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1 Formas Farmacêuticas Homeopáticas de uso Interno Homeopatia Profª Rozângela Magalhães Manfrini UFJF http://www.es.gov.br/site/files/arquivos/imagem/homeopatia.jpg 2 Segundo a FHB III: FORMAS FARMACÊUTICA LÍQUIDAS FORMAS FARMACÊUTICA SÓLIDAS Gotas; Dose única líquida; Formulações líquidas. Comp.; Glob.; Pós; Tabl.; DU sólida; Formulações sólidas. 3 Formas Farmacêuticas Homeopáticas LÍQUIDAS 4 GOTAS: sol. oral, geralmente em álcool 30%. Métodos de obtenção: H, K e FC. Técnica de obtenção da Preparação Líquida: Aconitum napellus 6 CH. Conteúdo: 20 ml Tomar conforme prescrição médica. Nome do medicamento: Aconitum napellus Potência: sexta dinamização Escala: centesimal Método: hahnemanniano clássico Volume: 20 mL 5 Plumbum metallicum 30CH. Conteúdo: 15 mL Tomar conforme prescrição médica. (Obs.: IA sólido) Nome do medicamento: Plumbum metallicum Potência: trigésima dinamização Escala: centesimal Método: hahnemanniano da TRITURAÇÃO, para as três primeiras din., pois trata-se de droga insolúvel, e HAHNEMANNIANO CLÁSSICO para as demais din. Volume: 15 mL 6 Grindelia robusta 5LM. Conteúdo: 20 mL Tomar conforme prescrição médica. Nome do medicamento: Grindelia robusta Potência: quinta LM Escala: LM Método: hahnemanniano da TRITURAÇÃO, para as três primeiras din. e LM para as demais din. Volume: 20 mL para dispensação Dispensação utilizando o mcglob. na 5LM: dissolver 1 mcglob. na potência desejada, em uma gota de água purificada e acrescentar etanol a 30%. 7 Dispensação da Preparação Líquida: Dispensar sempre o volume indicado na receita ou o padronizado pela farmácia; Medicamentos nas potências até 3CH e 6DH, observação no rótulo: “deverá ser administrado diluído em água na hora do uso” 8 Dose Única Líquida: deverá ser tomada de uma só vez. Métodos de obtenção H, K e FC. Técnica de obtenção da DU líquida: 1. Ponto de partida: a matriz na potência desejada diluída em água purificada ou álcool 5% (v/v); 2. Preparar o volume e proporção indicados na receita ou se não especificado na receita, preparar 2 gotas da matriz desejada/ml do insumo inerte, até um volume máximo de 10 mL. 3. Rotular de acordo com as normas técnicas legais. 9 Pulsatilla nigricans 30 CH DU líquida, Conteúdo: 1 mL Tomar todo o conteúdo do frasco de uma só vez. Preparação líquida de dose única líquida: Utilizar a matriz de Pulsatilla nigricans na potência 30 CH, transferir duas gotas desta para um flaconete e acrescentar 1mL de etanol a 5% ou água purificada. Misturar e rotular. 10 Formulações Líquidas: composição um ou mais insumos ativos, obtidas por meio dos métodos H, K e de FC. Técnica de Obtenção das Formulações Líquidas: 1. Com um insumo ativo: 1.1.Diluição do insumo ativo no volume de insumo inerte indicado na receita; 1.2.Rotular de acordo com as normas técnicas legais. 11 a) Lycopodium clavatum 30 CH ........ XX gotas Água purificada .................................. 30 mL ou, Lycopodium clavatum 30 CH ............. XX/30 mL b) Lycopodium clavatum 30 CH ..... X gotas Etanol a 96% (v/v) ............................ V gotas Água purificada ............................... 30 mL ou, Lycopodium clavatum 30 CH .......... X/V/30 mL 12 c) Lycopodium clavatum 30 CH ...... 1% Etanol a 30% (v/v)..................... qsp 30 mL Diluir 0,3 mL (1%) de Lycopodium clavatum 30 CH , preparada em álcool 30%, em qsp 30mL de álcool 30%. Misturar. Transferir a mistura para um frasco de 30 mL e rotular. 13 2. Com mais de um insumo ativo: 2.1. Preparar, separadamente, nas dinamizações desejadas, os medicamentos constantes da formulação em etanol a 30%; 2.2. Misturar essas preparações em partes iguais ou nas proporções adequadas para o volume indicado; 2.3. Transferir para o frasco a ser dispensado; 2.4. Rotular de acordo com as normas técnicas legais. 