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Curso de Cosmetologia MÓDULO III Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este Programa de Educação Continuada, é proibida qualquer forma de comercialização do mesmo. Os créditos do conteúdo aqui contido é dado a seus respectivos autores descritos na Bibliografia Consultada. MÓDULO III TRATAMENTOS ESTÉTICOS ► Determinação do Tipo de Pele Qualquer tratamento cosmetológico deve começar por uma limpeza adequada da pele, pois só assim se poderá proceder a um estudo profundo e conhecer as suas características e necessidades. Numa pele livre de qualquer cosmético, podemos concentrar nossa atenção nos seguintes fatores: ♦secreção sebácea; ♦ granulação e tipo de poros; ♦ grau de hidratação; ♦ acidentes cutâneos (comedões, pontos negros, vermelhidões, vênulas etc). Para poder proceder à melhor observação, podemos utilizar a luz de Wood. Como sabemos, a luz de Wood (cujo comprimento de onda é aproximadamente 365 nm) quando projetada sobre distintas substâncias orgânicas, dá origem à fluorescência. Essa fluorescência varia conforme as substâncias, podendo assim diferenciá-las. Colocada à lâmpada à distância de 15 a 30 cm da pele e examinando, podemos obter vários tipos de fluorescência: Tipos de Fluorescência Fluorescêncla Tipo de pele - Leve, azul violeta com ligeira tonalidade de alfazema Normal - Violeta intensa Hidratada - Violeta pálida Desidratada - Esbranquiçada Espessa (fortemente queratinizada) - Escura Fina (debilmente queratinizada) - Amarelo pálido ou rosa Oleosa 53 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores Na avaliação do tipo de pele: • Não esquecer a influência, étnica (pele normalmente oleosa, por exemplo). • Não esquecer que diversas influências podem, mais ou menos momentaneamente, modificar o aspecto da pele, tais como: - Influências climáticas: vento, sol, baixa umidade do ar; - Influências fisiológicas: puberdade, menopausa; - Influências acidentais: esgotamento cerebral, fadiga física. Estresse; - Influências patológicas: perturbações endócrinas; - Influências alimentares. Tratamentos para Pele Normal ▪ Características - Aspecto liso e aveludado, relevo fino, não é brilhante, é flexível e elástica (tipo de pele de criança); - As glândulas sebáceas funcionam normalmente e têm grau de hidratação que respeita as características físico-químicas das camadas celulares. Emulsão epicutânea O/A; - Suporta bem o sabonete, sem ressecamento, nem sensação de ardor. ▪ Demaquilante, limpeza - Loção de limpeza cujo teor de matérias graxas está adaptado ao tipo de pele: loção pele normal; - Loção (de enxágüe) possuindo propriedades tonificantes (levemente alcoolizada) loção pele normal. Proteção - Creme pouco oleoso, equilíbrio em relação à película, mantendo o teor de hidratação e impedindo o ressecamento da pele devido ao meio ambiente: creme 54 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores de dia normal. ▪ Tratamento (à noite) - Depois da limpeza: creme-de-noite; - Creme nutritivo (1 a 2 vezes por semana); - Máscara purificante e repousante (1 vez por semana) à base de argila absorvente, cânfora, proteínas. Tratamentos para Pele Seca ▪ Características - Em geral fina, mate, irritável, com tendência a vermelhidões e por vezes, a rosácea; - Tendência para rugas, linhas, estrias de desidratação e possibilidade de impigens; - As secreções sebáceas podem ser retardadas e, portanto, o equilíbrio hidro lipídico do manto epidérmico perturbado. - Não suporta sabonete: irritações, sensações de ardor e ressecamento da pele após a lavagem do rosto; - Vulnerável ao ar seco, frio ou quente, em virtude de perspiração exagerada. Demaquilante, limpeza - Loção cujo teor de matérias graxas permite a limpeza, mantendo uma camada oleosa (óleos vitaminados ou outras substâncias eudérmicas): loção de limpeza para pele seca; - Loção suavizante, descongestionante, tônica, para enxaguar (sem álcool ou no máximo 60GL com princípios ativos umectantes, derivados de plantas etc). ▪ Proteção - Reforço ou substituição da película hidrolipídica; - Ação hidratante (impede a evaporação); - Permite melhor aderência da maquilagem: creme de dia para pele seca, (óleo gérmen de trigo etc). 