semanais de trabalho e férias anuais remuneradas com adicional de 1/3. ( ) Todo ser humano tem direito a uma ordem social e internacional em que os direitos e liberdades estabelecidos na Declaração Universal dos Direitos Humanos possam ser plenamente realizados. Marque a alternativa que contém a sequência de respostas CORRETA, na ordem de cima para baixo. A. ( ) V, F, F, V, F. B. ( ) F, V, F, V, F. C. ( ) V, F, V, F, V. D. ( ) F, F, V, F, V. 6. “Todo homem tem direito à liberdade e à segurança pessoal” (Artigo 3°, Declaração Universal de Direitos Humanos de 1948). Tendo em vista o direito à vida, é possível dizer que o Estado deve assegurar o direito de todo ser humano de: A) continuar vivo e de ter vida digna quanto à subsistência; B) sobreviver e de não ser torturado; C) ter um emprego e de gratuidade de justiça; D) sobreviver e de gratuidade de justiça ao hipossuficiente; E) viver de bem com a vida e de alcançar seus objetivos profissionais 7. De acordo com os estudiosos da temática “ Direitos Humanos”, o problema da criminalidade praticada por adolescentes e que impacta a segurança pública da sociedade brasileira pode ser solucionado com a adoção da seguinte medida: (A) Aumento do policiamento nas vilas e nos aglomerados. (B) Construção de presídios de segurança máxima. (C) Implementação de políticas públicas voltadas para a efetivação dos direitos individuais, políticos, econômicos, sociais e culturais que sejam capazes de intervir nas diversas situações de vulnerabilidade que acometem grande parte dos adolescentes brasileiros. (D) Redução da maioridade penal. 8. Considerando a distinção entre Direitos Humanos e Direitos Fundamentais, assinale o documento que representa a inauguração dos Direitos Humanos no cenário mundial: (A) Declaração Universal dos Direitos do Homem e do Cidadão de 1789. (B) Declaração Universal dos Direitos do Homem de 1948. (C) ConvençãoAmericana de Direitos Humanos de 1969. (D) Constituição de Weimar de 1919 9. É correto afirmar, sobre as previsões contidas na Declaração Universal de Direitos Humanos, que (A) está previsto o direito à educação, com o ensino elementar obrigatório e gratuito, com acesso ao ensino superior de acordo com o mérito. (B) estão previstos direitos ligados ao contrato de trabalho, como salário mínimo, repouso e lazer, mas sem nenhuma limitação horária da jornada de trabalho. (C) são proclamados, em seu artigo I, como os três valores fundamentais dos direitos humanos a liberdade, a igualdade e a fraternidade. (D) os direitos de liberdade previstos são relativos à esfera individual, não prevendo liberdades políticas relativas à participação do povo no governo. (E) não há disposição que verse sobre o direito a contrair matrimônio e fundar uma família, nem sobre os direitos decorrentes do casamento. 10. Sobre a Declaração Universal dos Direitos Humanos, adotada e proclamada pela Resolução n° 217-A (III) da Assembleia Geral das Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948, é CORRETO afirmar que: A. ( ) Todo ser humano tem o direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de, sem interferência, se expressar ainda que fira a integridade moral de outrem. B. ( ) Todo ser humano tem direito à instrução. A instrução será gratuita, pelo menos nos graus mais elementares e fundamentais. A instrução elementar é facultada ao ser humano. C. ( ) Os homens e mulheres de maior idade, sem qualquer restrição de raça, nacionalidade ou relig ião, têm o direito de contrair matrimônio e fundar uma família. D. ( ) A liberdade religiosa é acessível a todo ser humano desde que sua manifestação seja feita de forma coletiva e em particular apenas. 11. Sobre os direitos humanos, assinale a alternativa que contém uma de suas características fundamentais. a) Relativização. b) Prescritibilidade. c) Universalidade. d) Alienabilidade. e) Renunciabilidade. 12. Considere a seguinte afirmação: Na perspectiva dos direitos humanos, a (o) ___________ é a qualidade, que define a essência da pessoa humana, ou ainda, é o valor, que confere humanidade ao sujeito, inclusive à criança e ao adolescente. O ECA assume a perspectiva de 63 assegurar, prevenir e proteger essa qualidade, pois se trata daquilo que existe no ser humano pelo simples fato de ele ser humano, e sem o que não se é humano. Para el a, devem convergir todos os direitos e valores fundamentais (Adaptado de Soares (2004) e Pequeno (2008)). Assinale a alternativa cujo termo preenche, CORRETAMENTE, a lacuna do texto acima. A) Pluralismo B) Soberania C) Liberdade D) Racionalidade E) Dignidade 13. Em relação ao sistema internacional de proteção dos direitos humanos, é correto afirmar: a) A Carta das Nações Unidas, documento lançado em 1919, ao final da 1ª Guerra Mundial, serviu de elemento para a consolidação do movimento de internacionalização dos direitos humanos e criação da Organização das Nações Unidas (ONU). b) A Carta das Nações Unidas de 1945 foi uma tentativa fracassada de criação de um sistema internacional de proteção aos direitos humanos, o que somente ocorreu com o final da guerra fria na década de 80. c) A Carta das Nações Unidas de 1945, apresentada ao mundo ao final da chamada “Crise dos Mísseis”, serviu de elemento para a consolidação do movimento de internacionalização dos direitos humanos e criação da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Liga das Nações. d) A Carta das Nações Unidas de 1945 serviu de elemento para a consolidação do movimento de internacionalização dos direitos humanos, elevando a promoção de tais direitos a propósito e finalidade da Organização das Nações Unidas (ONU). e) A Liga das Nações foi criada em 1945 ao final da 2ª Guerra Mundial. Anos depois, foi substituída pela Organização das Nações Unidas, responsável pelo sistema de proteção aos direitos humanos em todos os países signatários da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) 14. Marque a alternativa que NÃO está de acordo com a Declaração Universal dos Direitos Humanos. a) Toda pessoa tem direito a repouso e lazer, inclusive a limitação razoável das horas de trabalho e férias periódicas remuneradas. b) Toda pessoa tem direito a uma nacionalidade. Ninguém será arbitrariamente privado de sua nacionalidade, nem do direito de mudar de nacionalidade. c) Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotadas de razão e consciência e devem agir em relação umas às outras com espírito de fraternidade. d) Toda pessoa, vítima de perseguição, tem o direito de procurar e de gozar asilo em outros países. Este direito pode ser invocado mesmo em caso de perseguição legitimamente motivada por crimes de direito comum ou por atos contrários aos propósitos e princípios das Nações Unidas. 15. A Declaração Universal dos Direitos Humanos − DUDH, adotada e proclamada pela Resolução 217 A (III) da Assembleia Geral da ONU em 10/12/1948 e assinada pelo Brasil na mesma data, representou o repúdio direto das ideologias que tinham por princípio “o desprezo e o desrespeito pelos direitos do homem”. As liberdades consideradas “como a mais alta aspiração do homem comum”, no preâmbulo da DUDH são: (A) liberdade ao repouso e lazer, à instrução e à vida cultural. (B) liberdade política, de crença e de locomoção. (C) liberdade de palavra, de reunião e de opinião. (D) liberdade de viver a salvo do temor e da necessidade, de governo e de emprego. (E) liberdade de palavra, de crença e de viver a salvo do temor e da necessidade. 16. A Declaração Universal dos Direitos Humanos prevê que a) toda pessoa tem direito à segurança pessoal. b) toda pessoa sujeita a perseguição tem o direito de procurar e de beneficiar -se de asilo em outros países, ainda que por atividades contrárias aos princípios das Nações Unidas. c) toda pessoa tem o direito de abandonar o país em que se encontra, exceto o seu, e o direito de regressar ao seu país. d) homens e mulheres de qualquer idade, sem qualquer restrição de raça, nacionalidade ou religião, têm o direito de contrair matrimônio e fundar uma família. e) os seres humanos, por não nascerem iguais em dignidade e em direitos, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade. 17. “Aprovada em 1948, é o documento base da luta universal contra a opressão e a discriminação, defende a igualdade e a dignidade das pessoas e reconhece que os direitos humanos e as liberdades fundamentais devem ser aplicados a cada cidadão do planeta”. (www.brasil.gov.br). Assinale a alternativa que aponta corretamente o nome do documento de direitos humanos de que trata essa conceituação. (A) Carta Democrática Interamericana. (B) Declaração Universal dos Direitos Humanos. (C) Convenção Americana de Direitos Humanos de São José da Costa Rica. (D) Carta das Nações Unidas. (E) Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão 18. Assinale a alternativa correta em relação à Declaração Universal dos Direitos Humanos. a. ( ) A Declaração afirma que toda pessoa tem direito a repouso e lazer. b. ( ) O texto da Declaração garante o sigilo de correspondência, porém assegura a sua violação para casos em que a segurança exigir. c. ( ) A Declaração contempla que instrução será gratuita apenas para o nível fundamental. d. ( ) A unicidade de base sindical é tratada na Declaração. 64 e. ( ) Assegura o direitoao apátrida de escolher a nacionalidade cujos laços forem maiores. 19. Assinale a alternativa incorreta em relação à Declaração Universal dos Direitos Humanos. a. ( ) Os direitos nela contidos são inalienáveis. b. ( ) Os preceitos descritos serão desenvolvidos em cooperação com as Nações Unidas. c. ( ) A liberdade e a justiça são fundamentos expressos da Declaração. d. ( ) A proteção pelo Estado de Direito é princípio implícito. e. ( ) A Declaração busca expressamente o desenvolvimento de relações amistosas entre as nações. 20. Consoante o que estabelece expressamente a Declaração Universal dos Direitos Humanos, é correto afirmar que a) a instrução promoverá a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e grupos raciais ou religiosos, sendo obrigatório o ensino religioso nas escolas públicas. b) o poder público deve financiar os estudos dos alunos em escolas privadas quando não houver vagas em escolas públicas. c) os pais têm prioridade de direito na escolha do gênero de instrução que será ministrada a seus filhos. d) toda pessoa tem direito à instrução, que será gratuita em todos os graus. e) a instrução técnico-profissional será acessível a todos, bem como a instrução superior, esta baseada na condição econômico-financeira da pessoa. 21. A Declaração Universal de Direitos Humanos a) foi proclamada pelos revolucionários franceses do final do século XVIII e confirmada, após a Segunda Guerra Mundial, pela Assembleia Geral das Nações Unidas. b) foi o primeiro documento internacional a estabelecer expressamente o princípio da vedação ao retrocesso social. c) nada declara sobre o direito à propriedade, em razão da necessidade de acomodação das diferentes ideologias das potências vencedoras da Segunda Guerra Mundial. d) não faz referência à possibilidade de qualquer pessoa deixar o território de qualquer país ou nele ingressar, embora assegure expressamente a liberdade de locomoção dentro das fronteiras dos Estados. e) assegura a toda pessoa o direito de participar do governo de seu próprio país, diretamente ou por meio de representantes. 22. De acordo com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948, todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotadas de razão e consciência e devem agir em relação umas às outras com espírito de: A) amor B) compaixão C) fraternidade D) felicidade E) discriminação 23. Comparando-se a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (França, 1789) e a Declaração Universal dos Direitos Humanos (ONU, 1948), pode- se afirmar que ambas reconhecem A) o Estado como fonte dos direitos fundamentais. B) a liberdade e a igualdade inerentes ao ser humano. C) a existência dos direitos individuais e sociais. D) a propriedade, individual ou coletiva. E) a necessidade de uma força pública para a garantia dos direitos. 24. Analise as seguintes características dos Direitos Humanos Fundamentais. 1. Os Direitos Humanos Fundamentais não se perdem pelo decurso de prazo nem pela falta de uso. 2. Não é suficiente o mero reconhecimento abstrato dos Direitos Humanos Fundamentais, que devem ser garantidos na prática, mediante mecanismos coercitivos voltados para essa finalidade. 3. Os Direitos Humanos Fundamentais não devem ser interpretados de forma isolada, e, sim, em seu conjunto, de modo a se buscar o devido alcance de seus objetivos. As características descritas são, respectivamente, identificadas como: A) imprescritibilidade, efetividade e complementaridade. B) imprescritibilidade, inviolabilidade e interdependência. C) irrenunciabilidade, inviolabilidade e universalidade. D) inalienabilidade, efetividade e interdependência. 25. Ainda que detenham status constitucional especial, os direitos fundamentais não se apresentam como direitos absolutos, seja porque têm conteúdo variável no tempo e no espaço, seja porque devem conviver e dialogar com outros direitos constitucionalmente previstos. Considere, então, os seguintes direitos fundamentais previstos na Constituição brasileira de 1988: I. Ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política. II. É plena a liberdade de associação para fins lícitos. III. É garantido o direito de propriedade. IV. Não haverá juízo ou tribunal de exceção. V. Ninguém será preso, senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente. Apresentam direitos ou garantias fundamentais que recebem condicionamento ou ressalva expressa da Constituição os itens A) I e II, apenas. B) IV e V, apenas. C) I, III, IV e V, apenas. D) I, II, III, IV e V. 26. Os direitos fundamentais e sua evolução ao longo da história podem ser divididos em gerações ou dimensões. Assinale a alternativa incorreta: 65 a) A Revolução Industrial foi o grande marco dos direitos de segunda geração, que se relacionam com as liberdades positivas, reais ou concretas, assegurando o princípio da igualdade material entre o ser humano b) Os princípios da solidariedade ou fraternidade, são características dos direitos de terceira geração ou dimensão sendo atribuídos as formações sociais, que protegem os interesses de titularidade coletiva ou difusa, não se destinando especificamente à proteção dos interesses individuais, de um grupo ou de um determinado Estado, mostrando uma grande preocupação com as gerações humanas, presentes e futuras c) Os direitos fundamentais de quarta geração ou dimensão são decorrentes da evolução da engenharia genética, relacionados à manipulação do patrimônio genético, processo que pode colocar em risco a existência humana d) Alguns doutrinadores consideram à evolução da cibernética e de tecnologias tais como, realidade virtual e a internet, direitos de quinta geração ou dimensão e) Primeira geração ou dimensão esta ligada às liberdades negativas clássicas, que enfatizam o princípio da liberdade, configurando os direitos civis e políticos. Surgiram nos finais do século XI e representavam uma resposta do Estado liberal ao Absolutista 27. Declaração Universal dos Direitos Humanos, adotada e proclamada pela Assembleia Geral das Nações Unidas (Resolução 217 A III) em 10 de dezembro 1948, destaca: I. Todo ser humano tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal. II. Todo ser humano tem o direito de ser, em todos os lugares, reconhecido como pessoa perante a lei. III. Todo ser humano acusado de um ato delituoso tem o direito de ser presumido culpado até que a sua inocência tenha sido provada de acordo com a lei. IV. Todo ser em julgamento público pode ter asseguradas todas as garantias necessárias à sua defesa dependendo do delito praticado. V. Todo ser humano tem direito, em plena igualdade, a uma justa e pública audiência por parte de um tribunal independente e imparcial, para decidir seus direitos e deveres ou fundamento de qualquer acusação criminal contra ele. Assinale a alternativa correta: a) I, II, III apenas b) III apenas c) II, IV apenas d) II, III, IV, apenas e) I, II, V apenas 28. A Constituição Federal do Brasil estabelece no Art.5º - Dos Direitos Fundamentais que: I. É assegurado aos presos o _______ à integridade física e moral. II. Às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos durante o período de ________. Assinale a alternativa que preencha correta e respectivamente as lacunas. a) respeito, alimentação b) preço, alimentação c) direito, amamentação d) respeito, amamentação e) direito, alimentação 29. Assinale a alternativa correta. Segundo a CONVENÇÃO AMERICANA DE DIREITOS HUMANOS (1969), toda pessoa acusada de um delito tem direito durante o processo às seguintes garantias mínimas: a) A concessão ao acusado do tempo e dos meios necessários à preparação de sua defesaserá de 30 (trinta) dias corridos, a contar da publicação em órgão oficial b) O processo penal deve ser privado, de modo a preservar os interesses da justiça e da sociedade c) O direito do acusado de ser assistido gratuitamente por um tradutor ou intérprete, caso não compreenda ou não fale a língua do juízo ou tribunal d) A comunicação prévia e pormenorizada ao acusado da acusação formulada deve ser obrigatoriamente bilíngue (inglês e língua oficial do pais, no qual aconteceu o delito) e) Toda pessoa terá o direito de ser ouvida, com as devidas garantias e dentro do prazo máximo de 7 (sete) dias, por um juiz ou Tribunal competente, independente e imparcial, estabelecido anteriormente por lei, na apuração de qualquer acusação penal formulada contra ela, ou na determinação de seus direitos e obrigações de caráter civil, trabalhista, fiscal ou de qualquer outra natureza. 30. A partir de 1945, com a criação das Nações Unidas, após a Segunda Guerra Mundial, normas e tratados têm conferido uma forma legal à prática dos direitos humanos para todos. A Declaração Universal dos Direitos Humanos, adotada e proclamada pela Assembleia Geral das Nações Unidas (Resolução 217 A III) em 10 de dezembro 1948, dispõem em seus artigos: “Todo ser humano tem direito à instrução. A instrução será ______, pelo menos nos graus elementares e fundamentais. A instrução elementar será obrigatória. A instrução técnico-profissional será _____ a todos, bem como a instrução superior, esta baseada no mérito.” Assinale a alternativa que completa correta e respectivamente as lacunas. a) Gratuita, paga b) Paga, acessível c) Parcialmente paga, gratuita d) Paga, gratuita e) Gratuita, acessível 66 GABARITO 1.E 2.A 3.B 4.E 5.D 6.A 7.C 8.B 9.C 10.C 11.C 12.E 13.D 14.D 15.C 16.A 17.B 18.A 19.D 20.C 21.E 22.C 23.B 24.A 25.C 26.E 27.E 28.D 29.C 30.E ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE EXERCÍCIOS 1. Das afirmativas abaixo, marque a alternativa INCORRETA. A) A moradora Maria da Silva, indignada pela falta de um abrigo na cidade de Batatais, Minas Gerais, resolveu que o mesmo deveria ser implantado. Porém, para que um abrigo possa funcionar, ele deverá ser registrado no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente. B) Manuel Bengala, um adolescente maior de 12 anos, procurou emprego na empresa de pescado Peixe-Boi. Seu tio, homem de leitura, disse-lhe que poderia trabalhar desde que fosse registrado em carteira. C) Dona Esperança é professora de Língua Portuguesa na Escola Berta Souza. Em sua aula do dia 12/08/2009, afirmou que a criança e o adolescente têm direito ao acesso à escola pública e gratuita próxima de sua residência. D) Patrick, filho de João Borges, está internado no hospital São Paulo. Seu pai deslocou-se até o hospital com o propósito de acompanhar seu filho, alegando à sua esposa que os hospitais são obrigados a permitir e viabilizar a permanência dos pais junto com os filhos internados dia e noite. 