14 a) Belladonna 6 CH ãã .......... 30 mL Phytolacca dec. 6 CH b) Belladonna 6 CH ãã ..... qsp ..... 30 mL Phytolacca dec. 6 CH Procedimento: misturar 30 mL de cada medicamento obtendo-se o volume final de 60 mL. Procedimento: misturar 15 mL de cada medicamento obtendo-se o volume final de 30 mL. 15 c) Belladonna 6 CH .....................................1% Phytolacca dec. 6 CH ..............................2% Etanol a 30% (v/v) ................ qsp .......... 30 mL Procedimento: misturar 0,3 mL (1%) de Belladonna 6 CH com 0,6 mL (2%) de Phytolacca dec. 6 CH e completar o volume para 30 mL com álcool a 30% (v/v). 16 Formas Farmacêuticas Homeopáticas SÓLIDAS 17 Comprimidos: peso entre 100 e 300 mg de lactose ou mistura de lactose e sacarose. Técnica de obtenção dos Comprimidos: Insumo ativo líquido Insumo ativo sólido (trituração) Compressão e Impregnação Compressão Proporção de 10% v/p de A/I 18 Colocynthis 5CH. Comprimidos. Conteúdo: 15g Chupar 1 comprimido 4 x ao dia. Preparar o ativo 5 CH de acordo com o método hahnemanniano dos frascos múltiplos c/ etanol ≥ 77% na última dinamização. Pesar 15 g de comp. inertes e colocá-los em um frasco de boca larga. Impregnar com 1,5 mL (10% v/p) do ativo a 5 CH. 19 Glóbulos: peso de 30, 50 ou 70 mg de sacarose ou mistura de sacarose e lactose. Técnica de obtenção de Glóbulos: Proporção de 5% v/p de A/I IMPREGNAÇÃO 20 Veratrum album 12 DH. Glóbulos. Conteúdo: 15g Chupar 5 glóbulos 4 vezes ao dia Preparar o ativo de acordo com o método hahnemanniano dos frascos múltiplos c/ álcool ≥ 77% na últma dinamização. Pesar 15g de glob. inertes e colocá-los em um frasco. Impregnar com 0,75 mL (5%(v/p)) do ativo. Embalar e rotular. 21 Pós: peso entre 300 e 500 mg. Veículo lactose. Técnica de Obtenção dos Pós para: IA líquido IA sólido IA sólidos e líquidos Proporção de 10% (v/p) ou (p/p) de A/I IM P R E G N A Ç Ã O ; M IS T U R A O U A M B O S 22 Natrium muriaticum 30CH Pós. Conteúdo: 12 papéis de 500 mg Tomar todo conteúdo de 1 papel 2 x ao dia, por 10 dias. Preparar o insumo ativo, Natrium muriaticum a 30CH, em etanol ≥ 77%, pelo método dos frascos múltiplos. Pesar 6 g de lactose (500 mg x 12 papéis). Impregnar a lactose com 0,6 mL (10%) do ativo a 30CH. Misturar e secar em gral. Repartir a lactose empregada em 12 porções de 500 mg. Acondicionar, embalar e rotular. 23 Magnesium phosphoricum 3DH Pós. Conteúdo: 30 papéis de 500 mg. Tomar todo o conteúdo de 1 papel 3 vezes ao dia, por 10 dias. Obs.: IA sólido Preparar o insumo ativo, Magnesium phosphoricum 3DH, em lactose, pelo método hahnemanniano da trituração. Pesar 13,5 g (90%) de lactose 1,5 g (10%) de Magnesium phosphoricum 3DHtrit. (30 papéis de 500 mg cada um = 15g). Misturar em gral. Repartir em 30 porções de 500mg cada uma. Acondicionar em papéis. Embalar em um pote de boca larga e rotulá-lo. 24 Tabletes: peso entre 100 e 300 mg. Obtenção por moldagem da lactose. Técnica de obtenção dos Tabletes: Insumo ativo líquido Insumo ativo sólido Impregnação Moldagem Moldagem FHB III: proporção 10% (v/p) ou (p/p). 25 Calcarea carbonica 3DHtrit. Tabletes. Conteúdo: 10g Obs.: IA sólido Retirar do estoque 1 g (10%, mínimo de 10%) da trituração de Calcarea carbonica 3DHtrit. Misturar com 9 g (90%) de lactose e homogeneizar. Dar o ponto de moldagem com solução hidroalcóolica ≥ 77% (v/v). Moldar em tableteiro e secar em estufa temperatura inferior à 50°C. Embalar e rotular. 