55 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores ▪ Tratamento - Creme com influência na regeneração celular, preventiva das rugas; - Fornecer elementos graxos, extratos biológicos e vegetais; - Creme de noite para pele muito seca e sensível; - Creme de tratamento com colágeno, ligeiramente ácido; - Creme anti-rugas (extrato vegetal + extrato biológico) em curas: (tratamento de choque de 10 a 15 dias consecutivos por mês), tratamento de manutenção de 2 a 3 dias consecutivos por semana); - Máscara de beleza hidratante e repousante para pele seca. (Semanalmente). Tratamentos para Pele Oleosa ▪ Características - Em geral espessa. Aspecto brilhante. Com poros dilatados. Apresenta por vezes pontos negros ou borbulhas de acne. Transpiração exagerada; - Pode ser também desidratada à superfície. Apresentar vermelhidões e ser irritável quando submetida a tratamentos demasiado agressivos; - A inflamação dos tecidos é conseqüência da oxidação das matérias graxas em excesso. Exagero de produção de sebo cutâneo, escoamento retardado seguido de contaminação bacteriana no folículo “pilo-sebáceo”; - Constata-se uma certa alcalinização da pele. ▪ Demaquilante, limpeza - Loção cujo teor em matérias graxas permite a limpeza, sem provocar reação seborréica; - Loção de limpeza pele oleosa; - Loção de enxaguamento para retirar o leite: tem ação adstringente (fecha os poros dilatados); - Ação tônica e por vezes ação anti-séptica. 56 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores ▪ Proteção - Creme-de-dia para pele oleosa. Permite obter aspecto mais uniforme da epiderme e servir de base de maquilagem. ▪ Tratamento - Após a limpeza da pele com loção adequada e tonificação, utilizar creme com substâncias ativas que atuam ao nível das glândulas sebáceas (enxofre orgânico); - A utilização de uma máscara de argila poderá ser importante de duas formas: a) aplicada durante a operação de limpeza, após a aplicação da loção de limpeza. Ajudar a limpar em profundidade; b) aplicada após o creme de tratamento, permite maior penetração dos princípios específicos e obtenção de resultados mais eficazes. Tratamentos para Pele Mista ▪ Características - Não se trata de um tipo de pele definido, mas sim de uma alternância de zonas secas e oleosas. A parte mediana (testa, nariz e queixo) é geralmente mais oleosa, devido à abundância de glândulas sebáceas.As zonas mais secas situam-se ao redor dos olhos, nas maçãs do rosto e nas faces. ▪ Demaquilante, limpeza a) Mista/tendência oleosa - loção pele oleosa; - loção pele normal. b) Mista/tendência oleosa - loção pele seca; - loção com leve teor alcoólico (60GL); - loção adstringente (em compressas nas zonas oleosas). ▪ Proteção 57 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores a) Mista/tendência oleosa - creme para pele oleosa alternando com; - creme de dia pele normal. b) Mista/tendência seca - creme de dia para pele normal; - creme de dia para pele seca. ▪ Tratamento a) Mista/tendência oleosa - creme nutritivo biológico com extrato placentário (1-2 vezes por semana); - creme detratamento com colágeno; - aplicação de duas máscaras (1 vez por semana); - máscara para peles oleosas (purificantes, desincrustantes) nas zonas secas. b)Mista/tendência seca - creme de tratamento adaptado ao ressecamento das faces; - creme de tratamento com substâncias biológicas e extratos placentário (em caso