Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENFERMAGEM ALEX JESUS DOS SANTOS F0348C-1 ANA REBECA SIMPLICIO SPER N51819-7 CARLA JULIANA NOGUEIRA DE SOUZA D93663-8 MARIA LUIZA DE JESUS DOS SANTOS D86CGD-9 NADJANE APARECIDA SACRAMENTO REIS D99AEC-4 NICOLLE MAGNO DA SILVA F03487-9 POLIANA SANTOS SOUZA N505FC-5 RITA DE CASSIA PEREIRA DE JESUS N422CB-2 REINILDA NASCIMENTO CARNEIRO SANTOS F07218-5 TAMNA IANA GASPAR DE OLIVEIRA N45094-0 EPIDEMIOLOGIA E MEDIDAS PREVENTIVAS DAS IRAS Infecções na Corrente Sanguínea SÃO PAULO 2019 ALEX JESUS DOS SANTOS ANA REBECA SIMPLICIO SPER CARLA JULIANA NOGUEIRA DE SOUZA MARIA LUIZA DE JESUS DOS SANTOS NADJANE APARECIDA SACRAMENTO REIS NICOLLE MAGNO DA SILVA POLIANA SANTOS SOUZA RITA DE CASSIA PEREIRA DE JESUS REINILDA NASCIMENTO CARNEIRO SANTOS TAMNA IANA GASPAR DE OLIVEIRA EPIDEMIOLOGIA E MEDIDAS PREVENTIVAS DAS IRAS: Infecções na Corrente Sanguínea Trabalho de Atividade Prática Supervisionada da Universidade Paulista - UNIP do segundo semestre do curso de Enfermagem. Orientadora: Barbara J. Peres Barbosa. SÃO PAULO 2019 1 ALEX JESUS DOS SANTOS ANA REBECA SIMPLICIO SPER CARLA JULIANA NOGUEIRA DE SOUZA MARIA LUIZA DE JESUS DOS SANTOS NADJANE APARECIDA SACRAMENTO REIS NICOLLE MAGNO DA SILVA POLIANA SANTOS SOUZA RITA DE CASSIA PEREIRA DE JESUS REINILDA NASCIMENTO CARNEIRO SANTOS TAMNA IANA GASPAR DE OLIVEIRA EPIDEMIOLOGIA E MEDIDAS PREVENTIVAS DAS IRAS: Infecções na Corrente Sanguínea Trabalho de Atividade Prática Supervisionada da Universidade Paulista - UNIP do segundo semestre do curso de Enfermagem. Aprovado em: BANCA EXAMINADORA _____________________________/__/__ Prof. Barbara J. Peres Barbosa Universidade Paulista - UNIP 2 RESUMO Temos em vista aqui, conscientizar que a infecção na corrente sanguínea é algo muito comum de se ocorrer, assim mostrando como ela é construída, o porquê ocorre, o que pode ser feito para evitá-la e seus sintomas caso contraída; há dados de quantas pessoas em média já sofreram com esse tipo de infecção e quantas pessoas já chegaram a óbito. É mostrando que há dois tipos de infecções na corrente sanguínea, a primária e a secundária, a diferença existente entre elas, a importância do Cateter Venoso Central, que é muito utilizado, o significado de sepse e bacteremia. Tudo com principal foco de impactar os leitores desse artigo e levá-los a maior seriedade quanto ao assunto, tendo informações essenciais tanto para atuantes da área da saúde, quanto para qualquer pessoa pois todas correm o risco de passar por situações como a de contração de infecção na corrente sanguínea Palavras-chave: Conscientizar. Impactar. Infecção na corrente sanguínea. Cateter venoso central. Sepse. Bacteremia. 3 LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Mostram o número de hospitais que notificaram ao Sistema de Vigilância Epidemiológica do Estado de São Paulo, entre 2004 a 2009. 19 Figura 2 - Número de hospitais notificaram por mês - entre 2004 a 2009. 20 Figura 3 - Mostra a distribuição do número cirurgias limpas por especialidade cirúrgica, 2009. 22 Figura 4 - Mostra a distribuição do número hospitais que notifica a infecção. 22 Figura 5 - Número médio de cirurgias limpas por mês, 2009. 23 Figura 6 - Mostra a comparação de incidência de infecções associadas a dispositivos invasivos em UTI adulto, entre 2004 a 2009. 26 Figura 7 - Mostra a comparação de incidência de infecções associadas a dispositivos invasivos em UTI adulto, linha de tendência linear, coeficiente de correlação (R³), e valor de p (nível de significância), entre 2004 a 2009. 27 Figura 8 - Parte de fora do folder. 28 Figura 9 - Parte de dentro do folder. 28 4 LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Prevenção durante inserção do dispositivo. 14 Tabela 2 - Prevenção durante o cuidado com o dispositivo. 15 Tabela 3 - Mostra a distribuição do número de hospitais que notificaram e taxa de resposta segundo GVE, 2009. 