Buscar

redacaooficial1_20101220110823 (1)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

REDAÇÃO OFICIAL PROFESSORA SOCORRO 
1 
 
1. REDAÇÃO OFICIAL 
 
1.1. DEFINIÇÃO 
REDAÇÃO OFICIAL é a maneira 
pela qual o poder Público redige atos 
normativos e comunicações. Trata-se de 
comunicação entre unidades 
administrativas dos Três Poderes e 
também destes com empresas e 
indivíduos. 
Não confundir com a redação 
comercial e a bancária, pois estas se dão 
entre empresas privadas e destas com o 
Poder Público e com indivíduos. A 
redação oficial segue normas, enquanto a 
redação comercial e a bancária, seguem 
outras. 
 
1.2. NORMAS 
A portaria número 1 do Ministério da 
Justiça, de 8 de julho de 1937, 
estabelecia quinze fechos padronizados 
para correspondências oficiais. Com o 
tempo, percebeu-se que ficava 
prejudicada a eficiência e a agilidade das 
comunicações no serviço público. Assim, 
já em 1983, após quase meio século de 
vigência uma tentativa de simplificação 
dos fechos foi empreendida pela 
Instrução Normativa 133, de 2 de março 
de 1982, do então Departamento 
Administrativo do Serviço Público. Foi 
somente uma tentativa, porque este texto 
apenas recomendava a simplificação, 
sem torná-la obrigatória. 
Mais tarde, em 1991, a Presidência 
da República deu o golpe de misericórdia 
nos padrões arcaicos de redação. 
Publicado pela Secretaria-Geral da 
Presidência da República, na forma da 
Portaria nº 2 de 11 de janeiro de 1991 
(Diário Oficial da União de 15 de janeiro 
de 1991). O Manual de Redação da 
Presidência da República simplificou e 
uniformizou as comunicações no serviço 
público. Com essa portaria, a Presidência 
revogou a Portaria nº do Ministério da 
Justiça de 1937. 
O Manual da Presidência foi 
elaborado com o fim de aplicar à 
correspondência oficial os princípios da 
administração pública constantes do 
artigo 37 da Constituição Federal: “A 
administração pública direta, indireta ou 
fundacional, de qualquer dos poderes da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e 
dos Municípios, obedecerá aos princípios 
de legalidade, impessoalidade, 
moralidade, publicidade e eficiência. (...)”. 
Destes princípios, o Manual destaca que, 
sendo a publicidade, a impessoalidade e 
a eficiência princípios fundamentais de 
toda administração pública, devem 
portanto, nortear a elaboração dos atos e 
comunicações oficiais. 
Além dessas normas, no Diário 
Oficial da União de 9 de março de 1992, a 
Secretaria da Administração Federal, 
baixou a Instrução Normativa nº 4, 
tornando obrigatória, nos órgãos da 
Administração Federal, a observação das 
modalidades de comunicação oficial 
constantes no Manual de Redação da 
Presidência da República. 
Em 4 de dezembro de 2002, foi 
publicada a 2ª edição desse Manual de 
Redação da Presidência, por meio da 
portaria nº 91 da Casa Civil da 
Presidência. As alterações que ele 
introduziu já estão em vigor, mas não 
revogam a Instrução Normativa nº 4 de 
REDAÇÃO OFICIAL PROFESSORA SOCORRO 
2 
 
1992, que exige a observância do Manual 
nos órgãos da Administração Federal. 
 
1.2.1. O PADRÃO OFÍCIO 
Veremos agora, em um texto oficial 
de amplo uso como se aplicam as 
orientações legais em vigor. 
Existem três tipos de 
correspondências que se distinguem mais 
pela finalidade do que pela forma. São 
eles o ofício, o aviso, e o memorando. A 
fim de obter uma diagramação única, 
adota-se o chamado padrão ofício. 
Portanto, as partes descritas abaixo 
aplicam-se a todos os três. Ou seja, O 
AVISO, O OFÍCIO E O MEMORANDO 
DEVEM CONTER AS SEGUINTES 
PARTES: 
 
a) tipo e número do expediente, o ano, 
seguido da sigla do órgão que o 
expede: 
 
Exemplos: 
Mem. 123/2002-MF 
Of. 123/2002-MME 
Aviso 123/2002-SG 
 
b) local e data em que foi assinado, por 
extenso, com alinhamento à direita 
 
Exemplo: 
Brasília, 19 de abril de 2003. 
 
c) destinatário: o nome e o cargo da 
pessoa a quem é dirigida a comunicação, 
no caso de aviso ou de memorando. No 
caso do ofício deve ser incluindo o 
endereço postal. 
 