de terapêutica); - aplicação de uma máscara para pele seca (1 vez por semana). Tratamentos para Pele Asfixiada ▪ Características - Poros obstruídos e pontos negros. Aspecto baço; - Ao contato granulações e aspereza; -Tipo de pele “oleosa”, mas com aparência seca, por ter sido submetida a tratamentos demasiado agressivos, dissolvendo superficialmente a oleosidade cutânea. ▪ Demaquilante, limpeza 58 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores - Supressão do sabonete ou de tratamento com solventes demasiado agressivo; - É um caso particular, devendo ser considerado numa primeira fase como uma pele seca, a fim de recuperar a camada superficial da epiderme, sua elasticidade, e a hidratação normal. Depois, numa segunda fase, quando o desenvolvimento do sebo cutâneo não estiver alterado, deverão ser aconselhados os produtos de pele oleosa; - Loção limpeza pele seca – normal; - Loção limpeza pele oleosa (alternado). ▪ Tratamento Um excelente modo de resolver este problema bastante delicado consiste em aplicar todas as noites, um creme que exerça ação nutritiva e hidratante, considerando o pH ácido (5,5). Determinação do pH da Pele O pH normal da pele oscila entre 5 e 6. Existe uma propriedade na pele, chamada efeito tampão, que permite, quando houver uma alteração, repor rapidamente o pH fisiológico. No entanto, quando por uma causa estranha (patológica) o pH alterar-se em caráter permanente, a pele perde a sua capacidade defensiva. Uma variação de pH para o lado alcalino dá origem a hidratação da camada córnea. A queratina fica embebida tomando-a mais permeável, e ao mesmo tempo mais propícia ao desenvolvimento microbiano (fungos e bactérias). Para determinar o pH cutâneo, dado fundamental na classificação e determinação do estado da pele, podemos utilizar papel de pH do tipo universal ou ainda recorrendo a um aparelho de pH, possuindo eletrodo cutâneo especial. Determinação da Hidratação da Pele Para determinar o grau de hidratação da pele, estão preconizados aparelhos especiais, cujo mecanismo se baseia na maior condutibilidade da corrente elétrica quando se opõe menor resistência, como é o caso da pele muito hidratada. No caso de pele 59 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores desidratada e envelhecida, a resistência aumenta e a condutibilidade diminui. Uma vez finalizado o diagnóstico, vamos indicar as linhas gerais do tratamento. Seqüência no Tratamento Estético ▪ Limpeza Na fase de limpeza do tratamento cosmetológico, são utilizados sabonetes (especiais), loções de limpeza e cremes de limpeza. ▪ Tonificação A tonificação exige loções tônicas e águas faciais. ▪ Proteção A proteção se dá com cremes-para-dia. ▪ Tratamento para o rosto O tratamento do rosto exige uma série de cremes específicos como cremes-para- noite, cremes nutritivos, cremes anti-rugas e cremes para contorno dos olhos. ▪ Maquilagem Para maquilagem são usadas bases. ▪ Cremes para o corpo Finalmente, o tratamento do corpo utiliza cremes específicos com ativos para celulite, estrias, busto etc. Tratamento Estético da Pele Pele Normal Pele Oleosa Pele Seca 60 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores Preocupações e alvo a atingir Não causar dano (produtos irritantes); Manter o pH fisiológico; Proteger do frio, do sol e do vento; Evitar as águas calcárias, selinitosas ou ricas em cloro. Fazer uma limpeza mais enérgica; Desincrustar por vezes. Proporcionar-lhe lipídeos Restabelecer a hidrofilia da pele Limpeza Loção levemente detergente que não modifique o pH cutâneo normal. Loção detergente e adstringente (não abusar, a fim de evitar hiper-secreção por reação). Loções e cremes fracamente graxos e pobres em detergente Enxagua- mento e tonicidade Loções hidratantes em aplicação direta ou pulverizações (se houver irritação, utilizar