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COMPETÊNCIA DO JUÍZO Art. 3°: É competente para homologar o plano de recuperação extrajudicial, deferir a recuperação judicial ou decretar a falência o juízo do local do principal estabelecimento do devedor ou da filial de empresa que tenha sede fora do Brasil. COMPETÊNCIA LOCAL JUSTIÇA ESTADUAL: Art. 109, I, CF. Determina a competência dos Juízes Federais, excluindo expressamente o processo de Falência. JUÍZO DA FALÊNCIA: Vara Cível ou Vara Única ou Vara Específica Crimes Falimentares: art. 183, Lei 11.101/05 - Vara Criminal LEI N° 11.101/2005 COMPETÊNCIA CÍVEL DEFINIÇÃO TERRITORIAL: Local (comarca) onde encontra-se o principal estabelecimento da empresa. A Lei 11.101/05 não define o que seria o principal estabelecimento. Posições: Local da administração (Rubens Requião) Atividade da Empresa (Fabio Ulhoa Coelho) Análise de caso a caso (Gladson Mamed) * Empresa multinacional será a principal filial no Brasil. LEI N° 11.101/2005 JUÍZO UNIVERSAL O Juízo da recuperação e o Juízo criminal atuarão apenas nos respectivos processos. Poderão julgar eventuais impugnações ou ações ordinárias de retificação. Art. 76 - O juízo da falência é indivisível e competente para conhecer todas as ações sobre bens, interesses e negócios do falido, ressalvada as causas trabalhistas, fiscais e aquelas não reguladas na Lei da Falência ou o falido seja autor / litisconsorte ativo. LEI N° 11.101/2005 JUÍZO UNIVERSAL Art. 76 - O juízo da falência é indivisível e competente para conhecer todas as ações sobre bens, interesses e negócios do falido, ressalvada as causas trabalhistas, fiscais e aquelas não reguladas na Lei da Falência ou o falido seja autor / litisconsorte ativo. Exceções: Ações em andamento, serão suspensas até que o administrador judicial substitua o falido. As execuções em andamento serão suspensas e habilitadas nos autos da falência. Novas ações deverão ser ajuizadas no juízo falimentar. Art. 6º, § 1º - ações ilíquidas continuarão no juízo em processamento. LEI N° 11.101/2005 RECLAMAÇÃO TRABALHISTA Não são atraídas para o Juízo Falimentar. Todo crédito trabalhista, impugnação, ação de retificação do quadro geral de credores e incidentes, será competente o juízo trabalhista. O PAGAMENTO de todos os créditos trabalhistas e dos demais créditos do falido deverá ser feito no juízo falimentar. (...) Penhora de bens já realizada no juízo trabalhista. Competência do juízo falimentar. STJ, CC 262.818/SP, 26/06/2009. CRÉDITO FISCAL Na falência: ações, incidentes, impugnações continuam na competência originária, o pagamento é de competência do juízo falimentar. Na recuperação judicial: todo o crédito fiscal se mantém na competência originária. LEI N° 11.101/2005 ÓRGÃO DA FALÊNCIA Os órgãos na falência têm como finalidade conduzir o processo falimentar proporcionando, desta forma, que o mesmo seja o mais célere possível. Eles são três: administrador judicial, comitê de credores e assembleia de credores. ADMINISTRADOR JUDICIAL é nomeado pelo Juiz, que exerçam preferencialmente as atividades de advogado, administrador, contador e economista, podendo, inclusive ser pessoa jurídica. Tem a função de conduzir o processo falimentar, com competência para praticar os atos de ofício, somente com supervisão do Juiz de dos credores. A sua regulamentação está nos artigos 21 a 25 da Lei n. 11.101/2005. Pode ser empresa especializada que atua nessa área. LEI N° 11.101/2005 ADMINISTRADOR JUDICIAL ATRIBUIÇÕES (art. 22, III, LRF) Enviar comunicado e informação aos credores e representar judicialmente a massa falida Apresentar relatórios sobre as causas da falência e prestar contas Arrecadar (levantar) bens e documentos do devedor e Requerer ao juiz a venda antecipada Contratar avaliadores / peritos Diligenciar cobranças de dividas