Exemplo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
d) assunto: resumo do teor do 
documento: 
 
Exemplos: 
Assunto: Produtividade do órgão em 2002 
Assunto: Necessidade de aquisição de 
novos computadores 
 
e) vocativo: forma de invocação, 
conforme o nível hierárquico do 
destinatário (veja item 1.2.2) 
 
f) texto: nos casos em que não for de 
mero encaminhamento de documentos, 
o expediente deve conter a seguinte 
estrutura: 
 
- introdução, que se confunde com o 
parágrafo de abertura, na qual é 
apresentado o assunto que motiva a 
comunicação. Evite uso das formas: 
“Tenho a honra de”, “Tenho o prazer de”, 
Cumpre-me informar que”. Empregue a 
forma direta; 
 
- desenvolvimento, no qual o assunto é 
detalhado: se o texto contiver mais de 
uma idéia sobre o assunto, elas devem 
No memorando ou no aviso 
A Sua Excelência o Senhor 
Governador Joaquim Roriz 
 
 
No Ofício 
 A Sua Excelência o Senhor 
Governador Joaquim Roriz 
Palácio do Buriti 
70.000-000 – Brasília-DF 
 
 
REDAÇÃO OFICIAL PROFESSORA SOCORRO 
3 
 
ser tratadas em parágrafos distintos, o 
que confere maior clareza à exposição; 
 
- conclusão, em que é reafirmada ou 
simplesmente reapresentada a posição 
recomendada sobre o assunto. 
 
Já quando se tratar de mero 
encaminhamento de documentos, a 
estrutura é a seguinte: 
 
- introdução: deve iniciar com referencia 
ao expediente que solicitou o 
encaminhamento. Se a remessa do 
documento não tiver sido solicitada, deve 
iniciar com a informação do motivo da 
comunicação, que é encaminhar. 
indicando a seguir os dados completos do 
documento encaminhado (tipo, data. 
origem ou signatário, e assunto de que 
trata), e a razão pela qual está sendo 
encaminhado, segundo a seguinte 
fórmula: 
 “Em resposta ao Aviso nº 12, de 
fevereiro de 1991, encaminho, anexa, 
cópia do Ofício nº 34, de 3 de Abril de 
1990, do Departamento Geral de 
Administração, que trata da requisição do 
servidor Fulano de Tal.” 
 ou 
 “Encaminho, para exame e 
pronunciamento, a anexa cópia do 
telegrama nº 12, de 1º de fevereiro de 
1991, do Presidente da Confederação 
Nacional de Agricultura, a respeito de 
projeto de modernização de técnicas 
agrícolas na região Nordeste.” 
 
- desenvolvimento: se o autor da 
comunicação desejar fazer algum 
comentário a respeito do documento 
que encaminha, poderá acrescentar 
parágrafos de desenvolvimento: em caso 
contrário, não há parágrafos de 
desenvolvimento em aviso ou ofício de 
mero encaminhamento. 
 
g) numeração dos parágrafos. Numera-
se do primeiro parágrafo após o vocativo 
até o último, exceto o de fecho. O número 
é colocado junto da margem esquerda do 
texto, no alinhamento da entrada do 
parágrafo. Não é feita esta numeração 
quando os parágrafos estão organizados 
em itens ou subtítulos. 
 
h) fecho. no centro ou alinhado em os 
parágrafos e separado deles pelo mesmo 
espaçamento que há entre parágrafos; 
 
i) assinatura. No centro da página, 
digita-se o nome completo de quem 
assina o texto. Logo acima apõe-se a 
assinatura, sem linha de sublinhado. 
Quanto ao espaçamento, o Manual da 
Presidência não exige uma distância 
mínima entre o fecho e a assinatura; 
 
j) identificaçãodo signatário (quem 
assina o expediente). Ao centro e na 
linha logo abaixo do nome, indica-se o 
cargo do signatário. 
 
 
 
FORMATO PARA DIAGRAMAÇÃO 
 
 Os documentos do Padrão Ofício 
(Ofício, Memorando e Aviso), bem como a 
Exposição de Motivos e a Mensagem, 
seguem a seguinte forma de 
apresentação: 
 
I) deve ser utilizada fonte do tipo Times 
New Roman de corpo 12 no texto geral, 
11 nas citações, e 10 nas notas de 
rodapé; 
REDAÇÃO OFICIAL PROFESSORA SOCORRO 
4 
 