2. Das afirmativas abaixo, marque a alternativa CORRETA. A) Maia é enfermeira do Pronto Socorro e atendia uma criança quando chegou Madalena, sua supervisora. Conversando sobre o estado clínico da criança, Madalena disse: - Se você suspeita que as marcas nas costas dessa criança sejam resultado de uma surra que ela levou, deve denunciar ao Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente. B) Paulo e Ana por pouco não se atracaram em decorrência de discordâncias na forma de educar seu filho Anjo. Em consequência disso buscaram orientação com o amigo chamado Sabichão que esclareceu: - Se a mãe e o pai não concordam sobre uma questão relacionada com a educação do filho, podem recorrer ao juiz da infância e da juventude. C) Paul é um Guarda Municipal que atua na Praça da Estação. No sábado, encontrou uma criança dormindo num dos bancos. Conversando com a criança ela informou-lhe que há muito saiu de casa e dorme nas ruas. Paul não teve dúvidas, pois sabe que quando uma pessoa encontra uma criança dormindo nas ruas, deve ligar para o juizado chamando os comissários. D) Manga é um policial que atua no policiamento de rua há mais de quinze anos e sabe identificar um suspeito como ninguém. Instruindo um “novato” disse: - Atuando nas ruas, se o policial suspeitar da atitude de uma criança ou adolescente pode apreendê-lo e deve levá-lo à Delegacia da Infância e Juventude para averiguação. 3. Martins Silva é pai de Joanito que fora conduzido à presença de Conselheiros da região noroeste de Belo Horizonte. Não concordando com a decisão do Conselho e em conversa com a Conselheira Sabina disse que procuraria o Prefeito da cidade porque era um absurdo o que estava acontecendo. Diante do Prefeito disse: “Senhor Prefeito, dá uma olhadinha nisso aqui...eu votei no senhor e espero uma atitude”. Sabina, ao tomar conhecimento de que o Martins Silva realmente procurou o Prefeito ficou muito preocupada e com medo. O Prefeito sabe que o Estatuto da Criança e do Adolescente estabelece situações em que as decisões do Conselho Tutelar podem ser revistas. Vamos ajudar o senhor Prefeito marcando a alternativa CORRETA. As decisões do Conselho Tutelar somente poderão ser revistas: A) pela autoridade judiciária, a pedido de quem tenha legítimo interesse; B) por autoridade policial, a pedido de quem tenha legítimo interesse; C) por conselheiro de direitos da criança e do adolescente, a pedido, de quem tenha legítimo interesse; D) pelo Prefeito Municipal, a pedido de quem tenha legítimo interesse. 4. Maria Marinha, uma conselheira do Bairro Sorocaba, cumpria seu horário de serviço quando atendeu Santoro, Soldado da Polícia Militar, que narrou o caso da criança que o acompanhava naquele Conselho por suspeita de maus tratos. Maria Marinha, por estar findando seu turno de serviço, alegou que tinha dúvidas com relação àquele encaminhamento. Considerando o impasse, Jambruca, assessor jurídico do Conselho, foi chamado para dirimir a questão. Marque abaixo a alternativa CORRETA que soluciona o impasse. Os casos de suspeita ou confirmação de maus tratos contra criança ou adolescente deverão ser obrigatoriamente comunicados: A) á Delegacia de Polícia mais próxima; B) ao Ministério Publico; C) ao Conselho Tutelar; D) ao Fórum da Cidade. 5. O Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA estabelece os direitos fundamentais para a criança e o adolescente. São direitos fundamentais estabelecidos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente I. direito à vida e à saúde; II. direito à prisão especial nos casos de privação de liberdade; III. direito à liberdade, ao respeito e à dignidade. Marque abaixo a alternativa CORRETA.: A) Todas as alternativas estão corretas. B) Apenas a alternativa I está correta. C) Apenas a alternativa II e III estão corretas. 67 D) Apenas a alternativa I e III estão corretas. 6. Marcola, conselheiro do Conselho Tutelar do Sudeste, queria saber, qual é a atribuição do Conselho tutelar. Vamos ajudar Marcola e marcar a alternativa CORRETA que se refere à atribuição do Conselho Tutelar. A) Recolher crianças e adolescentes em situação de rua, e fornecer cestas básicas às famílias. B) Encaminhar à autoridade judiciária os casos de sua competência. C) Promover tratamento à criança e ao adolescente usuário de drogas. D) Julgar adolescentes a quem se atribua ato infracional. 7. O Estatuto da Criança e do Adolescente estabelece condições para que as entidades que atendem em regime de abrigo desenvolvam seus trabalhos. Tal situação se define pela excepcionalidade. Marque abaixo a alternativa CORRETA. A) Poderão, em caráter excepcional e de urgência, abrigar crianças e adolescentes sem prévia determinação da autoridade competente, fazendo comunicação do fato até o 2º dia útil imediato. B) Só poderão abrigar crianças e adolescentes com prévia determinaçãodas autoridades competentes. C) Só poderão abrigar crianças e adolescentes vítimas de maus tratos. D) Só poderão abrigar crianças e adolescentes do mesmo sexo. 8. De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA é dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. Marque abaixo a alternativa CORRETA sobre como se compreende a garantia de prioridade. A) Primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias, além da precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública. B) Preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas. C) Destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à infância e à juventude. D) Todas as alternativas acima estão corretas. 9. Numa roda de discussão encontravam-se diversos profissionais. O assunto era sobre a obrigatoriedade ou não de se manifestar junto ao Ministério Público. Para ser solucionado o impasse marque a alternativa CORRETA. NÃO é obrigado provocar a iniciativa do Ministério Público, prestando-lhe informações sobre fatos que constituem objeto de ação civil e indicando- lhes os elementos de convicção: A) guarda municipal; B) professor da rede pública; C) segurança particular; D) médico de centro de saúde. 10. Na procura de se obter parceria com adolescentes que atuam próximo ao seu Posto Policial, na Avenida João Bosco - Centro da Cidade, Manuelão estudava o Estatuto da Criança e do Adolescente em vista de aplicá-lo com sabedoria. Dizendo-se satisfeito com seu conhecimento, Manuelão ainda precisava tirar uma única dúvida. Marque a alternativa CORRETA. NÃO se constitui em medida sócio-educativa aplicável ao adolescente a que se atribua a prática de ato infracional: A) advertência; B) obrigação de reparar o dano; C) confissão; D) liberdade assistida; 11. Marque a alternativa CORRETA. Não poderão ingressar e permanecer nos locais de apresentação ou exibição de espetáculos e diversões públicas: A) crianças menores de 10 anos, desacompanhadas dos pais ou responsável; B) crianças menores de 12 anos incompletos, desacompanhadas dos pais ou responsáveis; C) crianças e adolescentes menores de 14 anos de idade; D) crianças e adolescentes menores de 16 anos de idade. 12. O Colégio Pitanga enfrenta problemas de toda ordem com seus alunos. A Diretora, que assumiu as funções recentemente, está reestruturando a Escola e tem o propósito de implantar novos conceitos na relação com os alunos através da capacitação de seus colaboradores. Para tanto, estuda as normas gerais e, em especial, o Estatuto da Criança e do Adolescente, pois precisa saber que providências deve tomar em situações bem específicas. Sobressai dentre às suas dúvidas: Sendo Diretora de uma escola de ensino fundamental, o que deverá comunicar ao Conselho Tutelar? Os dirigentes de estabelecimento de ensino fundamental comunicarão ao Conselho Tutelar os casos de: I. maus tratos envolvendo seus alunos; II. elevados níveis de repetência; III. indisciplina por parte dos alunos Marque abaixo a alternativa CORRETA. A) As alternativas I e II estão corretas. B) Apenas a alternativa I está correta. C) As alternativas II e III estão corretas. D) Apenas a alternativa II está correta. 13 – Marque a alternativa INCORRETA. Em relação aos Serviços Auxiliares, compete à equipe interprofissional, dentre outras atribuições que lhe forem reservadas pela legislação local: A) fornecer laudo que confirme as determinações do juiz; B) não há possibilidade de manifestar-se livremente em seus pareceres técnicos; C) desenvolver trabalhos de aconselhamento, orientação, encaminhamento, prevenção, dentre outros; D) deve confirmar os laudos do Assistente Social. 68 14. Margarida foi eleita para o Conselho Tutelar de São José de Aquino. Ela precisa saber quais são as atribuições do Conselho Tutelar. Marque abaixo a alternativa que NÃO corresponde a uma atribuição do Conselho Tutelar. A) Atender as crianças e adolescentes em situação de risco. B) Aplicar às crianças e aos adolescentes medidas socioeducativas. C) Atender e aconselhar os pais ou responsáveis. D) Requisitar serviços públicos nas áreas de saúde, educação, serviço social, previdência, trabalho e segurança. 15. Existem linhas de ação da política de atendimento à criança e adolescente e diretrizes da política de atendimento. Marque abaixo a alternativa que identifica de forma CORRETA uma diretriz da política de atendimento. A) Políticas sociais básicas. B) Serviços especiais de prevenção e atendimento médico e psicossocial às vítimas de negligência, maus-tratos, exploração, abuso, crueldade e opressão. C) Serviço de identificação e localização de pais, responsável, crianças e adolescentes desaparecidos. D) Municipalização do atendimento. 16. São asseguradas ao adolescente, entre outras, as seguintes garantias processuais: A) pleno e formal conhecimento da atribuição de ato infracional, mediante intimação. B) direito de ser ouvido pessoalmente pela autoridade competente. C) defesa técnica pelo Conselho Tutelar. D) igualdade na relação processual, não podendo, no entanto, confrontar-se com vítimas ou testemunhas. E) semiliberdade assistida durante o curso do processo legal. 17. O Estatuto da Criança e do Adolescente dispõe que os integrantes do Conselho Tutelar, além de reconhecida integridade moral, devem A) ser maiores de 23 anos ou emancipados, residir na Comarca e não podem ser reeleitos. B) ser brasileiros natos, maiores de 21 anos ou emancipados, podem ser remunerados e têm mandato certo de quatro anos. C) ter idade superior a 21 anos, residir no Município, têm mandato certo de três anos, permitida uma recondução, e podem ser remunerados. D) ter idade superior a 21 anos ou emancipados, residir na Comarca e não podem ser remunerados. E) ser maiores de 21 anos, residir na Comarca, têm mandato certo de dois anos, e não podem ser remunerados. 18. São atribuições do Conselho Tutelar: A) atender e aconselhar os pais ou responsável, aplicando a medida de encaminhamento a cursos ou programas de orientação. B) assessorar o Poder Legislativo local na elaboração da proposta orçamentária para planos de atendimento à criança. C) expedir declarações e outros documentos relativos ao adolescente. D) propor ações que visem à suspensão ou perda do pátrio poder. E) promover serviços públicos nas áreas de educação e serviço social. 19. Assinale a alternativa correta. A) Os menores de 16 anos serão assistidos, e os maiores de 16 e menores de 21 anos, representados por seus pais, tutores ou curadores. B) As ações judiciais da competência da Justiça da Infância e da Juventude são isentas de custas e emolumentos, ressalvada a hipótese de litigância de má-fé. C) A autoridade judiciária dará tutor especial à criança ou ao adolescente, sempre que os interesses destes forem os mesmos de seus pais ou responsável. D) É facultativa a divulgação de atos judiciais que digam respeito à criança e ao adolescente a que se atribua autoria de ato infracional. E) Qualquer notícia a respeito do fato poderá identificar a criança ou o adolescente, inclusive com nome e sobrenome. 20. Da apuração de ato infracional cometido por adolescente, pode-se afirmar que A) o adolescente a quem se atribua autoria do ato infracional poderá ser conduzido ou transportado em compartimento fechado de veículos policiais. B) em caso de flagrante de ato infracional cometido mediante violência ou grave ameaça à pessoa, a autoridade policial poderá lavrar auto de apreensão, sem oitivade testemunhas. C) sendo impossível a apresentação imediata do adolescente, a autoridade policial o encaminhará para o domicílio de seus pais ou responsável. D) não sendo localizado o adolescente, a autoridade judiciária expedirá mandado de busca e apreensão, determinando o sobrestamento do feito, até a efetiva apresentação. E) o prazo máximo, prorrogável por igual período, para a conclusão do procedimento, estando o adolescente internado provisoriamente, será de 60 dias. 21. O procedimento de apuração de irregularidades em entidade governamental e não governamental terá início mediante A) portaria do Ministério Público, exclusivamente. B) representação da Autoridade Judiciária, exclusivamente. C) denúncia da comunidade ou portaria do Conselho Tutelar. D) portaria do Ministério Público ou representação do Conselho Tutelar. E) portaria da Autoridade Judiciária ou representação do Ministério Público. 22. A remissão concedida pelo Juiz A) importa em suspensão ou extinção do processo, conforme o caso. B) importa sempre em exclusão do processo. C) implica no reconhecimento da autoria do ato infracional. 69 D) será levada em conta para efeito de antecedentes criminais. E) não comporta revisão da medida socioeducativa aplicada. 23. Em relação às competências do Ministério Público previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente, analise as afirmativas. I. Instaurar procedimentos administrativos e, para instruí-los, requisitar informações e documentos a particulares e instituições privadas. II. Instaurar sindicâncias, requisitar diligências investigatórias e determinar a instauração de inquérito policial para apuração de ilícitos ou infrações às normas de proteção à infância e à juventude. III. Zelar pelo efetivo respeito aos direitos e garantias legais assegurados às crianças e aos adolescentes, promovendo medidas judiciais e extrajudiciais cabíveis. IV. Aplicar penalidades por infrações cometidas contra as normas de proteção à infância e à juventude, com prejuízo da promoção da responsabilidade civil e penal do infrator. Estão corretas apenas as afirmativas A) I e II. B) I e III. C) I, II e III. D) I, III e IV. E) II, III e IV. 24. De acordo com o disposto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), o adolescente em regime de semiliberdade, sob a responsabilidade da Fundação Casa, tem assegurado o direito de I. Matrícula na escola e no período que mais lhe agrade; II. Organização e participação em entidades estudantis; III. Participação na definição da proposta educacional da escola; IV.Contestação de critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares superiores; V. Frequência irregular ou dispensa das aulas, em razão da sua situação de semiliberdade. Assinale a alternativa que apresenta apenas afirmações em consonância com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). A) I e II. B) II e IV. C) IV e V. D) I, III e V. E) II, III e IV. 25. Percy Jackson, nascido em 19 de abril de 1999, praticou, no dia 18 de abril de 2017, ato descrito no Código Penal como roubo qualificado, tendo sido localizado e detido pela polícia dois dias depois do referido ato. Considerando essa situação, o Estatuto da Criança e do Adolescente dispõe que Percy A) deverá ser preso e processado pelo crime de roubo qualificado. B) não poderá ser apreendido e nem processado, uma vez que não foi detido em flagrante delito. C) deverá ser solto, de imediato, pois adolescente, tecnicamente, não comete crime, devendo ser encaminhado ao Conselho Tutelar. D) não poderá ser preso, por falta de flagrante, mas deverá ser criminalmente processado pelo crime de roubo qualificado. E) ficará sujeito às medidas socioeducativas previstas pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, devendo responder pelo cometimento de ato infracional. 26. De acordo com o ECA, considera-se A) criança – pessoa até dez anos de idade incompletos; adolescente – pessoa entre dez e dezessete anos de idade. B) criança – pessoa até doze anos de idade incompletos; adolescente – pessoa entre doze e dezoito anos de idade. C) criança – pessoa até treze anos de idade incompletos; adolescente – pessoa a partir de treze anos até dezesseis anos completos. D) criança – pessoa até quatorze anos de idade incompletos; adolescente – pessoa que tem entre quatorze e dezoito anos completos. E) criança – pessoa até quatorze anos de idade completos; adolescente – pessoa entre quatorze e dezoito anos completos. 27. Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente, na hipó- tese de uma criança ser encaminhada, sem prévia determinação da autoridade competente, a uma entidade que mantenha programa de acolhimento institucional, esta A) não poderá acolhê-la, em nenhuma hipótese, sob pena de gerar responsabilidade civil e criminal do seu diretor. B) deverá acolhê-la de imediato, independentemente da situação da criança, devendo apresentá-la perante o Conselho Tutelar em até 48 horas. C) não poderá acolhê-la, uma vez que tem autorização legal para acolher apenas adolescente nessa situação, mas não crianças. D) poderá, em caráter excepcional e de urgência, acolhê-la, fazendo comunicação do fato em até 24 horas ao Juiz da Infância e da Juventude, sob pena de responsabilidade. E) poderá acolhê-la desde que ela esteja acompanhada por um Conselheiro Tutelar ou por um representante da Guarda Municipal. 28. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho. Em relação ao direito assegurado, conforme art. 53 da Lei n.