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APOSTILA - MÁQUINAS E IMPLEMENTOS

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS – UEG 
UNIDADE UNIVERSITARIA DE PALMEIRAS DE GOIAS 
ENGENHARIA AGRONÔMICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MECANIZAÇÃO AGRÍCOLA 
MÁQUINAS E IMPLEMENTOS AGRÍCOLAS 
 
 
 
PROF. JOÃO CARLOS MOHN NOGUEIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GOIÂNIA – GOIÁS 
2019 
 
 2 
MECANIZAÇÃO AGRÍCOLA 
1. PREPARO DO SOLO 
É o conjunto de operações que se realizam com a finalidade de dar ao terreno condições de receber 
sementes ou órgãos de reprodução vegetativa de plantas cultivadas. 
Conjunto de operações que visam adequar o solo para o recebimento das sementes, de forma a permitir 
o pleno desenvolvimento produtivo da cultura (MACHADO et al., 1996). 
Preparo do solo tem como objetivo deixar o solo como um ambiente favorável ao desenvolvimento e 
produção cultura, como capacidade de absorção e retenção de água, aeração e fertilidade, adequada 
atividade biológica, controle das plantas invasoras, etc. 
O preparo incorreto do solo = solos improdutivos = desestruturação dificultando o desenvolvimento do 
sistema radicular, encharcamento rápido e formação de uma camada compactada de solo pé-de-arado 
ou pé-de-grade (Figura 1). 
 
Figura 1 - Trincheira aberta em solo preparado com arado de discos por três anos consecutivos, apresentando um “pé de arado”. 
Os sistemas de mobilização do solo são: 
 Preparo Convencional 
 Preparo Mínimo 
 Plantio Direto. 
1.1 – ARAÇÃO 
1.1.1 - CONCEITO 
Aração é o processo de revolver um terreno agrícola com um arado, equipamento mecânico tracionado. 
Sua finalidade é descompactar a terra para um melhor desenvolvimento das raízes. Expõe o subsolo à 
ação do sol, ajudando a aumentar a temperatura e apressar o degelo em regiões temperadas. Também 
enterra restos de culturas agrícolas anteriores ou ervas daninhas porventura existentes. Melhora ainda a 
infiltração de água no solo. Foi uma das grandes invenções da humanidade, por permitir a produção de 
crescentes quantidades de alimentos e o estabelecimento de populações estáveis. 
Constitui-se numa operação de inversão de camadas do solo (leiva) 
 
Figura 2 - Área arada 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Agricultura
http://pt.wikipedia.org/wiki/Agricultura
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ra%C3%ADz
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ra%C3%ADz
http://pt.wikipedia.org/wiki/Temperatura
http://pt.wikipedia.org/wiki/Temperatura
http://pt.wikipedia.org/wiki/Solo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Solo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Ploughed_acre_20041012_2603.jpg
http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Ploughed_acre_20041012_2603.jpg
 
 3 
1.1.2 - ESQUEMAS DE ARAÇÃO 
Como o arado comum sempre tomba a terra para um mesmo lado, é impossível ter-se linhas 
consecutivas trabalhadas em sentidos inversos, que estragariam o terreno. Usam-se então esquemas 
para dividir a área em glebas, arando umas na ida e outras na volta. É preciso também arar 
transversalmente à declividade, para não facilitar a erosão. Modernamente usam-se arados reversíveis 
por acionamento mecânico ou hidráulico, que facilita a prática agrícola. 
 
Figura 3 - Arando para plantio 
1.1.3 – BENEFICIOS PROPORCIONADOS PELA ARAÇÃO 
✓ Deixa o solo em condições de permitir livre circulação do ar (Aeração do solo). 
✓ Permite uma melhor penetração, movimentação e retenção da água. 
✓ Pica, aprofunda, mistura e incorpora a matéria orgânica. 
✓ Destruição de animais nocivos (Insetos, nematóides, bactérias, fungos, etc.). 
✓ Controle de ervas invasoras pelo enterrio. 
✓ Incorporação de adubos e corretivos. 
✓ Enterrio e incorporação de adubos verdes. 
1.1.4 – IMPLEMENTOS USADOS NA ARAÇÃO 
✓ Arados 
✓ Grades Aradoras 
✓ Enxadas Rotativas. 
✓ Arados Escarificadores 
1.1.5 – OBSERVAÇÕES PARA UMA BOA RAÇÃO 
✓ Nivele o arado longitudinalmente e transversalmente. 
✓ Manter sempre a velocidade de deslocamento para não alterar a profundidade de aração. 
✓ Trabalhar com o motor na rotação entre 1.600 e 1.800 RPM. 
✓ Marchas mais indicadas são 3ª, 4ª ou 5ª de acordo com as condições do terreno. 
✓ Quando a roda traseira esquerda patinar em excesso, retire um ou dois contrapesos da roda 
direita e coloque na esquerda. 
✓ Mantenha a roda dianteira fique paralela a parede do sulco e no centro do mesmo. 
✓ Manter sempre constante a distância do pneu dianteiro à parede do sulco, para que todos os 
discos cortem por igual. 
LARGURA DE CORTE DE ARADOS 
TIPO DE ARADO DIMENSÃO LARGURA DE CORTE 
 POLEGADAS CENTIMETROS POLEGADAS CENTIMETROS 
 
AIVECA 
12 
14 
16 
30 
35 
40 
12 
14 
16 
30 
35 
40 
 
DISCO 
24 
26 
28 
30 
60 
65 
70 
75 
8 
10 
12 
14 
20 
25 
30 
35 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Arando_150706_REFON_.jpg
http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Arando_150706_REFON_.jpg
 
 4 
1.1.6 - POSSÍVEIS FALHAS E CORREÇÕES NA ARAÇÃO 
OCORRÊNCIA CORREÇÕES 
 
 
Arado não afunda 
✓ Abaixar alavanca de profundidade. 
✓ Diminuir a pressão na mola da roda guia. 
✓ Colocar os discos mais em pé. 
✓ Reduzir a velocidade do trator. 
✓ Diminuir a largura de corte. 
✓ Afiar os discos 
 
Arado afunda muito 
✓ Levantar a alavanca de profundidade. 
✓ Aumentar a pressão da mola da roda guia. 
✓ Colocar os discos mais inclinados 
✓ Aumentar a largura de corte. 
✓ Aumentar a velocidade do trator. 
 
Trator puxa para a direita 
✓ Ajustar a bitola do trator. 
✓ Regular estabilizadores. 
✓ Ajustar manivela niveladora. 
✓ Ajustar 3º ponto. 
✓ Regular eixo transversal. 
✓ Aumentar pressão na mola da roda guia. 
✓ Aumentar ângulo da roda guia. 
 
 
Trator puxa para a esquerda 
✓ Ajustar a bitola do trator. 
✓ Regular estabilizadores. 
✓ Ajustar manivela niveladora. 
✓ Ajustar 3º ponto. 
✓ Regular eixo transversal. 
✓ Aumentar pressão na mola da roda guia. 
✓ Diminuir o ângulo da roda guia. 
Os discos embucham com facilidade ✓ Efetuar regulagens dos limpadores de discos. 
✓ Colocar as cunhas. 
✓ Aumentar a velocidade do trator. 
✓ Colocar discos recortados. 
Roda guia desregula com facilidade ✓ Proceder à regulagem do parafuso de fixação da roda guia. 
 
 
 
Aração irregular 
✓ Regular bitola do trator. 
✓ Regular terceiro ponto. 
✓ Regulara limpadores de disco. 
✓ Regular manivela niveladora. 
✓ Manter constante a velocidade do trator. 
✓ Excesso de curvas na aração. 
✓ Controlara profundidade. 
✓ Freqüentes patinagens. 
✓ Discos gastos (SUBSTITUIR). 
✓ Trator mal posicionado no sulco. 
 
 
 
Trator patina muito 
✓ Levantar alavanca de profundidade. 
✓ Colocar lastro líquido nos pneus traseiros. 
✓ Verificar pressão dos pneus. 
✓ Colocar pesos nas rodas traseiras. 
✓ Diminuir largura de corte. 
✓ Colocar cunhas. 
✓ Diminuir pressão da mola da roda guia. 
✓ Reduzir marcha de trabalho. 
✓ Colocar alavanca de reação para lenta. 
 
Arado trepidando em trabalho 
✓ Abaixar a alavanca de profundidade. 
✓ Colocar a alavanca de reação para lenta. 
✓ Aumentar pressão na mola da roda guia. 
✓ Reduzir marcha de trabalho. 
 
Somente a roda esquerda patina 
✓ Deixar o pneu esquerdo com 2 lb/pol2 a menos que o direito. 
✓ Tirar um lastro da roda direita e passar para a roda esquerda. 
 
 5 
1.2 – ARADO 
1.2.1 – HISTORICO 
Os povos antigos atribuíam a idealização do arado aos seus deuses Cerres, Minerva e Ozires. 
Os arados primitivos eram extremamente simples, elementares e rústicos. Só conseguiam riscar a 
superfície do solo. A evolução do arado foi lenta, só nos últimos 200 ou 300 anos é que arados tiveram 
um grande aperfeiçoamento. 
Madeira Pedra Osso Bronze Aço 
 
Figura 4 - A evolução do arado 
Em 1836, John Deere, ferreiro de Illinois, passou a usar o aço nos reparos de aivecas e relhas. 
Em 1846, John Deere começou a fabricar arados com aço importado da Inglaterra. 
1.2.2 – CONCEITO 
Arado é um instrumento que serve para lavrar (Arar) os campos, revolvendo a terra para torná-la mais 
produtiva. O arado pode ser puxado por um animal (como ainda se faz em alguns lugares menosdesenvolvidos) ou por um veículo motorizado, como um trator, designando-se neste caso por charrua 
(Arado grande). Os arados puxados por tratores podem ser simples, utilizados em pequenas explorações 
agrícolas, ou múltiplos, utilizados nas grandes explorações. 
Os arados são implementos muito antigos, tem notícia da sua utilização na Mesopotâmia (5.000 a.C.) e 
os chineses já o usavam a 3.000 a.C., a história do arada se confunde com a história da agricultura e do 
homem. Alguns autores citam que o primeiro arado surgiu na China há 2.800 anos. 
1.2.3 - CLASSIFICAÇÃO DO ARADO 
1.2.3.1 – Quanto à peça ativa ou de corte 
 Aiveca 
 Discos: Lisos ou recortados 
1.2.3.2 – Quanto a Tração 
 Manual 
 Tração Animal 
 Motorizada 
http://es.wikipedia.org/wiki/Imagen:Arado_total.jpg
http://es.wikipedia.org/wiki/Imagen:Arado_total.jpg
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ara%C3%A7%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ara%C3%A7%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tractor
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tractor
 