água mineral que contenha, ou não, extratos de plantas). Loções hidro- -alcoólicas aplicadas diretamente ou em pulverização. Loções hidratantes. Tratamento Massagem com cremes diversos (de extratos placentários, com tecidos embrionários, por exemplo). Evitar as massagens Soro fisiológico em pulverizações. Cremes de dia Cremes de dia para peles normais de dia. Cremes não oleosos hidratantes, de preferência ácidos. Cremes protetores, tipo âgua-em-óleo de preferência ácidos. Cremes de noite Cremes de noite para peles normais; De tempos a tempos cremes adstringentes. Cremes do tipo nutritivos e hidratantes. Cremes hidratantes em alternância com cremes anti-rugas. Máscaras Faciais São preparações cosméticas de consistência variadas, destinadas a aplicações no 61 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores rosto. Além destas são encontradas também máscaras para colo, pescoço, costas, mãos e pés. A composição da máscara será determinada pelo tipo de pele. As máscaras têm como objetivo principal: limpar, tonificar, estimular, acalmar e “rejuvenescer” a pele. Estas devem conter as seguintes características: ⇒ Ser suaves e de preferência sem arenosidades; ⇒ Devem secar rapidamente depois de aplicadas sobre a pele e devem ser retiradas sem dor; ⇒ Devem produzir a limpeza da pele; ⇒ Devem ser inócuas. Máscaras à base de ceras São compostas por parafina, vaselina e substâncias polares (álcool cetílico e estearílico). Estas são sólidas a temperatura ambiente e devem ser fundidas (temperatura ligeiramente acima da temperatura corporal) para aplicação. Como a película cerosa forma uma barreira impermeável há o aumento da sudação o que ajuda a eliminar as impurezas e sujidades. Ex.: Cera microcristalina 13% Parafina 60% Óleo mineral 20% Álcool cetílico 5% Bentone 38 1,4% Álcool isopropílico 0,6% Máscaras à base de gomas Depois de secar, estas formam uma película contínua, elástica e impermeável à 62 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores água. Ao agir sobre a sudação normal da pele, gera um aumento da temperatura e então um aumento da circulação. São facilmente removíveis e após esta remoção é observado um pequeno inchaço temporário no rosto. Ex.: Emulsão de látex 25% Sorbitol 5% Metilcelulose 10% Caulim 3% Bórax 1% Consrvante qs Água 56% Máscaras a base de resinas vinílicas de filme ou película São usadas resinas de álcool polivinílico (PVA) e acetato de vinila. Podem, dependendo da composição, absorver tanto substâncias lípofílicas quanto hidrofílicas. São aplicadas em camadas finas (com pincel ou com dedo) e formam um filme transparente contínuo e elástico. Após secagem rápida podem ser descoladas. Ex.: Veegum 0,5% Caulim 0,5% Dióxido de titânio 0,3% PVA 12% Propilienoglicol 8% Etanol 20% Água 58,7% Máscaras a base de hidrocolóides ou géis São colóides de alta viscosidade que ao serem aplicadas na pele perdem água e 63 Este material deve ser utilizadoapenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores formam uma película de gel flexível. São transparentes ou semitransparentes. Podem ser usadas: gelatina, caseína, cargenina, CMC, PVP. Para que esta película fique mais flexível é necessária à adição de umectantes: glicerina, propilenoglicol, sorbitol. A viscosidade da máscara varia de acordo com o hidrocolóide usado e sua concentração. Ex.: Carbopol 940 2% Água 42% Álcool 50% Glicerina 2% Di-isopropanolamina 4% Máscaras a base de argilas São também chamadas de máscaras de pastas, pois contém grande quantidade de pós. Estas devem ser esterilizadas e conter em suas fórmulas conservantes, pois são meios facilmente contamináveis por microorganismos. Conforme a máscara é aplicada, esta vai endurecendo e contraindo, dando uma sensação de adstringência. Podem ser usadas: caulim, terra distomácea, bentonita, lamas