º 8.069, leia as afirmações e assinale V (verdadeiro) e F (falso). ( ) Ser respeitado pelos seus educadores. ( ) Contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias superiores. ( ) Organizar e participar de entidades estudantis. ( ) Participar da definição e elaboração da proposta curricular do município. ( ) Ter acesso à escola pública e gratuita próxima de sua residência. A sequência correta é A) F, V, V, F e F. 70 B) V, V, V, V e F. C) F, V, F, V e F. D) V, V, V, F e V. E) V, F, F, F e V. 29. Segundo os artigos 15 e 16 do ECA, a criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao respeito e à dignidade como pessoas em processo de desenvolvimento e como sujeitos de direitos civis, humanos e sociais conforme previsto na Constituição e nas leis. Entende-se como direito à liberdade os seguintes aspectos: I. ter direito de opinar e de se expressar; II. brincar, praticar esportes e divertir-se; III. participar da vida política, na forma da lei; IV. buscar refúgio, auxílio e orientação. Está correto o contido em A) I, apenas. B) I e II, apenas. C) II e III, apenas. D) III e IV, apenas. E) I, II, III e IV 30. O Estatuto da Criança e do Adolescente dispõe sobre a política de proteção integral à criança e ao adolescente, a saber, I. nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão; II. é dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária; III. a criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana; IV. a criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao respeito e à dignidade como pessoas humanas em processo de desenvolvimento após os vinte e um anos de idade. Segundo o ECA, está correto o contido em A) I, II, III e IV. B) II, III e IV, apenas. C) I, III e IV, apenas. D) I, II e III, apenas. E) I, II e IV, apenas. Gabarito 1.B 2.B 3.A 4.C 5.D 6.B7.A 8.D 9.C 10.C 11.A 12.A 13.B 14.B 15.D 16.B 17.C 18.A 19.B 20.D 21.E 22.A 23.C 24.B 25.E 26.B 27.D 28.D 29.E 30.D LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE TÍTULO I - DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1º - O Município de Belo Horizonte integra, com autonomia político-administrativa, a República Federativa do Brasil e o Estado de Minas Gerais. Parágrafo único - O Município se organiza e se rege por esta Lei Orgânica e demais leis que adotar, observados os princípios constitucionais da República e do Estado. Art. 2º - Todo o poder do Município emana do povo, que o exerce por meio de seus representantes eleitos, ou diretamente, nos termos da Constituição da República e desta Lei Orgânica. § 1º - O exercício indireto do poder pelo povo no Município se dá por representantes eleitos pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com igual valor para todos, na forma da legislação federal, e por representantes indicados pela comunidade, nos termos desta Lei Orgânica. § 2º - O exercício direto do poder pelo povo no Município se dá, na forma desta Lei Orgânica, mediante: I - plebiscito; II - referendo; III - iniciativa popular no processo legislativo; IV - participação na administração pública; V - ação fiscalizadora sobre a administração pública. § 3º - A participação na administração pública e a fiscalização sobre esta se dão por meio de instâncias populares, com estatutos próprios, aprovados pela Câmara Municipal. Art. 3º - São objetivos prioritários do Município, além daqueles previstos no art. 166 da Constituição do Estado: I - garantir a efetividade dos direitos públicos subjetivos; II - assegurar o exercício, pelo cidadão, dos mecanismos de controle da legalidade e da legitimidade dos atos do Poder Público e da eficácia dos serviços públicos; III - preservar os interesses gerais e coletivos; IV - promover o bem de todos, sem distinção de origem, raça, sexo, cor, credo religioso, idade, ou quaisquer outras formas de discriminação; V - proporcionar aos seus habitantes condições de vida compatíveis com a dignidade humana, a justiça social e o bem comum; VI - priorizar o atendimento das demandas da sociedade civil de educação, saúde, transporte, moradia, abastecimento, lazer e assistência social; VII - preservar a sua identidade, adequando as exigências do desenvolvimento à preservação de sua memória, tradição e peculiaridades; VIII - valorizar e desenvolver a sua vocação de centro aglutinador e irradiador da cultura brasileira. Parágrafo único - O Município concorrerá, nos limites de sua competência, para a consecução 71 dos objetivos fundamentais da República e prioritários do Estado. TÍTULO II - DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS Art. 4º - O Município assegura, no seu território e nos limites de sua competência, os direitos e garantias fundamentais que a Constituição da República confere aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País. § 1º - Nenhuma pessoa será discriminada, ou de qualquer forma prejudicada, pelo fato de litigar com órgão ou entidade municipal, no âmbito administrativo ou judicial. § 2º - Todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente, que, no Município, é o Prefeito ou aquele a quem ele delegar a atribuição. § 3º - Nos processos administrativos, qualquer que seja o objeto e o procedimento, observar-se-ão, entre outros requisitos de validade, a publicidade, o contraditório, a defesa ampla e o despacho ou a decisão motivados. § 4º - Todos têm o direito de requerer e obter informação sobre projeto do Poder Público, ressalvada aquela cujo sigilo seja, temporariamente, imprescindível à segurança da sociedade e do Município, nos termos da lei, que fixará também o prazo em que deva ser prestada a informação. § 5º - Independe de pagamento de taxa ou emolumentos, ou de garantia de instância, o exercício do direito de petição ou representação, bem como a obtenção de certidão, devendo o Poder Público fornecê-la no prazo máximo de trinta dias, para defesa de direitos ou esclarecimentos de interesse pessoal ou coletivo. § 6º - É direito de qualquer cidadão e entidade legalmente constituída denunciar às autoridades competentes a prática, por órgão ou entidade pública ou por delegatário de serviço público, de atos lesivos aos direitos dos usuários, incumbindo ao Poder Público apurar sua veracidade e aplicar as sanções cabíveis, sob pena de responsabilização. § 7º - Será punido, nos termos da lei, o agente público que, no exercício de suas atribuições e independentemente da função que exerça, violar direito previsto nas Constituições da República e do Estado e nesta Lei Orgânica. § 8º - Incide na penalidade de destituição de mandato administrativo ou de cargo ou função de direção, em órgão ou entidade da administração pública, o agente público que deixar injustificadamente de sanar, dentro de sessenta dias da data do requerimento do interessado, omissão que inviabilize o exercício de direito previsto nas Constituições da República ou do Estado ou nesta Lei Orgânica. § 9º - O Poder Público coibirá todo e qualquer ato discriminatório, nos limites de sua competência, dispondo, na forma da lei, sobre a punição dos agentes públicos e dos estabelecimentos privados que pratiquem tais atos. Art. 5º - Ao Município é vedado: I - estabelecer culto religioso ou igreja subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou com seus representantes relações de dependência ou de aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público; II - recusar fé a documento público; III - criar distinção entre brasileiros ou preferência de uma em relação às demais unidades da federação. TÍTULO III - DA ORGANIZAÇÃO DO MUNICÍPIO CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 6º - São Poderes do Município, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo e o Executivo. Parágrafo único - Salvo as exceções previstas nesta Lei Orgânica, é vedado a qualquer dos Poderes delegar atribuição e, a quem for investido na função de um deles, exercer a de outro. Art. 7º - O Município exerce sua autonomia, especialmente, ao: I - elaborar e promulgar a Lei Orgânica; II - legislar sobre assuntos de interesse local e suplementar as legislações federal e estadual no que couber; III - eleger o Prefeito, o Vice-Prefeito e os Vereadores; IV - organizar o seu governo e administração. Art. 8º - São símbolos do Município a bandeira, o hino e o brasão. Art. 9º - O Distrito de Belo Horizonte é a sede do Município e lhe dá o nome. Art. 10 - Depende de lei a criação, organização e supressão de distritos ou subdistritos, observada, quanto àqueles, a legislação estadual. CAPÍTULO II DA COMPETÊNCIA DO MUNICÍPIO Art. 11 - Compete ao Município prover a tudo quanto respeite ao seu interesse local. Art. 12 - Compete ao Município, entre outras atribuições: I - manter relações com a União, os Estados Federados, o Distrito Federal e os demais Municípios; II - organizar, regulamentar e executar seus serviços administrativos; III - firmar acordo, convênio, ajuste e instrumento congênere; IV - difundir a seguridade social, a educação, a 72 cultura, o desporto, a ciência e a tecnologia; V - proteger o meio ambiente; VI - instituir e arrecadar os tributos de sua competência e aplicar as suas receitas, sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes trimestralmente; VII - organizar e prestar, diretamente ou mediante delegação, os serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial; VIII - fixar os preços dos bens e serviços públicos; IX - promover adequado ordenamento territorial,mediante planejamento e controle do parcelamento, da ocupação e do uso do solo urbano; X - administrar seus bens, adquiri-los e aliená-los, aceitar doações, legados e heranças, e dispor sobre sua aplicação; XI - desapropriar bens, por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, nos casos previstos em lei; XII - estabelecer servidões administrativas necessárias à realização de seus serviços, inclusive os prestados mediante delegação, e, em caso de iminente perigo ou calamidade pública, ocupar e usar de propriedade particular, bens e serviços, assegurada indenização ulterior, se houver dano; XIII - estabelecer o regime jurídico único de seus servidores e os respectivos planos de carreira; XIV - constituir guarda municipal destinada à proteção de seus bens, serviços e instalações, nos termos da Constituição da República; XV - associar-se a outros municípios do mesmo complexo geoeconômico e social, mediante convênio previamente aprovado pela Câmara, para a gestão, sob planejamento, de funções públicas ou serviços de interesse comum, de forma permanente ou transitória; XVI - cooperar com a União e o Estado, nos termos de convênio ou consórcio previamente aprovados pela Câmara, na execução de serviços e obras de interesse para o desenvolvimento local; XVII - participar, autorizado por lei, da criação de entidade intermunicipal para a realização de obra, o exercício de atividade ou a execução de serviço específico de interesse comum; XVIII - fiscalizar a produção, a conservação, o comércio e o transporte de gênero alimentício e produto farmacêutico destinados ao abastecimento público, bem como de substância potencialmente nociva ao meio ambiente, à saúde e ao bem-estar da população; XIX - licenciar a construção de qualquer obra; XX - licenciar estabelecimento industrial, comercial, prestador de serviços similares e cassar o alvará de licença dos que se tornarem danosos ao meio ambiente, à saúde ou ao bem-estar da população; XXI - fixar o horário de funcionamento de estabelecimentos referidos no inciso anterior; XXII - regulamentar e fiscalizar o comércio ambulante, inclusive o de papéis e de outros resíduos recicláveis; XXIII - interditar edificações em ruínas ou em condições de insalubridade e as que apresentem as irregularidades previstas na legislação específica, bem como fazer demolir construções que ameacem a segurança individual ou coletiva; XXIV - regulamentar e fiscalizar a instalação e o funcionamento de aparelho de transporte; XXV - licenciar e fiscalizar, nos locais sujeitos ao seu poder de polícia, a fixação de cartazes, anúncios e quaisquer outros meios de publicidade e propaganda; XXVI - regulamentar e fiscalizar, na área de sua competência, os espetáculos e os divertimentos públicos; XXVII - estabelecer e impor penalidades por infrações a suas leis e regulamentos. Art. 13 - É competência do Município, comum à União e ao Estado: I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar o patrimônio público; II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e da garantia das pessoas com deficiência; Inciso II com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 31, de 27/12/2018 (Art. 1º) III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos; IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de valor histórico, artístico ou cultural; V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência; VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas; VII - preservar as florestas, a fauna e a flora; VIII - fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar; IX - promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e o saneamento básico; X - combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a integração social dos setores desfavorecidos; XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de recursos hídricos e minerais em seu território; XII - estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito. CAPÍTULO III DO DOMÍNIO PÚBLICO Art. 14 - Constituem bens municipais todas as coisas móveis e imóveis, direitos e ações que, a qualquer título, pertençam ao Município. CAPÍTULO IV DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Art. 15 - A atividade de administração pública dos 73 Poderes do Município e a de entidade descentralizada obedecerão aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e razoabilidade. § 1º - A moralidade e a razoabilidade dos atos do Poder Público serão apuradas, para efeito de controle e invalidação, em face dos dados objetivos de cada caso. § 2º - O agente público motivará o ato administrativo que praticar, explicitando-lhe o fundamento legal, o fático e a finalidade. Art. 16 - A administração pública direta é a que compete ao órgão de qualquer dos Poderes do Município. Art. 17 - A administração pública indireta é a que compete: I - à autarquia; II - à sociedade de economia mista; III - à empresa pública; IV - à fundação pública; V - às demais entidades de direito privado, sob o controle direto ou indireto do Município. Art. 18 - A ação administrativa do Poder Executivo será organizada segundo os critérios de descentralização, regionalização e participação popular. Art. 19 - A atividade administrativa, subordinada ou vinculada ao Prefeito Municipal, se organizará em sistemas, integrados por: I - órgão central de direção e coordenação; II - entidade da administração indireta, se houver; III - unidade administrativa. § 1º - Secretaria Municipal é o órgão central de cada sistema administrativo. § 2º - Unidade administrativa é a parte de órgão central ou de entidade da administração indireta. Art. 20 - Funcionará junto a cada sistema administrativo uma instância, com atribuições de: I - participar da elaboração de política de ação do Poder Público para o setor; II - participar da elaboração de planos e programas para o setor e do levantamento de seus custos; III - analisar e manifestar-se sobre o plano diretor, o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e o orçamento anual; IV - acompanhar e fiscalizar a execução de plano e programas setoriais; V - acompanhar e fiscalizar a aplicação de recursos públicos destinados ao setor; VI - manifestar-se sobre proposta de alteração na legislação pertinente à atividade do setor. Parágrafo único - Admitir-se-á o funcionamento de instâncias junto a sistema administrativo ou a órgão ou entidade da administração pública, nos termos do art. 23 e seus parágrafos, voltados para as áreas de interesses específicos da criança, do adolescente, do idoso, da pessoa com deficiência, do negro e da mulher. Parágrafo único com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 31, de 27/12/2018 (Art. 2º) Art. 21 - Administração Regional é a unidade descentralizada do Poder Executivo, com circunscrição, atribuição, organização e funcionamento definidos em lei. Parágrafo único - As diretrizes, metas e prioridades da administração municipal serão definidas, para cada Administração Regional, nas leis de que trata o art. 125. Art. 22 - Funcionará junto a cada Administração Regional uma instância, com atribuições de: I - relacionar as carências e reivindicações regionais, nas áreas, entre outras, de saúde, educação, habitação, transporte, saneamento básico, meio ambiente, urbanização, cultura, esporte e lazer e nas relativas à criança, ao adolescente e à pessoa com deficiência, e hierarquizar as prioridades; Inciso I com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 31, de 27/12/2018 (Art. 3º) II - participar da elaboração de planos de obras prioritárias para a região e dolevantamento de seus custos; III - analisar e manifestar-se sobre o plano diretor, o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e o orçamento anual; IV - acompanhar e fiscalizar as ações regionais do Poder Público; V - acompanhar e fiscalizar a aplicação de recursos públicos destinados à região; VI - elaborar proposta de solução para problema da região. Art. 23 – As instâncias de que tratam os arts. 20 e 22 atuarão de forma autônoma e independente do Poder Público, nos termos fixados em lei, sendo- lhes garantido o livre acesso a documentos e informações de que necessitar. § 1º - A composição, organização e funcionamento das instâncias serão definidos em estatutos próprios, registrados em cartório e protocolados no órgão junto ao qual cada instância atuará. § 2º - A participação nas instâncias não acarretará qualquer ônus para o Município. Art. 24 - O Poder Público garantirá a participação da sociedade civil na elaboração do plano diretor, do plano plurianual, das diretrizes orçamentárias e do orçamento anual. Art. 25 - Depende de lei, em cada caso: I - a instituição e a extinção de autarquia e fundação pública; II - a autorização para instituir e extinguir sociedade de economia mista e empresa pública e para alienar ações que garantam, nessas entidades, o controle pelo Município; III - a criação de subsidiária das entidades mencionadas nos incisos anteriores e sua participação em empresa privada. 