 6 
 
 Figura 5 - Arado de tração animal Figura 6 - Arado de discos 
1.2.3.3 – Quanto ao modo de acoplamento 
 Arado de arrasto 
 Arado de levante hidráulico 
1.2.3.4 – Quanto à movimentação do órgão ativo 
 Fixo 
 Reversível 
1.2.4 – ARADO DE AIVECA 
É o mais antigo implemento fabricado para a realização do preparo do solo. 
Os arados de aivecas, que são os equipamentos mais utilizados para realização das lavouras, 
caracterizam-se por serem geralmente montados e por mobilizar o solo cortando uma leiva com uma 
seção retangular. 
Considerando a sequência de operações levadas a cabo por estes equipamentos, tem-se o corte, tração, 
compressão, início do reviramento, flexão e torção (na aiveca) e reviramento. Durante esta última 
operação, acentua-se a fragmentação da leiva e dá-se a mistura dos materiais. Os arados de aivecas 
permitem fazer todos os trabalhos complexos, exceto a segregação. 
Existem quatro tipos de aivecas, dependendo do tipo de solo: 
 Aiveca Rompedora: indicada para solos pesados, é mais comprida, estreita, de pouca 
curvatura e grande facilidade de penetração. 
 Aiveca Pulverizadora: indicada para solos leves, é mais curta, larga, com grande curvatura e 
baixa capacidade de penetração. 
 Aiveca Recortada: indicada para solos pegajosos. 
 Aiveca de Uso Geral: é intermediária entre a rompedora e a pulverizadora e é a mais 
encontrada no mercado. 
Constituição do Arado de Aiveca 
1 – Aiveca: elevar e inverter a fatia de solo cortado pela relha 
(Leiva). 
2 – Relha: cortar o solo e iniciar o levantamento da seção cortada. 
3 – Rasto: absorver as forças laterais, dar estabilidade. 
4 – Suporte: reunir todos os componentes da aiveca. 
5 – Coluna: conectar ao chassis os componentes da aiveca. 
A relha é uma lâmina de aço, geralmente de forma trapezoidal, que assegura o corte horizontal da leiva 
e inicia o reviramento desta. A largura da relha é definida como a projeção, num plano normal à direção 
de deslocamento, da borda cortante da relha, ou seja, corresponde à distância entre a chapa de encosto 
e a asa da relha (zona da relha mais afastada da chapa de encosto). 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Farmer_plowing.jpg
http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Farmer_plowing.jpg
http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Agriculture_%28Plowing%29_CNE-v1-p58-H.jpg
http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Agriculture_%28Plowing%29_CNE-v1-p58-H.jpg
 
 7 
Vantagens do Arado de Aivecas: 
✓ Tomba a leiva com maior eficiência 
✓ Proporciona maior estabilidade aos agregados do solo. 
✓ Melhor incorporação dos resíduos de colheita. 
✓ Melhor controle de ervas invasoras. 
✓ Maior capacidade de penetração. 
✓ Maior adaptação a baixas velocidades (Por este motivo é que praticamente todos os arados de 
tração animal; são de aivecas). 
✓ Mais leves. 
Desvantagens do Arado de Aivecas: 
✓ Não deve ser usado em solos pedregosos e recém desmatados. 
✓ Mais exigente em regulagens. 
✓ Provoca maior atrito com o solo. 
✓ Exige maior força de tração. 
✓ Aração com pequenas velocidades. 
PARTES CONSTITUINTES DE UM ARADO DE AIVACAS 
 
01 - Chassis 
02 - Torre de Engate 
03 – Suporte das Aivecas 
04 – Aiveca 
05 – Placas de Polietileno 
06 – Discos de Corte 
07 – Roda de Profundidade 
08 – Bico e Picão Reversível 
 
 8 
 
 
Aiveca de uso geral; aiveca recortada; aiveca de corte profundo; aiveca reversível 
1.2.5 – ARADO DE DISCOS 
Surgiu em substituição ao arado de aiveca e teve como ponto de partida a grade de discos. Podem ser 
fixos ou reversíveis, com dois a seis discos com diâmetro variando de 45 a 80 cm. 
Os arados de discos distinguem-se das de aivecas pela aração ser efetuada por discos com movimento 
de rotação provocado pelo atrito de rolamento com o solo. 
Corta o solo e a vegetação com movimentos giratórios. 
Preparam o solo a uma profundidade de 5 a 40 cm com uma largura de corte entre 15 a 40 cm 
Vantagens do Arado de Discos: 
✓ Pode ser usado em solos duros, secos, pedregosos com raízes e pedras. 
✓ Melhor facilidade de construção. 
✓ Trabalham em áreas recém desmatadas. 
✓ Há um menor atrito com o solo. 
✓ Menos susceptível a impacto 
✓ Elemento cortante rotativo (Disco) 
Desvantagens do Arado de Discos: 
✓ Requer peso para penetrar no solo. 
✓ Não realiza um bom tombamento da leiva. 
✓ Menor incorporação dos restos culturais. 
Regulagens 
 Nivelamento longitudinal e transversal. 
 Ângulo vertical e horizontal dos Discos. 
 Ângulo horizontal e vertical da roda-guia 
 Pressão da mola da roda-guia. 
 
 9 
PARTES CONSTITUINTES DE UM ARADO DE DISCOS 
 
01 - Chassis 
02 - Torre de Engate 
03 - Eixo Transversal 
04 - Pino de Engate 
05 – Descanso 
06 – Cubo do Disco 
07 - Coluna Suporte do Disco 
08 – Limpador do Disco 
09 - Disco 
10 – Roda Guia 
 
 
Regulagem da Bitola 
B = L + l + 2f (Arado de Discos) 
B = L + l (Arado de Aivecas) 
Onde: 
B = Bitola 
L = Largura de corte do arado 
l = Largura do pneu 
f = Folga (10 – 15 cm) 
 
 10 
 
REGULAGENS DO ARADO DE DISCOS 
1. Acoplamento do Arado 
1º Passo: Engate do braço inferior esquerdo 
2º Passo: Engate do braço (3º ponto) 
3º Passo: Engate do braço inferior direito (Ajuste na manivela niveladora) 
 
2. Alinhamento 
A distância dos braços inferiores ate as rodas traseiras devem ser iguais (usar as correntes 
estabilizadoras) ou seja centralizar o corpo do arado em relação ao trator fazendo com que a resultante 
das forças resistentes (CR) se posicione sobre a linha de tração (LT). 
 
O nivelamento longitudinal e transversal do corpo do arado faz com que todos os discos cortem a 
mesma profundidade. 
O nivelamento longitudinal é feito no 3º ponto e o nivelamento transversal é feito no braço direito, pela 
manivela niveladora 
 
 11 
 
3. Ângulo Horizontal 
 Maior ângulo maior largura de corte (principalmente nos primeiros discos) 
 42 a 60º (solos argilosos, médios e arenosos) 
 
4. Ângulo Vertical 
 Maior ângulo menor profundidade de corte. 
 15 a 25º (Solos argilosos, médios e arenosos). 
 
 
 12 
 
5. Roda-guia 
 Tem a função de absorver os empuxos laterais (maior estabilidade). 
 Ângulo vertical e horizontal 
 Pressão da mola (Profundidade): maior pressão menor profundidade e menor pressão maior 
profundidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 13 
 
 
 
 
 
 14 
1.3 – GRADES 
1.3.1 – CONCEITO 
São implementos usados no preparo do solo para plantio, na maioria dos casos após a aração 
realizando a complementação do trabalho de preparo do solo. A gradagem é feita para que se tenha o 
terreno como um melhor leito de semeadura e apresente-se em melhores condições para receber a 
operações, como plantio, aplicação de herbicidas, etc. 
São equipamentos destinados ao preparo do solo, visando o destorroamento e o nivelamento do terreno, 
para possibilitar melhores condições para a semeadura. 
A gradagem completa a aração no preparo do solo.Podem ser utilizadas ainda para a operação de inversão da camada superficial para promover a 
incorporação de produtos como fertilizantes e defensivos, enterramento de sementes miúdas e combate 
de plantas não desejáveis ou invasoras. 
1.3.2 – FUNÇÕES 
Desagregar torrões; 
 Nivelar o solo; 
 Diminuir vazios formados entre os torrões; 
 Destruir sistemas de vasos capilares da camada superior do solo; 
Preparo do solo; 
 Picar e incorporar superficialmente restos culturais; 
 Incorporar sementes, adubos e corretivos (semeados ou a lanço); 
 Romper camadas superficiais de solo (adensadas ou compactadas); 
 Eliminar plantas daninhas. 
1.3.3 - CONSTITUIÇÃO 
 
1.3.4 – TIPOS DE GRADES 
 Simples Ação: são grades compostas de 2 conjuntos de discos, uma ao lado do outro com discos 
voltados para dentro ou para fora, movimentando a terra para um só lado. 
 Dupla Ação: são grades constituídas de quatro conjuntos de discos (ou mais) dois na frente e dois 
atrás ou então um na frente e outro atrás, sendo que os da frente movimentam a terra para fora e os 
de trás movimentam a terra para dentro. São de dois tipos em tandem ou em X e em offset ou em V 
Sua classificação principal é quanto a seus órgãos ativos, podendo ser: 
 Grades de Discos; 
 Grades de Dentes; 
 Grades de Molas. 
Conjunto de 
regulagem de 
abertura 
 
 15 
As grades quanto à forma de acoplamento ou tração podem ser classificadas em três tipos: 
 Montadas (Terceiro ponto) 
 Semi-hidráulicas. 
 De arrasto. 
Quanto à fonte de potência as grades podem ser classificadas em: 
 Tração animal; 
 Tratorizada. 
Quanto à operação à que se destina as grades podem ser classificadas em: 
 Niveladora; 
 Destorroadora; 
 Aradora. 
Quanto ao tipo de trabalham que realizam as grades podem ser chamadas de grades aradoras, grades 
niveladoras ou destorroadoras de acordo com o tamanho dos discos. 
Quanto ao peso temos: 
 Grades Pesadas (Grades aradoras) 
 Grades Médias 
 Grades Leves (Grades niveladoras e destorroadoras) 
 Grades Super Pesadas 
 
As grades podem ainda serem montadas com discos lisos ou recortados ou a combinação dos dois 
tipos. As grades destorroadoras e as niveladoras são grades médias ou leves, geralmente com discos 
lisos e pequenos em ambas as seções. Podem apresentar os discos recortados na primeira seção com o 
objetivo de desfazer melhor os torrões e cortar material superficial. Realizam o trabalho de 
destorroamento e nivelamento superficial do solo, incorporação de produtos e sementes e erradicação 
de plantas e soqueiras. 
 
1.3.5 – REGULAGENS 
A regulagem é feita através da abertura e fechamento do ângulo entre os corpos. Ângulo maior há uma 
maior penetração e ângulo menor há uma menor penetração. 
Cada disco da seção traseira deverá trabalhar exatamente entre os dois discos da seção dianteira. Os 
discos da seção dianteira e traseira deverão girar à mesma velocidade. 
 
 16 
 
Modificando a posição do engate da barra transversal no chassi através de três orifícios que permitem 
variar a posição de acoplamento da barra transversal no chassi, no plano vertical. O orifício mais alto 
possibilita uma maior profundidade de corte. 
 
O deslocamento da barra de tração da grade no sentido indicado pela seta, obtem-se uma maior 
profundidade de corte da grade. 
 
A regulagem no cabeçote da grade é feita para evitar que o trator puxe para os lados. 
A chapa triangular deve ser montada na posição correta para possibilitar a regulagem adequada da 
grade. 
 
 17 
 
 
 
 
A profundidade de corte da grade é afetada pelos seguintes fatores: 
 Solo (Textura, umidade, etc.) 
 Diâmetro dos discos (Quanto maior for o diâmetro dos discos, maior será a profundidade de 
corte). 
 Peso dos discos (Quanto maior for o peso dos discos, maior será a profundidade de corte). 
 Concavidade dos discos (Quanto menor for à concavidade dos discos, maior será a capacidade 
de penetração no solo). 
 Afiamento interno e externo dos discos (A afiação interna proporciona uma maior profundidade de 
corte). 
 Velocidade de deslocamento (Quanto menor for à velocidade, maior será a capacidade de 
penetração dos discos no solo, entretanto quanto maior for à velocidade, maior será a capacidade 
de destorroamento e nivelamento do solo). 
1.3.6 – OPERAÇÃO 
Durante a operação de gradagem, nas manobras de cabeceiras deve-se ter o cuidado de fazer as curvas 
sempre do lado do vértice das seções da grade para não danificar as grades e tampouco fazer sulcos 
profundos no solo. 
No caso de grades de comando hidráulico as curvas podem ser feitas de qualquer lado desde que se 
feche as seções e se levante a grade com auxílio dos pneus de apoio acionado pelo comando hidráulico. 
 