II) para símbolos não existentes na fonte 
Times New Roman poder-se-á utilizar as 
fontes Symbol e Wingdings; 
III) é obrigatório constar a partir da 
segunda página o número da página; 
IV) os ofícios, memorandos e seus 
anexos poderão ser impressos em ambas 
as faces do papel. Neste caso, as 
margens esquerda e direita terão as 
distancias invertidas nas páginas pares 
(“margem espelho”); 
V) o início de cada parágrafo deve ter 
2,5 cm de distância da margem esquerda 
do texto; 
VI) o campo destinado à margem lateral 
esquerda terá, no mínimo 3,0 cm de 
largura; 
VII) o campo destinado à margem lateral 
direita terá 1,5 cm; 
VIII) deve ser utilizado espaçamento 
simples entre as linhas de 6 pontos após 
cada parágrafo, ou, se o editor de texto 
utilizado não comportar esse recurso, de 
uma linha em branco; 
IX) não deve haver abuso no uso de 
negrito, itálico, sublinhado, letras 
maiúsculas, sombreado. sombra, relevo, 
bordas ou qualquer outra forma de 
formatação que afete a elegância e a 
sobriedade do documento; 
X) a impressão dos textos deve ser feita 
na cor preta em papel branco. A 
impressão colorida deve ser usada 
apenas para gráficos e ilustrações; 
XI) o papel deve ser de tamanho A-4, ou 
seja, 29,7 cm x 21,0 cm; 
XII) deve ser utilizado, preferencialmente, 
o formato de arquivo Rich Text nos 
documentos de texto; 
XIII) dentro do possível, todos os 
documentos elaborados devem ter o 
arquivo de texto preservado para consulta 
posterior ou aproveitamento de trechos 
para casos análogos; 
XIV) para facilitar a localização, os nomes 
dos arquivos devem ser formados da 
seguinte maneira; 
 
tipo do documento + número do 
documento - palavras-chave do conteúdo 
 
Exemplo: 
 
Of. 123 – relatório produtividade ano 2002 
 
 
OFÍCIO 
 
Definição e finalidade 
 
 O ofício tem como finalidade o 
tratamento de assuntos oficiais pelos 
órgãos da Administração Pública entre si 
e também com particulares. 
 
 Além das partes do padrão ofício, o 
ofício deve ter ainda: 
 
a) VOCATIVO, que invoca o destinatário, 
seguido de vírgula ou dois pontos. 
 
Exemplos: 
 
Excelentíssimo Senhor Presidente da 
República, 
Senhora Ministra, 
Senhor Chefe de Gabinete, 
 
b) no cabeçalho ou no rodapé figuram as 
informações do remetente: 
 
- nome do órgão ou setor; 
- endereço postal; 
- telefone e endereço de correio eletrônico 
 
 
 
REDAÇÃO OFICIAL PROFESSORA SOCORRO 
5 
 
O PADRÃO OFÍCIO (quadro ilustrativo) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Órgão / Setor 
Endereço postal 
Telefone e Endereço de Correio Eletrônico 
 
Ofício n. _____/ano/__(origem) 
Local, data 
 
 
Endereço 
do destinatário 
 
Assunto: 
 
 
 Vocativo, 
 
1. ___________________________________________
__________________________________________________
_________________________________. 
 
 
2. ___________________________________________
__________________________________________________
_________________________________. 
 
3. ___________________________________________
__________________________________________________
_________________________________. 
 
 
 Fecho. 
 
 
 
Assinatura 
Nome 
Cargo do Signatário 
 
 
 
 
 
Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios 
Palácio da Justiça, Praça Municipal 
CEP 70.000-000 – Brasília-DF 
Telefone: xxxx-xxxx, tjdf@tjdf.gov.br 
 
 
Ofício 123/2003/TJDFT – Pres. 
Brasília, 10 de setembro de 2003. 
 
 
 
A Sua Excelência o Senhor 
Governador Joaquim, Roriz 
Palácio do Buriti 
70.000-000 – Brasília – DF 
 
Assunto: Posse dos novos serventuários da Justiça 
 
 
 Senhor Governador, 
 
1. Convidamos Vossa Excelência a prestigiar a cerimônia 
de posse dos novos servidores da Justiça do Distrito Federal e 
dos Territórios. 
2. O evento ocorrerá em 25/09/2003, quinta-feira, às 
14h30, no Salão Nobre do Palácio da Justiça. 
3. Vossa Excelência será aguardado como paraninfo da 
turma de servidores. 
 
 Atenciosamente, 
 
 
 
 
Assinatura 
NONONONONONONON 
Presidente do TJDFT 
 
 
 
REDAÇÃO OFICIAL PROFESSORA SOCORRO 
6 
 
Exemplo de Ofício 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
[Ministério] 
[Secretaria/Departamento/Setor/Entidade] 
5 cm [Endereço para correspondência]. 
[Endereço - continuação] 
[Telefone e Endereço de Correio Eletrônico] 
 
 
Ofício n
o
 524/1991/SG-PR 
Brasília, 27 de maio de 1991. 
 
 
 
A Sua Excelência o Senhor 
Deputado [Nome] 
Câmara dos Deputados 
70.160-900 – Brasília – DF 
 
 
 
Assunto: Demarcação de terras indígenas 
 
 Senhor Deputado, 
 2,5 cm 
1. Em complemento às observações transmitidas pelo telegrama n
o
 
