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www.cursoopcao.com.br (37) 3222-8332 Conteúdo programático: Português Normas SAMU Informática Rac. Lógico Matemático Saúde Pública SAMU / CIS-URG OESTE Comum a todos os cargos com Saúde Pública COM 300 EXERCÍCIOS Comum aos cargos: Condutor Socorrista Enfermeiro Farmacêutico Médico Técnico de Enfermagem PORTUGUÊS ÍNDICE: CONTEÚDO COMPLETO PARA NÍVEL MÉDIO E SUPEIOR CONFORME EDITAL NÍVEL MÉDIO E TÉCNICO Compreensão e interpretação de textos..................................................................................... 02 Gêneros e tipos de texto............................................................................................................. 03 Articulação textual: operadores sequenciais, expressões referenciais....................................... 48 Coesão e coerência textual......................................................................................................... 49 Classes de palavras: Identificação, definição, classificação, flexão e emprego das classes de palavras................................................................................................. 19 Formação de palavras................................................................................................................. 46 Verbos: flexão, conjugação, vozes, correlação entre tempos e modos verbais........................... 20 Concordância verbal e nominal................................................................................................... 38 Regência verbal e nominal.......................................................................................................... 43 Crase........................................................................................................................................... 15 Colocação pronominal................................................................................................................ 20 Estrutura da oração e do período: aspectos sintáticos e semânticos.......................................... 25 Acentuação gráfica..................................................................................................................... 13 Ortografia................................................................................................................................... 07 Pontuação................................................................................................................................... 16 Variação linguística..................................................................................................................... 37 NÍVEL SUPERIOR Leitura e interpretação de texto.................................................................................................. 02 Emprego das classes de palavras................................................................................................ 19 Sinônimos e antônimos............................................................................................................... 05 Concordâncias verbal e nominal................................................................................................. 38 Regência verbal e regência nominal............................................................................................ 43 Uso do sinal indicativo de crase................................................................................................... 15 Colocação pronominal................................................................................................................ 20 Estrutura da oração e do período................................................................................................ 25 Coordenação e subordinação..................................................................................................... 25 Vocabulário, conotação e denotação, paráfrase e polissemia.................................................... 03 Coesão e coerência textuais....................................................................................................... 49 Ortografia................................................................................................................................... 07 Acentuação gráfica..................................................................................................................... 13 Pontuação................................................................................................................................... 16 Paragrafação............................................................................................................................... 48 Gêneros e tipos textuais.............................................................................................................. 03 COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS. VOCABULÁRIO: SENTIDO DENOTATIVO E CONOTATIVO, SINONÍMIA, ANTONÍMIA, HOMONÍMIA, PARONÍMIA E POLISSEMIA. Qual a diferença entre compreensão e interpretação de texto? A compreensão de um texto é a análise e decodificação do que está realmente escrito nele, das frases e ideias ali presentes. Já a interpretação de texto está ligada às conclusões que podemos chegar ao conectar as ideias do texto com a realidade. É o entendimento subjetivo que o leitor teve sobre o texto. É possível compreender um texto sem interpretá-lo, porém, não é possível interpretá-lo sem compreendê- lo. Compreensão Interpretação O que é É a análise do que está escrito no texto, a compreensão das frases e ideias presentes. É o que podemos concluir sobre o que está escrito no texto. É o modo como interpretamos o conteúdo. Informação A informação está presente no texto. A informação está fora do texto, mas tem conexão com ele. Análise Trabalha com objetividade, com as frases e palavras que estão escritas no texto. Trabalha com a subjetividade, com o que você entendeu sobre o texto. O que é compreensão de texto A compreensão de texto significa decodificá-lo para entender o que foi dito. É a análise objetiva e a assimilação das palavras e ideias presentes no texto. As expressões que geralmente se relacionam com a compreensão são: Segundo o texto…; De acordo com o autor…; No texto…; O texto informa que... O autor sugere… A interpretação do texto é o que podemos concluir sobre ele, depois de estabelecer conexões entre o que está escrito e a realidade. São as conclusões que podemos tirar com base nas ideias do autor. Essa análise ocorre de modo subjetivo, e são relacionadas com a dedução do leitor. Existe uma ciência que estuda a teoria da interpretação, chamada de hermenêutica. Ela é um ramo da filosofia, que estuda a interpretação de textos em diversas áreas, como literatura, religião e direito. Na interpretação de texto, as expressões geralmente utilizadas são: Diante do que foi exposto, podemos concluir… Infere-se do texto que… O texto nos permite deduzir que… Conclui-se do texto que... O texto possibilita o entendimento de... Para analisar e interpretar textos é preciso saber ler. Mas, como aprender a ler? Lendo. Alguém que deseje aprender a nadar terá de, inevitavelmente, entrar na água. O mesmo ocorre com a formação de um leitor: se ele não se dedica... _________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 2 PORTUGUÊS GÊNEROS DE TEXTO OS TIPOS DE TEXTO Descrição, narração e dissertação Basicamente existem três tipos de texto: - Texto narrativo; - Texto descritivo; - Texto dissertativo. Cada um desses textos possui características próprias de construção. DESCRIÇÃO Descrever é explicar com palavras o que se viu e se observou. A descrição é estática, sem movimento, desprovida de ação. Na descrição o ser, o objeto ou ambiente são importantes, ocupando lugar de destaque nafrase o substantivo e o adjetivo. O emissor capta e transmite a realidade através de seus sentidos, fazendo uso de recursos linguísticos, tal que o receptor a identifique. A caracterização é indispensável, por isso existe uma grande quantidade de adjetivos no texto Vocabulário: Linguagem denotativa, conotativa, paráfrase e polissemia. - Descrição denotativa - Descrição conotativa. DESCRIÇÃO DENOTATIVA Quando a linguagem representativa do objeto é objetiva, direta sem metáforas ou outras figuras literárias, chamamos de descrição denotativa. Na descrição denotativa as palavras são utilizadas no seu sentido real, único de acordo com a definição do dicionário. Exemplo: Saímos do campus universitário às 14 horas com destino ao agreste pernambucano. À esquerda fica a reitoria e alguns pontos comerciais. À direita o término da construção de um novo centro tecnológico. Seguiremos pela BR-232 onde encontraremos várias formas de relevo e vegetação. DESCRIÇÃO CONOTATIVA Em tal descrição as palavras são tomadas em sentido figurado, ricas em polivalência. Exemplo: João estava tão gordo que as pernas da cadeira estavam bambas do peso que carregava. Era notório o sofrimento daquele pobre objeto. Hoje o sol amanheceu sorridente; brilhava incansável, no céu alegre, leve e repleto de nuvens brancas. Os pássaros felizes cantarolavam pelo ar. NARRAÇÃO Narrar é falar sobre os fatos. É contar. Consiste na elaboração de um texto inserindo episódios, acontecimentos. A narração difere da descrição. A primeira é totalmente dinâmica, enquanto a segunda é estática e sem movimento. Os verbos são predominantes num texto narrativo. O indispensável da ficção é a narrativa, respondendo os seus elementos a uma série de perguntas: - Quem participa nos acontecimentos? (personagens); - O que acontece? (enredo); - Onde e como acontece? (ambiente e situação dos fatos). - Fazemos um texto narrativo com base em alguns elementos: - O quê? - Fato narrado; - Quem? – personagem principal e o anti-herói; - Como? – o modo que os fatos aconteceram; - Quando? – o tempo dos acontecimentos; - Onde? – local onde se desenrolou o acontecimento; - Por quê? – a razão, motivo do fato; - Por isso: - a consequência dos fatos. No texto narrativo, o fato é o ponto central da ação, sendo o verbo o elemento principal. É importante só uma ação centralizadora para envolver as personagens. Deve haver um centro de conflito, um núcleo do enredo. A seguir um exemplo de texto narrativo: Toda a gente tinha achado estranha a maneira como o Capitão Rodrigo Camborá entrara na vida de Santa Fé. Um dia chegou a cavalo, vindo ninguém sabia de onde, com o chapéu de barbicacho puxado para a nuca, a bela cabeça de macho altivamente erguida e aquele seu olhar de gavião que irritava e ao mesmo tempo fascinava as pessoas. Devia andar lá pelo meio da casa dos trinta, montava num alazão, trazia bombachas claras, botas com chilenas de prata e o busto musculoso apertado num dólmã militar azul, com gola vermelha e botões de metal. (Um certo Capitão Rodrigo – Érico Veríssimo) Já o narrador-observador é aquele que serve de intermediário entre o fato e o leitor. É o foco narrativo de 3ª pessoa. Exemplo: O jogo estava empatado e os torcedores pulavam e torciam sem parar. Os minutos finais eram decisivos, _________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 3 PORTUGUÊS ambos precisavam da vitória, quando de repente o juiz apitou uma penalidade máxima. O técnico chamou Neco para bater o pênalti, já que ele era considerado o melhor batedor do time. DISSERTAÇÃO A todo instante nos deparamos com situações que exigem a exposição de ideias, argumentos e pontos de vista, muitas vezes precisamos expor aquilo que pensamos sobre determinado assunto. Em muitas situações somos induzidos a organizar nossos pensamentos e ideias e utilizar a linguagem para dissertar. Mas o que é dissertar? Dissertar é, por meio da organização de palavras, frases e textos, apresentar ideias, desenvolver raciocínio, analisar contextos, dados e fatos. Neste momento temos a oportunidade de discutir, argumentar e defender o que pensamos utilizando-se da fundamentação, justificação, explicação, persuasão e de provas. A elaboração de textos dissertativos requer domínio da modalidade escrita da língua, desde a questão ortográfica ao uso de um vocabulário preciso e de construções sintáticas organizadas, além de conhecimento do assunto que se vai abordar e posição crítica (pessoal) diante desse assunto. A atividade dissertadora desenvolve o gosto de pensar e escrever o que pensa, de questionar o mundo, de procurar entender e transformar a realidade. Passos para escrever o texto dissertativo: O texto deve ser produzido de forma a satisfazer os objetivos que o escritor se propôs a alcançar. Há uma estrutura consagrada para a organização desse tipo de texto. Consiste em organizar o material obtido em três partes: a introdução, o desenvolvimento e a conclusão. - Introdução: A introdução deve apresentar de maneira clara o assunto que será tratado e delimitar as questões, referentes ao assunto, que serão abordadas. Neste momento pode-se formular uma tese, que deverá ser discutida e provada no texto, propor uma pergunta, cuja resposta deverá constar no desenvolvimento e explicitada na conclusão. - Desenvolvimento: É a parte do texto em que as ideias, pontos de vista, conceitos, informações de que dispõe serão desenvolvidas; desenroladas e avaliadas progressivamente. - Conclusão: É o momento final do texto, este deverá apresentar um resumo forte de tudo o que já foi dito. A conclusão deve expor uma avaliação final do assunto discutido. Cada uma dessas partes se relacionam umas com as outras, seja preparando-as ou retomando-as, portanto, não são isoladas. A produção de textos dissertativos está ligada à capacidade argumentativa daquele que se dispõe a essa construção. É importante destacar que a obtenção de informações, referentes aos diversos assuntos, seja por intermédio da leitura, de conversas, de viagens, de experiências do dia e dia e dos mais variados veículos de informação pode sanar a carência de informações e consequentemente dar suporte ao produzir um texto. FORMAS DE DISCURSO - Discurso direto; - Discurso indireto; - Discurso indireto livre. DISCURSO DIRETO É aquele que reproduz exatamente o que escutou ou leu de outra pessoa. Podemos enumerar algumas características do discurso direto: - Emprego de verbos do tipo: afirmar, negar, perguntar, responder, entre outros; - Usam-se os seguintes sinais de pontuação: dois pontos, travessão e vírgula. Exemplo: O juiz disse: - O réu é inocente. DISCURSO INDIRETO É aquele reproduzido pelo narrador com suas próprias palavras, aquilo que escutou ou leu de outra pessoa. No discurso indireto eliminamos os sinais de pontuação e usamos conjunções: que, se, como, etc. Exemplo: O juiz disse que o réu era inocente. DISCURSO INDIRETO LIVRE É aquele em que o narrador reconstitui o que ouviu ou leu por conta própria, servindo-se de orações absolutas ou coordenadas sindéticas e assindéticas. Exemplo: Sinhá Vitória falou assim, mas Fabiano franziu a testa, achando a frase extravagante. _________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 4 PORTUGUÊS Aves matarem bois e cavalos, que lembrança! Olhou a mulher, desconfiado, julgou que ela estivesse tresvariando”. (Graciliano Ramos). SEMÂNTICA Sinônimos, antônimos, homônimos e parônimos Semântica é o estudo da significação das palavras e das suas mudanças de significação através do tempo ou em determinada época. A maiorimportância está em distinguir sinônimos e antônimos (sinonímia / antonímia) e homônimos e parônimos (homonímia / paronímia). Sinônimos São palavras de sentido igual ou aproximado: alfabeto - abecedário; brado, grito - clamor; extinguir, apagar - abolir. Duas palavras são totalmente sinônimas quando são substituíveis, uma pela outra, em qualquer contexto (cara e rosto, por exemplo); são parcialmente sinônimas quando, ocasionalmente, podem ser substituídas, uma pela outra, em deteminado enunciado (aguadar e esperar). Observação: A contribuição greco-latina é responsável pela existência de numerosos pares de sinônimos: adversário e antagonista; translúcido e diáfano; semicírculo e hemiciclo; contraveneno e antídoto; moral e ética; colóquio e diálogo; transformação e metamorfose; oposição e antítese. Antônimos São palavras que se opõem através de seu significado: ordem - anarquia; soberba - humildade; louvar - censurar; mal - bem. Observação: A antonímia pode se originar de um prefixo de sentido oposto ou negativo: bendizer e maldizer; simpático e antipático; progredir e regredir; concórdia e discórdia; ativo e inativo; esperar e desesperar; comunista e anticomunista; simétrico e assimétrico. Homônimos e Parônimos - Homônimos = palavras que possuem a mesma grafia ou a mesma pronúncia, mas significados diferentes. Podem ser A) Homógrafas: são palavras iguais na escrita e diferentes na pronúncia: rego (subst.) e rego (verbo); colher (verbo) e colher (subst.); jogo (subst.) e jogo (verbo); denúncia (subst.) e denuncia (verbo); providência (subst.) e providencia (verbo). B) Homófonas: são palavras iguais na pronúncia e diferentes na escrita: acender (atear) e ascender (subir); concertar (harmonizar) e consertar (reparar); cela (compartimento) e sela (arreio); censo (recenseamento) e senso (juízo); paço (palácio) e passo (andar). C) Homógrafas e homófonas simultaneamente (ou perfeitas): São palavras iguais na escrita e na pronúncia: caminho (subst.) e caminho (verbo); cedo (verbo) e cedo (adv.); livre (adj.) e livre (verbo). - Parônimos = palavras com sentidos diferentes, porém de formas relativamente próximas. São palavras parecidas na escrita e na pronúncia: cesta (receptáculo de vime; cesta de basquete/esporte) e sesta (descanso após o almoço), eminente (ilustre) e iminente (que está para ocorrer), osso (substantivo) e ouço (verbo), sede (substantivo e/ou verbo “ser” no imperativo) e cede (verbo), comprimento (medida) e cumprimento (saudação), autuar (processar) e atuar (agir), infligir (aplicar pena) e infringir (violar), deferir (atender a) e diferir (divergir), suar (transpirar) e soar (emitir som), aprender (conhecer) e apreender (assimilar; apropriar-se de), tráfico (comércio ilegal) e tráfego (relativo a movimento, trânsito), mandato (procuração) e mandado (ordem), emergir (subir à superfície) e imergir (mergulhar, afundar). Hiperonímia e Hiponímia Hipônimos e hiperônimos são palavras que pertencem a um mesmo campo semântico (de sentido), sendo o hipônimo uma palavra de sentido mais específico; o hiperônimo, mais abrangente. O hiperônimo impõe as suas propriedades ao hipônimo, criando, assim, uma relação de dependência semântica. Por exemplo: Veículos está numa relação de hiperonímia com carros, já que veículos é uma palavra de significado genérico, incluindo motos, ônibus, caminhões. Veículos é um hiperônimo de carros. Um hiperônimo pode substituir seus hipônimos em quaisquer contextos, mas o oposto não é possível. A utilização correta dos hiperônimos, ao redigir um texto, evita a repetição desnecessária de termos. Parônimos: São palavras parecidas na escrita e na pronúncia: Coro e couro, cesta e sesta, eminente e iminente, tetânico e titânico, atoar e atuar, degradar e degredar, cético e séptico, prescrever e proscrever, descrição e discrição, infligir (aplicar) e infringir (transgredir), osso e ouço, sede (vontade de beber) e cede (verbo ceder), comprimento e cumprimento, _________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 5 PORTUGUÊS deferir (conceder, dar deferimento) e diferir (ser diferente, divergir, adiar), ratificar (confirmar) e retificar (tornar reto, corrigir), vultoso (volumoso, muito grande: soma vultosa) e vultuoso (congestionado: rosto vultuoso). POLISSEMIA Polissemia é a propriedade de uma palavra adquirir multiplicidade de sentidos, que só se explicam dentro de um contexto. Trata-se, realmente, de uma única palavra, mas que abarca um grande número de significados dentro de seu próprio campo semântico. Reportando-nos ao conceito de Polissemia, logo percebemos que o prefixo “poli” significa multiplicidade de algo. Possibilidades de várias interpretações levando-se em consideração as situações de aplicabilidade. Há uma infinidade de exemplos em que podemos verificar a ocorrência da polissemia: O rapaz é um tremendo gato. O gato do vizinho é peralta. Precisei fazer um gato para que a energia voltasse. Pedro costuma fazer alguns “bicos” para garantir sua Sobrevivência. O passarinho foi atingido no bico. Nas expressões polissêmicas rede de deitar, rede de computadores e rede elétrica, por exemplo, temos em comum a palavra “rede”, que dá às expressões o sentido de “entrelaçamento”. Outro exemplo é a palavra “xadrez”, que pode ser utilizada representando “tecido”, “prisão” ou “jogo” – o sentido comum entre todas as expressões é o formato quadriculado que têm. Polissemia e homonímia A confusão entre polissemia e homonímia é bastante comum. Quando a mesma palavra apresenta vários significados, estamos na presença da polissemia. Por outro lado, quando duas ou mais palavras com origens e significados distintos têm a mesma grafia e fonologia, temos uma homonímia. A palavra “manga” é um caso de homonímia. Ela pode significar uma fruta ou uma parte de uma camisa. Não é polissemia porque os diferentes significados para a palavra “manga” têm origens diferentes. “Letra” é uma palavra polissêmica: pode significar o elemento básico do alfabeto, o texto de uma canção ou a caligrafia de um determinado indivíduo. Neste caso, os diferentes significados estão interligados porque remetem para o mesmo conceito, o da escrita. Polissemia e ambiguidade Polissemia e ambiguidade têm um grande impacto na interpretação. Na língua portuguesa, um enunciado pode ser ambíguo, ou seja, apresentar mais de uma interpretação. Esta ambiguidade pode ocorrer devido à colocação específica de uma palavra (por exemplo, um advérbio) em uma frase. Vejamos a seguinte frase: Pessoas que têm uma alimentação equilibrada frequentemente são felizes. Neste caso podem existir duas interpretações diferentes: As pessoas têm alimentação equilibrada porque são felizes ou são felizes porque têm uma alimentação equilibrada. De igual forma, quando uma palavra é polissêmica, ela pode induzir uma pessoa a fazer mais do que uma interpretação. Para fazer a interpretação correta é muito importante saber qual o contexto em que a frase é proferida. Muitas vezes, a disposição das palavras na construção do enunciado pode gerar ambiguidade ou, até mesmo, comicidade. Repare na figura abaixo: Poderíamos corrigir o cartaz de inúmeras maneiras, mas duas seriam: Corte e coloração capilar ou Faço corte e pintura capilar EXERCÍCIOS; 01- Expor ideias em torno de um problema é: ( ) Dissertar ( ) Narrar ( ) Descrever 02- Descrição literária, onde as palavras são tomadas em sentido simbólico: ( ) Descrição Denotativa ( ) Descrição Conotativa 03- Esse texto é uma: “Manhã cinzenta. Partida de Lisboa. Os primeiros aspectos da campina ribatejana: touros, campinas de vara ao alto, searas infinitas. Despois, mutação de cenário:florestas de pinheiros verde negros, outeiros. Uma aberta de luz: Campos extensos de milho e arrozais. Enfim, o tufo espesso de Choupol. Coimbra, debruçada sobre o Mandego.” _________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 6 PORTUGUÊS O texto é tipologicamente: ( ) Descrição ( ) Narração ( ) Dissertação ( ) Conotação 04- Este texto é uma: "As casinhas eram alugadas por mês, tudo pago adiantado. O preço de cada tina metendo água, quinhentos réis, sabão à parte. As moradoras do cortiço tinham preferência e não pagavam nada para lavar. Graças à abundância da água que lá havia, como em nenhuma outra parte, e graças ao muito espaço de que se dispunha no cortiço para estender a roupa, a concorrência às tinas não se fez esperar; acudiram lavadeiras de todos os pontos da cidade, entre elas algumas vindas de bem longe. E, mal vagava uma das casinhas, ou um quarto, um canto onde coubesse um colchão, surgia uma nuvem de pretendentes a disputá-los.” ( )Descrição ( )Narração ( )Dissertação ( )Conotação 05- Relacione: (A) Introdução (B) Desenvolvimento (C) Conclusão ( ) parte em que se discute a proposta. ( ) parte em que se toma posição relativamente à proposta. ( ) parte em que se apresenta o assunto a ser questionado. GABARITO: 1. dissertar 2. descrição 3. descrição conotativa 4. narração 5. b – c – a ORTOGRAFIA A Ortografia estuda a forma correta de escrita das palavras de uma língua. Do grego "ortho", que quer dizer correto e "grafo", por sua vez, que significa escrita. A ortografia se insere na Fonologia (estudo dos fonemas) e junto com a Morfologia e a Sintaxe são as partes que compõem a gramática. A ortografia é influenciada pela etimologia e fonologia das palavras. Além disso, são feitas convenções entre os falantes de uma mesma língua que visam unificar a sua ortografia oficial. Trata-se dos acordos ortográficos. O Alfabeto A escrita é possível graças aos sinais gráficos ordenados que transcrevem os sons da linguagem. Na nossa cultura, esses sinais são as letras, cujo conjunto é chamado de alfabeto. A língua portuguesa tem 26 letras, três das quais são usadas em casos especiais: K, W e Y. Emprego das letras K, W e Y Siglas e símbolos: kg (quilograma), km (quilômetro), K (potássio). Antropônimos (e respetivas palavras derivadas) originários de línguas estrangeiras: Kelly, Darwin, darwinismo. Topônimos (e respetivas palavras derivadas) originários de línguas estrangeiras: Kosovo, Kuwait, kuwaitiano. Palavras estrangeiras não adaptadas para o português: feedback, hardware, hobby. Regras Ortográficas Uso do x/ch O x é utilizado nas seguintes situações: Geralmente, depois dos ditongos: caixa, deixa, peixe. Depois da sílaba -me: mexer, mexido, mexicano. Palavras com origem indígena ou africana: xará, xavante, xingar. _________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 7 PORTUGUÊS Depois da sílaba inicial -en: enxofre, enxada, enxame. Exceção: O verbo encher escreve-se com ch. O mesmo acontece com as palavras que dele derivem: enchente, encharcar, enchido. Uso do h O h é utilizado nas seguintes situações: No final de algumas interjeições: Ah!, Oh!, Uh! Por força da etimologia: habilidade, hoje, homem. Nos dígrafos ch, lh, nh: flecha, vermelho, manha. Nas palavras compostas: mini-hotel, sobre- humano, super-homem. Exceção: A palavra Bahia quando se refere ao estado é uma exceção. O acidente geográfico baía é grafado sem h. Uso do s/z O s é utilizado nas seguintes situações: Nos adjetivos terminados pelos sufixos -oso/- osa que indicam grande quantidade, estado ou circunstância: bondoso, feiosa, oleoso. Nos sufixo -ês, -esa, -isa que indicam origem, título ou profissão: marquês, francesa, poetisa. Depois de ditongos: coisa, maisena, lousa. Na conjugação dos verbos pôr e querer: pôs, quis, quiseram. O z, por sua vez, é utilizado nas seguintes situações: Nos sufixos -ez/-eza que formam substantivos a partir de adjetivos: magro - magreza, belo - beleza, grande - grandeza. No sufixo - izar, que forma verbo: atualizar, batizar, hospitalizar. Uso do g/j O g é utilizado nas seguintes situações: Nas palavras que terminem em -ágio, -égio, - ígio, -ógio, -úgio: presságio, régio, litígio, relógio, refúgio. Nos substantivos que terminem em - gem: alavancagem, vagem, viagem. O j, por sua vez, é utilizado nas seguintes situações: Palavras com origem indígena: pajé, jerimum, canjica. Palavras com origem africana: jabá, jiló, jagunço Observações: 1. A conjugação do verbo viajar no Presente do Subjuntivo escreve-se com j: (Que ) eles/elas viajem. 2. Nos verbos que, no infinitivo, contenham g antes de e ou i, o g é substituído para jantes do a ou do o, de forma a que seja mantido o mesmo som. Assim: afligir - aflija, aflijo; eleger - elejam, elejo; agir - ajam, ajo. Parônimos e Homônimos Há diferentes formas de escrita que existem, ou seja, são aceitas, mas cujo significado é diferente. Assim, estamos diante de palavras parônimas quando as palavras são parecidas na grafia ou na pronúncia, mas têm significados diferentes. Exemplos: _________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 8 PORTUGUÊS https://www.todamateria.com.br/uso-do-s-e-do-z/ Por outro lado, podemos estar diante de palavras homônimas quando as palavras têm a mesma pronúncia, mas significados diferentes. Exemplo: cela (cômodo pequeno) sela (de cavalos) cheque (meio de pagamento) xeque(do xadrez) esperto (perspicaz) experto (experiente) ruço (pardo claro) russo (da Rússia) tachar (censurar) taxar (fixar taxa) Palavras e Expressões que Oferecem Dificuldades Além das situações mencionadas acima e os casos de acentuação e pontuação, há uma série de palavras e expressões que oferecem dificuldades. São exemplos: A baixo / Abaixo, Onde / Aonde, Mas / Mais, entre tantas outras. Exemplos: Abaixo/ A baixo Leia mais sobre esse assunto abaixo. (em posição inferior) Olhou-me de cima a baixo com olhar de desaprovação. (relação com a expressão "de cima" ou "de alto") Onde / Aonde Não sei onde deixei meus livros. (não sugere movimento) Aonde deixaremos os livros? (sugere movimento) Mas / Mais Eu falo, mas ele nunca me ouve. (porém) Isto é o que mais gosto de fazer! (aumento de quantidade) Para dirimir dificuldades com a ortografia, é preciso estar atento e se familiarizar com ela. Isso é possível somente através da leitura, da prática e mediante a consulta de um bom dicionário. Notações Léxicas Notações Léxicas são sinais acessórios que servem para auxiliar a pronúncia das palavras. São notações léxicas: os acentos (agudo, circunflexo e grave), o til, o apóstrofo, a cedilha e o hífen. EXERCÍCIOS 1. Entre as opções abaixo, somente uma completa corretamente as lacunas apresentadas a seguir. Assinale-a: Na cidade carente, os ………. resolveram ………. seus direitos, fazendo um ………. assustador. a) mendingos; reivindicar; rebuliço b) mindigos; reinvidicar, rebuliço c) mindigos; reivindicar, reboliço d) mendigos; reivindicar, rebuliço e) mendigos; reivindicar, reboliço 2. Assinale a opção em que todas as palavras se completam adequadamente com a letra entre parênteses: a) en…..aguar / pi…..e / mi…..to (x) b) exce…..ão / Suí…..a / ma…..arico (ç) c) mon…..e / su…..estão / re…..eitar (g) d) búss…..la / eng…..lir / ch…..visco (u) e) …..mpecilho/ pr…..vilégio / s…..lvícola (i) 3. Foram insuficientes as ……. apresentadas, ……. de se esclarecerem os …… . a) escusas – a fim – mal-entendidos b) excusas – afim – mal-entendidos c) excusas – a fim – malentendidos d) excusas – afim – malentendidos e) escusas – afim – mal-entendidos 4. Este meu amigo ………. vai ……….-se para ter direito ao título de eleitor. a) extrangeiro – naturalizar b) estrangeiro – naturalizar c) estrangeiro – naturalisar _________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 9 PORTUGUÊS d) estranjeiro – naturalisar e) extranjeiro – naturalizar 5. Assinale a alternativa em que todas as palavras estão corretamente grafadas: a) quiseram, essência, impecílio b) pretencioso, aspectos, sossego c) assessores, exceção, incansável d) excessivo, expontâneo, obseção e) obsecado, reinvidicação, repercussão 6. A alternativa cujas palavras se escrevem respectivamente com -são e -ção, como “expansão” e “sensação”, é: a) inven….. / coer….. b) disten….. / inser….. c) absten….. / asser….. d) preten….. / conver….. 7. Das palavras abaixo relacionadas, uma não se escreve com h inicial. Assinale-a: a) hélice d) herva b) halo e) herdade c) haltere 8. Só não se completa com z: a) repre( )ar d) abali( )ado b) pra( )o e) despre( )ar c) bali( )a 9. Completam-se com g os vocábulos abaixo, menos: a) here( )e d) berin( )ela b) an( )élico e) ti( )ela c) fuli( )em 10. Alternativa correta: a) estemporanêo d) espontâneo b) escomungado e) espansivo c) esterminado Gabarito: 1-D 2-B 3-A 4-B 5-C 6-B 7-D 8-A 9-D 10-D FONÉTICA: ENCONTROS VOCÁLICOS E CONSONANTAIS, DÍGRAFOS E DIVISÃO DE SÍLABAS. Fonética: É a parte da linguística que estuda e classifica os sons produzidos pela fala humana. Fonema e letra: Fonema: É a menor unidade sonora de uma língua que combinados formam as sílabas, as palavras e a frase. Ex.: Mata tem 4 fonemas /m/a/t/a Letra: É a representação gráfica do fonema Nem sempre em uma palavra tem o mesmo número de letras e fonemas Ex.: Táxi tem 4 letras e 5 fonemas (/t/á/k/s/i/) Galho tem 5 letras e 4 fonemas (/g/a/lh/o) Representação e classificação dos fonemas: Os fonemas são classificados em vogais, semivogais e consoantes; Vogais Vogal é o fonema que passa pela boca ou nariz sem obstáculo. No português são cinco as letras que representam as vogais: A, E, I, O, U. Classificação das vogais: Quanto ao papel das cavidades, bucal e nasal (oralidade e nasalidade) Orais: quando o ar sai somente pela boca. Ex.: /a/, /e/, /i/, /o/, /u/. Pá ou vivo Nasais: quando o ar sai pela boca e pelo nariz. Ex.: /ã/ rã ou tampa Quanto à intensidade Vogal tônica: Ela é pronunciada com maior intensidade. Cada palavra possui somente uma vogal tônica. Exs.: tupi e bola Vogal átona: Ela é pronunciada com menor intensidade. Fica na sílaba mais forte da palavra. Não levam acento, mas pode ter o til /~/. Pode ter mais de uma vogal átona ou nenhuma. Exs.: tupi, bola e órgão Quanto ao timbre (abertura da boca) Vogais abertas: Quando se abre bem a boca Exs.: Amora e lata. Vogais fechadas: Quando se abre o mínimo a boca. Ex.: Mês e êxodo. Vogais reduzidas: Vogais reduzidas no timbre (vogais átonas orais ou nasais) e geralmente está no final da palavra. Ex.: Cara e gente _________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 10 PORTUGUÊS Quanto a zona de articulação Vogais posteriores: São as vogais pronunciadas com a língua posicionada no fundo da boca. São as vogais “ô”, lobo “ó” óleo e “u” bule. Vogais anteriores: São as vogais pronunciadas com a parte anterior da língua. São as vogais “ê” você, “é” pé e “í” júri. Vogais centrais: São as vogais pronunciadas com a língua posicionada no centro da boca. É a vogal “a” pasta. Semivogais As semivogais não ocupam a posição de núcleo da sílaba. Somente os fonemas fonemas /i/ e /u/ em ditongos e tritongos são considerados semivogais. Um ditongo é sempre formado por uma vogal mais uma Semivogal. No tritongos, todos eles são formados por uma vogal intercalada entre duas semivogais. Ex.: pai: uma sílaba, então o /i/ é uma semivogal País: pa-ís: o //i/ formou uma nova sílaba então ele é uma vogal Consoantes Consoantes são fonemas que não conseguem funcionar como um núcleo silábico porque ao serem pronunciados tem obstáculos na boca e precisam das vogais para serem pronunciadas. São classificadas da seguinte forma: Quanto a função das cordas vocais: Consoantes surdas: Sem vibração das cordas vocais. f, k, p, c, s, t, x, ch. Consoantes sonoras: Com vibração das cordas vocais. b, d, g, j, l, lh, m, n, nh, r, v, z. Quanto ao modo de articulação Oclusivas: Bloqueio total do ar. p, t, k, b, d, g Constritivas existe um bloqueio parcial do ar. Restantes da consoantes Quanto ao ponto de articulação Consoantes bilabiais: Os dois lábios se tocam: p, b, m. Consoantes Labiodentais: Lábio em contato com os dentes superiores: f e v Consoantes dentais: A língua entre os dentes: t, d e n. Consoantes alveolares: Língua + alvéolos dos dentes: s, z, l e o “r” fraco Consoantes palatais: Língua em contato com o céu da boca (palato): j, ch, lh e nh Consoantes velares: Parte superior da língua + palato mole: k, g e rr Encontros vocálicos: Um encontro vocálico quando duas letras com sons vocálicos estão na mesma palavra, mesmo que estejam em sílabas separadas. Existem três tipos de encontros vocálicos: ditongo, tritongo e hiato DITONGO É um encontro vocálico entre uma vogal (som mais forte) e uma semivogal (som mais fraco) em uma mesma sílaba. O ditongo pode ser crescente ou decrescente e oral ou nasal Ditongo Crescente: o encontro de uma semivogal (mais fraca) e uma vogal (mais forte), na mesma sílaba e nesta sequência, ou seja, o som é crescente. Exs.: Gênio e mágoa. Ditongo Decrescente: o encontro de uma vogal (mais forte) e uma semivogal (mais fraca), na mesma sílaba e nesta sequência, ou seja, o som é decrescente. Exs.: Mais e leite. Ditongo Oral: O som sai totalmente pela boca, a vogal é oral. Ex.: Ouvir e tranquilo. Ditongo Nasal: O som sai pelo nariz produzindo um som nasalizado. A vogal é nasal. Exs: Quanto e frequência. _________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 11 PORTUGUÊS TRITONGO É a sequência de três letras com sons vocálicos na mesma sílaba onde uma vogal aparece entre duas semivogais. Exs: Paraguai e quão O tritongo pode ser nasais ou orais como as mesmas regras ditongos. Tritongos orais: Paraguai e quais. Tritongos nasais: Saguão e enxáguem. HIATO O encontro de duas vogais em sílabas diferentes. Exs: democracia e ruim. Encontro consonantal O encontro consonantal é quando duas ou mais consoantes se encontram em uma palavra sem a existência de uma vogal entre elas. Tem dois tipos: Puros ou perfeito ou próprios e disjuntos ou imperfeitos ou impróprio Puros ou perfeitos ou próprios: Ocorre quando estão na mesma sílaba. Exs.: Palavra e flores Disjuntos ou imperfeitos ou impróprios: Ocorre quando estão em sílabas diferentes Exs: Advogado e costas. DÍGRAFO Dígrafo é o encontro de duas letras que emitem um único fonema (som) Exs.: Nascer e máquina. Os dígrafos podem ser Vocálicos ou Consonantais Dígrafos vocálicos: Duas letras com som de vogal (vocálico) Exs.: Ambíguo e cachimbo Dígrafos consonantais: Duas letras com som de consoante (consonantal) Exs: Vinho e passeio EXERCÍCIOS 1. Assinale a alternativa errada a respeito da palavra "churrasqueira". a) apresenta 13 letras e 10 fonemas b) apresenta 3 dígrafos: ch, rr, qu c) divisão silábica:chur-ras-quei-ra d) é paroxítona e polissílaba e) apresenta o tritongo: uei 2. Qual das alternativas abaixo possui palavras com mais letras do que fonemas? a) Caderno b) Chapéu c) Flores d) Livro e) Disco 3. Assinale a melhor resposta. Em papagaio, temos: a) um ditongo b) um tritongo c) um trissílabo d) um oxítono e) um proparoxítono 4. Assinale a série em que apenas um dos vocábulos não possui dígrafo: a) folha - ficha - lenha - fecho b) lento - bomba - trinco - algum c) águia - queijo - quatro - quero d) descer - cresço - exceto - exsudar e) serra - vosso - arrepio – assinar 5. Assinale a alternativa que inclui palavras da frase abaixo que contêm, respectivamente, um ditongo oral crescente e um hiato. As mágoas de minha mãe, que sofria em silêncio, jamais foram compreendidas por mim e meus irmãos. a) foram - minha b) sofria - jamais c) meus - irmãos d) mãe - silêncio e) mágoas – compreendidas 6. Assinale a sequência em que todas as palavras estão partidas corretamente. a) trans-a-tlân-ti-co / fi-el / sub-ro-gar b) bis-a-vô / du-e-lo / fo-ga-réu c) sub-lin-gual / bis-ne-to / de-ses-pe-rar d) des-li-gar / sub-ju-gar / sub-scre-ver e) cis-an-di-no / es-pé-cie / a-teu 7. Segundo as normas do vocabulário oficial, a separação silábica está corretamente efetuada em ambos os vocábulos das opções: a) to-cas-sem, res-pon-dia b) mer-ce-ná-ri-o, co-in-ci-di-am c) po-e-me-to, pré-dio d) ru-i-vo, pe-rí-o-do e) do-is, pau-sas Gabarito: 1- E 2- B 3- A 4- C 5- E 6- C 7- C _________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 12 PORTUGUÊS ACENTUAÇÃO GRÁFICA O acento gráfico é apenas um sinal de escrita e não deve ser confundido com o acento tônico. O acento tônico tem maior intensidade de voz apresentada por uma sílaba quando pronunciamos determinadas palavras: Ela era uma criança muito sábia. Margarida não sabia nada sobre a prova. O sabiá tem o canto mais lindo. As sílabas que formam cada uma das palavras destacadas são pronunciadas com maior ou menor intensidade. sá bi a sa bi a sa bi á A sílaba em destaque em cada um dos exemplos é pronunciada com maior força em relação às outras. É nela que recai o acento tônico, sendo, portanto, chamada sílaba tônica. As sílabas restantes recebem o nome de sílabas átonas. Acentos gráficos A sílaba tônica pode ser indicada, na escrita, por um sinal sobre a vogal: sábia. Esse sinal, inclinado para a direita (´), indica que a tônica tem som aberto e recebe o nome de acento agudo. Se a sílaba tônica é fechada, temos o acento circunflexo (^): avô. O acento grave, inclinado para a esquerda (`), possui outra função, que é assinalar uma fusão, a crase. Monossílabos tônicos e átonos As palavras de apenas uma sílaba também podem ser pronunciadas com maior ou menor intensidade de voz: Estou com um nó na garganta desde ontem. Recebi um telefone pedindo para eu aguardar no parque. As palavras destacadas apresentam apenas uma sílaba: são monossílabos. Comparando nó e no é possível perceber que nó é mais forte do que no. A primeira é um monossílabo tônico, já segunda é um monossílabo átono. Para identificar se um monossílabo é tônico ou átono, é preciso pronunciá-lo numa frase. Mesmo sem o acento, se a pronuncia for mais forte, é tônico, se for mais fraca, átono. Classificação das palavras quanto à posição do acento tônico Em relação ao acento tônico, é possível observar que o mesmo pode recair na última, na penúltima ou na antepenúltima sílaba. ca-quí es-té-ril ló-gi-ca Estando o acento tônico na última sílaba, a palavra é chamada de oxítona; se o acento incide na penúltima sílaba, a palavra é paroxítona, se recai na antepenúltima sílaba, a palavra é proparoxítona. Hiatos, ditongos e tritongos A sequência de fonemas vocálicos numa palavra dá- se o nome de encontro vocálico. Este pode ser hiato, ditongo ou tritongo. Hiato = é a sequência de vogal com vogal em sílabas separadas: po-e-ta; sa-ú-de; ca-í-da. Ditongo = é a sequência de vogal com semivogal (decrescente) ou semivogal com vogal (crescente) na mesma sílaba: vai-da-de; can-tei, ár-duo. Tritongo = é a sequência de semivogal com vogal e outra semivogal na mesma sílaba: em-xa-guei; i- guais; a-guou Os hiatos e os ditongos são importantes para o estudo da acentuação gráfica. Regras de acentuação Monossílabos tônicos Acentuam-se graficamente os terminados por: -a(s) → chá(s), má(s) -e(s) → pé(s), vê(s) -o(s) → só(s), pôs Logo, não se acentuam monossílabos tônicos como: tu, nus, quis, noz, vez, par... Vale lembrar que: Os monossílabos tônicos formados por ditongos abertos -éis, -éu, -ói recebem o acento: Exemplos: réis, véu, dói. No caso dos verbos monossilábicos terminados em “-ê”, em que a terceira pessoa do plural termina em “-eem”, forma verbal que antes era acentuada, agora, por conta do novo acordo ortográfico não leva acento. Assim: Ele vê - Eles veem Ele crê – Eles creem Ele lê – Eles leem No entanto, isso não ocorre com os verbos monossilábicos terminados em “-em”, uma vez que a terceira pessoa termina em “-êm”, permanecendo acentuada. Logo: Ele tem – Eles têm Ela vem – Elas vêm Oxítonas Levam acento todas as oxítonas terminadas em “a(s)”, “e(s)”, “o(s)” e “em(ens)”, seguidas ou não de “s”. _________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 13 PORTUGUÊS cajá – até – jiló – armazém – parabéns Sendo assim, não se acentuam oxítonos como: saci(s), tatu(s), talvez, tambor e etc. Paroxítonas São acentuados graficamente todos os paroxítonos, exceto os terminados por –a(s), -e(s), -o(s) (desde que não formem ditongos), -am, -em e ens: útil, caráter, pólen, tórax, bíceps, imã, glória, série, empório, jóquei, órfão, órgão... Paroxítonos como imã, órfã etc não terminam por – a, mas por ã. Paroxítonos como glória, série, empório e etc. não terminam, respectivamente, por –a, -e e –o, mas por ditongo crescente. Não são acentuados graficamente os prefixos paroxítonos terminados por –i e –r: semi, super, hiper, mini... Não se acentuam as paroxítonas formadas pelos ditongos orais abertos –ei e –oi: ideia, geleia, boleia, assembleia, jiboia, paranoia, claraboia, espermatozoide, androide ... Não se acentuam as vogas i e u, precedidas de ditongos, das palavras paroxítonas: sainha, cheinho, feiura e etc. Abaixo, um exemplário de terminações de paroxítonos que devem receber acento gráfico: l: afável, incrível, útil... -r: caráter, éter, mártir... -n: hífen, próton... Observação: quando grafadas no plural, não recebem acento: polens, hifens... -x: látex, tórax... -os: fórceps, bíceps... -ã(s): ímã, órfãs... -ão(s): sótão(s), bênção(s)... -um(s): fórum, álbum... -on(s): elétron, próton... -i(s): táxi, júri... -u(s): Vênus, ônus... -ei(s): pônei, jóquei... -ditongo oral (crescente ou decrescente), seguido ou não de “s”: história, série, água, mágoa... * De acordo com a nova ortografia, os ditongos terminados em –ei e –oi não são mais acentuados. Proparoxítonos Todos os proparoxítonos são acentuados, sem exceção: médico, álibi, ômega, etc. Hiatos Acentuam-se as letras –i e –u desde sejam a segunda vogal tônica de um hiato e estejam sozinhas ou seguidas de –s na sílaba: caí (ca-í), país (pa-ís), baú (ba-ú) e etc. Quando o –i é seguido de –nh, não recebe acento: rainha, bainha, moinho etc. O –i e o –u não recebem acento quando aparecem repetidos: xiita, juuna e etc Hiatos formados por –ee e –oo não devem ser acentuados: creem, deem, leem, magoo, enjoo e etc. Acento diferencial O acento diferencial foi eliminadona última reforma ortográfica, em 2008. Assim, apenas as palavras seguintes devem receber acento: Pôde ( 3ª pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo do verbo poder) para diferenciar de pode (3ª pessoa do singular do presente do indicativo desse verbo); Têm (3ª pessoa do plural do presente do indicativo do verbo ter) e seus derivados (contêm, detêm, mantêm etc.) para diferenciar do tem (3ª pessoa do singular do presente do indicativo desse verbo e seus derivados); O verbo pôr para diferenciar da preposição por. Trema O trema não é acento gráfico. Desapareceu o trema sobre o U em todas as palavras do português: Linguiça, averiguei, delinquente, tranquilo, linguístico. Exceto as de língua estrangeira: Günter, Gisele Bündchen, müleriano ... EXERCÍCIOS: 01. Só numa série abaixo estão todas as palavras acentuadas corretamente. Assinale-a: a) rápido, séde, côrte b) ananás, ínterim, espécime c) corôa, vatapá, automóvel d) cometi, pêssegozinho, viúvo e) lápis, raínha, côr 02. Assinale a série em que todos os vocábulos estão escritos de acordo com as normas vigentes de acentuação gráfica: a) ítem, fi-lo, juri, córtex, íbero b) luís, vírus, eletron, hífens, espírito c) hiper, táxi, rúbrica, bênção, récorde d) através, intuito, álbuns, varíola, sauna e) dolar, zebu, ritmo, atrai-lo, bangalô 03. Estas revistas que eles ... , ... artigos curtos e manchetes que todos ... . a) leem - tem - vêem b) lêm - têem - vêm c) leem - têm - veem d) lêem - têm - vêm e) lêm - tem - vêem _________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 14 PORTUGUÊS 04. Assinale a alternativa que completa corretamente as frases: 1) Normalmente ela não ... em casa. 2) Não sabíamos onde ... os discos. 3) De algum lugar ... essas ideias. a) pára - pôr - provém b) para - pôr - proveem c) pára - por - provêem d) para - pôr – provêm (=provir) e) para - por - provém 05. Assinale a alternativa em que todas as palavras estão corretamente grafadas: a) raiz, raízes, sai, apóio, Grajau b) carretéis, funis, índio, hifens, atrás c) juriti, ápto, âmbar, dificil, almoço d) órfão, afável, cândido, catéter, Cristovão Gabarito: 1- B 2- D 3-C 4-D 5-B CRASE Crase é a junção da preposição “a” com o artigo “a” e com alguns pronomes que se iniciam com a letra “a”. A crase é um fenômeno fonético ( ̀ ) que representa a junção da preposição “a” com o artigo feminino “a”. Além disso, pode haver crase também na combinação da mesma preposição com pronomes demonstrativos que se iniciem com a letra “a”. Quando usar a crase? 