 18 
 
 
 
 
 19 
1.4 – ENXADA ROTATIVA 
Máquinas para o preparo ou cultivo do solo, dotado de lâminas dispostas por meio de flanges, sobre um 
eixo giratório transverso ao deslocamento do trator. 
A enxada rotativa é um implemento que apresenta um bom rendimento, nivelando e misturando o solo 
de maneira adequada satisfatória, desde a primeira passada da máquina, já permitindo o plantio sem 
que haja a necessidade de passar a máquina novamente. 
Também é utilizada para eliminar plantas invasoras, romper os torrões e trabalhar a terra que, apesar de 
já tratada, ainda não esteja apresentando as condições ideais para o plantio. 
A enxada rotativa apresenta um rendimento muito baixo, trabalhando uma área muito menor, no mesmo 
tempo que outros implementos, como o escarificador e o arado. Quando o solo estiver muito úmido, a 
enxada não deve ser utilizada em alta rotação, pois o deixa propenso aos efeitos destrutivos da erosão. 
Pelas características gerais desse implemento, suas vantagens e desvantagens, podemos concluir que 
seu uso á válido para certas condições de solo e para determinadas culturas, sendo indicado, entre 
outras, para a cultura do arroz irrigado e olerícolas. 
Trabalha a uma profundidade de até 15 cm, requer uma potência de 40 a 50 HP e uma velocidade de 3 a 
4 Km/h faz um nivelamento do solo e incorporação de restos culturais. 
1.4.1 - Funções 
 Eliminação de plantas daninhas 
 Preparo periódico do solo 
 Horticultura (formação de canteiros) 
 Incorporação de adubos, corretivos e restos culturais 
1.4.2 - Cálculo da Rotação 
V = Vt (E1/E2). 0,3 
Onde: 
V = Velocidade angular das enxadas 
Vt = Velocidade angular da TDP do trator 
E1 = Número de dentes da engrenagem motora 
E2 = Número de dentes da engrenagem movida 
 
 
Representação do trabalho efetuado por uma enxada rotativa de eixos verticais tendo como acessórios 
uma grade rolante e uma lâmina niveladora. 1 - Lâmina de nivelamento; 2 - Rotor; 3 - Dente; 4 - Mistura 
do solo; 5 – Fragmentação. 
 
 20 
 
 
 
 
 
 21 
2 PLANTADORAS E SEMEADORAS 
2.1 INTRODUÇÃO 
Semear foi uma das primeiras operações agrícolas a ser mecanizada, dentro do contexto de 
modernização da agricultura em todos os países do mundo e em todas as épocas da humanidade 
(PORTELLA, 1997). As semeadoras têm origem muito antiga, tendo sido empregadas pelos chineses, 
pelos persas e pelos hindus, em tempos remotos, Crônicas persas e hindus falam do uso desses 
equipamentos. 
A primeira semeadora desenvolvida na Europa, por Joseph Locatelli, de Corinto, data de 1636. 
Denominada "semeadore" pelo seu criador, era um equipamento simples, constituído por um depósito 
cilíndrico de madeira que continha um eixo rotativo dotado de conchas, as quais jogavam as sementes 
em tubos condutores até perto do solo. No final do século XVII, a semeadora de Locatelli foi 
aperfeiçoada pelo inglês Jethro Tull. Entretanto, foi somente um século mais tarde, em 1785, que James 
Cook projetou e desenvolveu uma semeadora cujos princípios de funcionamento perduram até os dias 
atuais (BERNACKI et al., 1972). 
A primeira fábrica de semeadoras surgiu em 1840, na Pensilvânia (Estados Unidos da América). Já em 
1879, 53 % da semeadura de trigodesse país era feita com semeadoras. 
Existe hoje no mercado uma a grande variedade de modelos e marcas de plantadoras e semeadoras 
tanto para o plantio convencional como para o plantio direto. Estas máquinas, apesar de possuírem 
sistemas de funcionamento e níveis de tecnologia diferentes, procuram atingir os mesmos objetivos que 
são: 
 Serem resistente e funcionais para trabalhar em diferentes tipos de solos. 
 No caso de plantio direto, cortar a cobertura morta sobre o solo sem provocar seu acúmulo, 
abrindo somente o sulco para a colocação do adubo e semente. 
 Cobrir a semente e compactar o solo envolta da mesma. 
 Controlar a profundidade de plantio correta para cada tipo de semente. 
 Realizar o plantio direto e convencional. 
2.1.1 Semeadora- Adubadora 
A semeadora-adubadora é uma máquina agrícola dotada de diversos mecanismos responsáveis por 
proporcionar as condições ideais para a deposição da semente em local, distância e quantidade 
corretos. Possui dispositivos responsáveis pela abertura de sulcos, dosagem e distribuição de sementes 
e fertilizantes, e mecanismos responsáveis pelo fechamento deste sulco e leve compactação do solo. As 
sementes e os fertilizantes são colocados no solo em linhas cujo espaçamento varia de acordo com as 
características de cada cultura. 
2.1.2 Semeadora 
A Semeadora é uma Máquinas que executa apena a semeadura durante a operação. Foram 
desenvolvidas para proporcionar maior capacidade operacional durante a semeadura, sendo máquinas 
com maior número de linhas, e que necessitam apenas do reabastecimento de sementes, assim, seu 
tempo ocioso é menor. 
2.1.3 Funções das Semeadoras e Plantadoras: 
 Sulcar: abrir o sulco de maneira uniforme com o mínimo de revolvimento possível. 
 Dosar: individualmente as sementes sem dano mecânico. 
 Depositar: conduzir a semente até o fundo do sulco sem ressaltos. 
 Cobrir: adicionar quantidade de solo pré-determinada para um bom contato solo-semente. 
 Compactar: efetuar pressão sobre a semente já coberta para uma ótima germinação e 
emergência. 
 
 
 22 
 
 
Tipos de semeadura: a) em sulcos, b) no plano, c) em camalhões 
2.2 – CLASSIFICAÇÃO 
2.2.1 – De acordo com a forma de distribuição de sementes: 
 À Lanço 
 Em Covas 
 Fluxo contínuo 
 De Precisão 
 
2.2.2 – Quanto à Fonte de Potência 
 Tração Animal: Máquinas para semeadura e adubação que utilizam, como fonte de potência, 
animais. 
 Tração Mecânica: Fonte de potência mecânica 
 Tração Humana: Utilizam o homem como fonte de potência. 
2.2.3 - Quanto ao Engate à Fonte de Potência 
 De Arrasto: o acoplamento à fonte de potência ocorre através de um único ponto. No caso 
do trator, esse acoplamento ocorre na barra de tração. 
 Montado: dá-se o acoplamento por meio de três pontos. 
 Semi-montado: o acoplamento é efetuado na barra de tração e nos dois braços inferiores. 
2.2.4 - Do ponto de vista agronômico: 
 SEMEADORAS: Máquinas que distribuem sementes. 
 PLANTADORAS: Máquinas que distribuem mudas, toletes. 
2.2.5 – Do ponto de vista do agricultor: 
 SEMEADORAS: Máquinas que distribuem sementes pequenas. 
 PLANTADORAS: Máquinas que distribuem sementes grandes. 
2.2.6 – Do ponto de vista da indústria: 
 SEMEADORAS: Máquinas que distribuem sementes através de rotores. 
 PLANTADORAS: Máquinas que distribuem sementes através de discos perfurados. 
 
 23 
2.2.7 – Do ponto de vista da ABNT: 
 SEMEADORAS: 
✓ DE PRECISÃO: Máquinas que distribuem sementes uma a uma, em intervalos regulares. 
✓ DE FLUXO CONTÍNUO: Máquinas que distribuem as sementes em filetes contínuos. 
 PLANTADORAS: Máquinas que distribuem ou plantam toletes, tubérculos e manivas. 
 TRANSPLANTADORAS: Máquinas que distribuem mudas. 
2.2.8 – Quanto ao modo de plantio: 
 SEMEADORAS DE PLANTIO CONVENCIONAL: Tem como característica principal seu baixo 
peso, podendo ser equipada com disco simples ou duplo e de arrasto ou levante hidráulico. 
 SEMEADORAS DE PLANTIO DIRETO: Tem como característica principal seu elevado peso, 
equipadas com disco duplo e disco de corte, e são de arrasto. 
 SEMEADORAS DE PLANTIO DIRETO E CONVENCIONAL: São semeadoras convencionais 
adaptadas para plantio direto, equipadas com disco de corte mais disco duplo. 
2.3 – REGULAGENS 
A regulagem de cada máquina vai depender de seu fabricante, mas todas têm o mesmo objetivo, que é 
controlar a quantidade de adubo e sementes desejada. 
A distribuição do adubo é feita através de rosca sem-fim ou por meio de engrenagens e catracas. 
As sementes são distribuídas através de rosca sem-fim, discos perfurados ou dosador de sementes a 
vácuo por meio de turbina ligado TDP do trator. 
Os sistemas de distribuição de adubo e sementes são movidos através de rodas movidas e motoras 
ligadas à roda de tração da máquina, e são através destas que são feitas as regulagens das quantidades 
de sementes e adubo a serem aplicadas. 
Para o cálculo dessas regulagens devemos levar em conta a variedade da cultura, % de germinação da 
semente, profundidade de plantio, espaçamento e o stand desejado. 
Na prática do Plantio Direto o produtor deve priorizar hábitos de plantio que vão definir o sucesso de sua 
lavoura: 
 Umidade do solo adequado para plantio; 
 Velocidade de plantio; 
 Plantadeiras eficientes no corte da palhada; 
 Penetração em solos pesados e compactados, colocando adubo abaixo da semente e rompendo a 
camada compactada do sulco, possibilitando melhor penetração e desenvolvimento do sistema 
radicular. 
 Para plantio de culturas de verão; plantadeiras de 02 a 09 linhas. 
 Para plantio de culturas de Inverno; plantadeiras de 07 a 23 linhas. 
2.3.1 – Dosadores de Semente: 
Para garantir a deposição da quantidade correta de sementes, as semeadoras são equipadas com 
dosadores de sementes. 
2.3.1.1 Disco Perfurado 
Os dosadores de discos são equipados com discos com perfurações no formato que mais se adequa às 
características das sementes, e são dispostos na parte inferior do reservatório, de forma horizontal, 
vertical ou inclinado. As sementes se encaixam individualmente nos furos do disco e, através de um 
movimento giratório, são transportadas até a abertura de saída, onde são liberadas e, por gravidade, 
direcionadas até o solo. 
Os dosadores de discos devem ser cuidadosamente escolhidos em relação ao tipo e à dimensão da 
semente porque, no caso de incompatibilidade de tamanhos, pode ocorrer passagem de duas sementes 
no mesmo furo do disco. Nesse caso, além da imprecisão na deposição das sementes, podem ocorrer 
problemas mecânicos e travamento do sistema. 
 