154, de 24 de abril último, informo Vossa Excelência de que as medidas 
mencionadas em sua carta n
o
 6708, dirigida ao Senhor Presidente da República, 
estão amparadas pelo procedimento administrativo de demarcação de terras 
indígenas instituído pelo Decreto n
o
 22, de 4 de fevereiro de 1991 (cópia anexa). 
2. Em sua comunicação, Vossa Excelência ressalva a necessidade de 
que – na definição e demarcação das terras indígenas – fossem levadas em 
consideração as características sócio-econômicas regionais. 
3. Nos termos do Decreto n
o
 22, a demarcação de terras indígenas 
deverá ser precedida de estudos e levantamentos técnicos que atendam ao disposto 
no art. 231, § 1
o
, da Constituição Federal. Os estudos deverão incluir os aspectos 
etno-históricos, sociológicos, cartográficos e fundiários. O exame deste último 
aspecto deverá ser feito conjuntamente com o órgão federal ou estadual competente. 
4. Os órgãos públicos federais, estaduais e municipais deverão 
encaminhar as informações que julgarem pertinentes sobre a área em estudo. É 
igualmente assegurada a manifestação de entidades representativas da sociedade 
civil. 
5. Os estudos técnicos elaborados pelo órgão federal de proteção ao índio 
serão publicados juntamente com as informações recebidas dos órgãos públicos e das 
entidades civis acima mencionadas. 
1
,5
 c
m
 
 
3 cm 
cmm 
cm 
ccm 
REDAÇÃO OFICIAL PROFESSORA SOCORRO 
73,5 cm 
 
6. Como Vossa Excelência pode verificar, o procedimento 
estabelecido assegura que a decisão a ser baixada pelo Ministro de Estado da Justiça 
sobre os limites e a demarcação de terras indígenas seja informada de todos os 
elementos necessários, inclusive daqueles assinalados em sua carta, com a 
necessária transparência e agilidade. 
 
 Atenciosamente, 
 
 
[Nome] 
[cargo] 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REDAÇÃO OFICIAL PROFESSORA SOCORRO 
8 
 
 
1.2.2 OS PRONOMES DE TRATAMENTO 
NA CORRESPONÊNCIA OFICIAL 
 
a) Breve História dos Pronomes de 
Tratamento 
 O uso de pronomes e locuções 
pronominais de tratamento tem larga 
tradição na língua portuguesa. De acordo 
com Said Ali¹, após serem incorporados 
ao português os pronomes latinos tu e 
vos, “como tratamento direto da pessoa 
ou pessoas a quem se dirigia a palavra”, 
passou-se a empregar, como expediente 
lingüístico de distinção e de respeito, a 
segunda pessoa do plural no tratamento 
de pessoas de hierarquia superior. 
Prossegue o autor: 
 
“Outro modo de tratamento indireto 
constituiu em fingir que se dirigia a 
palavra a um atributo ou qualidade 
eminente da pessoa de categoria 
superior, e não a ela própria. Assim 
aproximavam-se os vassalos de seu 
rei com o tratamento de vossa 
mercê, vossa senhoria (...); assim 
usou-se o tratamento ducal de vossa 
excelência e adotaram-se na 
hierarquia eclesiástica vossa 
reverência, vossa paternidade, 
vossa eminência, vossa santidade”.² 
 
 
 A partir do final do século XVI, esse 
modo de tratamento indireto já estava em 
voga também para os ocupantes de 
certos cargos públicos. Vossa mercê 
evoluiu para vosmecê, e depois para o 
coloquial você. E o pronome vós, com o 
tempo, caiu em desuso. É dessa tradição 
¹ SAID ALI, Manoel, Gramática secundária histórica da língua 
portuguesa, 3ª Ed. Universidade de Brasília, 1964. p.93-94. 
² Id. Ibid. 
 
que provem o atual emprego de 
pronomes de tratamento indireto como 
forma de dirigirmo-nos às autoridades 
civis, militares e eclesiásticas. 
 
b) Concordância com os Pronomes de 
Tratamento 
 Os pronomes de tratamento (ou de 
segunda pessoa indireta) apresentam 
certas peculiaridades quanto à 
concordância verbal, nominal e 
pronominal. Embora se refiram à segunda 
pessoa gramatical (à pessoa com que se 
fala, ou a quem se dirige a comunicação), 
levam a concordância para a terceira 
pessoa, É que o verbo concorda com o 
substantivo que integra a locução com 
seu núcleo sintático: “Vossa Senhoria 
nomeará o substituto”; “Vossa Excelência 
conhece o assunto”. 
 
 Da mesma forma, os pronomes 
possessivos referidos a pronomes de 
tratamento são sempre os da terceira 
pessoa: “Vossa Senhoria nomeará seu 
substituto” (e não “Vossa... vosso...”). 
 
 Já quanto aos adjetivos referidos a 
esses pronomes, o gênero gramatical 
deve coincidir com o sexo da pessoa a 
que se refere, e não o substantivo que 
compõe a locução. Assim, se nosso 
interlocutor for homem, o correto é “Vossa 
Excelência está atarefado”, “Vossa 
Senhoria deve estar satisfeito”; se for 
mulher, “Vossa Excelência está 
atarefada”, “Vossa Senhoria deve estar 
satisfeita”. 
 
c) Emprego dos Pronomes de 
Tratamento 
 Como visto, o emprego dos 
pronomes de tratamento obedece a 
secular tradição. São de uso consagrado: 
REDAÇÃO OFICIAL PROFESSORA SOCORRO 
9 
 
 Vossa Excelência, para as seguintes 
autoridades: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 O vocativo a ser empregado em 
comunicações dirigidas aos Chefes de 
Poder é Excelentíssimo Senhor, seguido 
do cargo respectivo: 
 
Excelentíssimo Senhor Presidente da 
República, 
Excelentíssimo Senhor Presidente do 
Congresso Nacional, 
Excelentíssimo Senhor Presidente do 
Supremo Tribunal Federal. 
 