1- Se o verbo da oração exigir a preposição ae, em seguida, houver um artigo e um substantivo feminino. Exemplo: Normas Fica a dica – Em uma oração, se você puder substituir o substantivo feminino por um masculino e este for antecedido por “ao”, haverá crase. Exemplo: Eles desobedeceram aos pais / Eles desobedeceram às normas Júlia levou sua irmã ao teatro / Júlia levou sua irmã à praça 2- Em locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas. Locuções adverbiais: às vezes, à noite, à tarde, às claras, à meia-noite, às três horas; Locuções prepositivas: à frente de, à beira de, à exceção de; Locuções conjuntivas: à proporção que, à medida que. 3- Ao indicar horas específicas. Exemplo: Atenção: Quando a hora aparecer de forma genérica, não haverá crase. Exemplo: 4- Usa-se crase nas expressões à moda de / à maneira de. Exemplo: 5- Antes dos substantivos casa e terra, desde que não tenham o sentido de lar e terra firme, respectivamente. _________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 15 PORTUGUÊS Exemplo: Voltei a terra firme após um mês velejando. (não há crase) 6- Usa-se crase com pronomes demonstrativos e relativos quando vierem precedidos da preposição a. Exemplo: EXERCÍCIOS 1.A crase não é admissível em: a) Comprou a crédito. b) Vou a casa de Maria. c) Fui a Bahia. d) Cheguei as doze horas. e) A sentença foi favorável a ré. 2.Assinale a opção em que falta o acento de crase: a) O ônibus vai chegar as cinco horas. b) Os policiais chegarão a qualquer momento. c) Não sei como responder a essa pergunta. d) Não cheguei a nenhuma conclusão. 3.Assinale a alternativa correta: a) O ministro não se prendia à nenhuma dificuldade burocrática. b) O presidente ia a pé, mas a guarda oficial ia à cavalo. c) Ouviu-se uma voz igual à que nos chamara anteriormente. d) Solicito à V. Exa. que reconheça os obstáculos que estamos enfrentando. 4.Marque a alternativa correta quanto ao acento indicativo da crase: a) A cidade à que me refiro situa-se em plena floresta, a algumas horas de Manaus. b) De hoje à duas semanas estaremos longe, a muitos quilômetros daqui, a gozar nossas merecidas férias. c) As amostras que servirão de base a nossa pesquisa estão há muito tempo à disposição de todos. d) À qualquer distância percebia-se que, à falta de cuidados, a lavoura amarelecia e murchava. 5.Em qual das alternativas o uso do acento indicativo de crase é facultativo? a) Minhas ideias são semelhantes às suas. b) Ele tem um estilo à Eça de Queiroz. c) Dei um presente à Mariana. d) Fizemos alusão à mesma teoria. e) Cortou o cabelo à Gal Costa. 06.“O pobre fica meditar, tarde, indiferente que acontece ao seu redor”. a) à - a - aquilo b) a - a - àquilo c) a - à - àquilo d) à - à - aquilo e) à - à – àquilo 7.“A casa fica direita de quem sobe a rua, duas quadras da Avenida Central”. a) à - há b) a - à c) a - há d) à - a e) à - à GABARITO 1-A 2-A 3-C 4-C 5-C 6-C 7-D PONTUAÇÃO Sinais de pontuação são recursos prosódicos que conferem às orações ritmo, entoação e pausa, bem como indicam limites sintáticos e unidades de sentido. Na escrita, substituem, em parte, o papel desempenhado pelos gestos na fala, garantindo coesão, coerência e boa compreensão da informação transmitida. Confira abaixo os dez sinais de pontuação utilizados na nossa língua, assim como as situações em que devem ser empregados, seguidas de exemplos. 1. Ponto (.) O ponto pode ser utilizado para: a) Indicar o final de uma frase declarativa: Acho que Pedro está gostando de você. b) Separar períodos: Ela vai estudar mais tempo. Ainda é cedo. c) Abreviar palavras: V. Ex.ª (Vossa excelência) 2. Dois-pontos (:) Deve ser utilizado com as seguintes finalidades: a) Iniciar fala de personagens: Ela gritou: – Vá embora! b) Anteceder apostos ou orações apositivas, enumerações ou sequência de palavras que explicam e/ou resumem ideias anteriores. Esse é o problema dessa geração: tem liberdade, mas não tem responsabilidade. Anote meu número de telefone: 863820847. c) Anteceder citação direta: _________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 16 PORTUGUÊS É como disse Platão: “De todos os animais selvagens, o homem jovem é o mais difícil de domar.” 3. Reticências (...) Usa-se para: a) Indicar dúvidas ou hesitação: Sabe... preciso confessar uma coisa: naquela viagem gastei todas as minhas economias. b) Interromper uma frase incompleta sintaticamente: Talvez se você pedisse com jeitinho... c) Concluir uma frase gramaticalmente incompleta com a intenção de estender a reflexão: Pedofilia, estupros, assassinatos, pessoas sem ter onde morar, escândalos ligados à corrupção... assim caminha a humanidade. d) Suprimir palavras em uma transcrição: “O Cristo não pediu muita coisa. (...) Ele só pediu que nos amássemos uns aos outros.” (Chico Xavier) 4. Parênteses ( ) Os parênteses são usados para: a) Isolar palavras, frases intercaladas de caráter explicativo, datas e, também, podem substituira vírgula ou o travessão: Rosa Luxemburgo nasceu em Zamosc (1871). Numa linda tarde primaveril (meu caçula era um bebê nessa época), ele veio nos visitar pela última vez. 5. Ponto de exclamação (!) Em que situações utilizar: a) Após vocativo: Juliana, bom dia! b) Final de frases imperativas: Fuja! c) Após interjeição: Ufa! Graças a Deus! d) Após palavras ou frases de caráter emotivo, expressivo: Que lástima! 6. Ponto de interrogação (?) Quando utilizar: a) Em perguntas diretas: Quando você chegou? b) Às vezes, pode ser utilizada junto com o ponto de exclamação para enfatizar o enunciado: Não acredito, é sério?! 7. Vírgula (,) Esse é o sinal de pontuação que exerce o maior número de funções, por isso aparece em várias situações. A vírgula marca pausas no enunciado, indicando que os termos por ela separados não formam uma unidade sintática, apesar de estarem na mesma oração. A seguir confira as situações em que se deve utilizar vírgula. a) Separar o vocativo: Marília, vá à padaria comprar pães para o lanche. b) Separar apostos: Camila, minha filha caçula, presenteou-me com este relógio. c) Separar o adjunto adverbial antecipado ou intercalado: Os políticos, muitas vezes, visam somente os próprios interesses. d) Separar elementos de uma enumeração: Meus bolos prediletos são os de chocolate, coco, doce de leite e nata com morangos. e) Isolar expressões explicativas: Faça um bolo de chocolate, ou melhor, de chocolate e morangos. f) Separar conjunções intercaladas: Os deputados não explicaram, porém, o porquê de tantas faltas. g) Separar o complemento pleonástico antecipado: Havia no rosto dela ódio, uma ira, uma raiva que não possuía justificativa. h) Isolar o nome do lugar na indicação de datas: São Paulo, 10 de Dezembro de 2016. i) Separar termos coordenados assindéticos: Vim, vi, venci. (Júlio César) j) Marcar a omissão de um termo: Maria gosta de praticar esportes, e eu, de comer. (omissão do verbo gostar) Antes da conjunção, como nos casos abaixo: k) Quando as orações coordenadas possuem sujeitos diferentes: Os políticos estão cada vez mais ricos, e seus eleitores, cada vez mais pobres. l) Quando a conjunção “e” repete-se com o objetivo de enfatizar alguma ideia (polissíndeto): Eu alerto, e brigo, e repito, e faço de tudo para ela perceber que está errada, porém nunca me escuta. m) Utilizamos a vírgula quando a conjunção “e” assume valores distintos que não retratam sentido de adição (adversidade, consequência, por): Teve febre a noite toda, e ainda está muito fraca. Entre orações: n) Para separar as orações subordinadas adjetivas explicativas: Amélia, que não se parece em nada com a Amélia da canção, não suportou seu jeito grosseiro e mandão. o) Para separar as orações coordenadas sindéticas e assindéticas, com exceção das orações iniciadas pela conjunção “e”: Pediu muito, mas não conseguiu convencer-lhe. _________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 17 PORTUGUÊS p) Para separar orações subordinadas adverbiais (desenvolvidas ou reduzidas), principalmente se estiverem antepostas à oração principal: A casa, tão cara que ela desistiu da compra, hoje está entregue às baratas. q) Para separar as orações intercaladas: Ficou doente, creio eu, por conta da chuva de ontem. r) Para separar as orações substantivas antepostas à principal: Quando me formarei, ainda não sei. 8. Ponto e vírgula (;) a) Utiliza-se ponto e vírgula para separar os itens de uma sequência de outros itens: Para preparar o bolo vamos precisar dos seguintes ingredientes: 1 xícara de trigo; 4 ovos; 1 xícara de leite; 1 xícara de açúcar; 1 colher de fermento. b) Utilizamos ponto e vírgula, também, para separar orações coordenadas muito extensas ou orações coordenadas nas quais já se tenha utilizado a vírgula: “O rosto de tez amarelenta e feições inexpressivas, numa quietude apática, era pronunciadamente vultuoso, o que mais se acentuava no fim da vida, quando a bronquite crônica de que sofria desde moço se foi transformando em opressora asma cardíaca; os lábios grossos, o inferior um tanto tenso." (O Visconde de Inhomerim - Visconde de Taunay) 9. Travessão (—) O travessão deve ser utilizado para os seguintes fins: a) Iniciar a fala de um personagem no discurso direto: Então ela disse: — Gostaria que fosse possível fazer a viagem antes de Outubro. b) Indicar mudança do interlocutor nos diálogos: — Querido, você já lavou a louça? — Sim, já comecei a secar, inclusive. c) Unir grupos de palavras que indicam itinerários: O descaso do poder público com relação à rodovia Belém—Brasília é decepcionante. d) Substituir a vírgula em expressões ou frases explicativas: Dizem que Elvis — o rei do rock — na verdade, detestava atuar. 10. Aspas (“”) As aspas são utilizadas com os seguintes objetivos: a) Isolar palavras ou expressões que fogem à norma culta, como gírias, estrangeirismos, palavrões, neologismos, arcaísmos e expressões populares: A aula do professor foi “irada”. Ele me pediu um “feedback” da resposta do cliente. b) Indicar uma citação direta: “Ia viajar! Viajei. Trinta e quatro vezes, às pressas, bufando, com todo o sangue na face, desfiz e refiz a mala.” (O prazer de viajar - Eça de Queirós) Observação: Quando houver necessidade de utilizar aspas dentro de uma sentença onde ela já esteja presente, usa-se a marcação simples ('), não dupla ("). Bibliografia: CUNHA, C.; CINTRA, L. Nova Gramática do Português Contemporâneo. 6ª ed. Rio de Janeiro: Lexikon, 2013. 800 p. CEGALLA, D. P. Novíssima Gramática da Língua Portuguesa. 48ª ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional. 2009. 696 p. EXERCÍCIOS 1. Assinale a opção que apresenta erro de pontuação: a) Sem reforma, social, as desigualdades entre as cidades brasileiras, crescerão sempre... b) No Brasil, a diferença social é motivo de constante preocupação. c) O candidato que chegou atrasado fez um ótimo teste no IBGE. d) Tenho esperanças, pois a situação econômica não demora a mudar. e) Ainda não houve tempo, mas, em breve, as providências serão tomadas. 2. Assinale a sequência correta dos sinais de pontuação que devem ser usados nas lacunas da frase abaixo. Não cabendo qualquer sinal, O indicará essa inexistência: Aos poucos .... a necessidade de mão- de-obra foi aumentando .... tornando-se necessária a abertura dos portos .... para uma outra população de trabalhadores ..... os imigrantes. a) O - ponto e vírgula - vírgula - vírgula b) O - O - dois pontos - vírgula c) vírgula, vírgula - O - dois pontos d) vírgula - ponto e vírgula - O - dois pontos e) vírgula - dois pontos - vírgula – vírgula 3. Assinale a sequência correta dos sinais de pontuação que devem preencher as lacunas da frase abaixo. Não havendo sinal, O indicará essa inexistência. Na época da colonização ..... os negros e os indígenas escravizados pelos brancos ..... reagiram ..... indiscutivelmente ..... de forma diferente. a) O - O - vírgula - vírgula b) O - dois pontos - O - vírgula _________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 18 PORTUGUÊS c) O - dois pontos - vírgula - vírgula d) vírgula - vírgula - O - O e) vírgula - O - vírgula - vírgula 4. Assinale a alternativa cuja frase está corretamente pontuada: a) O sol que é uma estrela, é o centro do nosso sistema planetário. b) Ele, modestamente se retirou. c) Você pretende cursar Medicina; ela, Odontologia. d) Confessou-lhe tudo; ciúme, ódio, inveja. e) Estas cidades se constituem,na maior parte de imigrantes alemães. 5. "Os textos são bons e entre outras coisas demonstram que há criatividade". Cabem no máximo: a) 3 vírgulas b) 4 vírgulas c) 2 vírgulas d) 1 vírgula e) 5 vírgulas 6. Assinale o texto de pontuação correta: a) Não sei se disse, que, isto se passava, em casa de uma comadre, minha avó. b) Eu tinha, o juízo fraco, e em vão tentava emendar- me: provocava risos, muxoxos, palavrões. c) A estes, porém, o mais que pode acontecer é que se riam deles os outros, sem que este riso os impeça de conservar as suas roupas e o seu calçado. d) Na civilização e na fraqueza ia para onde me impeliam muito dócil muito leve, como os pedaços da carta de ABC, triturados soltos no ar. e) Conduziram-me à rua da Conceição, mas só mais tarde notei, que me achava lá, numa sala pequena. 7. Das redações abaixo, assinale a que não está pontuada corretamente: a) Os candidatos, em fila, aguardavam ansiosos o resultado do concurso. b) Em fila, os candidatos, aguardavam, ansiosos, o resultado do concurso. c) Ansiosos, os candidatos aguardavam, em fila, o resultado do concurso. d) Os candidatos ansiosos aguardavam o resultado do concurso, em fila. e) Os candidatos, aguardavam ansiosos, em fila, o resultado do concurso. Gabarito: 1 - A 2 – C 3 - E 4 – C 5 – C 6 - C 7 – E CLASSES DE PALAVRAS Em linguística, Morfologia é o estudo da estrutura, da formação e da classificação das palavras. A peculiaridade da morfologia é estudar as palavras olhando para elas isoladamente e não dentro da sua participação na frase ou período. A morfologia está agrupada em dez classes, denominadas classes de palavras ou classes gramaticais. São elas: Substantivo, Artigo, Adjetivo, Numeral, Pronome, Verbo, Advérbio, Preposição, Conjunção e Interjeição. 1. Substantivo Tudo o que existe é ser e cada ser tem um nome. A palavra que indica o nome dos seres pertence a uma classe chamada substantivo. O substantivo é a palavra que dá nome ao ser. Além de objeto, pessoa e fenômeno, o substantivo dá nome a outros seres, como: lugares, sentimentos, qualidades, ações e etc. 1.1 Classificação do substantivo Comum - é aquele que indica um nome comum a todos os seres da mesma espécie. Coletivos - entre os substantivos comuns encontra-se os coletivos, que, embora no singular, indicam uma multiplicidade de seres da mesma espécie Próprio - é aquele que particulariza um ser da espécie. Concreto - é aquele que indica seres reais ou imaginários, de existência independente de outros seres. Abstrato - é aquele que indica seres dependentes de outros seres. 2. Artigo Na frase, há muitas palavras que se relacionam ao substantivo. Uma delas é o artigo. Artigo é a palavra que se antepõe ao substantivo para determiná-lo. 2.1 Classificação do Artigo O artigo se classifica de acordo com a ideia que atribui ao ser em relação a outros da mesma espécie. Definido - é aquele usado para determinar o substantivo de forma definida: o, as, os, as. Indefinido - é aquele usado para determinar o substantivo de forma indefinida: um, uma, uns, umas. 3. Adjetivo Outra palavra que, na frase, se relaciona ao substantivo, é o adjetivo. Adjetivo é a palavra que caracteriza o substantivo. 3.1 Formação do Adjetivo _________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 19 PORTUGUÊS Como o substantivo, o adjetivo pode ser: Primitivo - é aquele que não deriva de outra palavra. Derivado - é aquele que deriva de outra palavra (geralmente de substantivos ou verbos). Simples - é aquele formado de apenas um radical. Composto - é aquele formado com mais de um radical. 3.2 Locução Adjetiva Para caracterizar o substantivo, em lugar de um adjetivo pode aparecer uma locução adjetiva, ou seja, uma expressão formada com mais de uma palavra e com valor de adjetivo. 4. Numeral Entre as palavras que se relacionam, na frase, ao substantivo há também o numeral. Numeral é a palavra que se refere ao substantivo dando a ideia de número. O numeral pode indicar: Quantidade - Choveu durante quatro semanas. Ordem - O terceiro aluno da fileira era o mais alto. Multiplicação - O operário pediu o dobro do salário. Fração - Comeu meia maça. 4.1 Classificação do Numeral Cardinal - Indica uma quantidade determinada de seres. Ordinal - Indica a ordem (posição) que o ser ocupa numa série. Multiplicativo - Expressa a ideia de multiplicação, indicando quantas vezes a quantidade foi aumentada. Fracionário - Expressa a ideia de divisão, indicando em quantas partes a quantidade foi dividida. 5. Pronomes - colocação pronominal Além do artigo, adjetivo e numeral há ainda outra palavra que, na frase, se relaciona ao substantivo: é o pronome. Pronome é a palavra que substitui ou acompanha um substantivo, relacionando-o à pessoa do discurso. As pessoas do discurso são três: 1. Primeira pessoa - a pessoa que fala. 2. Segunda pessoa - a pessoa com quem se fala. 3. Terceira pessoa - a pessoa de quem se fala. 5.1 Classificação do Pronome Há seis tipos de pronomes: pessoais, possessivos, demonstrativos, indefinidos, interrogativos e relativos. 1. Pronomes pessoais: Os pronomes pessoais substituem os substantivos, indicando as pessoas do discurso. São eles: retos, oblíquos e de tratamento. 2. Pronomes Possessivos: São palavras que, ao indicarem a pessoa gramatical (possuidor), acrescentam a ela a ideia de posse de algo (coisa possuída). 3. Pronomes Demonstrativos: São palavras que indicam, no espaço ou no tempo, a posição de um ser em relação às pessoas do discurso. 4. Pronomes Indefinidos: Pronomes Indefinidos são palavras que se referem à Terceira pessoa do discurso, dando-lhe sentido vago ou expressando quantidade indeterminada. 5. Pronomes Interrogativos: Pronomes Interrogativos são aqueles usados na formulação de perguntas diretas ou indiretas. Assim como os indefinidos, referem-se a Terceira Pessoa do Discurso. 6. Pronomes Relativos: São pronomes relativos aqueles que representam nomes já mencionados anteriormente e com os quais se relacionam. 6. Verbos Quando se pratica uma ação, a palavra que representa essa ação, indicando o momento que ela ocorre, é o verbo. Uma ação ocorrida num determinado tempo também pode constituir-se num fenômeno da natureza expresso por um verbo. Verbo é a palavra que expressa ação, estado e fenômeno da natureza situados no tempo. 6.1 Conjugações do Verbo Na língua portuguesa, três vogais antecedem o “r” na formação do infinitivo: a-e-i. Essas vogais caracterizam a conjugação do verbo. Os verbos estão agrupados, então, em três conjugações: a primeira conjugação (terminados em ar), a segunda conjugação (terminados em er) e a terceira conjugação (terminados em ir). 6.2 Flexão do Verbo O verbo é constituído, basicamente, de duas partes: radical e terminações. As terminações do verbo variam para indicar a pessoa, o número, o tempo, o modo. 6.3 Tempo e Modo do Verbo O fato expresso pelo verbo aparece sempre situado nos tempos: Presente - Ele anuncia o fim da chuva. Passado - Ele anunciou o fim da chuva. Futuro - Ele anunciará o fim da chuva. Além de o fato estar situado no tempo, ele também pode indicar: Fato certo - Ele partirá amanhã. Fato duvidoso - Se ele partisse amanhã... Ordem - Não partas amanhã. As indicações de certeza, dúvida e ordem são determinadas pelos modos verbais. São portanto três modos verbais: Indicativo (fato certo), Subjuntivo (fato duvidoso), Imperativo (ordem). _________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 20 PORTUGUÊS 6.4 Vozes do Verbo Voz é a maneira como se apresenta a ação expressa pelo verbo emrelação ao sujeito. São três as vozes verbais: Ativa - o sujeito é o agente da ação, ou seja, é ele quem pratica a ação. Passiva - o sujeito é paciente, isto é, sofre a ação expressa pelo verbo. Reflexiva - o sujeito é ao mesmo tempo agente e paciente da ação verbal, isto é, pratica e sofre a ação expressa pelo verbo 6.5 Locução Verbal Uma locução verbal é o conjunto de dois verbos seguidos em uma oração, que representam apenas uma ação. Por exemplo: O astronauta irá iniciar o procedimento para caminhada espacial. 7. Advérbio Há palavras que são usadas para indicar as circunstâncias em que ocorre a ação verbal: são os advérbios. Advérbio é a palavra que indica as circunstâncias em que ocorre a ação verbal. 7.1 Classificação do advérbio De acordo com as circunstâncias que exprime, o advérbio pode ser de: Tempo (ontem, hoje, logo, antes, depois) Lugar (aqui, ali, acolá, atrás, além) Modo (bem, mal, depressa, assim, devagar) Afirmação (sim, deveras, certamente, realmente) Negação (não, absolutamente, tampouco) Dúvida (talvez, quiçá, porventura, provavelmente) Intensidade (muito, pouco, mais, bastante) 7.2 Locução Adverbial É um conjunto de duas ou mais palavras com valor de advérbio. 7.3 Advérbios Interrogativos São advérbios interrogativos: quando (de tempo), como (de modo), onde (de lugar), por que (causa). Podem aparecer tanto nas interrogativas diretas quanto nas indiretas. 8. Preposição Há palavras que, na frase, são usadas como elementos de ligação: uma delas é a preposição. Preposição é a palavra invariável que liga dois termos. Nessa ligação entre os dois termos, cria-se uma relação de subordinação em que o segundo termo se subordina ao primeiro. 8.1 Locução Prepositiva É o conjunto de duas ou mais palavras com valor de uma preposição. 9. Conjunção Além da preposição, há outra palavra que, na frase, é usada como elemento de ligação: a conjunção. Conjunção é a palavra que liga duas orações ou dois termos semelhantes de uma mesma oração. 9.1 Classificação das conjunções As conjunções podem ser coordenativas e subordinativas. 10. Interjeição Há palavras que expressam surpresa, alegria, aplauso, emoções. Essas palavras são as interjeições. Interjeição é a palavra que procura expressar, de modo vivo, um sentimento. 10.1 Classificação de interjeição As interjeições classificam-se segundo as emoções ou sentimentos que exprimem: Aclamação: Viva! Advertência: Atenção! Agradecimento: Grato! Afugentamento: Arreda! Alegria: Ah! Animação: Coragem! Pena: Oh! EXERCÍCIOS 1- No trecho: “Um deles, o pintor, foi acometido de mal súbito e teve de deitar-se na cama de uma das garotas”, as palavras em destaque são, respectivamente: a) artigo, verbo, advérbio, conjunção; b) numeral, verbo, substantivo, numeral; c) numeral, adjetivo, adjetivo, numeral; d) artigo, verbo, adjetivo, artigo. 2- Assinale a alternativa em que o substantivo composto é flexionado, no plural, da mesma forma que “pouca-vergonha”. a) para-choque; b) pé de moleque; c) abaixo-assinado; d) guarda-noturno. 3- O termo destacado é um substantivo desempenhando função adjetiva em: a) “Vovô, o senhor é um monstro!” b) “Vocês me deixam esbodegado...” c) “Que fim se pode dar a velhos implicantes?” d) “E sem empregadas, sua presença ainda é mais terrível.” 4- Nas seguintes frases, a expressão destacada foi corretamente substituída por pronomes oblíquos, EXCETO em: a) “No trocar de roupa, atira ao chão as peças usadas.” ( = No trocar de roupa, atira-as ao chão.) b) “A obrigação dos pais é acompanhar as filhas...” _________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 21 PORTUGUÊS ( = A obrigação dos pais é acompanhar-lhes.) c) “As netas adolescentes recebem amigos.” ( = As netas adolescentes recebem-nos.) d) “Que fim se pode dar a velhos implicantes?” ( = Que fim se pode dar-lhes?) 5- Em todas as alternativas abaixo, o pronome que, em destaque, está corretamente interpretado, EXCETO em: a) “Cordulina, que vinha quase cambaleando, sentouse numa pedra...” (que = Cordulina); b) “Vicente contava agora a história de uma mulher que endoidecera...” (que = uma mulher); c) “... provavelmente, Vicente nunca lera o Machado ... Nem nada do que ela lia.” (que = nada) d) “_ Eu vim falar ao senhor mode um filho meu, que desde ontem tomou sumiço.”( que = um filho meu). 6. Numa das seguintes frases, há uma flexão de plural grafada erradamente: a) os escrivães serão beneficiados por esta lei. b) o número mais importante é o dos anõezinhos. c) faltam os hifens nesta relação de palavras. d) Fulano e Beltrano são dois grandes caráteres. e) os répteis são animais ovíparos. 7. Assinale o par de vocábulos que fazem o plural da mesma forma que “balão” e “caneta-tinteiro”: a) vulcão, abaixo-assinado; b) irmão, salário-família; c) questão, manga-rosa; d) bênção, papel-moeda; e) razão, guarda-chuva. 8. Indique a alternativa em que todos os substantivos são abstratos: a) tempo – angústia – saudade – ausência – esperança– imagem; b) angústia – sorriso – luz – ausência – esperança – inimizade; c) inimigo – luz – esperança – espaço – tempo; d) angústia – saudade – ausência – esperança – inimizade; e) espaço – olhos – luz – lábios – ausência – esperança. 9. Assinale a alternativa em que todos os substantivos são masculinos: a) enigma – idioma – cal; b) pianista – presidente – planta; c) champanha – dó(pena) – telefonema; d) estudante – cal – alface; e) edema – diabete – alface. 10. Sabendo-se que há substantivos que no masculino têm um significado; e no feminino têm outro, diferente. Marque a alternativa em que há um substantivo que não corresponde ao seu significado: a) O capital = dinheiro; A capital = cidade principal; b) O grama = unidade de medida; A grama = vegetação rasteira; c) O rádio = aparelho transmissor; A rádio = estação geradora; d) O cabeça = o chefe; A cabeça = parte do corpo; e) A cura = o médico. O cura = ato de curar. 11. O Superlativo de Fino é: a) Fininho b) Finão c) Fisinho d) Finadissímo e) Finíssimo 12. O aumentativo de Fruta é: a) Fruto b) Frutinha c) Frutas d) Frutona e) Frutazona 13. O diminutivo de caixa é: a) caixas b) caixona c) caixozona d) caixinha e) caixão 14. Assinale o número do adjetivo correto. a) Automóvel Novo - Automóveis Novos b) Olho Azul - Olhos Azul c) Caixa Preta - Caixa Pretas d) Menino Magro - Meninos Magros e) Aluno Estudioso - Aluno Estudiosos 15. Assinale a alternativa que possui adjetivo biforme. a) Homem Forte b) Menina Estudiosa c) Homem Capaz d) Mulher Contente e) Aluna Inteligente 16. Em todas as opções há dois advérbios, exceto em: a) Ele permaneceu muito calado. b) Amanhã, não iremos ao cinema. _________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 22 PORTUGUÊS c) O menino, ontem, cantou desafinadamente. d) Tranquilamente, realizou-se, hoje, o jogo. e) Ela falou calma e sabiamente. 17. Assinale a frase em que meio funciona como advérbio: a) Só quero meio quilo. b) Achei-o meio triste. c) Descobri o meio de acertar. d) Parou no meio da rua. e) Comprou um metro e meio. 18. Só não há advérbio em: a) Não o quero. b) Ali está o material. c) Tudo está correto. d) Talvez ele fale. e) Já cheguei. 19. Em todas as opções há dois advérbios, exceto em: a) Ele ficou muito deprimido. b) Hoje, não sairemos do quarto do hotel. c) O intérprete, ontem, cantou maravilhosamente. d) Sempre fazia o exercício errado, e o treinador não me corrigia. 20. Assinale a opção que apresenta o emprego correto do pronome, de acordo com a norma culta: a) O diretor mandou eu entrar na sala. b) Preciso falar consigo o mais rápidopossível. c) Cumprimentei-lhe assim que cheguei. d) Ele só sabe elogiar a si mesmo. e) Após a prova, os candidatos conversaram entre eles. 21. Assinale a opção em que houve erro no emprego do pronome pessoal em relação ao uso culto da língua: a) Ele entregou um texto para mim corrigir. b) Para mim, a leitura está fácil. c) Isto é para eu fazer agora. d) Não saia sem mim. e) Entre mim e ele há uma grande diferença. 22. Assinale o tratamento dado ao reitor de uma Universidade: a) Vossa Senhoria b) Vossa Santidade c) Vossa Excelência d) Vossa Magnificência e) Vossa Paternidade 23. Colocação incorreta: a) Preciso que venhas ver-me. b) Procure não desapontá-lo. c) O certo é fazê-los sair. d) Sempre negaram-me tudo. e) As espécies se atraem. 24. Imagine o pronome entre parênteses no lugar devido e aponte onde não deve haver próclise: a) Não entristeças. (te) b) Deus favoreça. (o) c) Espero que faças justiça. (se) d) Meus amigos, apresentem em posição de sentido. (se) e) Ninguém faça de rogado. (se) 25. Há verbos chamados abundantes, porque têm mais de uma forma, especialmente para o particípio, como expulso e expulsado. Assinale o par em que os dois verbos não têm os dois particípios no uso corrente da língua: a) aceitar – acender; b) fazer – ver; c) emitir – incorrer; d) soltar – romper; e) prender – extinguir. 26. Os períodos que possuem verbos auxiliares: I - É mister trabalharmos mais. II - Já vem raiando a madrugada. III. Ela ficava filosofando, ao contemplar as estrelas. a) I e II; b) II e III; c) I e III; d) I, II e III; e) nenhum possui verbo auxiliar. 27. Em “ _____ como se tivéssemos vivido sempre juntos”, a forma verbal está no: a) imperfeito do subjuntivo; b) futuro do presente composto; c) mais-que-perfeito composto do indicativo; d) mais-que-perfeito composto do subjuntivo; e) futuro composto do subjuntivo. 28. Assinale a alternativa correta quanto ao uso de verbos abundantes: a) foi elegido pelas mulheres, apesar de haver eleito a maioria dos homens; b) por haver aceitado as condições do acordo, seus documentos foram entregues ao escrivão; c) antes de chover, ele tinha cobrido o carro; d) tem fazido muito calor ultimamente; e) por ter morto um animal indefeso, o caçador foi matado pelos índios. 29. “Acredito que Maria tenha feito a lição”, passando-se a oração sublinhada para a voz passiva, o verbo ficará assim: a) foi feita; b) tenha sido feita; c) esteja sendo feita; d) tenha estado feita; e) seja feita. _________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 23 PORTUGUÊS 30. Transportando para a voz passiva a frase “eu estava revendo, naquele momento, as provas tipográficas do livro”, obtém-se a forma verbal . . . a) ia revendo; b) estava sendo revisto; c) seriam revistas; d) comecei a rever; e) estavam sendo revistas. 31. Indique a relação estabelecida pelas preposições em destaque nestas frases. (tempo, lugar, causa, finalidade, instrumento). a)Vamos ao cinema. ________. b) Daqui a 10 anos todos se lembrarão do filme. _________ c) Deram-me os convites para distribuir. ________ d) Pagou a entrada com seu salário.____________ e) A plateia gritava de raiva. __________________ 32. Preencha a lacuna com a preposição adequada, combinada ou contraída com o artigo, se necessário: a) Todos são iguais ___________ Deus. b) Carlos certificou-se __________ sua aprovação _________ vestibular. c) Meu amigo não foi incluído __________ lista ____________ convidados. d) Meu filho é muito cuidadoso ______________ seus brinquedos. e) O acidente causou um prejuízo avaliado _______________ trezentos mil reais. 33. No trecho: “(O Rio) não se industrializou, deixou explodir a questão social, fermentada por mais de dois milhões de favelados, e inchou, à exaustão, uma máquina administrativa que não funciona...”, a preposição a (que está contraída com o artigo a) traduz uma relação de: a) fim b) causa c) concessão d) limite e) modo 34. "O policial recebeu o ladrão a ala. Foi necessário apenas um disparo; o assaltante recebeu a bala na cabeça e morreu na hora." No texto, os vocábulos em destaque são respectivamente: a) preposição e artigo b) preposição e preposição c) artigo e artigo d) artigo e preposição e) artigo e pronome indefinido 35. Classifique as conjunções destacadas nas frases abaixo: a) Hoje estou com um humor péssimo, porque briguei com mamãe. b) Quando acordei, minha bolsa havia sumido. c) Conforme eu já sabia, tirei nota baixa. d) Ainda que eu sofra, não voltarei. e) Caso você saia, feche a porta. f) Estudei o assunto, mas não entendi nada. g) Li e reli o livro. h) Ou você me engana ou não está maduro. i) Não só se atrasou, mas também esqueceu o trabalho de português. j) À proporção que estuda, mais aprende. 36. Considere a sentença abaixo. Mariza saiu de casa atrasada e perdeu o ônibus. As duas orações do período estão unidas pela palavra “e”, que, além de indicar adição, introduz a ideia de: a) oposição b) condição c) consequência d) comparação e) união 37. Preços mais altos proporcionam aos agricultores incentivos para produzir mais, o que torna mais fácil a tarefa de alimentar o mundo. Mas eles também impõem custos aos consumidores, aumentando a pobreza e o descontentamento. A 2ª afirmativa introduz, em relação à 1ª , noção de: a) condição. b) temporalidade. c) consequência. d) finalidade. e) restrição. 38. Releia-se o que escreve Beccaria: “Contudo, se o roubo é comumente o crime da miséria e da aflição, se esse crime apenas é praticado por essa classe de homens infelizes, para os quais o direito de propriedade (direito terrível e talvez desnecessário) apenas deixou a vida como único bem, [.......] as penas em dinheiro contribuirão tão-somente para aumentar os roubos, fazendo crescer o número de mendigos, tirando o pão a uma família inocente para dálo a rico talvez criminoso.” A palavra ou locução que, usada no espaço entre colchetes deixado no período, fortalece a conexão lógica entre as orações adverbiais condicionais e o que ele afirma a seguir é: a) inclusive. b) além disso. c) então. _________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 24 PORTUGUÊS d) por outro lado. e) mesmo. 39. “… e eu sou acaso um deles, conquanto a prova de ter a memória fraca…”; a oração grifada traz uma ideia de: a) Causa. b) Consequência. c) Condição. d) Conformidade. e) Concessão. GABARITO 1. B 2. D 3. A 4. B 5. C 6. D 7. C 8. D 9. C 10. E 11. E 12. D 13. D 14. A 15. B 16. A 17. B 18. C 19. A 20. D 21. A 22. D 23. D 24. D 25. C 26. B 27. D 28. B 29. B 30. E 31. a) Lugar b) Tempo. c)Finalidade. d) Instrumento. e) Causa. 32. a) Perante b) de, no c) na, dos d) com e) em 33. E 34. A 35. a. Conjunção subordinativa causal. b. Conjunção subordinativa temporal. c. Conjunção subordinativa conformativa. d. Conjunção subordinativa concessiva e. Conjunção subordinativa condicional. f. Conjunção coordenativa adversativa. g. Conjunção coordenativa aditiva. h. Conjunção coordenativa alternativa. i. Conjunção coordenativa aditiva. j. Conjunção subordinativa proporcional. 36. C 37. E 38. C 39. E ESTRUTURA DA ORAÇÃO E DO PERÍODO TERMOS DA ORAÇÃO: IDENTIFICAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO. PROCESSOS SINTÁTICOS DE COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO; CLASSIFICAÇÃO DOS PERÍODOS E ORAÇÕES. SINTAXE A Sintaxe é a parte da gramática que estuda a função e a relação entre as palavras e as orações. Enquanto a Morfologia se ocupa da análise individual de cada palavra, a Sintaxe se ocupa detalhadamente do papel de cada elemento num enunciado linguístico, que só pode, portanto, ser analisado no conjunto. FRASE, ORAÇÃO E PERÍODO Frase Frase é todo enunciado de sentido completo, podendoser formada por uma só palavra ou por várias, podendo ter verbos ou não. A frase exprime, através da fala ou da escrita: - ideias - emoções - ordens - apelos A frase se define pelo seu propósito comunicativo, ou seja, pela sua capacidade de, num intercâmbio linguístico, transmitir um conteúdo satisfatório para a situação em que é utilizada. Exemplos: O Brasil possui um grande potencial turístico. Espantoso! Não vá embora. Silêncio! O telefone está tocando. Observação: a frase que não possui verbo denomina- se Frase Nominal. Na língua falada, a frase é caracterizada pela entoação, que indica nitidamente seu início e seu fim. A entoação pode vir acompanhada por gestos, expressões do rosto, do olhar, além de ser complementada pela situação em que o falante se encontra. Esses fatos contribuem para que frequentemente surjam frases muito simples, formadas por apenas uma palavra. Observe: Rua! Ai! Essas palavras, dotadas de entoação própria, e acompanhadas de gestos peculiares, são suficientes para satisfazer suas necessidades expressivas. Na língua escrita, a entoação é representada pelos sinais de pontuação, os quais procuram sugerir a melodia frasal. Desaparecendo a situação viva, o contexto é fornecido pelo próprio texto, o que acaba tornando necessário que as frases escritas sejam linguisticamente mais completas. Essa maior complexidade linguística leva a frase a obedecer as regras gerais da língua. Portanto, a organização e a ordenação dos elementos formadores da frase devem seguir os padrões da língua. Por isso é que: As meninas estavam alegres. constitui uma frase, enquanto: Alegres meninas estavam as. não é considerada uma frase da língua portuguesa. Tipos de Frases Muitas vezes, as frases assumem sentidos que só podem ser integralmente captados se atentarmos para o contexto em que são empregadas. É o caso, por exemplo, das situações em que se explora a ironia. Pense, por exemplo, na frase "Que educação!", usada quando se vê alguém invadindo, com seu carro, a faixa de pedestres. Nesse caso, ela expressa exatamente o contrário do que aparentemente diz. A entoação é um elemento muito importante da frase _________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 25 PORTUGUÊS falada, pois nos dá uma ampla possibilidade de expressão. Dependendo de como é dita, uma frase simples como "É ela." pode indicar constatação, dúvida, surpresa, indignação, decepção, etc. Na língua escrita, os sinais de pontuação podem agir como definidores do sentido das frases. Veja: Existem alguns tipos de frases cuja entoação é mais ou menos previsível, de acordo com o sentido que transmitem. São elas: a) Frases Interrogativas: ocorrem quando uma pergunta é feita pelo emissor da mensagem. São empregadas quando se deseja obter alguma informação. A interrogação pode ser direta ou indireta. Você aceita um copo de suco? (Interrogação direta) Desejo saber se você aceita um copo de suco. (Interrogação indireta) b) Frases Imperativas: ocorrem quando o emissor da mensagem dá uma ordem, um conselho ou faz um pedido, utilizando o verbo no modo imperativo. Podem ser afirmativas ou negativas. Faça-o entrar no carro! (Afirmativa) Não faça isso. (Negativa) Dê-me uma ajudinha com isso! (Afirmativa) c) Frases Exclamativas: nesse tipo de frase o emissor exterioriza um estado afetivo. Apresentam entoação ligeiramente prolongada. Por Exemplo: Que prova difícil! É uma delícia esse bolo! d) Frases Declarativas: ocorrem quando o emissor constata um fato. Esse tipo de frase informa ou declara alguma coisa. Podem ser afirmativas ou negativas. Obrigaram o rapaz a sair. (Afirmativa) Ela não está em casa. (Negativa) e) Frases Optativas: são usadas para exprimir um desejo. Por Exemplo: Deus te acompanhe! Bons ventos o levem! De acordo com a construção, as frases classificam- se em: Frase Nominal: é a frase construída sem verbos. Exemplos: Fogo! Cuidado! Belo serviço o seu! Trabalho digno desse feirante. Frase Verbal: é a frase construída com verbo. Por Exemplo: O sol ilumina a cidade e aquece os dias. Os casais saíram para jantar. A bola rolou escada abaixo. Estrutura da frase As frases que possuem verbo são geralmente estruturadas a partir de dois elementos essenciais: sujeito e predicado. Isso não significa, no entanto, que tais frases devam ser formadas, no mínimo, por dois vocábulos. Na frase "Saímos", por exemplo, há um sujeito implícito na terminação do verbo: nós. O sujeito é o termo da frase que concorda com o verbo em número e pessoa. É normalmente o "ser de quem se declara algo", "o tema do que se vai comunicar". O predicado é a parte da frase que contém "a informação nova para o ouvinte". Normalmente, ele se refere ao sujeito, constituindo a declaração do que se atribui ao sujeito. É sempre muito importante analisar qual é o núcleo significativo da declaração: se o núcleo da declaração estiver no verbo, teremos um predicado verbal (ocorre nas frases verbais); se o núcleo da declaração estiver em algum nome, teremos um predicado nominal (ocorre nas frases nominais que possuem verbo de ligação). Observe: O amor é eterno. _________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 26 PORTUGUÊS O tema, o ser de quem se declara algo, o sujeito, é "O amor". A declaração referente a "o amor", ou seja, o predicado, é "é eterno". É um predicado nominal, pois seu núcleo significativo é o nome "eterno". Já na frase: Os rapazes jogam futebol. O sujeito é "Os rapazes", que identificamos por ser o termo que concorda em número e pessoa com o verbo "jogam". O predicado é "jogam futebol", cujo núcleo significativo é o verbo "jogam". Temos, assim, um predicado verbal. Oração Uma frase verbal pode ser também uma oração. Para isso é necessário: - que o enunciado tenha sentido completo; - que o enunciado tenha verbo (ou locução verbal). Por Exemplo: Camila terminou a leitura do livro. Obs.: Na oração as palavras estão relacionadas entre si, como partes de um conjunto harmônico: elas são os termos ou as unidades sintáticas da oração. Assim, cada termo da oração desempenha uma função sintática. A frase pode conter uma ou mais orações. Veja: Brinquei no parque. (uma oração) Entrei na casa e sentei-me. (duas orações) Cheguei, vi, venci. (três orações) PERÍODO Período é a frase constituída de uma ou mais orações, formando um todo, com sentido completo. O período pode ser simples ou composto. Período Simples É aquele constituído por apenas uma oração, que recebe o nome de oração absoluta. Exemplos: O amor é eterno. As plantas necessitam de cuidados especiais. Quero aquelas rosas. O tempo é o melhor remédio. Período Composto É aquele constituído por duas ou mais orações. Exemplos: Quando você partiu minha vida ficou sem alegrias. Quero aquelas flores para presentear minha mãe. Vou gritar para todos ouvirem que estou sabendo o que acontece ao anoitecer. Cheguei, jantei e fui dormir. Objetivos da análise sintática A análise sintática tem como objetivo examinar a estrutura de um período e das orações que compõem um período. Estrutura de um período Observe: Conhecemos mais pessoas quando estamos viajando. Ao analisarmos a estrutura do período acima, é possível identificar duas orações: Conhecemos mais pessoas e quando estamos viajando. TERMOS DA ORAÇÃO No período "Conhecemos mais pessoas quando estamos viajando", existem seis palavras. Cada uma delas exerce uma determinada função nas orações. Em análise sintática, cada palavra da oração é chamada de termo da oração. Termo é a palavra considerada de acordo com a função sintáticaque exerce na oração. Segundo a Nomenclatura Gramatical Brasileira, os termos da oração podem ser: 1) Essenciais Também conhecidos como termos "fundamentais", são representados pelo sujeito e predicado nas orações. 2) Integrantes Completam o sentido dos verbos e dos nomes, são representados por: complemento verbal - objeto direto e indireto; complemento nominal; agente da passiva. 3) Acessórios Desempenham função secundária (especificam o substantivo ou expressam circunstância). São representados por: adjunto adnominal; adjunto adverbial; aposto. Obs.: O vocativo, em análise sintática, é um termo à parte: não pertence à estrutura da oração. TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO Sujeito e predicado Para que a oração tenha significado, são necessários alguns termos básicos: os termos essenciais. A oração possui dois termos essenciais, o sujeito e o predicado. SUJEITO Termo sobre o qual o restante da oração diz algo. _________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 27 PORTUGUÊS Por Exemplo: As praias estão cada vez mais poluídas. Sujeito Predicado: termo que contém o verbo e informa algo sobre o sujeito. Por Exemplo: Posição do sujeito na oração Dependendo da posição de seus termos, a oração pode estar: Na ordem direta: o sujeito aparece antes do predicado. Por exemplo: Na Ordem Inversa: o sujeito aparece depois do predicado. Sujeito no Meio do Predicado: Classificação do sujeito O sujeito das orações da língua portuguesa pode ser determinado ou indeterminado. Existem ainda as orações sem sujeito. Sujeito determinado É aquele que se pode identificar com precisão a partir da concordância verbal. Pode ser: a) Simples Apresenta apenas um núcleo ligado diretamente ao verbo. Por exemplo: A rua estava deserta. Observação: não se deve confundir sujeito simples com a noção de singular. Diz-se que o sujeito é simples quando o verbo da oração se refere a apenas um elemento, seja ele um substantivo (singular ou plural), um pronome, um numeral ou uma oração subjetiva. Por exemplo: Os meninos estão gripados. Todos cantaram durante o passeio. b) Composto Apresenta dois ou mais núcleos ligados diretamente ao verbo. Tênis e natação são ótimos exercícios físicos. c) Implícito Ocorre quando o sujeito não está explicitamente representado na oração, mas pode ser identificado. Por Exemplo: Dispensamos todos os funcionários. Nessa oração, o sujeito é implícito e determinado, pois está indicado pela desinência verbal -mos. Observação: o sujeito implícito também é chamado de sujeito elíptico, subentendido ou desinencial. Antigamente era denominado sujeito oculto. Sujeito indeterminado É aquele que, embora existindo, não se pode determinar nem pelo contexto, nem pela terminação do verbo. Na língua portuguesa, há três maneiras diferentes de indeterminar o sujeito de uma oração: a) Com verbo na 3ª pessoa do plural: O verbo é colocado na terceira pessoa do plural, sem que se refira a nenhum termo identificado anteriormente (nem em outra oração): Por exemplo: Procuraram você por todos os lugares. Estão pedindo seu documento na entrada da festa. b) Com verbo ativo na 3ª pessoa do singular, seguido do pronome se: O verbo vem acompanhado do pronome se, que atua como índice de indeterminação do sujeito. Essa construção ocorre com verbos que não apresentam complemento direto (verbos intransitivos, transitivos indiretos e de ligação). O verbo obrigatoriamente fica na terceira pessoa do singular. Exemplos: Vive-se melhor no campo. (Verbo Intransitivo) Precisa-se de técnicos em informática. (Verbo Transitivo Indireto) No casamento, sempre se fica nervoso. (Verbo de Ligação) _________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 28 PORTUGUÊS c) Com o verbo no infinitivo impessoal: Por exemplo: Era penoso estudar todo aquele conteúdo. É triste assistir a estas cenas tão trágicas. Obs.: quando o verbo está na 3ª pessoa do plural, fazendo referência a elementos explícitos em orações anteriores ou posteriores, o sujeito é determinado. Por Exemplo: Felipe e Marcos foram à feira. Compraram muitas verduras. Nesse caso, o sujeito de compraram é eles (Felipe e Marcos). Ocorre sujeito oculto Oração sem sujeito Uma oração sem sujeito é formada apenas pelo predicado e articula-se a partir de um verbo impessoal. Observe a estrutura destas orações: É possível constatar que essas orações não têm sujeito. Constituem a enunciação pura e absoluta de um fato, através do predicado. O conteúdo verbal não é atribuído a nenhum ser, a mensagem centra-se no processo verbal. Os casos mais comuns de orações sem sujeito da língua portuguesa ocorrem com: a) Verbos que exprimem fenômenos da natureza: Nevar, chover, ventar, gear, trovejar, relampejar, amanhecer, anoitecer, etc. Por exemplo: Choveu muito no inverno passado. Amanheceu antes do horário previsto. Observação: quando usados na forma figurada, esses verbos podem ter sujeito determinado. Por exemplo: Choviam crianças na distribuição de brindes. (crianças=sujeito) Já amanheci cansado. (eu=sujeito) b) Verbos ser, estar, fazer e haver, quando usados para indicar uma ideia de tempo ou fenômenos meteorológicos: Ser: É noite. (Período do dia) Eram duas horas da manhã. (Hora) Obs.: ao indicar tempo, o verbo ser varia de acordo com a expressão numérica que o acompanha. (É uma hora/ São nove horas) Hoje é (ou são) 15 de março. (Data) Obs.: ao indicar data, o verbo ser poderá ficar no singular, subentendendo-se a palavra dia, ou então irá para o plural, concordando com o número de dias. Estar: Está tarde. (Tempo) Está muito quente.