termais. Ex.: Caulim 35% Bentonita 5% Álcool cetílico 2% Lauril sulfato de sódio 0,1% Nipagim 0,1% Glicerina 10% Água qsp 100 Máscaras cremes São emulsões O/A ou A/O 64 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores Máscaras para contorno de olhos e pálpebras Devem proporcionar a reidratação da pele murcha que contorna os olhos e as pálpebras, torná-la lisa e sem dobras. Geralmente sob forma de géis e emulsões leves compatíveis com o pH lacrimal. - Ação descongestionante — extratos vegetais; - Ação alisadora- extratos protéicos, colágeno e elastina; - Ação hidratante — extratos de algas, poliois, ac. hialurôriico. As máscaras faciais, dependendo de sua composição, tem uma ação um pouco mais específica: ⇒ Ação de limpeza: produtos absorventes, desincrustantes, que eliminam as células mortas e outras impurezas; ⇒ Ação normalizadora das secreções seborréicas: Absorção e restabelecimento do equilíbrio ácido-base; ⇒ Ação estimulante e fortalecedora: efeito oclusivo gera uma vasodilatação que estimula as funções metabólicas da pele e melhora a absorção dos ativos; ⇒ Ação alisadora e remodeladora: efeito tensor imediato de certos ativos. Produtos para limpeza da pele Todo o tratamento cosmético deve começar pela limpeza para retirar não só as células mortas e secreções envelhecidas, mas também o pó e as impurezas acumuladas. Após a determinação do tipo de pele, deve prosseguir-se com a limpeza utilizando um produto adequado. Para peles oleosas, deve ser utilizada uma loção de limpeza que contenha pequeno teor de matérias graxas e pH ligeiramente alcalino para favorecer o arrastamento dos lipídeos cutâneos. No caso de peles secas desengorduradas, será conveniente utilizar um creme de limpeza com fase graxa de 30%. Os emulsionantes utilizados serão do tipo “não iônico” 65 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores compatível com o caráter ácido, o mais adequado para este tipo de pele. As peles desidratadas serão higienizadas com uma emulsão A/O, rica em materiais graxas hidrofílicos que permitam restabelecer o equilíbrio hidrolipídico do manto. As peles mistas apresentam geralmente a parte oleosa na zona central e seca nas zonas periféricas e deverão ser higienizadas em cada zona em particular com os produtos adequados. As Loções de Limpeza ou Demaquilantes As loções de limpeza ou demaquilante são geralmente emulsões do tipo O/A. Têm a propriedade de absorver simultaneamente, na sua fase oleosa, as impurezas lipossolúveis e, na sua fase aquosa, as impurezas hidrossolúveis. Permite a limpeza da pele ou o retirar à maquilagem e evitam os possíveis problemas com os sabões ou detergentes sólidos (pain de toilette). Os pigmentos usados nos cosméticos têm efeito cumulativo, entupindo os poros e, conseqüentemente, provocando cravos, espinhas e até manchas. Esses resíduos também deixam a pele áspera e sem brilho e, em longo prazo, estimulam o envelhecimento precoce. Por isso, a importância de remover a maquilagem corretamente. Composição Como na maioria dos produtos, a simplicidade na composição é uma vantagem e tanto para a fabricação como para a estabilidade da fórmula. No caso da loção de limpeza de loção demaquilante (“cleansing milk”), a função principal é retirar da pele as sujidades e, portanto, não deverá conter nenhuma substância ativa. Considerando o pequeno intervalo de tempo de permanência, a sua ação seria diminuta e ineficaz. Na sua formulação não é aconselhável a inclusão de colóides mucilaginosos (cozimento de amido, gelatina ou outros colóides), pois podem provocar aumento da viscosidade e diminuição do seu tempo de conservação. A quantidade de matérias graxas deve respeitar os vários tipos de pele, mas não pode ser demasiado elevado para não contrariar a ação do detergente. 