 As demais autoridades serão 
tratadas com o vocativo Senhor, seguido 
do cargo respectivo: 
 
 
 
³ Nos termos do Decreto nº 4.118, de 7 de fevereiro de 2002, 
art. 28, parágrafo único, são Ministros de Estado, além dos 
titulares dos Ministérios: o Chefe da Casa Civil da Presidência 
da República, o Chefe do Gabinete de Segurança Institucional, 
o Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, o 
Advogado-Geral da União e o Chefe da Corregedoria-Geral da 
União. 
Senhor Senador, Senhor Ministro, 
Senhor Juiz, Senhor Governador 
 
 No envelope, o endereçamento das 
comunicações dirigidas às autoridades 
tratadas por Vossa Excelência terá a 
seguinte forma: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Em comunicações oficiais, está 
abolido o uso do tratamento digníssimo 
(DD), às autoridades arroladas na lista 
anterior. A dignidade é pressuposto para 
que se ocupe qualquer cargo público, 
sendo desnecessária sua repetida 
evocação. 
 Vossa Senhoria é empregado para 
as demais autoridades e para 
particulares. O vocativo adequado é: 
 
 Senhor Fulano de Tal, 
 (...) 
 Vossa Excelência Reverendíssima é 
usado em comunicações dirigidas a 
Arcebispos e Bispos: Vossa 
Reverendíssima ou Vossa Senhoria 
Reverendíssima para Monsenhores, 
Cônegos e superiores religiosos. Vossa 
Reverência é empregado para sacerdotes 
e demais religiosos. 
c) do Poder Judiciário; 
Ministros dos Tribunais Superiores; 
Membros de Tribunais; 
Juízes; 
Auditores da Justiça Militar. 
a) do Poder Executivo; 
Presidente da República; Vice-Presidente da República: 
Ministros de Estado³; 
Governadores e Vice-Governadores de Estado e do Distrito Federal; 
Oficiais-Generais das Forças Armadas; Embaixadores: 
Secretários-Executivos de Ministérios e demais ocupantes de cargos 
de natureza especial; 
Secretários de Estado dos Governos Estaduais; 
Prefeitos Municipais. 
b) do Poder Legislativo; 
Deputados Federais e Senadores; 
Ministro do Tribunal de Contas da União; 
Deputados Estaduais e Distritais; 
Conselheiros dos Tribunais de Contas Estaduais; 
Presidentes das Câmaras Legislativas Municipais . 
A Sua Excelência o Senhor 
Fulano de Tal 
Juiz de Direito da 10ª Vara Cível 
Rua ABC, nº 123 
01.010-000 – São Paulo 
A Sua Excelência o Senhor 
Fulano de Tal 
Ministro de Estado da Justiça 
70.064-900 
A Sua Excelência o Senhor 
Senador Fulano de Tal 
Senado Federal 
70.165-900 
REDAÇÃO OFICIAL PROFESSORA SOCORRO 
10 
 
1.2.2. O MEMORANDO 
 
O MEMORANDO é uma modalidade de comunicação entre unidades administrativas de 
um mesmo órgão, que podem estar hierarquicamente em mesmo nível ou em nível 
diferente. Trata-se, portanto, de uma forma de comunicação eminentemente interna. Pode 
ter caráter meramente administrativo, ou ser empregado para a exposição de projetos, 
idéias etc., a serem adotados por determinado setor público. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EVITAR AMBIGUIDADE 
 
 
 
 
 
 
Memorando nº. 17/1991/DJ 
 Em 12 de maio de 2008. 
. 
 
AoSr. Chefe do Departamento de Administração 
 
Assunto: Administração. Instalação de microcomputadores. 
 
 
1. Nos termos do “Plano Geral de informatização”, solicito a Vossa Senhoria verificar a possibilidade de que sejam instalados 
três microcomputadores neste departamento. 
 
2. Sem descer a maiores detalhes técnicos, acrescento, apenas, que o ideal seria que o equipamento fosse dotado de disco 
“rígido” e de monitor padrão “EGA”. Quanto a programas, haveria necessidade dois tipos: um “processador de textos”, e outro 
“gerenciador de banco de dados”. 
 
3. O treinamento de pessoal para operação dos micros poderia ficar a cargo da Seção de Treinamento do Departamento de 
Modernização, cuja chefia já manifestou seu acordo a respeito. 
 