(Temperatura) Fazer: Faz dois anos que não vejo meu pai. (Tempo decorrido) Fez 39° C ontem. (Temperatura) Haver: Não a vejo há anos. (Tempo decorrido) Havia muitos alunos naquela aula. (Verbo Haver significando existir) _________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 29 PORTUGUÊS PREDICADO Predicado é aquilo que se declara a respeito do sujeito. Nele é obrigatória a presença de um verbo ou locução verbal. Quando se identifica o sujeito de uma oração, identifica-se também o predicado. Em termos, tudo o que difere do sujeito (e do vocativo, quando ocorrer) numa oração é o seu predicado. Veja alguns exemplos: Os verbos no predicado Em todo predicado existe necessariamente um verbo ou uma locução verbal. Para analisar a importância do verbo no predicado, devemos considerar dois grupos distintos: os verbos nocionais e os não nocionais. Os verbos nocionais são os que exprimem processos; em outras palavras, indicam ação, acontecimento, fenômeno natural, desejo, atividade mental: Acontecer – considerar – desejar – julgar – pensar – querer – suceder – chover – correr fazer – nascer – pretender – raciocinar Esses verbos são sempre núcleos dos predicados em que aparecem. Os verbos não nocionais exprimem estado; são mais conhecidos como verbos de ligação. Fazem parte desse grupo, entre outros: Ser – estar – permanecer – continuar – andar – persistir – virar – ficar – achar-se - acabar – tornar-se – passar (a) Os verbos não nocionais sempre fazem parte do predicado, mas não atuam como núcleos. Para perceber se um verbo é nocional ou não nocional, é necessário considerar o contexto em que é usado. Assim, na oração: Ela anda muito rápido. O verbo andar exprime uma ação, atuando como um verbo nocional. Já na oração: Ela anda triste. O verbo exprime um estado, atuando como verbo não nocional. Predicação verbal Chama-se predicação verbalo resultado da ligação que se estabelece entre o sujeito e o verbo e entre os verbos e os complementos. Quanto à predicação, os verbos podem ser intransitivos, transitivos ou de ligação. Verbo intransitivo É aquele que traz em si a ideia completa da ação, sem necessitar, portanto, de um outro termo para completar o seu sentido. Sua ação não transita. Por exemplo: O avião caiu. O verbo cair é intransitivo, pois encerra um significado completo. Se desejar, o falante pode acrescentar outras informações, como: local: O avião caiu sobre as casas da periferia. modo: O avião caiu lentamente. tempo: O avião caiu no mês passado. Essas informações ampliam o significado do verbo, mas não são necessárias para que se compreenda a informação básica. Verbo transitivo É o verbo que vem acompanhado por complemento: quem sente, sente algo; quem revela, revela algo a alguém. O sentido desse verbo transita, isto é, segue adiante, integrando-se aos complementos, para adquirir sentido completo. Veja: 1= Verbo Transitivo 2= Complemento Verbal (Objeto) O verbo transitivo pode ser: a) Transitivo Direto: é quando o complemento vem ligado ao verbo diretamente, sem preposição obrigatória. Por Exemplo: 1= Verbo Transitivo Direto b) Transitivo Indireto: é quando o complemento vem ligado ao verbo indiretamente, com preposição obrigatória. Por Exemplo: 2 = Verbo Transitivo Indireto de= preposição c) Transitivo Direto e Indireto: é quando a ação contida no verbo transita para o complemento direta e indiretamente, ao mesmo tempo. _________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 30 PORTUGUÊS Por Exemplo: 3= Verbo Transitivo Direto e Indireto a= preposição Verbo de ligação É aquele que, expressando estado, liga características ao sujeito, estabelecendo entre eles (sujeito e características) certos tipos de relações. O verbo de ligação pode expressar: a) estado permanente: ser, viver. Por Exemplo: Sandra é alegre. Sandra vive alegre. b) estado transitório: estar, andar, achar-se, encontrar-se. Por exemplo: Mamãe está bem. Mamãe encontra-se bem. c) estado mutatório: ficar, virar, tornar-se, fazer-se. Por exemplo: Júlia ficou brava. Júlia fez-se brava. d) continuidade de estado: continuar, permanecer. Por exemplo: Renato continua mal. Renato permanece mal. e) estado aparente: parecer. Por exemplo: Marta parece melhor. Observação: a classificação do verbo quanto à predicação deve ser feita de acordo com o contexto e não isoladamente. Um mesmo verbo pode aparecer ora como intransitivo, ora como de ligação. Veja: 1 - O jovem anda devagar. anda = verbo intransitivo, expressa uma ação. 2 - O jovem anda preocupado. anda= verbo de ligação, expressa um estado. Classificação do predicado Para o estudo do predicado, é necessário verificar se seu núcleo significativo está num nome ou num verbo. Além disso, devemos considerar se as palavras que formam o predicado referem-se apenas ao verbo ou também ao sujeito da oração. Veja o exemplo abaixo: O predicado, apesar de ser formado por muitas palavras, apresenta apenas uma que se refere ao sujeito: necessitam. As demais palavras ligam-se direta ou indiretamente ao verbo (necessitar é, no caso, de algo), que assume, assim, o papel de núcleo significativo do predicado. Já em: No exemplo acima, o nome bela se refere, por intermédio do verbo, ao sujeito da oração. O verbo agora atua como elemento de ligação entre sujeito e a palavra a ele relacionada. O núcleo do predicado é bela. Veja o próximo exemplo: Percebemos que as duas palavras que formam o predicado estão diretamente relacionadas ao sujeito: amanheceu (verbo significativo) e ensolarado (nome que se refere ao sujeito). O predicado apresenta, portanto, dois núcleos: amanheceu e ensolarado. Tomando por base o núcleo do que está sendo declarado, podemos reconhecer três tipos de predicado: verbal, nominal e verbo-nominal. Predicado verbal Apresenta as seguintes características: a) Tem um verbo como núcleo; b) Não possui predicativo do sujeito; c) Indica ação. Por exemplo: Eles revelaram toda a verdade para a filha. Predicado Verbal Para ser núcleo do predicado verbal, é necessário que o verbo seja significativo, isto é, que traga uma ideia de ação. Veja os exemplos abaixo: O dia clareou. (núcleo do predicado verbal = clareou) Chove muito nos estados do sul do país. (núcleo do predicado verbal = Chove) Ocorreu um acidente naquela rua. (núcleo do predicado verbal = Ocorreu) A antiga casa foi demolida. (núcleo do predicado verbal = demolida) Obs.: no último exemplo há uma locução verbal de voz passiva, o que não impede o verbo demolir de ser o núcleo do predicado. Predicado nominal Apresenta as seguintes características: a) Possui um nome (substantivo ou adjetivo) como núcleo; _________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 31 PORTUGUÊS b) É formado por um verbo de ligação mais o predicativo do sujeito; c) Indica estado ou qualidade. Por Exemplo: Leonardo é competente. Predicado Nominal No predicado nominal, o núcleo é sempre um nome, que desempenha a função de predicativo do sujeito. O predicativo do sujeito é um termo que caracteriza o sujeito, tendo como intermediário um verbo de ligação. Os exemplos abaixo mostram como esses verbos exprimem diferentes circunstâncias relativas ao estado do sujeito, ao mesmo tempo que o ligam ao predicativo. Veja: Ele está triste. (triste = predicativo do sujeito, está = verbo de ligação) natureza é bela. (bela = predicativo do sujeito, é = verbo de ligação) O homem parecia nervoso. (nervoso = predicativo do sujeito, parecia = verbo de ligação) Nosso herói acabou derrotado. (derrotado = predicativo do sujeito, acabou = verbo de ligação) Uma simples funcionária virou diretora da empresa. (diretora = predicativo do sujeito, virou = verbo de ligação) Predicativo do sujeito É o termo que atribui características ao sujeito por meio de um verbo. Todo predicado construído com verbo de ligação necessita de predicativo do sujeito. Pode ser representado por: a) Adjetivo ou locução adjetiva: Por Exemplo: O seu telefonema foi especial. (especial = adjetivo) Este bolo está sem sabor. (sem sabor = locução adjetiva) b) Substantivo ou palavra substantivada: Por Exemplo: Esta figura parece um peixe. (peixe = substantivo) Amar é um eterno recomeçar. (recomeçar = verbo substantivado) c) Pronome Substantivo: Por exemplo: Meu boletim não é esse. (esse = pronome substantivo) d) Numeral: Por exemplo: Nós somos dez ao todo. (dez = numeral) Predicado verbo-nominal Apresenta as seguintes características: a) Possui dois núcleos: um verbo e um nome; b) Possui predicativo do sujeito ou do objeto; c) Indica ação ou atividade do sujeito e uma qualidade. Por Exemplo: Os alunos saíram da aula alegres. Predicado verbo-nominal O predicado é verbo-nominal porque seus núcleos são um verbo (saíram - verbo intransitivo), que indica uma ação praticada pelo sujeito, e um predicativo do sujeito (alegres), que indica o estado do sujeito no momento em que se desenvolve o processo verbal. É importante observar que o predicado dessa oração poderia ser desdobrado em dois outros, um verbal e um nominal. Veja: Os alunos saíram da aula. Eles estavam alegres. Estrutura do predicado verbo-nominal O predicado verbo-nominal pode ser formado de: Por Exemplo: Joana saiu contente. Sujeito Verbo Intransitivo Predicativo do Sujeito. Por Exemplo: Por Exemplo: _________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO32 PORTUGUÊS Observação: o predicativo do objeto normalmente se refere ao objeto direto. Ocorre predicativo do objeto indireto com o verbo chamar. Assim, vem precedido de preposição. Por Exemplo: Todos o chamam de irresponsável. Chamou-lhe ingrato. (Chamou a ele ingrato.) TERMOS INTEGRANTES DAS ORAÇÃO Certos verbos ou nomes presentes numa oração não possuem sentido completo em si mesmos. Sua significação só se completa com a presença de outros termos, chamados integrantes. São eles: complementos verbais (objeto direto e objeto indireto); complemento nominal; agente da passiva. Complementos Verbais Completam o sentido de verbos transitivos diretos e transitivos indiretos. São eles: Objeto Direto É o termo que completa o sentido do verbo transitivo direto, ligando-se a ele sem o auxílio necessário da preposição. a) Por um substantivo ou expressão substantivada. Exemplos: O agricultor cultiva a terra./ Unimos o útil ao agradável. b) Pelos pronomes oblíquos o, a, os, as, me, te, se, nos, vos. Exemplos: Espero-o na minha festa. / Ela me ama. c) Por qualquer pronome substantivo. Por Exemplo: O menino que conheci está lá fora. Atenção: Em alguns casos, o objeto direto pode vir acompanhado de preposição facultativa. Isso pode ocorrer: - quando o objeto é um substantivo próprio: Adoremos a Deus. - quando o objeto é representado por um pronome pessoal oblíquo tônico: Ofenderam a mim, não a ele. - quando o objeto é representado por um pronome substantivo indefinido: O diretor elogiou a todos. - para evitar ambiguidade: Venceu ao inimigo o nosso colega. Obs.: caso o objeto direto não viesse preposicionado, o sentido da oração ficaria ambíguo, pois não poderíamos apontar com precisão o sujeito (o nosso colega). Objeto Indireto É o termo que completa o sentido de um verbo transitivo indireto. Vem sempre regido de preposição clara ou subentendida. Atuam como objeto indireto os pronomes: lhe, lhes, me te, se, nos, vos. Obs.: muitas vezes o objeto indireto inicia-se com crase (à, àquele, àquela, àquilo). Isso ocorre quando o verbo exige a preposição "a", que acaba se contraindo com a palavra seguinte. Por Exemplo: Entregaram à mãe o presente. (à = "a" preposição + "a" artigo definido) Observações Gerais: _________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 33 PORTUGUÊS a) Pode ocorrer ainda o (objeto direto ou indireto) pleonástico, que consiste na retomada do objeto por um pronome pessoal, geralmente com a intenção de colocá-lo em destaque. Por Exemplo: As mulheres, eu as vi na cozinha. (Objeto Direto) A todas vocês, eu já lhes forneci o pagamento mensal. (Objeto Indireto) b) Os pronomes oblíquos o, a, os, as (e as variantes lo, la, los, las, no, na, nos, nas) são sempre objeto direto. Os pronomes lhe, lhes são sempre objeto indireto. Exemplos: Eu a encontrei no quarto. (OD) Vou avisá-lo.(OD) Eu lhe pagarei um sorvete.(OI) c) Os pronomes oblíquos me, te, se, nos, vos podem ser objeto direto ou indireto. Para determinar sua função sintática, podemos substituir esses pronomes por um substantivo: se o uso da preposição for obrigatório, então se trata de um objeto indireto; caso contrário, de objeto direto. Por Exemplo: Roberto me viu na escola.(OD) Substituindo-se "me" por um substantivo qualquer (amigo, por exemplo), tem-se: "Roberto viu o amigo na escola." Veja que a preposição não foi usada. Portanto, "me" é objeto direto. Observe o próximo exemplo: João me telefonou.(OI) Substituindo-se "me" por um substantivo qualquer (amigo, por exemplo), tem-se: "João telefonou ao amigo". A preposição foi usada. Portanto, "me" é objeto indireto. Complemento nominal É o termo que completa o sentido de uma palavra que não seja verbo. Assim, pode referir-se a substantivos, adjetivos ou advérbios, sempre por meio de preposição. Confira a seguir alguns exemplos: Saiba que: O complemento nominal representa o recebedor, o paciente, o alvo da declaração expressa por um nome. É regido pelas mesmas preposições do objeto indireto. Difere deste apenas porque, em vez de complementar verbos, complementa nomes (substantivos, adjetivos) e alguns advérbios em - mente. Agente da passiva É o termo da frase que pratica a ação expressa pelo verbo quando este se apresenta na voz passiva. Vem regido comumente da preposição "por" e eventualmente da preposição "de". Por exemplo: Ao passar a frase da voz passiva para a voz ativa, o agente da passiva recebe o nome de sujeito. Veja: Observações: a) O agente da passiva pode ser expresso por substantivos ou pronomes. Por Exemplo: O solo foi umedecido pela chuva. (substantivo) Este livro foi escrito por mim. (pronome) b) Embora o agente da passiva seja considerado um termo integrante, pode muitas vezes ser omitido. Por Exemplo: O público não foi bem recebido. (pelos anfitriões) Período composto Coordenação e subordinação Quando um período é simples, a oração de que é constituído recebe o nome de oração absoluta. Por exemplo: A menina comprou chocolate. Quando um período é composto, ele pode apresentar os seguintes esquemas de formação: a) Composto por Coordenação: ocorre quando é constituído apenas de orações independentes, coordenadas entre si, mas sem nenhuma dependência sintática. Por Exemplo: Saímos de manhã e voltamos à noite. b) Composto por Subordinação: ocorre quando é constituído de um conjunto de pelo menos duas _________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 34 PORTUGUÊS EXERCÍCIOS 1- ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS Para filmar sua versão do clássico de Lewis Carroll, Tim Burton chamou a sua trupe preferida. O eterno parceiro e alterego cinematográfico Johnny Depp faz um chapeleiro racionalmente louco e sentimental. Helena Bonham Carter interpreta uma rainha vermelha com problemas com a própria cabeça. Para incrementar o elenco, Anne Hathaway faz a boa rainha branca, e a ótima aposta Mia Wasikowska, o papel título. O resto é animação, em 3D. Na "Alice" de Burton, assistimos a típicos momentos sombrios que só o diretor sabe fazer, mas, apesar do extremo cuidado com cada cena e diferentemente do livro original, o filme não consegue agradar a todas as faixas etárias: é infantil demais. (Fonte: globo.com de 23/04/2010) Sobre a estrutura sintática do parágrafo acima, afirma-se: I. Há sete períodos. II. Três períodos são simples. III. O quarto período tem um verbo implícito. IV. A primeira oração do texto é adverbial. V. A última oração do texto é coordenada. Estão corretas A) apenas as quatro primeiras afirmações. B) as cinco afirmações. C) apenas as três primeiras afirmações. D) apenas as três últimas afirmações E) apenas as quatro últimas afirmações. 2- Assinale a alternativa que contém entre parênteses a classificação CORRETA do termo em destaque em cada frase. A) “[...] e teria a segurança de aventurar” (objeto indireto) B) “É o que contarei no outro capítulo.” (objeto indireto) C) “[...]nem esperou que eu lhe perguntasse pela filha.” (agente da voz passiva) D) “Os infelizes tinham caminhado o dia inteiro, estavam cansados e famintos. (predicativo do sujeito) E) “A isso quereria chamar de desorganização[...]” (objeto indireto) 3- No estudo sintático, é comum ensinar‐se que os termos essenciais da oração são o sujeito e o predicado. Mas, encontramos muitas vezes orações classificadas como “sem sujeito". Como explicar ser um termo essencial e, ao mesmo tempo, não estar presente na oração? A) Trata‐se de um erro de classificação da Nomenclatura Gramatical Brasileira. B) Deriva do fato de “essencial" ser uma classificação de base lógica,mas não sintática. C) Mostra que sempre há um sujeito, mesmo que ele não esteja formalmente presente. D) Indica uma antiga classificação dos termos sintáticos que não foi atualizada. E) Demonstra que “essencial" tem o sentido de “fundamental" e não de “imprescindível". 4- No período “Uma redação nota 10 é a que apresenta ideias que permitem ao leitor uma compreensão exata do que se pretendeu escrever.”, há três orações subordinadas, que são, respectivamente, A) adjetiva, substantiva objetiva indireta, adjetiva. B) adjetiva, adjetiva, substantiva completiva nominal. C) substantiva completiva nominal, adjetiva, adjetiva. D) adjetiva, adjetiva, adjetiva. E) substantiva predicativa, adjetiva, substantiva objetiva indireta. 5- Não houve erro na classificação do sujeito em: A) Um grupo de cientistas nos EUA anunciou a descoberta. (sujeito composto). orações, em que uma delas (Subordinada) depende sintaticamente da outra (Principal). Por Exemplo: c) Misto: quando é constituído de orações coordenadas e subordinadas. Por Exemplo: Obs.: qualquer oração (coordenada ou subordinada) será ao mesmo tempo principal, se houver outra que dela dependa. Por Exemplo: _________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 35 PORTUGUÊS B) Ela atua como uma fechadura bioquímica. (sujeito elíptico). C) Alguns psiquiatras acusam colegas de receitarem a droga. (sujeito simples). D) Uma dose do esteroide THP é suficiente. (sujeito indeterminado). E) Essa molécula é um receptor celular. (sujeito oculto). 6- I. Perdeu-se a fórmula da receita do sucesso. II. Não se repetiu o sucesso. III. É verdade. As orações acima estão corretamente organizadas em um só período, composto por subordinação, em A) A fórmula da receita do sucesso perdeu-se e ele não se repetiu, onde isso é verdade. B) É verdade que não se repetiu o sucesso cuja a fórmula da receita se perdeu. C) O sucesso, perdeu-se a fórmula, e é verdade que ele não se repetiu. D) É verdade que não se repetiu o sucesso, de cuja receita se perdeu a fórmula. E) A receita, a fórmula do sucesso se perdeu e, é verdade, não se repetiu. 7- Assinale a opção falsa quanto às informações referentes ao texto abaixo. A) A classificação da palavra que (linhas 1, 2 e 4) é de pronome relativo. B) A expressão por um negócio, firma ou transação (linha 2) é complemento nominal. C) No último trecho (linhas 4-5), há um período composto por coordenação e subordinação. D) A expressão de ferro (linha 1) é complemento nominal. E) O verbo controlar (linha 3) é transitivo direto. 8- Todos os termos sublinhados exercem a função sintática de objeto direto, EXCETO: A) Além de não haver óbice à suscitação de dúvida inversa, tal assertiva é chancelada pelo artigo 5° da Constituição. B) Firmaram um contrato de prestação de serviços para a campanha da candidata. C) Descabe a aplicação da pena de confesso no caso. D) Uma resolução tentará padronizar critérios que os juízes devem considerar ao autorizarem escutas. E) Na avaliação de agentes do governo, não faz sentido isentar de impostos sobre a exportação as grandes empresas. 9- Considere o período e as afirmações abaixo: Paulo, tem certeza da resposta? I. O nome próprio é o sujeito da oração. II. A pontuação está incorreta. Está correto o que se afirma em A) somente I B) somente II C) I e II D) nenhuma 10- alternativa correta quanto à função do termo destacado em: “Ele se outorgou esse comportamento desde sua última promoção.” é: A) Índice de indeterminação do sujeito. B) pronome apassivador. C) objeto indireto. D) objeto direto. E) objeto indireto pleonástico. 11- Para completar seu significado, o verbo perder, de modo geral, exige um complemento chamado objeto direto, o qual em “perderam familiares” é “familiares”. A palavra em negrito NÃO possui essa mesma função no seguinte segmento: A) haja chuvas torrenciais B) conhecemos os vales profundos C) cresce exuberante floresta D) provocam frequentemente deslizamentos 12- canção de Cartola diz: “Ainda é cedo, amor. / Mal começaste a conhecer a vida, / Já anuncias a hora de partida, / Sem saber mesmo o rumo que irás tomar”. Essa estrofe tem cinco orações. Qual a única que coloca o complemento do verbo ANTES do verbo? A) Ainda é cedo, amor; B) Mal começaste a conhecer a vida; C) Já anuncias a hora da partida; _________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 36 PORTUGUÊS VARIAÇÃO LINGUÍSTICA As variações linguísticas reúnem as variantes da língua que foram criadas pelos homens e são reinventadas a cada dia. Dessas reinvenções surgem as variações que envolvem diversos aspectos históricos, sociais, culturais e geográficos. No Brasil, é possível encontrar muitas variações linguísticas, por exemplo, na linguagem regional. Tipos de Variações Linguísticas Há diversos tipos de variações linguísticas segundo o campo de atuação: Variações Geográficas: está relacionada com o local em que é desenvolvida, por exemplo, as variações entre o português do Brasil e de Portugal. Variações Históricas: ela ocorre com o desenvolvimento da história, por exemplo, o português medieval e o atual. Variações Sociais: são percebidas segundo os grupos (ou classes) sociais envolvidos, por exemplo, um orador jurídico e um morador de rua. Variação Situacional: ocorre de acordo com o contexto o qual está inserido, por exemplo, as situações formais e informais. Regionalismo: particularidades linguísticas de determinada região. Dialetos: variações regionais ou sociais de uma língua. Socioletos: variantes da língua utilizadas por determinado grupo social. Gírias: expressões populares utilizadas por determinado grupo social. Linguagem Formal e Informal Quanto aos níveis da fala, podemos considerar dois padrões de linguagem: a linguagem formal e informal. Certamente, quando falamos com pessoas próximas utilizamos a linguagem dita coloquial, ou seja, aquela espontânea, dinâmica e despretensiosa. No entanto, de acordo com o contexto ao qual estamos inseridos, devemos seguir as regras e normas impostas pela gramática, seja quando elaboramos um texto (linguagem escrita) ou organizamos nossa fala numa palestra (linguagem oral). Em ambos os casos, utilizaremos a linguagem formal, que está de acordo com a normas gramaticais. Observe que as variações linguísticas são expressas geralmente nos discursos orais. Quando produzimos um texto escrito, seja em qual for o lugar do Brasil, seguimos as regras do mesmo idioma: a língua portuguesa. EXERCÍCIOS 1. Em Bom Português No Brasil, as palavras envelhecem e caem como folhas secas. Não é somente pela gíria que a gente é apanhada (aliás, não se usa mais a primeira pessoa, tanto do singular como do plural: tudo é “a gente”). A própria linguagem corrente vai-se renovando e a cada dia uma parte do léxico cai em desuso. Minha amiga Lila, que vive descobrindo essas coisas, chamou minha atenção para os que falam assim: – Assisti a uma fita de cinema com um artista que representa muito bem. Os que acharam natural essa frase, cuidado! Não saber dizer que viram um filme que trabalha muito bem. E irão ao banho de mar em vez de ir à praia, vestido de roupa de banho em vez de biquíni, carregando guarda-sol em vez de barraca. Comprarão um automóvel em vez de comprar um carro, pegarão um defluxo em vez de um resfriado, vão andar no passeio em vez de passear na calçada. Viajarão de trem de ferro e apresentarão sua esposa ou sua senhora em vez de apresentar sua mulher. (SABINO, F. Folha de S. Paulo, 13 abr. 1984) A língua varia no tempo, no espaço e em diferentes classes socioculturais. O texto exemplifica essa característica da língua,evidenciando que D) Sem saber mesmo o rumo; E) Que irás tomar. 13- Observe o início do Hino Nacional Brasileiro: Ouviram do Ipiranga as margens plácidas De um povo heroico o brado retumbante... Na oração acima, o sujeito é: A) indeterminado. B) um povo heroico. C) inexistente. D) as margens plácidas do Ipiranga. GABARITO: 1: B 2: E 3: B 7: D 8: C 9: D 4: D 5: B 6: D 10: C 11: C 12: E 13: D 14: B _________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 37 PORTUGUÊS a) o uso de palavras novas deve ser incentivado em detrimento das antigas. b) a utilização de inovações do léxico é percebida na comparação de gerações. c) o emprego de palavras com sentidos diferentes caracteriza diversidade geográfica. d) a pronúncia e o vocabulário são aspectos identificadores da classe social a que pertence o falante. e) o modo de falar específico de pessoas de diferentes faixas etárias é frequente em todas as regiões. 2. Óia eu aqui de novo xaxando Óia eu aqui de novo pra xaxar Vou mostrar pr’esses cabras Que eu ainda dou no couro Isso é um desaforo Que eu não posso levar Que eu aqui de novo cantando Que eu aqui de novo xaxando Óia eu aqui de novo mostrando Como se deve xaxar. Vem cá morena linda Vestida de chita Você é a mais bonita Desse meu lugar Vai, chama Maria, chama Luzia Vai, chama Zabé, chama Raque Diz que tou aqui com alegria. (BARROS, A. Óia eu aqui de novo. Disponível em Acesso em 5 maio 2013) A letra da canção de Antônio Barros manifesta aspectos do repertório linguístico e cultural do Brasil. O verso que singulariza uma forma do falar popular regional é: a) “Isso é um desaforo” b) “Diz que eu tou aqui com alegria” c) “Vou mostrar pr’esses cabras” d) “Vai, chama Maria, chama Luzia” e) “Vem cá, morena linda, vestida de chita” Gabarito: 1- B 2- C CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL A concordância verbal é estabelecida entre o verbo e o sujeito da oração. A concordância nominal é estabelecida entre o núcleo do sintagma nominal e os termos determinantes. A concordância é uma relação de determinação ou dependência morfossintática e pode ocorrer com relação ao nome ou ao verbo . Concordância é um processo utilizado pela língua para marcar formalmente as relações de determinação ou dependência morfossintática existentes entre os termos dos sintagmas no interior das orações. Essas relações morfossintáticas entre os termos de uma oração podem ser feitas por meio da concordância verbal (entre o verbo e o sujeito da oração) e nominal (entre o núcleo do sintagma nominal e seus termos determinantes). Vejamos cada uma das concordâncias: A concordância nominal é estabelecida entre o núcleo de um sintagma nominal em suas flexões de gênero (masculino e feminino) e número (singular e plural) e todos os termos que o determinam. Observe o exemplo: As tigelas dos gatos são antigas. Núcleo do sintagma Regra geral de concordância nominal Os adjetivos, pronomes, artigos, numerais e particípios (sintagmas nominais determinantes) concordam em gênero e número com o núcleo do sintagma nominal que determinam, isto é, flexionam-se em gênero e número de acordo com as flexões do elemento substantivo (substantivo, pronome ou numeral substantivo) a que se referem. Sintagmas nominais determinantes Adjetivos Pronomes adjetivos Artigos Numerais Particípios Sintagmas nominais determinados Substantivos Pronomes Numerais substantivos Lembre-se de que os sintagmas nominais determinantes concordam em gênero e número com os sintagmas nominais determinados. Veja o exemplo: Bonitas são as flores do meu jardim. Casos especiais de concordância nominal → Adjetivos pospostos aos substantivos Modificação de dois ou mais substantivos _________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 38 PORTUGUÊS Quando um ou mais adjetivos modificam dois ou mais substantivos que os antecedem, há duas possibilidades de concordância. a) O adjetivo concorda em gênero e número com o substantivo mais próximo. Exemplo: O macaco e a onça enfurecida foram para a parte de trás da jaula. macaco: substantivo masculino, singular onça: substantivo feminino, singular enfurecida: adjetivo feminino, singular. Note que, nesse caso, entendemos que o adjetivo refere-se somente ao segundo substantivo – onça (enfurecida). b) O adjetivo flexiona-se no plural. Exemplo: O macaco e a onça enfurecidos foram para a parte de trás da jaula. macaco: substantivo masculino, singular onça: substantivo feminino, singular enfurecidos: adjetivo masculino, plural. Note que, nesse caso, entendemos que o adjetivo refere-se a todos os substantivos (macaco e onça) que o antecedem. Lembre-se de que, na Língua Portuguesa, caso os substantivos a serem modificados por um adjetivo no plural sejam de gêneros (feminino e masculino) diferentes, a concordância é feita no masculino. Exemplo: As meninas do 6º B e o menino do 7º A são encrenqueiros. Modificação de substantivos que expressam gradação de sentido Quando há uma sequência de substantivos no singular cujo encandeamento sugere a ideia de gradação, os adjetivos podem ser flexionados no plural ou concordarem em número com o substantivo mais próximo. Exemplos: Gostaria de pedir frango e costela bem passados. Gostaria de pedir frango e costela bem passada. Note que a opção pela concordância no singular enfatiza a ideia de gradação, já que destaca a última palavra da sequência. → Adjetivos antepostos aos substantivos Modificação de dois ou mais substantivos Quando os adjetivos concordam em gênero e número com o primeiro substantivo da sequência. Exemplos: Gosto de comer deliciosos cajus, mangas e graviolas no verão. Gosto de comer deliciosos cajus, manga e graviola no verão. Note que, no segundo exemplo, o adjetivo masculino plural caracteriza apenas o substantivo masculino plural 'cajus'. Modificação de dois ou mais nomes próprios ou de parentesco Os adjetivos devem ser flexionados no plural. As maravilhosas Maria da Silva e Lúcia Vieira são nossas melhores vendedoras. Maravilhosas: adjetivo feminino no plural. Maria da Silva e Lúcia Vieira: substantivos femininos. Adjetivos na função de predicativo Devemos flexionar o adjetivo no plural quando este desempenha a função sintática de predicativo de um sujeito ou objeto cujo núcleo seja ocupado por mais de um substantivo. A mãe e a filha pareciam tristes com aquela situação. Mãe e filha: sujeito composto. Tristes: predicativo do sujeito. Casos específicos Obrigado/obrigada Como o agradecimento sugere certa adjetivação, obrigado ou obrigada devem concordar com a pessoa que fala, ou seja, com aquela que está agradecendo. Mulheres dizem obrigada, homens dizem obrigado. Exemplo: Mariana disse obrigada a todos os convidados. Menos Tanto na função de pronome adjetivo quanto na função de advérbio, 'menos' é sempre invariável. Isso significa que a flexão de gênero não é possível e, portanto, a palavra “menas” não existe na nossa língua. Exemplo: Ela é menos questionadora do que ele. _________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 39 PORTUGUÊS Mesmo e próprio Os pronomes de reforço, como são chamados, devem concordar em gênero e número com a pessoa a que fazem referência. Exemplos: As alunas mesmas que organizaram o evento. Eles próprios construíram suas casas neste condomínio. Meio/Meia A palavra 'meio' pode ser utilizada como numeral ou como advérbio, dependendo da palavra que a modifica. a) Quandodetermina um substantivo, ela funciona como um numeral adjetivo e, portanto, deve concordar em gênero com o substantivo. Exemplo: Adicione meia colher de açúcar. b) Quando modifica um adjetivo, sua função é de advérbio e, portanto, é invariável. Exemplo: Marisa é meio gastadeira, e seu marido está desempregado. Bastante A palavra 'bastante' pode ocupar a função de adjetivo ou advérbio, dependendo da palavra que a modifica. a) Quando modifica um substantivo, tem valor de adjetivo e, portanto, deve concordar em número com o substantivo a que se refere. Exemplo: Os meninos ficaram bastantes doentes com a mudança no clima. b) Quando ela modifica um adjetivo, sua função e de advérbio e, portanto, é invariável. Exemplo: João considerou bastante difíceis as questões do simulado. Anexo e incluso Anexo e incluso são adjetivos que devem concordar com o substantivo que modificam. Exemplos: Segue anexo o documento solicitado. Segue anexa a fotografia para cadastro. Os alunos estão inclusos no programa de assistência estudantil. A pasta de materiais está inclusa no valor da matrícula. É proibido, é bom e é necessário Essas expressões adjetivas devem concordar com o substantivo que as modifica. Existem dois casos. a) O adjetivo deve concordar em gênero e número com o substantivo caso o substantivo, que atua como núcleo do sujeito da oração, venha precedido de artigo ou outro elemento determinante. Exemplos: A sabedoria é necessária, sobretudo nos momentos mais difíceis. É proibida a entrada de crianças com menos de 1,20m. A receita do frango caipira com polenta é muito boa. b) O adjetivo deve permanecer no masculino singular quando o substantivo, que atua como núcleo do sujeito da oração, não é precedido por qualquer outro elemento que o determine. Exemplos: É proibido bebida destilada na festa. É necessário inteligência na resolução do problema. É necessário inteligência na resolução do problema. CONCORDÂNCIA VERBAL A concordância verbal é estabelecida entre o verbo, em suas flexões de número (plural e singular)e pessoa (1ª, 2ª e 3ª), e o sujeito da oração com o qual ele se relaciona. Observe o exemplo: Em alguns casos, o sujeito aparece após o verbo, o que não afeta as relações de concordância. O verbo deve concordar com o núcleo do sujeito em número e pessoa. Observe o exemplo: _________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 40 PORTUGUÊS Casos especiais de concordância verbal com sujeito simples Expressões partitivas + substantivo/pronome: Quando o sujeito apresenta expressão partitiva, ou seja, aquela que sugere uma “parte de alguma coisa”, seguida de substantivo ou pronome no plural, o verbo pode ficar no singular ou ir para o plural. Exemplos: A maioria dos alunos não estuda para o simulado. O verbo ficou no singular porque a concordância foi feita com o substantivo 'maioria', que é o núcleo do sujeito da oração. A maioria dos alunos não estudam para o simulado. O verbo passa para o plural caso a concordância seja feita com o substantivo que sucede a expressão partitiva, no núcleo do adjunto adnominal. Porcentagem Quando o sujeito apresenta apenas a expressão numérica de uma porcentagem, o verbo deve concordar com o valor da expressão numérica. Exemplos: 27% deixaram de ir às urnas neste ano. Apenas 73% compareceram às urnas neste ano. Aqueles 27% que não votaram terão que se justificar no TRE. Quando a expressão indicativa de porcentagem for seguida de um substantivo, transforma-se em uma expressão partitiva e, por isso, o verbo poderá concordar com o numeral ou como substantivo. Exemplo: 1% dos eleitores votaram nulo. 1% dos eleitores votou nulo. Expressões fracionárias Em expressões fracionárias, o verbo deve concordar com o numerador (o número que aparece acima do traço) da fração. Exemplo: No município de Tajuí, 1/3 dos eleitores é homem, ou seja, 2/3 são mulheres. Expressão indicativa de quantidade aproximada Quando o sujeito é constituído de qualquer expressão que indique quantidade aproximada, como mais de, menos de, perto de, cerca de, etc., seguida de numeral, o verbo concorda com o substantivo que segue essa expressão. Exemplos: Cerca de vinte e sete artistas prestigiaram o evento. Mais de um aluno ficou de recuperação em Matemática. Uma semana e um dia se passaram e ainda não tenho notícias dele. Pronomes relativos Pronome relativo 'que' a) Quando o pronome relativo 'que' atua como sujeito e introduz uma oração subordinada adjetiva, o verbo deverá concordar em número e pessoa com o termo da oração principal ao qual o pronome relativo faz referência. Exemplo: Foi Joana que fez esse bolo. b) Quando o pronome relativo 'que' for antecedido, na oração principal, pela expressão 'um(a) do(a)', o verbo da oração adjetiva vai para o plural. Exemplo: Pastor alemão é uma das raças caninas que melhor vigiam residências. c) Quando a intenção é a de destacar o sujeito do grupo, o verbo deve ser utilizado no singular. Exemplo: Pastor alemão é uma das r aças caninas que mais vigia residências. Pronome relativo 'quem' Quando o sujeito da oração é o pronome relativo 'quem', o verbo pode concordar com o antecedente do pronome ou com o próprio nome na 3ª pessoa do singular (ele/a). Exemplo: Fui eu quem reservou/reservei a hospedagem. Pronomes indefinidos e interrogativos a) Quando o sujeito apresenta expressões construídas com pronomes indefinidos ou interrogativos no plural, seguidos de preposição 'de' e dos pronomes 'nós' e 'vós', o verbo é flexionado no plural, mas pode também concordar em pessoa tanto com o pronome indefinido – na 3ª pessoa – como com o pronome pessoal. Exemplo: Alguns de nós poderão/poderemos saber a verdade ainda hoje. _________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 41 PORTUGUÊS b) Quando o pronome indefinido ou interrogativo estiver e no singular, o verbo concordará com a pessoa pronominal – 3ª do singular. Exemplo: Nenhum de nós merece sofrer. Pronomes de tratamento Quando o sujeito é constituído de um pronome de tratamento, o verbo vai sempre para a 3ª pessoa (singular ou plural), dependendo do número do pronome. Exemplo: Desejo que Vossa(s) Excelência(s) tenha(m) um excelente dia. Substantivos a) Quando o núcleo do sujeito é um substantivo coletivo, o verbo deve estar no singular. Exemplo: O cardume seguiu a jangada durante vinte minutos. b) Quando o núcleo do sujeito é um substantivo que apresenta forma plural, mas tem sentido singular, o verbo deve permanecer no singular. Exemplo: Férias é essencial para todo trabalhador e estudante. c) Quando o substantivo é antecedido por determinante, o verbo passará para o plural. Exemplo: Meus óculos são indispensáveis para que eu consiga trabalhar. d) Quando o núcleo do sujeito é constituído de um substantivo próprio que apresenta forma plural, o verbo fica no singular caso o substantivo não seja antecedido por um determinante. Exemplo: Amores possíveis é o melhor filme nacional que já vi. e) Quando o substantivo próprio for antecedido por determinante – artigo, pronome ou numeral, o verbo irá para o plural. Exemplo: Os Estados Unidos são o destino perfeito para quem é consumista. Casos especiais com sujeitos compostos Sujeito Posposto a)Quando o sujeito composto é posposto ao verbo, há duas possibilidades de realizar a concordância. A primeira é o verbo no plural concordando com todos os núcleos; a segunda é o verbo no singular concordando apenas como núcleo maispróximo caso ele esteja no singular. Exemplos: Entraram na sala o professor e os alunos. Entrou na sala o professor e os alunos. EXERCÍCIOS 1. Assinale a alternativa cuja concordância verbal NÃO está de acordo com o padrão culto: a) Menino, falaram-me mal de você. b) Haviam muitas crianças no parque ontem. c) Embaixo das pedras há muitas lagartas. d) Naquela casa, dorme-se de dia e trabalha-se à noite. 2. Assinale o erro: a) Compramos dois mil e quarenta folhas de papel especial. b) Comprei oitocentos gramas de pão. c) Fizemos uma observação na página trezentos e dois. d) Você ainda reside na casa dois? 3. Assinale a alternativa em que a marcação de concordância verbal NÃO corresponda ao português padrão. a) Vai fazer duas horas que Rubião contempla a enseada. b) Deram oito horas da manhã. c) Deviam estar arregalados os olhos de Rubião. d) Não consta no texto de Machado os valores recebidos na herança. 4. Assinale a alternativa incorreta. a) "Repousavam bem perto um do outro a matéria e o espírito." (A. Herculano) b) Mulher não foi talhada para homens indefesos. c) É necessário cautela com a vida. d) Para quem esta entrada é proibida? 5. Forma verbal errada: a) Não ponde o dedo em ferida alheia b) Não odieis o vosso próximo c) Não odeies o teu próximo d) Não intervenhais neste assunto 6. Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas correspondentes. A arma ……. se feriu desapareceu. Estas são as pessoas …….. lhe falei. Aqui está a foto ………. me referi. Encontrei um amigo de infância ……… nome não me lembrava. Passamos por uma fazenda ……….. se criam búfalos. _________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 42 PORTUGUÊS a) que, de que, à que, cujo, que b) com que, que, a que, cujo qual, onde c) com que, das quais, a que, de cujo, onde d) com a qual, de que, que, do qual, onde e) que, cujas, as quais, do cujo, na cuja 7. Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas da frase abaixo: A linguagem especial, ………. emprego se opõe o uso da comunidade, constitui um meio ………. os indivíduos de determinado grupo dispões para satisfazer o desejo de autoafirmação. a) a cujo, de que b) do cujo, ao qual c) cujo, que d) o qual, a que e) de que, do qual 8. Assinale a opção que completa corretamente as lacunas da seguinte frase. “O controle biológico de pragas, _______ o texto faz referência, é certamente o mais eficiente e adequado recurso _________ os lavradores dispõem para proteger a lavoura sem prejudicar o solo”. a) do qual, com que b) de que, que c) que, o qual d) ao qual, cujos e) a que, de que 9. I. Certifiquei-o …….. que uma pessoa muito querida aniversaria neste mês. II. Lembre-se …….. que, baseada em caprichos, não obterá bons resultados. III. Cientificaram-lhe…….. que aquela imagem refletia a alvura de seu mundo interno. De acordo com a regência verbal, a preposição de cabe: a) nos períodos I e II. b) apenas no período II. c) nos períodos I e III . d) em nenhum dos três períodos. e) nos três períodos. 10. Assinale a alternativa em que há erro de regência verbal. a) Os padres das capelas que mais dependiam do dinheiro desfizeram-se em elogios à garota. b) As admoestações que insisti em fazer ao rábula acabaram por não produzir efeito algum. c) Nem sempre o migrante, em cujas faces se refletia a angústia que lhe ia na alma, tinha como resolver a situação. d) Era uma noite calma que as pessoas gostavam, nem fria nem quente demais. e) Nem sempre o migrante, cujas faces refletiam a angústia que lhe ia na alma, tinha como resolver a situação. GABARITO 1. B 2. A 3. D 4. B 5. A 6. C 7. A 8. E 9. A 10. D REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL Regência Verbal Regência verbal é a parte da língua que se ocupa da relação entre os verbos e os termos que se seguem a ele e completam o seu sentido. Os verbos são os termos regentes, enquanto os objetos (direto e indireto) e adjuntos adverbiais são os termos regidos. Para entender melhor sobre esse assunto e não errar mais, confira abaixo alguns exemplos e suas respectivas explicações: Nos exemplos acima, morar é um verbo transitivo indireto, pois exige a preposição em(morar em algum lugar). No segundo exemplo, implicar é um verbo transitivo direto, pois não exige preposição (implicar algo, e não implicar em algo). No terceiro exemplo, ir exige a preposição a, o que faz dele um verbo transitivo direto. Na forma padrão, a oração “Isso implica em mudança de horário” não está correta. Vamos ver exemplos de alguns verbos e entender como eles são regidos. Alguns, conforme o seu significado, podem ter mais do que uma forma de regência. _________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 43 PORTUGUÊS 1. Assistir a) com o sentido de ver exige preposição: Que tal assistirmos ao filme? b) com o sentido de dar assistência não exige preposição: Sempre assistiu pessoas mais velhas. c) com o sentido de pertencer exige preposição: Assiste aos prejudicados o direito de indenização. 2. Chegar O verbo chegar é regido pela preposição “a”: Chegamos ao local indicado no mapa. Essa é a forma padrão. No entanto, é comum observarmos o uso da preposição “em” nas conversas informais, cujo estilo é coloquial: Chegamos no local indicado no mapa. 3. Custar a) com o sentido de ser custoso exige preposição: Aquela decisão custou ao filho. b) com o sentido de valor não exige preposição: Aquela casa custou caro. 4. Obedecer O verbo obedecer é transitivo indireto, logo, exige preposição: Obedeça ao pai! Na linguagem informal, entretanto, ele é usado como verbo transitivo direto: Obedeça opai! 5. Proceder a) com o sentido de fundamento é verbo intransitivo: Essa sua desconfiança não procede. b) com o sentido de origem exige preposição: Essa sua desconfiança procede de situações passadas. 6. Visar a) com o sentido de objetivo exige preposição: Visamos ao sucesso. Na variante coloquial, encontramos o verbo sendo utilizado sem preposição, ou seja, como verbo transitivo direto: Visamos o sucesso. b) com o sentido de mirar não exige preposição: O policial visou o bandido à distância. 7. Esquecer O verbo esquecer é transitivo direto, logo não exige preposição: Esqueci o meu material. No entanto, na forma pronominal, deve ser usado com preposição: Esqueci-me do meu material. 8. Querer a) com o sentido de desejar não exige preposição: Quero ficar aqui. b) com o sentido de estimar exige preposição: Queria muito aos seus amigos. 9. Aspirar a) com o sentido de respirar ou absorver não exige preposição: Aspirou todo o escritório. b) com o sentido de pretender exige preposição: Aspirou ao cargo de ministro. 10. Informar O verbo é transitivo direto e indireto, assim ele exige um complemento sem e outro com preposição: Informei o acontecimento aos professores. 11. Ir O verbo ir é regido pela preposição “a”: Vou à biblioteca. 12. Implicar a) com o sentido de consequência, o verbo implicar é transitivo direto, logo não exige preposição: O seu pedido implicará um novo orçamento. b) com o sentido de embirrar, é transitivo indireto, logo exige preposição: Implica com tudo! 13. Morar O verbo morar é regido pela preposição “em”: Mora no fim da rua. 14. Namorar O verbo namorar é transitivo direto, apesar de as pessoas o usarem sempre seguido de preposição: Namorou Maria durante anos. "Namorou com Maria durante anos" não é gramaticalmente aceito. 15. Preferir O verbo preferir é transitivo direto e indireto. Assim: Prefiro carne a peixe. 16. Simpatizar O verbo simpatizar é transitivo indireto e exige a preposição "com": Simpatiza com os mais velhinhos. 