20 Tabela 4 - Mostra a distribuição do número de hospitais que notificaram e que enviaram planilha 1 infecções em cirurgias limpas, 2009. 21 Tabela 5 - Mostra a distribuição das taxas de infecção cirúrgica pelo total e por especialidade. 23 Tabela 6 - Mostra a distribuição do número de hospitais que enviaram planilha 2 sobre infecções em UTI Adulto, Coronariana e Pediátrica 24 Tabela 7 - Mostra a distribuição do número de hospitais que enviaram planilha 2 sobre infecções em UTI Adulto, Coronariana e Pediátrica segundo o tipo de UTI. 24 Tabela 8 - Distribuição das taxas de infecção associadas a dispositivos invasivos em pacientes na UTI adulto. 25 Tabela 9 - Distribuição das taxas de infecção associadas a dispositivos invasivos, em pacientes na UTI pediátrica. 25 Tabela 10 - Distribuição das taxas de infecção associadas a dispositivos invasivos, em pacientes na UTI coronariana. 25 Tabela 11 - Distribuição das taxas de utilização de dispositivos invasivos, em pacientes na UTI pediátrica. 26 Tabela 12 - Distribuição das taxas de utilização de dispositivos invasivos, em pacientes na UTI coronariana. 26 5 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária CDC - Center for Disease Control and Prevention CVC - Cateter Venoso Central IRAS - Infecção Relacionada à Assistência à Saúde IPCS - Infecção Primária na Corrente Sanguínea UTI - Unidade de Terapia Intensiva 6 SUMÁRIO INTRODUÇÃO 8 OBJETIVO 10 CONTEXTUALIZAÇÃO 10 Definição de Infecção da Corrente Sanguínea 10 Infecção Primária 11 Infecção Secundária 11 Fatores de Risco 12 Tratamento 13 Prevenção 14 Infecção Primária na Corrente Sanguínea Laboratorial 16 Infecção Primária na Corrente Sanguínea Clínica 17 IPCS Clínica: 17 Infecção relacionada ao Cateter Venoso Central: 18 Dado de Notificação à ANVISA 19 Resultados 19 Adesão ao Sistema 19 Infecções Hospitalares em Hospitais Gerais 21 Infecções Em Cirurgias Limpas 21 Infecções em UTI 23 FOLDER 28 RELATÓRIO COPYSPIDER 29 CONCLUSÃO 30 REFERÊNCIAS 31 7 INTRODUÇÃO Neste trabalho iremosabordar algumas das formas de como se contrair uma infecção na corrente sanguínea, com base em alguns estudos científicos, foi comprovado que entre 1897 e 1990, pessoas com doenças malignas, pelo menos 288 delas já tiveram uma infecção na corrente sanguínea. Assim, sabe-se que pacientes com imunodepressão tem um risco mais avançado que os de imuno dependentes, sendo quatro vezes maior o risco, sendo quatro vezes maior o risco. Com isso, iremos explicar alguns fatores relacionados à assistência à saúde, especificamente sobre o cateter venoso central, que é um dos utensílios indispensáveis do meio da saúde, para diversos tratamentos. O trabalho foi organizado em algumas partes e na primeira parte, estamos explicando sobre a infecção no modo geral, o que de fato é uma infecção ou como acontece, porque se pararmos para analisar, existem várias infecções que ao mesmo tempo vai ligando uma ou outra e é citado também sobre a sepse, que é uma infecção no sangues. Temos infecções primárias e secundárias que dentro delas são inclusas sistemáticas graves, bacteremia ou sepse, são existentes quatro tipos de bacteremia, sendo elas: transitória, intermitente, contínua e escape. Iremos explicar alguns dos fatores de risco, que pode ser transmitido através do cateter e pode ter diferentes respostas, pelo fato da idade, o uso prolongado de cateter, ventilação pulmonar, entre os demais motivos. Foi encontrado uma nova forma de tratamento, que é o bundle, que tem como foco dar assistência eficaz em hospitais, trazendo novas formas de cuidados para tentar evitar uma infecção, focando inclusive na higienização das mãos, inserção adequada do cateter (lembrando que ele é uma das principais causas de haver uma infecção), proteção máxima durante a passagem de cateter e também é preciso o cuidado depois do contato com o mesmo, como o uso de luvas para manuseio, avaliações diárias entre outros. 