4. Devo mencionar, por fim, que a informação dos trabalhos deste Departamento ensejará uma mais racional distribuição de 
tarefas entre os servidores e, sobretudo, uma melhoria na qualidade dos serviços dosprestados. 
 
 Atenciosamente, 
 
 
(Nome e 
cargo do signatário) 
 
PARA OBTER CLAREZA, É PRECISO: 
Ambíguo: O Ministro comunicou a seu 
secretariado que ele seria exonerado. 
Claro: O Ministro comunicou Exoneração dele a 
seu secretariado. Ou: O Ministro 
comunicou a seu secretariado a exoneração 
deste. 
Ambíguo: O Deputado saudou o Presidente da 
República, em seu discurso, e solicitou sua 
intervenção no seu Estado, mas isso não o 
surpreendeu. 
Claro: Em seu discurso, o Deputado saudou o 
Presidente da República. No pronunciamento, 
solicitou a intervenção federal em seu Estado, o 
que não surpreendeu o Presidente da República. 
REDAÇÃO OFICIAL PROFESSORA SOCORRO 
11 
 
EVITAR HIPÉRBATO E ANACOLUTO 
 
 
 
EVITAR FRASES MUITO LONGAS 
 
 
 
 
1.2.3. PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS 
Orientam a redação Oficial os 
princípios da impessoalidade, da 
publicidade e da eficiência. Entende o 
Manual por impessoalidade o tratamento 
com o cargo e jamais com a pessoa, ou 
seja, o texto não se dirige à pessoa 
nominalmente, mas sim ao cargo que ela 
representa. Neste sentido, não é 
impessoal um vocativo como: Senhor 
Armando. Para ser impessoal, o vocativo 
deve se referir ao cargo e não ao nome, 
da seguinte forma: Senhor Chefe do 
Almoxarifado. Igualmente não é 
impessoal o emprego de adjetivos que 
expressem uma visão particular do 
redator sobre o assunto de que fala. 
Assim, quando se escreve “desta 
prestigiosa comissão” ou “para sua 
conceituada empresa”, houve 
pessoalidade no trato com o destinatário. 
para ser impessoal, deve-se expressar 
deste modo: “desta comissão” ou “para 
sua empresa”, sem adjetivações. 
O princípio da publicidade, por sua 
vez, não exige apenas o acesso do 
cidadão aos textos oficiais. Não basta 
poder ler. É preciso que o leitor médio da 
Língua Portuguesa possa compreender o 
conteúdo dos textos oficiais. Para isso, 
exige-se a clareza e o padrão culto da 
linguagem. Entende-se por clareza a 
qualidade de um texto que comunica sua 
mensagem de modo imediato, sem deixar 
margem de dúvidas quanto a seu real 
sentido. Por padrão culto deve-se 
entender não só a obediência à gramática 
formal, mas também o emprego de uma 
linguagem compreensível em todo o 
território nacional (a linguagem padrão), 
ou seja, não se pode utilizar 
regionalismos e muito menos gírias. É 
bom evitar, tanto quanto possível, o 
jargão burocrático. Quanto à linguagem 
técnica, observa-se a real necessidade de 
o texto limitar-se a este nível de 
linguagem. 
Por último, o princípio da eficiência 
exige dos textos oficiais simplicidade, 
clareza, correção, e certos itens 
destacados ao longo da comunicação, 
como assunto, endereçamento de destino 
e de resposta, numeração dos 
parágrafos. Estudaremos estas 
qualidades no próximo item de nosso 
curso. 
Errado: A moça que eu fui na casa dela ontem 
vai casar-se. 
Certo: Ontem fui à casa de uma moça que vai 
casar-se. 
Errado: Este rapaz, estivemos com o irmão dele 
sábado. 
Certo: Sábado estivemos com o irmão deste rapaz. 
 
Errado: Este fato, que alias me foi contado pelo promotor, e que mereceu inúmeros comentários naquela 
cidade em que ele vive desde o nascimento do filho, atual delegado; eu conto agora em caráter 
reservado. 
Certo: Conto agora, em caráter reservado, este fato, objeto de inúmeros comentários naquela cidade. 
Ouvi-o do promotor, residente ali desde o nascimento do filho, atual delegado. 
REDAÇÃO OFICIAL PROFESSORA SOCORRO 
12 
 
1.2.5. QUALIDADES DO ESTILO E DA LINGUAGEM NA MODERNA CORRESPONDÊNCIA 
 
1. A CONCISÃO (UM TEXTO SEM REDUNDÂNCIAS, DIZER O MÁXIMO COM O MÍNIMO DE PALAVRAS) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
III. A IMPESSOALIDADE 
 A finalidade da língua é comunicar, 
que pela fala, quer pela escrita. Para que 
haja comunicação, são necessários: a) 
alguém que comunique, b) algo a ser 
comunicado e c) alguém que receba essa 
comunicação. No caso da redação oficial, 
quem comunica é sempre o Serviço 
Público (este ou aquele Ministério, 
Secretaria, Departamento, Divisão, 
Serviço, Seção): o que se comunica é 
sempre algum assunto relativo às 
atribuições do órgão que comunica: o 
439/79 Brasília, 16/10/1979 
 