74 § 1º - Ao Município somente é permitido instituir ou manter fundação com a natureza jurídica de direito público. § 2º - É vedada a delegação de poderes ao Executivo para a criação, extinção ou transformação de entidade de sua administração indireta. Art. 26 - Para o procedimento de licitação, obrigatório para contratação de obra, serviço, compra, alienação e concessão, o Município observará as normas gerais expedidas pela União. Art. 27 - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, sendo obrigatória a regressão, no prazo estabelecido em lei, contra o responsável, nos casos de dolo ou culpa. Art. 28 - A publicidade de ato, programa, projeto, obra, serviço e campanha de órgão público, por qualquer veículo de comunicação, somente pode ter caráter informativo, educativo ou de orientação social, e dela não constarão nome, cor ou imagem que caracterizem a promoção pessoal de autoridade, servidor público ou partido político. § 1º - É vedado ao Município subvencionar ou auxiliar, com recursos públicos e por qualquer meio de comunicação, propaganda político-partidária ou com finalidade estranha à administração pública. § 2º - Os Poderes do Município, incluídos os órgãos que os compõem, publicarão trimestralmente, o montante das despesas com publicidade que, no período, tiverem sido contratadas ou pagas a cada agência publicitária ou veículo de comunicação. Art. 29 - A lei definirá os atos decisórios de relevância que deverão ser publicados para produzir efeitos. Art. 30 - Para registro dos atos e fatos administrativos, o Município terá livros, fichas ou outro sistema, convenientemente autenticados, que forem necessários aos seus serviços. Parágrafo único - O Município terá um livro especial para o registro de suas leis. Art. 31 - Cabe ao Prefeito a administração dos bens municipais, respeitada a competência da Câmara quanto àqueles utilizados em seus serviços. Art. 32 – A aquisição de bem imóvel, por meio de compra, permuta ou doação com encargo, depende de autorização legislativa e, nos dois primeiros casos, também de prévia avaliação. Art. 32 com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 11, de 02/01/1996 (Art. 3º) Art. 33 - A alienação de bem imóvel público edificado depende de avaliação prévia, licitação e autorização legislativa. Parágrafo único - A alienação aos proprietários de imóveis lindeiros de áreas urbanas remanescentes, resultantes de obras públicas, e inaproveitáveis para edificação ou outra destinação de interesse público, bem como de áreas resultantes de modificação de alinhamento, dependerá de prévia avaliação e autorização legislativa. Art. 34 - A alienação de bem imóvel público não edificado depende de interesse público, avaliação prévia, autorização legislativa e licitação, observadas, quanto a esta, as exceções previstas em lei. § 1º - São inalienáveis os bens imóveis públicos, edificados ou não, utilizados pela população em atividades de lazer, esporte e cultura, os quais somente poderão ser utilizados para outros fins se o interesse público o justificar e mediante autorização legislativa. § 2º - A autorização legislativa mencionada neste artigo e no art. 33 é sempre prévia e depende do voto da maioria dos membros da Câmara. Art. 35 - O Município, preferencialmente à venda ou doação de seus imóveis, outorgará concessão de direito real de uso. Parágrafo único - O título de domínio e o de concessão do direito real de uso serão conferidos ao homem ou à mulher, ou a ambos, independentemente do estado civil, nos termos e condições previstos em lei. Art. 36 - Os bens imóveis públicos de interesse histórico, artístico ou cultural somente podem ser utilizados por terceiros para finalidades culturais. Art. 37 - A alienação de bem móvel é feita mediante procedimento licitatório e depende de avaliação prévia. § 1º - Para os fins do artigo, o órgão competente expedirá laudo técnico que comprove a obsolescência ou exaustão, em razão de uso, do bem. § 2º - É dispensável o procedimento licitatório nas hipóteses de: I - doação, admitida exclusivamente para fins de interesse social; II - permuta; III - venda de ações em bolsa. § 3º - O disposto no inciso III do parágrafo anterior depende de prévia autorização legislativa. § 4º - Nos casos em que for dispensada a Autorização legislativa, o Executivo encaminhará à Câmara relatório explicando a alienação feita, particularmente sobre o preço, se for o caso, e os critérios de escolha do adquirente. Art. 38 - O uso especial de bem patrimonial do Município por terceiro será objeto, na forma da lei, de: I - concessão, mediante contrato de direito público, remunerada ou gratuita, ou a título de direito real resolúvel; 75 II - permissão; III - cessão; IV - autorização. § 1º - O uso especial de bem patrimonial por terceiro será sempre a título precário, condicionado ao atendimento de condições previamente estabelecidas e submetido à aprovação de comissão a ser criada pelo Executivo. § 2º - O uso especial de bem patrimonial será remunerado e dependerá de licitação quando destinado a finalidade econômica. § 3º - O uso especial de bem patrimonial poderá ser gratuito quando se destinar a outras entidades de direito público, entidades assistenciais, religiosas, educacionais, esportivas, desde que verificado relevante interesse público. Art. 39 - Os bens do patrimônio municipal devem ser cadastrados, zelados e tecnicamente identificados, especialmente as edificações de interesse administrativo, as terras públicas e a documentação dos serviços públicos. § 1º - O cadastramento e a identificação técnica dos imóveis do Município, de que trata o artigo, devem ser anualmente atualizados, garantido o acesso às informações neles contidas. § 2º - Os imóveis não-edificados deverão ser murados ou cercados e identificados com placas indicativas da propriedade municipal. Art. 40 - É vedado ao Poder Público edificar, descaracterizar ou abrir vias públicas em praças, parques, reservas ecológicas e espaços tombados do Município, ressalvadas as construções estritamente necessárias à preservação e ao aperfeiçoamento das mencionadas áreas. Art. 41 - O disposto nos arts. 32 a 40 se aplica às autarquias e às fundações públicas. Art. 42 - O Prefeito, o Vice-Prefeito, os Vereadores, os ocupantes de cargo em comissão oufunção de confiança, as pessoas ligadas a qualquer deles por matrimônio ou parentesco, afim ou consangüíneo, até o segundo grau, ou por adoção, e os servidores e empregados públicos municipais não poderão firmar contrato com o Município, subsistindo a proibição até seis meses após findas as respectivas funções. Art. 43 - É vedada a contratação de empresas, inclusive as locadoras de mão-de-obra, para a execução de tarefas próprias e permanentes de órgãos e entidades da administração pública, salvo as situações de emergência, bem como as atividades sazonais ou para as quais a manutenção de pessoal técnico e operacional e de equipamentos e instalações seja inconveniente ao interesse público, nos termos da lei. CAPÍTULO V DOS SERVIDORES PÚBLICOS Art. 44 - A atividade administrativa permanente é exercida: I - em qualquer dos Poderes do Município, nas autarquias e nas fundações públicas, por servidor público, ocupante de cargo público, em caráter efetivo ou em comissão, ou de função pública; II - nas sociedades de economia mista, nas empresas públicas e nas demais entidades de direito privado sob o controle direto ou indireto do Município, por empregado público, ocupante de emprego público ou função de confiança. Art. 45 - Os cargos, empregos e funções são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei. § 1º - A investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas, ou de provas e títulos, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração. § 2º - O prazo de validade do concurso público é de até dois anos, prorrogável, uma vez, por igual período. § 3º - Durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, o aprovado em concurso público será convocado, observada a ordem de classificação, com prioridade sobre novos concursados, para assumir o cargo ou emprego na carreira. § 4º - A inobservância do disposto nos parágrafos anteriores implica nulidade do ato e punição da autoridade responsável, nos termos da lei. § 5º - Ao servidor público municipal são garantidos, nos concursos públicos, cinco por cento da pontuação total dos títulos, por ano de serviço prestado, mediante subordinação, à administração pública do Município, até o máximo de trinta por cento. Art. 46 - A lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado, para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público. § 1º - O disposto no artigo não se aplica a funções de magistério. § 2º - É vedado o desvio de função de pessoa contratada na forma autorizada no artigo, bem como sua recontratação, sob pena de nulidade do contrato e responsabilização administrativa e civil da autoridade contratante. Art. 47 - Serão exercidos por servidores ou empregados públicos municipais os cargos em comissão e as funções de confiança da administração direta, inferiores, no Poder Executivo, ao terceiro nível hierárquico da estrutura organizacional e, no Poder Legislativo, ao primeiro nível. Parágrafo único - Excetuam-se do disposto no artigo os cargos e funções de assessoria, apoio e execução estabelecidos em lei. Art. 48 - Na administração indireta, os cargos ou empregos de provimento em comissão e as funções de confiança, inferiores ao primeiro nível hierárquico da estrutura organizacional, e metade 76 dos cargos e funções da administração superior serão exercidos por servidores ou empregados de carreira da respectiva entidade. Art. 49 - A revisão geral da remuneração do servidor público, sob um índice único, far-se-á sempre no mês que a lei fixar, sendo, ainda, assegurada a preservação mensal de seu poder aquisitivo, desde que respeitados os limites a que se refere a Constituição da República. § 1º - A lei fixará o limite máximo e a relação entre a maior e a menor remuneração dos servidores públicos, a qual não poderá exceder a percebida, em espécie, a qualquer título, pelo Prefeito. § 2º - Os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo não podem ser superiores aos percebidos no Poder Executivo. § 3º - É vedada a vinculação ou equiparação de vencimentos para efeito de remuneração de pessoal do serviço público, ressalvado o disposto nesta Lei Orgânica. § 4º - Os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem acumulados, para o fim de concessão de acréscimo ulterior, sob o mesmo título ou idêntico fundamento. § 5º - Os vencimentos do servidor público são irredutíveis, e a remuneração observará o disposto nos §§ 1º e 2º deste artigo e os preceitos estabelecidos nos arts. 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I, da Constituição da República. § 6º - Serão corrigidos mensalmente, de acordo com os índices oficiais aplicáveis, os vencimentos, vantagens ou qualquer parcela remuneratória pagos com atraso ao servidor público. § 7º - É assegurado aos servidores públicos e às suas entidades representativas o direito de reunião nos locais de trabalho, após prévia comunicação à chefia imediata, e desde que o atendimento externo ao público, se houver, não sofra interrupção. Art. 49-A - Fica proibida a nomeação ou a designação para cargos ou empregos de direção, chefia e assessoramento, na administração direta e indireta do Município, de pessoa declarada inelegível em razão de condenação pela prática de ato ilícito, nos termos da legislação federal. § 1º - Incorrem na mesma proibição de que trata este artigo os detentores de mandato eletivo declarados inelegíveis por renunciarem a seus mandatos desde o oferecimento de representação ou petição capaz de autorizar a abertura de processo por infringência a dispositivo da Constituição Federal, da Constituição Estadual ou da Lei Orgânica do Município ou do Distrito Federal. § 2º - Fica o servidor nomeado ou designado obrigado a apresentar, antes da posse, declaração de que não se encontra na situação de vedação de que trata este artigo. Art. 49-B - Não poderão prestar serviço a órgãos e entidades do Município os trabalhadores das empresas contratadas declarados inelegíveis em resultado de decisão transitada em julgado ou proferida por órgão colegiado relativa a, pelo menos, uma das seguintes situações: I - representação contra sua pessoa julgada procedente pela Justiça Eleitoral em processo de abuso do poder econômico ou político; II - condenação por crimes contra a economia popular, a fé pública, a administração pública ou o patrimônio público. Parágrafo único - Ficam as empresas a que se refere o caput deste artigo obrigadas a apresentar ao contratante, antes do início da execução do contrato, declaração de que os trabalhadores que prestarão serviço ao Município não incorrem nas proibições de que trata este artigo. Art. 50 - É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, permitida, no entanto, se houver compatibilidade de horários: I - a de dois cargos de professor; II - a de um cargo de professor com outro técnico ou científico; III - a de dois cargos privativos de médico. Parágrafo único - A proibição de acumular se estende a empregos e funções e abrange autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações públicas. Art. 51 - Ao servidor público municipal em exercício de mandato eletivo se aplicam as seguintes disposições: I - tratando-se de mandato eletivo federal ou estadual, ficará afastado do cargo, emprego ou função; II - investido no mandato de Prefeito ou de Vereador, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar por sua remuneração; III - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para a promoção por merecimento; IV - para o efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores serão determinados como se no exercício estivesse. Art. 52 - A lei reservarápercentual dos cargos e empregos públicos para pessoas com deficiência e para ex-presidiários recém-colocados em liberdade e definirá os critérios de sua admissão. Art. 52 com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 31, de 27/12/2018 (Art. 4º) Art. 53 - Os atos de improbidade administrativa importam suspensão dos direitos políticos, perda de função pública, indisponibilidade dos bens e ressarcimento ao erário, na forma e na gradação estabelecidas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível. 77 Art. 54 - É vedado ao servidor público desempenhar atividades que não sejam próprias do cargo de que for titular, exceto quando ocupar cargo em comissão ou desempenhar função de confiança. Art. 55 - Os servidores dos órgãos da administração direta, das autarquias e das fundações públicas sujeitar-se-ão a regime jurídico único e a planos de carreira a serem instituídos pelo Município. § 1º - A política de pessoal obedecerá às seguintes diretrizes: I - valorização e dignificação da função pública e do servidor público; II - profissionalização e aperfeiçoamento do servidor público; III - constituição de quadro dirigente, mediante formação e aperfeiçoamento de administradores públicos; IV - sistema de mérito objetivamente apurado para ingresso no serviço e desenvolvimento na carreira; V - remuneração compatível com a complexidade e a responsabilidade das tarefas e com a escolaridade exigida para o seu desempenho. § 2º - Ao servidor público que, por acidente ou doença, se tornar inapto para exercer as atribuições específicas de seu cargo, serão assegurados os direitos e vantagens a ele inerentes, até seu definitivo aproveitamento em outro cargo, de atribuições afins, respeitada a habilitação exigida, ou até a aposentadoria. § 3º - Para provimento de cargo de natureza técnica, exigir-se-á a respectiva habilitação profissional. Art. 56 - O Município assegurará ao servidor os direitos previstos no art. 7º, incisos IV, VI, VII, VIII, IX, XII, XV, XVI, XVII, XIX, XX, XXII, XXIII e XXX da Constituição da República e os que, nos termos da lei, visem à melhoria de sua condição social e à produtividade no serviço público, especialmente: I - duração do trabalho normal não-superior a oito horas diárias e quarenta semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada nos termos em que dispuser a lei; II - adicionais por tempo de serviço; III - férias-prêmio, com duração de 6 (seis) meses, adquiridas a cada período de 10 (dez) anos de efetivo exercício na administração pública, admitida a sua conversão em espécie, a título de indenização, por opção do servidor, ou, para efeito de aposentadoria, a contagem em dobro das não- gozadas; IV - assistência e previdência sociais, extensivas ao cônjuge ou companheiro e aos dependentes; V - atendimento gratuito, em creche e pré-escola, aos filhos e dependentes, desde o nascimento até seis anos de idade; VI - licença a gestante, com duração de cento e vinte dias e, nos termos da lei, a adotante, sem prejuízo da remuneração; VII - auxílio-transporte; VIII - progressão horizontal e vertical. § 1º declarado inconstitucional pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (ADI nº 159) § 2º - Para os fins do inciso II, é assegurado o cômputo integral do tempo de serviço público. § 3º - Haverá, na administração pública, serviços especializados em segurança e medicina do trabalho e comissões internas de prevenção de acidentes, com atribuições definidas em lei. § 4º - O servidor público, incluído o das autarquias e fundações, detentor de título declaratório que lhe assegure direito à continuidade de percepção da remuneração de cargo de provimento em comissão, tem direito aos vencimentos, às gratificações e a todas as demais vantagens inerentes ao cargo em relação ao qual tenha ocorrido o apostilamento, ainda que decorrentes de transformação ou reclassificação posteriores. Art. 57 - A lei assegurará ao servidor público da administração direta isonomia de vencimentos para cargos de atribuições iguais ou assemelhados do mesmo Poder, ou entre servidores dos poderes Executivo e Legislativo, ressalvadas as vantagens de caráter individual e as relativas à natureza ou ao local de trabalho. Art. 58 - É livre a associação profissional ou sindical dos servidores públicos, nos termos da Constituição da República. Parágrafo único - É garantida a liberação de servidor ou empregado público para o exercício de mandato eletivo em diretoria executiva de entidade sindical, sem prejuízo da remuneração e dos demais direitos e vantagens de seu cargo ou emprego, exceto promoção por merecimento. Art. 59 - É garantido ao servidor público o direito de greve, a ser exercido nos termos e limites definidos em lei complementar federal. Art. 60 - É estável, após dois anos de efetivo exercício, o servidor público nomeado em virtude de concurso público. § 1º - O servidor público estável só perderá o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado ou processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa. § 2º - Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor público estável, será ele reintegrado no cargo anteriormente ocupado, com ressarcimento de todas as vantagens, sendo o eventual ocupante da vaga reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade. § 3º - Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor público estável ficará em disponibilidade remunerada, até seu adequado aproveitamento em outro cargo de atribuições e vencimentos compatíveis com o anteriormente ocupado, respeitada a habilitação exigida. Art. 61 - A administração fazendária e seus 78 servidores fiscais terão, dentro de suas áreas de competência e jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos municipais, na forma da lei. Art. 62 - O Município manterá plano de previdência e assistência sociais para o agente político e o servidor público submetido a regime próprio e para a sua família. § 1º - O plano de previdência e assistência sociais visa a dar cobertura aos riscos a que estão sujeitos os beneficiários mencionados no artigo e atenderá, nos termos da lei, a: I - cobertura dos eventos de doença, invalidez, velhice, acidente em serviço, falecimento e reclusão; II - proteção à maternidade, à adoção e à paternidade; III - assistência à saúde; IV - ajuda à manutenção dos dependentes dos beneficiários. § 2º - O plano será custeado com o produto da arrecadação de contribuições sociais obrigatórias do servidor público e do agente político, do Poder, do órgão ou da entidade a que se encontra vinculado, e de outras fontes de receita definidas em lei. § 3º - A contribuição mensal do servidor público e do agente político será diferenciada em razão da remuneração, na forma da lei, e não será superior a um terço do valor atuarialmente exigível. § 4º - Os benefícios do plano serão concedidos nos termos e nas condições estabelecidos em lei e compreendem: I - quanto ao servidor público e agente político: a) aposentadoria; b) auxílio-natalidade; c) salário-família diferenciado; d) licença para tratamento de saúde; e) licença-maternidade, licença-paternidade e licença-adoção; f) licença por acidente em serviço; II - quanto ao dependente: a) pensão por morte; b) auxílio-reclusão; c) auxílio-funeral; d) pecúlio. § 5º - Nos casos previstos nas alíneas “d”, “e” e “f” do inciso I do parágrafo anterior, o servidor perceberá remuneração integral, como se em exercício estivesse. § 7º - O Poder, o órgão ou a entidade a que se vincule o servidor público ou o agente político terá, após os descontos, o prazo de dez dias para recolher as respectivas contribuições sociais, sob pena de responsabilização do seu preposto e pagamento dos acréscimos definidos em lei. Art. 63 - O servidor público será aposentado: I - por invalidez permanente,com proventos integrais, quando decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, especificadas em lei, e proporcionais nos demais casos; II - compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de serviço; III - voluntariamente: a) aos trinta e cinco anos de serviço, se homem, e aos trinta, se mulher, com proventos integrais; b) aos trinta anos de efetivo exercício em funções de magistério, se professor, e aos vinte e cinco, se professora, com proventos integrais; c) aos trinta anos de exercício, se homem, e aos vinte e cinco, se mulher, com proventos proporcionais a esse tempo; d) aos sessenta e cinco anos de idade, se homem, e aos sessenta, se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de serviço. § 1º - As exceções ao disposto no inciso III, alíneas “a” e “c”, no caso de exercício de atividades consideradas penosas, insalubres ou perigosas, serão as estabelecidas em legislação federal. § 2º - A lei disporá sobre a aposentadoria em cargo, função ou emprego temporários. § 3º - O tempo de serviço público será computado integralmente para os efeitos de aposentadoria e disponibilidade. § 4º - Os proventos da aposentadoria e as pensões por morte, nunca inferiores ao salário mínimo, serão revistos, na mesma proporção e na mesma data, sempre que se modificar a remuneração do servidor em atividade. § 5º - Serão estendidos ao inativo os benefícios ou vantagens posteriormente concedidos ao servidor em atividade, mesmo quando decorrentes de transformação ou reclassificação do cargo ou da função em que se tiver dado a aposentadoria. § 6º - O benefício da pensão por morte corresponderá à totalidade dos vencimentos ou proventos do servidor falecido, até o limite estabelecido em lei, observado o disposto nos §§ 4º e 5º. § 7º - A pensão de que trata o parágrafo anterior será devida ao cônjuge ou companheiro e aos demais dependentes, na forma da lei. § 8º - É assegurado ao servidor afastar-se da atividade a partir da data do requerimento de aposentadoria, e sua não-concessão importará a reposição do período de afastamento. § 9º - Para efeito de aposentadoria, é assegurada a contagem recíproca do tempo de contribuição na administração pública e na atividade privada, rural e urbana, hipótese em que os diversos sistemas de previdência social se compensarão financeiramente, segundo critérios estabelecidos em lei federal. § 10 - Nenhum benefício ou serviço da previdência social poderá ser criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total. Art. 64 - O servidor público que retornar à atividade após a cessação dos motivos que causaram sua aposentadoria por invalidez terá direito, para todos os fins, salvo para o de promoção, à contagem do tempo relativo ao período de afastamento. Art. 65 - Incumbe a entidade da administração indireta gerir, com exclusividade, o sistema de 79 previdência e assistência sociais dos servidores públicos e agentes políticos. § 1º - Os cargos de direção da entidade serão ocupados por servidores municipais de carreira dela contribuintes, ativos e aposentados, observada a habilitação profissional exigida quando se tratar de diretoria técnica. § 2º - Um terço dos cargos de direção da entidade será provido por servidor efetivo, eleito pelos filiados ativos e aposentados, para mandato de dois anos, vedada a recondução consecutiva. § 3º - Homologado o resultado da eleição, o Prefeito, nos vinte dias subseqüentes, nomeará o eleito e lhe dará posse. § 4º - Caso o Prefeito não o nomeie ou emposse, no prazo do parágrafo anterior, ficará o eleito investido no respectivo cargo. EXERCÍCIOS 1. No que tange aos servidores públicos do Quadro Geral de Pessoal do Município de Belo Horizonte vinculados à administração direta, assinale a opção correta. a) Servidor habilitado em concurso público municipal e empossado em cargo de provimento efetivo adquirirá estabilidade no serviço público ao completar dois anos de efetivo exercício. b) Sem qualquer prejuízo, poderá o servidor ausentar-se do serviço por oito dias consecutivos em razão do falecimento de irmão. c) Posse é a aceitação formal, pelo servidor, dos deveres, das responsabilidades e dos direitos inerentes ao cargo público ou função pública, concretizada com a assinatura do respectivo termo pela autoridade competente e pelo empossado e ocorre no prazo de vinte dias contados do ato de nomeação, prorrogável por igual período, motivadamente e a critério da autoridade competente. d) Exercício é o efetivo desempenho, pelo servidor, das atribuições do cargo ou de função pública, sendo de quinze dias o prazo para o servidor empossado em cargo público no município de Belo Horizonte entrar em exercício, contados do ato da posse. 2. A LOM/BH prevê que o direito do poder pelo povo será exercido mediante a) processo legislativo. b) mandado de injunção. c) referendo acompanhado de plebiscito. d) ação fiscalizadora sobre a administração pública. 3. A respeito das atribuições do procurador do município de Belo Horizonte e da PGM/BH, assinale a opção correta. a) No caso de impedimento do prefeito, do vice- prefeito e do presidente da Câmara Municipal, assumirá a PM/BH o procurador-geral do município. b) É vedado à PGM/BH, órgão que representa o município judicialmente, o desempenho de atividades de consultoria e de assessoramento. c) Cabe à PGM/BH representar judicialmente a Câmara Municipal e a ela prestar consultoria jurídica. d) O chefe da PGM/BH é o procurador-geral do município, escolhido entre os cinco mais antigos ocupantes da carreira. 4. O agente público que, no exercício de suas atribuições, violar direito previsto nas Constituições da República e do Estado e na Lei Orgânica do Município de Belo Horizonte será A) considerado irresponsável. B) isento de pena. C) punido, apenas se a conduta praticada for considerada crime. D) punido, independentemente da função que exerça. 5. O município de Belo Horizonte se organiza e se rege por sua Lei Orgânica, de 21 de março de 1990, observando os princípios constitucionais da República e do Estado. Considerando a Lei Orgânica do município de BH assinale V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas. ( ) A alienação de bem imóvel público edificado depende de avaliação prévia, licitação e autorização legislativa. ( ) A alienação de bem móvel é feita mediante procedimento licitatório e não depende de avaliação prévia. ( ) O Poder Público dará prioridade às obras em andamento, podendo iniciar novos projetos, em situações emergenciais, com objetivos idênticos sem que seja concluído o projeto em execução. ( ) Na implantação de conjuntos habitacionais com mais de trezentas unidades, é obrigatória a apresentação de relatório de impacto ambiental e econômico-social, e assegurada a sua discussão em audiência pública. a) F V F V. b) V F F V. c) V F F F. d) V V F V. 6. A Lei Orgânica do Município de Belo Horizonte pode ser emendada mediante proposta a) de, no mínimo, um terço dos membros da Câmara. b) do prefeito em comum acordo com o vice- prefeito. c) de, no mínimo, cinco por cento da população do Município. d) de, no mínimo, três por cento dos eleitores do Município, desde que distribuídos por cinco bairros. 7. “Estabelece a Lei Orgânica do Município de Belo Horizonte que ao servidor público municipal são garantidos, nos concursos públicos, ______ da pontuação total dos títulos, por ano de serviço prestado, mediante subordinação, à administração pública do Município, até o máximo de ______.” Assinale a alternativa que completa correta e 80 sequencialmente a afirmativa anterior. a) 2% / 20% b) 3% / 30% c) 5% / 30% d) 10% / 40% 8. A Lei Orgânica do Município de Belo Horizonte possui um capítulo destinado aos servidores públicos. Em seu artigo 45 ela estabelece que “§ 2º – O prazode validade do concurso público é de até ____________, prorrogável, uma vez, por igual período”. Assinale a alternativa que completa corretamente a afirmativa anterior. a) 1 ano b) 2 anos c) 3 anos d) 6 meses 9. O art. 47 da Lei Orgânica do Município de Belo Horizonte tem a seguinte redação: “Art. 47 – Serão exercidos por servidores ou empregados públicos municipais os cargos em comissão e as funções de confiança da administração direta, inferiores, no Poder Executivo, ao ______________ nível hierárquico da estrutura organizacional e, no Poder Legislativo, ao _______________ nível. Parágrafo único – Excetuam-se do disposto no artigo os cargos e funções de assessoria, apoio e execução estabelecidos em lei”. Assinale a alternativa que completa correta e sequencialmente a afirmativa anterior. a) segundo / terceiro b) terceiro / primeiro c) primeiro / segundo d) segundo / primeiro 10. Sobre o tratamento que a Lei Orgânica do Município de Belo Horizonte dá ao tema “Servidores Públicos”, assinale a alternativa INCORRETA. a) Os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo não podem ser superiores aos percebidos no Poder Executivo. b) É vedado aos servidores públicos e às suas entidades representativas o direito de reunião nos locais de trabalho, mesmo após prévia comunicação à chefia imediata. c) A lei fixará o limite máximo e a relação entre a maior e a menor remuneração dos servidores públicos, a qual não poderá exceder a percebida, em espécie, a qualquer título, pelo Prefeito. d) A revisão geral da remuneração do servidor público, sob um índice único, far-se-á sempre no mês que a lei fixar, sendo, ainda, assegurada a preservação mensal de seu poder aquisitivo, desde que respeitados os limites a que se refere a Constituição da República. 11. Segundo a Lei Orgânica, o Município de Belo Horizonte manterá plano de previdência e assistência sociais para o agente político e o servidor público submetido a regime próprio e para a sua família. Os benefícios do plano serão concedidos nos termos e nas condições estabelecidos em lei e compreendem quanto ao dependente: a) Auxílio-reclusão. b) Auxílio-natalidade. c) Salário-família diferenciado. d) Licença por acidente em serviço. 12. Quando se tratar de matéria relativa a empréstimos, concessões de isenções, incentivos, benefícios fiscais e gratuidades nos serviços públicos de competência do Município, além de outras referidas na Lei Orgânica, as deliberações da Câmara de Belo Horizonte são tomadas por a) maioria relativa. b) maioria absoluta. c) um terço de seus membros. d) dois terços de seus membros. 13. Sobre o tratamento que a Lei Orgânica do Município de Belo Horizonte dá à Câmara Municipal, assinale a alternativa INCORRETA. a) A Câmara e suas comissões funcionam com a presença, no mínimo, da maioria de seus membros. b) A eleição da Mesa Diretora se dará por chapa, necessariamente completa, inscrita até a hora de eleição por qualquer vereador. c) A Câmara reunir-se-á, em sessão ordinária, independentemente de convocação, nos meses de fevereiro a dezembro de cada ano, na forma como dispuser o Regimento Interno. d) No primeiro ano de cada legislatura, cuja duração coincide com o mandato dos vereadores, a Câmara reunir-se-á no dia primeiro de janeiro para dar posse aos vereadores, ao prefeito e ao vice-prefeito e eleger a sua Mesa Diretora para mandato de dois anos, vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição subsequente. 14. Nos termos da Lei Orgânica do Município de Belo Horizonte – 1990, é objetivo prioritário do Município: a) assegurar o exercício, pelos vereadores, dos mecanismos de controle da legalidade e da legitimidade dos atos do Poder Público e da eficácia dos serviços públicos. b) garantir a efetividade dos direitos públicos objetivos. c) preservar os interesses gerais e individuais. d) proporcionar aos seus habitantes condições de vida compatíveis com a dignidade humana, a justiça social e o bem comum. 15. A Lei Orgânica é o principal instrumento que rege o funcionamento dos municípios, devendo ser elaborada e aprovada em cada instância municipal que compõe a federação. A Lei Orgânica do Município de Belo Horizonte (BELO HORIZONTE, 1990, p. 7) destaca, no art. 1º, que: "O município de Belo Horizonte integra, com autonomia político- administrativa, a República Federativa e o Estado de Minas Gerais". 81 Alguns principais serviços delegados ao município, pela Lei Orgânica de acordo com o texto constitucional e a prática vigente, passam a ser executados pelo funcionário público, o "Guarda Municipal". Marque a alternativa CORRETA que está relacionada à atuação do Guarda Municipal como tarefa delegada: a) Assistência à saúde básica do cidadão. b) Promoção de programas de construção de moradias populares. c) Cuidados com a preservação ambiental e a qualidade do meio ambiente. d) Proteção e cuidado com o patrimônio histórico, artístico e cultural. Gabarito 1.C 2.D 3.A 4.D 5.B 6.A 7.C 8.B 9.B 10.B 11.A 12.D 13.B 14.D 15.D CÓDIGO DE POSTURAS MUNICIPAIS TÍTULO III DO USO DO LOGRADOURO PÚBLICO CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 46 - Com exceção dos usos de que trata o Capítulo II deste Título, o uso do logradouro público depende de prévio licenciamento. Art. 47 - O Executivo somente expedirá o competente documento de licenciamento para uso do logradouro público se atendidas as exigências pertinentes. Parágrafo único - Em caso de praça, a expedição do documento de licenciamento dependerá, adicionalmente, de parecer favorável do órgão responsável pela gestão ambiental. Art. 47-A - As licenças para utilização do logradouro público para afixação de engenho de publicidade, para colocação de mesa e cadeira e para utilização de toldo, entre outros, ficarão vinculadas ao Alvará de Localização e Funcionamento da atividade. Art. 48 - O logradouro público não poderá ser utilizado para depósito ou guarda de material ou equipamento, para despejo de entulho, água servida ou similar ou para apoio a canteiro de obra em imóvel a ele lindeiro, salvo quando este Código expressamente admitir algum destes atos. Parágrafo único - (VETADO) Art. 49 - O logradouro público, observado o previsto neste Código, somente será utilizado para: I - trânsito de pedestre e de veículo; II - estacionamento de veículo; III - operação de carga e descarga; IV - passeata e manifestação popular; V - instalação de mobiliário urbano; VI - execução de obra ou serviço; VII - exercício de atividade; VIII - instalação de engenho de publicidade; IX - eventos; X - atividades de lazer. CAPÍTULO II DOS USOS QUE INDEPENDEM DE LICENCIAMENTO Seção I Do Trânsito, Estacionamento e Operações de Carga e Descarga Arts. 50, 51, 52, 53, 54, 55, 56 e 57- (VETADOS) Seção II Da Passeata e Manifestação Popular Art. 58 - A realização de passeata ou manifestação popular em logradouro público é livre, desde que: I - não haja outro evento previsto para o mesmo local; II - tenha sido feita comunicação oficial ao Executivo e ao Batalhão de Eventos da Polícia Militar de Minas Gerais, informando dia, local e natureza do evento, com, no mínimo, 24 (vinte e quatro) horas de antecedência; III - não ofereça risco à segurança pública. CAPÍTULO IV DO EXERCÍCIO DE ATIVIDADES Seção I Disposições Gerais Art. 116 - O exercício de atividades em logradouro público depende de licenciamento prévio junto ao Executivo. Parágrafo único - O Executivo poderá licenciar, para o exercício em logradouro público, apenas as seguintes atividades, observadas as limitações previstas neste Código: I - em banca; II - em veículo de tração humana e veículo automotor; III - exercida por deficiente visual; IV - de engraxate; V - evento; VI - feira; VII - em quiosque em local de caminhada; VIII - exploração de sanitário público; IX - lavador de veículoautomotor. Art. 117 - (VETADO) Art. 118 - Fica proibido o exercício de atividade por camelôs, toreros e flanelinhas no logradouro público. Art. 118-A - O passeio poderá ser utilizado por ambulante somente para exercício de atividade de comércio: I - em veículo de tração humana; 82 II - por deficiente visual. Art. 119 - O regulamento deste Código poderá: I - estabelecer área do Município em que será proibido o exercício de atividade, correlacionando ou não essa vedação a determinada época, circunstância ou atividade; II - (VETADO) III - definir locais específicos para a concentração do comércio exercido por ambulantes. Art. 120 - A atividade exercida no logradouro público pode ser: I - constante, aquela que se realiza periodicamente; II - eventual, aquela que se realiza esporadicamente. Art. 121 - O licenciamento para exercício de atividade em logradouro público terá sempre caráter precário e será feito por meio de licitação, conforme procedimento previsto no regulamento deste Código, que poderá ser simplificado em relação a alguma atividade, particularmente a classificada como eventual. Parágrafo único - O prazo de validade do documento de licenciamento variará conforme a classificação da atividade, podendo ser: I - de até 1 (um) ano, prorrogável conforme dispuser o regulamento deste Código, quando se tratar de atividade constante; II - de até 3 (três) meses ou até o encerramento do evento, conforme o caso, quando se tratar de atividade eventual, sendo, em ambos os casos, improrrogável. Art. 122 - O documento de licenciamento deverá explicitar o equipamento ou apetrecho de uso admitido no exercício da atividade respectiva no logradouro público e mencionar, inclusive, a possibilidade de utilização de aparelho sonoro, sendo vedada a utilização de qualquer outro equipamento ou apetrecho nele não explicitado. Art. 123 - O documento de licenciamento é pessoal e específico para a atividade e o local de instalação ou área de trânsito nele indicados. § 1º - Somente poderá ser licenciada para exercício de atividade em logradouro público a pessoa natural e desde que não seja proprietária de estabelecimento industrial, comercial ou de serviços. § 2º - Não será liberado mais de um documento de licenciamento para a mesma pessoa natural, mesmo que para atividades distintas. § 3º - O titular do documento de licenciamento poderá indicar preposto para auxiliá-lo no exercício da atividade, desde que tal preposto não seja titular de documento de licenciamento da mesma natureza, ainda que de atividade distinta. § 4º - As vedações de que tratam os § § 1º, 2º e 3º deste artigo não se aplicam à possibilidade de acumular 1 (um) documento de licenciamento para atividade constante com 1 (um) documento de licenciamento para atividade eventual. § 5º - Será especificado no regulamento deste Código o número de prepostos a que se refere o § 3º deste artigo, podendo haver variação desse número em função da atividade. § 6º - No caso do exercício da atividade em banca de jornais e revistas, cada licenciado poderá indicar 3 (três) prepostos, que poderão substituir o titular em qualquer de suas ausências e impedimentos, independentemente de comunicação prévia, respondendo solidariamente por todas as obrigações decorrentes da licença. § 7º - O exercício de atividade em logradouro público poderá ser licenciado a pessoas jurídicas, excepcionalmente, quando permissionárias do “Programa ABasteCer - Alimentos a Baixo Custo” ou de outro programa que venha a sucedê-lo. Art. 124 - Ocorrerá desistência quando: I - o licenciado, sem motivo justificado, não iniciar o exercício da atividade no prazo determinado; II - o licenciado, tendo iniciado o exercício da atividade, requerer ao Executivo a revogação do licenciamento. § 1º - No caso de a desistência ocorrer durante o primeiro ano, o licenciamento será repassado ao habilitado imediatamente classificado na respectiva licitação. § 2º - No caso de a desistência ocorrer após a vigência do primeiro ano, será o licenciamento restituído ao Executivo, a fim de que seja redistribuído por meio de nova licitação. § 3º - Em ambos os casos, a pessoa desistente não estará isenta de suas obrigações fiscais junto ao Poder Público. Art. 125 - O documento de licenciamento é intransferível, exceto se o titular: I - falecer; II - entrar em licença médica por prazo superior a 60 (sessenta) dias; III - tornar-se portador de invalidez permanente. § 1º - Nos casos admitidos nos incisos deste artigo, a transferência obedecerá à seguinte ordem: I - cônjuge ou companheiro estável; II - filho; III - irmão. § 2° - A validade do documento de licenciamento transferido nos termos deste artigo se estenderá até que ocorra nova licitação para o exercício da atividade. Art. 126 - O horário de exercício de atividade no logradouro público será previsto no documento de licenciamento respectivo. Art. 127 - Para os fins deste Código, o equipamento para exercício de atividade no logradouro público constitui modalidade de mobiliário urbano. Art. 128 - É expressamente proibida a instalação de trailer em logradouro público, à exceção dos que, não se destinando a atividade comercial, tenham obtido anuência do órgão competente do Executivo. 