Gestor efetivo do negócio Responsável pessoal e solidário pelo recolhimento dos tributos (CTN, 134, 135, síndico) LEI N° 11.101/2005 ADMINISTRADOR JUDICIAL REMUNERAÇÃO (art. 24) O juiz que fixará tanto a forma quanto o valor Não pode exceder 5% dos valores da venda dos bens da massa falida Art. 24. § 5o. A remuneração do administrador judicial fica reduzida ao limite de 2% (dois por cento), no caso de microempresas e empresas de pequeno porte.” (LC 147/14) 40% para pagamento após ele ter apresentado suas contas e relatório final. LEI N° 11.101/2005 COMITÊ DE CREDORES Finalidade supervisionar o Administrador Judicial, sendo um órgão facultativo e na sua ausência, a sua função será desempenhada pelo Juiz e pelos credores. (Art.os 26 a 29) Órgão colegiado + dois suplentes para cada membro: Representantes indicados: pelos credores trabalhistas pela classe de credores com direitos reais de garantia e com privilégios especiais pelos credores quirografários e com privilégios gerais Art. 26. IV. 1 (um) representante indicado pela classe de credores representantes de microempresas e empresas de pequeno porte, com 2 (dois) suplentes. (LC 147/14) LEI N° 11.101/2005 COMITÊ DE CREDORES ATRIBUIÇÕES (art. 27) Fiscalizar as atividades e examinar as contas do administrador judicial Comunicar ao juiz a violação de direitos dos credores Requerer ao juiz a convocação de assembleia geral de credores Emitir parecer sobre quaisquer reclamações do interessado LEI N° 11.101/2005 ASSEMBLEIA DE CREDORES Tem duas funções: Eleger os membros do Comitê de Credores e decidir sobre a forma de alienação especial dos bens na falência. A sua convocação deve ser feita pelo Juiz a pedido do Administrado Judicial e/ou dos credores, com antecedência mínima de 15 dias, sendo que, tanto a votação quanto a verificação do quórum para a sua instalação, é efetivada com base no percentual de créditos que cada credor tem. ATRIBUIÇÕES Adoção de outras modalidades de realização do ativo Constituição do comitê de credores e escolha dos seus membros LEI N° 11.101/2005 MASSA FALIDA É o acervo que compreende o ativo (bens e créditos) e o passivo (débitos) do falido, que passa a ser gerido pelo administrador judicial. Embora seja apenas universalidade de bens e não uma pessoa jurídica, a massa falida tem capacidade de estar em juízo como autora e réu de processos, sempre pelo administrador judicial, figura que substitui o sindico da massa falida. LEI N° 11.101/2005 RECUPERAÇÃO JUDICIAL RECUPERAÇÃO JUDICIAL RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL RECUPERAÇÃO ESPECIAL OU RECUPERAÇÃO JUDICIAL COM PLANO ESPECIAL RECUPERAÇÃO JUDICIAL É aquela que é processada integralmente no âmbito do Poder Judiciário, por meio de uma ação judicial, com rito processual próprio, visando a solução para a crise econômica ou financeira da empresa. OBJETIVOS (art. 47, LRF) 1) Possibilitar a superação do estado de crise econômico-financeira do devedor. 2) Manter a fonte produtora (de riqueza). 3) Manter os empregos e os interesses dos credores. 4) Promover a preservação da empresa e sua função social, bem como estimular a atividade econômica. RECUPERAÇÃO JUDICIAL Créditos sujeitos à Recuperação Judicial (art. 49 da Lei 11.101): Consoante disposto no art. 49, somente ESTARÃO SUJEITOS à recuperação judicial os CRÉDITOS EXISTENTES ATÉ A DATA DO PEDIDO. Os DÉBITOS POSTERIORES, oriundos da continuação da atividade, NÃO INGRESSARÃO na recuperação. RECUPERAÇÃO JUDICIAL Art. 83. A classificação dos créditos na falência obedece à seguinte ordem: I – os créditos derivados da legislação do trabalho, limitados a 150 (cento e cinquenta) salários-mínimos por credor, e os decorrentes de acidentes de trabalho; II - créditos com garantia real até o limite do valor do bem gravado; III – créditos tributários, independentemente da