66 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores O teor de perfume deve ser mínimo para evitar possíveis problemas de alergias. Sendo a loção de limpeza uma emulsão é, portanto, constituída por fase oleosa, fase aquosa, emulsionante(s), preservantes, antioxidantes e algum adjuvante. Fase oleosa Numa loção de limpeza o teor de matérias graxas é de cerca de 20%, entre as quais, as mais utilizadas são: - vaselina líquida ou fluída (hidrocarboneto); - parafina; - esqualeno; - alcoóis graxos com 16 e 18 átomos de carbono, saturados ou insaturados (álcool cetílico, estearílico, oléico etc); - ácidos graxos, saturados ou insaturados (esteárico, oléico); - ésteres de ácidos graxos e de alcoóis graxos ou glicerina (miristato de isopropila, oleato de etila, oleato de oleilo etc); - ceras (lanolina e derivados etc); - óleos vegetais (amêndoa, abacate); - óleos animais (vison, tartaruga); - óleos semi-sintéticos (triglicerídeo dos ácidos cáprico/caprílico) silicones. Estas substâncias, no seu conjunto, tornam a emulsão suficientemente viscosa, untuosa e emoliente, e simultaneamente suave, deslizante e menos ativa na sua detergência. Fase aquosa Representa cerca de 75% da totalidade da fórmula. Geralmente emprega-se água desmineralizada e filtrada (também poderá sofrer um processo de esterilização por raios UV). Certas fórmulas utilizam águas aromáticas (destilados, água de rosas). 67 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores Como emoliente e umectante, teremos o glicerol ou propileno glicol. Para acertar o pH, embora este esteja dependente do emulsionante utilizado, recorre-se ácidos orgânicos fracos (tartárico, propiônico, láctico). Poderá ainda ser adiciona um extrato vegetal que lhe permite certa ação proteolítica (enzimas vegetais) e como atrativo olfativo, um perfume adequado. Emulsões (emulsionantes) São mistura de dois líquidos imiscíveis, na qual um deles está disperso no outro, em forma de gotículas líquidas. Podem ser utilizados emulsionantes de origem natural ou sintética e proporção aproximada de 5% do total da fórmula. Os emulsionantes de origem sintética são agentes de superfície tensoativos não iônicos os preferidos pela sua inocuidade e poder detergente. No entanto, também são empregados os tensoativo anfotéricos e aniônicos. Os catiônicos são evitados, pois são agressivos para a pele. De preferência utilizam-se misturas binárias (tensoativohidrofílico + tensoativos lipofilíco) de forma a obter hidrofilia que esteja de acordo com as substâncias graxas a serem dispersas. Os tensoativos não iônicos mais utilizados são os de cadeia longa C16, ou como, por exemplo: - estearato de polioxietileno de sorbitano polioxietilenado; - oleato de polioxietileno de sorbitano polioxietilenado; - estearato de glicerol, de propileno glicol ou de PEG. Os tensoativos emulsionantes anfotéricos que maior incidência têm devido sua baixa toxicidade, são os derivados da betaína e da imidazolina. No entanto, continuam ainda a ser muito utilizados os tensoativos aniônicos dos quais destacamos: - Lauril sulfato de sódio ou de trietanolamina; - Lauril éter sulfato de sódio ou de trietanolamina; - Estearato de trietanolamina, que na maioria dos casos se forma no decorrer da preparação (sabões de trietanolamina com ácido esteárico). 