83 Art. 129 - Somente é permitida a comercialização no logradouro público de mercadoria com origem legal comprovada. Art. 130 - É proibida no logradouro público a realização de campanha para arrecadação de fundos. Art. 131 - O Executivo capacitará o licenciado para o exercício de atividade no logradouro público, visando a engajá-lo nos programas de interesse público desenvolvidos no respectivo local, podendo, inclusive, vir a utilizar o mobiliário onde a atividade é exercida como ponto de apoio e referência para a comunidade. Art. 132 - O Executivo regulamentará este Capítulo, especialmente no que se refere ao detalhamento dos critérios de licenciamento, às taxas respectivas e à fiscalização das atividades. Seção II Da Atividade em Banca Art. 133 - Poderá ser exercida a atividade de comércio em banca fixa instalada em logradouro público, que se sujeita a prévio licenciamento, em processo a ser definido no regulamento deste Código. Art. 134 - O comércio de que trata o art. 133 deste Código será dedicado à venda ao consumidor das mercadorias previstas nesta Seção para os seguintes tipos de banca: I - banca de jornais e revistas; II - banca de flores e plantas naturais. Parágrafo único - Cada um dos tipos de banca somente poderá explorar o comércio das mercadorias que para ele tiverem sido previstas nesta Seção. Art. 135 - A banca de jornais e revistas destina-se à comercialização de: I - jornal e revista; II - flâmula, álbum de figurinha, emblema e adesivo; III - cartão postal e comemorativo; IV - mapa e livro; V - cartão telefônico e recarga de cartão magnético do sistema de transporte coletivo; VI - talão de estacionamento; VII - selo postal; VIII - bilhete de loteria e prognóstico explorado ou concedido pelo Poder Público; IX - periódico de qualquer natureza, inclusive audiovisual integrante do mesmo; X - ingresso para espetáculo público; XI - carnê de sorteio autorizado pela fazenda Pública; XII - artigo de papelaria de pequeno porte e serviço de cópia e fax; XIII - impresso de utilidade pública; XIV - artigo para fumante, pilha, barbeador, preservativo; XV - objeto encartado em publicação e material fotográfico descartável; XVI - (VETADO) XVII - (VETADO) XVIII - (VETADO) XIX - (VETADO) XX - (VETADO) XXI - acessórios para aparelho telefônico celular; XXII - (VETADO) XXIII - bombonière; XXIV - brindes diversos; XXV - serviço de revelação de filmes fotográficos; XXVI - cópias de chaves; XXVII - brinquedos; XXVIII - artesanatos; XXIX - (VETADO). XXX - água mineral em embalagem descartável, sorvete e picolé embalados; XXXI - refrigerantes;XXXII - sucos em embalagens descartáveis. § 1º - Será facultado à banca de jornais e revistas fazer a distribuição de encarte, folheto e similar de cunho promocional. § 2º - A distribuição prevista no § 1º deste artigo não poderá descaracterizar a atividade própria da banca. § 3º - De acordo com o previsto no art. 131 desta lei, a banca de jornais e revistas deverá expor, em local visível, e distribuir material institucional. §3º acrescentado pela Lei nº 10.411, de 23/1/2012 (Art. 2º) § 4º - Entende-se como material institucional, para os efeitos desta lei, panfletos, folhetos, encartes, publicações e similares, elaborados pelo poder público municipal, com objetivo de: I - informar sobre os serviços oferecidos pela Prefeitura; II - informar sobre pontos turísticos do Município de Belo Horizonte e de sua região metropolitana; III - divulgar campanhas promovidas pelo poder público municipal; IV - fornecer informações de utilidade pública.§ 5º - A distribuição do material institucional às bancas é de responsabilidade do poder público municipal. § 6º - O licenciado para o exercício de atividade em banca de jornais e revistas e seus prepostos deverão ser qualificados pelo Executivo para o exercício da função de divulgação e distribuição de material institucional, de acordo com o previsto no art. 131 desta lei, passando a ser denominados Agentes de Divulgação de Informações - Adin. § 7º - Nas laterais da banca será delimitado espaço, a ser definido em regulamento, para instalação de painel destinado a publicidade institucional. § 8º - O espaço previsto no § 7º deste artigo deverá ocupar, no máximo, 30% (trinta por cento) da área das laterais da banca. § 9º - A banca de jornais e revistas poderá funcionar 24 (vinte e quatro) horas por dia. Art. 136 - É proibida a exploração de banca de jornais e revistas ao proprietário de empresa distribuidora de jornal e revista, proibição extensiva 84 ao cônjuge. Art. 137 - A banca de flores e plantas naturais poderá comercializar, além de flores e plantas naturais, também produto utilizado no cultivo domiciliar de pequeno porte, como terra vegetal, adubo e semente. Art. 138 - Em qualquer dos tipos de banca, a exposição do produto que comercializa somente será permitida no local próprio, previsto para esta finalidade, em modelos padronizados aprovados pelo Poder Público. Seção III Da Atividade em Veículo de Tração Humana e Veículo Automotor Art. 139 - Poderão ser utilizados o veículo de tração humana e o automotor para a comercialização de alimento em logradouro público, devendo tais veículos, bem como os utensílios e vasilhames utilizados no serviço, ser vistoriados e aprovados pelo órgão municipal responsável pela vigilância sanitária. Art. 140 - A atividade de que trata esta Seção poderá ser exercida em sistema de rodízio estabelecido pela entidade representativa de cada segmento, segundo critérios a serem definidos pelo regulamento. Art. 141 - O licenciado para exercer atividade comercial em veículo de tração humana ou automotor deverá, quando em serviço: I - portar o documento de licenciamento atualizado; II - usar uniforme limpo e de cor clara; III - manter rigoroso asseio pessoal; IV - zelar para que as mercadorias não estejam deterioradas ou contaminadas e se apresentem em perfeitas condições higiênicas; V - zelar pela limpeza do logradouro público; VI - manter o veículo em perfeitas condições de conservação, higiene e limpeza; VII - acatar os dispositivos legais que lhe forem aplicáveis. Art. 142 - O veículo será de tipo padronizado, definido pelo Executivo para cada modalidade de comércio, sendo, em qualquer caso, dotado de: I - recipiente adequado à coleta de resíduos; II - extintor de incêndio apropriado, no caso de utilização de substância inflamável no preparo dos produtos a serem comercializados. Parágrafo único - O veículo não poderá apresentar expansão ou acréscimo de qualquer espécie, vedada a exposição de mercadoria em suas partes externas. Art. 143 - A mercadoria não poderá ficar exposta em caixote ou assemelhado colocado no passeio ou via pública. Art. 144 - É proibido comercializar em veículo: I - refresco; II - caldo de cana; III - café; IV - carnes e derivados; IV - sorvete de fabricação instantânea, proveniente de xaropes ou qualquer outro processo; VI - fruta descascada ou partida, exceto laranja, que deverá ser descascada na hora, a pedido e à vista do consumidor. Incisos II a VII renumerados pela Lei nº 10.947, de 13/7/2016 (Art. 1º) Art. 145 - Os produtos comercializados em veículos deverão atender ao disposto na legislação sanitária específica. Art. 146 - O licenciado para o comércio em veículo de tração humana somente poderá comercializar algodão-doce, milho verde, água-de-coco, doces, água mineral, suco e refresco industrializado, refrigerante, picolé, sorvete, pipoca, praliné, amendoim torrado, cachorro-quente, churro e frutas. Art. 147 - É vedado ao licenciado para atividade desenvolvida em veículo de tração humana: I - o preparo de alimentos não elencados no art. 146 deste Código; II - o preparo de bebida, ou mistura de xarope, essência ou outro produto corante ou aromático; III - a venda fracionada de refrigerante, água mineral, suco ou refresco industrializado. Art. 148 - O licenciado para o comércio em veículo automotor somente poderá comercializar lanche rápido, água mineral, suco ou refresco industrializado e refrigerante, conforme definido em regulamento. Art. 149 - O veículo automotor a ser utilizado deverá: I - estar devidamente emplacado pelo órgão competente, respeitando-se as normas aplicáveis do Código de Trânsito Brasileiro; II - ser utilitário de até 1.500Kg (mil e quinhentos quilogramas) Inciso II com redação dada pela Lei nº 10.899, de 7/1/2016 (Art. 1º) III - estar devidamente adaptado; IV - atender às normas de segurança e de saúde pública; V - ser aprovado em vistoria técnica anual pelo órgão municipal responsável pelo trânsito. Parágrafo único - Não se admitirá o comércio em trailer ou reboque em logradouro público. Art. 150 - É proibida ao comércio em veículo automotor a utilização de: I - sombrinha, mesa e cadeira; II - som. Parágrafo único - A instalação de toldo e o uso de publicidade obedecerão ao disposto no regulamento. 85 Art. 151 - O comércio em veículo automotor não poderá ocorrer: I - em frente a portaria de estabelecimento de ensino, hospital, clube e templo religioso; II - a menos de 50 m (cinqüenta metros) de lanchonete, bar, restaurante e similar; III - em afastamento frontal de edificação; IV - em local onde a legislação de trânsito não permita a parada ou o estacionamento de veículo. Art. 152 - Não será permitida a venda ambulante de alimento em cesto, baú, tabuleiro ou qualquer outro recipiente similar. Art. 153 - O regulamento deste Código: I - definirá a documentação necessária ao licenciamento para o exercício de atividade comercial em veículos de tração humana e automotor; II - poderá estabelecer, em área específica, proibições adicionais relativas a horários e a locais para o exercício de atividade comercial em veículos. Seção III-A Da Atividade Exercida por Pessoa com Deficiência Seção III-A renomeada pela Lei nº 10.947, de 13/7/2016 (Art. 2º) Art. 153-A - Poderá ser exercida, nos termos desta Seção, a atividade de comércio em logradouro público por pessoa com deficiência, que dependerá de prévio licenciamento. Caput com redação dada pela Lei nº 10.947, de 13/7/2016 (Art. 3º) Parágrafo único - O licenciado deverá: I - exercer a atividade de que trata esta Seção sem a utilização de carrinho, banca, mesa ou outro equipamento que ocupe espaço no logradouro público; II - exercer pessoalmente as atividades respectivas, sendo-lhe proibido colocar preposto no serviço; III - portar o documento de licenciamento e apresentá-lo à fiscalizaçãoquando solicitado. Seção IV Da Atividade de Engraxate Art. 154 - Poderá ser exercida em logradouro público a atividade de engraxate, que dependerá de licenciamento, observado que: I - seja dada prioridade aos candidatos com maior grau de carência socioeconômica; II - haja isenção do pagamento de taxa ou de qualquer outro tributo ou preço público. Art. 155 - O Executivo poderá celebrar convênio com entidade voltada à garantia dos direitos da criança e do adolescente com vistas à seleção de menores candidatos à obtenção do licenciamento de que trata o art. 154 deste Código. Art. 156 - O licenciado poderá explorar apenas 1 (uma) cadeira de engraxate e uma mesma cadeira de engraxate poderá ser explorada por até 2 (duas) pessoas. Art. 157 - O licenciado deverá exercer pessoalmente as atividades respectivas, ressalvada a possibilidade de auxílio prevista no § 3° do art. 123 desta Lei. Parágrafo único - A proibição prevista no caput não atinge o irmão ou o filho do licenciado, desde que comprovada e comunicada ao Executivo a sua incapacidade temporária ou definitiva. Art. 157-A - É permitido ao licenciado, vedado o uso de outro mobiliário urbano além da cadeira de engraxate: I - comercializar cadarços de sapatos e de tênis; II - realizar pequenos consertos. Art. 158 - Cumpre ao licenciado: I - manter a cadeira e acessórios em bom estado de conservação e aparência; II - portar o documento de licenciamento e apresentá-lo à fiscalização quando solicitado; III - observar a tabela de preços e afixá-la em local visível; IV - usar o uniforme estipulado pelo Executivo; V - manter limpa a área num raio de 5 m (cinco metros) da cadeira; VI - usar em serviço material de boa qualidade. Art. 159 - É vedado ao licenciado: I - permanecer inativo por mais de 5 (cinco) dias, salvo em caso de superveniência de incapacidade temporária, se ela não for substituída na forma do parágrafo único do art. 157 deste Código; II - ocupar o logradouro público com mercadoria, objeto ou instalação diversa de sua atividade; III - realizar serviços de sapataria além dos permitidos nesta Seção; IV - comercializar qualquer espécie de produto não prevista nesta Seção. Seção V Do Evento Art. 160 - Poderá ser realizado evento em logradouro público, desde que atenda ao interesse público, devidamente demonstrado no processo de licenciamento respectivo. Parágrafo único - Considera-se evento, para os fins deste Código, qualquer realização, sem caráter de permanência, de atividade recreativa, social, cultural, religiosa ou esportiva. Art. 163 - O espetáculo pirotécnico é considerado evento e dependerá de licenciamento e comunicação prévia ao Corpo de Bombeiros. Parágrafo único - O espetáculo pirotécnico respeitará as regras de segurança pública e de proteção ao meio ambiente, podendo o regulamento proibir a sua realização na proximidade que definir em relação a local onde 86 possa comprometer a segurança de pessoa ou de bem. Seção VI Da Feira Subseção I Disposições Preliminares Art. 164 - As áreas destinadas a feira em logradouro público serão fechadas ao trânsito de veículos durante sua realização. Art. 164-A - O Executivo adotará sistema de monitoramento para as feiras realizadas no logradouro público, visando garantir a compatibilidade do funcionamento das mesmas com o interesse público. Art. 164-B - VETADO Art. 165 - É vedada a realização de feira que fira o interesse público, a critério do Executivo. Art. 166 - A feira será criada pelo Executivo, nos termos do art. 31 da Lei Orgânica do Município de Belo Horizonte. Subseção II Do Documento de Licenciamento Art. 167 - A participação em feira depende de prévio licenciamento e da expedição do respectivo documento de licenciamento. § 1º - O documento de licenciamento para participação em feira terá validade de 1 (um) ano, podendo, a critério do Executivo, ser renovado ao final do período por igual prazo. § 2º - Para a renovação do documento de licenciamento deverá ser encaminhado ao órgão competente requerimento instruído com cópia do documento vigente e comprovação de pagamento da última taxa devida. Art. 168 - O documento de licenciamento será específico para cada feira ou, se for o caso, para cada dia. Parágrafo único - No caso de feira permanente, é vedado deter mais de um documento de licenciamento, a qualquer título, para uma mesma feira. Art. 169 - O Executivo reservará vagas nas feiras, nos termos prescritos no regulamento, até o limite de 5% (cinco por cento), para entidades assistenciais ou filantrópicas ou para pessoas portadoras de deficiência, que ficarão isentas do pagamento das taxas devidas. Art. 170 - Em caso de necessidade, devidamente comprovada, o feirante poderá indicar pessoa prevista no § 3° do art. 123 desta Lei para substituí-lo. Parágrafo único - O prazo máximo para substituição será de 60 (sessenta) dias, ficando os casos excepcionais sujeitos a avaliação pela comissão paritária de que trata o art. 182 deste Código. Subseção III Dos Deveres e Vedações Art. 171 - O feirante é obrigado a: I - trabalhar apenas na feira e com os materiais para os quais esteja licenciado; II - respeitar o local demarcado para a instalação de sua banca; III - manter rigoroso asseio pessoal; IV - respeitar e cumprir o horário de funcionamento da feira; V - adotar o modelo de equipamento definido pelo Executivo; VI - colaborar com a fiscalização no que for necessário, prestando as informações solicitadas e apresentando os documentos pertinentes à atividade; VII - manter os equipamentos em bom estado de higiene e conservação; VIII - manter plaquetas contendo nome, preço e classificação do produto; IX - manter balança aferida e nivelada, quando for o caso; X - respeitar o regulamento de limpeza pública e demais normas expedidas pelo órgão competente do Executivo; XI - tratar com urbanidade o público em geral e os clientes; XII - afixar cartazes e avisos de interesse público determinados pelo Executivo. Art. 172 - É proibido ao feirante: I - faltar injustificadamente a 2 (dois) dias de feira consecutivos ou a mais de 4 (quatro) dias de feira por mês; II - apregoar mercadoria em voz alta; III - vender produto diferente dos constantes em seu documento de licenciamento; IV - fazer uso do passeio, da arborização pública, do mobiliário urbano público, da fachada ou de quaisquer outras áreas das edificações lindeiras para exposição, depósito ou estocagem de mercadoria ou vasilhame ou para colocação de apetrecho destinado à afixação de faixa e cartaz ou a suporte de toldo ou barraca; V - ocupar espaço maior do que o que lhe foi licenciado; VI – explorar a atividade exclusivamente por meio de auxiliar previsto no § 3º do art. 123 desta Lei; VII - lançar, na área da feira ou em seus arredores, detrito, gordura e água servida ou lixo de qualquer natureza; VIII - vender, alugar ou ceder a qualquer título, total ou parcialmente, permanente ou temporariamente, seu direito de participação na feira; IX - utilizar letreiro, cartaz, faixa e outro processo de comunicação no local de realização da feira; X - fazer propaganda de caráter político ou religioso durante a realização da feira, no local 87 onde ela funcione. Parágrafo único - No caso de feira permanente, é permitido ao feirante fazer uso do passeio, desde que seja respeitada a faixa reservada a trânsito de pedestre, conforme dispõe o art. 64 deste Código. Art. 173 - (VETADO) Art. 174 - O feirante deverá utilizar banca para expor sua mercadoria, respeitando o disposto nos arts. 95, 96 e 97 deste Código, no que for compatível. Subseção IV Das Modalidades e Especificidades da Feira Art. 175 - A feira poderá ser: I - permanente, a que for realizada continuamente, ainda que tenha caráter periódico; II - eventual, a que for realizada esporadicamente, sem o sentidode continuidade. Parágrafo único - As