sua natureza e tempo de constituição, excetuadas as multas tributárias; IV – créditos com privilégio especial, a saber: a) os previstos no art. 964 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002; b) os assim definidos em outras leis civis e comerciais, salvo disposição contrária desta Lei; c) aqueles a cujos titulares a lei confira o direito de retenção sobre a coisa dada em garantia; d)aqueles em favor dos microempreendedores individuais e das microempresas e empresas de pequeno porte de que trata a Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006. (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014) V – créditos com privilégio geral, a saber: a) os previstos no art. 965 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002; b) os previstos no parágrafo único do art. 67 desta Lei; c) os assim definidos em outras leis civis e comerciais, salvo disposição contrária desta Lei; VI – créditos quirografários, a saber: a) aqueles não previstos nos demais incisos deste artigo; b) os saldos dos créditos não cobertos pelo produto da alienação dos bens vinculados ao seu pagamento; c) os saldos dos créditos derivados da legislação do trabalho que excederem o limite estabelecido no inciso I do caput deste artigo; VII – as multas contratuais e as penas pecuniárias por infração das leis penais ou administrativas, inclusive as multas tributárias; VIII – créditos subordinados, a saber: a) os assim previstos em lei ou em contrato; b) os créditos dos sócios e dos administradores sem vínculo empregatício. RECUPERAÇÃO JUDICIAL Exceções: 1) Crédito tributário (art. 57) O Estado não abre mão, não flexibiliza e, por isso, os créditos tributários NÃO participam da recuperação. (total incoerência, já que o Estado é o maior interessado na continuidade da atividade) 2) Contrato de Câmbio (art. 49, §4º e 5º) - fundamento estritamente Econômico, crédito garantido por penhor sobre títulos de crédito. 3) Dos credores do devedor (art. 49, §1º) – contra os coobrigados, fiadores e obrigados de regresso. RECUPERAÇÃO JUDICIAL Exceções: 4) Promitente, Fiduciário e Arrendador - (art. 49, §3º da Lei 11.101) Nestes casos, o credor é o proprietário do bem, não havendo que se falar em recuperação judicial (não há o que se buscar na recuperação). O saldo de crédito não coberto pelo do bem e/ou da garantia dos contratos previstos no §3º do art. 49 da Lei 11.101/05 é crédito quirografário, sujeito à recuperação judicial. Portanto, se o bem não for suficiente, o credor será enquadrado na classe de credor quirografário (em relação ao saldo do saldo do crédito não coberto pelo bem), não havendo mais que se falar em garantia real. RECUPERAÇÃO JUDICIAL Art. 49. Estão sujeitos à recuperação judicial todos os créditos existentes na data do pedido, ainda que não vencidos. § 1o Os credores do devedor em recuperação judicial conservam seus direitos e privilégios contra os coobrigados, fiadores e obrigados de regresso. § 2o As obrigações anteriores à recuperação judicial observarão as condições originalmente contratadas ou definidas em lei, inclusive no que diz respeito aos encargos, salvo se de modo diverso ficar estabelecido no plano de recuperação judicial. § 3o Tratando-se de credor titular da posição de proprietário fiduciário de bens móveis ou imóveis, de arrendador mercantil, de proprietário ou promitente vendedor de imóvel cujos respectivos contratos contenham cláusula de irrevogabilidade ou irretratabilidade, inclusive em incorporações imobiliárias, ou de proprietário em contrato de venda com reserva de domínio, seu crédito não se submeterá aos efeitos da recuperação judicial e prevalecerão os direitos de propriedade sobre a coisa e as condições contratuais, observada a legislação respectiva, não se permitindo, contudo, durante o prazo de suspensão a que se refere o § 4o do art. 6o desta Lei, a venda ou a retirada do estabelecimento do devedor dos bens de capital essenciais a sua atividade empresarial. § 4o Não se sujeitará aos efeitos da recuperação judicial a importância a que se refere o inciso II do art. 86 desta Lei. § 5o Tratando-se de crédito garantido por penhor sobre títulos de crédito, direitos creditórios, aplicações financeiras ou valores mobiliários, poderão ser substituídas ou renovadas as garantias liquidadas ou vencidas durante a recuperação judicial e, enquanto não renovadas ou substituídas, o valor eventualmente recebido em pagamento das garantias permanecerá em conta vinculada durante o período de suspensão de que trata o § 4o do art. 6o desta Lei. RECUPERAÇÃO JUDICIAL Requisitos para a Recuperação (art. 48 da Lei 11.101): Exerça regularmente a atividade empresarial por mais de 2 anos. Não ter obtido concessão de recuperação judicial há pelo menos 5 anos. Não ter obtido concessão de recuperação especial há pelo menos 5 anos. Não ser falido. Não ter sido condenado por crimes concursais/falimentares. * cumulativos RECUPERAÇÃO JUDICIAL LC 147/2014 Meios de Recuperação (art. 50 da Lei 11.101): Concessão de prazos e condições especiais. Transformação, cisão, fusão ou incorporação da sociedade. Trespasse ou arrendamento do estabelecimento. Venda parcial dos bens. Redução salarial, compensação de horas e redução de jornada. Administração compartilhada. Alteração do controle acionário. Constituição de sociedade de credores. Emissão de valores mobiliários. *exemplificativos RECUPERAÇÃO JUDICIAL Pedido e processamento judicial (art. 51 da Lei 11.101): Exposição das causas da crise econômico-financeira. Relação completa dos credores. Relação dos empregados e débitos pendentes. Extratos bancários atualizados. Certidões de cartórios de protesto. Relação dos bens particulares dos sócios controladores/administradores. Certidão de regularidade no Registro Público de Empresas Mercantis. Relação das ações judiciais em que for parte (autor e réu). Demonstrações contábeis dos 3 últimos exercícios. Demonstrações contábeis exclusivamente para instruir o pedido. * ME e EPP de forma simplificada (art. 51, § 2º) RECUPERAÇÃO JUDICIAL Ato-Despacho (art. 52 da Lei 11.101): => 15 dias Nomeação do Administrador Judicial. Ordenação da suspensão das ações e execuções em curso contra o devedor. Determinação de expedição de Edital: Resumo do pedido. Relação de credores. Advertência sobre os prazos para habilitação de credores. Alerta quanto ao prazo para apresentarem objeções/contestação. RECUPERAÇÃO JUDICIAL Plano de Recuperação Após publicação da Decisão: 60 dias para o devedor apresentar o plano de recuperação judicial. Caso não apresente no prazo, será convertido em falência. Requisitos (art. 53, I a III) Meios detalhados de recuperação a ser utilizados. Laudo econômico-financeiro e de avaliação dos bens e ativos do devedor. Demonstração de sua viabilidade econômica. RECUPERAÇÃO JUDICIAL Objeção, rejeição e modificação O juiz DEFERE o processamento e ordena a publicação do plano de recuperação judicial. Objeções ao plano no prazo de 30 dias. Havendo objeções, o juiz convocará assembleia geral de credores. Prazo máximo 150 dias a partir da decisão. RECUPERAÇÃO JUDICIAL PLANO DE RECUPERAÇÃO Poderá ser modificado pela assembleia geral desde que exista concordância do devedor. (art. 56, § 3º) Se a assembleia geral rejeitar o plano de recuperação, o juiz decretará a falência. (art. 56, § 4º) Regra Geral: Assembleia é soberana, não podendo o juiz se sobrepor à decisão. Aprovação Tácita ou Expressa RECUPERAÇÃO JUDICIAL Art. 41. A assembleia-geral será composta pelas seguintes classes de credores: I – titulares de créditos derivados da legislação do trabalho ou decorrentes de acidentes de trabalho; II – titulares de créditos