 
Ilmos. Srs. 
J.J. Martins 
Caixa Postal 974 
Curitiba –PR 
 
 
Prezados Senhores, 
 
 
Desejamos acusar o recebimento do seu prezado favor datado de 
12 de outubro próximo passado, junto ao qual V.Sas. tiveram a 
gentileza de nos encaminhar os documentos relativos às mercadorias 
por nós encomendadas. 
Informamos, outrossim, que as mercadorias em referência 
chegaram em perfeitas condições, nada nos sendo lícito reclamar 
nesse sentido. Lamentamos, no entanto, ter de externar-lhes a nossa 
estranheza ante o fato de constar, na fatura que nos foi remetida por 
V.Sas., vencimento para 30 dias, quando o que havíamos combinado 
com o representante de sua conceituada empresa foi de 90 dias. 
Solicitamos, pois, esclarecimentos a respeito, deixando claro que 
não podemos aceitar a duplicata, caso não nos seja concedido o prazo 
previamente combinado. 
Cientes de que esta nossa justa pretensão será acolhida por V.Sas., 
firmamo-nos, com estima e apreço, mui 
 
 
 atenciosamente, 
 
ALMOXARIFADO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL 
JOSÉ LINS 
 
TIMBRE 
 
Ofício 439/1979/STF – ALM 
Brasília, 16 de outubro de 1979. 
 
Ao Senhor Gerente 
J.J. Martins 
Caixa Postal 974 
Curitiba – PR 
CEP XX.XXX-000 
 
 
Assunto: prazo de vencimento 
 
Senhor Gerente, 
 
1. Recebemos as mercadorias encomendadas, assim como os 
documentos a elas relativos, anexos à sua carta de 12/10/1979. 
 
2. Porém, estranhamos constar na fatura o vencimento para 30 dias, 
quando havíamos combinado com o representante um prazo de 90 dias. 
 
3. Solicitamos, portanto, esclarecimentos, pois não poderemos 
aceitar a duplicata, caso não seja concedido o prazo previamente 
combinado. 
 
 Atenciosamente, 
 
______________________ 
José Lins 
Chefe do almoxarifado 
 
Correspondência antiquada e redundante Correspondência moderna e correta 
REDAÇÃO OFICIAL PROFESSORA SOCORRO 
13 
 
destinatário dessa comunicação ou é o 
público, o conjunto dos cidadãos, ou outro 
órgão público, do Executivo ou dos outros 
Poderes da União.Percebe-se, assim, que o 
tratamento impessoal que deve ser dado 
aos assuntos que constam das 
comunicações oficiais decorre: 
a) da ausência de impressões individuais 
de quem comunica: embora se trate, por 
exemplo, de um expediente assinado por 
Chefe de determinada Seção, é sempre 
em nome do Serviço Público que é feita a 
comunicação. Obtém-se, assim, uma 
desejável padronização que permite que 
comunicações elaboradas em diferentes 
setores da Administração guardem entre 
si certa uniformidade; 
b) da impessoalidade de que recebe a 
comunicação, com duas possibilidades, 
ela pode ser dirigida a um cidadão, 
sempre concebido como público, ou a 
outro órgão público. Nos dois casos, 
temos um destinatário concebido de 
forma homogênea e impessoal; 
c) do caráter impessoal do próprio 
assunto tratado: se o universo temático 
das comunicações oficiais se restringe a 
questões que dizem respeito ao interesse 
público, é natural que não cabe qualquer 
tom particular ou pessoal. 
 Desta forma, não há lugar na 
redenção oficial para impressões 
pessoais, como as que, por exemplo, 
constam de uma carta a um amigo. ou de 
um artigo assinado de jornal, ou mesmo 
de um texto literário. A redação oficial 
deve ser isenta da interferência da 
individualidade que a elabora. 
 A concisão, a clareza, a 
objetividade e a formalidade de que nos 
valemos para elaborar os expedientes 
oficiais contribuem, ainda para que seja 
alcançada a necessária impessoalidade. 
 
 
 
 
1.2.6. DEMAIS TEXTOS OFICIAIS 
I- RELATÓRIOS 
O RELATÓRIO contém informações sobre tarefas executadas e/ou sobre fatos ou 
ocorrências inquéritos e sindicâncias. Só recebem essa designação aqueles documentos 
que apresentam certas características formais e estilísticas próprias: título, abertura 
(origem. virgula, data, vocativo, etc.) e fecho (saudações protocolares e assinaturas). A 
ESTRUTURA DO RELATÓRIO compreende, além da abertura e do fecho: 
a) Introdução – indicação do fato investigado, do ato ou da autoridade que determinou a 
investigação e da pessoa ou funcionário disso incumbido. Enuncia, portanto, o propósito do 
relatório. 
REDAÇÃO OFICIAL PROFESSORA SOCORRO 
14 
 
TIMBRE 
RELATÓRIO DE INVESTIGAÇÃO 
 
Rio de Janeiro, 26 de outubro de 2000. 
 