68 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores Ainda podemos considerar os emulsionantes de origem natural, mas cuja conservação é muito difícil (a lecitina do ovo e da soja, o colesterol). Preservantes Os preservantes empregados dependem da formulação, mas devem estar incluídos na lista aprovada pela vigilância sanitária. São indispensáveis para manter o produto estável. Quando o teor de material lipofílico for elevado e a sua natureza frágil, deverá acrescentar-se um antioxidante como o L-tocoferol. Controle das loções de limpeza Existem vários testes que são essenciais e que permitem avaliar o estado final do produto e sua conservação: -aspecto, cor, odor; - tipo de emulsão (O/A); - pH; - viscosidade; - tamanho das partículas; - dosagem do emulsionante, do preservante e adjuvantes eventuais. Qualidades de uma loção de limpeza - não ser irritante, nem sensibilizante; - não ser muito fluído, ou muito espessa de forma a poder ser espalhada facilmente; - ser eliminada facilmente; - limpar sem descamar; - deixar a pele suave e mesmo levemente perfumada; - boa conservação. Como utilizar a loção de limpeza ou demaquilante Embora, pela técnica corresponda à primeira operação a realizar, sempre que se 69 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores pretende limpar o rosto, no seu uso diário, a usuária só deverá aplica-la à noite na sua “toilette”, antes de se deitar. O seu emprego pela manhã não é aconselhável, pois o tensoativo, poderia provocar ressecamento exagerado da pele. Pela manhã basta enxaguar com água tratada ou loção tônica. A loção deve ser espalhada no rosto com os dedos e levemente massageada, para assim incorporar na fase oleosa as gorduras da pele e matérias graxas da maquilagem, bem como as sujidades hidrossolúveis na fase aquosa. Depois a loção é retirada com algodão ou lenço de papel. É necessário proceder, em seguida ao enxaguamento com água tratada ou tônico adequado, de forma a retirar a loção restante e as sujidades retidas. Finalmente, após a secagem da água ou do tônico o tratamento de beleza poderá prosseguir. Fórmula base de loção demaquilante: - óleo de vaselina 15,0 % - álcool cetílico 0,5 - ácida esteárico 3,0 - trietanolamina 3,0 - preservantes 0,18 - perfume e água qsp 100,0 SABÕES E SABONETES Os sabões são os primeiros tensoativos conhecidos e, embora na teoria a sua fabricação se apresente como fácil, na prática tem-se a necessidade de seguir os preceitos de uma arte delicada. Em primeiro lugar, destaca-se a obrigatoriedade de utilizar matérias graxas de 70 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores primeira qualidade, sem nenhuma alteração, pois o ranço, mesmo na sua fase inicial é um mal irreversível. Além disso, verifica-se a necessidade de proceder à sábia mistura de substâncias graxas de origem animal e vegetal, de forma que o número de carbonos seja aproximadamente igual nas várias espécies, embora varie o grau de insaturação. Geralmente, utiliza-se uma mistura de 80-85% de sebo e 15 a 20% de óleo de côco. Os ácidos graxos devem possuir sempre mais de 12 átomos de carbono por molécula e podemos citar os ácidos laúrico, mirístico, palmítico, olêico e esteárico. Entre as outras substâncias utilizadas podemos mencionar os alcális. A soda cáustica permite obter sabão duro, e a potassa permite obter sabão mole. No entanto, para obter sabonetes são utilizados álcalis mais suaves como: as aminas (mono, di ou trietanolamina), a morfolina, a isopropanolamina e diversas alquilaminas hidrossolúveis. Os adjuvantes adicionados permitem obter produtos de qualidade mais refinada. São adicionados corantes e perfumes (extratos de colônia, eglantina, alfazema, cravo, tabaco, sândalo, tília etc) e ainda substâncias que permitem reforçar a fase lipídica para evitar a deslipidação exagerada, umectantes (glicerina), opacificantes (dióxido de titânio), anti-sépticos etc. Definição de Sabão Como já mencionado, os sabões são sais de ácidos graxos obtidos pela ação de um produto alcalino (soda, potassa, amoníaco), sobre um corpo graxo natural (triglicerídeo: ésteres de ácidos graxos naturais), ou sobre um ácido graxo diretamente. A ação do potássio sobre o ácido esteárico origina o estearato potássio (por simples neutralização). No caso de um corpo graxo natural, forma-se simultaneamente sabão