com garantia real; III – titulares de créditos quirografários, com privilégio especial, com privilégio geral ou subordinados. IV – titulares de créditos enquadrados como microempresa ou empresa de pequeno porte. Art. 45. Nas deliberações sobre o plano de recuperação judicial, todas as classes de credores referidas no art. 41 desta Lei deverão aprovar a proposta. § 1o Em cada uma das classes referidas nos incisos II e III do art. 41 desta Lei, a proposta deverá ser aprovada por credores que representem mais da metade do valor total dos créditos presentes à assembleia e, cumulativamente, pela maioria simples dos credores presentes. § 2o Nas classes previstas nos incisos I e IV do art. 41desta Lei, a proposta deverá ser aprovada pela maioria simples dos credores presentes, independentemente do valor de seu crédito. § 3o O credor não terá direito a voto e não será considerado para fins de verificação de quórum de deliberação se o plano de recuperação judicial não alterar o valor ou as condições originais de pagamento de seu crédito. Art. 58. Cumpridas as exigências desta Lei, o juiz concederá a recuperação judicial do devedor cujo plano não tenha sofrido objeção de credor nos termos do art. 55 desta Lei ou tenha sido aprovado pela assembleia-geral de credores na forma do art. 45 desta Lei. § 1o O juiz poderá conceder a recuperação judicial com base em plano que não obteve aprovação na forma do art. 45 desta Lei, desde que, na mesma assembleia, tenha obtido, de forma cumulativa: I – o voto favorável de credores que representem mais da metade do valor de todos os créditos presentes à assembleia, independentemente de classes; II – a aprovação de 2 (duas) das classes de credores nos termos do art. 45 desta Lei ou, caso haja somente 2 (duas) classes com credores votantes, a aprovação de pelo menos 1 (uma) delas; III – na classe que o houver rejeitado, o voto favorável de mais de 1/3 (um terço) dos credores, computados na forma dos §§ 1o e 2o do art. 45 desta Lei. RECUPERAÇÃO JUDICIAL Exceção: O Juiz pode conceder a recuperação judicial com base em plano que não obteve aprovação (art. 58, § 1º). (cram down) Voto favorável de credores que representem mais da metade do valor de todos os créditos presentes à assembleia, independente de classes. Aprovação de duas das classes de credores, nos termos do art. 45 ou, casa haja somente duas classes com credores votantes, a aprovação de pelos menos uma delas. Na classe que houver rejeitado, o voto favorável de mais de um terço dos credores, computados na forma dos §§ 1º e 2º do art. 45. * Forma cumulativa. RECUPERAÇÃO JUDICIAL Deliberação da assembleia: Contra essa decisão, cabe agravo. Decisão judicial que conceder a recuperação judicial constituirá título executivo judicial. Prazos Não superior a 1 ano para pagamentos de créditos trabalhistas e acidentários, vencidos até a data do pedido de recuperação. Não superior a 30 dias para pagamentos dos salários vencidos nos 3 meses anteriores ao pedido, até o limite de 5 salários mínimos por trabalhador. Permanecerá em Recuperação até que se cumpra as obrigações previstas no plano que vencerem em até 2 anos. RECUPERAÇÃO JUDICIAL RECUPERAÇÃO JUDICIAL Processamento com Relação aos credores Plano RECUPERAÇÃO JUDICIAL Processamento com Relação aos credores RECUPERAÇÃO JUDICIAL 15 dias 60 dias 30 dias 2 anos Máx. 150 dias para convocação Processamento com Relação ao Plano Homologação do Plano de Recuperação Judicial: Novação dos créditos anteriores ao pedido (art. 360 a 367, CC) Uma obrigação nova para extinguir uma anterior Decisão judicial -> Título Executivo Definitivo Execução direta sem necessidade de processo de conhecimento Em caso de alienação dos bens, o objeto estará livre de qualquer ônus Não haverá sucessão do arrematante, inclusive de natureza tributária O nome