8 Vamos ensinar a se prevenir com medidas básicas, como por exemplo: lavagem das mãos e utilização de produtos a base de álcool, inclusive lavar antes e depois de colocar as luvas. Porém, não é só essas medidas, o paciente sempre deve ter uma proteção da superfície estéril e o profissional sempre usar luvas, máscara, avental e óculos de proteção e fazer a higienização local, que é recomendado fazer com Clorexidina. Mostraremos alguns gráficos, contendo informações sobre IPCS laboratorial e clínica, as taxas de infecções na UTI, infecções em cirurgias limpas e entre outras. 9 1. OBJETIVO Informar sobre a epidemiologia e as medidas de prevenção de Infecção Relacionadas à Assistência à Saúde, referente às infecções na corrente sanguínea. 2. CONTEXTUALIZAÇÃO 2.1. Definição de Infecção da Corrente Sanguínea A infecção, vista de modo geral, ocorre quando microrganismos invadem o corpo humano e começam a se multiplicar dentro. Há um desequilíbrio entre os sistemas de defesa e os agentes invasores visto que, para alcançar sucesso na infecção, os microrganismos têm que se multiplicar-se até ultrapassarem os anticorpos. Com as correntes sanguíneas não é diferente, o invasor chega ao corpo humano através de um procedimento normalmente cirúrgico ou até mesmo pela instalação dentro do âmbito hospitalar e passa a se multiplicar por toda corrente sanguínea. Um dos fatores mais acentuados para que essa infecção se agrave é o estado onde o paciente se encontra desde sua habitação até a condição do seu sistema imunológico. Há a possibilidade de ele se adaptar em seu sistema por meio de dispositivos médicos como cateteres, próteses e procedimentos cirúrgicos, como também através de ferimentos expostos. “A sepse (infecção no sangue), pode causar a morte em até 60% dos casos, sobretudo em pessoas que já estavam hospitalizadas ou internadas em unidade de terapia intensiva (UTI)” (Geovana N, 2018), caracterizando-se como IRAS, ou seja, infecções adquiridas durante a estadia do indivíduo dentro do âmbito hospitalar. 10 2.2. Infecção Primária As infecções primárias são decorrências sistêmicas graves, bacteremia ou sepse. Podem ser separadas em hemocultura positiva ou em critérios clínicos. As com hemoculturas positiva permitem comparações mais fidedignas entre hospitais. Possuem sensibilidade variável conforme as práticas de cada instituição hospitalar ou laboratorial, sendo baixa em pacientes que já usam antimicrobianos. As infecções clínicas são mais simples, apresentam subjetividade, dificultando a comparação interinstitucional. Por isso, recomenda-se que para adultos e crianças acima de 30 dias de idade, as infecções sejam divididas em IPCS laboratorial e IPCS clínica, onde os índices de cada um devem ser calculados e analisados isoladamente. IPCS tem definições que consideram métodos laboratoriais como a diferença do tempo de positividade e as hemoculturas quantitativas pareadas. Com tudo, há estudos que examinam esses métodos, através de apresentação de problemas metodológicos, onde possibilitam a interpretação, tendo evidência para seu emprego em CVC de longa permanência. Há pouca pesquisa já feita sobre a curta permanência de acesso venoso central e mostra baixa sensibilidade e especificidade para a metodologia da diferença do tempo de positividade. Os resultados positivos de hemocultura podem se dar por haver contaminação na coleta ou processamento. Sendo assim, as hemoculturas só devem ser coletadas com indicação clínica precisa, seguindo as normas da ANVISA e tendo sua interpretação de forma criteriosa. 