17.Chamar a) com o sentido de convocar não exige complemento com preposição: Chama o Pedro! b) com o sentido de apelidar exige complementos com e sem preposição: Chamou ao João de Mauricinho. Chamou João de Mauricinho. Chamou ao João Mauricinho. Chamou João Mauricinho. _________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 44 PORTUGUÊS 18. Pagar a) quando informamos o que pagamos o complemento não tem preposição: Paga o sorvete? b) quando informamos a quem pagamos o complemento exige preposição: Paga o sorvete ao dono do bar. Regência Nominal Regência Nominal é a maneira de um nome(substantivo, adjetivo e advérbio) relacionar-se com seus complementos. Em geral, a relação entre o nome e o seu complemento é estabelecida por preposição. Portanto, é justamente o conhecimento da preposição o que há de mais importante na regência nominal. Exemplos Confira abaixo alguns exemplos e frases com regência nominal: Exemplo de regência de alguns nomes: Amor Tenha “amor a” seus livros. Meu “amor pelos” animais me conforta. Cultivemos o “amor da” família. O amor “para com” a Pátria. Ansioso Olhos “ansiosos de” novas paisagens. Estava “ansioso por” vê-la. Estou “ansioso para” ler o livro. Exemplos de nomes transitivos e suas respectivas preposições: Acessível a Exemplo: Isto é acessível a todos. Acostumado a, com Exemplos: Estou acostumado a comer pouco. Estamos acostumados com as novas ferramentas. Afável com, para com Exemplos: Ele é afável com sua filha. O professor tem sido afável para com seus alunos. Agradável a Exemplo: Sou agradável a ti. Alheio a, de Exemplos: Ele vive alheio a tudo. João está alheio de carinho fraternal. Apto a, para Exemplos: Estou apto a trabalhar. Joana está apta para desenvolver suas funções. Aversão a, por Exemplos: Ele tem aversão a pessoas. Paula tem aversão por itens supérfluos. Benefício a Exemplo: Pilates é um grande benefício à saúde. Capacidade de, para Exemplos: Laura tem excepcional capacidade de comunicação. Joaquim tem capacidade para o trabalho. Capaz de, para Exemplos: Ele é capaz de tudo. A empresa é capaz para trabalhar com projetos. Compatível com Exemplo: Seu computador é compatível com este. Contrário a Exemplo: Esse modo de vida é contrário à saúde. Curioso de, por Exemplos: Luís é curioso de tudo. Vitória é curiosa por natureza Descontente com Exemplo: Estamos descontentes com nosso sistema político. Essencial para EXERCÍCIOS 1- A única frase que NÃO apresenta desvio em relação à regência (nominal e verbal) recomendada pela norma culta é: a) O governador insistia em afirmar que o assunto principal seria “as grandes questões nacionais”, com o que discordavam líderes pefelistas. b) Enquanto Cuba monopolizava as atenções de um clube, do qual nem sequer pediu para integrar, a situação dos outros países passou despercebida. c) Em busca da realização pessoal, profissionais escolhem a dedo aonde trabalhar, priorizando à empresas com atuação social. d) Uma família de sem-teto descobriu um sofá deixado por um morador não muito consciente com a limpeza da cidade. e) O roteiro do filme oferece uma versão de como conseguimos um dia preferir a estrada à casa, a paixão e o sonho à regra, a aventura à repetição. 2- Assinale a alternativa correta: _________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 45 PORTUGUÊS I – “ um modelo de atenção adequado em relação às normas de acesso, diagnóstico, tratamento e reabilitação” . A) Na oração exposta na proposição I, explica- se o uso da crase por obediência às regras de concordância nominal ao adequar a referência do substantivo “relação” ao seu complemento nominal “normas”. B) Na oração exposta na proposição I, explica- se o uso da crase por obediência às regras de concordância verbal ao adequar a referência do substantivo “relação” ao seu complemento nominal “normas”. C) Na oração exposta na proposição I, explica- se o uso da crase por obediência às regras de regência nominal ao adequar a referência do adjunto adverbial transitivo “em relação” ao seu complemento nominal “normas”. D) Na oração exposta na proposição I, explica-se o uso da crase por obediência às regras de regência verbal ao adequar a referência do adjunto adverbial transitivo “em relação” ao seu complemento verbal “normas”. 3- Considere o período e as armações abaixo: A maioria dos jovens que leem prefere romance do que poesia. I. Há um erro de concordância verbal, pois o correto seria “preferem”. II. Há um erro de regência verbal. Está correto o que se arma em A) somente I B) somente II C) I e II D) nenhuma 4- Leia o texto. Naquela clínica veterinária haviam prossionais dedicados ao zêlo e tratamento de animais domésticos. A população do bairro que, valia-se dos serviços especializados, parecia satisfeitos com o que recebiam. Em lugar visível, no interior da clínica lia- se o seguinte aviso: “É proibido a entrada de pessoas portadoras de mau-humor neste ambiente!” Sobre o texto, avalie as armativas abaixo: 1. A primeira frase do texto apresenta desvios quanto à norma culta. 2. No texto, não há problemas de regência verbal. 3. A concordância verbal está inadequada em mais de uma situação. 4. O aviso axado no interior da clínica pode ser considerado correto quanto à norma culta. 5. Não há problemas de pontuação no texto. Assinale a alternativa que indica todas as armativas corretas. A) São corretas apenas as armativas 2 e 4. B) São corretas apenas as armativas 4 e 5. C) São corretas apenas as armativas 1, 2 e 3. D) São corretas apenas as armativas 2, 3 e 5. E) São corretas apenas as armativas 3, 4 e 5. 5- A regência verbal e o emprego do sinal indicativo de crase estão em conformidade com a norma-padrão da língua em: A) É preciso dar atenção à ela. B) Ele criticou à certas convenções. C) O médico tentou dissuadi-lo à trabalhar. D) Lá deu vida àquelas obras literárias. E) Karl defendia à uma revolução. Gabarito: 1- E 2- C 3- B 4- C 5- D ESTRUTURA E FORMAÇÃO DAS PALAVRAS Embora utilizemos as palavras como um todo significativo, elas são formadas por estruturas menores, com significados próprios. Além disso, existem diferentes processos que contribuem para a formação das palavras. Estrutura das palavras As palavras podem ser subdivididas em estruturas significativas menores - os morfemas, também chamados de elementos mórficos: radical e raiz; vogal temática; tema; desinências; afixos; vogais e consoantes de ligação. _________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 46 PORTUGUÊS Análise de morfemas Avissássemos aviss-á-sse-mos aviss (radical) á (vogal temática) sse (desinência indicativa do modo e tempo verbal) mos (desinência indicativa da pessoa e número verbal) Separação de morfemas Força força (forç-a) forçar (forç-a-r) forçado (forç-a-do) forcinha (forc-inh-a) esforçar (es-forç-a-r) esforçadamente (es-forç-a-da-mente) Formação de palavras Existem diversos processos que possibilitam a formação de novas palavras. Os dois processos principais são a derivação e a composição. Existem vários tipos de derivação e composição: derivação prefixal; derivação sufixal; derivação parassintética; derivação regressiva; derivação imprópria; composição por justaposição; composição por aglutinação. Outros processos de formação de palavras Além da derivação e da composição, existem outros processos secundários de formação de palavras: abreviação (vídeo, de videocassete) reduplicação (zum-zum) combinação (showmício, de show+ comício) intensificação (culpabilizar, de culpar) hibridismo (monóculo, do grego mono + o latim oculus) EXERCÍCIOS 1. Assinale a opção em que nem todas as palavras possuem o mesmo radical: _________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 47 PORTUGUÊS a) noite, anoitecer, noitada; b) luz, luzeiro, alumiar; c) incrível, crente, crer; d) festa, festeiro, festejar; e) riqueza, ricaço, enriquecer. 2. A série em que os vocábulos enumerados se relacionam porque provêm da mesma raiz é: a) florescer, flandres, florear; b) pousada, aposentado, cômodo; c) reger; regulamento; regra; d) corte; percurso; correr; e) angústia; ângulo; anjo. 3. Assinale oca única opção em que ocorre variante do radical: a) dizer, dizes, dizia; b) faço, fazes, façamos; c) amaria, amavas, amou; d) quero, queres, querias; e) vência, venceste, vence. 4. Assinale a opção em que há erro na identificação do elemento mórfico grifado: a) compostas: desinência de feminino; b) quadrar: radical; c) adotei vogal temática; d) pareceram: vogal temática; e) influência: desinência de feminino. 5. Vocábulo onde existe desinência de gênero: a) segredo; b) curiosidade; c) força; d) verbo; e) alheia. 6. Assinale a alternativa sem desinência modo temporal: a) aplaudias; b) acordou; c) faltarás; d) vendam; e) cobrasses. GABARITO 01. B 02. C 03. B 04. E 05. E 06. B PARAGRAFAÇÃO O parágrafo se desenvolve em torno de uma ideia central e apresenta diferentes modos de organização, definidos em função do gênero textual e do objetivo de quem o escreveu (contrastar, enumerar, explicar, destacar relações de causa-consequência, etc.) . Na condução do trabalho, é importante ficar atento para que não se construa o pressuposto de que se deve criar um novo parágrafo, quando se muda de assunto. Em um texto informativo, o assunto é o mesmo, o que não significa que o texto vai repetir uma mesma ideia em toda a sua extensão. Nesse ponto, pode-se concluir que a paragrafação está relacionada à progressão temática, que consiste em manter o assunto, mas variar o aspecto desse assunto que será abordado. Uma analogia pode ser a comparação com uma filmagem de uma festa de aniversário. A câmera aborda diferentes aspectos da festa – os convidados, a decoração, o aniversariante, o bolo –, tudo, porém, diz respeito à mesma festa. A filmagem de cada um desses aspectos corresponderia a um parágrafo, mas o assunto continua a ser a festa. _________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 48 PORTUGUÊS Para construir um texto, necessitam-se de palavras (óbvio!). Estas palavras podem estar conectadas entre si por meio de conjunções, pronomes, os quais irão dar sentido ao texto. Os operadores sequenciais e as expressões referenciais podem ser tanto sinônimos, os quais irão recuperar termos, como antônimos, pronomes. Dessa forma, a unidade textual não fica redundante ou repetitiva - daí a importância desses operadores e expressões de referência. Articulação textual: operadores sequenciais, expressões referenciais A paragrafação, ação de criar parágrafos, é uma convenção da escrita, assim como a ortografia e a pontuação, por exemplo. A noção mais corrente de parágrafo é que ele se constitui num afastamento da palavra inicial da frase da margem esquerda do papel. Mas não é só essa marca gráfica que define um parágrafo. Em uma redação, por exemplo, é preciso saber qual conectivo (conjunções e preposições) ligam as ideias para que estas se tornem claras. Esses elementos estão inclusos no que se convencionou, em Linguística, chamar de coesão, tema que veremos nas linhas seguintes. De acordo com Neves (2011, p. 449), os pronomes têm “a capacidade de fazer referência”. São eles: _________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 49 PORTUGUÊS Eu, Tu (Você), Ele (Ela), Nós, Vós (Vocês), Eles (Elas) Me, Nos, Te, Vos, O, A, Lhe, Se Mim, Comigo, Nós, Conosco, Ti, Contigo, Vós, Convosco, Si, Consigo. As preposições também são operadores sequenciais. São elas: a, até, com, contra, de, em, entre, para, por, sob, sobre, ante, após, desde, perante, sem. As conjunções, por sua vez, podem ser tanto coordenativas ou subordinativas. O primeiro tipo liga duas orações independentes entre si. A segunda liga o sentido entre as frases dependentes. Conjunções Coordenativas: Aditivas: e, nem, também, como também, bem como, mas ainda, não só… mas, não só... mas também, não só... como também, não só... bem como, não só... mas ainda. Adversativas: mas, entretanto, no entanto, porém, todavia, contudo, não obstante. Alternativas: ou, ou… ou, ora… ora, já… já, quer… quer, seja… seja. Conclusivas: logo, portanto, por isso, assim, por conseguinte, então. Explicativas: que, porque, porquanto, pois. Conjunções Subordinativas: Causais: porque, uma vez que, sendo que, visto que, como, já que, desde que, pois. Consecutivas: que (precedido de tal, tão, tanto, tamanho), sem que, de modo que, de forma que, de maneira que. assim como, mais… que, menos… que, (tanto) quanto. Proporcionais: à medida que, à proporção que, ao passo que, quanto mais (tanto menos), quanto menos. Finais: a fim de que, para que. Temporais: quando, enquanto, sempre que, logo, que, depois que, desde que, assim que, até que, cada vez que, sem que. Coerência: manifestada em grande parte macrotextualmente, refere-se aos modos como os componentes do universo textual se unem de maneira acessível e relevante; Coesão e coerência textual Por essas duas palavras - coesão e coerência - compreendemos a relação de sentido que se estabelece entre as partes do texto, criando uma unidade de sentido (ou seja, criando um discurso que faça sentido para o receptor). A coesão auxilia a coerência, mas não é algo necessário para que esta se dê: mesmo não havendo coesão, pode haver coerência. A coerência manifestada no nível microtextual refere-se aos modos como os componentes do universo textual estão ligados entre si dentro de uma sequência. Coesão: quando manifestada no nível microtextual, refere-se aos modos como os componentes do universo textual estão ligados entre si dentro de uma sequência; Há vários tipos de coesão. São eles: Comparativas: como, tal qual, que, do que, Referência: exofórica e endofórica (que pode ser anáfora e catáfora); Exofórica é quando há uma relação extralinguística, isto é, textos orais. Já a endofórica é uma relação interna. Será anáfora quando houver retomada, recuperação de termos, com o uso de pronomes, por exemplo. Já a catáfora indica um termo subsequente. Por exemplo:Conformativas: conforme, assim como, segundo, consoante, como, de acordo com que. Condicionais: se, caso, contanto que, a menos que, sem que, salvo se, desde que. Concessivas: mesmo que, por mais que, ainda que, ainda quando, quando mesmo, se bem que, embora, conquanto, posto que, por muito que, apesar de que, que, malgrado, dado que, suposto que. - O menino brigou com a menina. Ela não teve culpa (anáfora) - Vou lhe dizer isto: fique longe de mim (catáfora) NORMAS SAMU ÍNDICE Portaria GM/MS nº 2.048, de 05 de novembro de 2002...........................................................................................................................02 Portaria nº 1.600/GM/MS, de 7 de julho de 2011........................................................................................................................................74 Portaria Federal nº 1.010/GM/MS 21 de maio de 2012.............................................................................................................................78 Manual de Capacitação SAMU Relatório de Classificação das Unidades Hospitalares Segundo Função Por Região de Saúde no Estadode Minas Gerais Noções de primeiros socorros..............................................................................................................................................................................88 Grade de Referência da Rede Hospitalar Plano Diretor de Regionalização (PDR) Prezado candidato, referente ao conteúdo abaixo, devido à complexibilidade e ao formato do conteúdo em questão, disponibilizaremos o PDF em nosso site: www.cursoopcao.com.br PORTARIA GM/MS Nº 2.048, DE 05 DE NOVEMBRO DE 2002 PORTARIA Nº 2048, DE 5 DE NOVEMBRO DE 2002 O Ministro de Estado da Saúde, no uso de suas atri- buições legais, Considerando que a área de Urgência e Emergência constitui-se em um importante componente da assistên- cia à saúde; Considerando o crescimento da demanda por servi- ços nesta área nos últimos anos, devido ao aumento do número de acidentes e da violência urbana e a insuficien- te estruturação da rede assistencial, que têm contribuído decisivamente para a sobrecarga dos serviços de Urgên- cia e Emergência disponibilizados para o atendimento da população; Considerando as ações já desenvolvidas pelo Minis- tério da Saúde que, em parceria com as Secretarias de Saúde dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, tem realizado grandes esforços no sentido de implan- tar um processo de aperfeiçoamento do atendimento às urgências e emergências no País, tanto pela criação de mecanismos para a implantação de Sistemas Estaduais de Referência Hospitalar em Atendimento às Urgências e Emergências como pela realização de investimentos relativos ao custeio e adequação física e de equipamen- tos dos serviços integrantes destas redes, na área de assistência pré-hospitalar, nas Centrais de Regulação, na capacitação de recursos humanos, na edição de nor- mas específicas para a área e na efetiva organização e estruturação das redes assistenciais na área de urgência e emergência; Considerando a necessidade de aprofundar o proces- so de consolidação dos Sistemas Estaduais de Urgência e Emergência, aperfeiçoar as normas já existentes e am- pliar o seu escopo e ainda a necessidade de melhor de- finir uma ampla política nacional para esta área, com a organização de sistemas regionalizados, com referências previamente pactuadas e efetivadas sob regulação mé- dica, com hierarquia resolutiva e responsabilização sani- tária, universalidade de acesso, integralidade na atenção e eqüidade na alocação de recursos e ações do Sistema de acordo com as diretrizes gerais do Sistema Único de Saúde e a Norma Operacional da Assistência à Saúde - NOAS-SUS 01/2002; Considerando a grande extensão territorial do País, que impõe distâncias significativas entre municípios de pequeno e médio porte e seus respectivos municípios de referência para a atenção hospitalar especializada e de alta complexidade, necessitando, portanto, de serviços intermediários em complexidade, capazes de garantir uma cadeia de reanimação e estabilização para os pa- cientes graves e uma cadeia de cuidados imediatos e re- solutivos para os pacientes agudos não-graves; Considerando a necessidade de ordenar o atendi- mento às Urgências e Emergências, garantindo acolhi- mento, primeira atenção qualificada e resolutiva para as pequenas e médias urgências, estabilização e referência adequada dos pacientes graves dentro do Sistema Único de Saúde, por meio do acionamento e intervenção das Centrais de Regulação Médica de Urgências; Considerando a expansão de serviços públicos e pri- vados de atendimento pré-hospitalar móvel e de trans- porte inter-hospitalar e a necessidade de integrar estes serviços à lógica dos sistemas de urgência, com regula- ção médica e presença de equipe de saúde qualificada para as especificidades deste atendimento e a obrigato- riedade da presença do médico nos casos que necessi- tem suporte avançado à vida, e Considerando a necessidade de estimular a criação de estruturas capazes de problematizar a realidade dos serviços e estabelecer o nexo entre trabalho e educação, de forma a resgatar o processo de capacitação e educa- ção continuada para o desenvolvimento dos serviços e geração de impacto em saúde dentro de cada nível de atenção e ainda de propor currículos mínimos de capa- citação e habilitação para o atendimento às urgências, em face dos inúmeros conteúdos programáticos e cargas horárias existentes no país e que não garantem a quali- dade do aprendizado, resolve: Art. 1º Aprovar, na forma do Anexo desta Portaria, o Regulamento Técnico dos Sistemas Estaduais de Ur- gência e Emergência. § 1º O Regulamento ora aprovado estabelece os princípios e diretrizes dos Sistemas Estaduais de Urgência e Emergência, as normas e critérios de funcionamento, classificação e cadastramento de serviços e envolve temas como a elaboração dos Planos Estaduais de Atendimento às Urgências e Emergências, Regulação Médica das Urgências e Emergências, atendimento pré-hospitalar, atendimento pré- hospitalar móvel, atendimento hospitalar, transporte inter-hospitalar e ainda a criação de Núcleos de Edu- cação em Urgências e proposição de grades curricu- lares para capacitação de recursos humanos da área; § 2º Este Regulamento é de caráter nacional devendo ser utilizado pelas Secretarias de Saúde dos estados, do Distrito Federal e dos municípios na implantação dos Sistemas Estaduais de Urgência e Emergência, na avaliação, habilitação e cadastramento de serviços em todas as modalidades assistenciais, sendo extensivo ao setor privado que atue na área de urgência e emergência, com ou sem vínculo com a prestação de serviços aos usuários do Sistema Único de Saúde. Art. 2º Determinar às Secretarias de Saúde dos esta- dos, do Distrito Federal e dos municípios em Gestão Plena do Sistema Municipal de Saúde, de acordo com as respectivas condições de gestão e a divisão de res- ponsabilidades definida na Norma Operacional de Assistência à Saúde – NOAS-SUUS 01/2002, a adoção das providências necessárias à implantação dos Sis- temas Estaduais de Urgência e Emergência, à organi- zação das redes assistenciais deles integrantes e à or- ganização/habilitação e cadastramento dos serviços, em todas as modalidades assistenciais, que integrarão estas redes, tudo em conformidade com o estabelecido no Regulamento Técnico aprovado por esta Portaria, bem como a designação, em cada estado, do respec- tivo Coordenador do Sistema Estadual de Urgência e Emergência. __________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 2 NORMAS SAMU § 1º As Secretarias de Saúde dos estados e do Distrito Federal devem estabelecer um planejamento de distribuição regional dos Serviços, em todas as modalidades assistenciais, de maneira a constituir o Plano Estadual de Atendimento às Urgências e Emergências conforme estabelecido no Capítulo I do Regulamento Técnico desta Portaria e adotar as providências necessárias à organização/habilitação e cadastramento dos serviços que integrarão o Sistema Estadual de Urgência e Emergência; § 2º A abertura de qualquer Serviço de Atendimento às Urgências e Emergências deverá ser precedida de consulta ao Gestor do SUS, de nível local ou estadual, sobre as normas vigentes, a necessidade de sua criação e a possibilidade de cadastramento do mesmo, sem a qual o SUS não se obriga ao cadastra- mento. § 3º Uma vez concluída a fase de Planejamento/ Distribuição de Serviços conforme estabelecido no § 1º, confirmada a necessidade do cadastramento e conduzido o processo de seleção de prestadores de serviço pelo Gestor do SUS, o processo de cadastramento deverá ser formalizado pela Secretaria de Saúde do estado, do Distrito Federal ou do município em Gestão Plena do Sistema Municipal, de acordo com as respectivas condições de gestão e a divisão de responsabilidades estabelecida na Norma Operacional de Assistência à Saúde – NOAS-SUS 01/2002. § 4º O Processo de Cadastramento deverá ser instruídocom: a - Documentação comprobatória do cumprimento das exigências estabelecidas no Regulamento Técnico aprovado por esta Portaria. b - Relatório de Vistoria – a vistoria deverá ser realiza- da “in loco” pela Secretaria de Saúde responsável pela formalização do Processo de Cadastramento que ava- liará as condições de funcionamento do Serviço para fins de cadastramento: área física, recursos humanos, responsabilidade técnica e demais exigências estabe- lecidas nesta Portaria; c - Parecer Conclusivo do Gestor – manifestação ex- pressa, firmada pelo Secretário da Saúde, em relação ao cadastramento. No caso de Processo formalizado por Secretaria Municipal de Saúde de município em Gestão Plena do Sistema Municipal de Saúde, deverá constar, além do parecer do gestor local, o parecer do gestor estadual do SUS, que será responsável pela in- tegração do Centro à rede estadual e a definição dos fluxos de referência e contra-referência dos pacientes. § 5º Uma vez emitido o parecer a respeito do cadastramento pelo(s) Gestor(es) do SUS e se o mesmo for favorável, o Processo deverá ser encaminhado da seguinte forma: a - Serviços de Atendimento Pré-Hospitalar, Pré-Hos- pitalar Móvel, e Hospitalar de Unidades Gerais de Tipo I ou II – o cadastramento deve ser efetivado pelo pró- prio gestor do SUS; b - Unidades de Referência Hospitalar em Atendimen- to às Urgências e Emergências de Tipo I, II ou III – re- meter o processo para análise ao Ministério da Saúde/ SAS, que o avaliará e, uma vez aprovado o cadastra- mento, a Secretaria de Assistência à Saúde tomará as providências necessárias à sua publicação. Art. 3º Alterar o Artigo 2º da Portaria GM/MS nº 479, de 15 de abril de 1999, que estabelece os critérios para a classificação e inclusão dos hospitais nos Sistemas Estaduais de Referência Hospitalar em Atendimento de Urgências e Emergência, que passa a ter a reda- ção dada pelo contido no Capítulo V do Regulamento Técnico constante do Anexo desta Portaria no que diz respeito às Unidades Hospitalares de Referência em Atendimento às Urgências e Emergências de Tipo I, II e III. § 1º Ficam mantidos todos os demais Artigos e parágrafos da Portaria GM/MS nº 479, de 15 de abril de 1999; § 2º Ficam convalidados todos os atos que tenham sido praticados até a presente data relacionados com a classificação, cadastramento e inclusão de hospitais nos Sistemas Estaduais de Referência Hospitalar em Atendimento de Urgências e Emergências, com base no estabelecido na Portaria GM/MS nº 479, de 15 de abril de 1999; § 3º A partir da publicação da presente Portaria, a classificação, cadastramento e inclusão de novas Unidades Hospitalares de Referência em Atendimento às Urgências e Emergências de Tipo I, II ou III deverá se dar em cumprimento ao estabelecido no Capítulo V do Regulamento Técnico ora aprovado e no Artigo 2º desta Portaria. Art. 4° Determinar à Secretaria de Assistência à Saúde, dentro de seus respectivos limites de competência, a adoção das providências necessárias à plena aplicação das recomendações contidas no texto ora aprovado. Art. 5º Estabelecer o prazo de 2 (dois) anos para a adaptação dos serviços de atendimento às urgências e emergências já existentes e em funcionamento, em todas as modalidades assistenciais, às normas e crité- rios estabelecidos pelo Regulamento Técnico aprovado por esta Portaria. § 1º As Secretarias de Saúde dos estados, do Distrito Federal e dos municípios em Gestão Plena do Sistema Municipal, devem, dentro do prazo estabelecido, adotar as providências necessárias para dar pleno cumprimento ao disposto nesta Portaria e classificar, habilitar e cadastrar os serviços de atendimento às urgências e emergências já existentes e em funcionamento; § 2º Para a classificação, habilitação e cadastramento de novos serviços de atendimento às urgências e emergências, em qualquer modalidade assistencial, esta Portaria tem efeitos a contar de sua publicação. Art. 6º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, revogando a Portaria GM/MS nº 814, de 01 de junho de 2001. BARJAS NEGRI ANEXO SISTEMAS ESTADUAIS DE URGÊNCIA E EMERGÊN- CIA REGULAMENTO TÉCNICO INTRODUÇÃO A área de Urgência e Emergência constitui-se em um importante componente da assistência à saúde. A crescente demanda por serviços nesta área nos últimos anos, devida ao crescimento do número de acidentes e da violência urbana e à insuficiente estruturação da rede são fatores que têm contribuído decisivamente para a __________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 3 NORMAS SAMU sobrecarga de serviços de Urgência e Emergência dispo- nibilizados para o atendimento da população. Isso tem transformado esta área numa das mais problemáticas do Sistema de Saúde. O aumento dos casos de acidentes e violência tem forte impacto sobre o SUS e o conjunto da sociedade. Na assistência, este impacto pode ser medido diretamente pelo aumento dos gastos realizados com internação hos- pitalar, assistência em UTI e a alta taxa de permanência hospitalar deste perfil de pacientes. Na questão social, pode ser verificado pelo aumento de 30% no índice APVP (Anos Potenciais de Vida Perdidos) em relação a aciden- tes e violências nos últimos anos, enquanto que por cau- sas naturais este dado encontra-se em queda. A assistência às urgências se dá, ainda hoje, predo- minantemente nos “serviços” que funcionam exclusiva- mente para este fim – os tradicionais pronto-socorros – estando estes adequadamente estruturados e equipados ou não. Abertos nas 24 horas do dia, estes serviços aca- bam por funcionar como “porta-de-entrada” do sistema de saúde, acolhendo pacientes de urgência propriamente dita, pacientes com quadros percebidos como urgências, pacientes desgarrados da atenção primária e especializa- da e as urgências sociais. Tais demandas misturam-se nas unidades de urgência superlotando-as e comprometen- do a qualidade da assistência prestada à população. Esta realidade assistencial é, ainda, agravada por problemas organizacionais destes serviços como, por exemplo, a falta de triagem de risco, o que determina o atendimen- to por ordem de chegada sem qualquer avaliação pré- via do caso, acarretando, muitas vezes, graves prejuízos aos pacientes. Habitualmente, as urgências “sangrantes” e ruidosas são priorizadas, mas, infelizmente, é comum que pacientes com quadros mais graves permaneçam horas aguardando pelo atendimento de urgência, mes- mo já estando dentro de um serviço de urgência. Como exemplo desta situação pode-se citar o caso de um idoso com doença pulmonar obstrutiva crônica em episódio de agudização cursando com insuficiência http://dtr2001. saude.gov.br/sas/PORTARIAS/Port2002/Gm/GM-2048. htm (5 of 147)27/08/2010 09:27:21 Nova pagina 1 respi- ratória ou, ainda, uma importante arritmia cardíaca cur- sando com hipoxemia. Outra situação preocupante para o sistema de saú- de é a verificada “proliferação” de unidades de “pronto atendimento” que oferecem atendimento médico nas 24 horas do dia, porém sem apoio para elucidação diagnós- tica, sem equipamentos e materiais para adequada aten- ção às urgências e, ainda, sem qualquer articulação com o restante da rede assistencial. Embora cumprindo papel no escoamento das demandas reprimidas não satisfeitas na atenção primária, estes serviços oferecem atendimen- tos de baixa qualidade e pequena resolubilidade, que implicam em repetidos retornos e enorme produção de “consultas de urgência”. O Ministério da Saúde, ciente dos problemas existen- tes e, em parceria com as Secretarias de Saúde dos es- tados e municípios, tem contribuído decididamente para a reversão deste quadro amplamente desfavorável à as- sistência da população. Diversas medidas já foram ado- tadas, das quais podemos destacar aquelas reunidas no Programa de Apoio à Implantação de Sistemas Estaduais de Referência Hospitalar em Atendimento de Urgência e Emergência. Além de realizarinvestimentos relativos ao custeio e adequação física e de equipamentos dos servi- ços integrantes destas redes, na área de assistência pré- -hospitalar, nas Centrais de Regulação e de promover a capacitação de recursos humanos, grandes esforços têm sido empreendidos na efetiva organização e estruturação das redes assistenciais na área de urgência e emergência. Com o objetivo de aprofundar este processo de con- solidação dos Sistemas Estaduais de Urgência e Emer- gência, aperfeiçoando as normas já existentes e am- pliando o seu escopo, é que está sendo publicado o presente Regulamento Técnico. A implantação de redes regionalizadas e hierarquizadas de atendimento, além de permitir uma melhor organização da assistência, articu- lar os serviços, definir fluxos e referências resolutivas é elemento indispensável para que se promova a universa- lidade do acesso, a eqüidade na alocação de recursos e a integralidade na atenção prestada. Assim, torna-se im- perativo estruturar os Sistemas Estaduais de Urgência e Emergência de forma a envolver toda a rede assistencial, desde a rede pré-hospitalar, (unidades básicas de saúde, programa de saúde da família (PSF), ambulatórios espe- cializados, serviços de diagnóstico e terapias, unidades não hospitalares), serviços de atendimento pré-hospita- lar móvel (SAMU, Resgate, ambulâncias do setor privado, etc.), até a rede hospitalar de alta complexidade, capaci- tando e responsabilizando cada um destes componen- tes da rede assistencial pela atenção a uma determinada parcela da demanda de urgência, respeitados os limites de sua complexidade e capacidade de resolução. Estes diferentes níveis de atenção devem relacionar-se de for- ma complementar por meio de mecanismos organizados e regulados de referência e contra referência, sendo de fundamental importância que cada serviço se reconhe- ça como parte integrante deste Sistema, acolhendo e atendendo adequadamente a parcela da demanda que lhe acorre e se responsabilizando pelo encaminhamento desta clientela quando a unidade não tiver os recursos necessários a tal atendimento. CAPÍTULO I PLANO ESTADUAL DE ATENDIMENTO ÀS URGÊN- CIAS E EMERGÊNCIAS O Sistema Estadual de Urgência e Emergência deve se estruturar a partir da leitura ordenada das necessidades sociais em saúde e sob o imperativo das necessidades humanas nas urgências. O diagnóstico destas necessi- dades deve ser feito a partir da observação e da ava- liação dos territórios sociais com seus diferentes grupos humanos, da utilização de dados de morbidade e mor- talidade disponíveis e da observação das doenças emer- gentes. Deve-se também compor um quadro detalhado dos recursos existentes, levando-se em consideração sua quantidade, localização, acesso, complexidade, capaci- dade operacional e técnica. Do confronto das necessi- dades diagnosticadas com as ofertas existentes, podere- mos visualizar as deficiências do sistema e projetar suas correções, num processo de planejamento ascendente e dinâmico, sustentado por políticas públicas orientadas pela equidade e permeadas pela ideia da promoção in- __________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 4 NORMAS SAMU tersetorial da saúde, como forma de manter e aumentar a autonomia dos indivíduos, através das ações de pre- venção das doenças, educação, proteção e recuperação da saúde e reabilitação dos indivíduos já acometidos por agravos que afetaram, em alguma medida, sua autono- mia. É imprescindível que estes diagnósticos sejam am- plamente discutidos com todos os atores sociais envolvi- dos na promoção, prevenção, atenção e recuperação aos agravos à saúde, como conselhos de saúde, gestores de saúde, trabalhadores da saúde, prestadores de serviços, usuários, conselhos de classe, educação, promoção so- cial, segurança social, transportes e outros. O Sistema Estadual de Urgência e Emergência deve ser implementado dentro de uma estratégia de “Promo- ção da Qualidade de Vida” como forma de enfrentamen- to das causas das urgências. Deve valorizar a prevenção dos agravos e a proteção da vida, gerando uma mudança de perspectiva assistencial – de uma visão centrada nas consequências dos agravos que geram as urgências, para uma visão integral e integrada , com uma abordagem to- talizante e que busque gerar autonomia para indivíduos e coletividades. Assim, deve ser englobada na estraté- gia promocional a proteção da vida, a educação para a saúde e a prevenção de agravos e doenças, além de se dar novo significado à assistência e à reabilitação. As ur- gências por causas externas são as mais sensíveis a este enfoque, mas não exclusivamente. As urgências clínicas de todas as ordens também se beneficiam da estratégia promocional. Feita a leitura qualificada da estrutura e deficiên- cias do setor, deve ser elaborado um Plano Estadual de Atendimento às Urgências e Emergências que deve estar contido no Plano Diretor de Regionalização (PDR), com programação de ações corretivas com respectivo crono- grama de execução e planilha de custos, destinados à correção das deficiências encontradas na estruturação das grades assistenciais regionalizadas e hierarquizadas, que serão discutidas, avaliadas e priorizadas a fim de comporem o Plano Diretor de Investimentos (PDI). A elaboração dos referidos planos deve estar baseada na proposta de estruturação das redes regionalizadas de atenção da NOAS 01/2002, segundo as seguintes atribui- ções / complexidade / distribuição: 1 - Municípios que realizam apenas a atenção básica (PAB): devem se responsabilizar pelo acolhimen- to dos pacientes com quadros agudos de menor complexidade, principalmente aqueles já vincu- lados ao serviço. Suas atribuições e estruturação estão especificadas no Capítulo III – item 1 do pre- sente Regulamento. 2 - Municípios Satélite, que realizam a atenção básica ampliada (PABA): devem desempenhar a mesma função dos municípios PAB, além de contar com área física específica para observação de pacientes, até 8 horas. 3 - Municípios Sede de Módulo Assistencial, que re- alizam a atenção básica ampliada (PABA) e os pro- cedimentos hospitalares e diagnósticos mínimos da média complexidade (M1): devem contar, além das estruturas já mencionadas acima, com Unida- des Não Hospitalares de Atendimento às Urgên- cias, conforme especificações do Capítulo III – item 2 e/ou Unidades Hospitalares Gerais de Tipo I, conforme especificações do Capítulo V – item I-A- -a. Neste nível assistencial, devem ser constituídos os Serviços de Atendimento Pré-hospitalar Móvel, de caráter municipal ou modular, e/ou Serviço de Transporte Inter-hospitalar, para garantir o acesso aos serviços de maior complexidade dos pólos mi- crorregionais, macrorregionais e estaduais. 4 - Municípios Pólo Microrregional, que realizam pro- cedimentos médios da média complexidade (M2): devem contar, além das estruturas já mencionadas acima, com Unidades Hospitalares Gerais de Tipo II, conforme especificações do Capítulo V – item I-A-b. Neste nível assistencial, devem ser estrutura- dos Serviços de Atendimento Pré-hospitalar Móvel municipais ou microrregionais, dependendo das densidades populacionais e distâncias observadas. 5 - Municípios Pólo Regional, que realizam os demais procedimentos mais complexos da média comple- xidade (M3): devem contar, além das estruturas já mencionadas acima, com Unidades Hospitalares de Referência Tipo I e II, conforme especificações do Capítulo V – item I-B-a e I-B-b. Neste nível de- vem ser estruturadas as Centrais Reguladoras Re- gionais de Urgências, que vão ordenar os fluxos entre as micro e macro regiões, devendo o trans- porte inter-hospitalar ser garantido pelo Serviço de Atendimento Pré-hospitalar móvel da micro/ macro região solicitante. 6 - Municípios Pólo Estadual, que realizam procedi- mentos de Alta Complexidade: devem contar, além das estruturas já mencionadas acima, com Unida- des Hospitalares de ReferênciaTipo III, conforme as especificações do Capítulo V – item I-B-c. De- vem também ter estruturadas as Centrais Estaduais de Regulação, que vão ordenar os fluxos estaduais ou inter-estaduais da alta complexidade. 7 - Salas de Estabilização: após a estruturação da rede assistencial acima mencionada, devem ser cuida- dosamente observados os claros assistenciais ain- da existentes, devidos a grandes distâncias, como ao longo das estradas e em regiões muito caren- tes, e nestas localidades devem ser estruturadas salas ou bases de estabilização, que devem ser estruturadas com, no mínimo, o mesmo material e medicamentos especificados para a atenção pri- mária à saúde e que devem contar com retaguarda ininterrupta de profissional treinado para o aten- dimento e estabilização dos quadros de urgências mais frequentes. CAPÍTULO II A REGULAÇÃO MÉDICA DAS URGÊNCIAS E EMER- GÊNCIAS A Regulação Médica das Urgências, baseada na im- plantação de suas Centrais de Regulação, é o elemento ordenador e orientador dos Sistemas Estaduais de Ur- gência e Emergência. As Centrais, estruturadas nos níveis estadual, regional e/ou municipal, organizam a relação entre os vários serviços, qualificando o fluxo dos pacien- tes no Sistema e geram uma porta de comunicação aber- ta ao público em geral, através da qual os pedidos de socorro são recebidos, avaliados e hierarquizados. __________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 5 NORMAS SAMU Como já mencionado, as necessidades imediatas da população ou necessidades agudas ou de urgência, são pontos de pressão por respostas rápidas. Então o Siste- ma deve ser capaz de acolher a clientela, prestando-lhe atendimento e redirecionando-a para os locais adequa- dos à continuidade do tratamento, através do trabalho integrado das Centrais de Regulação Médica de Urgên- cias com outras Centrais de Regulação -de leitos hos- pitalares, procedimentos de alta complexidade, exames complementares, internações e atendimentos domicilia- res, consultas especializadas, consultas na rede básica de saúde, assistência social, transporte sanitário não urgen- te, informações e outros serviços e instituições, como por exemplo, as Polícias Militares e a Defesa Civil. Estas centrais, obrigatoriamente interligadas entre si, constituem um verdadeiro complexo regulador da assis- tência, ordenador dos fluxos gerais de necessidade/res- posta, que garante ao usuário do SUS a multiplicidade de respostas necessárias à satisfação de suas necessidades. As Centrais de Regulação Médica de Urgências devem ser implantadas, de acordo com o definido no Anexo II da Portaria SAS/MS nº 356, de 22 de setembro de 2000. Da mesma forma, as Secretarias de Saúde dos estados e do Distrito Federal devem elaborar o Plano Estadual de Regulação das Urgências e Emergências, podendo para tanto, observadas as especificidades da área a ser regu- lada, contidas no presente Capítulo, utilizar o modelo de Roteiro estabelecido para o Plano Estadual de Regulação Obstétrica e Neonatal definido no Anexo III da Portaria SAS/MS nº 356, de 22 de setembro de 2000. Ao médico regulador devem ser oferecidos os meios necessários, tanto de recursos humanos, como de equi- pamentos, para o bom exercício de sua função, incluída toda a gama de respostas pré-hospitalares previstas nes- te Regulamento e portas de entrada de urgências com hierarquia resolutiva previamente definida e pactuada, com atribuição formal de responsabilidades. 1 - Atribuições da Regulação Médica das Urgên- cias e Emergências: 1.1 - Técnicas: A competência técnica do médico regulador se sin- tetiza em sua capacidade de “julgar”, discernindo o grau presumido de urgência e prioridade de cada caso, se- gundo as informações disponíveis, fazendo ainda o enla- ce entre os diversos níveis assistenciais do sistema, visan- do dar a melhor resposta possível para as necessidades dos pacientes. Assim, deve o médico regulador: - julgar e decidir sobre a gravidade de um caso que lhe está sendo comunicado por rádio ou telefone, estabelecendo uma gravidade presumida; - enviar os recursos necessários ao atendimento, con- siderando necessidades e ofertas disponíveis; - monitorar e orientar o atendimento feito por outro profissional de saúde habilitado (médico interven- cionista, enfermeiro, técnico ou auxiliar de enfer- magem), por profissional da área de segurança ou bombeiro militar (no limite das competências desses profissionais) ou ainda por leigo que se en- contre no local da situação de urgência; - definir e acionar o serviço de destino do paciente, infor- mando-o sobre as condições e previsão de chega- da do mesmo, sugerindo os meios necessários ao seu acolhimento; - julgar a necessidade ou não do envio de meios mó- veis de atenção. Em caso negativo, o médico deve explicar sua decisão e esclarecer o demandante do socorro quanto a outras medidas a serem adota- das, por meio de orientação ou conselho médico, que permita ao solicitante assumir cuidados ou buscá-los em local definido pelo médico regula- dor; - reconhecer que, como a atividade do médico regula- dor envolve o exercício da telemedicina, impõe-se a gravação contínua das comunicações, o correto preenchimento das fichas médicas de regulação, das fichas de atendimento médico e de enferma- gem, e o seguimento de protocolos institucionais consensuados e normatizados que definam os passos e as bases para a decisão do regulador; - estabelecer claramente, em protocolo de regula- ção, os limites do telefonista auxiliar de regulação médica, o qual não pode, em hipótese alguma, substituir a prerrogativa de decisão médica e seus desdobramentos, sob pena de responsabilização posterior do médico regulador; - definir e pactuar a implantação de protocolos de in- tervenção médica pré-hospitalar, garantindo per- feito entendimento entre o médico regulador e o intervencionista, quanto aos elementos de decisão e intervenção, objetividade nas comunicações e precisão nos encaminhamentos decorrentes; - monitorar o conjunto das missões de atendimento e as demandas pendentes; - registrar sistematica- mente os dados das regulações e missões, pois como frequentemente o médico regulador irá orientar o atendimento por radiotelefonia (sobre- tudo para os profissionais de enfermagem), os pro- tocolos correspondentes deverão estar claramente constituídos e a autorização deverá estar assinada na ficha de regulação médica e no boletim/ficha de atendimento pré-hospitalar; - saber com exatidão as capacidades/habilidades da sua equipe de forma a dominar as possibilidades de prescrição/orientação/intervenção e a forne- cer dados que permitam viabilizar programas de capacitação/revisão que qualifiquem/habilitem os intervenientes; - submeter-se à capacitação específica e habilitação formal para a função de regulador e acumular, também, capacidade e experiência na assistência médica em urgência, inclusive na intervenção do pré- hospitalar móvel; - participar de programa de educação continuada para suas tarefas; - velar para que todos os envol- vidos na atenção pré-hospitalar observem, rigoro- samente, a ética e o sigilo profissional, mesmo nas comunicações radiotelefônicas; - manter-se nos limites do sigilo e da ética médica ao atuar como porta-voz em situações de interesse público. __________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 6 NORMAS SAMU 1.2 - Gestoras: Ao médico regulador também competem funções gestoras– tomar a decisão gestora sobre os meios dis- poníveis, devendo possuir delegação direta dos gestores municipais e estaduais para acionar tais meios, de acordo com seu julgamento. Assim, o médico regulador deve: - decidir sobre qual recurso deverá ser mobilizado frente a cada caso, procurando, entre as disponibi- lidades a resposta mais adequada a cada situação, advogando assim pela melhor respostanecessá- ria a cada paciente, em cada situação sob o seu julgamento; - decidir sobre o destino hospitalar ou ambulatorial dos pacientes atendidos no pré- -hospitalar; - decidir os destinos hospitalares não aceitando a inexistência de leitos vagos como argumento para não direcionar os pacientes para a melhor hierar- quia disponível em termos de serviços de atenção de urgências, ou seja, garantir o atendimento nas urgências, mesmo nas situações em que inexistam leitos vagos para a internação de pacientes (a cha- mada “vaga zero” para internação). Deverá decidir o destino do paciente baseado na planilha de hie- rarquias pactuada e disponível para a região e nas informações periodicamente atualizadas sobre as condições de atendimento nos serviços de urgên- cia, exercendo as prerrogativas de sua autoridade para alocar os pacientes dentro do sistema regio- nal, comunicando sua decisão aos médicos assis- tentes das portas de urgência; - o médico regulador de urgências regulará as portas de urgência, considerando o acesso a leitos como uma segunda etapa que envolverá a regulação médica das transferências inter hospitalares, bem como das internações; - acionar planos de atenção a desastres que estejam pactuados com os outros interventores, frente a si- tuações excepcionais, coordenando o conjunto da atenção médica de urgência; - requisitar recursos públicos e privados em situações excepcionais, com pagamento ou contrapartida a posteriori, conforme pactuação a ser realizada com as autoridades competentes; - exercer a autoridade de regulação pública das ur- gências sobre a atenção pré-hospitalar móvel privada, sempre que esta necessitar conduzir pa- cientes ao setor público, sendo o pré-hospitalar privado responsabilizado pelo transporte e aten- ção do paciente até o seu destino definitivo no Sistema; - contar com acesso às demais centrais do Complexo Regulador, de forma que possa ter as informações necessárias e o poder de dirigir os pacientes para os locais mais adequados, em relação às suas ne- cessidades. 