empresarial deverá constar a expressão “em Recuperação Judicial” RECUPERAÇÃO JUDICIAL Recuperação Judicial: Na fase de Recuperação Judicial pode o devedor (administrador ou gerentes) manter-se na gestão do negócio. Convolação em Falência: Não for apresentado o plano de recuperação em 60 dias. A assembleia geral rejeitar o pano, e não for caso de cram down. Houver descumprimento de qualquer obrigação prevista no plano. RECUPERAÇÃO JUDICIAL RECUPERAÇÃO ESPECIAL RECUPERAÇÃO JUDICIAL RECUPERAÇÃO ESPECIAL OU RECUPERAÇÃO JUDICIAL COM PLANO ESPECIAL RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL Recuperação Especial ou Recuperação Judicial com Pano Especial das MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO PORTE L.C. 123/2006 (atualizada pela L.C. 147/2014 e L.C. 155/2016) A partir de 2018, o teto de faturamento para o Simples Nacional aumentou para até R$ 4,8 milhões por ano. O Simples Nacional implica o recolhimento mensal, mediante documento único de arrecadação, do IRPJ, IPI, CSLL, COFINS, PIS, INSS, ICMS e ISS. RECUPERAÇÃO ESPECIAL DIFERENÇAS NA RECUPERAÇÃO ESPECIAL Art. 70, LRF, prevê a possibilidade de a ME e a EPP obterem o benefício da recuperação judicial mediante a apresentação de um Plano Especial. Plano Especial: mais simples, sem certas exigências. Segue o rito da Recuperação Judicial, porém deve-se pleitear na petição inicial. Art. 70. As pessoas de que trata o art. 1o desta Lei e que se incluam nos conceitos de microempresa ou empresa de pequeno porte, nos termos da legislação vigente, sujeitam-se às normas deste Capítulo. § 1o As microempresas e as empresas de pequeno porte, conforme definidas em lei, poderão apresentar plano especial de recuperação judicial, desde que afirmem sua intenção de fazê-lo na petição inicial de que trata o art. 51 desta Lei. RECUPERAÇÃO ESPECIAL Art. 71. O plano especial de recuperação judicial será apresentado no prazo previsto no art. 53 desta Lei e limitar-se á às seguintes condições: I – abrangerá exclusivamente os créditos quirografários, excetuados os decorrentes de repasse de recursos oficiais e os previstos nos §§ 3o e 4o do art. 49 desta Lei; I - abrangerá todos os créditos existentes na data do pedido, ainda que não vencidos, excetuados os decorrentes de repasse de recursos oficiais, os fiscais e os previstos nos §§ 3o e 4o do art. 49; (Redação dada pela Lei Complementar nº 147, de 2014) II – preverá parcelamento em até 36 (trinta e seis) parcelas mensais, iguais e sucessivas, corrigidas monetariamente e acrescidas de juros de 12% a.a. (doze por cento ao ano); II - preverá parcelamento em até 36 (trinta e seis) parcelas mensais, iguais e sucessivas, acrescidas de juros equivalentes à taxa Sistema Especial de Liquidação e de Custódia - SELIC, podendo conter ainda a proposta de abatimento do valor das dívidas; (Redação dada pela Lei Complementar nº 147, de 2014) RECUPERAÇÃO ESPECIAL Art. 71. O plano especial de recuperação judicial será apresentado no prazo previsto no art. 53 desta Lei e limitar-se á às seguintes condições: III – preverá o pagamento da 1a (primeira) parcela no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias, contado da distribuição do pedido de recuperação judicial; IV – estabelecerá a necessidade de autorização do juiz, após ouvido o administrador judicial e o Comitê de Credores, para o devedor aumentar despesas ou contratar empregados. RECUPERAÇÃO ESPECIAL Requisitos para a Recuperação (art. 48 da Lei 11.101): Exerça regularmente a atividade empresarial por mais de 2 anos. Não ter obtido concessão de recuperação judicial há pelo menos 5 anos. Não ter obtido concessão de recuperação especial há pelo menos 8 anos. III – não ter, há menos de 8 (oito) anos, obtido concessão de recuperação judicial com base no plano especial de que trata a Seção V deste