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RECUPERACAO E FALENCIA

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FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS-FMU
 DIREITO EMPRESARIAL RECUPERACÃO E FALÊCIA – A-3 
Com base na jurisprudência anexa responda de forma objetiva: 
1. Com base na jurisprudência abaixo explique no que compreende o deságio? Qual o percentual aplicado no caso concreto?
O deságio é a diferença entre o valor real da dívida e o nominal de um ativo de uma operação financeira. 
Através da recuperação judicial, por meio legal as empresas podem obter o deságio de seus débitos vencidos com os credores.
Art. 50 I da Lei 11.101/2005
No caso concreto o percentual aplicado foi de 80%. 
 2. No que compreende a alienação de ativos na recuperação judicial? Pode ocorrer? Explique a questão mencionada na jurisprudência. 
A alienação de ativos na recuperação judicial é uma forma de estratégia, para que a empresa que está em crise financeira, possa conseguir recursos para honrar os pagamentos com seus credores. 
A alienação de ativos da empresa em recuperação judicial, é a venda de bens dos seus ativos, com o recurso da venda a empresa consegue sanar sua deficiência de caixa, em alguns casos sanar sua deficiência de caixa, ou se desfazer de um ativo oneroso que depende de mais investimentos que no momento da recuperação judicial a empresa não pode dispor.
Na recuperação judicial, a alienação de ativos será, no princípio, parcial, e provocará uma redução no patrimônio e no tamanho da empresa devedora.
Sim, a alienação de ativos pode ocorrer.
No artigo 59 da Lei 11.101/2005 O plano de recuperação judicial implica novação dos créditos anteriores ao pedido, e obriga o devedor e todos os credores a eles sujeitos, sem prejuízo das garantias, observando o disposto no §1º do art.50 desta lei.
Art. 50 constituem meios de recuperação judicial, observada a legislação pertinente a cada caso, dentre outros:
§1º Na alienação de bem objeto de garantia real, a supressão da garantia ou sua substituição somente serão admitidas mediante aprovação expressa do credor titular da respectiva garantia.
O plano de recuperação judicial deve observar os limites impostos pelo art. 59 da mesma lei, não podendo, desta forma, impedir o prosseguimento de ações e execuções em face dos coobrigados e devedores solidários, oferecendo-lhe quitação ampla e irrevogável. 
3. A homologação do plano de recuperação judicial implica em novação das garantias prestadas por avalistas? Explique a posição da jurisprudência.
 Não, a novação prevista no código civil extingue sim acessórios e garantias da dívida, sempre que não houver estipulação em contrário art. 364.
No entanto, na novação prevista no art. 59 da Lei 11.101/2005 ocorre justamente o contrário, ou seja, as garantias são mantidas, sobretudo as garantias reais, as quais só serão suprimidas ou substituídas ‘‘mediante aprovação expressa do credor titular da respectiva garantia’’, por ocasião da alienação do bem gravado art. 50,§1º.
Novação do cc: em regra, extingue as garantias prestadas.
Novação da recuperação judicial: em regra, não extingue as garantias prestadas.
Portanto, muito embora o plano de recuperação judicial opere novação das dívidas a ele submetidas, as garantias reais ou fidejussórias, de regra, são preservadas, circunstância que possibilita ao credor exercer seus direitos contra terceiros garantidores e impõem a manutenção das ações e execuções aforadas em face de fiadores, avalistas ou coobrigados em geral.
Art. 49 §1º da lei 11.101/2005:
Os credores do devedor em recuperação judicial conservam seus direitos e privilégios contra os coobrigados, fiadores e obrigados de regresso.
A lei 11.101/2005 determina em seu artigo 59 que: O plano de recuperação judicial implica novação dos créditos anteriores pedidos, e obriga o devedor e todos os credores a ele sujeitos, sem prejuízos e garantias.
4. Explique a possibilidade do Poder Judiciário analisar a decisão dos credores tomada em Assembleia Geral. Ela é possível? Pode o Poder Judiciário intervir na autonomia negocial de devedora e credores?
Uma vez aprovado o plano pelos credores, cabe ao juiz, por força do disposto no artigo 58 da lei 11.101/2005, homologar o plano de recuperação judicial. 
A princípio, cumpre ressaltar que cabe exclusivamente aos credores decidir quanto a viabilidade do plano de recuperação judicial.
Nesse sentido, dispõe o enunciado 46 da Primeira Jornada de Direito comercial CJF/STJ: ‘‘Não compete ao juiz deixar de conceder a recuperação judicial ou de homologar a extrajudicial com fundamento na análise econômico-financeira do plano de recuperação aprovado pelos credores.
Art. 58 da lei 11.101/2005
Cumpridas as exigências dessa lei o juiz concederá a recuperação judicial do devedor cujo o plano não tenha sofrido objeção de credor nos termos do art. 55 desta lei ou tenha sido aprovado pela assembleia geral de credores na forma do art. 45 desta lei.

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