2.3. Infecção Secundária Diferentemente da infecção primária, é tido como infecção secundária quando a hemocultura (exame que identifica microrganismos patogênicos no sangue) é positiva ou quando há sepse (infecção generalizada) com foco primário 11 identificável, ou seja, sabendo qual foi a primeira parte do corpo que se deu a infecção. A hemocultura é um exame de sangue feito para detectar se o paciente tem: bacteremia, endocardite, pneumonias graves, meningites, infecções em pacientes imunodeprimidos (pessoas com defesa imunológica fraca), febre de origem indeterminada, infecções hospitalares, suspeita de endocardite e até mesmo sepse. A bacteremia é a invasão da bactéria no sangue; a sepse é a inflamação que ocorre no corpo como uma forma de combater a bactéria invasora; a infecção do sangue com a entrada da bactéria ocorre através das drenagens de pequenos vasos sanguíneos ou linfáticos, o grau de importância da doença é grave e muito crítico, levando várias pessoas a óbito, porém com rápida intervenção médica e feito o tratamento por antibióticos e fluídos intravenosos o paciente pode se recuperar rapidamente. Há quatro tipos de bacteremias, sendo: ● Transitória - É a mais comum e dura poucas horas, ocorre após o manuseio de um tecido infectado geralmente em cirurgias, tecidos infectados como em casos de abcessos, furúnculos etc. ● Intermitente - ocorre intervalos indeterminado de febre, e geralmente se dá pordá por processos infecciosos por abcessos variados. ● Contínua - É característica da endocardite e também pelas primeiras semanas de febre tifoide. ● Escape (“breakthrough”) - Tem sintomas tardio e se dão por drenagem inadequada do foco infeccioso ou pelo hospedeiro estar debilitado. 2.4. Fatores de Risco As infecções na corrente sanguínea, pode ocorrer por diversos fatores, porém é mais comum vermos em pacientes internados e uma das principais causas é o cateter venoso central (CVC), que geralmente na UTI, essa ocorrência é ainda mais vista, já que é um período maior, com isso, sabe-se que um dos motivos pelo qual ocorre o risco de conter uma infecção na corrente sanguínea, é quando o 12 cateter é usado por um longo período e mais de um CVC de uma vez, pode ocorrer a infecção. Apesar de que o cateter é algo indispensável para o uso na UTI. Os fatores de risco na população adulta é diferente da população pediátrica, levando em conta que uma criança menor de um ano tem o risco maior com a infecção. Então podemos considerar como atributo da infecção a idade, o uso prolongado de cateteres, ventilação pulmonar, desinvestimento do sistema imune, entre outras. Podem ser divididos em extrínsecas(duração CVC; nutrição parenteral; múltiplos lúmenos; inserção CVC em UTI), condições do hospedeiro, fatores microbiológicos e até mesmo em ambientes ou ao tipo de infusão. Podendo ter respostas de formas diferentes, contando com o estado nutricional, sondagem vesical de demora e tubo endotraqueal para ventilação mecânica. Os mais atingidos são os recém-nascidos com baixo peso e com internação de longo período. Nessa faixa etária as infecções podem representar cerca de 20% das infecções hospitalares. Um fator super importante para o bem-estar é a albumina sérica e contagem dos linfócitos totais, então quando há uma redução ou quando o paciente está com um estado nutricional deficiente, pode causar desnutrição e com isso, acaba sendo internado por um período prolongado, correndo o risco de ter uma infecção, pelo uso do cateter. 2.5. Tratamento Há vários desafios para a prevenção de infecções hospitalares que acabe se tornando mais amplo nas UTI devido a diversidade de microorganismos, que são na maioria das vezes multirresistentes e atrapalha no uso de antimicrobianos. Para o tratamento das infecções na corrente sanguínea, desenvolveram os “bundles”para ajudar os profissionais de saúde a realizarem melhores condições, cuidados, maneiras possíveis para seus pacientes e há bundles fantásticos que são eficazes em oferecer assistência nos hospitais e reduzir a incidência de infecções. 