 24 
O disco perfurado pode ser posicionado na horizontal, na vertical ou inclinado. A depender do modo de 
posicionamento, têm-se diferentes formas de furos, giros e posições para encaixe da semente. 
A especificação desta ferramenta é feita pela apresentação da sequência de três números: 
 O primeiro número refere-se ao tamanho do furo de acordo com o formato da semente; 
 O segundo, ao número de furos existentes no disco; 
 O terceiro à espessura do disco. 
 
Como os discos apresentam espessuras diferentes, deve-se colocar um calço, também conhecido como 
disco base, para evitar eventuais folgas que possam existir no fundo do reservatório impedindo danos às 
sementes e erros na dosagem. 
Após o teste da semente no disco, faz-se necessário a utilização de grafite para o funcionamento do 
equipamento e um plantio de qualidade. Recomenda-se o uso de 3 a 6 gramas de grafite por quilo de 
semente, dependendo do tipo (sementes chatas com menos e redondas com mais grafite). Lembrando 
que o excesso de grafite pode ser prejudicial à operação, causando desgaste no sistema de dedo 
(garras). 
2.3.1.2 Distribuidor Pneumático 
Já os dosadores de precisão pneumáticos são constituídos de discos perfurados, nos quais atuam os 
efeitos de pressurização ou sucção de ar. Desta forma, através de um diferencial de pressão, as 
sementes são captadas e transportadas atéa abertura de saída, em que o diferencial de pressão é 
eliminado e as sementes são liberadas até o solo. 
Os distribuidores pneumáticos são modelos mais avançados em relação aos demais tipos mencionados 
anteriormente. Nesse caso, a semeadora necessita de um ventilador acionado pela tomada de potência, 
que cria uma corrente de ar responsável por pressionar as sementes nos discos dosadores. Essa 
pressão pode ser positiva (sopro) ou negativa (vácuo). O princípio de funcionamento se baseia no giro 
do disco impulsionado pelo movimento da roda que toca o solo. Ao mesmo tempo, o disco recebe um 
fluxo de ar proveniente do ventilador, ao lado do depósito das sementes, que se alojam em cada orifício 
do disco pela ação da pressão exercida pelo ar. As sementes aderidas aos orifícios são conduzidas pelo 
giro do disco até uma câmara onde não há a ação do jato de ar. Desta forma, a semente é colocada no 
tubo de descida, que a conduz até o sulco. Apesar de necessitarem de maior manutenção, estas 
semeadoras proporcionam baixo nível de danos mecânicos às sementes e boa uniformidade de 
distribuição. 
2.3.1.3 Cilindro canelado 
Os cilindros canelados são dispositivos utilizados para distribuição de sementes em linha contínua. Eles 
apresentam uma série de ranhuras e giram sob o depósito de sementes. Em geral, são fabricados em 
náilon ou em outro material não oxidável. 
2.3.2 – Velocidade de plantio por cultura: 
 Cultura de milho, girassol: 4,5 a 5,0 Km/h. 
 Cultura de soja, feijão, sorgo e milheto: 5,5 a 6,0 Km/h. 
 Culturas de inverno: 6,0 a 7,0 Km/h. 
 
 25 
Para determinar a velocidade correta para o plantio, efetue a seguinte operação verifique em quantos 
segundos o trator com a semeadora/plantadora percorre 50 metros realizando o plantio. Após dividir o 
índice de 180 pelo tempo em que percorreu 50 metros. 
Ex.: 180 divididos por 35 segundos = 5,14 Km/h. (esta é a velocidade de plantio). 
No plantio a quantidade de semente é determinada pela velocidade dos discos horizontais, realizando a 
troca de engrenagem que irá aumentar ou diminuir a velocidade dos discos. 
2.3.3 – Cálculo do Número de Sementes por Metro: 
O número de plantas/metro linear a ser obtido na lavoura é estimado levando em conta a população de 
plantas/ha desejada e o espaçamento adotado, usando a seguinte fórmula: 
Nº de pl/m = [População de Plantas/ha x Espaçamento (m)] 
 10.000 
De posse destes valores, calcula-se o número de sementes por metro de sulco: 
Nº de sementes/m = (Nº de Plantas/m x100) 
 % de Emergência 
Para se estimar a quantidade de semente que será gasta por hectare, pode-se usar a seguinte fórmula: 
Q = (1000 x P x D) x 1,1 
 G x E 
Onde: 
Q = Quantidade de sementes, em Kg/ha; 
P = Peso de 1000 sementes, em kg; 
D = Nº de plantas que se deseja/m; 
E = Espaçamento utilizado em m; e 
G = % de germinação. 
A constante 1,1 na fórmula acima se refere a um acréscimo de 10% no número de sementes, como fator 
de segurança. 
Uma outra forma mais prática de calcular seria como o exemplo abaixo para a Cultura do Milho: 
 População final desejada: 55.000 plantas/hectare. 
 Acrescentar a correção de germinação de 10% = 55.000 x 10% = 5.500 sementes a mais por 
hectare. 
 Número de sementes por hectare: 60.500. 
 Espaçamento entre linhas: 0,8 m. 
 Sulco (m/há) = 10.000 m2/espaçamento (m) 
10.000 dividido 0,8 = 12.500 metros linear de plantio. 
 Sementes/m = Nº de sementes/ha ÷ Sulcos/há ou Kg de sementes/ha ÷ Sulcos/ha. 
60.500 sementes ÷ 12.500 = 4,84 sementes por metro. 
 Abrir 10 metros de sulco no plantio e conferir; deve encontrar 48 sementes. 
O peso de 1000 sementes de milho varia com o tamanho da semente, para as pequenas (peneira 18) o 
peso é ao redor de 225 g, enquanto para as grandes (peneira 24) é ao redor de 400g. 
 
 
 26 
2.3.4 – Regulagem da Quantidade de Adubo a ser distribuído: 
A regulagem da quantidade do adubo por hectare também é determinada pela combinação de 
engrenagem. 
O adubo deve ser colocado ao lado e abaixo da semente, pois o contato direto com o adubo prejudica a 
absorção de água pela semente, podendo, inclusive, matar a plântula em desenvolvimento, 
principalmente quando se aplica dose alta de cloreto de potássio no sulco (acima de 80 Kg/ha de KCl). 
Exemplo: 
Quantidade que se deseja distribuir: 300 Kg/ha de adubo = 300.000 gramas. Espaçamento entrelinhas: 
0,80m. 
Dose/ha x espaçamento = dose em g/10 m de sulco. 
300 kg/ha x 0,8 = 240 g/10 m. 
Podemos usar uma forma prática de calcular que é dividindo 10.000 m2 (1 ha) por 0,80 obtendo 12.500 
metros. Em seguida dividimos 300.000 g (300 kg/ha) por 12.500 = 24 g/m (240 g/10 m de sulco). 
Para regular a semeadora devemos marcar 50 metros na linha de plantio e coletar o adubo de cada linha 
da plantadeira nos 50 m e pesar, que no caso deverá ser 1.200g. 
Observação: Um hectare = 10.000 m². 
2.3.5 – Profundidade de Plantio: 
 Culturas de Verão: de 2,0 cm a 5,0 cm de profundidade. 
 Culturas de Inverno: de 2,0 cm a 3,0 cm de profundidade. 
2.3.6 – Regulagem dos Marcadores de Linhas 
Regular o marcador de espaçamento da plantadeira, utilizando a seguinte fórmula: 
D = [(N.º linhas + 1) x Espaçamento(E) - Bitola do Trator (B)] / 2 
 
2. 4 – CUIDADOS NO PLANTIO PARA UM MAIOR RENDIMENTO 
O rendimento do plantio de pende de vários fatores, como: 
 Verificar as condições de funcionamento de todos os componentes da plantadora e dos 
equipamentos que serão utilizados no plantio. 
 Ajustar o espaçamento entra as linhas da plantadeira. 
 Montar as linhas da plantadeira ou ajustar a bitola do trator de forma a não coincidir a linha da 
plantada com o rastro dos pneus do trator e se possível com o rastro do marcador de linha. 
 
 27 
 Escolher os discos de acordo com o tamanho das sementes a serem plantadas conforme diâmetro e 
espessura das mesmas. 
 Verificar se a plantadeira está completamente limpa, não havendo nenhum tipo sementes 
remanescentes. 
 Certifique que a semeadora não provoque danos mecânicos na semente durante o processo de 
distribuição. 
 Verificar se os orifícios e espessura dos discos (se for o caso) são compatíveis com o tamanho das 
sementes, 
 Verificar o desgaste dos discos. 
 Verificar se o sistema de limpeza dos orifícios dos discos está preso. 
 Percorrer de 20 a 25 metros com a plantadeira em uma superfície plana e aferir a regulagem das 
sementes conforme recomendação da pesquisa e poder germinativo, como também a dose de adubo 
a ser empregada. 
 Usar grafite na semente. 
 Observar a presença de árvores, terraços e desnível do terreno. 
 Experiência do operador. 
 Peso do implemento em relação ao trator que irá puxá-lo, colocando o trator certo em termos de 
tamanho e potência correta para o implemento. 
 Manutenção correta do implemento, antes, durante e depois do trabalho. 
 Relação da largura do implemento com a velocidade de trabalho da máquina. A velocidade de plantio 
deve ser entorno de 4 a 6 km/h, 
 Quantidade de plantadeiras/semeadouras necessárias para o plantio da área. 
 Plantar na velocidade recomendada é o início de uma boa lavoura. Efetuar o plantio na velocidade de 
4 - 7 Km/h. 
 Armazenar corretamente sementes quando tratadas. 
 Paralisar o plantio sempre que as condições climáticas não permitirem o plantio ou boa germinação 
(excesso de umidade no solo ou deficiência hídrica). 
 Ler o manual da sua plantadeira e seguir as recomendações do fabricante. 
 Seguir as recomendações técnicas de cada cultura para fazer um bom plantio. 
 Pode-se concluir que, não é simplesmente a relação da largura do implemento e a velocidade do 
trator que se obtém o rendimento de plantio. Devemos analisar cada item do processo de plantio a 
fim de obter uma boa população de plantas por área e conseqüentemente uma boa produção. 
2.4 – CUIDADOS NO ARMAZENAMENTO DAS SEMENTES 
 Armazenaras sementes em galpões bem ventilados, sobre estrados de madeira. 
 Não empilhar as sacas de sementes contra as paredes do galpão. 
 Não armazenar as sementes juntamente com adubos, calcário ou agroquímicos. 
 O ambiente de armazenagem deve estar livre de fungos e roedores 
 Dentro do armazém a temperatura não deve ultrapassar os 25ºC e umidade relativa de 70%. 
2.5 - CUIDADO NO TRATAMENTO DAS SEMENTES 
 Utilizar máquinas específicas para tratamento de sementes ou tambor giratório, pois estes 
proporcionam melhor cobertura da semente com fungicidas, micronutrientes e inoculantes. 
 Verificar as condições de funcionamento da máquina a ser utilizada no tratamento das sementes. 
 Verificar se a máquina de tratamento de sementes está corretamente limpa, se não estiver, proceda 
da seguinte maneira: abra totalmente as entradas e saídas da máquina e retire as sobras de produtos 
e ou sementes que estejam acumulados em seu interior; verifique também se não existem sementes 
grudadas no caracol ou em cantos da máquina. 
 