26 Dose Única Sólida: quantidade limitada de medicamento na forma sólida a ser tomada de uma só vez. Quando a quantidade não for especificada na prescrição, dispensar: Glóbulo = 5 unidades Tablete = 1 unidade Comprimido = 1 unidade Pó = 1 unidade de 300 a 500 mg de lactose. Volume de ativo a ser impregnado: 2 gotas ou conforme a prescrição. 27 Sulfur 30CH. Conteúdo: 5 glob. Deixar dissolver na boca todo o conteúdo do frasco, em jejum. Preparar o Sulphur na potência 30CH, em etanol ≥ 77%, pelo método hahnemnniano. Transferir cinco glóbulos para um flaconete (ou outro recipiente adequado) e acrescentar duas gotas de insumo ativo líquido. Impregnar, homogeneizando. Secar sobre um papel de filtro. Embalar e rotular. 28 1) Com dois ou mais insumos ativos líquidos: Arsenicum album 6 CH ãã ...........qsp 20 comp. China 6 CH 2) Com dois ou mais insumos ativos sólidos: Calcarea carbonica 3 CH trit. ãã....qsp 20 comp. Graphites 3 CH trit. Formulações Sólidas – Comprimidos, tabletes, pós (10%IA) 29 3) Com insumos ativos sólidos e líquidos (compressão): considerar o para o cálculo 1 comp = 0,300g. Calcarea carb. 3 DH trit. ãã............qsp 5% Calcarea phosph. 3 DH trit. China officinalis 3 CH ãã........... qsp 5% Avena sativa 3 CH Lactose...............................qsp........... 80 comp. 30 3) Com insumos ativos sólidos e líquidos (compressão): Calcarea carb. 3 DH trit. ãã............qsp 5% Calcarea phosph. 3 DH trit. China officinalis 3 CH ãã........... qsp 5% Avena sativa 3 CH Lactose.................................qsp........... 80 comp. Peso total: 80 x 0,300g (peso de 1 comp.) = 24g Volume total de ativos liq. (5%): 1,2 mL. Volume total de ativos sol. (5%): 1,2 g. Peso total de inerte: 24g – 1,2 g = 22,8 g de lactose . Misturar e homogeneizar a fase líquida. Adicionar 1,2 mL da fase líquida a 22,8g de inerte e homogeneizar. Em seguida, misturar e homogeneizar a fase sólida. Adicionar 1,2 g da fase sólida na preparação e homogeneizar. Levar a compressão, secar, embalar e rotular. 31 1) Com dois ou mais insumos ativos líquidos: Paeonia officinalis 6 CH ãã ... qsp... 15 g glob. Hamamelis 6 CH Formulações Sólidas – Glóbulos (5%IA): 32 1) Com um insumo ativo líquido: a dose única sólida será impregnada com duas gotas de insumo ativo. A Gelsemiun 30 CH .......... 1 comprimido B Gelsemiun 30 CH .......... 5 glóbulos C Gelsemiun 30 CH .......... 1 papel D Gelsemiun 30 CH .......... 1 tablete E Gelsemiun 30 CH .......... 1 flaconete ou 1 sachê Formulações Sólidas – Dose Única Sólida: 33 2) Com dois ou mais insumos ativos líquidos: A dose única sólida será impregnada com duas gotas da mistura de ativos. A Gelsemium 30 CH ãã... qsp... 1 comp. Eupatorium perfoliatum 30 CH B Gelsemium 30 CH ãã...qsp... 5 glób. Eupatorium perfoliatum 30 CH 34 3) Com um insumo ativo sólido: conforme técnica para comp., tabl. ou pó. a) Calcarea carbonica 3 CH trit. ....... 1 comp. b) Calcarea carbonica 3 CH trit..........1 papel, 1 sachê ou 1 flaconete c) Calcarea carbonica 3 CH trit..........1 tablete Técnica: a) compressão; b) mistura e c) moldagem. 35 4) Com dois ou mais insumos ativos sólidos: a) Calcarea carb. 3 CH trit. ãã..qsp..1comp. Ferrum metallicum 3 CH trit. 36 Formas Farmacêuticas Homeopáticas de uso Externo 37 Linimentos Preparações Nasais Preparações Oftálmicas Preparações Otológicas Formas Farmacêuticas sólidas Apósitos medicinais Pós medicinais Supositórios retais Supositórios vaginais Formas Farmacêuticas semissólidas Cremes Géis Géis-cremes Pomadas Formas Farmacêuticas para uso externo Formas Farmacêuticas líquidas http://www.albertoseabra.com.br/imgs/img_pistao.jpg 38 FORMA FARMACÊUTICA LÍQUIDA - LINIMENTOS: São preparações farmacêuticas que contém em sua composição insumo(s) ativo(s) dissolvido(s) em