feiras permanentes deverão ter espaço destinado a apresentação gratuita de grupos regionais, culturais e de diversão. Art. 176 - Serão admitidas as seguintes modalidades de feira: I - feira livre, a que se destinar à venda, exclusivamente a varejo, de frutas, legumes, verduras, aves vivas e abatidas, ovos, gêneros alimentícios componentes da cesta básica, pescados, doces e laticínios, biscoitos a granel, cereais, óleos comestíveis, artigos de higiene e limpeza artesanais, utilidades domésticas, produtos comprovadamente artesanais e produtos da lavoura e indústria rural; II - de plantas e flores; III - de livros e periódicos; IV - de artes plásticas e artesanato; V - de antigüidades; VI - de comidas e bebidas típicas nacionais ou estrangeiras; VII - promocional. Parágrafo único- (VETADO) Art. 177 - A feira de plantas e flores naturais comercializará os produtos naturais previstos no art. 137 deste Código. Parágrafo único - É vedada a comercialização, na feira de plantas e flores naturais, de espécimes coletados na natureza que possam representar risco de depredação da flora nativa. Art. 178 - A feira de arte e artesanato comercializará produtos resultantes da ação predominantemente manual, que agreguem significado cultural, utilitário, artístico, patrimonial ou estético e que, feitos com todos os materiais possíveis, sejam de elaboração exclusivamente artesanal, não sendo elaborados em nível final, exceto quando reciclados. Art. 179 - A feira de antigüidade comercializará objetos selecionados de acordo com a data de fabricação - que é critério fundamental -, com o estilo de época, a raridade, a possibilidade de serem colecionados e as peculiaridades locais. Parágrafo único - A fim de se evitar a evasão do patrimônio histórico, artístico e cultural, cada expositor deverá manter registro de procedência e destino das peças sacras, mobiliário e outros que porventura venha a comercializar na feira. Art. 180 - A feira de comidas e bebidas típicas comercializará produtos que: I - estejam ligados a origem cultural determinada, constituindo tradição cultural das cozinhas mineira, nacional e internacional; II - resultem de preparo e processo exclusivamente caseiro, à exceção de cerveja, refrigerante, suco e refresco industrializado e água mineral. Art. 181 - A feira promocional será destinada a divulgar atividade, produto, tecnologia, serviço, país, estado ou cidade. § 1º - Na feira prevista no caput é vedada a venda a varejo. § 2º - É permitida, na feira prevista no caput, a instalação de espaços destinados à prestação de serviço distinto da finalidade da feira, desde que ocupando no máximo 10 % (dez por cento) de seu espaço total. Subseção V Da Coordenação das Feiras Art. 182 - As feiras serão coordenadas por uma comissão paritária constituída, em igual número, por representantes do Executivo e dos feirantes, com suplência, sendo que haverá uma comissão para cada uma das modalidades de feira previstas no art. 176 deste Código. § 1º - Os representantes dos feirantes serão eleitos diretamente entre os licenciados nas feiras, em processo autônomo. § 2º - Os membros suplentes serão escolhidos da mesma forma que os membros titulares. § 3º - O mandato dos membros da comissão paritária será de 1 (um) ano, renovável uma vez por igual período. § 4º - Os membros da comissão paritária não farão jus a qualquer espécie de remuneração. § 5º - Serão excluídos da comissão paritária os membros, titulares ou suplentes, que faltarem injustificadamente a mais de 4 (quatro) reuniões por ano. § 6º - O regulamento deste Código definirá as regras de funcionamento e de realização das reuniões da comissão paritária, considerando as prescrições desta Subseção. Art. 183 - Em virtude da dimensão de alguma feira em particular, poderá ser criada uma comissão paritária específica para ela, obedecidas as regras do art. 182 deste Código. Art. 184 - À comissão paritária compete: 88 I - solicitar ao Poder Público a constituição de grupo técnico de avaliação, sempre que entender necessário; II - organizar e orientar o funcionamento das feiras; III - manifestar-se sobre os recursos impetrados por feirantes em caso de aplicação de penalidade. Art. 185 - O Poder Público, de ofício ou mediante solicitação da comissão paritária, constituirá um grupo técnico de avaliação, composto por especialistas nas atividades desenvolvidas nas feiras e em urbanismo e que não sejam feirantes. Parágrafo único - Compete ao grupo técnico de avaliação: I - avaliar a natureza, a qualidade da produção e do material e as ferramentas utilizadas, podendo fazê- lo nos locais de exposição, armazenagem ou produção; II - apreciar a compatibilização do material a ser exposto e comercializado com as prescrições deste Código, de seu regulamento e do documento de licenciamento respectivo; III - assessorar a comissão paritária sempre que solicitado. Seção VII Da Atividade em Quiosque em Locais de Caminhada Art. 185-A - Poderá ser exercida atividade de comércio em quiosque instalado no logradouro público, exclusivamente em locais de caminhada, sujeita a prévio Iicenciamento, em processo a ser definido no regulamento deste Código. Art. 185-B - O quiosque destina-se à comercialização de: I - água mineral; II - água de coco; III - bebidas não alcoólicas; IV - bombonière; V - picolés e sorvetes em embalagens descartáveis; VI - exploração de sanitário público. EXERCÍCIOS 1. Nos termos do art.49 do Código de posturas municipais, o logradouro público, observado o previsto neste Código, somente será utilizado para os seguintes fins, EXCETO: a) trânsito de pedestre e de veículo; b) estacionamento de veículo; c) passeata e manifestação popular; d) execução de obra ou serviço, público ou particular 2. A realização de passeata ou manifestação popular em logradouro público é livre, desde que, EXCETO: a) não haja outro evento previsto para o mesmo local; b) tenha sido feita comunicação oficial ao Executivo e ao Batalhão de Eventos da Polícia Militar de Minas Gerais, informando dia, local e natureza do evento, com, no mínimo, 24 (vinte e quatro) horas de antecedência; c) não ofereça risco à segurança pública. d) não exceda a 10% da população local. 3. Relativamente ao Código de Posturas, analise as afirmativas abaixo: I- O exercício de atividades em logradouro público depende de licenciamento prévio junto ao Executivo. II- Fica proibido o exercício de atividade por camelôs, toreros e flanelinhas no logradouro público. III- Fica proibida a utilização do passeio por ambulantes.; Estão corretas as seguintes afirmativas: a) I e II b) II e III c) I e III d) Todas estão corretas 4 O Executivo poderá licenciar, para o exercício em logradouro público, apenas as seguintes atividades, EXCETO: a) estacionamento; b) de engraxate; c) feira; d) lavador de veículo automotor. 5. A atividade exercida no logradouro público pode ser: a) constante, aquela que se realiza mensalmente b) eventual, aquela que se realiza esporadicamente. c) constante, aquela que se realiza diariamente d) eventual, aquela que se realiza anualmente. 6. . Relativamente ao Código de Posturas, assinale a afirmativa INCORRETA: a) Para os fins deste Código, o equipamento para exercício de atividade no logradouro público constitui modalidade de mobiliário urbano. b) O horário de exercício de atividade no logradouro público será previsto no documento de licenciamento respectivo. c) É permitida no logradouro público a realização de campanha para arrecadação de fundos. d) O Executivo capacitará o licenciado para o exercício de atividade no logradouro público, visando a engajá-lo nos programas de interesse público desenvolvidos no respectivo local, podendo, inclusive, vir a utilizaro mobiliário onde a atividade é exercida como ponto de apoio e referência para a comunidade. 7. Poderá ser exercida a atividade de comércio em banca instalada em logradouro público, que se sujeita a prévio licenciamento e será destinado exclusivamente à venda ao consumidor das mercadorias para os seguintes tipos de banca, EXCETO: a) banca de cosméticos; b) banca de jornais e revistas, que será fixa; 89 c) banca de flores e plantas naturais, que será fixa; d) banca de bebidas naturais, que será móvel. 8. A banca de jornais e revistas destina-se à comercialização de: I - jornal e revista de esportes; II - flâmula, álbum de figurinha, emblema e adesivo; III - cartão postal do município e comemorativo; IV - mapa e livro; V - cartão telefônico e recarga de cartão magnético do metrô: Estão corretas as seguintes afirmativas: a) I e IV b) III e V c) II e IV d) Todas estão corretas 9. A banca de bebidas naturais destina-se à comercialização de: a) caldo de cana, mas não água de coco; b) suco natural,x mas não cerveja; c) água mineral, mas não refresco; d) agua mineral, mas não suco natural; 10. Relativamente à atividade em Veículo de Tração Humana e Veículo Automotor, assinale a afirmativa CORRETA: a) Poderão ser utilizados o veículo de tração humana e o automotor para a comercialização de alimento em logradouro público, devendo tais veículos, bem como os utensílios e vasilhames utilizados no serviço, ser vistoriados e aprovados pelo órgão municipal responsável pela vigilância sanitária. b) A atividade de que trata esta Seção não poderá ser exercida em sistema de rodízio estabelecido pela entidade representativa de cada segmento, segundo critérios a serem definidos pelo regulamento. c) O veículo não será de tipo padronizado d) A mercadoria poderá ficar exposta em caixote ou assemelhado colocado no passeio ou via pública. 11. O licenciado para exercer atividade comercial em veículo de tração humana ou automotor deverá, quando em serviço: a) portar o documento de licenciamento atualizado; b) usar uniforme limpo e de cor clara; c) manter rigoroso asseio pessoal; d) todas estão corretas. 12. O veículo será de tipo padronizado, definido pelo Executivo para cada modalidade de comércio, sendo, em qualquer caso, dotado de: a) extintor de incêndio apropriado, em qualquer situação. b) recipiente com água para lavar as mãos. c) recipiente adequado à coleta de resíduos. d) banheiro. 13. É proibido comercializar em veículo, EXCETO: a) refresco; b) caldo de cana; c) sorvete de fabricação instantânea, proveniente de xaropes ou qualquer outro processo; d) qualquer fruta descascada ou partida. 14. É vedado ao licenciado para atividade desenvolvida em veículo de tração humana, EXCETO: a) o preparo de bebida, ou mistura de xarope, essência ou outro produto corante ou aromático; b) a venda fracionada de refrigerante, água mineral, suco ou refresco industrializado. c) o preparo de alimentos não elencados no art. 146 do Código; d) todas estão incorretas. 15. Relativamente à a atividade de engraxate, cumpre ao licenciado, EXCETO: a) manter a cadeira e acessórios em bom estado de conservação e aparência; b) portar o documento de licenciamento e apresentá-lo à fiscalização quando solicitado; c) usar em serviço material indicado pela prefeitura. d) manter limpa a área num raio de 5 m (cinco metros) da cadeira; GABARITO 1.D 2.D 3.D 4.A 5.B 6.C 7.A 8.C 9.B 10.A 11.D 12.C 13.D 14.D 15.C LEI Nº 11.065, DE 1º DE AGOSTO DE 2017 Estabelece a estrutura orgânica da administração pública do Poder Executivo CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1º – Esta lei estabelece a estrutura orgânica da administração pública do Poder Executivo do Município de Belo Horizonte. Art. 2º – A administração pública compreende a administração direta e a indireta. Art. 3º – Os órgãos e entidades da administração pública municipal relacionam-se por subordinação administrativa, subordinação técnica, vinculação e suporte técnico-administrativo. § 1º – Para os efeitos desta lei, entende-se por: I – subordinação administrativa: a relação hierárquica de secretarias e órgãos autônomos com o prefeito, bem como das unidades administrativas com os titulares dos órgãos e das entidades a que se subordinam; II – subordinação técnica: a) a relação de subordinação das unidades setoriais às unidades centrais, no que se refere à normalização e à orientação técnica; 90 b) a relação hierárquica de um órgão ou unidade com outro órgão ou unidade, independentemente da existência de relação de subordinação administrativa; III – vinculação: a relação de entidade da administração indireta com a secretaria municipal responsável pela formulação das políticas públicas de sua área de atuação, para a integração de objetivos, metas e resultados; IV – suporte técnico-administrativo: a relação de órgão colegiado com a secretaria municipal, no que se refere a garantir e fornecer as condições técnicas, operacionais e administrativas necessárias à implementação das diretrizes das políticas públicas estabelecidas no Plano Plurianual de Ação Governamental – PPAG. § 2º – Compete às secretarias municipais exercer a supervisão das atividades das entidades a elas vinculadas nos termos do inciso III do § 1º, observada a natureza do vínculo. Art. 4º – As Secretarias Municipais de Assuntos Institucionais e Comunicação Social; de Fazenda; de Governo; de Planejamento, Orçamento e Gestão; a Procuradoria-Geral do Município e a Controladoria- Geral do Município atuarão como órgãos centrais, no âmbito de suas respectivas competências. Parágrafo único – Para fins do disposto no caput, consideram-se órgãos centrais aqueles responsáveis pela elaboração de políticas e diretrizes a serem seguidas pelos demais órgãos e entidades do Poder Executivo. Art. 5º – Os órgãos, as autarquias e as fundações da administração pública do Poder Executivo, observada a conveniência administrativa, poderão, nos termos de decreto, compartilhar a execução das atividades jurídicas e de apoio e suporte administrativo. CAPÍTULO II DA GOVERNANÇA PÚBLICA Seção I Das Instâncias Centrais de Governança Art. 6º – São Instâncias Centrais de Governança: I – a Câmara de Coordenação Geral – CCG; II – a Câmara Intersetorial de Articulação em Rede – Ciar; III – VETADO IV – VETADO V – os mecanismos e instrumentos da gestão democrática e participação social e popular. Subseção I Da Câmara de Coordenação Geral – CCG Art. 7º – A Câmara de Coordenação Geral – CCG – tem como competência apoiar o prefeito: I – na condução e na execução da política orçamentária, financeira, patrimonial, previdenciária e de recursos humanos do Poder Executivo; II – na definição das diretrizes a serem implementadas no âmbito das políticas públicas; III – no planejamento e no alinhamento das ações governamentais; IV – na validação de diretrizes e projetos que envolvam tecnologia da informação; V – nas decisões de interesse das entidades, sociedades de economia mista e empresas controladas direta ou indiretamente pelo Município; VI – na validação das políticas e estratégias de gestão de suprimentos e contratação de serviços, observada a qualidade do gasto; § 1º – A Empresa de Informática e Informação do Município de Belo Horizonte – Prodabel – prestará, sob a coordenação e as diretrizes da Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão – SMPOG, suporte técnico e operacional para o desempenho da competência de que trata o inciso IV do caput deste artigo. § 2º – Submetem-se à CCG todos os órgãos e entidades da administração direta e indireta do Poder Executivo. § 3º – A secretaria executiva da CCG será exercida pela SMPOG, que prestará o apoio técnico, logístico e operacional para seu funcionamento.§ 4º – A CCG sucederá a Junta de Execução Orçamentária e Financeira – JUCOF. § 5º – Os secretários municipais e os dirigentes máximos dos órgãos e entidades do Poder Executivo poderão participar como convidados de reuniões da CCG. § 6º – A composição, as atribuições e o escopo das deliberações da CCG serão estabelecidos em decreto. Subseção II Da Câmara Intersetorial de Articulação em Rede – Ciar Art. 8º - A Câmara Intersetorial de Articulação em Rede – Ciar – tem como competência: I – avaliar a implementação das políticas sociais em âmbito municipal; II – articular ações relacionadas às políticas de assistência social e segurança alimentar com as demais políticas públicas a cargo do Município; III – elaborar o planejamento integrado entre os órgãos e entidades do Poder Executivo, com vistas a enfrentar situações de vulnerabilidade e risco sociais. § 1º – A secretaria executiva da Ciar será exercida pela Secretaria Municipal de Assistência Social, Segurança Alimentar e Cidadania – SMASAC, que prestará o apoio técnico, logístico e operacional para seu funcionamento. § 2º – A Ciar sucederá a Câmara Intersetorial de Políticas Sociais. 91 § 3º – A composição, as atribuições e o escopo das deliberações da Ciar serão estabelecidos em decreto. Subseção III Da Câmara Intersetorial de Articulação em Rede – Políticas Urbanas – Ciar–PU Art. 9º – VETADO Seção II Dos Mecanismos e Instrumentos de Gestão Democrática e de Participação Popular Art. 10 – São instrumentos de gestão democrática e de participação popular: I – conselho de políticas públicas; II – comissão de políticas públicas; III – conferência municipal; IV – ouvidoria pública; V – fórum regionalizado; VI – fórum interconselhos; VII – mesa de diálogo; VIII – audiência pública; IX – consulta pública; X – orçamento participativo; XI – ambiente de participação social virtual ou presencial; XII – VETADO XIII – VETADO XIV – VETADO XV – planejamento participativo; XVI – outros mecanismos de participação popular. Parágrafo único – Os mecanismos e instâncias previstos neste artigo serão regulamentados em decreto, conforme as exigências previstas na legislação aplicável. Art. 11 – VETADO Art. 12 – VETADO Art. 13 – VETADO Art. 14 – VETADO Art. 15 – VETADO Seção III Das Coordenadorias de Atendimento Regional Art. 16 – Para fins de coordenação e implementação dos planos e programas relativos à política pública a cargo do Município, funcionarão nove Coordenadorias de Atendimento Regional, com competências, em suas respectivas circunscrições, de apoiar as secretarias municipais na implementação das políticas públicas relativas a saúde, educação, abastecimento alimentar, serviços sociais, cultura, esportes, controle urbano e ambiental, limpeza urbana, patrimonial, manutenção e obras. Art. 17 – As Coordenadorias de Atendimento Regional serão subordinadas diretamente ao Gabinete do Prefeito – GP. Parágrafo único – O funcionamento e as atribuições das Coordenadorias de Atendimento Regional serão previstos em decreto. Seção IV Dos Conselhos Consultivos Regionais de Participação Popular Art. 18 – Os Conselhos Consultivos Regionais de Participação Popular, instrumento participativo da população nas ações governamentais regionalizadas, têm como competência, no âmbito da respectiva circunscrição: I – acompanhar e fiscalizar as ações regionais do poder público, inclusive quanto à aplicação de recursos; II – participar da elaboração das políticas de ação do poder público para a respectiva circunscrição; III – acompanhar a elaboração e execução de planos, programas e projetos; IV – relacionar carências e reivindicações regionais nas áreas, entre outras, de Saúde, Educação, Habitação, Transporte, Saneamento, Meio Ambiente, Urbanização, Cultura, Esportes e relativas à criança, ao adolescente e ao idoso. § 1º – Funcionará um Conselho Consultivo Regional de Participação Popular na circunscrição de cada Coordenadoria de Atendimento Regional Municipal. § 2º – Cada Conselho será presidido pelo Coordenador de Atendimento Regional da respectiva circunscrição, que prestará o apoio técnico e operacional ao Conselho. § 3º – A composição e o funcionamento dos Conselhos Consultivos Regionais de Participação Popular serão definidos em decreto. § 4º – A participação como conselheiro será de relevante interesse público, vedada a remuneração. Seção V Da Contratualização de Resultados Art. 19 – Esta seção dispõe sobre a contratualização de resultados e disciplina a autonomia gerencial, orçamentária e financeira do Município, observados os §§ 10 e 11 do art. 14 da Constituição do Estado de Minas Gerais e o § 8º do art. 37 da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Art. 20 – São objetivos da contratualização de resultados: I – favorecer o alcance dos objetivos do Plano Plurianual de Ação Governamental – PPAG; II – estabelecer compromissos para a modernização da gestão municipal; III – promover o alcance de metas de médio e longo prazo de indicadores de impactos de políticas públicas, com vistas à melhoria das condições de vida da população; IV – estabelecer agenda transparente de compromissos dos gestores governamentais a partir do plano plurianual e de sua estratégia de desenvolvimento; V – estabelecer compromissos intersetoriais para a consecução dos objetivos das políticas públicas municipais. 