Capítulo; III - não ter, há menos de 5 (cinco) anos, obtido concessão de recuperação judicial com base no plano especial de que trata a Seção V deste Capítulo; (Redação dada pela L.C. 147/2014) Não ser falido. Não ter sido condenado por crimes concursais/falimentares. * cumulativos RECUPERAÇÃO ESPECIAL Parcelamentos de Créditos Fiscais e do INSS Art. 68. As Fazendas Públicas e o Instituto Nacional do Seguro Social – INSS poderão deferir, nos termos da legislação específica, parcelamento de seus créditos, em sede de recuperação judicial, de acordo com os parâmetros estabelecidos na Lei n. 5.172, de 25 de outubro de 1966 - Código Tributário Nacional. Parágrafo único. As microempresas e empresas de pequeno porte farão jus a prazos 20% (vinte por cento) superiores àqueles regularmente concedidos às demais empresas. (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014) RECUPERAÇÃO ESPECIAL Não há convocação de assembleia geral de credores para decidir sobre o plano especial de recuperação judicial. O juiz concederá esse benefício legal verificando apenas as exigênciaslegais. Pedido e processamento judicial Apresentação de livros e escrituração contábil simplificados. Art. 72. Caso o devedor de que trata o art. 70 desta Lei opte pelo pedido de recuperação judicial com base no plano especial disciplinado nesta Seção, não será convocada assembléia-geral (sic) de credores para deliberar sobre o plano, e o juiz concederá a recuperação judicial se atendidas as demais exigências desta Lei. São os mesmos da Recuperação Judicial: Objetivos, Créditos, Exceções, Meios de Recuperação e Prazos. RECUPERAÇÃO ESPECIAL RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL RECUPERAÇÃO JUDICIAL RECUPERAÇÃO ESPECIAL OU RECUPERAÇÃO JUDICIAL COM PLANO ESPECIAL RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL: É um procedimento alternativo ou extraordinário para prevenir que a empresa em crise. Há uma convocação de credores para pedir: - Dilatação no prazo dos pagamentos; e/ou - Diminuição dos valores. As negociações são firmadas na âmbito privado, e não em um processo judicial, sendo apenas homologado pelo juiz competente. São os mesmos da Recuperação Judicial: Objetivos Meios de Recuperação RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL CRÉDITOS ABRANGIDOS (art. 83 e art. 161, § 1º) Não estão sujeitos à recuperação extrajudicial os: *Créditos trabalhistas e acidentários (art. 161, §1º) – diferente da recuperação judicial Crédito tributário (art. 161, §1º) Contrato de Câmbio (art. 86, inc. II) Dos credores do devedor (art. 49, §1º) Promitente, Fiduciário e Arrendador - (art. 49, §3º) Poderá receber a adesão de todos ou de apenas alguns credores (art. 162) O devedor poderá requerer a homologação de um plano que vincule a todos os credores, se a adesão de credores representem mais de 3/5 de todos os créditos de cada espécie por ele abrangidos (art. 163, caput): Até os que discordem do plano, estarão obrigados a aderir. Neste caso a decisão será contenciosa e não meramente homologatória. RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL REQUISITOS DA PETIÇÃO (art. 162 e art. 163, § 3º) Justificativa (exposição da situação de crise) Documentos com as condições e as assinaturas dos credores que aderiram Exposição da situação patrimonial Demonstrações contábeis do último exercício social e as necessárias pra instruir Relação nominal completa de credores discriminando a natureza dos respectivos créditos. RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL HOMOLOGAÇÃO A sentença de homologação tem Natureza Contratual e constituirá título executivo judicial, mas o juiz para homologá-la deverá verificar a ordem pública e os bons costumes. A homologação não acarretará suspensão de direitos, ações ou execuções, nem a impossibilidade do pedido de decretação