 28 
 Preparar as embalagens para acondicionar as sementes tratadas, verificando se não há sobras de 
sementes nas embalagens. 
 Preparar a calda e colocá-la no recipiente da máquina seguindo-se a medida previamente 
determinada. 
 Acompanhar todo o processo e, após o término do tratamento de cada material (Cultivar), limpar a 
máquina cautelosamente para que não fiquem sementes em cantos ou ao longo do interior da 
máquina de tratamento. 
 Ficar atento para cultivares que tem tegumento muito fino para que as mesmas não tenham absorção 
excessiva do produto utilizado no tratamento ficando enrugadas. 
 Não fazer o tratamento em lonas ou diretamente na caixa de sementes da plantadeira. 
 O tratamento deverá ser efetuado preferencialmente no dia de plantio e à sombra não ultrapassando 
48 (quarenta e oito) horas do tratamento até o plantio 
O sucesso da lavoura inicia-se pela semeadura bem-feita. O bom resultado da semeadura, por sua vez, 
não depende apenas da semente, mas, também, da maneira como foi executada e dos fatores climáticos 
ocorridos após a operação. 
2.6 - DICAS PARA MELHOR PERFORMANCE NO PLANTIO* 
A John Deere ainda listou as cinco principais dicas que os produtores precisam ficar atentos para obter 
um plantio mais eficaz. Confira: 
1- Realize o nivelamento da plantadeira com o trator em que será acoplada; 
2- Faça corretamente o acoplamento dos chicotes elétricos e mangueiras hidráulicas; 
3- Verifique os ajustes dos discos dos distribuidores de adubos e sementes; 
4- Inspecione os dosadores de sementes; 
5- Ajuste a pressão do vácuo conforme o peso da semente e tipo de disco que será usado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 29 
3 – PULVERIZADORES 
3.1 – INTRODUÇÃO 
A aplicação de produtos com a finalidade de proteger a lavoura é muito comum na agricultura comercial. 
O que todo produtor deve saber é que para uma real eficiência na aplicação é fundamental o 
acompanhamento de um técnico. Ele é quem vai definir qual o melhor produto, método, dosagem e 
momento correto de aplicação. 
Entende-se como “Tecnologia de Aplicação de Produtos Fitossanitários” o emprego de todos os 
conhecimentos científicos que proporcionem a correta colocação do produto biologicamente ativo no 
alvo, em quantidade necessária, de forma econômica, com o mínimo de contaminação de outras áreas. 
(MATUO, 2001). 
Pulverização: Processo físico-mecânico de transformação de uma substância líquida em partículas ou 
gotas. 
Aplicação: Deposição de gotas sobre um alvo desejado, com tamanho e densidade adequadas ao 
objetivo proposto. 
Regular: Ajustar os componentes da máquina às características da cultura e produtos a serem 
utilizados. Ex.: Ajuste da velocidade, tipos de pontas, espaçamento entre bicos, altura da barra 
etc. 
Calibrar: Verificar a vazão das pontas, determinar o volume de aplicação e a quantidade de produto a 
ser colocada no tanque. 
 
Usamos o processo de pulverização para poder realizar uma boa aplicação. 
3.2 - FATORES QUE INTERFEREM NA PULVERIZAÇÃO 
“O fator limitante da eficácia dos defensivos agrícolas é a tecnologia de aplicação.” 
 Alvo Biológico: Local na planta em que a doença ou praga ocorre. 
 Alvo Químico: Local na planta onde devemos colocar o produto para que por meio da sua 
capacidade ou não de redistribuição, atinja o alvo biológico. 
 Máquina: Pulverizador adequado devidamente regulado. 
 Momento de Aplicação: Baseado em levantamentos de população de pragas e doenças ou no 
modo de ação dos produtos (Preventiva ou curativa, pré ou pós-emergência, etc.). 
 Condições Ambientais: respeitar as condições ideais para uma pulverização segura (UR mínima 
de 55%, velocidade do vento entre 3 e 10 km/h, temperatura abaixo de 30ºC) 
3.3 - CLASSIFICAÇÃO 
3.3.1 - Quanto à Fonte de Potência: 
 Manual; 
 Tração Animal; 
 Motorizada; 
 
 30 
 Tratorizada (De Arrasto, Montada); 
 Autopropelida (Terrestre, Aérea). 
3.3.2 - Quanto ao Veículo: 
 Veículo Líquido: 
➢ Aplicadoras de Formicidas; 
➢ Aplicadoras de Fumigantes – Evaporação; 
➢ Pulverizadores - Princípio Pulverização Pressão Hidráulica; 
➢ Atomizadores 
➢ Atomização Gasosa - princípio pulverização pneumática; 
➢ Atomização Centrífuga - princípio pulverização centrífuga; 
➢ Nebulizadores; 
 Veículo Sólido: 
➢ Polvilhadoras; 
➢ Aplicadoras de Microgrânulos. 
3.3.3 - Quanto ao Transporte do Jato: 
 Transporte por Jato Projetado; 
 Transporte por Jato Transportado. 
3.4 – CONSTITUIÇÃO 
A maior parte dos pulverizadores tracionados por trator ou autopropelidos possuem todos os 
componentes semelhantes, mudando apenas em formas e tamanho podendo ser resumido no seguinte 
esquema, conforme abaixo: 
 
 
1 - Filtro 
2 - Agitador 
3 - Válvula de Controle da Agitação 
4 - Câmara de Compensação 
5 - Bomba de Pistão 
6 - Registro da Linha de Sucção 
7 - Filtro de Linha 
8 - Válvula Reguladora de Pressão 
9 - Linha de Retorno 
10 - Manômetro 
11 - Válvula de Controle das Barras 
12 - Bicos de Pulverização 
Salvo algumas exceções, os pulverizadores tratorizados os quais podem ser de arrasto e montado. Na 
figura abaixo se pode observar os componentes básicos de um pulverizador de arrasto. 
 
 31 
 
1 Filtro de sucção 11 Barra central 
2 Bomba de pistões 12 Barra lateral 
3 Comando 13 Depósito 
4 Regulador de pressão 14 Boca e peneira do tanque 
5 Válvula de abertura de meia barra de bicos 15 Cardan 
6 Suporte regulável 16 Agitador mecânico 
7 Bicos 17 Chassis 
8 Guia do quadro 18 Rodas com pneus 
9 Suporte do quadro, altura regulável. 19 Macaco 
10 Quadro móvel, trapézio articulado. 20 Engate para barra de tração 
3.4.1 – TANQUE 
Normalmente, são feitos de fibra de vidro ou polietileno e deve conter os seguintes itens essenciais para 
o bom desempenho: 
1) Tampa com válvula de respiro e com filtro do tipo coador ou peneira; 
2) Agitador mecânico ou hidráulico; 
3) Fundo afunilado para total esgotamento; 
4) Indicador de nível do líquido no tanque. 
3.4.2 – BOMBA 
Normalmente, as bombas utilizadas em pulverizadores nacionais são de pistão, variando entre dois a 
quatro pistões, com capacidade de produzir de 38 até 300 l/min de vazão e uma pressão de até 
35kg/cm2 ou 500 psi. A bomba centrífuga é pouco utilizada, porém, em algumas situações, tem uma 
vantagem muito grande tendo em vista o seu baixo custo e pouca manutenção. Este tipo de bomba 
produz deslocamento de volume maior à baixa pressão, atingindo no máximo em torno de 60 psi. 
BOMBA VAZÃO PRESSÃO MAXIMA DE TRABALHO 
MODELO L/min a 540 rpm lbf/pol2 kgf/cm3 
JP – 75 75 300 21 
JP - 100 100 300 21 
3.4.3 - FILTROS DE LINHA 
Também chamado de Filtro de Sucção posicionado entre o deposito e a bomba de defensivo tem a 
função de reter toda e qualquer tipo de impureza antes que mesma atinja a bomba de defensivo. A 
 
 32 
colocação de um filtro na linha de alimentação dos bicos, com elemento defiltro com tela de malha 50 ou 
mais, dependendo do tamanho do orifício dos bicos, reduziria muito ou problemas de entupimento e 
poderia com isso eliminar os filtros nos bicos facilitando e agilizando a limpeza dos mesmos. 
Possui em um lugar de fácil acesso um registro de fecho rápido que impede o fluxo de liquido durante as 
operações de limpeza do filtro, troca de elementos filtrantes ou manutenção da bomba. O registro do 
filtro deve ficar sempre aberto durante o funcionamento do pulverizador e caso fique fechado por 
esquecimento um ruído anormal na bomba indicará a falha operacional. 
3.4.4 - BARRA DE PULVERIZAÇÃO 
A barra de pulverização tem a função de suportar os bicos hidráulicos ou atomizadores rotativos para 
distribuição uniforme do produto ao longo da faixa equivalente ao seu comprimento. 
Principais requisitos desejáveis: 
1) Ser dobrável para facilitar o transporte; 
2) Ter uma boa estabilidade para manter constante a altura dos bicos; 
3) Possuir dispositivos de segurança, em caso de colisão com obstáculos; 
4) Permitir o ajuste da altura de operação central e independente e, em cada barra, permitir o ajuste 
para terrenos inclinados; 
5) Ter uma suspensão do tipo trapezoidal para que não haja a transmissão direta do balanço do trator 
em terrenos irregulares para a barra. 
3.4.5 - CÂMARA DE COMPENSAÇÃO 
Normalmente, as bombas de pistão provocam pulsação (Altos e baixos) na pressão, principalmente as 
que possuem menor número de pistões. Para uniformizar o fluxo do líquido existe a necessidade da 
instalação das câmaras de compensação. 
3.4.6 - REGULADOR DE PRESSÃO 
Normalmente, as bombas de pistão produzem pressões altas (500 psi). Para cada tipo de produto 
aplicado, existe a necessidade de manter uma determinada pressão em função da necessidade de 
geração de gotas maiores ou menores. Para isso, o regulador de pressão é fundamental. A mola de 
acionamento instalada no regulador de pressão deve permitir o ajuste de pressões entre 15 e 100 psi, 
faixa normalmente recomendada e comumente utilizada. 
Atenção: A pressão deverá ser utilizada apenas para determinar o tamanho das gotas, e não para 
determinar a vazão dos bicos. 
 
3.4.7 - MANÔMETRO DE PRESSÃO 
A grande maioria dos pulverizadores são equipados com o manômetro colocado próximo ao regulador 
de pressão. Nesse local, estarão muito distantes dos bicos e conseqüentemente poderá registrar uma 
 
 33 
indicação falsa devido às perdas, dependendo da curvatura e bitolas das tubulações que alimentam as 
barras. É sempre recomendável a medição da pressão nos bicos. Dessa maneira a pressão de trabalho 
será sempre real e, com isso, o diâmetro de gotas geradas poderá ser controlado, comparando com as 
tabelas de fabricante de bicos. 
3.4.8 - TUBULAÇÕES E CONEXÕES 
Os diâmetros das tubulações e das conexões deverão ser compatíveis com a pressão e vazão 
necessárias e também não devem existir muitas curvaturas ou estrangulamentos que provoquem a 
queda da pressão nos bicos. Esta queda, somada a outras provocadas pelos componentes (Conexões 
dos bicos, cotovelos ou estrangulamentos) poderá atingir, em certas circunstâncias, perdas na pressão 
em até 50%, observados em certos turbo-atomizadores utilizados na citricultura. 
 