2 - Regulação do Setor Privado de Atendimento Pré-Hospitalar Móvel (incluídas as concessionárias de rodovias): O Setor privado de atendimento pré-hospitalar das urgências e emergências deve contar, obrigatoriamente, com Centrais de Regulação Médica, médicos reguladores e de intervenção, equipe de enfermagem e assistência técnica farmacêutica (para os casos de serviços de aten- dimentos clínicos). Estas Centrais de Regulação privadas devem ser submetidas à regulação pública, sempre que suas ações ultrapassarem os limites estritos das institui- ções particulares não-conveniadas ao Sistema Único de Saúde - SUS, inclusive nos casos de medicalização de as- sistência domiciliar não urgente. - Regulação Médica de Outras Entidades/Corpora- ções/Organizações Os Corpos de Bombeiros Mi- litares (incluídas as corporações de bombeiros in- dependentes e as vinculadas às Polícias Militares), as Polícias Rodoviárias e outras organizações da Área de Segurança Pública deverão seguir os cri- térios e os fluxos definidos pela regulação médica das urgências do SUS, conforme os termos deste Regulamento. CAPÍTULO III ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR FIXO O Atendimento Pré-Hospitalar Fixo é aquela assis- tência prestada, num primeiro nível de atenção, aos pa- cientes portadores de quadros agudos, de natureza clí- nica, traumática ou ainda psiquiátrica, que possa levar a sofrimento, sequelas ou mesmo à morte, provendo um atendimento e/ou transporte adequado a um serviço de saúde hierarquizado, regulado e integrante do Sistema Estadual de Urgência e Emergência. Este atendimento é prestado por um conjunto de unidades básicas de saúde, unidades do Programa de Saúde da Família (PSF), Pro- grama de Agentes Comunitários de Saúde (PACS), ambu- latórios especializados, serviços de diagnóstico e terapia, unidades não hospitalares de atendimento às urgências e emergências e pelos serviços de atendimento pré-hos- pitalar móvel (que serão abordados no Capítulo IV). 1 - AS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS E A ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE E O PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA As atribuições e prerrogativas das unidades básicas de saúde e das unidades de saúde da família em rela- ção ao acolhimento/atendimento das urgências de baixa gravidade/complexidade devem ser desempenhadas por todos os municípios brasileiros, independentemente de estarem qualificados para atenção básica (PAB) ou básica ampliada (PABA), conforme detalhamento abaixo: 1.1 - Acolhimento dos Quadros Agudos: Dentro da concepção de reestruturação do modelo assistencial atualmente preconizado, inclusive com a im- plementação do Programa de Saúde da Família, é funda- mental que a atenção primária e o Programa de Saúde da __________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 7 NORMAS SAMU Família se responsabilizem pelo acolhimento dos pacien- tes com quadros agudos ou crônicos agudizados de sua área de cobertura ou adstrição de clientela, cuja comple- xidade seja compatível com este nível de assistência. Não se pode admitir que um paciente em acompa- nhamento em uma unidade básica de saúde, por exem- plo, por hipertensão arterial, quando acometido por uma crise hipertensiva, não seja acolhido na unidade em que habitualmente faz tratamento. Nesta situação se aplica- ria o verdadeiro conceito de pronto atendimento, pois, numa unidade onde o paciente tem prontuário e sua his- tória pregressa e atual são conhecidas, é possível fazer um atendimento rápido e de qualidade, com avaliação e readequação da terapêutica dentro da disponibilidade medicamentosa da unidade. Quando este paciente não é acolhido em sua unidade, por ausência do profissional médico, por falta de vagas na agenda ou por qualquer outra razão e recorre a uma unidade de urgência como única possibilidade de acesso, é atendido por profissio- nais que, muitas vezes, possuem vínculo temporário com sistema, não conhecem a rede loco regional e suas carac- terísticas funcionais e, frequentemente, prescrevem me- dicamentos não disponíveis na rede SUS e de alto custo . Assim, o paciente não usa a nova medicação que lhe foi prescrita porque não pode adquiri-la e, tão pouco, usa a medicação anteriormente prescrita e disponível na uni- dade de saúde, pois não acredita que esta seja suficien- te para controlar sua pressão. Esta situação problema é apenas ilustrativa de uma grande gama de situações se- melhantes, que acontecem diariamente, não apenas com hipertensos, mas com diabéticos, pacientes portadores de dor aguda e/ou crônica, cardiopatas, portadores de doença pulmonar obstrutiva crônica, mulheres em acom- panhamento ginecológico e/ou obstétrico, crianças em programa de puericultura e etc. 1.2 - Capacitação de Recursos Humanos É de conhecimento geral que os aparelhos formadores oferecem insuficiente formação para o enfrentamento das urgências. Assim, é comum que profissionais da saúde, ao se depararem com uma urgência de maior gravidade, tenham o impulso de encaminhá-la rapidamente para unidade de maior complexidade, sem sequer fazer uma avaliação prévia e a necessária estabilização do quadro, por insegurança e desconhecimento de como proceder. Assim, é essencial que estes profissionais estejam qualificados para este enfrentamento, se quisermos imprimir efetividade em sua atuação. 1.3 - Estruturação dos Recursos Físicos Todas estas unidades devem ter um espaço devidamente abas- tecido com medicamentos e materiais essenciais ao primeiro atendimento/estabilização de urgências que ocorram nas proximidades da unidade ou em sua área de abrangência e/ou sejam para elas encaminha- das, até a viabilização da transferência para unidade de maior porte, quando necessário. A definição deste espaço é fundamental, pois, quan- do do recebimento de uma urgência (o que pode acon- tecer com pouca frequência neste tipo de unidade, mas que certamente ocorrerá algumas vezes),é obrigatório que a equipe saiba em qual ambiente da unidade en- contram-se os equipamentos, materiais e medicamentos necessários ao atendimento. Numa insuficiência respira- tória, parada cardíaca, crise convulsiva ou outras situa- ções que necessitem de cuidado imediato, não se pode perder tempo “procurando” um local ou equipamentos, materiais e medicamentos necessários ao atendimento. Além disso, unidades de saúde de sistemas municipais qualificados para a atenção básica ampliada (PABA) de- verão possuir área física especificamente destinada ao atendimento de urgências e sala para observação de pa- cientes até 8 horas. Materiais: Ambú adulto e infantil com máscaras, jogo de cânulas de Guedel (adulto e infantil), sondas de aspiração, Oxigênio, Aspirador portátil ou fixo, material para punção venosa, material para curativo, ma- terial para pequenas suturas, material para imobilizações (colares, talas, pranchas). Medicamentos: Adrenalina, Água destilada, Aminofi- lina, Amiodarona, Atropina, Brometo de Ipratrópio, Clo- reto de potássio, Cloreto de sódio, Deslanosídeo, Dexa- metasona, Diazepam, Diclofenaco de Sódio, Dipirona, Dobutamina, Dopamina, Epinefrina, Escopolamina (hios- cina), Fenitoína, Fenobarbital, Furosemida, Glicose, Halo- peridol, Hidantoína, Hidrocortisona, Insulina, Isossorbida, Lidocaína, Meperidina, Midazolan, Ringer Lactato, Soro Glico-Fisiologico, Soro Glicosado. 1.4 - Estruturação da Grade de Referência É funda- mental que as unidades possuam uma adequada re- taguarda pactuada para o referenciamento daqueles pacientes que, uma vez acolhidos, avaliados e trata- dos neste primeiro nível de assistência, necessitem de cuidados disponíveis em serviços de outros níveis de complexidade. Assim, mediados pela respectiva Cen- tral de Regulação, devem estar claramente definidos os fluxo e mecanismos de transferência dos pacientes que necessitarem de outros níveis de complexidade da rede assistencial, de forma a garantir seu enca- minhamento, seja para unidades não hospitalares, pronto socorros, ambulatórios de especialidades ou unidades de apoio diagnóstico e terapêutico. Além disso, devem ser adotados mecanismos para a garan- tia de transporte para os casos mais graves, que não possam se deslocar por conta própria, através do ser- viço de atendimento pré-hospitalar móvel, onde ele existir, ou outra forma de transporte que venha a ser pactuada. 2 - UNIDADES NÃO-HOSPITALARES DE ATENDI- MENTO ÀS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS Estas unidades, que devem funcionar nas 24 horas do dia, devem estar habilitadas a prestar assistência corres- pondente ao primeiro nível de assistência da média com- plexidade (M1). Pelas suas características e importância assistencial, os gestores devem desenvolver esforços no sentido de que cada município sede de módulo assis- tencial disponha de, pelo menos uma, destas Unidades, garantindo, assim, assistência às urgências com observa- ção até 24 horas para sua própria população ou para um agrupamento de municípios para os quais seja referência. __________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 8 NORMAS SAMU 2.1 - Atribuições Estas Unidades, integrantes do Sistema Estadual de Urgências e Emergências e de sua respectiva rede assistencial, devem estar aptas a prestar atendimento resolutivo aos pacientes acometidos por quadros agudos ou crônicos agu- dizados. São estruturas de complexidade intermediária entre as unidades básicas de saúde e unidades de saúde da família e as Unidades Hospitalares de Atendimento às Urgências e Emergências, com importante potencial de complacência da enorme demanda que hoje se dirige aos pronto-socorros, além do papel ordenador dos fluxos da urgência. Assim, têm como principais missões: · Atender aos usuários do SUS portadores de quadro clínico agudo de qualquer natureza, dentro dos limites estrutu- rais da unidade e, em especial, os casos de baixa complexidade, à noite e nos finais de semana, quando a rede básica e o Programa de Saúde da Família não estão ativos; · Descentralizar o atendimento de pacientes com quadros agudos de média complexidade; · Dar retaguarda às unidades básicas de saúde e de saúde da família; · Diminuir a sobrecarga dos hospitais de maior complexidade que hoje atendem esta demanda; · Ser entreposto de estabilização do paciente crítico para o serviço de atendimento pré-hospitalar móvel. · Desenvolver ações de saúde através do trabalho de equipe interdisciplinar, sempre que necessário, com o objetivo de acolher, intervir em sua condição clínica e referenciar para a rede básica de saúde, para a rede especializada ou para internação hospitalar, proporcionando uma continuidade do tratamento com impacto positivo no quadro de saúde individual e coletivo da população usuária (beneficiando os pacientes agudos e não-agudos e favorecendo, pela continuidade do acompanhamento, principalmente os pacientes com quadros crônico-degenerativos, com a prevenção de suas agudizações frequentes); · Articular-se com unidades hospitalares, unidades de apoio diagnóstico e terapêutico, e com outras instituições e serviços de saúde do sistema loco regional, construindo fluxos coerentes e efetivos de referência e contra- -referência; · Ser observatório do sistema e da saúde da população, subsidiando a elaboração de estudos epidemiológicos e a construção de indicadores de saúde e de serviço que contribuam para a avaliação e planejamento da atenção integral às urgências, bem como de todo o sistema de saúde. 2.2 - Dimensionamento e Organização Assistencial Estas Unidades devem contar, no mínimo, com equipe de saúde composta por médico e enfermeiro nas 24 horas para atendimento contínuo de clínica médica e clínica pediátrica. Nos casos em que a estrutura loco regional exigir, tomando-se em conta as características epidemiológicas, indi- cadores de saúde como morbidade e mortalidade, e características da rede assistencial, poderá ser ampliada a equipe, contemplando as áreas de clínica cirúrgica, ortopedia e odontologia de urgência. Estas Unidades devem contar com suporte ininterrupto de laboratório de patologia clínica de urgência, radiologia, os equipamentos para a atenção às urgências, os medicamentos definidos por esta portaria, leitos de observação de 06 a 24 horas, além de acesso a transporte adequado e ligação com a rede hospitalar através da central de regulação médica de urgências e o serviço de atendimento pré-hospitalar móvel. Nos casos em que tais centrais ainda não es- tejam estruturadas, a referência hospitalar bem como a retaguarda de ambulâncias de suporte básico, avançado e de transporte deverão ser garantidos mediante pactuação prévia, de caráter municipal ou regional. A observação de unidades 24 horas não hospitalares de atendimento às urgências em várias localidades do país mostrou ser adequada a seguinte relação entre cobertura populacional /número de atendimentos em 24 horas / nú- mero de profissionais médicos por plantão / número de leitos de observação / percentual de pacientes em observação e percentual de encaminhamentos para internação: PORTE População da região de cobertura Número de atendimentos médicos em 24 horas Número de médicos por plantão Número de leitos de observação Percentual pacientes em observação Percentual encaminhamentos para internação I 50.000 a 75.000 habitantes 100 pacientes 1 pediatra 1 clínico 6 leitos 10 % 3 % II 75.000 a 150.000 habitantes 300 pacientes 2 pediatras 2 clínicos 12 leitos 10 % 3 % III 150.000 a 250.000 habi- tantes 450 pa- cientes 3 pediatras 3 clínicos 18 lei- tos 10 % 3 % __________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 9 NORMAS SAMU Estes números e mesmo a composição das equipes po- derão variar, de forma complementar, de acordo com a realidade loco-regional, tomando-se em conta inclusive a sazonalidadeapresentada por alguns tipos de afecções, como por exemplo, o aumento de demanda de doenças respiratórias verificado na clínica pediátrica e na clínica de adultos / idosos durante o inverno ou o aumento no número de acidentes em estradas nos períodos de férias escolares. Da mesma forma, nas regiões onde a morbi-mortalidade por causas externas como violências, traumas e/ou acidentes de trânsito seja estatisticamente marcante, estando os óbitos por estas causas entre as primeiras causas de mortalidade, as equipes poderão ser acrescidas de médicos cirurgiões gerais e ortopedistas, a critério dos gestores loco-regionais. Na Unidade tipo I, por se tratar de serviço com equipe reduzida, deverá haver sempre um profissional médico adicional de so- breaviso, que possa ser acionado para acompanhamento de pacientes críticos ou com instabilidade cardiorespira- tória, quando estes necessitem ser removidos e não haja serviço pré-hospitalar móvel estruturado. 2.3 - Recursos Humanos As Unidades Não-Hospitalares de Atendimento às Urgências e Emergências deverão contar, obrigatoria- mente, com os seguintes profissionais: coordenador ou gerente, médico clínico geral, médico pediatra, enfermei- ro, técnico/auxiliar de enfermagem, técnico de radiolo- gia, auxiliar de serviços gerais, auxiliar administrativo e, quando houver laboratório na unidade, também deverão contar com bioquímico, técnico de laboratório e auxiliar de laboratório. Outros profissionais poderão compor a equipe, de acordo com a definição do gestor local ou gestores loco-regionais, como: assistente social, odontó- logo, cirurgião geral, ortopedista, ginecologista, motoris- ta, segurança e outros. 2.3.1 - Habilitação dos Profissionais Considerando-se que as urgências não se constituem em especialidade médica ou de enfermagem e que nos cursos de graduação a atenção dada à área ainda é bas- tante insuficiente, entende-se que os profissionais que venham a atuar nas Unidades Não Hospitalares devam ser habilitados pelos Núcleos de Educação em Urgências, cuja criação é indicada pelo presente Regulamento - Ca- pítulo VII. 2.4 - Área Física A área física deve ser estruturada de acordo com o tamanho e complexidade da unidade, conforme legenda a seguir: Opcional: * Desejável: ** Obrigatório: *** São consideradas as seguintes áreas físicas para a adequada estruturação das Unidades Não Hospitalares de Atendi- mento de Urgência: 2.4.1 - Bloco de Pronto Atendimento: · Sala de recepção e espera (com sanitários para usu- ários) *** · Sala de arquivo de prontuário médico · Sala de triagem classificatória de risco · Consultórios médicos · Consultório odontológico · Sala para Assistente Social · Sala para Atendimento Psicológico 2.4.2 - Bloco de Apoio Diagnóstico Sala para radiologia *** (no local, exceto quando houver hierarquia entre as unidades 24 horas não hospitalares de atendimento de urgência de diferentes portes em uma determinada localidade e desde que haja garantia de acesso e transporte, dentro de intervalo de tempo tecnicamente aceitável, de acordo com parâmetros construídos pelas equipes loco-regionais). Laboratório de Patologia Clínica *** (no local ou com acesso garantido aos exames, dentro de um intervalo de tempo tecnicamente aceitável, de acordo com parâmetros construídos pelas equipes loco-regionais). Sala de coleta * (quando o laboratório for acessível, isto é, fora da unidade). 2.4.3 - Bloco de Procedimentos: · Sala para suturas · Sala de curativos contaminados · Sala para inaloterapia / medicação · Sala de gesso · Sala de Pequena Cirurgia 2.4.4 - Bloco de Urgência / Observação: · Sala de reanimação e estabilização / Sala de urgência · Salas de observação masculina, feminina e pediátrica (com posto de enfermagem, sanitários e chuveiros) · Sala de isolamento (com ante-sala, sanitário e chu- veiro exclusivos) 2.4.5 - Bloco de Apoio Logístico · Farmácia (exclusiva para dispensação interna) · Almoxarifado · Expurgo/Lavagem de material · Central de material esterilizado · Rouparia · Necrotério 2.4.6 - Bloco de Apoio Administrativo · Salas de Ge- rência e Administração · Sala de reunião · Sala de descanso para funcionários (com sanitários e chuveiros) · Vestiários para funcionários · Copa/Refeitório · Depósito de Material de Limpeza · Área para limpeza geral · Local de acondicionamento de lixo ·Estacionamento (ambulâncias, pacientes e funcioná- rios) __________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 10 NORMAS SAMU 2.4.7 - Caracterização da área física em relação aos fluxos internos e organização do processo de traba- lho: A área física acima descrita foi dividida em blocos porque é aconselhável, do ponto de vista funcional, que estas áreas estejam mais ou menos contíguas, dando o máximo de racionalidade possível ao fluxo dentro da uni- dade. Assim, o bloco de pronto atendimento deve apre- sentar uma entrada para pacientes que vem por busca espontânea, deambulando, que dá acesso direto à recep- ção e sua respectiva sala de espera. Neste mesmo bloco, deve ser estruturado o acolhimento dos pacientes, que pode ser feito pela própria recepção ou por funcionários designados e treinados para este fim, dependendo do volume da demanda. A seguir deve ser realizada a tria- gem classificatória de risco. O processo de triagem classi- ficatória deve ser realizado por profissional de saúde, de nível superior, mediante treinamento específico e utiliza- ção de protocolos pré-estabelecidos e tem por objetivo avaliar o grau de urgência das queixas dos pacientes, co- locando-os em ordem de prioridade para o atendimen- to. A esta triagem classificatória é vedada a dispensa de pacientes antes que estes recebam atendimento médi- co. Após a triagem, os pacientes são encaminhados aos consultórios médicos. Uma vez realizado o atendimento, o paciente deve ter sua referência garantida mediante encaminhamento realizado através das centrais de regu- lação ou, quando estas não existirem, através de fluxos previamente pactuados. O bloco de urgência deve ter uma outra entrada, com acesso coberto para ambulâncias, portas amplas para a entrada de pacientes em macas e fluxo ágil até a sala de emergência. Esta deve comportar o atendimento de dois ou mais casos simultaneamente, dependendo do porte da unidade. As macas devem apresentar rodas e grades e devem estar distribuídas de forma a garantir a livre cir- culação da equipe ao seu redor. Esta sala deve ser equi- pada com materiais e equipamentos necessários para atendimento de urgência clínica e/ou cirúrgica de adul- tos e crianças. Os medicamentos utilizados na primeira abordagem do paciente grave também devem estar dis- poníveis na própria sala. A entrada de um paciente na sala de urgência poderá ser anunciada por aviso sonoro ou comunicação verbal. Em qualquer uma das situações, um médico, um enfermeiro e auxiliares de enfermagem devem dirigir-se imediatamente para a sala. O acesso da sala de urgência aos leitos de observação deve ser fácil e estas áreas devem ser, de preferência, contíguas. É aconselhável que os blocos de apoio diagnóstico e de procedimentos tenham situação intermediária entre os blocos de pronto atendimento e de atendimento de urgência, com acesso fácil e ao mesmo tempo independente para cada um deles. Quanto aos blocos de apoio logístico e administra- ção, devem estar situados de forma a não obstruir o fluxo entre os demais blocos já mencionados. As salas e áreas de assistência devem obedecer às Normas e Padrões de Construções e Instalações de Ser- viços de Saúde. 2.5 - Materiais e Equipamentos Alguns materiais e equipamentos devem, necessaria- mente, fazer parte do arsenal de qualquer unidade 24 horas como: Estetoscópio adulto/infantil, esfigmomanômetro adulto/infantil, otoscópio com espéculos adulto/infan- til, oftalmoscópio, espelho laríngeo, bolsa autoinflável (ambú) adulto/infantil, desfibrilador com marca-passoexterno, monitor cardíaco, oxímetro de pulso, eletrocar- diógrafo, glicosímetro, aspirador de secreção, bomba de infusão com bateria e equipo universal, cilindro de oxi- gênio portátil e rede canalizada de gases ou torpedo de O² (de acordo com o porte da unidade), maca com rodas e grades, respirador mecânico adulto/infantil, foco cirúr- gico portátil, foco cirúrgico com bateria, negatoscópios nos consultórios, serra de gesso, máscaras laríngeas e cânulas endotraqueais de vários tamanhos, cateteres de aspiração, adaptadores para cânulas, cateteres nasais, sondas para aspiração traqueal de vários tamanhos, luvas de procedimentos, máscara para ressuscitador adulto/in- fantil, ressuscitadores infantil e adulto com reservatório, cadarços para fixação de cânula, laringoscópio infantil/ adulto com conjunto de lâminas, cânulas orofaríngeas adulto/infantil, jogos de pinças de retirada de corpos estranhos de nariz, ouvido e garganta, fios cirúrgicos, fios-guia para intubação, pinça de Magyll, bisturi (cabo e lâmina), material para cricotiroidostomia, drenos para tó- rax, pacotes de gaze estéril, pacote de compressa estéril, esparadrapo, material para punção de vários tamanhos incluindo agulhas metálicas e plásticas, agulhas especiais para punção óssea, garrote, equipos de macro e micro- gotas, cateteres específicos para dissecção de veias, ta- manho adulto/infantil, tesoura, seringas de vários tama- nhos, torneiras de 3 vias, frascos de solução salina, caixa completa de pequena cirurgia, frascos de drenagem de tórax, extensões para drenos torácicos, sondas vesicais, coletores de urina, espátulas de madeira, sondas naso- gástricas, eletrodos descartáveis, equipamentos de pro- teção individual para equipe de atendimento, cobertor para conservação do calor do corpo, travesseiros e len- çóis, pacote de roupas para pequena cirurgia, conjunto de colares cervicais (tamanho P, M e G), prancha longa para imobilização da vítima em caso de trauma, prancha curta para massagem cardíaca, gerador de energia elé- trica compatível com o consumo da unidade, sistema de telefonia e de comunicação. 2.6 - Medicamentos Abaixo a lista de medicamentos que devem estar dis- poníveis na unidade de urgência, contemplando medi- camentos usados na primeira abordagem dos pacientes graves e também sintomáticos, antibióticos e anticonvul- sivantes, uma vez que alguns pacientes poderão perma- necer nestas unidades por um período de até 24 horas ou, excepcionalmente, por mais tempo se houver dificul- dade para internação hospitalar: Adrenalina, Água desti- lada, Aminofilina, Amiodarona, Amitriptilina, Ampicilina, Atropina, Bicarbonato de sódio, Biperideno, Brometo de Ipratrópio, Bupivacaína, Captopril, Carbamazepina, Car- vão ativado, Cefalexina, Cefalotina, Cetoprofeno, Clister Glicerinado, Clordiazepóxido, Cloridrato de Clonidina, Cloridrato de Hidralazina, Cloreto de potássio, Cloreto de __________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 11 NORMAS SAMU sódio, Clorpromazina, Clorafenicol, Codeína, Complexo B injetável, Deslanosídeo, Dexametasona, Diazepam, Diclo- fenaco de sódio, Digoxina, Dipirona, Enalapril, Escopola- mina (hioscina), Fenitoína, Fenobarbital, Fenoterol Bro- midrato, Flumazenil, Furosemida, Gentamicina, Glicose isotônica, Glicose hipertônica, Gluconato de Cálcio, Halo- peridol, Hidrocortisona, Insulina, Isossorbida, Lidocaína, Manitol, Meperidina, Metildopa, Metilergometrina, Me- tilprednisolona, Metoclopramida, Metropolol, Midazo- lan, Nifedipina, Nistatina, Nitroprussiato de sódio, Óleo mineral, Omeprazol, Oxacilina, Paracetamol, Penicilina, Prometazina, Propranolol, Ranitidina, Ringer Lactato, Sais para reidratação oral, Salbutamol, Soro glico-fisiologi- co, Soro Fisiológico, Soro Glicosado, Sulfadiazina prata, Sulfametoxazol + trimetoprim, Sulfato de magnésio, Tia- mina (Vit. B1), Tramadol, Tobramicina Colírio, Verapamil, Vitamina K. 2.7 - Estruturação da Grade de Referência As Unidades Não-Hospitalares de Atendimento às Urgências e Emergências devem possuir retaguarda de maior complexidade previamente pactuada, com fluxo e mecanismos de transferência claros, mediados pela Cen- tral de Regulação, a fim de garantir o encaminhamento dos casos que extrapolem sua complexidade. Além dis- so, devem garantir transporte para os casos mais graves, através do serviço de atendimento pré-hospitalar móvel, onde ele existir, ou outra forma de transporte que venha a ser pactuada. Também devem estar pactuados os flu- xos para elucidação diagnóstica e avaliação especializa- da, além de se dar ênfase especial ao re-direcionamento dos pacientes para a rede básica e Programa de Saúde da Família, para o adequado seguimento de suas pato- logias de base e condições de saúde, garantindo acesso não apenas a ações curativas, mas a todas as atividades promocionais que devem ser implementadas neste nível de assistência. CAPÍTULO IV ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR MÓVEL Considera-se como nível pré-hospitalar móvel na área de urgência, o atendimento que procura chegar precoce- mente à vítima, após ter ocorrido um agravo à sua saú- de (de natureza clínica, cirúrgica, traumática, inclusive as psiquiátricas), que possa levar a sofrimento, sequelas ou mesmo à morte, sendo necessário, portanto, prestar-lhe atendimento e/ou transporte adequado a um serviço de saúde devidamente hierarquizado e integrado ao Siste- ma Único de Saúde. Podemos chamá-lo de atendimento pré- hospitalar móvel primário quando o pedido de so- corro for oriundo de um cidadão ou de atendimento pré- -hospitalar móvel secundário quando a solicitação partir de um serviço de saúde, no qual o paciente já tenha rece- bido o primeiro atendimento necessário à estabilização do quadro de urgência apresentado, mas necessite ser conduzido a outro serviço de maior complexidade para a continuidade do tratamento. O Serviço de atendimento pré-hospitalar móvel deve ser entendido como uma atribuição da área da saúde, sendo vinculado a uma Central de Regulação, com equi- pe e frota de veículos compatíveis com as necessidades de saúde da população de um município ou uma região, podendo, portanto, extrapolar os limites municipais. Esta região de cobertura deve ser previamente definida, considerando-se aspectos demográficos, populacionais, territoriais, indicadores de saúde, oferta de serviços e fluxos habitualmente utilizados pela clientela. O serviço deve contar com a retaguarda da rede de serviços de saúde, devidamente regulada, disponibilizada conforme critérios de hierarquização e regionalização formalmente pactuados entre os gestores do sistema loco-regional. Para um adequado atendimento pré-hospitalar mó- vel o mesmo deve estar vinculado a uma Central de Re- gulação de Urgências e Emergências. A central deve ser de fácil acesso ao público, por via telefônica, em sistema gratuito (192 como número nacional de urgências médi- cas ou outro número exclusivo da saúde, se o 192 não for tecnicamente possível), onde o médico regulador, após julgar cada caso, define a resposta mais adequada, seja um conselho médico, o envio de uma equipe de atendi- mento ao local da ocorrência ou ainda o acionamento de múltiplos meios. O número de acesso da saúde para socorros de urgência deve ser amplamente divulgado junto à comunidade. Todos os pedidos de socorro médi- co que derem entrada por meio de outras centrais, como a da polícia militar (190), do corpo de bombeiros (193) e quaisquer outras existentes, devem ser imediatamente retransmitidos à Central de Regulação por intermédio do sistema de comunicação, para que possam ser adequa- damente regulados e atendidos. O atendimento no local é monitorado via rádio pelo médico regulador que orienta a equipe de intervenção quanto aos procedimentos necessários à condução do caso. Deve existir uma rede de comunicação entre a Cen- tral, as ambulâncias e todos os serviços que recebem os pacientes.Os serviços de segurança e salvamento, sempre que houver demanda de atendimento de eventos com víti- mas ou doentes, devem orientar-se pela decisão do mé- dico regulador de urgências. Podem ser estabelecidos protocolos de despacho imediato de seus recursos de atenção às urgências em situações excepcionais, mas, em nenhum caso, estes despachos podem ser feitos sem comunicação simultânea com o regulador e transferên- cia do chamado de socorro para exercício da regulação médica. 1 - Equipe Profissional Os serviços de atendimento pré-hospitalar móvel devem contar com equipe de profissionais oriundos da área da saúde e não oriundos da área da saúde. Consi- derando-se que as urgências não se constituem em es- pecialidade médica ou de enfermagem e que nos cursos de graduação a atenção dada à área ainda é bastante insuficiente, entende-se que os profissionais que venham a atuar nos Serviços de Atendimento Pré- hospitalar Mó- vel (oriundos e não oriundos da área de saúde) devam ser habilitados pelos Núcleos de Educação em Urgên- cias, cuja criação é indicada pelo presente Regulamento e cumpram o conteúdo curricular mínimo nele proposto - Capítulo VII. __________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 12 NORMAS SAMU 1.1 – Equipe de Profissionais Oriundos da Saúde A equipe de profissionais oriundos da área da saú- de deve ser composta por: - Coordenador do Serviço: profissional oriundo da área da saúde, com experiência e conhecimento comprovados na atividade de atendi- mento pré-hospitalar às urgências e de gerenciamento de serviços e sistemas; - Responsável Técnico: Médico responsável pelas ati- vidades médicas do serviço; - Responsável de Enfermagem: Enfermeiro responsável pelas atividades de enferma- gem ; - Médicos Reguladores: médicos que, com base nas informações colhidas dos usuários, quando estes acionam a central de regulação, são os responsá- veis pelo gerenciamento, definição e operaciona- lização dos meios disponíveis e necessários para responder a tais solicitações, utilizando-se de pro- tocolos técnicos e da faculdade de arbitrar sobre os equipamentos de saúde do sistema necessários ao adequado atendimento do paciente; - Médicos Intervencionistas: médicos responsáveis pelo atendimento necessário para a reanimação e estabilização do paciente, no local do evento e durante o transporte; - Enfermeiros Assistenciais: enfermeiros responsáveis pelo atendimento de enfermagem necessário para a reanimação e estabilização do paciente, no local do evento e durante o transporte; - Auxiliares e Técnicos de Enfermagem: atuação sob supervisão imediata do profissional enfermeiro; OBS: As responsabilidades técnicas poderão ser as- sumidas por profissionais da equipe de intervenção, sempre que a demanda ou o porte do serviço assim o permitirem. Além desta equipe de saúde, em situações de aten- dimento às urgências relacionadas às causas externas ou de pacientes em locais de difícil acesso, deverá haver uma ação pactuada, complementar e integrada de outros profissionais não oriundos da saúde – bombeiros milita- res, policiais militares e rodoviários e outros, formalmen- te reconhecidos pelo gestor público para o desempenho das ações de segurança, socorro público e salvamento, tais como: sinalização do local, estabilização de veículos acidentados, reconhecimento e gerenciamento de riscos potenciais (incêndio, materiais energizados, produtos perigosos) obtenção de acesso ao paciente e suporte bá- sico de vida. 1.1.1 - Perfil dos Profissionais Oriundos da Área da Saúde e respectivas Competências/Atribuições: 1.1.1.1 - Médico: Profissional de nível superior titular de Diploma de Médico, devidamente registrado no Con- selho Regional de Medicina de sua jurisdição, habilita- do ao exercício da medicina pré-hospitalar, atuando nas áreas de regulação médica, suporte avançado de vida, em todos os cenários de atuação do pré-hospitalar e nas ambulâncias, assim como na gerência do sistema, habili- tado conforme os termos deste Regulamento. Requisitos Gerais: equilíbrio emocional e autocontro- le; disposição para cumprir ações orientadas; capacidade física e mental para a atividade; iniciativa e facilidade de comunicação; destreza manual e física para trabalhar em unidades móveis; capacidade de trabalhar em equipe; disponibilidade para a capacitação discriminada no Capí- tulo VII, bem como para a recertificação periódica. Competências/Atribuições: exercer a regulação mé- dica do sistema; conhecer a rede de serviços da região; manter uma visão global e permanentemente atualizada dos meios disponíveis para o atendimento pré-hospitalar e das portas de urgência, checando periodicamente sua capacidade operacional; recepção dos chamados de au- xílio, análise da demanda, classificação em prioridades de atendimento, seleção de meios para atendimento (me- lhor resposta), acompanhamento do atendimento local, determinação do local de destino do paciente, orienta- ção telefônica; manter contato diário com os serviços médicos de emergência integrados ao sistema; prestar assistência direta aos pacientes nas ambulâncias, quando indicado, realizando os atos médicos possíveis e necessá- rios ao nível pré-hospitalar; exercer o controle operacio- nal da equipe assistencial; fazer controle de qualidade do serviço nos aspectos inerentes à sua profissão; avaliar o desempenho da equipe e subsidiar os responsáveis pelo programa de educação continuada do serviço; obedecer às normas técnicas vigentes no serviço; preencher os do- cumentos inerentes à atividade do médico regulador e de assistência pré-hospitalar; garantir a continuidade da atenção médica ao paciente grave, até a sua recepção por outro médico nos serviços de urgência; obedecer ao código de ética médica. 1.1.1.2 - Enfermeiro: Profissional de nível superior ti- tular do diploma de Enfermeiro, devidamente registrado no Conselho Regional de Enfermagem de sua jurisdição, habilitado para ações de enfermagem no Atendimento Pré-Hospitalar Móvel, conforme os termos deste Regu- lamento, devendo além das ações assistenciais, prestar serviços administrativos e operacionais em sistemas de atendimento pré-hospitalar. Requisitos Gerais: disposição pessoal para a ativida- de; equilíbrio emocional e autocontrole; capacidade fí- sica e mental para a atividade; disposição para cumprir ações orientadas; experiência profissional prévia em ser- viço de saúde voltado ao atendimento de urgências e emergências; iniciativa e facilidade de comunicação; con- dicionamento físico para trabalhar em unidades móveis; capacidade de trabalhar em equipe; disponibilidade para a capacitação discriminada no Capítulo VII, bem como para a recertificação periódica. Competências/Atribuições: supervisionar e avaliar as ações de enfermagem da equipe no Atendimento Pré- -Hospitalar Móvel; executar prescrições médicas por te- lemedicina; prestar cuidados de enfermagem de maior complexidade técnica a pacientes graves e com risco de vida, que exijam conhecimentos científicos adequados e capacidade de tomar decisões imediatas; prestar a as- sistência de enfermagem à gestante, a parturiente e ao recém nato; realizar partos sem distócia; participar nos programas de treinamento e aprimoramento de pessoal de saúde em urgências, particularmente nos programas __________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 13 NORMAS SAMU de educação continuada; fazer controle de qualidade do serviço nos aspectos inerentes à sua profissão; subsidiar os responsáveis pelo desenvolvimento de recursos hu- manos para as necessidades de educação continuada da equipe; obedecer a Lei do Exercício Profissional e o Có- digo de Ética de Enfermagem; conhecer equipamentos e realizar manobras de extração manual de vítimas. 1.1.1.3 - Técnico de Enfermagem: Profissional com Ensino Médio completoe curso regular de Técnico de Enfermagem, titular do certificado ou diploma de Técni- co de Enfermagem, devidamente registrado no Conselho Regional de Enfermagem de sua jurisdição. Exerce ativi- dades auxiliares, de nível técnico, sendo habilitado para o atendimento Pré-Hospitalar Móvel, integrando sua equi- pe, conforme os termos deste Regulamento. Além da in- tervenção conservadora no atendimento do paciente, é habilitado a realizar procedimentos a ele delegados, sob supervisão do profissional Enfermeiro, dentro do âmbito de sua qualificação profissional. Requisitos Gerais: maior de dezoito anos; disposição pessoal para a atividade; capacidade física e mental para a atividade; equilíbrio emocional e autocontrole; disposi- ção para cumprir ações orientadas; disponibilidade para recertificação periódica; experiência profissional prévia em serviço de saúde voltado ao atendimento de urgên- cias e emergências; capacidade de trabalhar em equipe; disponibilidade para a capacitação discriminada no Capí- tulo VII, bem como para a recertificação periódica. Competências/Atribuições: assistir ao enfermeiro no planejamento, programação, orientação e supervisão das atividades de assistência de enfermagem; prestar cuidados diretos de enfermagem a pacientes em estado grave, sob supervisão direta ou à distância do profissio- nal enfermeiro; participar de programas de treinamento e aprimoramento profissional especialmente em urgên- cias/emergências; realizar manobras de extração manual de vítimas. 1.1.1.4 - Auxiliar de Enfermagem: Profissional com Ensino Médio completo e curso regular de Auxiliar de enfermagem e curso de especialização de nível médio em urgências, titular do certificado de Auxiliar de Enfer- magem com especialização em urgências, devidamente registrado no Conselho Regional de Enfermagem de sua jurisdição. Exerce atividades auxiliares básicas, de nível médio, habilitado a realizar procedimentos a ele delega- dos, sob supervisão do profissional Enfermeiro, dentro do âmbito de sua qualificação profissional e conforme os termos desta Portaria. Requisitos Gerais: maior de dezoito anos; disposição pessoal para a atividade; capacidade física e mental para a atividade; equilíbrio emocional e autocontrole; disposi- ção para cumprir ações orientadas; disponibilidade para recertificação periódica; experiência profissional prévia em serviço de saúde voltado ao atendimento de urgên- cias e emergências; capacidade de trabalhar em equipe; disponibilidade para a capacitação discriminada no Capí- tulo VII, bem como para a recertificação periódica. Competências/Atribuições: auxiliar o enfermeiro na assistência de enfermagem; prestar cuidados de enfer- magem a pacientes sob supervisão direta ou à distância do profissional enfermeiro; observar, reconhecer e des- crever sinais e sintomas, ao nível de sua qualificação; mi- nistrar medicamentos por via oral e parenteral mediante prescrição do médico regulador por telemedicina; fazer curativos; prestar cuidados de conforto ao paciente e zelar por sua segurança; realizar manobras de extração manual de vítimas. 1.2 – Equipe de Profissionais Não Oriundos da Saú- de, Perfis e Respectivas Competências/Atribuições: A equipe de profissionais não oriundos da área da saúde deve ser composta por, com os seguintes perfis e competências/atribuições: 1.2.1 - Telefonista – Auxiliar de Regulação: Profis- sional de nível básico, habilitado a prestar atendimen- to telefônico às solicitações de auxílio provenientes da população, nas centrais de regulação médica, devendo anotar dados básicos sobre o chamado (localização, identificação do solicitante, natureza da ocorrência) e prestar informações gerais. Sua atuação é supervisionada diretamente e permanentemente pelo médico regulador. Sua capacitação e atuação seguem os padrões previstos neste Regulamento. Requisitos Gerais: maior de dezoito anos; disposição pessoal para a atividade; equilíbrio emocional e auto- controle; disposição para cumprir ações orientadas; ca- pacidade de manter sigilo profissional; capacidade de trabalhar em equipe; disponibilidade para a capacitação discriminada no Capítulo VII, bem como para a recertifi- cação periódica. Competências/Atribuições: atender solicitações tele- fônicas da população; anotar informações colhidas do solicitante, segundo questionário próprio; prestar infor- mações gerais ao solicitante; estabelecer contato radio- fônico com ambulâncias e/ou veículos de atendimento pré-hospitalar; estabelecer contato com hospitais e ser- viços de saúde de referência a fim de colher dados e trocar informações; anotar dados e preencher planilhas e formulários específicos do serviço; obedecer aos pro- tocolos de serviço; atender às determinações do médico regulador. 1.2.2 - Rádio-Operador: Profissional de nível bási- co habilitado a operar sistemas de radiocomunicação e realizar o controle operacional de uma frota de veículos de emergência, obedecendo aos padrões de capacitação previstos neste Regulamento. Requisitos Gerais: maior de dezoito anos; disposição pessoal para a atividade; equilíbrio emocional e autocon- trole; disposição para cumprir ações orientadas; dispo- nibilidade para recertificação periódica; capacidade de trabalhar em equipe; disponibilidade para a capacitação discriminada no Capítulo VII, bem como para a recertifi- cação periódica. Competências/Atribuições: operar o sistema de ra- diocomunicação e telefonia nas Centrais de Regulação; exercer o controle operacional da frota de veículos do sistema de atendimento pré-hospitalar móvel; manter a equipe de regulação atualizada a respeito da situação operacional de cada veículo da frota; conhecer a malha viária e as principais vias de acesso de todo o território abrangido pelo serviço de atendimento pré-hospitalar móvel. __________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 14 NORMAS SAMU 1.2.3 - Condutor de Veículos de Urgência: 1.2.3.1 - Veículos Terrestres: Profissional de nível bá- sico, habilitado a conduzir veículos de urgência padroni- zados pelo código sanitário e pelo presente Regulamen- to como veículos terrestres, obedecendo aos padrões de capacitação e atuação previstos neste Regulamento. Requisitos Gerais: maior de vinte e um anos; dispo- sição pessoal para a atividade; equilíbrio emocional e autocontrole; disposição para cumprir ações orientadas; habilitação profissional como motorista de veículos de transporte de pacientes, de acordo com a legislação em vigor (Código Nacional de Trânsito); capacidade de tra- balhar em equipe; disponibilidade para a capacitação discriminada no Capítulo VII, bem como para a recerti- ficação periódica. Competências/Atribuições: conduzir veículo terres- tre de urgência destinado ao atendimento e transporte de pacientes; conhecer integralmente o veículo e reali- zar manutenção básica do mesmo; estabelecer contato radiofônico (ou telefônico) com a central de regulação médica e seguir suas orientações; conhecer a malha viá- ria local; conhecer a localização de todos os estabeleci- mentos de saúde integrados ao sistema assistencial local, auxiliar a equipe de saúde nos gestos básicos de suporte à vida; auxiliar a equipe nas imobilizações e transporte de vítimas; realizar medidas reanimação cardiorrespiratória básica; identificar todos os tipos de materiais existentes nos veículos de socorro e sua utilidade, a fim de auxiliar a equipe de saúde. 1.2.3.2 - Veículos Aéreos: Profissional habilitado à operação de aeronaves, segundo as normas e regula- mentos vigentes do Comando da Aeronáutica/Código Brasileiro de Aeronáutica/Departamento de Aviação Civil, para atuação em ações de atendimento pré-hospitalar móvel e transporte inter-hospitalar sob a orientação do médico da aeronave, respeitando as prerrogativas legais de segurança de voo, obedecendo aos padrões de capa- citação e atuação previstos neste Regulamento. RequisitosGerais: de acordo com a legislação vigente no país (Lei nº 7.183, de 5 de abril de 1984; Lei nº 7.565, de 19 de dezembro de 1986; e Portaria nº 3.016, de 5 de fevereiro de 1988 – do Comando da Aeronáutica), além de disposição pessoal para a atividade, equilíbrio emocional e autocontrole, disposição para cumprir ações orientadas, capacidade de trabalhar em equipe e dispo- nibilidade para a capacitação discriminada no Capítulo VII, bem como para a recertificação periódica. Competências/Atribuições: cumprir as normas e roti- nas operacionais vigentes no serviço a que está vincula- do, bem como a legislação específica em vigor; conduzir veículo aéreo destinado ao atendimento de urgência e transporte de pacientes; acatar as orientações do mé- dico da aeronave; estabelecer contato radiofônico (ou telefônico) com a central de regulação médica e seguir suas orientações; conhecer a localização dos estabeleci- mentos de saúde integrados ao sistema assistencial que podem receber aeronaves; auxiliar a equipe de saúde nos gestos básicos de suporte à vida; auxiliar a equipe nas imobilizações e transporte de vítimas; realizar medidas reanimação cardiorrespiratória básica; identificar todos os tipos de materiais existentes nas aeronaves de socorro e sua utilidade, a fim de auxiliar a equipe de saúde. 