e glicerina. Em contato com a água, o sabão hidrolisa-se dando origem a tensoativo aniônico, e o íon potássio ou sódio que dão caráter alcalino muito marcado - pH 9,5 a 10,5. Após a saponificação que colocou em contato, em condições precisas (a temperatura de 1000C), matérias graxas e o álcali, segue-se a separação da parte saponificada (éster de ácido graxa e álcali), que flocula sobre a glicerina, e que depois é 71 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores lava da várias vezes para retirar as impurezas residuais. O sabonete resulta finalmente de sabão sem glicerina, procedendo-se a várias lavagens para purificação e enriquecido com óleos aromáticos ou outras substâncias. Bem preparado, o sabonete é um produto muito eficaz e bastante tolerado. Requer muitos cuidados tornando-se, portanto, muito caro. Sabonete em Barra e Sabonete Líquido A principal característica dos sabonetes líquidos e dos banhos de espuma está no fato de apresentarem composições semelhantes aos xampus, porém com concentrações elevadas de detergente (45 a 60%). Podem ser transparentes ou perolados. ♦ Os Componentes mais comuns utilizados na formulação de xampus são: ⇒ Tensoativos primários: • Bases detergentes (LSS e LESS); ⇒ Tensoativos secundários (co-tensoativo): • Estabilizadores de espuma; • Doadores de viscosidade; ⇒ Agentes doadores de propriedades específicas: • Sobreengordurantes (octil hidroxiestearato e cetiol HE); • Espessantes; • Aditivos; • Redutores de irritação (poliquaternium 7). ⇒ Estabilizantes da formulação: • Seqüestrastes; • Regulador de pH; • Conservantes. ⇒ Modificadores de caracteres organolépticos e atributos de marketing: • Composições aromáticas; 72 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores • Corantes; • Agentes opacificantes ou perolizantes (mono e diestearato de etilenoglicol). ⇒ Veículo. Sabonete em Barra O sabonete em barra representa um composto químico formado pela ação de um ácido graxo com um álcali, e podendo ser denominado de sal alcalino de ácidograxo. Sabonete tradicional ⇒ Constituição: • Ácidos graxos de sebo (70 a 85%); • Óleo de coco (15 a 30%); • Os outros 20% são impurezas resultantes da reação. Sabonete glicerinado ⇒ Constituição: • Base glicerinada; • Álcool etílico 15%; • Umectantes (glicerina, propilenoglicol, sorbitol e xarope de açúcar); • Espumam menos que os tradicionais. Controle nos Sabões e Sabonetes - Apreciação das características organolépticas: cor, aspecto, dureza; - Tempo de utilização (amolecimento); - Solubilidade, deslipidação e poder molhante; 73 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores - Determinação do pH em determinada quantidade de água. Incovenientes do Uso de Sabões e Sabonetes - Dependência da dureza da água: formação de precipitadas do sabão de cálcio e magnésio, próprio das águas duras; - Defeito inerente ao próprio sabão, devido ao tamanho das cadeias de carbono; - Alteração por uso de material graxa com início de oxidação; - Neutralização inadequada, que origina soluções com alcalinidade exagerada; - Emprego de corantes e perfumes de má qualidade que podem provocar reações de irritação. 74 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores ------ FIM MÓDULO III ----- 75 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores Curso de Cosmetologia MÓDULO III Fluorescêncla Tipo de pele Proteção Demaquilante, limpeza Tratamentos para Pele Mista ▪ Características ▪ Demaquilante, limpeza Tratamentos para Pele Asfixiada ▪ Características ▪ Demaquilante, limpeza ▪ Tratamento ▪ Proteção ▪ Tratamento para o rosto ▪ Maquilagem ▪ Cremes para o corpo Pele Normal Pele Oleosa Pele Seca Produtos para limpeza da pele Composição Fase aquosa Preservantes Sabonete em Barra e Sabonete Líquido
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