3.5 – TAMANHO DAS GOTAS 
O tamanho das gotas tem grande importância quando se deseja uma aplicação eficiente dos diferentes 
defensivos com um mínimo de contaminação ambiental. Os tipos de pulverizações, de acordo com o 
tamanho das gotas, são definidos pela Organização Mundial de Saúde (1976) como: 
 Aerosol - Distribuição de gotas com diâmetro médio do volume inferior a 50 micrômetros (1 
micrômetro = 0,001 milímetro). 
 Nebulização - Distribuição de gotas com diâmetro médio do volume de 50 micrômetros. 
 Pulverização Fina - Distribuição de gotas com diâmetro médio do volume entre 50 e 100 
micrômetros. 
 Pulverização Grossa - Distribuição de gotas com diâmetro médio do volume entre 100 e 400 
micrômetros. 
Outra classificação de diâmetro de gotas 
CLASSIFIÇÃO 
DIÂMETRO DA 
GOTA (μm) 
DERIVA (m) 
Chuva Leve 500 2 
Garoa 200 5 
Nevoa 100 15 
Nuvem 30 150 
Aerosol 15 610 
Fungicidas e inseticidas = gotas com 100 μm de diâmetro. 
Herbicidas = gotas com 200 μm de diâmetro. 
 
 34 
Comparação do diâmetro de gotas. 
 
Tipos de aplicação de acordo com o volume gasto para cobrir um hectare de cultivo. 
TIPO DE APLICAÇÃO VOLUME USADO (l/ha) 
 PLANTA RASTEIRA ARBUSTOS E ÁRVORES 
Alto volume – AV >600 >1000 
Médio volume – MV 200 – 600 500 - 1000 
Baixo volume – BV 50 – 200 200 - 500 
Muito baixo volume - MBV 5 – 50 50 - 200 
Ultrabaixo volume - UBV 0,5 - 5 5 
Fonte: adaptado de Matthew (1982) 
Índice de Cobertura de acordo com o produto a ser aplicado. 
ORD. PRODUTO Nº de GOTAS/cm2 PULVERIZAÇÃO 
01 Inseticidas Sistêmicos 20 a 30 Média Grossa 
02 Herbicidas Sistêmicos 20 a 30 Média Grossa 
03 Fungicidas Sistêmicos 30 a 50 Media Fina 
04 Herbicidas de Contato 30 a 50 Média Fina 
05 Fungicidas de Contato 70 100 Fina 
 
Espectro de Gotas: é a classificação das gotas por classe de tamanho em % de volume ou número de 
gotas. 
Densidade de Gotas: é o numero de gotas por unidade de área. 
Volume Aplicado: é expresso em litros de liquido distribuído por unidade de área. 
3.6 – PREPARO DA CALDA 
O preparo da calda é uma operação perigosa para o aplicador e o meio ambiente porque o defensivo 
químico está concentrado. Geralmente a calda é preparada próximo de poços, rios e igarapés, podendo 
ocorrer escorrimentos e respingos que atingem o aplicador, pulverizador, solo e a fonte de água 
resultando em contaminação principalmente daqueles que usarão a água para sua sobrevivência. Alguns 
cuidados devem ser tomados durante o preparo da calda: 
 Usar sempre o EPI (Equipamento de Proteção Individual) na preparação da calda. 
 Ler antes com atenção o rotulo do produto. 
 
 35 
 Não colocar o pó diretamente no tanque do pulverizador. 
 Misturar o pó com um pouco de água em um balde ou outro tipo de vasilha para obter uma mistura 
melhor e evitar a deposição do produto no fundo do tanque do pulverizador, o que poderá entupir os 
bicos e provocar desgastes no equipamento. 
 Não colocar o defensivo no pulverizador vazio. Fazer antes, o abastecimento com água. 
 Usar sempre água limpa na mistura com o defensivo para evitar entupimentos e desgaste do 
equipamento. 
 Adicionar o espalhante adesivo após o preparo da calda para evitar a formação de espuma. 
 Aplicar a mistura no mesmo dia em que for preparada. 
Formulações: 
 Pó-molhável (PM) 
 Suspensão Concentrada (SC) 
 Concentrado Emulsionável (CE) 
3.7 – REGULAGEM E CALIBRAÇÃO DO EQUIPAMENTO 
Antes da aplicação do Defensivo Agrícola, deve-se fazer a regulagem e calibração do pulverizador com 
água limpa. Os procedimentos dependem do tipo do equipamento usado. 
Parâmetros passíveis de serem avaliados em uma regulagem de pulverizador: 
 
 
 
 36 
3.7.1 - Pulverizador Costal (Manual ou motorizado) 
 Antes de iniciar a regulagem certifique-se de que: 
 Os êmbolos não estão danificados ou ressecados 
 As válvulas não estão gastas ou presas no corpo 
 A agulha do gatilho não esteja com a s suas vedações gastas 
 O bico é o indicado para a aplicação 
Escolher o bico de pulverização (Leque ou cônico) e medir a quantidade de água gasta em uma área ou 
a quantidade de água gasta para cobrir um determinado número de pés da planta que vai ser 
pulverizada. Com base na quantidade de água gasta, faz-se o cálculo para a área ou número de plantas 
desejado. 
Por exemplo, se gastamos 2 litros de água para pulverizar 20 pés de pimenta, para pulverizar 1000 pés 
se gasta 200 litros. 
Outro exemplo, se em uma área de 50 m2 (10 x 5 m) gasta-se 2,0 litros através de uma regra de 3 
chegamos à vazão/ha no caso 200 l/ha. Para uma recomendação de 2 l/ha do produto comercial temos: 
200 l/ha ÷ 20 l = 10 pulverizadores para cobrir 1 ha. 
2 l/ha: 10 pulverizadores = 0,2 litros ou200 ml do produto comercial por pulverizador. 
3.7.2 - Pulverizador de Barra 
Antes da regulagem observar: 
 Filtro de sucção - limpeza 
 Mangueiras - se não estão furadas ou dobradas 
 Regulador de pressão - componentes: sede de válvula, válvula e mola, se não estão gastas ou 
presas por impurezas. 
 Bomba - se não há vazamentos, se está lubrificada (nível de óleo ou graxa) 
 Bicos - se são do mesmo tipo, se não estão gastos, se não diferem em mais de 10% de vazão 
e se os filtros estão limpos. 
Uma vez verificado todos estes itens, inicia-se a calibração do pulverizador 
Passos para a Calibração do Pulverizador de Barras: 
PASSO 1 
Escolher o tipo de ponta de pulverização em função do tipo de defensivo, seu método de aplicação e 
modo de ação, através do guia de seleção de pontas de pulverização disponível. 
PASSO 2 
Escolher a pressão de trabalho adequada, em função da qualidade da pulverização a ser obtida. Por 
exemplo: 1,5 bar. (1 bar = 14,5 psi) 
PASSO 3 
Verificar o espaçamento (e) dos bicos na barra do pulverizador. Por exemplo: 0,5 m. 
PASSO 4 
Observar a indicação do fabricante do defensivo quanto ao volume de aplicação de calda recomendado. 
Por exemplo: 170 L/ha. 
PASSO 5 
Determinar a velocidade de trabalho de aplicação do pulverizador na área a ser tratada, cronometrando 
o tempo gasto para percorrer uma distância pré-definida. Calcular a velocidade em km/h (1 m/s = 3,6 
km/h). 
PASSO 6 
Calcular a vazão necessária por bico, em L/min, usando a fórmula: 
 
 37 
 
Em que: 
Q = volume de aplicação de calda do pulverizador (L/ha); 
q = vazão de calda por bico (L/min); 
v = velocidade de deslocamento (km/h); 
f = faixa de aplicação de cada bico ou espaçamento (m). 
Por Exemplo: q = 170 . 6 . 0,5 / 600 = 0,85 L/min 
PASSO 7 
Determinar, na tabela de vazão dos bicos disponível, a ponta de pulverização de 110o que produza a 
vazão mais aproximada de 0,85 L/min, na pressão de 1,5 bar (21,8 psi). Por exemplo: Ponta XR TeeJet 
11003 VS - com inserto de aço inoxidável. 
PASSO 8 
CALIBRAÇÃO 
Após montar a barra do pulverizador com pontas novas já determinadas, regular a pressão para 1,5 bar. 
Medir, então, o volume de saída (em L) de líquido em alguns bicos, durante um tempo determinado (em 
segundos). Determinar a vazão de cada bico em L/min. As vazões dos bicos não devem variar mais do 
que 5% da média e essa média não deve variar mais do que 5% da vazão indicada no PASSO 6. 
Pequenos ajustes na vazão podem ser feitos variando-se a pressão, porém, para ajustes maiores, 
recomenda-se a troca de pontas de pulverização de vazões maiores ou menores conforme o caso. 
PASSO 9 
PREPARAÇÃO DA CALDA 
Para a mistura correta do defensivo a aplicar, usam-se os dados de: 
a) volume de calda a preparar, ou capacidade do tanque do pulverizador (L); 
b) volume de aplicação de calda do pulverizador (L/ha); 
c) quantidade do produto comercial a ser colocado no tanque (Pr) recomendada por área (kg/ha ou 
L/ha), empregando-se a fórmula: 
 
Em que: 
Pr = quantidade de produto a ser colocado no tanque (L ou kg); 
Ct = capacidade do tanque do pulverizador (L); 
D = dosagem do produto recomendada (L/ha ou kg/ha); 
Q = volume de aplicação de calda do pulverizador (L/ha). 
Por Exemplo: 
Pr = 600 . 6 / 170 = 21,2 L de produto 
 Ajuste dos Bicos e da Barra 
Coloque o trator em local plano e com a barra de pulverização na horizontal, verifique se os bicos estão 
na distância desejada de acordo com o tipo de produto a ser aplicado e a cultura. De acordo com o 
espaçamento da cultura usamos para inseticidas e fungicidas normalmente usamos o espaçamento 
entre bicos de 0,5 a 0,8 cm. 
Não utilize um número de bicos maior que o recomendado pelo fabricante do equipamento, para evitar a 
menor vazão dos bicos das extremidades. 
Retire a capa do bico, o bico e o filtro. Funcione o pulverizador fazendo passar a água pela mangueira a 
fim de limpara o condutor. 
 
 38 
Verifique se todos os bicos são iguais e se estão limpos. Coloque os bicos na mangueira, apertando-os 
com o auxílio de um alicate deixando-os com uma inclinação de aproximadamente 5º em relação à barra 
de pulverização. 
 
Ligue novamente o pulverizador fazendo passar água pelos bicos. Verifique se não há entupimentos e se 
todos os jatos estão uniformes. 
Mantenha altura de 50 cm do solo e verifique se há um pequeno cruzamento entre os jatos 
 
 Cálculo do Tempo. 
Marque 50 m no terreno e coloque o trator com a roda traseira sobre a marca dos 50 m. 
Com a rotação normal de trabalho de pulverização (1800 RPM), selecione a marcha para a pulverização 
de acordo com as características do terreno a fim de manter a velocidade o mais constante possível 
tanto em subidas como em descidas. 
Marque o tempo gasto para percorrer os 50 m. Repita 3 vezes esta operação, fazendo uma média dos 
tempos obtidos. Para achar a velocidade em km/h, divide-se 180 pelo tempo (seg.) gasto para percorrer 
50 m (v = 50 x 3,6/t = 180/t) (1 m/s = 3,6 km/h). 
 