1.2.3.3– Veículos Aquáticos: Profissional habilita- do à operação de embarcações, segundo as normas e regulamentos vigentes no país, para atuação em ações de atendimento pré-hospitalar móvel e transporte inter- -hospitalar sob a orientação do médico da embarcação, respeitando as prerrogativas legais de segurança de na- vegação. Requisitos Gerais: Os já determinados pela legislação específica para condutores de embarcações, além de dis- posição pessoal para a atividade, equilíbrio emocional e autocontrole, disposição para cumprir ações orientadas, capacidade de trabalhar em equipe e disponibilidade para a capacitação discriminada no Capítulo VII, bem como para a recertificação periódica. Competências/Atribuições: cumprir as normas e roti- nas operacionais vigentes no serviço a que está vincula- do, bem como a legislação específica em vigor; conduzir veículo aquático destinado ao atendimento de urgência e transporte de pacientes; acatar as orientações do mé- dico da embarcação; estabelecer contato radiofônico (ou telefônico) com a central de regulação médica e seguir suas orientações; auxiliar a equipe de saúde nos gestos básicos de suporte à vida; auxiliar a equipe nas imobiliza- ções e transporte de vítimas; realizar medidas reanima- ção cardiorrespiratória básica; identificar todos os tipos de materiais existentes nas embarcações de socorro e sua utilidade, a fim de auxiliar a equipe de saúde. 1.2.4 - Profissionais Responsáveis pela Segurança: Policiais militares, rodoviários ou outros profissionais, to- dos com nível médio, reconhecidos pelo gestor público da saúde para o desempenho destas atividades, em ser- viços normatizados pelo SUS, regulados e orientados pe- las Centrais Públicas de Regulação Médica das Urgências. Atuam na identificação de situações de risco, exercendo a proteção das vítimas e dos profissionais envolvidos no atendimento. Fazem resgate de vítimas de locais ou si- tuações que impossibilitam o acesso da equipe de saúde. Podem realizar suporte básico de vida, com ações não invasivas, sob supervisão médica direta ou à distância, sempre que a vítima esteja em situação que impossibilite o acesso e manuseio pela equipe de saúde, obedecen- do aos padrões de capacitação e atuação previstos neste Regulamento; Requisitos Gerais: maior de dezoito anos; disposição pessoal e capacidade física e mental para a atividade; equilíbrio emocional e autocontrole; disposição para cumprir ações orientadas; capacitação específica por meio dos Núcleos de Educação em Urgências, conforme conteúdo estabelecido por este Regulamento; capacida- de de trabalhar em equipe; disponibilidade para a capa- citação discriminada no Capítulo VII, bem como para a recertificação periódica. Competências/Atribuições: comunicar imediatamen- te a existência da ocorrência à Central de Regulação Mé- dica de Urgências; avaliar a cena do evento, identificando as circunstâncias da ocorrência e reportando-as ao mé- dico regulador ou à equipe de saúde por ele designa- da; identificar e gerenciar situações de risco na cena do acidente, estabelecer a segurança da área de operação e orientar a movimentação da equipe de saúde; realizar manobras de suporte básico de vida sob orientação do __________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 15 NORMAS SAMU médico regulador; remover as vítimas para local seguro onde possa receber o atendimento da equipe de saú- de; estabilizar veículos acidentados; realizar manobras de desencarceramento e extração manual ou com emprego de equipamentos próprios; avaliar as condições da víti- ma, observando e comunicando ao médico regulador as condições de respiração, pulso e consciência; transmitir, via rádio, ao médico regulador, a correta descrição da vítima e da cena; conhecer as técnicas de transporte do paciente traumatizado; manter vias aéreas pérveas com manobras manuais e não invasivas, administrar oxigênio e realizar ventilação artificial; realizar circulação artificial pela técnica de compressão torácica externa; controlar sangramento externo por pressão direta, elevação do membro e ponto de pressão, utilizando curativos e ban- dagens; mobilizar e remover pacientes com proteção da coluna vertebral, utilizando pranchas e outros equipa- mentos de imobilização e transporte; aplicar curativos e bandagens; imobilizar fraturas, utilizando os equipamen- tos disponíveis em seus veículos; dar assistência ao parto normal em período expulsivo e realizar manobras básicas ao recém nato e parturiente; prestar primeiro atendimen- to à intoxicações, sob orientação do médico regulador; conhecer e saber operar todos os equipamentos e mate- riais pertencentes ao veículo de atendimento; conhecer e usar os equipamentos de bioproteção individual; preen- cher os formulários e registros obrigatórios do sistema de atenção às urgências e do serviço; manter-se em con- tato com a Central de Regulação, repassando os informes sobre a situação da cena e do paciente ao médico re- gulador, para decisão e monitoramento do atendimento pelo mesmo; repassar as informações do atendimento à equipe de saúde designada pelo médico regulador para atuar no local do evento. 1.2.5 - Bombeiros Militares: Profissionais Bombei- ros Militares, com nível médio, reconhecidos pelo gestor público da saúde para o desempenho destas atividades, em serviços normatizados pelo SUS, regulados e orienta- dos pelas Centrais de Regulação. Atuam na identificação de situações de risco e comando das ações de proteção ambiental, da vítima e dos profissionais envolvidos no seu atendimento, fazem o resgate de vítimas de locais ou situações que impossibilitam o acesso da equipe de saúde. Podem realizar suporte básico de vida, com ações não invasivas, sob supervisão médica direta ou à distân- cia, obedecendo aos padrões de capacitação e atuação previstos neste Regulamento. Requisitos Gerais: maior de dezoito anos; disposição pessoal e capacidade física e mental para a atividade; equilíbrio emocional e autocontrole; disposição para cumprir ações orientadas; capacitação específica por meio dos Núcleos de Educação em Urgências, conforme conteúdo estabelecido por este Regulamento; capacida- de de trabalhar em equipe; disponibilidade para a capa- citação discriminada no Capítulo VII, bem como para a recertificação periódica. Competências/Atribuições: comunicar imediatamen- te a existência de ocorrência com potencial de vítimas ou demandas de saúde à Central de Regulação Médica de Urgências; avaliar a cena do evento, identificando as circunstâncias da ocorrência e reportando-as ao médico reguladorou à equipe de saúde por ele designada; iden- tificar e gerenciar situações de risco na cena do acidente, estabelecer a área de operação e orientar a movimenta- ção da equipe de saúde; realizar manobras de suporte básico de vida, sob orientação do médico regulador; ob- ter acesso e remover a/s vítima/s para local seguro onde possam receber o atendimento adequado pela equipe de saúde e se solicitado pela mesma ou designado pelo médico regulador, transportar as vítimas ao serviço de saúde determinado pela regulação médica; estabilizar veículos acidentados; realizar manobras de desencarce- ramento e extração manual ou com emprego de equipa- mentos especializados de bombeiro; avaliar as condições da vítima, identificando e informando ao médico regu- lador as condições de respiração, pulso e consciência, assim como uma descrição geral da sua situação e das circunstâncias da ocorrência, incluindo informações de testemunhas; transmitir, ao médico regulador a correta descrição da cena da urgência e do paciente; conhecer as técnicas de transporte do paciente traumatizado; manter vias aéreas pérveas com manobras manuais e não inva- sivas, administrar oxigênio e realizar ventilação artificial; realizar circulação artificial por meio da técnica de com- pressão torácica externa; controlar sangramento exter- no, por pressão direta, elevação do membro e ponto de pressão, utilizando curativos e bandagens; mobilizar e re- mover pacientes com proteção da coluna vertebral, utili- zando colares cervicais, pranchas e outros equipamentos de imobilização e transporte; aplicar curativos e banda- gens; imobilizar fraturas utilizando os equipamentos dis- poníveis; prestar o primeiro atendimento à intoxicações, de acordo com protocolos acordados ou por orientação do médico regulador; dar assistência ao parto normal em período expulsivo e realizar manobras básicas ao recém nato e parturiente; manter-se em contato com a central de regulação médica repassando os informes iniciais e subsequentes sobre a situação da cena e do(s) pacien- te(s) para decisão e monitoramento do atendimento pelo médico regulador; conhecer e saber operar todos os equipamentos e materiais pertencentes a veículo de atendimento; repassar as informações do atendimento à equipe de saúde designada pelo médico regulador para atuar no local do evento; conhecer e usar equipamentos de bioproteção individual; preencher os formulários e re- gistros obrigatórios do sistema de atenção às urgências e do serviço; realizar triagem de múltiplas vítimas, quando necessário ou quando solicitado pela equipe de saúde; participar dos programas de treinamento e educação continuada, conforme os termos deste Regulamento. 1.3 - Capacitação Específica dos Profissionais de Transporte Aeromédico Os profissionais devem ter noções de aeronáutica de fisiologia de voo. Estas noções de aeronáutica e noções básicas de fisiologia de voo devem seguir as determina- ções da Diretoria de Saúde da Aeronáutica, e da Divisão de Medicina Aeroespacial, abrangendo: Noções de aeronáutica: - Terminologia aeronáutica; - Procedimentos normais e de emergência em voo; - Evacuação de emergência; - Segurança no interior e em torno de aeronaves; __________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 16 NORMAS SAMU - Embarque e desembarque de pacientes. Noções básicas de fisiologia de voo: - Atmosfera; - Fisiologia respiratória; - Estudo clínico da hipóxia; - Disbarismos; - Forças acelerativas em voo e seus efeitos sobre o organismo humano; Aerocinetose; - Ritmo circadiano; - Gases, líquidos e vapores tóxicos em aviação; - Ruídos e vibrações; - Cuidados de saúde com paciente em voo. A capa- citação necessária aos profissionais que atuam no transporte aeromédico será a mesma estabelecida no presente Regulamento para os profissionais do pré-hospitalar móvel, conforme grade do Capítulo VII, devendo, no entanto, ter a seguinte capacita- ção adicional: 1.3.1 - Piloto de Aeronave de Asa Rotativa: Módulo comum: total 8 horas Qualificação pessoal: Atendimento pré-hospitalar; Sistema de saúde local; Rotinas operacionais1.3.2 - Profissional de Segurança e Auxiliar/Técnico de Enfermagem: Rotinas operacionais de transporte aeromédico: Noções de aeronáutica: 10 horas; - Noções básicas de fisiologia de voo: 12 horas. 1.3.3 - Médicos e Enfermeiros: Rotinas operacionais de transporte aeromédico: - Noções de aeronáutica: 10 horas; - Noções básicas de fisiologia de voo: 20 horas. 2 - DEFINIÇÃO DOS VEÍCULOS DE ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR MÓVEL 2.1 - AMBULÂNCIAS Define-se ambulância como um veículo (terrestre, aéreo ou aquaviário) que se destine exclusivamente ao transporte de enfermos. As dimensões e outras especificações do veículo terrestre deverão obedecer às normas da ABNT – NBR 14561/2000, de julho de 2000. As Ambulâncias são classificadas em: TIPO A – Ambulância de Transporte: veículo destina- do ao transporte em decúbito horizontal de pacientes que não apresentam risco de vida, para remoções sim- ples e de caráter eletivo. TIPO B – Ambulância de Suporte Básico: veículo desti- nado ao transporte interhospitalar de pacientes com ris- co de vida conhecido e ao atendimento pré-hospitalar de pacientes com risco de vida desconhecido, não classifi- cado com potencial de necessitar de intervenção médica no local e/ou durante transporte até o serviço de destino. TIPO C - Ambulância de Resgate: veículo de atendi- mento de urgências pré-hospitalares de pacientes víti- mas de acidentes ou pacientes em locais de difícil acesso, com equipamentos de salvamento (terrestre, aquático e em alturas). TIPO D – Ambulância de Suporte Avançado: veícu- lo destinado ao atendimento e transporte de pacientes de alto risco em emergências pré-hospitalares e/ou de transporte inter-hospitalar que necessitam de cuidados médicos intensivos. Deve contar com os equipamentos médicos necessários para esta função. TIPO E – Aeronave de Transporte Médico: aeronave de asa fixa ou rotativa utilizada para transporte inter- -hospitalar de pacientes e aeronave de asa rotativa para ações de resgate, dotada de equipamentos médicos ho- mologados pelo Departamento de Aviação Civil - DAC. TIPO F – Embarcação de Transporte Médico: veículo motorizado aquaviário, destinado ao transporte por via marítima ou fluvial. Deve possuir os equipamentos médi- cos necessários ao atendimento de pacientes conforme sua gravidade. 2.2 - VEÍCULOS DE INTERVENÇÃO RÁPIDA Estes veículos, também chamados de veículos leves, veículos rápidos ou veículos de ligação médica são uti- lizados para transporte de médicos com equipamentos que possibilitam oferecer suporte avançado de vida nas ambulâncias do Tipo A, B, C e F. 2.3 - OUTROS VEÍCULOS: Veículos habituais adaptados para transporte de pa- cientes de baixo risco, sentados (ex. pacientes crônicos) que não se caracterizem como veículos tipo lotação (ôni- bus, peruas, etc.). Este transporte só pode ser realizado com anuência médica. 3 – DEFINIÇÃO DOS MATERIAIS E EQUIPAMENTOS DAS AMBULÂNCIAS As ambulâncias deverão dispor, no mínimo, dos se- guintes materiais e equipamentos ou similares com efi- cácia equivalente: 3.1 - Ambulância de Transporte (Tipo A): Sinaliza- dor óptico e acústico; equipamento de rádio-comunica- ção em contato permanente com a central reguladora; maca com rodas; suporte para soro e oxigênio medicinal. 3.2 - Ambulância de Suporte Básico (Tipo B): Sina- lizador óptico e acústico; equipamento de rádio-comuni- cação fixo e móvel; maca articulada e com rodas; suporte para soro; instalação de rede de oxigênio com cilindro, válvula, manômetro em local de fácil visualização e régua com dupla saída; oxigênio com régua tripla (a- alimenta- ção do respirador; b- fluxômetro e umidificador de oxigê- nio e c - aspirador tipo Venturi); manômetro e fluxômetro com máscara e chicote para oxigenação; cilindro de oxi- gênio portátil com válvula; maleta de urgênciaconten- do: estetoscópio adulto e infantil, ressuscitador manual adulto/infantil, cânulas orofaríngeas de tamanhos varia- __________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 17 NORMAS SAMU dos, luvas descartáveis, tesoura reta com ponta romba, esparadrapo, esfigmomanômetro adulto/infantil, atadu- ras de 15 cm, compressas cirúrgicas estéreis, pacotes de gaze estéril, protetores para queimados ou eviscerados, cateteres para oxigenação e aspiração de vários tama- nhos; maleta de parto contendo: luvas cirúrgicas, clamps umbilicais, estilete estéril para corte do cordão, saco plástico para placenta, cobertor, compressas cirúrgicas e gazes estéreis, braceletes de identificação; suporte para soro; prancha curta e longa para imobilização de coluna; talas para imobilização de membros e conjunto de cola- res cervicais; colete imobilizador dorsal; frascos de soro fisiológico e ringer lactato; bandagens triangulares; co- bertores; coletes refletivos para a tripulação; lanterna de mão; óculos, máscaras e aventais de proteção e maletas com medicações a serem definidas em protocolos, pelos serviços. As ambulâncias de suporte básico que realizam também ações de salvamento deverão conter o material mínimo para salvamento terrestre, aquático e em altu- ras, maleta de ferramentas e extintor de pó químico seco de 0,8 Kg, fitas e cones sinalizadores para isolamento de áreas, devendo contar, ainda com compartimento isola- do para a sua guarda, garantindo um salão de atendi- mento às vítimas de, no mínimo, 8 metros cúbicos. 3.3 – Ambulância de Resgate (Tipo C): Sinalizador óptico e acústico; equipamento de rádio-comunicação fixo e móvel; prancha curta e longa para imobilização de coluna; talas para imobilização de membros e conjunto de colares cervicais; colete imobilizador dorsal; frascos de soro fisiológico; bandagens triangulares; cobertores; co- letes refletivos para a tripulação; lanterna de mão; óculos, máscaras e aventais de proteção; material mínimo para salvamento terrestre, aquático e em alturas; maleta de ferramentas e extintor de pó químico seco de 0,8 Kg; fitas e cones sinalizadores para isolamento de áreas. Quando realizarem também o suporte básico de vida, as ambulâncias de resgate deverão ter uma configuração que garanta um salão de atendimento às vítimas de, no mínimo 8 metros cúbicos, além de compartimento isola- do para a guarda de equipamentos de salvamento e de- verão estar equipadas com: maca articulada e com rodas; instalação de rede de oxigênio com cilindro, válvula, ma- nômetro em local de fácil visualização e régua com du- pla saída; oxigênio com régua tripla (a - alimentação do respirador; b - fluxômetro e umidificador de oxigênio e c - aspirador tipo Venturi); manômetro e fluxômetro com máscara e chicote para oxigenação; cilindro de oxigênio portátil com válvula; maleta de emergência contendo: es- tetoscópio adulto e infantil; ressuscitador manual adulto/ infantil, luvas descartáveis; cânulas orofaríngeas de tama- nhos variados; tesoura reta com ponta romba; espara- drapo; esfigmomanômetro adulto/infantil; ataduras de 15 cm; compressas cirúrgicas estéreis; pacotes de gaze estéril; protetores para queimados ou eviscerados; cate- teres para oxigenação e aspiração de vários tamanhos; maleta de parto contendo: luvas cirúrgicas; clamps umbi- licais; estilete estéril para corte do cordão; saco plástico para placenta; cobertor; compressas cirúrgicas e gazes estéreis; braceletes de identificação; 3.4 - Ambulância de Suporte Avançado (Tipo D): Sinalizador óptico e acústico; equipamento de rádio-co- municação fixo e móvel; maca com rodas e articulada; dois suportes de soro; cadeira de rodas dobrável; insta- lação de rede portátil de oxigênio como descrito no item anterior (é obrigatório que a quantidade de oxigênio permita ventilação mecânica por no mínimo duas horas); respirador mecânico de transporte; oxímetro não-invasi- vo portátil; monitor cardioversor com bateria e instalação elétrica disponível (em caso de frota deverá haver dispo- nibilidade de um monitor cardioversor com marca-passo externo não-invasivo); bomba de infusão com bateria e equipo; maleta de vias aéreas contendo: máscaras larín- geas e cânulas endotraqueais de vários tamanhos; cate- teres de aspiração; adaptadores para cânulas; cateteres nasais; seringa de 20ml; ressuscitador manual adulto/ infantil com reservatório; sondas para aspiração traqueal de vários tamanhos; luvas de procedimentos; másca- ra para ressuscitador adulto/infantil; lidocaína geleia e “spray”; cadarços para fixação de cânula; laringoscópio infantil/adulto com conjunto de lâminas; estetoscópio; esfigmomanômetro adulto/infantil; cânulas orofaríngeas adulto/infantil; fios-guia para intubação; pinça de Magyll; bisturi descartável; cânulas para traqueostomia; material para cricotiroidostomia; conjunto de drenagem torácica; maleta de acesso venoso contendo: tala para fixação de braço; luvas estéreis; recipiente de algodão com anti-sép- tico; pacotes de gaze estéril; esparadrapo; material para punção de vários tamanhos incluindo agulhas metálicas, plásticas e agulhas especiais para punção óssea; garro- te; equipos de macro e microgotas; cateteres específicos para dissecção de veias, tamanho adulto/infantil; tesoura, pinça de Kocher; cortadores de soro; lâminas de bisturi; seringas de vários tamanhos; torneiras de 3 vias; equipo de infusão de 3 vias; frascos de soro fisiológico, ringer lactato e soro glicosado; caixa completa de pequena ci- rurgia; maleta de parto como descrito nos itens anterio- res; sondas vesicais; coletores de urina; protetores para eviscerados ou queimados; espátulas de madeira; sondas nasogástricas ; eletrodos descartáveis; equipos para dro- gas fotossensíveis; equipo para bombas de infusão; cir- cuito de respirador estéril de reserva; equipamentos de proteção à equipe de atendimento: óculos, máscaras e aventais; cobertor ou filme metálico para conservação do calor do corpo; campo cirúrgico fenestrado; almotolias com antisséptico; conjunto de colares cervicais; prancha longa para imobilização da coluna. Para o atendimento a neonatos deverá haver pelo menos uma Incubadora de transporte de recém-nascido com bateria e ligação à tomada do veículo (12 volts). A incubadora deve es- tar apoiada sobre carros com rodas devidamente fixa- das quando dentro da ambulância e conter respirador e equipamentos adequados para recém natos. 3.5 - Aeronave de Transporte Médico (Tipo E): 3.5.1 - Aeronaves de Asas Rotativas (Helicópteros) para atendimento pré-hospitalar móvel primário: - Conjunto aeromédico (homologado pelo Departa- mento de Aviação Civil – DAC): maca ou incubado- ra; cilindro de ar comprimido e oxigênio com au- tonomia de pelo menos 2 horas; régua tripla para transporte; suporte para fixação de equipamentos médicos; __________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 18 NORMAS SAMU - Equipamentos médicos fixos: respirador mecânico; monitor cardioversor com bateria; oxímetro portá- til; bomba de infusão; prancha longa para imobili- zação de coluna; - Equipamentos médicos móveis: maleta de vias aé- reas contendo: conjunto de cânulas orofaríngeas; cânulas endotraqueais de vários tamanhos; catete- res de aspiração; adaptadores para cânulas; catete- res nasais; seringa de 20 ml; ressuscitador manual adulto/infantil completo; sondas para aspiração traqueal de vários tamanhos; luvas de procedi- mentos; lidocaína geleia e spray; cadarços para fi- xação de cânula; laringoscópio infantil/adulto com conjunto de lâminas curvas e retas; estetoscópio; esfigmomanômetro adulto/infantil;; fios; fios-guia para intubação; pinça de Magyll; bisturi descartá- vel; cânulas para traqueostomia; material para cri- cotiroidostomia; conjunto de drenagem de tórax; maleta de acesso venoso contendo: tala para fixa- çãode braço; luvas estéreis; recipiente de algodão com antisséptico; pacotes de gaze estéril; espara- drapo; material para punção de vários tamanhos, incluindo agulhas metálicas, plásticas e agulhas especiais para punção óssea; garrote; equipos de macro e microgotas; cateteres específicos para dis- secção de veias tamanhos adulto/infantil; tesoura; pinça de Kocher; cortadores de soro; lâminas de bisturi; seringas de vários tamanhos; torneiras de 3 vias; equipo de infusão polivias; frascos de solu- ção salina, ringer lactato, e glicosada para infusão venosa; caixa de pequena cirurgia; maleta de parto contendo: luvas cirúrgicas; clamps umbilicais; esti- lete estéril para corte do cordão; saco plástico para placenta; absorvente higiênico grande; cobertor ou similar para envolver o recém-nascido; compressas cirúrgicas estéreis, pacotes de gases estéreis e bra- celetes de identificação; sondas vesicais; coletores de urina; protetores para eviscerados ou queima- dos; espátulas de madeira; sondas nasogástricas; eletrodos descartáveis; equipos para drogas fotos- sensíveis; equipos para bombas de infusão; circuito de respirador estéril de reserva; cobertor ou filme metálico para conservação do calor do corpo; cam- po cirúrgico fenestrado; almotolias com antissépti- co; conjunto de colares cervicais; equipamentos de proteção à equipe de atendimento: óculos, más- caras, luvas. Outros: colete imobilizador dorsal; cilindro de oxigê- nio portátil com válvula; manômetro e fluxômetro com máscara e chicote para oxigenação; bandagens triangu- lares; talas para imobilização de membros; coletes refle- xivos para a tripulação; lanterna de mão; equipamentos de proteção à equipe de atendimento: óculos, máscaras, luvas. 3.5.2- Aeronaves de Asas Fixas (Aviões) e Aerona- ves de Asas Rotativas (Helicópteros) para atendimen- to pré-hospitalar móvel secundário ou transporte in- ter hospitalar: - Conjunto aeromédico (homologado pelo Departa- mento de Aviação Civil – DAC): maca ou incubado- ra; cilindro de ar comprimido e oxigênio com au- tonomia de pelo menos 4 horas; régua tripla para transporte; suporte para fixação de equipamentos médicos. - Equipamentos médicos fixos: respirador mecânico; monitor cardioversor com bateria com marca-pas- so externo não-invasivo; oxímetro portátil; monitor de pressão não invasiva; bomba de infusão; pran- cha longa para imobilização de coluna; capnógra- fo; - Equipamentos médicos móveis: maleta de vias aé- reas contendo: cânulas endotraqueais de vários ta- manhos; cateteres de aspiração; adaptadores para cânulas; cateteres nasais; seringa de 20 ml; ressus- citador manual adulto/infantil completo; sondas para aspiração traqueal de vários tamanhos; luvas de procedimentos; lidocaína geleia e spray; cadar- ços para fixação de cânula; laringoscópio infantil/ adulto com conjunto de lâminas curvas e retas; estetoscópio; esfigmomanômetro adulto/infantil; cânulas orofaríngeas adulto/infantil; fios; fios-guia para intubação; pinça de Magyl; bisturi descartável; cânulas para traqueostomia; material para cricoti- roidostomia; conjunto de drenagem de tórax; ma- leta de acesso venoso contendo: tala para fixação de braço, luvas estéreis, recipiente de algodão com antisséptico; pacotes de gaze estéril; esparadrapo; material para punção de vários tamanhos, incluin- do agulhas metálicas, plásticas e agulhas especiais para punção óssea; garrote; equipos de macro e microgotas; cateteres específicos para dissecção de veias tamanhos adulto/infantil; tesoura, pinça de Kocher; cortadores de soro; lâminas de bisturi; seringas de vários tamanhos; torneiras de 3 vias; equipo de infusão polivias; frascos de solução sa- lina, ringer lactato e glicosada para infusão veno- sa; caixa completa de pequena cirurgia; maleta de parto contendo: luvas cirúrgicas; clamps umbilicais; estilete estéril para corte do cordão; saco plástico para placenta, absorvente higiênico grande; co- bertor ou similar para envolver o recém-nascido; compressas cirúrgicas estéreis; pacotes de gases estéreis e braceletes de identificação; sondas ve- sicais; coletores de urina; protetores para evisce- rados ou queimados; espátulas de madeira; son- das nasogástricas; eletrodos descartáveis; equipos para drogas fotossensíveis; equipos para bombas de infusão; circuito de respirador estéril de reser- va; cobertor ou filme metálico para conservação do calor do corpo; campo cirúrgico fenestrado; almotolias com antisséptico; conjunto de colares cervicais; equipamentos de proteção à equipe de atendimento: óculos, máscaras, luvas. 3.6 – Embarcação de Transporte (Tipo F): Este veículo motorizado aquaviário, destinado ao transporte por via marítima ou fluvial, poderá ser equi- pado como indicado para as Ambulâncias de Tipo A, B, ou D, dependendo do tipo de assistência a ser prestada. 4 – DEFINIÇÃO DOS MEDICAMENTOS DAS AMBU- LÂNCIAS Medicamentos obrigatórios que deverão constar nos veículos de suporte avançado, seja nos veículos terres- tres, aquáticos e nas aeronaves ou naves de transporte médico (Classes D, E e F): __________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 19 NORMAS SAMU - Lidocaína sem vasoconstritor; adrenalina, epinefri- na, atropina; dopamina; aminofilina; dobutamina; hidrocortisona; glicose 50%; - Soros: glicosado 5%; fisiológico 0,9%; ringer lactato; - Psicotrópicos: hidantoína; meperidina; diazepan; mi- dazolan; - Medicamentos para analgesia e anestesia: fentanil, ketalar, quelecin; - Outros: água destilada; metoclopramida; dipiro- na; hioscina; dinitrato de isossorbitol; furosemide; amiodarona; lanatosideo C. 5 – TRIPULAÇÃO Considerando-se que as urgências não se constituem em especialidade médica ou de enfermagem e que nos cursos de graduação a atenção dada à área ainda é bas- tante insuficiente, entende-se que os profissionais que venham a atuar como tripulantes dos Serviços de Atendi- mento Pré-Hospitalar Móvel devam ser habilitados pelos Núcleos de Educação em Urgências, cuja criação é indi- cada pelo presente Regulamento e cumpram o conteúdo curricular mínimo nele proposto - Capítulo VII. 5.1 - Ambulância do Tipo A: 2 profissionais, sendo um o motorista e o outro um Técnico ou Auxiliar de enfermagem. 5.2 - Ambulância do Tipo B: 2 profissionais, sendo um o motorista e um técnico ou auxiliar de enferma- gem. 5.3 - Ambulância do Tipo C: 3 profissionais mili- tares, policiais rodoviários, bombeiros militares, e/ou outros profissionais reconhecidos pelo gestor públi- co, sendo um motorista e os outros dois profissionais com capacitação e certificação em salvamento e su- porte básico de vida. 5.4 - Ambulância do tipo D: 3 profissionais, sendo um motorista, um enfermeiro e um médico. 5.5 - Aeronaves: o atendimento feito por aerona- ves deve ser sempre considerado como de suporte avançado de vida e: - Para os casos de atendimento pré-hospitalar móvel primário não traumático e secundário, deve contar com o piloto, um médico, e um enfermeiro; - Para o atendimento a urgências traumáticas em que sejam necessários procedimentos de salvamento, é indispensável a presença de profissional capaci- tado para tal. 5.6 - Embarcações: a equipe deve ser composta 2 ou 3 profissionais, de acordo com o tipo de atendi- mento a ser realizado, contando com o condutor da embarcação e um auxiliar/técnico de enfermagem em casos de suporte básico de vida, e um médico e um enfermeiro, em casos de suporte avançado de vida. CAPÍTULO V ATENDIMENTO HOSPITALAR UNIDADES HOSPITALARES DE ATENDIMENTO ÀS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS O presente Regulamento Técnico está definindo uma nova nomenclatura e classificação para a área de assis- tência hospitalar de urgência e emergência. Refletindo sobre a regionalização proposta pela NOAS e sobre a estrutura dos pronto-socorros existentes no país, ado- ta-se a seguinte classificação/estruturação, partindo da premissa que nenhum pronto socorro hospitalar poderáapresentar infra estrutura inferior à de uma unidade não hospitalar de atendimento às urgências e emergências, conforme descrito no Capítulo III - item 2 deste Regula- mento: 1 - Classificação As Unidades Hospitalares de Atendimento em Urgên- cia e Emergência serão classificadas segundo segue: A - Unidades Gerais: a - Unidades Hospitalares Gerais de Atendimento às Urgências e Emergências de Tipo I; b - Unidades Hospitalares Gerais de Atendimento às Ur- gências e Emergências de Tipo II. B - Unidades de Referência: a - Unidades Hospitalares de Referência em Atendimento às Urgências e Emergên- cias de Tipo I; b - Unidades Hospitalares de Referência em Atendimento às Urgências e Emergências de Tipo II; c - Unidades Hospitalares de Referência em Atendimento às Urgências e Emergências de Tipo III. Observação: As Unidades de Referência correspon- dem, respectivamente, aos Hospitais Tipo I, II e III defi- nidos segundo os critérios de classificação estabelecidos pela Portaria GM/MS nº 479, de 15 de abril de 1999, que cria mecanismos para a implantação dos Sistemas Esta- duais de referência Hospitalar em Atendimento de Ur- gências e Emergências. 2 - Definição das Unidades e Critérios de Classifi- cação 2.1 - Características Gerais As características gerais relacionadas abaixo são exi- gíveis para a classificação e cadastramento de Unidades Hospitalares de Atendimento às Urgências e Emergên- cias e são comuns às Gerais de Tipo I e II e às de Referên- cia de Tipo I, II e III. 2.1.1 – Recursos Humanos Toda equipe da Unidade deve ser capacitada nos Núcleos de Educação em Urgências e treinada em ser- viço e, desta forma, capacitada para executar suas tare- fas. No caso do treinamento em serviço, o Responsável Técnico pela Unidade será o coordenador do programa de treinamento dos membros da equipe. Uma cópia do programa de treinamento (conteúdo) ou as linhas gerais dos cursos de treinamento devem estar disponíveis para revisão; deve existir ainda uma escala de treinamento de novos funcionários. __________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 20 NORMAS SAMU A Unidade deve contar com: a - Responsável Técnico - médico com Título de Es- pecialista em sua área de atuação profissional re- conhecido pelo Conselho Federal de Medicina ou com Certificado de Residência Médica em sua es- pecialidade emitido por Programa de Residência Médica reconhecido pelo MEC. O médico Responsável Técnico pela Unidade somen- te poderá assumir a responsabilidade técnica por uma única Unidade cadastrada pelo Sistema Único de Saúde. No caso de responsável técnico de Uni- dade instalada em Hospital Universitário, o médico poderá acumular esta responsabilidade com a de mais uma Unidade cadastrada pelo SUS, desde que instalada no mesmo município. b - Equipe Médica: deve ser composta por médicos em quantitativo suficiente para o atendimento dos serviços nas 24 horas do dia para atendimento de urgências/emergências e todas as atividades dele decorrentes. c - Enfermagem: A Unidade deve contar com: - Coor- denação de Enfermagem: 01 (um) Enfermeiro Co- ordenador; - Enfermeiros, técnicos de enfermagem e auxiliares de enfermagem em quantitativo sufi- ciente para o atendimento dos serviços nas 24 ho- ras do dia para atendimento de urgências/emer- gências e todas as atividades dele decorrentes. 2.1.2 – Área Física As áreas físicas da Unidade deverão se enquadrar nos critérios e normas estabelecidos pela legislação em vigor ou outros ditames legais que as venham substituir ou complementar, a saber: a - Resolução nº 50, de 21 de fevereiro de 2002, que dispõe sobre o Regulamento Técnico para Plane- jamento, Programação, Elaboração e Avaliação de projetos Físicos de Estabelecimentos de Assistên- cia à Saúde, da Agência Nacional de Vigilância Sa- nitária – ANVISA. b - Resolução nº 05, de 05 de agosto de 1993, do CONAMA – Conselho Nacional de Meio Ambiente. A área física deve ser estruturada de acordo com o tamanho, complexidade e perfil assistencial da unidade e adequada para o acolhimento e atendimento especia- lizado aos portadores de danos e/ou agravos específicos em situação de urgência/emergência. 2.1.3 - Rotinas de Funcionamento e Atendimento A Unidade deve possuir Rotinas de Funcionamento e Atendimento escritas, atualizadas a cada 04 anos e assi- nadas pelo Responsável Técnico pela Unidade. As rotinas devem abordar todos os processos envolvidos na assis- tência que contemplem desde os aspectos organizacio- nais até os operacionais e técnicos. Deve haver também uma rotina de manutenção preventiva de materiais e equipamentos. As Rotinas devem contemplar, no mínimo, os seguin- tes itens: a - Critérios de avaliação dos pacientes e, se for o caso, de indicação de procedimento cirúrgico; b - Procedimentos médico-cirúrgicos; c - Procedimentos de enfermagem; d - Rotinas de suporte nutricional; e - Rotinas de controle de Infecção Hospitalar; f - Ficha própria para descrição do ato cirúrgico; g - Rotinas de acompanhamento ambulatorial dos pa- cientes; 2.1.4 - Registro de Pacientes A Unidade deve possuir um prontuário para cada pa- ciente com as informações completas do quadro clínico e sua evolução, todas devidamente escritas, de forma clara e precisa, datadas e assinadas pelo profissional respon- sável pelo atendimento. Os prontuários deverão estar devidamente ordenados no Serviço de Arquivo Médico. Informações Mínimas do Prontuário: a - Identificação do paciente; b - Histórico Clínico; c - Avaliação Inicial; d - Indicação do procedimento cirúrgico, se for o caso; e - Descrição do ato cirúrgico, se for o caso; f - Descrição da evolução e prescrições g - Condições na alta hospitalar ou transferência 2.1.5 - Estruturação da Grade de Referência As Unidades Hospitalares de Atendimento às Urgên- cias e Emergências devem possuir retaguarda de maior complexidade previamente pactuada, com fluxo e me- canismos de transferência claros, mediados pela Central de Regulação, a fim de garantir o encaminhamento dos casos que extrapolem sua complexidade. Além disso, devem garantir transporte para os casos mais graves, através do serviço de atendimento pré-hos- pitalar móvel, onde ele existir, ou outra forma de trans- porte que venha a ser pactuada. Também devem estar pactuados os fluxos para elu- cidação diagnóstica e avaliação especializada, além de se dar ênfase especial ao redirecionamento dos pacien- tes para a rede básica e Programa de Saúde da Família, para o adequado seguimento de suas patologias de base e condições de saúde, garantindo acesso não apenas a ações curativas, mas a todas as atividades promocionais que devem ser implementadas neste nível de assistência. 2.2 - Características Específicas Além das características gerais relacionadas no item 2.1, são exigíveis para a classificação e cadastramento de Unidades Hospitalares de Atendimentos às Urgências e Emergências as seguintes características específicas rela- tivas a cada tipo de Unidade, devendo a mesma dispor de: 2.2.1 - Unidades Hospitalares Gerais de Atendi- mento às Urgências e Emergências de Tipo I: As Unidades Hospitalares Gerais de Atendimento às Urgências e Emergências de Tipo I são aquelas instaladas em hospitais gerais de pequeno porte aptos a prestarem assistência de urgência e emergência correspondente ao primeiro nível de assistência da média complexidade (M1). __________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 21 NORMAS SAMU Estas Unidades, em funcionamento nas 24 horas do dia, devem contar com instalações físicas, recursos humanos e tecnológicos adequados de maneira a que se tornem o primeiro nível de assistência hospitalar no atendimento de urgência e emergência do Sistema Estadual de Urgência e Emergência. Estes recursos devem ser, no mínimo, aqueles disponíveis e já descritos como exigíveis para as Unidades NãoHospitalares de Atendimento às Urgências e Emer- gências. Os requisitos relativos à capacitação de recursos humanos, transporte e grade de referência também são os mesmos descritos para estas Unidades. 2.2.2 - Unidades Hospitalares Gerais de Atendimento às Urgências e Emergências de Tipo II: As Unidades Hospitalares Gerais de Atendimento às Urgências e Emergências de Tipo II são aquelas instaladas em hospitais gerais de médio porte aptos a prestarem assistência de urgência e emergência correspondente ao segundo nível de assistência hospitalar da média complexidade (M2). Estas Unidades, em funcionamento nas 24 horas do dia, devem contar com instalações físicas, recursos humanos e tecnológicos adequados de maneira a que se tornem o segundo nível de assistência hospitalar no atendimento de urgência e emergência do Sistema Estadual de Urgência e Emergência. A área física da Unidade não pode ser inferior ao especificado para as Unidades Não Hospitalares - item 2.4 do Capítulo II. Além disso, no corpo do hospital, deve haver centro cirúrgico e centro obstétrico, além de enfermarias para as áreas de atuação mencionadas. Além das características gerais relacionadas no item 2.1, são exigíveis para a classificação e cadastramento de Uni- dades Gerais de Tipo II as seguintes características específicas, devendo a Unidade dispor de: 2.2.2.1 - Recursos Humanos Além dos Recursos Humanos listados no item 2.1.1, a Unidade deve contar com: Profissionais mínimos indispensáveis, presentes no hospital, capacitados para atendimento às urgências/emergên- cias nas suas áreas específicas de atuação profissional: Médico Clínico Geral Pediatra Ginecologista-Obstetra Cirurgião Geral Traumato-Ortopedista Anestesiologista Assistente Socia 2.2.2.2- Recursos Tecnológicos Os recursos tecnológicos mínimos e indispensáveis - propedêuticos e/ou terapêuticos para o atendimento especia- lizado das urgências/emergências de que a Unidade deve dispor, nas 24 horas, são os seguintes: Existentes na própria estrutura do hospital: Análises Clínicas Laboratoriais Eletrocardiografia Radiologia Convencional Recursos Tecnológicos disponíveis em serviços de terceiros, instalados dentro ou fora da estrutura ambulatório- -hospitalar da Unidade. Neste caso, a referência deve ser devidamente formalizada de acordo com o que estabelece a Portaria SAS nº 494, de 26 de agosto de 1999: Endoscopia Ultrassonografia Banco de Sangue 2.2.3 - Unidades de Referência As Unidades de Referência em Atendimento às Urgências e Emergências são aquelas instaladas em hospitais, gerais ou especializados, aptos a prestarem assistência de urgência e emergência correspondente à M3 e à alta complexidade, de acordo com sua capacidade instalada, especificidade e perfil assistencial. Estas Unidades, integrantes do Sistema Estadual de Referência Hospitalar em Atendimento de Urgências e Emergências, devem contar com instalações físicas, recursos humanos e tecnológicos adequados de maneira a que se tornem a referência de assistência hospitalar no atendimento de urgência e emergência do Sistema Estadual de Urgência e Emergência. Ficam entendidos como recursos tecnológicos e humanos acessíveis/alcançáveis aqueles que são necessários ao atendimento aos pacientes em situação de urgência/emergência e pelos quais a unidade hospitalar se responsabiliza, garantindo com recursos do próprio hospital o acesso ao serviço ou profissional. __________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 22 NORMAS SAMU As instalações previstas para as Unidades Não Hospitalares – item 2.4 do Capítulo II são exigência mínima e obri- gatória na estrutura das Unidades de Referência. Caso não haja atendimento de traumato-ortopedia na Unidade, está dispensada a existência de sala de gesso. 2.2.3.1- Características Específicas- Unidades Hospitalares de Referência em Atendimento às Urgências e Emergências de Tipo I: As Unidades de Referência de Tipo I são aquelas instaladas em hospitais especializados e que contam com recursos tecnológicos e humanos adequados para o atendimento das urgências/emergências de natureza clínica e cirúrgica, nas áreas de pediatria ou traumato-ortopedia ou cardiologia. Além das características gerais relacionadas no item 2.1, são exigíveis para a classificação e cadastramento de Uni- dades de Referência de Tipo I as seguintes características específicas, devendo a Unidade dispor de: 2.2.3.1.1- Recursos Humanos Além dos Recursos Humanos listados no item 2.1.1, a Unidade deve contar com: Profissionais mínimos indispensáveis, presentes no hospital, capacitados para atendimento às urgências/emergên- cias nas suas áreas específicas de atuação profissional: Cardiologia Pediatria TraumatoOrtopedia Cardiologista Pediatria TraumatoOrtopedista Hemodinamicista Intensivista Clínico Geral Angiografista Cirurgião Pediátrico Anestesiologista Cirurgião Cardiovascular Anestesiologista Intensivista Ecocardiografista Imagenologista Anestesiologista Serviço de Suporte, Acompanhamento Clínico e Reabilitação: A Unidade deve contar com os serviços e profissio- nais nas seguintes áreas (dependendo do volume de atendimento, estes profissionais não precisam ser exclusivos da Unidade): - Psicologia Clínica; - Nutrição; - Assistência Social; - Fisioterapia; - Terapia Ocupacional; - Farmácia; - Hemoterapia; Outros Profissionais alcançáveis, identificados por especialidade e capacitados para o atendimento às urgências/ emergências nas suas áreas específicas de atuação profissional: Cardiologia Pediatria Tr a u m a t o - O r t o p e d i a Hematologista Endoscopista Imagenologista Imagenologista Hematologista Hematologista Cirurgião Vascular Broncoscopista N e u r o c i r u rg i ã o Neuropediatra Cirurgião Geral Cirurgião Bucomaxilofacial 2.2.3.1.2- Recursos Tecnológicos Os recursos tecnológicos mínimos e indispensáveis - propedêuticos e/ou terapêuticos para o atendimento das ur- gências/emergências especializado de que a Unidade deve dispor são os seguintes: Existentes na própria estrutura do hospital: __________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 23 NORMAS SAMU Cardiologia Pediatria Tr a u m a t o - O r t o pedia Radiologia Convencional Radiologia Convencional Radiologia Convencional Análises Clínicas Laboratoriais Análises Clínicas Laboratorais Análises Clínicas Laboratoriais Eletrocardiografia Eletrocardiografia Intensificador de Imagem Ultrassonografia Ultrassonografia Anestesiologia Ecocardiografia Cirurgia Pediátrica Hemodinâmica Anestesiologia Unidade de Terapia Intensiva de Tipo II ou III Unidade de Terapia Intensiva de Tipo II ou III Cirurgia Cardiovascular Anestesiologia Banco de Sangue Angiografia Recursos Tecnológicos disponíveis em serviços de terceiros, instalados dentro ou fora da estrutura ambulatório- -hospitalar da Unidade. Neste caso, a referência deve ser devidamente formalizada de acordo com o que estabelece a Portaria SAS nº 494, de 26 de agosto de 1999: Cardiologia Pediatria Tr a u m a t o - O r t o p e d i a Tomografia Computadorizada Tomografia Computadorizada Tomografia Computadorizada Broncoscopia Cirurgia Vascular Endoscopia Cirurgia Bucomaxilofacial Banco de Sangue Cirurgia Geral Neurocirurgia Banco de Sangue 2.2.3.2 - Características Específicas- Unidades Hospitalares de Referência em Atendimento às Urgências e Emergências de Tipo II: As Unidades de Referência de Tipo II são aquelas instaladas em hospitais gerais e que contam com recursos tecno- lógicos e humanos adequados para o atendimento das urgências/emergências de natureza clínica e cirúrgica. Além das características gerais relacionadas no item 2.1, são exigíveis para a classificação e cadastramento de Uni- dades de Referência de Tipo II as seguintes características específicas, devendo a Unidade dispor de: 2.2.3.2.1- Recursos Humanos Além dos Recursos Humanos listados no item2.1.1, a Unidade deve contar com: Profissionais mínimos indispensáveis, presentes no hospital, capacitados para atendimento às urgências/emergên- cias nas suas áreas específicas de atuação profissional: Médico Clínico Geral Pediatra Ginecologista-Obstetra Cirurgião Geral Traumato-Ortopedista Anestesiologista Intensivista Serviço de Suporte, Acompanhamento Clínico e Reabilitação: A Unidade deve contar com os serviços e profissio- nais nas seguintes áreas (dependendo do volume de atendimento, estes profissionais não precisam ser exclusivos da Unidade): __________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 24 NORMAS SAMU - Psicologia Clínica; - Nutrição; - Assistência Social; - Fisioterapia; - Terapia Ocupacional; - Farmácia; - Hemoterapia; Outros Profissionais alcançáveis, identificados por es- pecialidade e capacitados para o atendimento às urgên- cias/emergências nas suas áreas específicas de atuação profissional: Oftalmologista Endoscopista Broncoscopista Otorrinolaringologista Cardiologista Odontólogo Hemodinamicista Neurologista Neurocirurgião Angiografista Psiquiatra Hematologista Cirurgião Pediátrico 2.2.3.2.2- Recursos Tecnológicos Os recursos tecnológicos mínimos e indispensáveis - propedêuticos e/ou terapêuticos para o atendimento das urgências/emergências especializados de que a Unidade deve dispor são os seguintes: Existentes na própria estrutura do hospital: Radiologia Convencional Ultrassonografia Análises Clínicas Laboratoriais Eletrocardiografia Unidade de Terapia Intensiva de Tipo II ou III Tomografia Computadorizada Endoscopia Banco de Sangue Anestesiologia Recursos Tecnológicos disponíveis em serviços de ter- ceiros, instalados dentro ou fora da estrutura ambulató- rio-hospitalar da Unidade. Neste caso, a referência deve ser devidamente formalizada de acordo com o que esta- belece a Portaria SAS nº 494, de 26 de agosto de 1999: Broncoscopia Hemodinâmica Angiografia Ecocardiografia Terapia Renal Substitutiva 2.2.3.3- Características Específicas- Unidades Hospi- talares de Referência em Atendimento às Urgências e Emergências de Tipo III: As Unidades de Referência de Tipo III são aquelas ins- taladas em hospitais gerais e que contam com recursos tecnológicos e humanos adequados para o atendimento das urgências/emergências de natureza clínica, cirúrgi- ca e traumatológica. Estes hospitais devem, ainda, de- sempenhar atribuições de capacitação, aprimoramento e atualização dos recursos humanos envolvidos com as atividades meio e fim da atenção às urgências/emergên- cias. Além das características gerais relacionadas no item 2.1, são exigíveis para a classificação e cadastramento de Unidades de Referência de Tipo III as seguintes caracte- rísticas específicas, devendo a Unidade dispor de: 2.2.3.3.1- Recursos Humanos Além dos Recursos Humanos listados no item 2.1.1, a Unidade deve contar com: Profissionais mínimos indispensáveis, presentes no hospital, capacitados para atendimento às urgências/ emergências nas suas áreas específicas de atuação pro- fissional: Médico Clínico Geral Pediatra Ginecologista-Obstetra Cirurgião Geral Cirurgião Pediátrico Traumato-Ortopedista Anestesiologista Intensivista Radiologista Cardiologista Neurologista Odontólogo Serviço de Suporte, Acompanhamento Clínico e Rea- bilitação: A Unidade deve contar com os serviços e pro- fissionais nas seguintes áreas (dependendo do volume de atendimento, estes profissionais não precisam ser ex- clusivos da Unidade): - Psicologia Clínica; - Nutrição; - Assistência Social; - Fisioterapia; __________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 25 NORMAS SAMU - Terapia Ocupacional; - Farmácia; - Hemoterapia; Outros Profissionais alcançáveis, identificados por es- pecialidade e capacitados para o atendimento às urgên- cias/emergências nas suas áreas específicas de atuação profissional: Cirurgião Vascular Toxicologista Oftalmologista Hemodinamicista Angiografista Endoscopista Digestivo Broncoscopista Otorrinolaringologista Cirurgião Bucomaxilofacial Cirurgião Plástico Psiquiatra Cirurgião Torácico Neurocirurgião 2.2.3.3.2- Recursos Tecnológicos Os recursos tecno- lógicos mínimos e indispensáveis - propedêuticos e/ou terapêuticos para o atendimento das urgências/emer- gências especializados de que a Unidade deve dispor são os seguintes: Existentes na própria estrutura do hospital: Radiologia Convencional Ultrassonografia Broncoscopista Análises Clínicas Laboratoriais Eletrocardiografia Unidade de Terapia Intensiva de Tipo II ou III Tomografia Computadorizada Endoscopia Banco de Sangue Anestesiologia Terapia Renal Substitutiva Neurocirurgia Ecocardiografia Recursos Tecnológicos disponíveis em serviços de ter- ceiros, instalados dentro ou fora da estrutura ambulató- rio-hospitalar da Unidade. Neste caso, a referência deve ser devidamente formalizada de acordo com o que esta- belece a Portaria SAS nº 494, de 26 de agosto de 1999: Hemodinâmica Angiografia CAPÍTULO VI TRANSFERÊNCIAS E TRANSPORTE INTER-HOSPI- TALAR 1 - Considerações Gerais: Dentro da perspectiva de estruturação de Sistemas Estaduais de Urgência e Emergência, com universalidade, atenção integral e equidade de acesso, de caráter regio- nalizado e hierarquizado, de acordo com as diretrizes do SUS, os serviços especializados e de maior complexidade deverão ser referência para um ou mais municípios de menor porte. Assim, estes municípios menores devem se estruturar para acolher os pacientes acometidos por agravos de ur- gência, de caráter clínico, traumato-cirúrgico, ginecoobs- tétrico e psiquiátrico, sejam estes adultos, crianças ou re- cém nascidos, realizar a avaliação e estabilização inicial destes e providenciar sua transferência para os serviços de referência loco regionais, seja para elucidação diag- nóstica através de exames especializados, avaliação mé- dica especializada ou internação. As grades de referência loco regionais devem ser pre- viamente pactuadas e as transferências deverão ser soli- citadas ao médico regulador da Central de Regulação de Urgências, cujas competências técnicas e gestoras estão estabelecidas no Capítulo II deste Regulamento. Tais cen- trais poderão ter abrangência loco-regional, de acordo com os pactos de referência e mecanismos de financia- mento estabelecidos pela NOASSUS/2002. Nos casos em que as centrais reguladoras ainda não estejam estruturadas, as pactuações também deverão ser realizadas e os encaminhamentos deverão ser feitos me- diante grade de assistência loco regional, com contato prévio com o serviço receptor. No processo de planejamento e pactuação das trans- ferências inter-hospitalares, deverá ser garantido o su- porte de ambulâncias de transporte para o retorno dos pacientes que, fora da situação de urgência, ao recebe- rem alta, não apresentem possibilidade de locomover-se através de outros meios, por restrições clínicas. Pacientes que não tenham autonomia de locomoção por limitações socioeconômicas e que, portanto, extra- polam o âmbito de atuação específico da saúde, deverão receber apoio, nos moldes estabelecidos por políticas intersetoriais loco regionais. Salienta-se que o planeja- mento do suporte a estes casos é de fundamental im- portância ao adequado funcionamento dos serviços de saúde, uma vez que os pacientes podem ocupar leitos hospitalares por períodos mais ou menos longos após terem recebido alta, por dificuldade de transporte de re- torno a suas residências. 