13 O bundle de prevenção têm como foco principal: higienização das mãos, antissepsia, proteção máxima durante a passagem de cateter e sítio de inserção adequado. Foram encontrados recursos de cuidados em relação ao processo de inserção e manutenção do CVC. São múltiplos os cuidados em quesito ao momento da colocação do CVC. Já em questão da manutenção do CVC ocorrem alguns cuidados também, como por exemplo, a higienização das mãos antes e após o contato com o cateter, luvas para o manuseio, avaliações diárias entre outros. 2.6. Prevenção As medidas de prevenção são de suma importância para evitar uma diversidade de doenças, inclusive à infecção da corrente sanguínea que é dividida em duas situações: Tabela 1. Prevenção durante inserção do dispositivo Higiene das Mãos ➔ Lavar as mãos e utilizar produtos à base de álcool; ➔ Lavar antes e depois de apalpar o local da inserção; ➔ Lavar antes e depois de introduzir, recolocar, acessar ou efetuar o curativo; ➔ Lavar quando houver vestígios de sujeiras nas mãos ou suspeita de contaminação; ➔ Lavar antes de colocar e depois de retirar as luvas. Medidas de Barreira na Introdução do Dispositivo ➔Profissional: Touca, máscara simples, óculos de proteção, avental e luva estéril; ➔Paciente: Proteção da superfície estéril. ➔Clorexidina degermante 2% para a higienização do local; 14 Antissepsia com Clorexidina Antes da Introdução do Dispositivo ➔Para remoção de resíduos, soro fisiológico ou água destilada e clorexidina alcoólica (concentração mínima de 0,5%); ➔Massagem de pelo menos 30 segundos no local com Clorexidina; ➔A solução deve estar totalmente seca antes de puncionar o sítio; ➔Utilizar solução de povidine-iodo em crianças com até 2 meses de idade. OBS: Na substituição de acesso vascular central por fio guia deve ser utilizar as mesmas medidas. Tabela 2. Prevenção durante o cuidado com o dispositivo Revisão e Indicação da Permanência ➔ Todos os dispositivos devem ter o seu prazo de permanência e estes devem ser retirados logo que permitido, e a revisão deve ser diária. Dispositivo Asséptico do Lúmen ➔ Limpeza dos conectores com o antisséptico apropriado, exemplo: clorexidina, álcool 70%; ➔Os dispositivos de acesso aos conectores têm que estar sempre estéril. Cuidados ao Local e ao Dispositivo ➔Curativo com gaze estéril nas primeiras 24 horas, filme estéril transparente semipermeável posteriormente; ➔Dispositivo de curta durabilidade, sua cobertura deve ser trocada a cada 7 dias, sendo ela transparente e gaze estéril a cada 2 dias; ➔Na troca da cobertura deve ser utilizar luvas estéreis e técnica asséptica; ➔O local de inserção deve ser vigiado todos os dias; 15 ➔Hemocultura de rotina só se estiver relacionado à IPCS. 2.7. Infecção Primária na Corrente Sanguínea Laboratorial Infecção da corrente sanguínea primária(IPCS) laboratorial apresenta hemocultura positiva com confirmação laboratorial, a hemocultura indica que a presença de bactérias ou fungos na corrente sanguínea, e qual a designação deste. Esta infecção necessita de tratamento urgente e são frequentemente detectados em hospitais. A IPCS laboratorial têm parâmetros diagnósticos mais objetivo, e concedem comparações mais fidedignas entre hospitais. A sensibilidade das hemoculturas variam de acordo os procedimentos de cada instituição hospitalar e laboratorial. Para a confirmação de IPCS laboratorial, tem que estar dentro dos critérios: ➔ Paciente com hemoculturas positivas podendo ser mais de uma, onde se dá preferência na coleta de sangue periférico por conta da coleta a partir de dispositivos intravenosos ser de difícil interpretação, e o microorganismo não pode estar vinculado a uma infecção em outra região. OBS.: (infecção em acesso vascular não é classificada como infecção em outro sítio). ➔ Tendo um destes sintomas: febre com temperatura maior que 38°C, débito urinário menor que 20ml/h (oligúria), tremores, pressão sistólica 90mmHg, ou seja, com hipotensão (estes indícios não podem estar correlacionados com outra região), duas