 Cálculo da Vazão 
Com o trator parado funcione o pulverizador com a rotação de trabalho e abra o registro de saída do 
líquido e com auxílio de um recipiente graduado verifique a quantidade de água que cai durante o tempo 
cronometrado nos 50 m. 
As firmas de defensivos químicos geralmente fornecem sacos de plástico graduados que permitem a 
regulagem ou possuem uma tabela que permite a leitura direta. Na falta de sacos de plástico pode-se 
usar um recipiente graduado ou, por ser mais fácil de encontrar, recomenda-se uma mangueira de 
plástico. 
Verifique a vazão em todos os bicos. Ela deve ser a mesma em todos os bicos. Se houver variação da 
vazão maior que 10% o bico deve ser substituído. 
Verifique a pressão no manômetro e repita a operação orientando-se pelo manômetro (1 bar = 14,5 psi). 
A vazão total da barra é dada multiplicando-se a vazão de cada bico pelo número de bicos na barra. 
qb = Qbr (l/ha) x V (km/h) x E (cm) (l/min) 
 60.000 
Qbr = 60.000 x qb (l/min) (l/ha) 
 V (km/h) x E (cm) 
Onde: 
Qbr = Vazão da barra de pulverização (l/ha) 
qb = Vazão do bico de pulverização (l/min) 
V = Velocidade do conjunto (km/h) 
 
 39 
E = Espaçamento entre bicos de pulverização (cm) 
 Quantidade de Produto no Tanque 
Por meio de uma regra de três calcule a quantidade de produto a ser colocada no tanque ou utilizando a 
formula: 
Quantidade (lts.) = Capacidade do Tanque (lts) x dose (lts/ha) 
Volume de calda/ha (lts/ha) 
Obs.: o funcionamento do pulverizador com menos de 50 litros de água no tanque pode causar sérios 
danos a bomba de defensivos. Nunca funcione o pulverizador por tempo prolongado com menos de 50 
litros de água no tanque. 
 
VOLUME DE CALDA PULVERIZADA (Litros/ha) 
VAZÃO DO 
BICO 
 
DISTÂNCIA 
ENTRE 
BICOS 
VELOCIDADE DO TRATOR - km/h 
(nº de passos em 15 seg.) 
Litros/min Cm 
3 km 
(15 passos) 
4 km 
(20 passos) 
5 km 
(25 passos) 
6 km 
(30 passos) 
8 km 
(40 passos) 
10 km 
(50 passos) 
12 km 
(60 passos) 
 40 200 150 120 100 75 60 50 
0,4 60 133 100 80 67 50 40 34 
 80 100 75 60 50 38 30 25 
 100 80 60 48 40 30 24 20 
 40 300 225 180 150 125 90 75 
0,6 60 200 150 120 100 75 60 50 
 80 150 113 90 75 63 45 38 
 100 120 90 72 60 45 36 30 
 40 400 300 240 200 150 120 100 
0,8 60 266 200 160 134 100 80 67 
 80 200 150 120 100 75 60 50 
 100 160 120 96 80 60 48 40 
 40 500 375 300 250 188 150 125 
1,0 60 333 250 200 167 125 100 83 
 80 250 187 150 125 94 75 63 
 100 200 150 120 100 75 60 50 
 40 625 470 374 312 234 187 156 
1,25 60 416 312 250 208 156 125 104 
 80 313 235 187 156 117 94 78 
 100 250 187 150 125 94 75 63 
 40 750 563 450 375 281 225 187 
1,50 60 500 375 300 250 188 150 125 
 80 375 282 225 167 140 113 93 
 100 300 225 180 150 113 90 75 
 40 880 660 527 440 328 263 220 
1,75 60 585 438 350 292 219 175 146 
 80 440 330 264 220 164 132 110 
 100 351 263 210 175 132 105 88 
 
 40 
 40 1000 750 600 500 375 300 250 
2,00 60 665 500 400 334 250 200167 
 80 500 375 300 250 187 150 125 
 100 400 300 340 200 150 120 100 
 40 1250 940 750 625 470 375 313 
2,50 60 835 625 500 418 313 250 208 
 80 625 470 375 313 235 187 157 
 100 500 375 300 250 188 150 125 
 40 1500 1125 900 750 562 450 375 
3,00 60 1000 750 600 500 375 300 250 
 80 750 563 450 375 281 225 193 
 100 600 450 360 300 225 180 150 
DADOS PARA CALIBRAÇÃO DE PULVERIZADOR DE BARRA TRATORIZADO. 
 Distância entre Bicos (m) 
Litros/ha 0.25 0.30 0.40 0.50 0.60 
- Vazão de um bico ou média em 50 m de percurso 
400 500 ml 600 ml 800 ml 1.000 ml 1.200 ml 
380 475 ml 570 ml 760 ml 950 ml 1.140 ml 
360 450 ml 540 ml 720 ml 900 ml 1.080 ml 
340 425 ml 510 ml 680 ml 850 ml 1.020 ml 
320 400 ml 480 ml 640 ml 800 ml 960 ml 
300 375 ml 450 ml 600 ml 750 ml 900 ml 
280 350 ml 420 ml 560 ml 700 ml 840 ml 
260 325 ml 390 ml 520 ml 650 ml 780 ml 
250 313 ml 375 ml 500 ml 625 ml 750 ml 
240 300 ml 360 ml 480 ml 600 ml 720 ml 
220 275 ml 330 ml 440 ml 550 ml 660 ml 
200 250 ml 300 ml 400 ml 500 ml 600 ml 
180 225 ml 270 ml 360 ml 450 ml 540 ml 
160 200 ml 240 ml 320 ml 400 ml 480 ml 
140 175 ml 210 ml 280 ml 350 ml 420 ml 
120 150 ml 180 ml 240 ml 300 ml 360 ml 
100 125 ml 150 ml 200 ml 250 ml 300 ml 
Fonte: CNPT 
3.7.3 - Atomizador 
Para regular esta máquina pode-se usar o mesmo processo do pulverizador costal calcula-se o volume 
gasto por planta e através de regra de três o volume gasto por ha. 
 
 
 41 
 
3.7.4 – Pulverização Aérea 
A pulverização aérea tem o um grande trunfo, a rapidez de execução, quando a comparamos com os 
pulverizadores terrestres tratorizados de barras ou turbo pulverizadores. 
Um avião médio, tipo IPANEMA, operando com sua carga operacional de 500 litros (carga máxima 
operacional total de 700 litros) pulverizando um volume de 15 litros/hectare (BVO) ou 50 litros/hectare 
(citros), poderá apresentar um rendimento aproximado de 100 Ha e 50 Ha por hora respectivamente, 
tendo-se a pista de pouso e decolagem há uma distância máxima de 5 km do centro da área a ser 
pulverizada e a extensão do “tiro” (comprimento de cada passada) com um mínimo de 500 metros. 
A grande vantagem proporcionada pelas aeronaves agrícolas no que se refere à rapidez ou rendimento 
da aplicação, apresenta-se como um argumento bastante atraente sob o ponto de vista do efeito 
desejado dos produtos quando visamos o momento certo (“timing”) do controle do alvo desejado, 
qualquer que seja a sua natureza (doenças, insetos, ácaros, plantas invasoras). Na prática, porém, isto 
não ocorre com frequência devido ao baixo número de aviões na frota brasileira. 
Condições ideais: 
 UR do ar maior que 70% 
 Velocidade do Vento menor que 9 km/h. 
 Temperaturas mais baixas. 
 Vida Útil: 8 a 10 safras. 
 
 
 
 42 
A barra de pulverização do avião Ipanema comporta até 50 bicos. 
Pela Lei o agricultor que for fazer pulverização aérea, precisa comunicar os apicultores que mantém 
criação em um raio de seis quilômetros da propriedade. O aviso tem que ser feito com 48 horas de 
antecedência. 
A aplicação aérea para controle de pragas agrícolas desses produtos deve seguir uma série de 
condições. Antes da aplicação, os produtores rurais deverão notificar os apicultores localizados em um 
raio de 6 km com antecedência mínima de 48h. 
3.7.5 - Planilha de Campo para calibração de pulverizador 
PLANILHA DE CAMPO PARA CALIBRAÇÃO DE PULVERIZADOR 
1. VAZÃO TOTAL DA BARRA (litros/min) 
VT = Vazão de cada bico (lts./min) x nº de bicos = ____________ 
2. VELOCIDADE DO TRATOR (m/seg) 
V = Distância (m) x 3,6 = _____________ km/h 
 Tempo de operação (seg) 
3. ÁREA TRATADA (ha/min) 
Área Tratada = Velocidade (m/min) x Largura de trabalho (m) = __________ (ha/min) 
 10.000 
Área = Distância (50 m) x Largura de trabalho (m) = ____________ m2 
Volume Aplicado = Vazão Total (litros/seg) x Tempo (seg) = __________ lts. 
Largura de Trabalho = Nº de Bicos x Distância entre Bicos = ___________ m 
4. TAXA DE APLICAÇÃO (VOLUME DE CALDA) (litros/ha) 
Taxa de Aplicação = Vazão Total (lts/min) = _____________ (litros/ha) 
 Área Tratada (ha/min) 
5. RECOMENDAÇÃO TÉCNICA OU DOSE (litros/ha) 
Aplicação do produto comercial por hectare = _________ litros/ha. 
6. QUANTIDADE DE PRODUTO COMERCIAL A SER ADICIONADO NO TANQUE (litros) 
Quantidade = Capacidade do Tanque (litros) X Dose (lts/ha) = ___________ litros 
Taxa de Aplicação 
Defensivo Agrícola = ________________________ litros. 
7. OBSERVAÇÕES 
Substituir bicos com variação de vazão maior que 10%. 
3.8 – BICOS 
3.8.1 – Tipos de Bicos 
São peças fundamentais para o êxito da pulverização e, da escolha correta e da manutenção depende o 
sucesso das pulverizações. Os tipos de bicos mais usados são: 
 Leque - Pulveriza formando um jato em forma de leque. Produzem gotas maiores minimizando a 
deriva. São mais usados na aplicação de herbicidas. Trabalham com pressões menores. 
Possuem várias séries, porém as mais utilizadas são as séries 80° e 110°. A numeração 80.04 
significa que 80° é o ângulo de abertura do leque e 0,4 indica a vazão expressa em galão/minuto 
e trabalha geralmente com a pressão no bico de 30 a 60 lb/pol2 (1 galão = 3,7 litros). Os bicos 
tipo cone são muito sensíveis a deriva, portanto deve-se evitar o seu uso quando estiver 
ventando. 
 Cônico - Assim chamado porque pulveriza formando um jato em forma de cone, sendo 
indicados para aplicação de produtos de ação de contato como os fungicidas e inseticidas. 
Produzem gotas finas dando maior cobertura na pulverização. As séries mais usadas são as D e 
X. Da série D o bico mais usado é o D2-25 para pulverizar pó em suspensão. Da série X, o mais 
 
 43 
usado é o bico X2. Trabalham com pressão acima de 45 lb/pol2. São indicados para 
pulverizações com baixo volume de água por produzirem um jato muito fino. 
Tipos de bicos usados na aplicação de formulações líquidas de acordo com a energia utilizada e 
indicações de uso. 
ENERGIA 
UTILIZADA 
TIPO DE BICO INDICAÇÕES DE USO 
Hidráulica Impacto, Leque e 
Cone 
Baixa pressão, gotas grandes (Herbicidas) Superfície 
plana 
 (Solos e paredes) Folhagem 
Gasosa Pneumático Vertical Folhagem em arbustos e árvores Aplicação espacial de 
aerossóis 
Centrífuga Disco rotativo e 
gaiolas (Micronair) 
Volumes pequenos com gotas de tamanho quase 
uniformes (herbicidas) 
Cinética Vibratório Produz gotas grandes (herbicidas) 
Térmica Produz neblina ou fumaça, uso em recinto fechado ou 
floresta. 
Elétrica Eletrohidrodinâmica Produtos oleosos, volumes reduzidos (0,5 a 1,5 L/ha). 
Fonte: Adaptado de Chain, 1989. 
TIPOS DE PONTAS DE PULVERIZAÇÃO 
TIPOS DE PONTAS CARACTERISTICAS 
Turbo Teejet (TT) Gotas de tamanho médio, grande ângulo de pulverização. 
Turbo TwinJet (TTJ60) 
Jato duplo, gotas de tamanho médio, boa penetração no dossel da 
planta. 
Air Induction Turbo Twinjet 
(AITTJ60) 
Jato duplo com indução de ar, melhor controle de deriva. 
Turbo Teejet Induction (TTI) Gotas de tamanho ultra grossas, melhor controle de deriva. 
 