2 - Conceituação: O transporte inter-hospitalar refere-se à transferência de pacientes entre unidades não hospitalares ou hospi- talares de atendimento às urgências e emergências, uni- dades de diagnóstico, terapêutica ou outras unidades de __________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 26 NORMASSAMU saúde que funcionem como bases de estabilização para pacientes graves, de caráter público ou privado e tem como principais finalidades: a - A transferência de pacientes de serviços de saúde de menor complexidade para serviços de referên- cia de maior complexidade, seja para elucidação diagnóstica, internação clínica, cirúrgica ou em unidade de terapia intensiva, sempre que as con- dições locais de atendimento combinadas à avalia- ção clínica de cada paciente assim exigirem; b - A transferência de pacientes de centros de refe- rência de maior complexidade para unidades de menor complexidade, seja para elucidação diag- nóstica, internação clínica, cirúrgica ou em unidade de terapia intensiva, seja em seus municípios de residência ou não, para conclusão do tratamento, sempre que a condição clínica do paciente e a es- trutura da unidade de menor complexidade assim o permitirem, com o objetivo de agilizar a utiliza- ção dos recursos especializados na assistência aos pacientes mais graves e/ou complexos. Este transporte poderá ser aéreo, aquaviário ou ter- restre, de acordo com as condições geográficas de cada região, observando-se as distâncias e vias de acesso, como a existência de estradas, aeroportos, helipontos, portos e condições de navegação marítima ou fluvial, bem como a condição clínica de cada paciente, não es- quecendo a observação do custo e disponibilidade de cada um desses meios. O transporte interhospitalar, em qualquer de suas modalidades, de acordo com a disponi- bilidade de recursos e a situação clínica do paciente a ser transportado, deve ser realizado em veículos adequados e equipados de acordo com o estabelecido no Capítulo IV deste Regulamento. Transporte Aeromédico: O transporte aéreo pode- rá ser indicado, em aeronaves de asa rotativa, quando a gravidade do quadro clínico do paciente exigir uma intervenção rápida e as condições de trânsito tornem o transporte terrestre muito demorado, ou em aeronaves de asa fixa, para percorrer grandes distâncias em um intervalo de tempo aceitável, diante das condições clí- nicas do paciente. A operação deste tipo de transporte deve seguir as normas e legislações específicas vigen- tes, oriundas do Comando da Aeronáutica através do Departamento de Aviação Civil. Para efeito da atividade médica envolvida no atendimento e transporte aéreo de pacientes, conforme já definido no Capítulo IV deste Re- gulamento, considera-se que o serviço deve possuir um diretor médico com habilitação mínima compreendendo capacitação em emergência pré-hospitalar, noções bási- cas de fisiologia de voo e noções de aeronáutica, sendo recomendável habilitação em medicina aeroespacial. O serviço de transporte aeromédico deve estar integrado ao sistema de atendimento pré-hospitalar e à Central de Regulação Médica de Urgências da região e deve ser considerado sempre como modalidade de suporte avan- çado de vida. - Transporte Aquaviário: este tipo de transporte po- derá ser indicado em regiões onde o transporte terrestre esteja impossibilitado pela inexistência de estradas e/ou onde não haja transporte aero- médico, observando-se a adequação do tempo de transporte às necessidades clínicas e a gravidade do caso. - Transporte Terrestre: este tipo de transporte poderá ser indicado para áreas urbanas, em cidades de pe- queno, médio e grande porte, ou para as transfe- rências intermunicipais, onde as estradas permitam que essas unidades de transporte se desloquem com segurança e no intervalo de tempo desejável ao atendimento de cada caso. 3 - Diretrizes Técnicas: 3.1 - Responsabilidades/Atribuições do Serviço/ Médico Solicitante Ficam estabelecidas as seguintes responsabilidades/ atribuições ao Serviço/Médico solicitante: a - O médico responsável pelo paciente seja ele plan- tonista, diarista ou o médico assistente, deve rea- lizar as solicitações de transferências à Central de Regulação e realizar contato prévio com o serviço potencialmente receptor; b - Não remover paciente em risco iminente de vida, sem prévia e obrigatória avaliação e atendimento respiratório, hemodinâmico e outras medidas ur- gentes específicas para cada caso, estabilizando-o e preparando-o para o transporte; c - Esgotar seus recursos antes de acionar a central de regulação ou outros serviços do sistema loco regional; d - A decisão de transferir um paciente grave é es- tritamente médica e deve considerar os princípios básicos do transporte, quais sejam: não agravar o estado do paciente, garantir sua estabilidade e ga- rantir transporte com rapidez e segurança; e - Informar ao médico regulador, de maneira clara e objetiva, as condições do paciente; f - Elaborar documento de transferência que deve acompanhar o paciente durante o transporte e compor seu prontuário na unidade receptora, re- gistrando informações relativas ao atendimento prestado na unidade solicitante, como diagnóstico de entrada, exames realizados e as condutas tera- pêuticas adotadas. Este documento deverá conter o nome e CRM legíveis, além da assinatura do so- licitante; g - Obter a autorização escrita do paciente ou seu responsável para a transferência. Poder-se-á pres- cindir desta autorização sempre que o paciente não esteja apto para fornecê-la e não esteja acom- panhado de possível responsável; h - A responsabilidade da assistência ao paciente transferido é do médico solicitante, até que o mes- mo seja recebido pelo médico da unidade respon- sável pelo transporte, nos casos de transferência em viaturas de suporte avançado de vida ou até que o mesmo seja recebido pelo médico do servi- ço receptor, nos casos de transferência em viaturas de suporte básico de vida ou viaturas de transporte simples. O início da responsabilidade do médico da viatura de transporte ou do médico da unidade re- ceptora não cessa a responsabilidade de indicação e avaliação do profissional da unidade solicitante; __________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 27 NORMAS SAMU i - Nos casos de transporte de pacientes em suporte básico de vida para unidades de apoio diagnóstico e terapêutico, para realização de exames ou tra- tamentos, se o paciente apresentar intercorrência de urgência, a responsabilidade pelo tratamento e estabilização é da unidade que está realizando o procedimento, que deverá estar apta para seu atendimento, no que diz respeito a medicamentos, equipamentos e recursos humanos capacitados; j - Nos casos de transporte de pacientes críticos para realização de procedimentos diagnósticos ou tera- pêuticos e, caso estes serviços situem-se em clíni- cas desvinculadas de unidades hospitalares, o su- porte avançado de vida será garantido pela equipe da unidade de transporte; k - Nos locais em que as Centrais de Regulação ain- da não estejam estruturadas ou em pleno funcio- namento, é vedado a todo e qualquer solicitante, seja ele público ou privado, remover pacientes sem contato prévio com a instituição/serviço potencial- mente receptor; l - Nos locais em que as Centrais de Regulação já es- tão em funcionamento, nenhum paciente poderá ser transferido sem contato prévio com a mesma ou contrariando sua determinação; m - Nos casos de transferências realizadas pelo setor privado, o serviço ou empresa solicitante deverá se responsabilizar pelo transporte do paciente, bem como pela garantia de recepção do mesmo no ser- viço receptor, obedecendo as especificações técni- cas estabelecidas neste Regulamento; n - Nos casos de operadoras de planos privados de assistência à saúde, permanece em vigor a legisla- ção própria a respeito deste tema, conforme Reso- lução CONSU n° 13, de 4 de novembro de 1998 e eventual regulamentação posterior a ser estabele- cida pela Agência Nacional de Saúde Suplementar. 3.2 - Responsabilidades/Atribuições da Central de Regulação/Médico Regulador Além das estabelecidas no Capítulo II deste Regula- mento, ficam definidas as seguintesresponsabilidades/ atribuições para a Central de Regulação/Médico Regu- lador: a - O acionamento e acompanhamento da unidade e equipe de transporte, caso estes se localizem descentralizados em relação à estrutura física da central de regulação, como nos casos de transpor- te aeromédico, hidroviário ou terrestre, em que se opte por descentralizar viaturas e equipes para garantir maior agilidade na resposta. Nestes casos, a localização dos veículos e das equipes de saúde responsáveis pelo transporte deverá ser pactuada entre os gestores municipais da região de abran- gência da central; b - Utilizar o conceito de “vaga zero”, definido no Ca- pítulo II deste Regulamento também nos casos de regulações inter-hospitalares, quando a avaliação do estado clínico do paciente e da disponibilidade de recursos loco regionais o tornem imperativo. 3.3 - Responsabilidades/Atribuições da Equipe de Transporte Ficam estabelecidas as seguintes respon- sabilidades/atribuições à Equipe de Transporte: a - Acatar a determinação do médico regulador quan- to ao meio de transporte e tipo de ambulância que deverá ser utilizado para o transporte; b - Informar ao médico regulador caso as condições clínicas do paciente no momento da recepção do mesmo para transporte não sejam condizentes com as informações que foram fornecidas ao mé- dico regulador e repassadas por este à equipe de transporte; c - No caso de transporte terrestre, deverão ser uti- lizadas as viaturas de transporte simples para os pacientes eletivos, em decúbito horizontal ou sentados, viaturas de suporte básico ou suporte avançado de vida, de acordo com o julgamento e determinação do médico regulador, a partir da avaliação criteriosa da história clínica, gravidade e risco de cada paciente, estando tais viaturas, seus equipamentos, medicamentos, tripulações e de- mais normas técnicas estabelecidas no presente Regulamento; d - O transporte inter-hospitalar pediátrico e neonatal deverá obedecer às diretrizes estabelecidas nes- te Regulamento, sendo que as viaturas utilizadas para tal devem estar equipadas com incubadora de transporte e demais equipamentos necessários ao adequado atendimento neonatal e pediátrico; e - Registrar todas as intercorrências do transporte no documento do paciente; f - Passar o caso, bem como todas as informações e documentação do paciente, ao médico do serviço receptor; g - Comunicar ao médico regulador o término do transporte; h - Conduzir a ambulância e a equipe de volta à sua base. 3.4 - Responsabilidades/Atribuições do Serviço/ Médico Receptor Ficam estabelecidas as seguintes responsabilidades/atribuições ao Serviço/Médico Re- ceptor: a - Garantir o acolhimento médico rápido e resolutivo às solicitações da central de regulação médica de urgências; b - Informar imediatamente à Central de Regulação se os recursos diagnósticos ou terapêuticos da uni- dade atingirem seu limite máximo de atuação; c - Acatar a determinação do médico regulador sobre o encaminhamento dos pacientes que necessitem de avaliação ou qualquer outro recurso especiali- zado existente na unidade, independente da exis- tência de leitos vagos ou não – conceito de “vaga zero”; d - Discutir questões técnicas especializadas sempre que o regulador ou médicos de unidades solicitan- tes de menor complexidade assim demandarem; e - Preparar a unidade e sua equipe para o acolhi- mento rápido e eficaz dos pacientes graves; __________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 28 NORMAS SAMU f - Receber o paciente e sua documentação, dispen- sando a equipe de transporte, bem como a viatura e seus equipamentos o mais rápido possível; g - Comunicar a Central de Regulação sempre que houver divergência entre os dados clínicos que fo- ram comunicados quando da regulação e os ob- servados na recepção do paciente. CAPÍTULO VII NÚCLEOS DE EDUCAÇÃO EM URGÊNCIAS As urgências não se constituem em especialidade médica ou de enfermagem e nos cursos de graduação a atenção dada à área ainda é bastante insuficiente. No que diz respeito à capacitação, habilitação e educação continuada dos trabalhadores do setor, observa-se ainda a fragmentação e o baixo aproveitamento do processo educativo tradicional e a insuficiência dos conteúdos curriculares dos aparelhos formadores na qualificação de profissionais para as urgências, principalmente, em seu componente pré-hospitalar móvel. Também se constata a grande proliferação de cursos de iniciativa privada de capacitação de recursos humanos para a área, com grande diversidade de programas e conteúdos e cargas horárias, sem a adequada integração à realidade e às diretrizes do Sistema Único de Saúde – SUS. Assim, considerando o ainda importante grau de des- profissionalização, falta de formação e educação conti- nuada dos trabalhadores das urgências, resultando em comprometimento da qualidade na assistência e na ges- tão do setor; a necessidade de criar estruturas capazes de problematizar a realidade dos serviços e estabelecer o nexo entre trabalho e educação, de forma a resgatar o processo de capacitação e educação continuada para o desenvolvimento dos serviços e geração de impacto em saúde dentro de cada nível de atenção; a necessidade de estabelecimento de currículos mínimos de capacita- ção e habilitação para o atendimento às urgências, face aos inúmeros conteúdos programáticos e cargas horá- rias existentes no país e que não garantem a qualidade do aprendizado; o grande número de trabalhadores já atuando no setor e a necessidade de garantir-lhes habili- tação formal, obrigatória e com renovação periódica para o exercício profissional e a intervenção nas urgências e ainda, considerando a escassez de docentes capazes de desenvolver um enfoque efetivamente problematizador na educação e a necessidade de capacitar instrutores e multiplicadores com certificação e capacitação pedagó- gica para atender a demanda existente é que este Regu- lamento Técnico propõe aos gestores do SUS a criação, organização e implantação de Núcleos de Educação em Urgências – NEU. 1 - Aspectos Gerais 1.1 - Definição: Os Núcleos de Educação em Urgências devem se or- ganizar como espaços de saber interinstitucional de for- mação, capacitação, habilitação e educação continuada de recursos humanos para as urgências, sob a adminis- tração de um conselho diretivo, coordenado pelo gestor público do SUS, tendo como integrantes as secretarias Estaduais e Municipais de saúde, hospitais e serviços de referência na área de urgência, escolas de bombeiros e polícias, instituições de ensino superior, de formação e capacitação de pessoal na área da saúde, escolas técni- cas e outros setores que prestam socorro à população, de caráter público ou privado, de abrangência municipal, regional ou estadual. 1.2 - Princípios Norteadores São princípios norteadores dos Núcleos de Educação em Urgências: - a organicidade com o processo de formulação de políticas públicas para a atenção integral às ur- gências, buscando organizar o sistema regional de atenção às urgências a partir da qualificação assis- tencial com equidade; - a promoção integral da saúde com o objetivo de reduzir a morbi-mortalidade regional, preservar e desenvolver a autonomia de indivíduos e coletivi- dades, com base no uso inteligente das informa- ções obtidas nos espaços de atendimento às ur- gências, considerados observatórios privilegiados da condição da saúde na sociedade; - a educação continuada como estratégia permanen- te de acreditação dos serviços, articulada ao plane- jamento institucional e ao controle social; - a transformação da realidade e seus determinantes, fundamentada na educação, no processamento de situações - problema, extraídas do espaço de tra- balho e do campo social. 1.3 - Objetivos Estratégicos São objetivos estratégicos dos Núcleos de Educação em Urgências: - Constituírem-se em núcleos de excelência regional,estadual e nacional, para a formação de profissio- nais de saúde a serem inseridos na atenção às ur- gências; - Elaborar, implantar e implementar uma política pú- blica, buscando construir um padrão nacional de qualidade de recursos humanos, instrumentalizada a partir de uma rede de núcleos regionais, os quais articulados entre si poderão incorporar paulatina- mente critérios de atenção e profissionalização às urgências; - Buscar a nucleação pública dos recursos educativos em saúde; - Articular, processar e congregar as dificuldades e necessidades das instituições membro para alcan- çarem as suas metas, a fim de constituir Sistemas Estaduais de Urgência e Emergência; - Ser espaço interinstitucional combinando conheci- mentos e meios materiais que permitam abarcar a dimensão qualitativa e quantitativa das demandas de educação em urgências, potencializando as ca- pacidades e respondendo ao conjunto de deman- das inerentes a um sistema organizado de atenção; - Ser estratégia pública privilegiada para a transfor- mação da qualificação da assistência às urgências, visando impactos objetivos em saúde populacio- nal; __________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 29 NORMAS SAMU - Constituir os meios materiais (área física e equipamentos) e organizar corpo qualificado de instrutores e multi- plicadores, que terão como missão, entre outras, produzir os materiais didáticos em permanente atualização e adaptação às necessidades das políticas públicas de saúde e dos serviços / trabalhadores da saúde; 1.4- Objetivos Operacionais São objetivos operacionais dos Núcleos de Educação em Urgências: - Promover programas de formação e educa- ção continuada na forma de treinamento em serviço a fim de atender ao conjunto de necessidades diagnosticado em cada região, fundamentando o modelo pedagógico na problematização de situações; - Capacitar os recursos humanos envolvidos em todas as dimensões da atenção regional, ou seja, atenção pré-hospitalar - unidades básicas de saúde, unidades de saúde da família, pré-hospitalar móvel, unidades não hospitalares de atendimento às urgências e emer- gências e ambulatórios de especialidades; atenção hospitalar e atenção pós hospitalar - internação domiciliar e serviços de reabilitação, sob a ótica da promoção da saúde; - Estimular a criação de equipes multiplicadoras em cada região, que possam implementar a educação continuada nos serviços de urgência; - Congregar os profissionais com experiência prática em urgência, potencializando sua capacidade educacional; - Desenvolver e aprimorar de forma participativa e sustentada as políticas públicas voltadas para a área da urgência; - Certificar anualmente e recertificar a cada dois anos os profissionais atuantes nos diversos setores relativos ao atendimento das urgências; Propor parâmetros para a progressão funcional dos trabalhadores em urgências, vinculados ao cumprimento das exigências mínimas de capacitação, bem como à adesão às atividades de educação continuada. 2 - Grades de Temas, Conteúdos, Habilidades, Cargas Horárias Mínimas para a Habilitação e Certificação dos Profis- sionais da Área de Atendimento às Urgências e Emergências: Como já foi abordado, há uma premente necessidade de estabelecimento de currículos mínimos de capacitação e habilitação para o atendimento às urgências. Isto decorre do fato de que os inúmeros conteúdos programáticos e cargas horárias existentes no país não garantem a qualidade do aprendizado. Assim, o pressente Regulamento propõe temas, conteúdos, habilidades e cargas horárias mínimas a serem desenvolvidos pelos Núcleos de Educação em Ur- gências e considerados necessários para a certificação inicial de todos os profissionais que já atuam ou que venham a atuar no atendimento às urgências e emergências, seja ele de caráter público ou privado. 2.1 – Profissionais do Atendimento Pré-Hospitalar Móvel A - Profissionais Não Oriundos da Área da Saúde A-1 - Profissionais da Área de Segurança, Bombeiros e Condutores de Veículos de Urgência do Tipo B, C e D: TEMAS CONTEÚDO HABILIDADES CARGA HORÁRIA (CH) 1. Introdução Programa e atividade integração. Pré e Pós- teste. Trabalho em equipe 01 T TEMAS CONTEÚDO HABILIDADES Carga Horária (CH) 1. Introdução Programa e atividade de integração Pré e Pós-teste. Trabalho em equipe 01 T (Teórica) 2. Sistema de saúde local e serviços relacionados. Apresentação da rede hierarquizada dos serviços de saúde. Conhecer a organização do sistema de saúde local de acordo com a hierarquia dos serviços 01 T __________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 30 NORMAS SAMU 3. Serviço Pré Hospitalar Móvel Histórico do serviço pré-hospitalar móvel. Perfil profissional; Apresentação do serviço de atendimento pré-hospitalar (APH) móvel de sua cidade Apresentação da Portaria GM/MS nº 2048 de 5 de novembro de 2002 - Regulamento Técnico dos Sistemas Estaduais de Urgência e Emergência Conceitos de ética médica ligada ao APH Trabalho em equipe; Conhecer os conceitos da Portaria e as competências dos profissionais da área de segurança, bombeiros. 02 T 4. Central de Regulação e Equipamentos Manejo de equipamentos da central de urgência (rádios), veículos e materiais utilizados no APH móvel, rotinas operacionais. Manuseio do sistema de rádio e técnicas de comunicação. 01 T 5. Anatomia e Fisiologia Anatomia topográfica: regiões anatômicas e noções gerais de anatomia topográfica. Aparelhos e sistemas: anatomia e fisiologia dos aparelhos e sistemas do corpo humano: em especial esquelético, cardíaco, respiratório. Conhecimento das principais divisões anatômicas, regiões anatômicas, e noções de anatomia topográfica. Conhecimento dos aspectos morfológicos e fisiológicos dos diversos aparelhos para formulação de correlação anátomo- clínica. 08 T 02 P (Prática) 6. Cinemática do Trauma Exame da cena e mecanismos de lesões. Conhecer a importância do exame da cena do acidente para identificar sinais de gravidade. Saber correlacionar a cenas com os mecanismos de lesões. 03 T 7. Abordagem do paciente. Abordagem Primária e secundária de uma Vítima; técnicas relativas à avaliação de sinais vitais de vítimas: pressão arterial, frequência respiratória e de pulso, temperatura e outros. Escala de coma de Glasgow e escala de trauma revisado ou escala de trauma utilizada pelo serviço local Realizar a abordagem primária e secundária para reconhecer sinais de gravidade em situações que ameaçam a vida de forma imediata e as lesões dos diversos segmentos. Saber utilizar a escala de Glasgow e de trauma. 08 T 12 P __________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 31 NORMAS SAMU a. Manejo de Vias Aéreas/ Ressuscitação Cardiopulmonar Obstrução de Vias Aéreas. Desobstrução de Vias Aéreas. Sinais e Sintomas de parada respiratória e cardíaca. Técnicas de reanimação cardiopulmonar em adulto e criança. 06 T 18 P Materiais e equipamentos utilizados em parada cardiorrespiratória. Materiais e Equipamentos utilizados em oxigenioterapia. b. Biossegurança Conhecer as principais doenças transmissíveis; Conhecer normas de biossegurança, materiais e métodos de controle de infecções. Reconhecer e manejar obstrução de vias aéreas; Realizar oxigenioterapia. Conhecer equipamentos utilizados em parada cardiorrespiratória; Estar habilitado para técnicas de RCP Utilizar técnicas e métodos de controle de infecções. 02 T 8. Ferimentos / hemorragia / Bandagem / Choque Tipos de ferimentos; hemorragia; choque, principalmente choque hipovolêmico; Curativos e Bandagens; Técnicas de Suporte Básico de Vida para o tratamento do choque hipovolêmico Reconhecer os diversos tipos deferimentos, hemorragias, choque hipovolêmico; Possuir habilidades psicomotoras relativas às aplicações de técnicas de curativos e bandagens com controle de hemorragias e suporte básico nos casos de choque hipovolêmico. 04 T 06 P 9. Trauma músculo- esquelético e imobilizações Trauma Músculo Esqueléticos e seus sinais e sintomas. Técnicas relativas à imobilização de extremidades lesadas. Materiais e equipamentos utilizados para a imobilização de extremidades lesadas. Reconhecer os diversos tipos de trauma músculo- esquelético; Executar técnicas de imobilização de extremidades lesadas com equipamentos adequados. 02 T 10 P __________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 32 NORMAS SAMU 10. Traumatismos específicos Traumatismo Cranioencefálico Traumatismo Raquimedular Trauma Torácico e Abdominal Trauma de Face Conhecer as peculiaridades e prestar o atendimento inicial nos diversos traumatismos específicos 12 T Trauma na Criança e na Gestante Agravos por eletricidade Queimaduras 11. Remoção de vítima Materiais e equipamentos utilizados para a remoção de vítimas de acidentes. Técnicas de remoção de vítimas de acidentes: rolamento, elevações, retirada de veículos, transporte com ou sem a utilização de materiais e equipamentos. Técnicas relativas à remoção de vítimas de acidentes aquáticos e em altura com especial cuidado à coluna vertebral. Saber utilizar materiais e equipamentos para remoção de vítimas de acidentes nas diversas situações encontradas. 04 T 30 P 12. Assistência ao Parto e Cuidados com o Recém- Nascido Trabalho de Parto - período expulsivo Cuidado com o Recém- Nascido Possuir habilidades psicomotoras relativas ao atendimento ao parto normal e cuidados com o recém-nascido 04 T 13.Intervenção em crises e atendimentos de pacientes especiais Reconhecimento e Intervenção em situação de crise Conhecer as peculiaridades e prestar o atendimento inicial nessas situações 02 T 14. Afogamento Fisiologia e técnicas de abordagem. Peculiaridades no atendimento Conhecer as peculiaridades e prestar o atendimento inicial. 02 T 15. Intoxicação Exógena Reconhecimento e peculiaridades no atendimento inicial. Conhecer as peculiaridades e prestar o atendimento inicial. 02 T 16. Emergências Clínicas Peculiaridades e Atendimento inicial de emergências clinicas mais frequentes Conhecer as peculiaridades e prestar o atendimento inicial 06 T 17. Acidentes com múltiplas Vítimas e Catástrofes Conceito Princípios de Controle da Cena Triagem, tratamento e transporte. Saber manejar situações de acidentes com múltiplas vítimas. 02 T 02 P __________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 33 NORMAS SAMU 18. Acidentes com produtos perigosos Conceitos/Legislação Princípios de atendimento Prestar o atendimento inicial de maneira adequada garantindo a segurança da equipe e das vítimas 02 T 19. Estágios hospitalares Rotinas de atendimento de pronto socorro; maternidade. Conhecer fluxo de atendimento dos hospitais da rede hierarquizada bem como presenciar atendimento das emergências. 12 P 20. Estágios em Ambulâncias Vivência prática de atendimento Familiarização com a rotina de serviço e participar de atendimento de vítimas em situações reais 24 P 21. *Avaliação teórica e pratica do curso Provas escritas e práticas de avaliação de conhecimento Demonstrar conhecimentos adquiridos 04 T 06 P 22. Salvamento** MODULO COMPLEM E N TA R Conceitos e técnicas de: Salvamento terrestre; Salvamento em alturas; Salvamento aquático; Materiais e equipamentos Conhecimento e habilidade psicomotora para realização de salvamento terrestre, aquático e em alturas 10 T 20 P TOTAL 200 H Número de horas para avaliação a serem distribuídas durante o Curso. Módulo específico para profissionais da área de Segurança ou Motoristas de Viaturas de Tipo B, C e D. A - 2 – Condutor de Veículos de Urgência do Tipo A TEMA CONTEÚDO HABILIDADES CH 1. Introdução Apresentação do programa e atividade de integração Responder a aplicação do pré e pós-teste de conhecimento escrito e individual Participar das atividades de Grupos. 01 T (Teórica) 2. Geografia e estrutura urbana da cidade Apresentação da geografia e estrutura urbana da cidade Identificar ruas/logradouros/ bairros da cidade Identificar a localização dos serviços de saúde da cidade Identificar as portas de entrada dos serviços de urgência hospitalares e não hospitalares; Identificar endereços e regiões de difícil acesso 03 T 10 P (Prática) __________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 34 NORMAS SAMU 3. Sistema de saúde e rede hierarquizada de assistência Apresentação do Sistema de saúde local e serviços relacionados com a saúde Reconhecer as funções de cada serviço de acordo com sua hierarquia. Identificar a localização dos serviços de saúde da cidade Identificar serviços em locais de difícil acesso. Dominar a geografia da região para viabilizar rotas alternativas 2T 4. Serviço de atendimento pré- hospitalar móvel (APH móvel) Apresentação da Portaria GM/MS nº 2048, de 5 de novembro de 2002 - Regulamento Técnico dos Sistemas Estaduais de Urgência e Emergência Dominar os conceitos da Portaria, a regulação médica das urgências e os fluxos da central de regulação. Identificar as funções do condutor de veículos de urgência. Dominar o funcionamento e organização do APH móvel de sua cidade 2T 5. Papel do condutor de veículos de urgência Manejo de equipamentos da central de regulação de urgências Estabelecer contato com a central de regulação de urgências. Operar o sistema de rádio-comunicação para contato com a central. Dominar o uso de códigos de rádio, conforme protocolos do serviço. 2T 10 P Descrever a cena das ocorrências, identificando sinais de risco. Identificar necessidade de articular outros serviços para atendimento na cena da ocorrência e comunicar à central; Auxiliar a equipe de saúde nos gestos básicos de suporte à vida Auxiliar a equipe nas imobilizações e transporte de vítimas __________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 35 NORMAS SAMU 6. Suporte básico de vida Realização de medidas de suporte básico de vida Identificar todos os tipos de materiais existentes nos veículos de socorro e sua utilidade, a fim de auxiliar a equipe de saúde 04 T 16 P Realizar medidas reanimação cardiorrespiratória básica; Identificar sinais de gravidade em situações de urgência traumática, clínica, obstétrica, psiquiátrica; Aplicar conhecimentos para abordagem de pacientes graves em urgência clínica, traumática, psiquiátrica, pediátrica, obstétrica 7. Direção defensiva Técnicas de Direção Defensiva Aplicar técnicas de direção defensiva. Utilizar sinais sonoros e luminosos nas situações de urgência. Viabilizar a sinalização e segurança da cena. 02 T 08 P 8. Acidentes com produtos perigosos Noções sobre acidentes com produtos perigosos Dominar a legislação do transporte de perigosas. Aplicar técnicas de abordagem de veículos com produtos perigosos. 02T 02PAplicar normas de segurança na exposição a produtos perigosos. Auxiliar na organização da cena em situações de acidentes com cargas perigosas TOTAL 64 H __________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 36 NORMAS SAMU A - 3 - Telefonistas – Auxiliares de Regulação e Rádio-Operadores TEMAS CONTEÚDOS HABILIDADES CH 1. Introdução Apresentação do programa e atividadede integração Dominar o programa a ser desenvolvido. Responder a aplicação de pré-teste e pós-teste de conhecimento. Participar do desenvolvimento de técnicas de grupos. Dominar a localização de ruas/logradouros da cidade. 06 T (Teórica) 08 P (Prática) 2. Geografia e estrutura urbana da cidade Conhecimento da geografia e estrutura urbana da cidade Identificar as regiões dos chamados e associar com os endereços das solicitações. Conhecer endereços dos serviços de saúde da cidade 3. Sistema de Saúde e Rede hierarquizada de assistência Apresentação do Sistema de saúde local e serviços relacionados com a saúde Conhecer a organização do sistema de saúde local de acordo com a hierarquia dos serviços: rede básica, rede de urgência, considerando as portas de entrada hospitalares e não hospitalares. Saber qual a estrutura e missão de cada serviço. Conhecer horários de funcionamento dos serviços e capacidade instalada 02 T 08 P 4. Serviço de atendimento pré-hospitalar móvel Apresentação do serviço de atendimento pré-hospitalar móvel (APH móvel) Conhecer o conteúdo da Portaria GM/MS de __ de outubro de 2002 e compreender seus conceitos. Compreender o papel do médico regulador de urgência e os fluxos da central de regulação. Conhecer as funções do telefonista auxiliar de regulação médica e do rádio operador. 08 T 10 P 5. Papel da telefonista auxiliar de regulação e do rádio operador Funções da telefonista auxiliar de regulação médica e do rádio operador Acolher as chamadas telefônicas de acordo com a rotina preconizada pela instituição. Operar o sistema de rádio da central, estabelecendo o contato com todos os meios integrados à central. 04 T 10 P __________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 37 NORMAS SAMU Reconhecer palavras-chaves na regulação. Responder às situações que independem da resposta médica, de acordo com os protocolos do serviço. Estabelecer o contato com as equipes das unidades móveis no despacho das missões. Monitorar o deslocamento dos veículos de urgência e estabelecer o controle operacional sobre a frota. Realizar os registros pertinentes de acordo com a rotina do serviço. Manejar os equipamentos de telefonia para comunicação com os usuários e os serviços, de acordo com a rotina da instituição. Manejar os equipamentos de radio comunicação, através do uso de códigos conforme rotina preconizada pela instituição. Manejar equipamentos de in- formática, se houver, de acordo com a rotina do serviço. TOTAL 56 H RECOMENDAÇÃO DE ATIVIDADES PRÁTICAS - Permanência na sala de regulação de urgência na condição de observador (no acolhimento das chamadas, na operação dos rádios e telefones) - Realização de visitas para reconhecer a geografia da cidade e distribuição dos serviços de saúde: conhecer mini- mamente as regiões da cidade; conhecer, pelo menos, um serviço de atenção básica de cada região; conhecer a localização dos serviços de urgência (hospitalares e não hospitalares); conhecer locais de difícil acesso na cidade (endereços irregulares, não localizáveis no mapa oficial da cidade) - Operação do sistema de telefones da central de urgência: acolhimento das chamadas, preenchimento de impres- sos e/ou manejo dos equipamentos de informática (se houver), transmissão dos chamados ao médico regulador, comunicação com os serviços e equipes de APH - Operação do sistema de rádio da central de urgência: comunicação com as equipes, despacho dos meios móveis, controle do deslocamento dos meios móveis, uso dos códigos para comunicação __________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 38 NORMAS SAMU B - Profissionais Oriundos da Área da Saúde B-1-Auxiliares e Técnicos de Enfermagem TEMA CONTEÚDOS HABILIDADES CH 1. Sistema de saúde e re-de hierarquizada de assistência Apresentação do sistema de saúde local e serviços relacionados com a saúde Conhecer a organização do sistema de saúde local de acordo com a hierarquia dos serviços: rede básica, rede de urgência, considerando as portas hospitalares e não hospitalares 05 T (Teórica) Serviço de atendimento pré- hospitalar (APH) móvel Conhecer o funcionamento do serviço de APH móvel de sua cidade Apresentação da Portaria GM/ MS nº 2048, de 5 de novembro de 2002 - Regulamento Técnico dos Sistemas Estaduais de Urgência e Emergência Dominar os conceitos da Portaria e as competências do auxiliar de enfermagem e do técnico de enfermagem no APH móvel Apresentação das rotinas, fluxos e protocolos do serviço, do sistema de saúde e das estruturas de comunicação Estar habilitado para fluxos e rotinas operacionais do serviço: relação com os serviços de saúde, comunicação através do sistema de rádio, uso de códigos, adoção de protocolos de serviço. 2. Urgências clínicas no paciente adulto Sofrimento respiratório agudo. Reconhecer sinais de disfunção respiratória na cena da ocorrência nas patologias mais prevalentes: crise asmática, DBPOC, Infecções respiratórias, quadros de obstrução por corpo estranho, edema agudo de pulmão. 04 T 12 P (Prática) Descrever ao médico regulador os sinais observados nos pacientes em atendimento, Aferir sinais vitais: freqüência cardíaca, respiratória, tensão arterial, temperatura, saturação, controle de glicemia Adotar medidas para controle da disfunção respiratória grave, de acordo com as orientações do médico regulador Ser capaz de iniciar medidas de reanimação de suporte básico, enquanto aguarda medicalização do atendimento. Manejar os equipamentos de suporte ventilatório básico. __________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 39 NORMAS SAMU Executar procedimentos de enfermagem, dentro dos limites de sua função, de acordo com a prescrição médica à distância (quando equipe de suporte básico) ou na presença do médico intervencionista Doenças circulatórias agudas Reconhecer sinais de doenças circulatórios aguda: infarto agudo do miocárdio, angina instável, arritmias, AVC, quadros isquêmicos e edema agudo de pulmão. Descrever ao médico regulador os sinais observados nos pacientes em atendimento 04 T 08 P Adotar medidas para controle e tratamento inicial dos agravos circulatórios agudos, de acordo com as orientações do médico regulador; Estar habilitado para realização de monitorização cardíaca e eletrocardiográfica Realizar manobras de reanimação cardiorrespiratória básica, enquanto aguarda medicalização do atendimento; Conhecer todos equipamentos necessários para manejo de pacientes em situações de urgência circulatória e saber manejá-los Doenças metabólicas Reconhecer sinais de agravos metabólicos agudos tais como: diabete descompensado, coma hipoglicêmico, coma hiperosmolar e outros; Descrever ao médico regulador os sinais observados nos pacientes em atendimento 02 T 01 P Adotar medidas para controle e tratamento inicial, dos agravos circulatórios agudos, de acordo com as orientações do médico regulador na central ou da presença do médico intervencionista na cena da ocorrência Dominar técnicas de aferição da glicemia, administração de medicamentos e infusões, dentro dos limites de sua função __________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 40 NORMAS SAMU Intoxicações exógenas Reconhecer sinais de intoxicação exógena na cena da ocorrência; Descrever ao médico regulador os sinais observados nos pacientes em atendimento Adotar medidas para controle e tratamento inicial dos quadros de intoxicação exógena, de acordo com as orientações do médico regulador 3. Urgências clínicas na criança Sofrimento respiratório agudoReconhecer sinais de disfunção respiratória quando na cena da ocorrência nas patologias mais prevalentes: mal asmático, obstrução por corpo estranho, faringites, epiglotites e descrevê- los ao médico regulador na central de regulação 04 T 06 P Adotar medidas para controle da disfunção respiratória grave, de acordo com as orientações do médico regulador; Manejar os equipamentos de suporte ventilatório básico. __________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 41 NORMAS SAMU 4. Urgências traumáticas no paciente adulto e na criança Atendimento inicial do traumatizado grave TRM TCE Trauma torácico Trauma abdominal Reconhecer sinais de gravidade na vítima traumatizada grave: sinais de disfunção ventilatória, respiratória e circulatória. Descrever ao médico regulador os sinais observados nos pacientes traumatizados em atendimento, através da observação na cena dos acidentes 12 T 40 P Trauma de extremidades; Choque e hemorragias; Trauma de face; Queimaduras; Quase afogamento Ser capaz de avaliar o traumatizado grave e prestar o atendimento inicial nas medidas de suporte básico à vida; Adotar medidas no manejo do trauma raquimedular, trauma cranioencefálico, trauma torácico, trauma abdominal, trauma de extremidades, trauma em face, controle de choques e hemorragias, trauma na gestante, queimaduras, Trauma na gestante Lesões por eletricidade Acidentes com múltiplas vítimas Acidentes com produtos perigosos quase afogamento, lesões por eletricidade, acidentes com múltiplas vítimas e acidentes com produtos perigosos. Reconhecer os riscos na cena dos acidentes e transmiti-los à central de regulação, para que sejam ativados os demais serviços necessários nas cenas das ocorrências. 5. Urgências psiquiátricas Psicoses Tentativa de suicídio Depressões Síndromes cerebrais orgânicas Reconhecer sinais de gravidade das patologias psiquiátricas em situações de urgência na cena das ocorrências. Descrever ao médico regulador os sinais observados nos pacientes em atendimento. 02 T 04 P Reconhecer necessidade de acionar outros atores no atendimento às urgências psiquiátricas, quando implicar a segurança das equipes de APH (vítimas agressivas em situações de risco para si e para os outros); Adotar medidas no manejo dos pacientes agressivos, psicóticos e suicidas. __________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 42 NORMAS SAMU 6. Urgências obstétricas Trabalho de parto normal Apresentações distócicas Hipertensão na gestante e suas complicações Hemorragias Abortamento Cesárea pós-mortem Reconhecer sinais de trabalho de parto normal, parto distócico e todas as complicações obstétricas na cena da ocorrência; Descrever ao médico regulador os sinais observados nas pacientes em atendimento Estar habilitado para auxiliar no atendimento à gestante em trabalho de parto normal 02 T 04 P Estar habilitado para prestar o atendimento ao RN normal e prematuro; Manejar os equipamentos necessários para suporte ventilatório ao RN 7. Materiais e equipamentos do serviço pré- hospitalar móvel Controle e conservação de materiais e equipamentos de suporte ventilatório, circulatório, aferição de sinais vitais, materiais para imobilização e transporte Dominar o funcionamento de todos materiais e equipamentos para o APH Dominar as técnicas de desinfecção e esterilização dos materiais e equipamentos; Aplicar as rotinas e protocolos de serviço para o uso dos equipamentos e materiais 08 P 8. Estágios em Ambulâncias Vivencia pratica de atendimento Familiarização com a rotina de serviço e participar de atendimento de vítimas em situações reais 24 P 9. *Avaliação teórica e pratica do curso Provas escritas e práticas de avaliação de conhecimento Demonstrar conhecimentos adquiridos 04 T 06 P 10. Salvamento** MODULO COMPLEM E N TA R Conceitos e técnicas de: Salvamento terrestre; Salvamento em alturas; Salvamento aquático; Materiais e equipamentos Conhecimento e habilidade psicomotora para realização de salvamento terrestre, aquático e em alturas 10 T 20 P TOTAL 154 H Número de horas para avaliação a serem distribuídas durante o Curso. Módulo específico para profissionais de saúde que atuem com atividades de salvamento. __________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 43 NORMAS SAMU TEMA CONTEÚDOS HABILIDADES C H 1. Sistema de saúde e rede hierarquizada de assistência Apresentação do sistema de saúde local e serviços relacionados com a saúde Conhecer a organização do sistema de saúde local de acordo com a hierarquia dos serviços: rede básica, rede de urgência, considerando as portas hospitalares e não hospitalares. 