ou mais hemoculturas em distintas punções em intervalo máximo de 48h com microorganismos comum de pele, por exemplo: Difteróides, Bacillus app, Propionibacterium spp, Staphylococcus coagulase negativo, Micrococos etc. 16 ➔ Para crianças com mais 28 dias e menores que 1 ano tendo ao menos uma destas indicações: febre maior que38°C, temperatura do corpo menor que 36°C (hipotermia), bradicardia ou taquicardia que não tenha relação com infecção em outra região, duas ou mais hemoculturas em distintas punções com intervalo máximo de 48h com microorganismos comum de pele. 2.8. Infecção Primária na Corrente Sanguínea Clínica 2.8.1. IPCS Clínica: 2.8.1.1. Critério 1: É aquela que preenche um dos seguintes critérios: Ao menos um dos sintomas a seguir: ● Febre maior do que 38 graus, ● Tremores ● Volume de urina menor ou igual a 20 ml/h, ● Hipotensão (pressão sistólica menor ou igual a 90mmHg ● Não relacionados à infecções de outro sítio. Ao menos um dos sintomas a seguir: ● Hemocultura negativa ou não realizada ● Sem infecções visíveis em outro sítio ● Será prescrito, pelo médico, terapia antimicrobiana para sepse. 2.8.1.2. Critério 2: Para crianças maiores de 28 dias e menores de 1 ano, ao menos um dos sintomas a seguir: 17 ● Febre maior que 38 graus; ● Hipotermia (temperatura menor que 36 graus) ● Bradicardia ou Taquicardia ● Não relacionados à infecções de outro sítio. TODOS os sintomas a seguir: ● Hemocultura negativa ou não realizada ● Sem infecções visíveis em outro sítio ● Será prescrito, pelo médico, terapia antimicrobiana para sepse. 2.8.2. Infecção relacionada ao Cateter Venoso Central: A infecção relacionada ao CVC, representa, entre as IRAS, a principal causa de infecção em UTI (Allen-Bridson, 2014). Há uma estimativa de que 30.000 novos casos de infecção relacionadas ao CVC ocorram em UTIs dos Estados Unidos da América todos os anos . No Brasil, entre os anos de 2011 e 2015, a incidência de infecções relacionadas ao CVC foi de 4,8 para cada 1.000 CVC-dia. A taxa de mortalidade nesses casos pode atingir até 69%, e os custos chegam a aproximadamente US$ 30.000 por paciente. O que significa, aproximadamente, R$ 120.000/paciente, considerando, a cotação do dólar à aproximadamente R$ 4,00 em outubro/2019. Em média, 90% das infecções da corrente sanguínea estão relacionadas ao uso do CVC. Em UTIs, esse problema fica ainda mais grave, por conta da condição clínica dos pacientes. O prolongamento do tempo de internação, a utilização de imunossupressores e antimicrobianos e a consequente colonização por microrganismos resistentes, também são fatores que interferem nesta infecção. Este quadro, porém, pode ser revertido com a educação permanente dos profissionais de saúde, a capacitação destes e a adesão às recomendações durante a inserção e manutenção dos cateteres e a vigilância de epidemias, por parte dos profissionais e do hospital. 18 Dessa forma, as principais medidas para prevenção são descritas pelo Center for Disease COntrol and Prevention (CDC) e têm sido incluídas na prática clínica em forma de pacote ou conjunto de intervenções, denominados bundles. 2.9. Dado de Notificação à ANVISA 2.9.1. Resultados 2.9.1.1. Adesão ao Sistema Em 2008, houve um crescente da adesão de hospitais ao Sistema de Vigilância das Infecções Hospitalares do Estado de São Paulo. Em 2009 observa-se um aumento pequeno em relação a 2008 (Figura 1). Figura 1. Mostram o número de hospitais que notificaram ao Sistema de Vigilância Epidemiológica do Estado de São Paulo, entre 2004 a 2009. Em 2005 teve pouca variação no número de hospitais notificados por mês, ao contrário de 2004. A média de hospitais notificados por mês em 2009 foram 638 e 643 hospitais (Figura 2). 