1 bar = 14,22 lbs./pol2 (PSI) 
1 galão/min = 3,785 lts./min 
3.8.2 - Desgaste dos Bicos 
Durante as pulverizações deve-se verificar se a saída do líquido está correta. Após certo número de 
horas de trabalho, os bicos sofrem desgastes e precisam ser trocados para não prejudicar a 
pulverização. 
3.8.3 – Fatores que afetam a Durabilidade dos Bicos 
 Pressão: quanto maior for a pressão, mais acelerado é o desgaste. 
 Tipo de Produto: quanto mais abrasivo o produto, maior será o desgaste. 
 Qualidade da Água: quanto mais impurezas tiver, mais rápido será o desgaste do bico. 
 
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 Limpeza: nunca utilize objetos metálicos ou pontiagudos, em caso de entupimentos use jatos de 
ar, água limpa ou escova de cerdas de nylon, para não danificar os bicos. 
Vida útil dos diversosbicos de acordo com o material de fabricação. 
TIPO DE MATERIAL SIGLA DURAÇÃO 
(Horas) 
Cerâmica K 1.000 
Aço Inox Endurecido H 500 
Aço Inox S 400 
Polímero (Plástico) P 300 
Latão B 150 
 
Pontas de pulverização de Jato Plano XR Teejet, ângulo de 110°. 
BAR XR11001 XR11015 XR11002 XR11003 XR11004 XR11005 XR11006 XR11008 
1,0 0,23 0,34 0,46 0,68 0,91 1,14 1,37 1,82 
1,5 0,28 0,42 0,56 0,84 1,12 1,39 1,67 2,23 
2,0 0,32 0,48 0,64 0,97 1,29 1,61 1,93 2,58 
2,5 0,36 0,54 0,72 1,08 1,44 1,80 2,16 2,88 
3,0 0,39 0,59 0,79 1,18 1,58 1,97 2,37 3,16 
3,5 0,43 0,64 0,85 1,28 1,71 2,13 2,56 3,41 
4,0 0,46 0,68 0,91 1,37 1,82 2,28 2,74 3,65 
Pontas de pulverização de Jato Plano XR Teejet, ângulo de 80°. 
BAR XR8001 XR80015 XR8002 XR8003 XR8004 XR8005 XR8006 XR8008 
1,0 0,23 0,34 0,46 0,68 0,91 1,14 1,37 1,82 
1,5 0,28 0,42 0,56 0,84 1,12 1,39 1,67 2,23 
2,0 0,32 0,48 0,64 0,97 1,29 1,61 1,93 2,58 
2,5 0,36 0,54 0,72 1,08 1,44 1,80 2,16 2,88 
3,0 0,39 0,59 0,79 1,18 1,58 1,97 2,37 3,16 
3,5 0,43 0,64 0,85 1,28 1,71 2,13 2,56 3,41 
4,0 0,46 0,68 0,91 1,37 1,82 2,28 2,74 3,65 
 
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Pontas de pulverização de Jato Plano Turbo Teejet, ângulo de 110°. 
BAR TT11001 TT11015 TT11002 TT11003 TT11004 TT11005 
1,0 0,23 0,34 0,46 0,68 0,91 1,14 
1,5 0,28 0,42 0,56 0,84 1,12 1,39 
2,0 0,32 0,48 0,64 0,97 1,29 1,61 
2,5 0,36 0,54 0,72 1,08 1,44 1,80 
3,0 0,39 0,59 0,79 1,18 1,58 1,97 
3,5 0,43 0,64 0,85 1,28 1,71 2,13 
4,0 0,46 0,68 0,91 1,37 1,82 2,28 
4,5 0,49 0,72 0,97 1,45 1,93 2,42 
5,0 0,50 0,76 1,02 1,52 2,04 2,54 
5,5 0,54 0,80 1,07 1,61 2,13 2,67 
6,0 0,55 0,83 1,12 1,67 2,23 2,79 
Pontas de pulverização de Jato Plano AI Teejet, ângulo de 110°. 
BAR AI11015 AI11002 AI110025 AI11003 AI11004 AI11005 
2,0 0,48 0,65 0,81 0,96 1,29 1,61 
3,0 0,59 0,79 0,99 1,18 1,58 1,97 
4,0 0,68 0,91 1,14 1,36 1,82 2,27 
5,0 0,76 1,02 1,28 1,52 2,04 2,54 
6,0 0,83 1,12 1,40 1,67 2,23 2,79 
7,5 0,90 1,21 1,51 1,80 2,41 3,01 
8,0 0,96 1,30 1,62 1,92 2,28 3,22 
 
 
 
 
 
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3.9 – CUIDADOS PARA MELHORAR E EVITAR PERDAS NA APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS 
AGRÍCOLAS 
Em praticamente todas as propriedades agrícolas, faz se o uso da aplicação de produtos fitossanitários. 
A utilização destes produtos tem por objetivo promover a proteção das culturas, e englobam herbicidas, 
inseticidas, acaricidas, fungicidas, dentre outros. O objetivo final da aplicação desses produtos é atingir o 
alvo biológico, seja ele inseto, ácaro, erva daninha (erva), fungos ou bactérias, dentre outras. 
Confira diariamente a vazão dos bicos, na conferência com o produto deixe a espuma baixar antes de 
fazer a leitura. Toda leitura deve ser feita segurando-se a caneca ou saco medidor na altura dos olhos. 
Limpe os filtros do tanque e dos bicos diariamente, ou com maior freqüência, caso necessário. 
Em muitos casos, durante a aplicação pode ocorrer o desvio do produto em relação ao alvo, ocorrendo à 
chamada deriva. Toda vez que um produto é aplicado ocorre à deriva em menor ou maior quantidade. 
Deriva é o movimento de um produto no ar, durante ou depois da aplicação, para um local diferente do 
planejado para aplicação. A deriva reduz o efeito do produto, uma vez que a dose aplicada será menor, 
além de causar prejuízos econômicos, quando atinge culturas próximas da área de aplicação. Apesar de 
a eliminação completa da deriva ser impossível, os problemas podem ser reduzidos se a aplicação for 
realizada sob condições climáticas adequadas e com os equipamentos bem regulados. A seguir serão 
comentadas as principais causas da deriva e algumas medidas para reduzi-la. 
A deriva é indesejável porque resulta em uso ineficiente do equipamento de aplicação e o tempo do 
operador; pode levar a uma sub-dosagem do produto e, conseqüentemente, em um controle ineficaz do 
problema, exigindo aplicações adicionais. Dessa forma, pode-se aumentar os custos de produção. A 
deriva pode causar perdas financeiras com ações na justiça por danos a culturas sensíveis adjacentes, 
contaminação não intencional de produtos comestíveis por resíduos do defensivo, contribuindo para a 
poluição do ar e recursos de água, dentre outros. 
Fatores que afetam a deriva nas pulverizações: 
1. Tamanho da Gota: O tamanho da gota produzida é um dos fatores mais importante que afetam a 
deriva. Os diâmetros das gotas são medidos em micrômetros. Um micrômetro é 1/1000 do milímetro. 
Quanto menor o tamanho da gota, maior sua susceptibilidade à deriva e melhor a distribuição. Os 
principais fatores que afetam o tamanho da gota são: o bico utilizado (Define o tamanho da gota 
produzida); pressão de trabalho, quanto maior a pressão utilizada, maior será a quantidade de gotas 
pequenas, com facilidade de deriva; condições climáticas, ou seja, quanto maior a temperatura e a 
umidade relativa, maior a probabilidade de a gota produzida reduzir seu tamanho (Secamento) e, 
conseqüentemente, ser perdida por deriva. Quanto menor o diâmetro da gota, menor será seu tempo 
de permanência no ar, sua velocidade e distância percorrida, podendo ser evaporada, antes de atingir 
o alvo. Dessa forma, maior será a probabilidade da gota ser aerotransportada e não atingir o alvo 
desejado. Resultados de pesquisas evidenciam que há uma grande diminuição no potencial de deriva 
para gotas de diâmetros acima de 150 ou 200 micrômetros. Deve ser ressaltado que o potencial de 
deriva da gota depende muito da velocidade do vento. Dessa forma, o potencial de deriva para 
determinados diâmetros de gota é insignificante dependendo da velocidade do vento. No entanto, a 
deriva pode ser muito grande, quando as gotas são menores que 150 micrômetros e a velocidade do 
vento é elevada. Gotas menores podem ser deriváveis por longas distâncias, devido a seu baixo peso. 
2. Tipo de Bico: A maioria dos pulverizadores agrícolas atuais usa bicos hidráulicos para atomizar o 
líquido em gotas. Bicos hidráulicos produzem um amplo espectro de tamanhos de gotas. Atualmente, 
existem bicos no mercado, que produzem gotas relativamente grandes, as quais estão menos sujeitas 
às derivas. No entanto, gotas muito grandes podem não dar uma boa distribuição dos produtos 
aplicados, como desejado. Os bicos leque de maior ângulo também devem ser preferidos, uma vez 
que o leque maior permite trabalhar com menores alturas da barra de pulverização, diminuindo-se os 
efeitos nocivos dos ventos. Quando o tamanho do orifício da ponta aumenta, o tamanho da gota 
geralmente aumenta também, enquanto o percentual de gotas pequenas diminui. Porém, têm se 
preferido os bicos de menor capacidade de vazão, pois eles requerem menor volume de calda por 
área. 
3. Altura da Barra de Pulverização do Alvo: A velocidade do vento é normalmente maior quanto maior 
for à altura em relação ao solo. Dessa forma, quanto mais próximo do solo estiverem os bicos do seu 
alvo, menor probabilidade de ocorrer deriva. Porém, abaixando-se a barra sem fazer ajustes nos 
espaçamentos dos bicos poderemos produzir uma faixa de pulverização irregular com faixas sem 
tratamento, principalmente se forem utilizadas pontas de jato leque. Este problema pode ser reduzido 
usando-se uma ponta de maior ângulo (110º). Dessa forma, abaixando-se a barra deve-se observar 
se o leque está sendo formado. Para bicos comuns recomenda-se que a altura da barra deve ser igual 
ao espaçamento entre bicos. Assim, se os bicos estiverem espaçados a 50 cm, essa deve ser a altura 
 
 47 
da barra em relação ao alvo. A utilização de bicos especiais anti-deriva permite a redução da altura de 
trabalho e, conseqüentemente, a redução da probabilidade de deriva. 
4. Pressão de Pulverização: A pressão de pulverização exercida sobre o bico hidráulico fornece 
energia para quebrar o fluxo do liquido em gotas, este é um fator fundamental para regular tamanho 
de gota pulverizada. Em geral, maiores pressões produzem gotas menores. Um estudo desenvolvido 
na Universidade de Ohio demonstrou que o aumento da pressão de 20 para 40 psi dobrou a 
quantidade de gotas menores

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