de falência pelos credores não sujeitos ao plano de recuperação extrajudicial. Não será possível: O plano não poderá contemplar o pagamento antecipado de dívidas nem tratamento desfavorável aos credores que a ele não estejam sujeitos. Se estiver pendente pedido de recuperação judicial ou se houver obtido recuperação judicial ou homologação de recuperação judicial há menos de 5 (cinco) anos. RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL CLASSIFICAÇÃO DOS CRÉDITOS O artigo 83 classifica os créditos em 8 (oito) classes: os créditos derivados da legislação do trabalho, limitados a 150 (cento e cinquenta) salários mínimos por credor (o que ultrapassar 150 salários mínimos será considerado como crédito quirografário na “classe 6”) e os decorrentes de acidentes de trabalho; créditos com garantia real: que são os créditos feitos, em sua grande maioria, pelos bancos e instituições financeiras: penhor, hipoteca, etc. Nesta classe, deverá ser observado o limite do valor do bem gravado; créditos tributários, previdenciários, parafiscais e contribuições, independentemente da sua natureza e tempo de constituição, excetuadas as multas tributárias que entram na “classe 7”. 4) créditos com privilégio especial: a) os previstos no artigo 964 do Código Civil/2002: sobre a coisa arrecadada e liquidada; sobre a coisa salvada; sobre a coisa beneficiada ou úteis; sobre os prédios rústicos/urbanos, fábricas, oficinas, ou outras construções; sobre os frutos agrícolas, sementes, instrumentos e serviços à cultura ou colheita; sobre as alfaias e utensílios de uso doméstico, o credor de aluguéis; sobre os exemplares da obra existente na massa do editor; b) os assim definidos em outras leis civis e comerciais; c) aqueles que a lei confira o direito de retenção sobre a coisa dada em garantia; c) sobre o produto da colheita para a qual houver concorrido com o seu trabalho, ainda que reais, o trabalhador agrícola quanto à dívida dos seus salários; 5) créditos com privilégio geral: a) os previstos no artigo 965 do Código Civil/2002: o crédito por despesa de seu funeral, feito segundo a condição e o costume; o crédito por custas judiciais, ou despesas com a arrecadação e liquidação da massa; o crédito por despesas com o luto do cônjuge sobrevivo e dos filhos do devedor; o crédito por despesas com a doença de que faleceu o devedor, no semestre anterior; o crédito pelos gastos necessários à mantença do devedor falecido e sua família, no trimestre anterior; o crédito pelos impostos devidos à Fazenda Pública, no ano corrente e no anterior; o crédito pelos salários dos empregados do serviço doméstico do devedor, nos seus derradeiros seis meses de vida; os demais créditos de privilégio geral; b) os créditos quirografários sujeitos à recuperação judicial pertencentes a fornecedores de bens ou serviços que continuarem a provê-los após o pedido de recuperação judicial; c) os assim definidos em outras leis civis e comerciais; 6) créditos quirografários (créditos comuns que não possuem privilégios e garantias): aqueles não previstos nas classes “1” a “5”, tais como créditos representativos por duplicatas, notas promissórias, letras de câmbio, debêntures sem garantia, etc.; os saldos dos créditos não cobertos pelo produto da alienação dos bens vinculados ao seu pagamento; os saldos dos créditos derivados da legislação do trabalho que excederem o limite estabelecido na classe “1”; 7) as multas contratuais e as penas pecuniárias por infração das leis penais ou administrativas, inclusive as multas tributárias; 8) créditos subordinados, (créditos de sócios sem vínculo empregatício com a empresa). os assim previstos em lei ou em contrato, tais como as debêntures; os créditos dos sócios e dos administradores sem vínculo empregatício.
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