19 Figura 2. Número de hospitais notificaram por mês - entre 2004 a 2009. A Tabela 3 mostra os números de hospitais cadastrados no cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde (CNES) em 2010 e o segundo critério e o sistema de vigilância pactuado no Plano Operativo Anual do Estado (POA). Tabela 3. Mostra a distribuição do número de hospitais que notificaram e taxa de resposta segundo GVE, 2009. 20 2.9.2. Infecções Hospitalares em Hospitais Gerais 2.9.2.1. Infecções Em Cirurgias Limpas Desde a implantação do sistema, a maioria dos hospitais notificados, 85,6% (582/680) (Tabela 4). Tabela 4. Mostra a distribuição do número de hospitais que notificaram e que enviaram planilha 1 infecções em cirurgias limpas, 2009. O número de cirurgias limpas notificadas cresceu desde a implantação do Sistema sendo que em 2009 foram notificadas 811.367 cirurgias limpas. 21 Mantém-se a ordem das especialidades cirúrgicas que realizam o maior número de cirurgias limpas por ano. As Figuras 3 e 4 mostram o número de cirurgias limpas notificadas e de hospitais notificantes segundo especialidades cirúrgicas. Figura 3. Mostra a distribuição do número cirurgias limpas por especialidade cirúrgica, 2009. Figura 4. Mostra a distribuição do número hospitais que notifica a infecção. Observa-se também que 60% dos hospitais realizam até 100 cirurgias limpas no mês, e a maioria é de pequeno e médio porte. 22 Figura 5. Número médio de cirurgias limpas por mês, 2009. Segundo os critérios, foram incluídos na análise das taxas de infecção cirúrgica 441 hospitais, que notificaram mais de 250 cirurgias limpas no período, 75,7% de todos os hospitais que notificaram cirurgias limpas. A Tabela 3 apresenta a distribuição das taxas de infecção cirúrgica global. Tabela 5. Mostra a distribuição das taxas de infecção cirúrgica pelo total e por especialidade. 2.9.2.2. Infecções em UTI Teve um aumento no número de hospitais que enviaram dados de infecção em UTI Adulto, Pediátrica e Coronariana em 2009, comparado aos anos anteriores. As Tabelas 4 e 5 mostram o número de hospitais que enviaram dados de infecção em UTI Adulto, Pediátrica e Coronariana por GVE. 23 Tabela 6. Mostra a distribuição do número de hospitais que enviaram planilha 2 sobre infecções em UTI Adulto, Coronariana e Pediátrica. Tabela 7. Mostra a distribuição do número de hospitais que enviaram planilha 2 sobre infecções em UTI Adulto, Coronariana e Pediátrica segundo o tipo de UTI. Em UTI Adulto a média de pacientes por dia fio de 3.965 e mediana de 2.741 pacientes por dia, no período. Já em UTI Pediátrica a média foi de 1.922 pacientes 24 por dia e a mediana foi de 1.722 pacientes por dia. Finalmente, em UTI coronariana a média foi de 2.493 pacientes-dia e a mediana 2.248 pacientes-dia. As Tabelas 6, 7 e 8 apresentam as taxas de infecção em percentis em UTI Adulto, Pediátrica e Coronariana e as Tabelas 9 e 10 as taxas de utilização de dispositivos invasores. Tabela 8. Distribuição das taxas de infecção associadas a dispositivos invasivos em pacientes na UTI adulto. Tabela 9. Distribuição das taxas de infecção associadas a dispositivos invasivos, em pacientes na UTI pediátrica. Tabela 10. Distribuição das taxas de infecção associadas a dispositivos invasivos, em pacientes na UTI coronariana. 25 Tabela 11. Distribuição das taxas de utilização de dispositivos invasivos, em pacientes na UTI pediátrica. Tabela 12. Distribuição das taxas de utilização de dispositivos invasivos, em pacientes na UTI coronariana. Foram comparadas as taxas de infecções por dispositivos invasores na UTI Adulto de 2004 a 2009 (Figura 6). Houve uma diferença estatisticamente significante apenas para a mediana (percentil50) de pneumonia associada à ventilação, nos anos avaliados, com valor de p<0,05 (Figura 7). Figura 6. Mostra a comparação de incidência de infecções associadas a dispositivos invasivos em UTI adulto, entre 2004 a 2009. 26 Figura 7. Mostra a comparação de incidência de infecções associadas a dispositivos invasivos em UTI adulto, linha de tendência linear, coeficiente de correlação (R³), e valor de p (nível de significância), entre 2004 a 2009. 