óleos, podendo ser incorporadas em soluções alcoólicas ou emulsões. Insumo inerte: soluções alcoólicas, óleos e bases emulsionáveis. Proporção 10% (p/v) ou (v/v) de A/I 39 FORMA FARMACÊUTICA LÍQUIDA – PREPARAÇÕES NASAIS: São preparações destinadas à aplicação na mucosa nasal sendo apresentadas sob formas líquidas ou semi-sólidas. Insumo inerte: água purificada, solução de cloreto de sódio 0,9% (p/v), soluções hidroglicerinadas e bases para preparações semissólidas. Proporção 1% a 5% (p/v) ou (v/v) de A/I 40 FORMA FARMACÊUTICA SÓLIDA - APÓSITOS: São substratos adequados umedecidos com insumo(s) ativo(s) na potência desejada e na quantidade prescrita. Substratos: algodão esterilizado ou gaze esterilizada. 41 Sulfur 3DH trit. ..................10g Trissilicato de magnésio*....90g Passar no local afetado 3 vezes ao dia. * Insumo inerte: amidos, carbonatos, estearatos, óxidos, silicatos e outros. FORMA FARMACÊUTICA SÓLIDA – PÓS MEDICINAIS OU TALCOS MEDICINAIS (proporção 10% A/I): 42 Formas Farmacêuticas Semissólidas – CREMES São preparações emulsionadas constituídas por uma fase aquosa, uma oleosa e um agente emulsivo. Insumo inerte: bases emulsionáveis ou auto- emulsionáveis. Mais comuns: Crodabade e Lanette. http://i.l.cnn.net/cnn/2008/HEALTH/02/05/healthmag.creams/art.cream.jpg 43 GÉIS São dispersões coloidais hidrofílicas predominantemente, constituídas por uma fase sólida e uma líquida, de aspecto homogêneo. Insumo inerte: alginatos, derivados de celulose e outras bases para géis. Base mais comum - Carbopol. http://theriverreporter.files.wordpress.com/2009/03/tube-gel-istock4502483.jpg 44 GÉIS-CREMES Também chamados cremes oil free, de aspecto homogêneo, que apresentam características comuns aos géis e cremes, com alto teor de fase aquosa e baixo teor de conteúdo oleoso. Insumo inerte: bases emulsionáveis ou auto- emulsionáveis, derivados de celulose e outras bases. 45 POMADAS São preparações monofásicas de caráter oleoso ou não. Insumo inerte: substâncias graxas (vaselina e lanolina), alginatos, derivados de celulose, polímeros carboxivinílicos e outras bases. 46 Técnica de obtenção de Cremes, Géis, Géis-creme e pomadas: Proporção de 10% (v/p) ou (p/p) de A/I 47 Outras Formas Farmacêuticas de uso externo Tintura-mãe: Pode ser utilizada externamente; Entretanto, deve ser diluída imediatamente antes do seu uso em 20 partes de água destilada, fervida ou filtrada; Seu prazo de validade é de 24 horas após a diluição. 48 Pseudo-hidrolato: É uma mistura de 10% de TM, 5% de glicerina e quantidade suficiente para 100 ml de solução hidroalcoólica a 10%; O prazo de validade recomendado é de 30 dias. Gliceróleo: É uma mistura de 10% de TM, 45% de glicerina e 45% de água destilada; Seu prazo de validade é de 6 meses. 49 Xampus: A base para xampu é composta de lauril etersulfatos, amidas, anfóteros, água destilada, espessantes, corretivos de pH e outros; A TM é incorporada numa concentração de 2 a 5%; A validade recomendada é de 1 ano. 50 Sabonetes: A base glicerinada para sabonetes sólidos ou líquidos é constituída de detergentes, estabilizantes de espuma, corretivos de pH, ceras, água destilada etc. A TM é incorporada numa concentração de 2 a 5%; A validade recomendada é de um ano. 51 Referências Bibliográficas FONTES, O. L. Farmácia homeopática: teoria e prática. 2.ed. São Paulo: Ed. Manole, 2005, 354 p. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE FARMACÊUTICOS HOMEOPATAS. Manual de normas técnicas para farmácia homeopática. 3. ed. São Paulo, 2003. Farmacopéia Homeopática Brasileira 3ª edição, 2011. RDC Nº 67, 08/10/2007.
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