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Resenha Crítica: Caso Amazon, Apple, Facebook e Google

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM ARQUITETURA E PROJETOS DE CLOUD COMPUTING
Resenha Crítica de Caso 
Nome do aluno (a): Gabriel Canal Zambianco
Trabalho da disciplina de Consultoria
 
 Tutor: Prof. CLAUDIA MARCIA PEREIRA LOUREIRO
São Carlos
Ano: 2020
CASO AMAZON, APPLE, FACEBOOK E GOOGLE
Referência: DEIGHTON, John; KORNFELD, Leora. Amazon, Apple, Facebook e Google. Disponível em: <http://pos.estacio.webaula.com.br/Trabalhos/Suplementos/1452/81508/42256.pdf>. Acesso em 24 fev. 2020.
Introdução
No início da internet, quando ela era ainda conhecida como ARPANET, ninguém pensava que ela teria a influência na vida das pessoas que tem hoje, principalmente se falando do marketing que ela oferece. Um sistema criado inicialmente para alertas de bombas nucleares, traz, após sua privatização em 1995, grandes inovações focadas em marketing, como: Geração de Leads, transações, compartilhamento de informações e persuasão. Tal “boom” de inovações causou inclusive uma bolha relacionada a internet devido ao super otimismo criado em torno dela.
Neste ponto, algumas empresas já dominavam os setores de marketing da internet, que eram: Propaganda Online, Vendas de varejo e redes sociais, dominadas pelas empresas: Google, Amazon, e Facebook, respectivamente. Além delas, havia a Apple, também uma gigante do marketing, trabalhando no padrão para dispositivos de interface.
Logo as empresas, que cresciam sem parar, começaram a se esbarrar umas nas outras em relação aos seus serviços e produtos, querendo estabelecer seus próprios padrões e almejando dominar o marketing online.
A Amazon, líder de varejo, começou em 1995 e já obtinha o lucro de 5 milhões em 2001. Seu negócio padrão de vendas era muito rentável e permitiu a empresa crescer muito. Porém, ela não parou nisso e logo disponibilizou, em 2002, o Amazon Web Services (AWS), que foge do seu padrão de negócio varejista. O AWS permitia que outras empresas pudessem utilizar serviços de computação (que neste momento estavam em nuvem) por um preço muito mais acessível e de uma maneira mais fácil, conquistando assim um novo mercado, gerando ainda mais receita.
A revolução do AWS permitiu que a parte de varejo da Amazon ganhasse ainda mais visibilidade, tanto que em 2013 sua receita de varejo era aproximadamente um quinto da soma dos 100 subsequentes vendedores online nos Estados Unidos.
Uma ideia revolucionária de marketing da Amazon foi oferecer produtos com base em interesses via website, além de marcar o usuário com um cookie em seu navegador para que produtos de interesse dele sejam exibidos em outros websites que ele acessar.
Por outro lado, o Google teve uma história diferente. Em 1998, as páginas mais acessadas na internet eram portais de conteúdo como Yahoo!, Aol, e MSN, e as páginas relacionadas as páginas iniciais desses portais. As ferramentas de buscas mal eram utilizadas. O retorno monetário dos portais vinha da capacidade de reter usuários por mais tempo em uma página. O Google nasceu de um projeto ilustrativo mostrando que era um poderoso mecanismo de pesquisa. Quando o Yahoo! decide utilizar o Google como buscador se dá início ao crescimento da empresa Google.
Agora com um algoritmo mais robusto, a Google começa a lucrar não só com o licenciamento de seu algoritmo, mas com propagandas relacionadas a palavras chave que os anunciantes definem, serviço chamado de AdWords. 
Em 2003, cria o AdSense, que o permite colocar anúncios em qualquer lugar da internet, e para aproveitar tal ferramenta criou outros serviços como Gmail, digitalizou livros, criou páginas de conteúdo, Tradutor, agenda, comprou até o YouTube. Tudo para poder oferecer anúncios às pessoas que utilizassem destes serviços. Em 2007 compra empresas como DoubleClick e AdMob, focando refinar ainda mais sua exposição de propaganda. Comprou a empresa ITA, que buscava assentos aéreos online, criando, após isso, uma matriz de voos e informações de tarifas, recebendo taxa de afiliação de páginas de viagens.
Em 2007 lançou o Android, Sistema operacional para telefones móveis, de software gratuito, e em 2011 comprou a Motorola Mobility, o que a permitiu criar aparelhos celulares provando a viabilidade do Android. No mesmo ano, lançou o Google Play e o Google wallet. O Google play fornecia serviços de venda e o Google Wallet serviços de pagamento utilizando o próprio smartphone, um casamento perfeito na tentativa de competir contra a Amazon. Ainda em 2011 lançou a rede social Google+, integrada com os serviços da Google, porém essa última não teve muito sucesso perante a imponência do Facebook.
Contabilizando seus ganhos no fim de 2012, 97% da renda bruta do Google era provinda de propaganda. Sendo que metade era vinda dos EUA.
Já a Apple Inc., que nasceu em 1976, era uma empresa de hardware no início da computação e hoje se tornou a empresa de capital aberto mais valiosa do mundo.