27 3. FOLDER Para a apresentação deste conteúdo foi requisitado o folder informativo, por ser uma forma mais prática e rápida para compreender o que foi visto no decorrer do trabalho. A seguir será mostrado fotos demonstrativas do mesmo: Figura 8. Parte de fora do folder. Figura 9. Parte de dentro do folder. 28 4. RELATÓRIO COPYSPIDER 29 CONCLUSÃO Com o trabalho anteriormente exposto, pode-se concluir, a importância da prevenção de infecções relacionadas à corrente sanguínea. O sangue está presente em tudo nosso corpo, seja através das veias, artérias ou capilares, todo o corpo está sendo irrigado por sangue. Desta forma, evidencia-se, neste trabalho, a necessidade de capacitação dos profissionais de saúde, que lidam diariamente com estas potenciais infecções. Situações de prevenção coletiva, ficam sob responsabilidade da gestão hospitalar que, por meio de bundles, estipulam medidas necessárias para prevenir possíveis complicações no quadro de saúde do paciente. Infecções da corrente sanguínea, podem agravar significativamente infecções relacionadas à outros sítios do corpo humano. A sepse, por exemplo, é uma complicação causada quando, as substâncias químicas liberadas na corrente sanguínea para combater uma infecção, desencadeia uma inflamação em todo o corpo. Desta maneira, outros órgãos e sistemas podem ser danificados, podendo levar ao óbito. Os bundles, anteriormente citados, são pacotes de medidas, que visam padronizar os procedimentos, com o intuito de diminuir a incidência de infecções. Entre as medidas mais comuns em bundles de prevenção para a corrente sanguínea, estão: higienização das mãos, antissepsia, proteção máxima durante a passagem de cateter e sítio de inserção adequado. O grupo espera ter deixado em evidência neste trabalho, a importância de se manter a esterilidade dos materiais e a higienização do ambiente de trabalho, bem como, a necessidade de um olhar mais criterioso em relação às infecções da corrente sanguínea. 30 REFERÊNCIAS Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Corrente Sanguínea: Critérios Nacionais de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde. 2009 set. Augusto Carlos. Rotina de Hemoculturas. Protocolo de Atendimento. [Internet]. 2008 fev. 28 [2009 fev. 27]. Disponível em: http://saudedireta.com.br/docsupload/1340447084ccih.pdf. Brandão D, Madalosso G, Alice Silvia, Yassuda Y. Análise dos dados do Sistema de Vigilância de infecção Hospitalar do Estado de São Paulo - ano 2009. BEPA, Bol. epidemiol. paul. 2010; 7 (80): 10-30 Helena Maria Varella Bruna. Sepse (septicemia). [Internet]. Drauzio Varella. Disponível em: https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/sepse-septicemia/ Hinrichsen Sylvia. O que é infecção no sangue, como identificar e tratar. [Internet]. Tua Saúde. Disponível em: https://www.tuasaude.com/infeccao-no-sangue/. Peixoto Fabiola Ferreira La Torre. Fatores de Risco para Infecção de Corrente Sanguínea Relacionada a Cateter Venoso Vascular em Pacientes Internados em Unidades de Terapia Intensiva Pediátrica: Um Estudo Multicêntrico. [Mestre]. São Paulo: Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina; 2016. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5141/tde-09032017-113805/publico/Fa biolaPeixotoFerreiraLaTorreVersaoCorrigida.pdf. Rangel Rosana. Infecção Primárias da Corrente Sanguínea - Critérios Nacionais. SMSDC/RJ. 2011. Rita Maria. Hemocultura: recomendações de coleta, processamento e interpretação dos resultados. Journal of Infection Control. 2012; 1(1): 08-19. Tunkel Allan R. Desenvolvimento de infecção. [Internet]. Manual MSD Versão Saúde para a Família.[revisão 2016 set.] Disponível em: https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/infec%C3%A7%C3%B5es/biologia-das-do en%C3%A7as-infecciosas/desenvolvimento-de-infec%C3%A7%C3%A3o. 31