92 Parágrafo único – A contratualização de resultados será formalizada por meio de Contrato de Metas e Desempenho. Art. 21 – As empresas públicas e sociedades de economia mista do Poder Executivo deverão aplicar, no que couber e nos termos da legislação vigente, o disposto nesta seção. Subseção I Da Formalização e do Prazo de Vigência do Contrato de Metas e Desempenho Art. 22 – A contratualização de resultados será formalizada por instrumento que contenha, sem prejuízo de outras especificações: I – o objeto e a finalidade; II – as metas de desempenho, fixadas por indicadores objetivos e ações, com prazos de execução e meios de apuração objetivamente definidos; III – os direitos, obrigações e responsabilidades do pactuante e do pactuado, em especial em relação às metas estabelecidas; IV – as condições para revisão, renovação, prorrogação e rescisão contratual; V – o prazo de vigência; VI – a sistemática de acompanhamento e avaliação, com informações sobre a duração dos períodos avaliatórios e sobre os critérios a serem considerados na aferição do desempenho; VII – a relação das prerrogativas concedidas por meio da contratualização ao órgão ou à entidade, em função da ampliação da sua autonomia gerencial, orçamentária e financeira, se houver. Parágrafo único – A contratualização de resultados a que se refere o caput será obrigatória para as metas inseridas no âmbito do PPAG a todos os órgãos e entidades da administração pública direta e indireta do Município, podendo haver a inclusão de metas intermediárias necessárias ao acompanhamento da consecução dos objetivos dos programas e de metas subsidiárias, que não integram o PPAG, mas contribuem para o alcance do seu objetivo principal. Art. 23 – É condição para a assinatura, a revisão e a renovação do Contrato de Metas e Desempenho o pronunciamento favorável da SMPOG quanto ao pleno atendimento das exigências estabelecidas nesta seção e à compatibilidade das metas acordadas com os pactuados, na forma definida em decreto. Art. 24 –- São signatários do Contrato de Metas e Desempenho o prefeito e o dirigente máximo do órgão ou da entidade pactuada. Art. 25 – O Contrato de Metas e Desempenho terá vigência mínima de 6 (seis) meses e máxima de 4 (quatro) anos, desde que não ultrapasse o primeiro ano do governo subsequente àquele em que tiver sido assinado, podendo ser renovado por acordo entre as partes. Parágrafo único – A revisão do Contrato de Metas e Desempenhoserá formalizada mediante termo aditivo. Subseção II Da Ampliação da Autonomia Gerencial, Orçamentária e Financeira Art. 26 – A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e das entidades da administração direta, autárquica e fundacional do Poder Executivo poderá ser ampliada mediante previsão expressa no Contrato de Metas e Desempenho, observadas as exigências estabelecidas nesta seção. Art. 27 – A ampliação da autonomia a que se refere o art. 26 dar-se-á mediante a concessão ao pactuado de prerrogativa para alterar os quantitativos e a distribuição dos cargos de provimento em comissão e das funções gratificadas, nos termos da legislação vigente, desde que não acarrete aumento de despesa no orçamento anual do Poder Executivo. Art. 28 – VETADO Subseção III Da Responsabilidade dos Dirigentes e dos Mecanismos de Acompanhamento Art. 29 – O pactuante e os dirigentes dos órgãos e das entidades pactuados promoverão as ações necessárias ao cumprimento do Contrato de Metas e Desempenho, sob pena de responsabilidade solidária por eventual irregularidade, ilegalidade ou desperdício na utilização de recursos ou bens. Art. 30 – Na hipótese de haver substituição do dirigente signatário, o novo dirigente deverá, mediante ato próprio a ser definido pelo Executivo, realizar a formalização do compromisso assumido. Art. 31 – Sem prejuízo das ações a que se refere o art. 29, se houver indícios fundados de malversação de bens ou de recursos ou quando assim o exigir a gravidade dos fatos ou o interesse público, os responsáveis pela fiscalização representarão aos órgãos competentes para a adoção das medidas administrativas e judiciais cabíveis, visando à proteção do patrimônio público e à punição dos infratores, sob pena de se tornarem solidariamente responsáveis. Art. 32 – O Poder Executivo estabelecerá mecanismos de acompanhamento da execução orçamentária, financeira e patrimonial que levem em consideração os prazos e os indicadores de desempenho previstos no Contrato de Metas e Desempenho. Parágrafo único – VETADO CAPÍTULO III DA ESTRUTURA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DO PODER EXECUTIVO Seção I 93 Disposições Gerais Art. 33 – A estrutura básica e as competências dos órgãos, autarquias e fundações da administração pública do Poder Executivo são as definidas neste capítulo. Art. 34 – A organização dos órgãos, autarquias e fundações, respeitadas as competências e estruturas básicas previstas nesta lei e o disposto em leis específicas, será estabelecida em decreto, que conterá: I – a estrutura organizacional e as atribuições dos órgãos, autarquias e fundações do Poder Executivo e de suas respectivas unidades administrativas, decorrentes das competências previstas nesta lei; II – a subordinação, a sede e a área de abrangência das unidades regionais, quando couber; III – as atribuições e a composição das unidades colegiadas das autarquias e fundações de que trata esta lei; IV – as atribuições e a composição dos órgãos colegiados, quando couber. § 1º – Na definição da estrutura organizacional e das atribuições dos órgãos, autarquias e fundações e de suas unidades serão observados: I – a gestão descentralizada, participativa, transparente e integrada; II – o atendimento às demandas populares; III – o suporte às ações de planejamento, implementação e monitoramento de políticas, inclusive as orçamentárias; IV – o desenvolvimento sustentável; V – a coerência com as finalidades organizacionais; VI – a coerência com as necessidades regionais; VII – a inclusão social e o enfrentamento das desigualdades socioeconômicas. § 2º – A estrutura dos órgãos, autarquias e fundações poderá conter unidades regionais descentralizadas nas Coordenadorias de Atendimento Regionais, de acordo com a necessidade de desconcentração e descentralização dos serviços e das políticas públicas a cargo do Poder Executivo e nos termos definidos em decreto. Art. 35 – Para fins de elaboração do decreto de que trata o art. 34 desta lei, serão observadas: I – a concentração das atividades setoriais e seccionais de planejamento, gestão e finanças; II – as diretrizes e orientações normativas estabelecidas pelas unidades centrais para as atividades de planejamento, gestão e finanças, jurídicas e de comunicação social; III – a disponibilidade de cargo de provimento em comissão ou, quando couber, função gratificada para a chefia das unidades administrativas; IV – a alteração dos limites de despesa com cargos e funções de confiança, respeitados os parâmetros estabelecidos em regulamento. Art. 36 – Os órgãos, autarquias e fundações do Poder Executivo encaminharão proposta de estruturação para análise e manifestação da SMPOG de acordo com normas definidas em regulamento. Seção II Da Administração Direta Art. 37 – A administração direta constitui-se de órgãos sem personalidade jurídica, criados por lei, em decorrência da desconcentração e da hierarquia. Parágrafo único – A administração direta compreende: I – o Gabinete do Prefeito; II – o Gabinete do Vice-Prefeito; III - as secretarias municipais; IV – os órgãos autônomos; V – os órgãos colegiados. Subseção I Do Gabinete do Prefeito e do Gabinete do Vice- Prefeito Art. 38 – O Gabinete do Prefeito – GP – tem como competência: I – elaborar, instruir e dar publicidade aos atos oficiais de governo; II – promover a análise técnico-legislativa para o exercício das competências legislativas e do poder regulamentar; III – assistir diretamente o prefeito no desempenho de suas atribuições; IV – editar e gerir as publicações no Diário Oficial do Município. Art. 39 – O Gabinete do Vice-Prefeito – GVP – tem como competência prestar apoio e assessoramento administrativo, operacional e técnico ao vice-prefeito no desempenho de suas atribuições definidas pela Lei Orgânica do Município e nas funções a ele conferidas por lei ou delegadas pelo prefeito, bem como colaborar com o prefeito no acompanhamento das metas governamentais. Art. 40 – O apoio técnico, logístico e operacional para o funcionamento dos gabinetes do prefeito e do vice- prefeito será prestado pela Secretaria Municipal de Assuntos Institucionais e Comunicação Social e pela Secretaria Municipal de Governo, respectivamente. Subseção II Das Secretarias Municipais Art. 41 – As secretarias municipais que compõem a administração direta e suas competências são as constantes nesta subseção. § 1º – Compõem a estrutura organizacional da administração direta as seguintes secretarias: I – a Secretaria Municipal de Assistência Social, Segurança Alimentar e Cidadania – SMASAC; II – a Secretaria Municipal de Assuntos Institucionais e Comunicação Social – SMAICS; III – a Secretaria Municipal de Cultura – SMC; IV – a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico – SMDE; 94 V – a Secretaria Municipal de Educação – SMED; VI – a Secretaria Municipal de Esportes e Lazer – SMEL; VII – a Secretaria Municipal de Fazenda – SMFA; VIII – a Secretaria Municipal de Governo – SMGO; IX – a Secretaria Municipal de Meio Ambiente – SMMA; X – a Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura – SMOBI; XI – a Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão – SMPOG; XII – a Secretaria Municipal de Política Urbana – SMPU; XIII – a Secretaria Municipal de Saúde – SMSA; XIV – a Secretaria Municipal de Segurança e Prevenção – SMSP. § 2º – As secretarias municipais organizam-se conforme a seguinte estrutura básica: I – Gabinete; II – Diretoria de Planejamento, Gestão e Finanças; III – subsecretarias; IV – VETADO § 3º – As subsecretarias a que se refere o inciso III do § 2º serão denominadas e especificadas em decreto. § 4º – As estruturas básicas das secretarias poderão, excepcionalmente, mediante manifestação da SMPOG: I – não conter diretoria de planejamento, gestão e finanças ou substituí-la por unidades administrativascom atribuições equivalentes; II – não conter subsecretarias. § 5º – VETADO Art. 42 - A Secretaria Municipal de Assistência Social, Segurança Alimentar e Cidadania – SMASAC – tem como competência planejar, coordenar e executar: I – a política municipal de assistência social, por intermédio do Sistema Único da Assistência Social – Suas-BH, observados os objetivos de proteção social, vigilância socioassistencial e defesa social e institucional; II – a política municipal de segurança alimentar e nutricional sustentável, por intermédio do Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável – Sisan; III – a articulação e as atividades relativas à política de garantia de igualdade de direitos e cidadania para a preservação, defesa e inclusão de indivíduos, especialmente de: a) crianças, adolescentes e jovens; b) mulheres; c) pessoa idosa; d) pessoa com deficiência; e) VETADO f) pessoa negra, quilombola, cigana, indígena, aldeado ou não, e demais grupos sociais e comunidades tradicionais; g) população LGBT; h) VETADO i) VETADO j) VETADO IV – o desenvolvimento de estratégias intersetoriais de governo que visem ao atendimento dos públicos assistidos pela SMASAC; V – a estruturação, o apoio administrativo e o assessoramento técnico aos conselhos tutelares, em parceria com as Coordenadorias de Atendimento Regional; VI – o acesso regular e permanente da população em vulnerabilidade social ou em situação de rua ao restaurante popular, assegurando-lhe o direito a refeições necessárias e adequadas. § 1º – Integram a área de competência da SMASAC: I – por suporte técnico-administrativo: a) o Conselho Municipal do Idoso de Belo Horizonte – CMI–BH; b) o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente – CMDCA; c) o Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional de Belo Horizonte – Comusan–BH; d) o Conselho de Alimentação Escolar – CAE; e) o Conselho Municipal de Assistência Social – CMAS; f) Conselho Municipal do Auxílio de Transporte Escolar – Comate; g) o Conselho Municipal da Juventude – Comjuve; h) o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher – CMDM; i) o Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência – CMDPD; j) o Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial – Compir. § 2º – Cabe à SMASAC gerir: I – o Fundo Municipal de Assistência Social; II – o Fundo Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional – FUMUSAN; III – o Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente; IV – o Fundo Municipal do Idoso; V – o Fundo Municipal do Auxílio de Transporte Escolar; VI – o Fundo Municipal de Alimentação Escolar; VII – o Fundo Municipal de Proteção e Defesa das Minorias; VIII – o Fundo Municipal dos Direitos da Mulher. Art. 43 – A Secretaria Municipal de Assuntos Institucionais e Comunicação Social – SMAICS – tem como competência coordenar e desenvolver as atividades de: I – interlocução com o Poder Legislativo municipal, com os demais entes federados e com organismos da sociedade civil; II – articulação política intergovernamental; III – relações públicas e cerimonial; IV – comunicação externa e interna do Poder Executivo; V – assessoria de imprensa, cobertura e distribuição de material jornalístico; VI – ajudância de ordens e segurança pessoal do prefeito; VII – assessoramento nas relações institucionais entre o Poder Executivo municipal, a Polícia Militar de Minas 95 Gerais, o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, organizações militares, Polícia Civil de Minas Gerais e Polícia Federal; VIII – apoio e assessoramento ao Gabinete do Prefeito. Parágrafo único – As funções previstas nos incisos VI e VII serão exercidas por servidores da ativa da Polícia Militar do Estado de Minas Gerais – PMMG, cedidos pela referida corporação, observada a legislação própria da instituição. Art. 44 – A Secretaria Municipal de Cultura – SMC – é órgão gestor do Sistema Municipal de Cultura, previsto no § 4º do art. 216-A da Constituição da República, e tem como competência planejar, organizar, dirigir, coordenar, executar, controlar e avaliar as ações setoriais a cargo do Município relativas: I – à formulação de políticas culturais democráticas, transversais, participativas, transparentes e descentralizadas para o Município; II – ao pleno exercício dos direitos culturais e à democratização e universalização do acesso à cultura; III – à promoção da diversidade cultural e étnico-racial; IV – à proteção do patrimônio cultural material e imaterial; V – à formalização de políticas e programas para valorização dos setores artístico-culturais do Município, incluindo as manifestações das culturas populares tradicionais e urbanas, patrimoniais, indígenas e afro-brasileiras; VI – à coordenação da política municipal de arquivos; VII – VETADO VIII – ao fomento da pesquisa em artes, cultura e gestão cultural; IX – VETADO X - à elaboração da política municipal de arquivos; XI – à elaboração da política municipal de proteção do patrimônio histórico, artístico e urbano, em articulação com a política urbana do Município; XII – VETADO XIII – à formulação de políticas públicas e planejamento das atividades das Unidades Culturais do Município; § 1º – A SMC, no exercício de suas competências, atuará em cooperação com os demais entes federados e com os diferentes segmentos culturais na articulação dos sistemas de cultura. § 2º – Integram a área de competência da SMC: I – por suporte técnico-administrativo: a) o Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município de Belo Horizonte - CDPCM; b) o Conselho Municipal de Política Cultural – Comuc; c) a Comissão Municipal de Incentivo à Cultura – CMIC; d) VETADO II – por vinculação, a Fundação Municipal de Cultura – FMC. § 3º – Cabe à SMC gerir: I – o Fundo Municipal de Cultura; II – o Fundo de Proteção do Patrimônio Cultural do Município de Belo Horizonte – FPPC–BH. § 4º – VETADO Art. 45 – A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico – SMDE – tem como competência planejar, organizar, dirigir, coordenar, executar, controlar e avaliar as ações setoriais a cargo do Município relativas: I – à política municipal de desenvolvimento econômico; II – à promoção e ao fomento: a) da indústria, do comércio e dos serviços; b) do cooperativismo, do artesanato de grupos regionais, culturais e étnicos, dos arranjos produtivos locais, da economia solidária e da economia criativa. III – ao apoio e ao fomento das microempresas e empresas de pequeno e médio porte e do microempreendedor individual; IV – ao apoio à logística em geral e ao comércio exterior; V – à prospecção, identificação e criação de oportunidades locais, nacionais e internacionais de negócios, promovendo a atração de investimentos para o Município; VI – ao estímulo e incentivo à instalação e manutenção de empreendimentos na cidade; VII – ao desenvolvimento e ao fomento da pesquisa, da inovação e do empreendedorismo; VIII – ao apoio à geração e à aplicação do conhecimento científico e tecnológico; IX – às atividades de proteção e defesa do consumidor; X – à política de investimento em qualificação e requalificação profissional e em geração de emprego; XI – à coordenação da gestão municipalizada dos programas da política pública de trabalho promovidas pela União; XII – à articulação e ao fomento das atividades turísticas do Município; XIII – ao assessoramento ao prefeito no cumprimento da agenda internacional, bem como na realização do receptivo de missões, autoridades e instituições financeiras; XIV – a programas estratégicos para o desenvolvimento urbano, em articulação com a SMPU; § 1º – Integram a área de competência da SMDE: I – por suporte técnico-administrativo: a) o Conselho Municipal de Turismo de Belo Horizonte – Comtur-BH; b) o Conselho Municipal de Desenvolvimento Econômico – Codecom; c) o Conselho Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor – Comdecon-BH; d) a