05 T (Teórica) Serviço de atendimento pré-hospitalar (APH) móvel Apresentação da Portaria GM/MS nº 2048, de 5 de novembro de 2002 - Regulamento Técnico dos Sistemas Estaduais de Urgência e Emergência Conhecer o funcionamento do serviço de APH móvel de sua cidade Dominar os conceitos da Portaria e as competências do enfermeiro no APH móvel Apresentação das rotinas, fluxos e protocolos do serviço, do sistema de saúde e das estruturas de comunicação Estar habilitado para fluxos e rotinas operacionais do serviço: relação com os serviços de saúde, comunicação através do sistema de rádio, uso de códigos, adoção de protocolos de serviço __________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 44 NORMAS SAMU 2. Urgências clínicas no paciente adulto Sofrimento respiratório agudo Reconhecer sinais de disfunção respiratória na cena da ocorrência nas patologias mais prevalentes: crise asmática, DPOC, Infecções respiratórias, quadros de obstrução por corpo estranho, edema agudo de pulmão; Descrever ao médico regulador os sinais observados nos pacientes em atendimento 04 T 08 P (Prática) Adotar medidas para controle da disfunção respiratória grave, de acordo com as orientações do médico regulador; Ser capaz de iniciar medidas de reanimação de suporte básico, enquanto aguarda medicalização do atendimento Manejar os equipamentos de suporte ventilatório básico e avançado Executar procedimentos de enfermagem de acordo com a prescrição médica à distância ou na presença do médico intervencionista Doenças circulatórias Reconhecer sinais de doença circulatória aguda: infarto agudo do miocárdio, angina instável, arritmias, AVC, quadros isquêmicos e edema agudo de pulmão; Descrever ao médico regulador os sinais observados nos pacientes em atendimento 04 T 08 P Adotar medidas para controle e tratamento inicial dos agravos circulatórios agudos, de acordo com as orientações do médico regulador; Estar habilitado para realização de monitorização cardíaca e eletrocardiográfica Realizar manobras de reanimação cardiorrespiratória básica, enquanto aguarda medicalização do atendimento; Conhecer todos equipamentos necessários para manejo de pacientes em situações de urgência circulatória e saber manejá-los Doenças metabólicas Reconhecer sinais de doença metabólica na cena da ocorrência tais como: diabete descompensado, coma hipoglicêmico, coma hiperosmolar e outros; Descrever ao médico regulador os sinais observados nos pacientes em atendimento 02 T 02 P Adotar medidas para controle e tratamento inicial dos agravos metabólicos agudos; Dominar técnicas no manejo do paciente com sinais de agravos de doença metabólica Intoxicações exógenas Reconhecer sinais de intoxicação exógena na cena da ocorrência; Descrever ao médico regulador os sinais observados nos pacientes em atendimento Adotar medidas para controle e tratamento inicialdos quadros de intoxicação exógena, de acordo com as orientações do médico regulador 02 T 02 P Realizar os procedimentos de enfermagem nos atendimentos dos casos de intoxicação exógena __________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 45 NORMAS SAMU 3. Urgências clínicas na criança Sofrimento respiratório agudo Reconhecer sinais de disfunção respiratória quando na cena da ocorrência nas patologias mais prevalentes: mal asmático, obstrução por corpo estranho, faringites, epiglotites; Reconhecer sinais de gravidade e descrevê-los ao médico regulador da central de regulação 04 T 04 P Adotar medidas para controle da disfunção respiratória grave; Manejar os equipamentos de suporte ventilatório básico e avançado 4. Urgências traumáticas no paciente adulto e na criança Atendimento inicial do paciente politraumatizado TRM TCE Trauma torácico Trauma abdominal Reconhecer sinais de gravidade na vítima traumatizada grave: sinais de disfunção ventilatória, respiratória e circulatória; Ser capaz de avaliar o traumatizado grave e prestar o atendimento inicial nas medidas de suporte básico à vida 10 T 26 P Trauma de extremidades; Choque e hemorragias; Trauma de face Queimaduras; Quase afogamento Descrever ao médico regulador os sinais observados nos pacientes traumatizados em atendimento; Auxiliar o médico intervencionista nos cuidados de suporte avançado à vida; Adotar medidas no manejo do trauma raquimedular, trauma cranioencefálico, trauma torácico, controle de choques e Trauma na gestante Lesões por eletricidade; Acidentes com múltiplas vítimas; Acidentes com produtos perigosos hemorragias, queimaduras, quase afogamento, lesões por eletricidade, acidentes com múltiplas vítimas e acidentes com produtos perigosos; Estar habilitado para todas as técnicas no manejo do paciente traumatizado grave Reconhecer os riscos na cena dos acidentes e transmiti-los à central de regulação, para que sejam ativados os demais serviços necessários nas cenas dos eventos 5. Urgências psiquiátricas Psicoses Tentativa de suicídio Depressões Síndromes cerebrais orgânicas Reconhecer sinais de gravidade das patologias psiquiátricas em situações de urgência na cena das ocorrências; Descrever ao médico regulador os sinais observados nos pacientes 02 T 02 P Reconhecer necessidade de acionar outros atores no atendimento às urgências psiquiátricas, quando implicar a segurança das equipes de APH (vítimas agressivas em situações de risco para si e para os outros); Adotar medidas no manejo dos pacientes agressivos, psicóticos e suicidas. __________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 46 NORMAS SAMU 6. Urgências obstétricas Trabalho de parto normal Apresentações distócicas Hipertensão na gestante e suas complicações Hemorragias Abortamento Cesárea pós- mortem Reconhecer sinais de trabalho de parto normal, parto distócico e todas as complicações obstétricas na cena da ocorrência; Descrever ao médico regulador os sinais observados nas pacientes Estar habilitado para prestar o atendimento à gestante em trabalho de parto normal 02 T 04 P Estar habilitado para prestar o atendimento ao RN normal e prematuro; Manejar os equipamentos necessários para suporte ventilatório ao RN Manejar equipamentos para transporte de RN de risco (incubadora de transporte) 7. Materiais e equipamentos do serviço pré-hospitalar móvel Controle e conservação de materiais e equipamentos de suporte ventilatório, circulatório, aferição de sinais vitais, materiais para imobilização e transporte Dominar o funcionamento de todos materiais e equipamentos para o APH Dominar as técnicas de desinfecção e esterilização dos materiais e equipamentos 08 T Realizar a gestão dos materiais e equipamentos utilizados no APH Definir rotinas e protocolos de serviço para o uso dos equipamentos e materiais; Capacitar a equipe de enfermagem e demais profissionais do APH para manuseio de materiais e equipamentos, rotina de desinfecção de materiais, equipamentos e de veículos 8. *Avaliação teórica Provas escritas e práticas de avaliação de conhecimento Demonstrar conhecimentos adquiridos 07 T 9. Estágio em Ambulância Vivência pratica de atendimento Familiarização com a rotina de serviço e participar de atendimento de vítimas em situações reais 24 P 10. Salvamento** MODULO COMPLEM E N TA R Conceitos e técnicas de: Salvamento terrestre; Salvamento em alturas; Salvamento aquático; Materiais e equipamentos Conhecimento e habilidade psicomotora para realização de salvamento terrestre, aquático e em alturas 10 T 20 P TOTAL 130 H __________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 47 NORMAS SAMU Número de horas para avaliação a serem distribuídas durante o Curso Módulo específico para profissionais de saúde que atuem com atividades de salvamento. TEMA CONTEÚDOS HABILIDADES CH 1. Sistema de saúde, atenção integral às urgências e rede hierarquizada de assistência loco-regional. Apresentação do Sistema Único de Saúde -SUS. Ter noções dos antecedentes e características do movimento de Reforma Sanitária do país. Conhecer os Princípios e Diretrizes do SUS, suas Leis Orgânicas, Normas Operacionais Básicas e Norma Operacional da Assistência. 01 T (Teórica) Apresentação da Portaria GM/MS 2048 de 5 de novembro de 2002 - Regulamento Técnico dos Sistemas Estaduais de Urgência e Emergência Dominar os conceitos da Portaria em relação à rede de atenção integral às urgências, bem como as competências do médico regulador. 01 T Apresentação do sistema de saúde local e serviços relacionados com a saúde, Perfil profissional Conhecer a organização do sistema de saúde local de acordo com a hierarquia dos serviços: rede básica, rede de urgência, considerando as portas hospitalares e não hospitalares. Conhecer a estrutura e missão de cada serviço de saúde local. 03 T Conhecer horários de funcionamento dos serviços e capacidade instalada Serviço de atendimento pré- hospitalar (APH) móvel. Conhecer o serviço e/ou a proposta de funcionamento do serviço de atendimento pré- hospitalar móvel de sua cidade/ região. 2. Regulação Médica das Urgências Histórico Bases Teóricas e Éticas Nosologia e avaliação de risco Etapas da Regulação Protocolos Conhecer os antecedentes históricos da regulação médica das Urgências. Conhecer as bases éticas da regulação médica das urgências. 10 T 05 P Dominar a nosologia da regulação médica das urgências e estar habilitado para a correta avaliação do risco de cada solicitação. Estar apto a cumprir toda as etapas do processo de regulação seja de casos primários, seja de secundários. Conhecer os protocolos de regulação de urgência e exercer as técnicas de regulação médica __________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 48 NORMAS SAMU 3. Acidentes com múltiplas Vítimas e Catástrofes Conceito Princípios de Controle da Cena Triagem, tratamento e transporte. Saber manejar situações de acidentes com múltiplas vítimas. 04 T 04 P 4. Urgências clínicas no paciente adulto Sofrimento respiratório agudo Reconhecer sinais de gravidade, a partir da regulação, com base na solicitação da população bem como através da descrição das vítimas atendidas pelas equipes à distância; Reconhecer sinais de disfunção respiratória quando na cena da ocorrência nas patologias mais prevalentes: crise asmática, DBPOC, 04 T 04 P (Prática) Infecções respiratórias, quadros de obstrução por corpo estranho, edema agudo de pulmão, e outros; Decidir pela melhor terapêutica a partir dadescrição dos sinais de gravidade pelas equipes Adotar medidas para controle da disfunção respiratória grave Manejar os equipamentos de suporte ventilatório básico e avançado; Dominar técnicas de suporte ventilatório: intubação traqueal, cricotireoidostomia, drenagem torácica, toracocentese Doenças circulatórias Reconhecer sinais de gravidade, a partir da regulação, com base na solicitação da população bem como através da descrição das vítimas atendidas pelas equipes à distância; Reconhecer sinais de disfunção circulatória quando na cena da ocorrência nas patologias mais prevalentes: Infarto Agudo do 04 T 04 P Miocárdio, Angina Instável, AVC, Quadros Isquêmicos, Edema Agudo de Pulmão, outros; Adotar medidas para controle e tratamento inicial dos agravos circulatórios agudos Ter noções de eletrocardiografia Realizar manobras de reanimação cardiorrespiratória avançada __________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 49 NORMAS SAMU Doenças metabólicas Reconhecer sinais de gravidade, a partir da regulação, com base na solicitação da população bem como através da descrição das vítimas atendidas pelas equipes à distância; 02T 02 P Reconhecer sinais de doença metabólica quando na cena da ocorrência nas patologias mais prevalentes: diabete descompensado, coma hipoglicêmico, coma hiperosmolar e outros; Adotar medidas para controle e tratamento inicial dos agravos metabólicos agudos Intoxicações exógenas Reconhecer sinais de gravidade, a partir da regulação, com base na solicitação da população bem como através da descrição das vítimas atendidas pelas equipes à distância; Reconhecer sinais de intoxicações exógenas quando na cena da ocorrência; 02 T 02 P Adotar medidas para controle e tratamento iniciais dos quadros de intoxicação exógena: manejo respiratório, uso de antídotos e medicamentos e esvaziamento gástrico 5. Urgências clínicas na criança Quadros respiratórios agudos Reconhecer sinais de gravidade, a partir da regulação, com base na solicitação da população bem como através da descrição das vítimas atendidas pelas equipes à distância; Reconhecer sinais de disfunção respiratória quando na cena da ocorrência nas patologias mais prevalentes: mal asmático, obstrução por corpo estranho, faringites, epiglotites e outros; Decidir pela melhor terapêutica a partir da descrição dos sinais de gravidade pelas equipes Adotar medidas para controle da disfunção respiratória grave; Manejar os equipamentos de suporte ventilatório básico e avançado Dominar técnicas de manutenção da via aérea: intubação traqueal (oro/naso), cricotireoidostomia, drenagem de tórax, toracocentese 02 T 02 P 6. Urgências traumáticas no paciente adulto e na criança Atendimento inicial do paciente politraumatizado TRM TCE Trauma torácico Trauma abdominal Reconhecer sinais de gravidade, a partir da regulação, com base na solicitação da população bem como através da descrição das vítimas atendidas pelas equipes à distância; Reconhecer sinais de gravidade na vítima traumatizada grave: sinais de disfunção respiratória, ventilatória e circulatória quando 16 T 12 P __________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 50 NORMAS SAMU Trauma na gestante Trauma de extremidades; Choque e hemorragias; Trauma de face; Queimaduras na cena dos acidentes; Orientar as equipes quanto aos cuidados a serem prestados às vítimas traumatizadas para controle da respiração/ventilação e da circulação; Ser capaz de avaliar e prestar o atendimento inicial ao paciente Quase afogamento Choque elétrico Acidentes com produtos perigosos traumatizado grave; Adotar medidas específicas no manejo do trauma raquimedular, trauma cranioencefálico, trauma torácico, trauma abdominal, trauma de extremidades, trauma de face e no controle de choques e hemorragias, Queimaduras, Quase afogamento, Choque elétrico, Acidentes com produtos perigosos. Estar habilitado para a realizar as técnicas de imobilização e remoção. 7. Urgências Psicoses Tentativa de suicídio Depressões Síndromes cerebrais orgânicas Reconhecer sinais de gravidade, a partir da regulação, com base na solicitação da população bem como através da descrição das vítimas atendidas pelas equipes à distância; Reconhecer sinais de gravidade das patologias psiquiátricas em situações de urgência, quando na cena das ocorrências; 02 T 02 P Reconhecer necessidade de acionar outros atores no atendimento às urgências psiquiátricas, quando implicar a segurança das equipes de APH; Adotar medidas no manejo dos pacientes agressivos, psicóticos e suicidas __________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 51 NORMAS SAMU 8. Urgências obstétricas Trabalho de parto normal Apresentações distócicas Hipertensão na gestante e suas complicações Hemorragias Abortamento Cesárea pós-mortem Reconhecer sinais de gravidade, a partir da regulação, com base na solicitação da população bem como através da descrição das vítimas atendidas pelas equipes à distância; Reconhecer sinais de trabalho de parto normal, parto distócico e todas as complicações obstétricas, quando na cena da ocorrência; 02 T 02 P Estar habilitado para prestar o atendimento inicial à gestante em trabalho de parto normal e parto com distócia e outras complicações obstétricas e prevenir complicações; Prestar o atendimento ao RN normal e prematuro Manejar os equipamentos necessários para suporte ventilatório ao RN. Manejar equipamentos para transporte de RN de risco (incubadora de transporte) Estar habilitado para realizar cesariana pós mortem 9. *Avaliação teórica Provas escritas e práticas de avaliação de conhecimento Demonstrar conhecimentos adquiridos 04 T 10. Estagio em Central de regulação Vivencia pratica de atendimento Familiarização com a rotina de serviço e participar de atendimento de regulação 12 P 11. Estágio em Ambulância Vivência pratica de atendimento Familiarização com a rotina de serviço e participar de atendimento de vítimas em situações reais 12 P TOTAL 120 H RECOMENDAÇÃO DE ATIVIDADES PRÁTICAS - Devem ser realizadas em serviço, inicialmente observando profissionais já experientes, problematizando a reali- dade, com discussão dos casos em grupos e, a seguir, atuando e sendo supervisionado pelos profissionais da unidade. 2.2 – Profissionais do Atendimento Pré-Hospitalar Fixo e Hospitalar: A - Atenção Primária à Saúde, aqui consideradas as Unidades Básicas de Saúde e o Programa de Saúde da Família: __________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 52 NORMAS SAMU A-1- Enfermeiros, Técnicos e Auxiliares de Enfermagem: TEMA CONTEÚDOS HABILIDADES CH 1. Sistema de saúde e rede hierarquizada de assistência. Apresentação do sistema de saúde local e serviços relacionados com a saúde Conhecer a organização do sistema de saúde loco-regional de acordo com a hierarquia dos serviços: considerando as portas hospitalares e não hospitalares 4 T (Teórica) Serviço de atendimento pré-hospitalar (APH) móvel. Conhecer o funcionamento do serviço de APH móvel de sua cidade Apresentação da Portaria GM/MS nº 2048 de 5 de novembro de 2002 -Regulamento Técnico dos Sistemas Estaduais de Urgência e Emergência Dominar os conceitos da Portaria e as competências do auxiliar de enfermagem e do técnico de enfermagem no APH móvel Apresentação das rotinas, fluxos e protocolos do serviço, do sistema de saúde e das estruturas de comunicação. Estar habilitado para fluxos e rotinas operacionais do serviço: relação com os serviços de saúde, comunicação através do sistema de rádio,uso de códigos, adoção de protocolos de serviço. Acolhimento e triagem de risco Estar sensibilizado e habilitado para acolher os pacientes com quadros agudos que se apresentem à unidade sem consulta previamente agendada, avaliar preliminarmente o risco mediante protocolos previamente estabelecidos, e comunicar o médico assistente ou priorizar o atendimento, conforme pacto assistencial de cada unidade. __________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 53 NORMAS SAMU 2. Urgências clínicas mais freqüentes no paciente adulto: Sofrimento agudo dos sistemas cardio- respiratório, neurológico, metabólico e por intoxicações exógenas. Reconhecer sinais de disfunção cardiorrespiratória nas patologias mais prevalentes: crise asmática, DPOC, infecções respiratórias, quadros de obstrução por corpo estranho, edema agudo de pulmão, crise hipertensiva, infarto agudo do miocárdio, angina instável, arritmias, quadros isquêmicos. 4T 10 P (Prática) Reconhecer sinais das patologias neurológicas mais prevalentes: síndromes convulsivas, acidentes vasculares cerebrais, quadros infecciosos. Reconhecer sinais de agravos metabólicos agudos tais como: diabetes descompensado, coma hipoglicêmico, coma hiperosmolar. Reconhecer sinais de intoxicação exógena. Descrever estes sinais ao médico regulador, quando o médico da unidade não estiver presente. Relatar os casos agudos com sinais de gravidade ao médico assistente, para que os atendimentos possam ser priorizados. Ser capaz de iniciar medidas de reanimação de suporte básico, enquanto aguarda medicalização do atendimento. Manejar os equipamentos de suporte ventilatório básico. Executar procedimentos de enfermagem, dentro dos limites de sua função. Adotar medidas para controle e tratamento inicial dos agravos circulatórios agudos. Dominar técnicas de aferição da glicemia, administração de medicamentos e infusões, dentro dos limites de sua função, de acordo com a orientação do médico regulador ou prescrição do médico da unidade __________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 54 NORMAS SAMU 3. Urgências clínicas na criança Sofrimento agudo por quadros infecciosos, febris, disfunções respiratórias, gastrintestinais, neurológicas, metabólicas, intoxicações exógenas e maus tratos. Reconhecer sinais de disfunção respiratória de maior ou menor gravidade, de causa infecciosa ou não, nas patologias mais prevalentes: mal asmático, obstrução por corpo estranho, faringites, epiglotites, broncopneumonia. 2T 4PAdotar medidas para controle desta disfunção, de acordo com as orientações do médico da unidade ou do médico regulador, quando o médico da unidade não estiver presente. Manejar os equipamentos de suporte ventilatório básico. 4. Urgências traumáticas no paciente adulto e na criança Atendimento inicial do traumatizado grave TRM TCE Trauma torácico Trauma abdominal Reconhecer sinais de gravidade na vítima traumatizada grave: sinais de disfunção ventilatória, respiratória e circulatória. Descrever ao médico da unidade ou ao médico regulador, quando o médico da unidade não estiver presente, os sinais 4T 10 P Trauma de extremidades; Choque e hemorragias; Trauma de face; Queimaduras; Quase afogamento observados nos pacientes traumatizados. Ser capaz de prestar o atendimento inicial, nas medidas de suporte básico à vida, adotar medidas no manejo do paciente vítima de trauma de qualquer natureza. Trauma na gestante; Lesões por eletricidade; Acidentes com múltiplas vítimas; Acidentes com produtos perigosos __________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 55 NORMAS SAMU 5. Urgências psiquiátricas Psicoses Tentativa de suicídio Depressões Síndromes cerebrais orgânicas Reconhecer sinais de gravidade das patologias psiquiátricas em situações de urgência. Descrever ao médico regulador os sinais observados nos pacientes em atendimento, quando o médico da unidade não estiver presente. 2T 4P Reconhecer necessidade de acionar outros atores no atendimento às urgências psiquiátricas, quando implicar a segurança da equipe (pacientes agressivos em situações de risco para si e para os outros). 6. Urgências obstétricas Trabalho de parto normal Apresentações distócicas Hipertensão na gestante e suas complicações Hemorragias Abortamento Reconhecer sinais de trabalho de parto normal, parto distócico e as complicações obstétricas. Descrever ao médico regulador os sinais observados nas pacientes em atendimento, quando o médico da unidade não estiver presente. 2T 4PEstar habilitado para auxiliar no atendimento à gestante em trabalho de parto normal. Estar habilitado para prestar o atendimento ao RN normal e prematuro. Manejar os equipamentos básicos necessários para suporte ventilatório ao RN. 7. Materiais e equipamentos do atendimento às urgências. Controle e conservação de materiais, equipamentos e medicamentos de suporte ventilatório, circulatório, aferição de sinais vitais, materiais para imobilização e transporte. Dominar o funcionamento de todos materiais e equipamentos. Dominar as técnicas de desinfecção e esterilização dos materiais e equipamentos, bem como a validade dos medicamentos. 04 P Aplicar as rotinas e protocolos de serviço para o uso dos equipamentos e materiais. 8. **Avaliação teórica e pratica do curso Provas escritas e práticas de avaliação de conhecimento Demonstrar conhecimentos adquiridos 02 T 04 P TOTAL 60 H __________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 56 NORMAS SAMU Embora conteúdos e cargas horárias sejam os mesmos para toda a equipe de enfermagem, os treinamentos podem ser ministrados em separado, de acordo com material, forma de abordagem e terminologia mais adequada aos dife- rentes profissionais, e segundo o julgamento e decisão local. ** Duas horas para avaliação escrita e as 4 restantes para avaliação prática a serem distribuídas durante o Curso. A- 2 - Médicos: TEMA CONTEÚDOS HABILIDADES CH 1. Sistema de saúde e rede hierarquizada de assistência Apresentação do sistema de saúde local e serviços relacionados com a saúde Perfil profissional Conhecer a organização do sistema de saúde local de acordo com a hierarquia dos serviços: rede básica, rede de urgência, considerando as portas hospitalares e não- hospitalares; Conhecer a estrutura e missão de cada serviço de saúde local Conhecer horários de funcionamento dos serviços e capacidade instalada 04T (Teórica) Serviço de atendimento pré- hospitalar (APH) móvel. Conhecer o funcionamento do serviço de APH móvel de sua cidade. Apresentação da Portaria GM/ MS nº 2048 de 5 de novembro de 2002 -Regulamento Técnico dos Sistemas Estaduais de Urgência e Emergência Dominar os conceitos da Portaria e as competências do médico da central de regulação de urgência; Conhecer os protocolos de regulação de urgência e exercer as técnicas de regulação médica __________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 57 NORMAS SAMU 2. Urgências clínicas no paciente adulto Sofrimento respiratório agudo. Acolher, reconhecer, diagnosticar e adotar medidas terapêuticas para controle da disfunção respiratória grave. Manejar os equipamentos de suporte ventilatório básico. 04 T 10 P (Prática) Doenças circulatórias Acolher, reconhecer e diagnosticar as patologias mais prevalentes: Infarto Agudo do Miocárdio, Angina Instável, arritmias cardíacas, AVC e Edema Agudo de Pulmão; Adotar medidas terapêuticas para controlee tratamento inicial destes agravos. Ter noções de eletrocardiografia; Realizar manobras de reanimação cardiorrespiratória avançada Doenças metabólicas Acolher, reconhecer e diagnosticar quadros agudos das doenças metabólicas mais prevalentes: diabete descompensado, coma hipoglicêmico, coma hiperosmolar e outras. Adotar medidas para controle e tratamento inicial destes agravos. Intoxicações exógenas Reconhecer sinais de intoxicações exógenas e adotar medidas para controle e tratamento iniciais destes quadros: manejo respiratório, uso de antídotos e medicamentos disponíveis, esvaziamento gástrico. 3. Urgências clínicas na criança Sofrimento agudo por quadros infecciosos, febris, disfunções respiratórias, gastrintestinais, neurológicas, metabólicas, intoxicações exógenas e maus tratos. Acolher, reconhecer e diagnosticar sinais de disfunção respiratória nas patologias mais prevalentes: mal asmático, obstrução por corpo estranho, faringites, epiglotites e outros; 02 T 06 P Acolher, reconhecer e diagnosticar os sinais de distúrbio hidreletrolítico e metabólico. Acolher, reconhecer e diagnosticar os sinais de toxemia e buscar identificar a causa. Decidir pela melhor terapêutica e adotar medidas para controle das disfunções apontadas. __________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 58 NORMAS SAMU 4. Urgências cirúrgicas traumáticas e não traumáticas no paciente adulto e na criança. Atendimento a pacientes vítimas de pequenos ferimentos/ abscessos. Acolher, reconhecer e diagnosticar a maior ou menor gravidade das lesões. Realizar suturas simples e drenagem de pequenos abscessos. 04 T 10 P Atendimento inicial do paciente politraumatizado TRM TCE Trauma torácico Acolher, reconhecer e diagnosticar sinais de gravidade na vítima traumatizada grave: sinais de disfunção respiratória, ventilatória e circulatória. Ser capaz de prestar o atendimento inicial ao paciente traumatizado grave. Trauma abdominal; Trauma na gestante; Trauma de extremidades; Choque e hemorragias; Trauma de face. Queimaduras Adotar medidas específicas no manejo do trauma raquimedular, trauma cranioencefálico, trauma torácico, trauma abdominal, trauma de extremidades, trauma de face e no controle de choques e hemorragias, Queimaduras, Quase afogamento, Choque elétrico, Acidentes com múltiplas vítimas, Acidentes com produtos perigosos. Quase afogamento Choque elétrico Acidentes com múltiplas vítimas Acidentes com produtos perigosos. Choque hipovolêmico e/ou tóxico. Estar habilitado para a realizar as técnicas de imobilização e remoção. 5. Urgências psiquiátricas e neurológicas Psicoses Tentativa de suicídio Depressões Síndromes cerebrais orgânicas Convulsões Acolher e reconhecer sinais de gravidade das patologias psiquiátricas em situações de urgência. Reconhecer necessidade de acionar outros atores no atendimento às urgências psiquiátricas, quando implicar a segurança da equipe. 02 T 04 P Adotar medidas terapêuticas iniciais no manejo dos pacientes convulsivos, agressivos, psicóticos e suicidas. __________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 59 NORMAS SAMU 6. Urgências obstétricas Trabalho de parto normal Apresentações distócicas Hipertensão na gestante e suas complicações Hemorragias Abortamento Cesárea pós-mortem Acolher, reconhecer e diagnosticar trabalho de parto normal, parto distócico e as principais complicações obstétricas, como DHEG e hemorragias. 02 T 04 P Estar habilitado para prestar o atendimento inicial à gestante em trabalho de parto normal e parto com distócia e outras complicações obstétricas e prevenir complicações. Prestar o atendimento ao RN normal e prematuro Manejar os equipamentos necessários para suporte ventilatório ao RN. 7. *Avaliação teórica e pratica do curso Provas escritas e práticas de avaliação de conhecimento Demonstrar conhecimentos adquiridos 02 T 06 P TOTAL 60 H RECOMENDAÇÃO DE ATIVIDADES PRÁTICAS - Devem ser realizadas em serviço, inicialmente observando profissionais já experientes, problematizando a reali- dade, com discussão dos casos em grupos e, a seguir, atuando e sendo supervisionado pelos profissionais da unidade. B - Profissionais das Unidades Não Hospitalares (Capítulo III - item 2) e Hospitalares de atendimento às urgências (Capítulo V - itens A e B): __________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 60 NORMAS SAMU B-1- Enfermeiros, Técnicos e Auxiliares Enfermagem: TEMA CONTEÚDOS HABILIDADES CH 1. Sistema de saúde e rede Apresentação do sistema de saúde local e serviços relacionados com a saúde Conhecer a organização do sistema de saúde loco-regional de acordo com a hierarquia dos serviços: considerando as portas hospitalares e não hospitalares 04 T (Teórica) Serviço de atendimento pré-hospitalar (APH) móvel. Conhecer o funcionamento do serviço de APH móvel de sua cidade Apresentação da Portaria GM/MS nº 2048 de 5 de novembro de 2002 -Regulamento Técnico dos Sistemas Estaduais de Urgência e Emergência Dominar os conceitos da Portaria e as competências do auxiliar de enfermagem e do técnico de enfermagem no APH móvel Apresentação das rotinas, fluxos e protocolos do serviço, do sistema de saúde e das estruturas de comunicação. Estar habilitado para fluxos e rotinas operacionais do serviço: relação com os serviços de saúde, comunicação através do sistema de rádio, uso de códigos, adoção de protocolos de serviço. Acolhimento e triagem de risco Estar sensibilizado e habilitado para acolher os pacientes com quadros agudos que se apresentem à unidade sem consulta previamente agendada, avaliar preliminarmente o risco mediante protocolos previamente estabelecidos, e comunicar o médico assistente ou priorizar o atendimento, conforme pacto assistencial de cada unidade. __________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 61 NORMAS SAMU 2. Manejo das Urgências clínicas mais frequentes no paciente adulto, na sala de urgências. Sofrimento agudo dos sistemas cardiorrespiratório, neurológico, metabólico e por intoxicações exógenas. Reconhecer sinais de disfunção cardiorrespiratória nas patologias mais prevalentes: crise asmática, DPOC, infecções respiratórias, quadros de obstrução por corpo estranho, edema agudo de pulmão, crise hipertensiva, infarto agudo do miocárdio, angina instável, arritmias, quadros isquêmicos. 08 T 16 P (Prática) Reconhecer sinais das patologias neurológicas mais prevalentes: síndromes convulsivas, acidentes vasculares cerebrais, quadros infecciosos. Reconhecer sinais de agravos metabólicos agudos tais como: diabetes descompensado, coma hipoglicêmico, coma hiperosmolar Reconhecer sinais de intoxicação exógena. Ser capaz de iniciar medidas de reanimação de suporte básico quando necessário, enquanto aguarda medicalização do atendimento. Manejar todos os equipamentos de suporte ventilatório. Executar procedimentos de enfermagem, dentro dos limites de sua função. Adotar medidas para controle e tratamento inicial dos agravos circulatórios agudos. Dominar técnicas de aferição da glicemia, administração de medicamentos e infusões, dentro dos limites de sua função, de acordo com a prescrição do médico da unidade. __________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 62 NORMAS SAMU 3 Manejo das Urgências clínicas na criança, na sala de urgências. Sofrimento agudo por quadros infecciosos, febris, disfunções respiratórias, gastrintestinais,neurológicas, metabólicas, intoxicações exógenas e maus tratos. Reconhecer sinais de disfunção respiratória de maior ou menor gravidade, nas patologias mais prevalentes: mal asmático, obstrução por corpo estranho, faringites, epiglotites, broncopneumonia. 04 T 08 P Reconhecer sinais de desidratação, de maior ou menor gravidade, nas patologias mais frequentes. Reconhecer sinais de alteração no nível de consciência. Acionar o médico assistente com a máxima brevidade, sempre que identificar sinais de gravidade. Adotar medidas para controle das disfunções mencionadas, de acordo com as prescrições do médico assistente. Manejar todos os equipamentos de suporte ventilatório. 4. Manejo das Urgências traumáticas no paciente adulto e na criança, na sala de urgências. Atendimento inicial do traumatizado grave TRM TCE Trauma torácico Trauma abdominal Reconhecer sinais de gravidade na vítima traumatizada seja de disfunção ventilatória, respiratória e/ou circulatória. Acionar o médico assistente com a máxima brevidade, sempre que identificar sinais de gravidade. 08 T 16 P Trauma de extremidades; Choque e hemorragias; Trauma de face; Queimaduras; Quase afogamento Ser capaz de prestar o atendimento inicial, nas medidas de suporte básico à vida. Adotar medidas no manejo do paciente vítima de trauma de Trauma na gestante; Lesões por eletricidade; Acidentes com múltiplas vítimas; Acidentes com produtos perigosos qualquer natureza, de acordo com as prescrições do médico assistente. __________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 63 NORMAS SAMU 5. Manejo das Urgências psiquiátricas, na sala de urgências. Psicoses Tentativa de suicídio Depressões Síndromes cerebrais orgânicas Reconhecer sinais de gravidade das patologias psiquiátricas em situações de urgência. Reconhecer necessidade de acionar outros atores no atendimento às urgências psiquiátricas, quando implicar a segurança da equipe (pacientes agressivos em situações de risco 04 T 08 Ppara si e para os outros). Acionar o médico assistente com a máxima brevidade, sempre que identificar sinais de gravidade. Adotar medidas no manejo do paciente vítima de urgência psiquiátrica, de acordo com as prescrições do médico assistente. 6. Manejo de Urgências obstétricas, na sala de u rg ê n c i a s . Trabalho de parto normal Apresentações distócicas Hipertensão na gestante e suas complicações Hemorragias Abortamento Reconhecer sinais de trabalho de parto normal, parto distócico e das complicações obstétricas. Reconhecer sinais de gravidade em casos de hemorragias genitais. 04 T 08 P Reconhecer sinais de gravidade em casos de hipertensão em gestantes. Acionar o médico assistente com a máxima brevidade, sempre que identificar sinais de gravidade. Estar habilitado para auxiliar no atendimento à gestante em trabalho de parto normal. Estar habilitado para prestar o atendimento ao RN normal e prematuro. Manejar os equipamentos básicos necessários para suporte ventilatório ao RN. Adotar medidas no manejo das situações mencionadas, de acordo com as prescrições do médico assistente. __________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 64 NORMAS SAMU 7. Manejo dos pacientes em observação. Alterações cardiorrespiratórias, metabólicas, de nível de consciência e outras. Acompanhar atentamente os pacientes em observação, reconhecer alterações em seu quadro cardiorrespiratório, metabólico e de consciência, de acordo com o registro sistemático dos sinais vitais. 02 T 04 PComunicar estas alterações ao médico assistente com a máxima brevidade, sempre que identificar sinais de gravidade. Observar com presteza as prescrições do médico assistente. 8. Materiais e equipamentos do atendimento às urgências. Controle e conservação de materiais, equipamentos e medicamentos de suporte ventilatório, circulatório, aferição de sinais vitais, materiais para imobilização e transporte. Dominar o funcionamento de todos materiais e equipamentos. Dominar as técnicas de desinfecção e esterilização dos materiais e equipamentos, bem como a validade dos medicamentos. 08 PAplicar as rotinas e protocolos de serviço para o uso dos equipamentos e materiais. Ser capaz de capacitar a equipe de enfermagem para o manuseio de materiais e equipamentos, rotina de desinfecção de materiais e equipamentos. 9. **Avaliação teórica e pratica do curso Provas escritas e práticas de avaliação de conhecimento Demonstrar conhecimentos adquiridos 02 T 04 P TO TA L 108 H Embora conteúdos e cargas horárias sejam os mesmos para toda a equipe de enfermagem, os treinamentos po- dem ser ministrados em separado, de acordo com material, forma de abordagem e terminologia mais adequada aos diferentes profissionais, de acordo com julgamento e decisão local. Duas horas para avaliação escrita e as 4 restantes para avaliação prática a serem distribuídas durante o Curso. __________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 65 NORMAS SAMU B- 2 - Médico Clínicos Gerais: TEMA CONTEÚDOS HABILIDADES CH 1- Sistema de saúde e rede hierarquizada de assistência. Apresentação do Sistema Único de Saúde. Apresentação da Portaria GM/MS nº 2048 de 5 de novembro de 2002 - Regulamento Técnico dos Sistemas Estaduais de Urgência e Emergência Conhecer as Diretrizes do SUS e seu estágio atual de implantação. Conhecer o Regulamento Técnico da Atenção às Urgências: diretrizes gerais e os componentes da rede assistencial. 04 T (Teórica) Entender o conceito de regulação médica das urgências, as funções e prerrogativas do médico regulador e saber claramente como se inserir e se relacionar com o sistema. Conhecer a organização do sistema de saúde local de acordo com a hierarquia dos serviços: rede básica, rede de urgência, considerando as portas hospitalares e não hospitalares. Apresentação do sistema de saúde local e serviços relacionados com a saúde Conhecer a estrutura e missão de cada serviço de saúde local, dentro da rede de atenção às urgências. Conhecer horários de funcionamento dos serviços e capacidade instalada 2. Urgências Síncope Crise Hipertensiva Dor Torácica Infarto Agudo do Miocárdio Insuficiência Cardíaca Arritmias Cardíacas Para todos os itens, de 2 a 10: Acolher, reconhecer, diagnosticar e adotar medidas terapêuticas para tratamento e/ou controle das patologias referidas. 08 T 16 P (Prática) Choque Cardiogênico Edema Agudo de Pulmão Embolia Pulmonar Asma Pneumonias Responsabilizar-se pelo encaminhamento adequado do paciente, quando a patologia apresentada exigir recursos terapêuticos e/ou diagnósticos inexistentes na unidade, mediante protocolos previamente pactuados e reconhecidos. __________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 66 NORMAS SAMU 3. Urgências do Sistema Cefaleia 04 T Nervoso Central: Infecções intracranianas Convulsões Acidente Vascular Cerebral Coma Morte Encefálica Alterações comportamentais e estados confusionais agudos 08 P 4. Urgências Gastrintestinais: Dor Abdominal Aguda Diarreia Aguda Hemorragia Digestiva Alta Hemorragia Digestiva Baixa Icterícia Insuficiência Hepática 04 T 08 P Colangite Pancreatite Aguda Ingestão de Corpo Estranho Ingestão de Cáusticos 02 T 04 P 5. Urgências Genito-urinárias: Dor pélvica Cólica Renal Infecção Urinária Insuficiência Renal Aguda 02 T 04 P 6. Urgências Diabetes descompensado Hipoglicemia Insuficiência Suprarrenal Alterações Hematológicas Graves Crise Falcêmica 02 T 04 P 7. Urgências Hematológicas: Trombo-embolismo ArterialRotura de Aneurismas Trombose Venosa Profunda 02 T 04 P 8. Urgências Vasculares: Pé Diabético 02 T 04 P 9. Urgências Oftalmológicas: Conjuntivite Aguda Corpo Estranho Glaucoma Hordéolo Descolamento de Retina Trauma 02 T 04 P 10. Urgências Otalgia Corpo Estranho Rolha de Cerúmen Surdez Súbita Epistaxe 02 T 04 P Sinusite Labirintite Aguda Trauma __________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 67 NORMAS SAMU 11. Urgências em Saúde Mental: Paciente Agitado/Violento Psicoses Depressões Risco de Suicídio Abstinência Alcoólica e outras Abordagem do Paciente Terminal e de sua Família Acolher e reconhecer sinais de gravidade das patologias psiquiátricas em situações de urgência. Reconhecer a necessidade de acionar outros atores no atendimento às urgências psiquiátricas, quando houver risco para o paciente e/ou para a equipe. 04 T 08 P Síndromes cerebrais orgânicas Adotar medidas terapêuticas no manejo dos pacientes agressivos, psicóticos, depressivos, suicidas e em síndrome de abstinência. Responsabilizar-se pelo encaminhamento adequado do paciente, quando a patologia apresentada exigir recursos terapêuticos e/ou diagnósticos inexistentes na unidade, mediante protocolos previamente pactuados e reconhecidos. __________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 68 NORMAS SAMU 12. Urgências Traumáticas: Sutura de Ferimentos e drenagem de Abscessos Politraumatizado Choque e hemorragias Trauma Raquimedular Trauma Crânio Encefálico Realizar suturas de ferimentos e drenagem de abscessos. Acolher, reconhecer e diagnosticar sinais de gravidade na vítima traumatizada: sinais de disfunção respiratória, ventilatória e circulatória. Ser capaz de prestar o atendimento inicial ao 08 T 16 P Trauma torácico Trauma abdominal Trauma de face Trauma de extremidades Trauma na gestante paciente traumatizado grave. Adotar medidas específicas no manejo do trauma raquimedular, trauma cranioencefálico, trauma torácico, trauma abdominal, trauma de extremidades, trauma de face e no controle de choques Queimaduras Quase afogamento Choque elétrico Intoxicações e envenenamentos Acidentes com múltiplas vítimas Acidentes com produtos perigosos. e hemorragias, Queimaduras, Quase afogamento, Choque elétrico, Intoxicações e Envenenamentos, Acidentes com múltiplas vítimas, Acidentes com produtos perigosos. Responsabilizar-se pelo encaminhamento adequado do paciente, quando a patologia apresentada exigir recursos terapêuticos e/ou diagnósticos inexistentes na unidade, mediante protocolos previamente pactuados e reconhecidos. __________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 69 NORMAS SAMU 13. Urgências gineco- obstétricas: Infecções Hipertensão Arterial Hemorragias Distúrbios Tromboembólicos Trabalho de parto normal Acolher, reconhecer, diagnosticar e adotar medidas terapêuticas para tratamento e/ou controle das patologias referidas, encaminhando adequadamente os casos que extrapolem a complexidade da unidade. 08 T 16 P Apresentações distócicas Cesárea pós-mortem Estar habilitado para prestar à gestante em trabalho de parto normal em período expulsivo. Prestar o atendimento ao RN normal e prematuro. Manejar os equipamentos necessários para suporte ventilatório ao RN. 14. Manejo de equipamentos, soluções e medicamentos Cardioversor Respirador Monitor Oxímetro Bomba de Infusão Material de Imobilização e Remoção Manejar todos os equipamentos da sala de urgência. Estar habilitado para a realizar as técnicas de imobilização e remoção. Conhecer as soluções e os medicamentos disponíveis na unidade e ter domínio em relação à sua utilização. 08 P 15. *Avaliação teórica e prática do curso Provas escritas e práticas de avaliação de conhecimento Demonstrar conhecimentos adquiridos 04 T 10 P TOTAL 170 H 4 horas para avaliação escrita e as 10 restantes para avaliação prática a serem distribuídas durante o Curso. __________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 70 NORMAS SAMU B - 2 – Médicos Pediatras: TEMA CONTEÚDOS HABILIDADES CH 1- Sistema de saúde e rede hierarquizada de assistência. Apresentação do Sistema Único de Saúde. Apresentação da Portaria GM/MS nº 2048, de 5 de novembro de 2002 - Regulamento Técnico dos Sistemas Estaduais de Urgência e Emergência Conhecer as Diretrizes do SUS e seu estágio atual de implantação. Conhecer o Regulamento Técnico da Atenção às Urgências: diretrizes gerais e os componentes da rede assistencial. 04 T (Teórica) Entender o conceito de regulação médica das urgências, as funções e prerrogativas do médico regulador e saber claramente como se inserir e se relacionar com o sistema. Conhecer a organização do sistema de saúde local de acordo com a hierarquia dos serviços: rede básica, rede de urgência, considerando as portas hospitalares e não hospitalares. Apresentação do sistema de saúde local e serviços relacionados com a saúde Conhecer a estrutura e missão de cada serviço de saúde local, dentro da rede de atenção às urgências. Conhecer horários de funcionamento dos serviços e capacidade instalada 2- Urgências respiratórias. Asma Pneumonias Corpo Estranho Laringite Estrudulosa Para todos os itens, de 2 a 7: Acolher, reconhecer, diagnosticar e adotar medidas terapêuticas para tratamento e/ou controle das patologias referidas. 04 T 08 P (Prática) Responsabilizar-se pelo encaminhamento adequado do paciente, quando a patologia apresentada exigir recursos terapêuticos e/ou diagnósticos inexistentes na unidade, mediante protocolos previamente pactuados e reconhecidos. 3- Urgências do Sistema Nervoso Central: Cefaleia Meningites Encefalites Convulsões Coma Morte Encefálica Alterações comportamentais e estados confusionais agudos __________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 71 NORMAS SAMU 4- Urgências Gastrintestinais Dor Abdominal Aguda e recorrente Diarréia Aguda Vômitos Icterícia 04 T 08 P Ingestão de Corpo Estranho Hemorragia Digestiva Alta e Baixa Obstrução Intestinal Gastrite Úlcera Perfurada 5-Urgências Genitourinárias Dor pélvica Infecção Urinária Insuficiência Renal Aguda Alterações Hematológicas Graves 04 T 08 P 6-Urgências Hematológicas, Metabólicas e Endócrinas Crise Falcêmica Desidratação Diabetes descompensado Hipoglicemia Insuficiência Suprarrenal 04 T 08 P 7- Urgências Oftalmológicas: Conjuntivite Aguda Corpo Estranho Glaucoma Hordéolo Descolamento de Retina Tr a u m a 04 T 08 P 8-Urgências Otalgia Corpo Estranho Rolha de Cerúmen Surdez Súbita Epistaxe Sinusite 02 T 04 P Labirintite Aguda Trauma Otorragia 02 T 04 P 9- Urgências em Saúde Mental: Crianças Vitimizada Abordagem do Paciente Terminal e de sua Família Alterações de Nível de Consciência Acolher e reconhecer sinais de gravidade em situações de urgência. Reconhecer a necessidade de acionar outros atores no atendimento às urgências psiquiátricas, quando houver risco para o 04 T 08 P : paciente. Adotar medidas terapêuticas no manejo das patologias apontadas. Responsabilizar-se pelo encaminhamento adequado do paciente, quando o quadro apresentado exigir recursos terapêuticos e/ou diagnósticos inexistentes na unidade, mediante protocolos previamente pactuados e reconhecidos. __________________________________________________________________________________________________________________________ CURSO OPÇÃO 72 NORMAS SAMU 10- Urgências Traumáticas: Sutura de Ferimentos