Não se sabe ao certo qual o fator principal para tal crescimento. Com a volta de seu icônico fundador, Steve Jobs, a Apple lançou, em 2001, o iTunes e o iPod. Em 2007 lançou o iPhone e o iPad em 2010, levando a receita da empresa a depender mais da venda destes dois últimos. O iPhone, em sua briga com o Android, saiu na frente de uma maneira diferente, não vendia mais, mas quem o possuía, o utilizava muito mais, principalmente para acesso à internet, aumentando muito mais o tráfego do que os usuários de Android. Ainda uma outra briga era travada entre iPad e o Kindle da Amazon. O Kindle era voltado apenas para e-Books, já o iPad, com todas as suas interfaces, oferecia uma experiência bem mais rica ao usuário final.
Ao final, os apps voltados para a plataforma da Apple eram muito mais utilizados, garantindo a ela ter uma biblioteca maior de apps e sair na frente na luta com o Google.
Por final, o Facebook. Criado em 2005, foi lentamente sendo descoberto pelos americanos até quem em 2009 ocorreu o “boom”. Em 2013 cada usuário em média passava 6:41 h/mês acessando a página do Facebook. Logo, o tempo gasto em redes sociais representava um quarto do tempo que as pessoas ficavam online. Apesar do seu potencial de propagandas não ser tão forte como o Google, sua fonte principal de receita vinha de propagandas. Com o botão “Curtir” os anunciantes poderiam ter uma resposta muito rápida sobre seus anúncios. Ela também possuía um modelo de “recomendações”. Uma pessoa que curtisse uma página teria essa página indicada aos seus amigos, caso a página pagasse por esse serviço.
Seguindo uma estratégia de utilizar cookies de rastreamento, e focando em dispositivos móveis, os quais eram principal fonte de acesso ao Facebook, foi lançado o Facebook Exchange em 2012, melhorando ainda mais sua rede de oferta de anúncios possibilitando com que o anunciante seja visto de uma maneira aprimorada e mais constante.
 Como todos esses aparatos tecnológicos voltados a marketing e propaganda disponibilizados por essas quatro gigantes empresas, percebeu-se que ali uma havia janela imensa para que anunciantes pudessem chegar a seu público alvo de uma maneira bem mais direta. 
O mercado de propaganda de mídia estava ainda com uma mentalidade antiquada, investindo em propaganda offline e propaganda direta, muito mais que propaganda online. Ao analisar números e perceber o mundo novo que surgira no meio digital, os anunciantes logo começaram a focar mais e mais em propagandas online, utilizando todas essas novas tecnologias criadas.
O mercado de propaganda através de mecanismo de busca estava a todo vapor. De todos os usuários da internet, 85% utilizavam tais mecanismos. Além do Google, temos outras empresas que, apesar de obterem uma parcela muito menor de consultas, estavam neste mercado também, eram elas: Yahoo!, Bing, Ask e AOL.
Com o lançamento do iPhone, em 2007 o conceito de mercado de propaganda de busca móvel cresceu muito e era, também, dominado pelo Google.
Nesse mesmo ano, páginas como TripAdvisor, Zagat, Open table e UrbanSpoon ofereceriam um serviço diferenciado de indicações. Existiria uma comunidadeavaliando o que se buscava, a fim de dar uma percepção mais realista ao usuário, e não oferecer serviços de alguém que te pagou para oferecê-los, como fazia o Facebook.
O mercado de propaganda também acabou mudando, antes era todo pensado em média offline. Anunciava-se junto ao conteúdo premium: se alguém consumisse “X” no lugar “Y” era oferecido um outro “Z” para que ela comprasse. Isso era estático, e não necessariamente atendia aos consumidores.
Ao pensar em comprar “públicos”, os meios online ofereceram uma capacidade de propaganda muito mais objetiva. Classificar usuários através de seus interesses e marcá-los com cookies, criando grupos foi uma ideia genial para a venda de espaços de propaganda. Ainda, com toda essa movimentação, o custo da propaganda nessa modalidade caiu, o que fez os anunciantes colocarem os dois pés nesse novo mundo de marketing.
Antes de todas essas tecnologias, o mercado de varejo da internet era pouco expressivo. Apesar de já haver pesquisas online sobre produtos, as vendas se concretizavam em sua maior parte offline. O que mais se comprava online eram produtos de varejo (mercadorias em geral), eletrônicos, e material de escritório. As outras categorias eram pouquíssimo expressivas.
Conclusão
Essas quatro gigantes empresas revolucionaram o marketing e a maneira como é feita a propaganda no mundo, além, é claro, de oferecer inúmeros outros serviços e produtos que beneficiam boa parte da população mundial. Tais produtos e serviços se tornariam tão essenciais que já não conseguiríamos viver da mesma forma caso eles deixem de existir. Isso acaba por fortalecer ainda mais essas empresas, principalmente pois, pelo fato de criarem essa dependência nas pessoas, elas garantem que seus anunciantes sempre terão um público e, graças a tecnologia, um público muito mais selecionado de acordo com os produtos oferecidos.

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