Senhor Diretor, 
1. Tendo sido designado para apurar a denúncia de irregularidades ocorridas no Departamento dos Correios e Telégrafos, subindo à 
apreciação De V.As., para os devidos fins, o relatório das diligencias que nesse sentido, efetuei. 
2. Em 10 de setembro de 2000, dirigi-me ao chefe “A”, para inquirir os funcionários X e Y, acusado do extravio de valores endereçados à 
firma S e L, desta praça. 
3. Ambos negaram a autoria de violação da mala da correspondência, conforme termos constantes das declarações anexas. 
4. No inquérito a que se procedeu, ressalta a culpabilidade do funcionário X, sobre quem recaem as mais fortes acusações. 
5. O segundo: apesar de não se poder considerar mancomunado com o primeiro, tem parcela de responsabilidade, pois agiu por omissão, 
sendo negligente no exercício de suas funções. Como chefe de turma, devia estar presente, na ocasião da abertura da mala em apreço – o que 
não ocorreu conforme depoimento de lis... 
6. Do exposto resulta que somente o inquérito policial poderá esclarecer o crime perpetrado com a violação da mala de correspondência 
da Seção “A”. 
7. Impõe-se instauração imediata de processo administrativo. É o que me cumpre levar ao conhecimento de V. Sa. 
 Respeitosamente, 
 
Assinatura 
Nome 
cargo do signatário 
 
b) Desenvolvimento (texto, núcleo ou corpo do relatório): relato minudente dos fatos 
apurados, indicando-se: 
1. a data; 
2. o local; 
3. o processo ou método adotado na apuração; 
4. discussão: apuração e julgamento dos fatos. 
 
c) Conclusão e recomendações de providencias ou medidas cabíveis. 
 Alguns relatórios costumam incluir ainda material ilustrativo: diagramas, mapas, 
gráficos, desenhos etc., que podem vir incorporados no texto ou sob a forma de apêndice e 
anexos. 
Exemplo de um relatório simples 
REDAÇÃO OFICIAL PROFESSORA SOCORRO 
15 
 
II- ATA 
A ATA é um documento em que são registrados, de forma objetiva os fatos ocorridos 
durante uma reunião. A ata deve ser redigida se possível, enquanto ocorre a reunião, por 
isso é usual que o secretário, que a redige, seja uma pessoa não envolvida nas discussões 
e deliberações a serem tomadas pelos participantes. Ou seja, o secretário deve ser apenas 
um observador e narrador fiel dos fatos. 
FORMA E CONTEÚDO DA ATA: No quadro a seguir, estão as partes básicas 
constituintes de uma ata. 
 
PARTE CONTEÚDO 
INTRODUÇÃO (OU 
CABEÇALHO) 
nº. da ata e especificação da reunião (ex.: Assembléia Geral 
Ordinária). 
ABERTURA data (por extenso), hora local, tipo de reunião, nome completo da 
entidade, forma de convocação para a reunião. 
VERIFICAÇÃO DE 
PRESENÇA (QUORUM) 
registro do número de presentes e se ele é suficiente para a 
realização da reunião, segundo a lei ou os estatutos da entidade. 
DEFINIÇÃO DA MESA 
DIRETORA 
nome dos indicados para dirigir a reunião (presidente/coordenador e 
secretário(s)) e forma de escolha (aclamação/votação etc.) ver 
observações abaixo). 
TEXTO assuntos tratados, decisões, opiniões dos presentes, considerações, 
interrupções etc. 
ENCERRAMENTO frase-padrão do tipo “Nada mais havendo a tratar, encerraram-se os 
trabalhos e a presente ata foi assinada por...” 
 
Observações: O(s) presidente(s) / coordenador(ES) e os secretario(os) devem, 
necessariamente assinar a ata. Quanto à comprovação da presença dos outros membros 
participantes, pode ser adotado um dos seguintes procedimentos: 
 os participantes assinam a ata; 
 junta-se a ela uma lista com as assinaturas dos participantes (esse procedimento 
precisa ser registrado em ata). 
 dispensam-se as assinaturas dos participantes (esse procedimento precisa ser 
registrado no encerramento da ata). 
 
REDAÇÃO OFICIAL PROFESSORA SOCORRO 
16 
 
TERMO DE ABERTURA 
Este livro contém 200 (duzentas) páginas tipograficamente numeradas e por mim conferidas e rubricadas e destina-se ao registro das atas de 
Reuniões da (coloca-se o nome da entidade) com sede nesta cidade, Rua... nº... 
(Local e data) 
 
(Assinatura) 
(Nome em letra legível) 
(Cargo) 
 
 Dependendo da constituição da entidade, a ata pode ser um documento com valor 
jurídico. Por isso, nesses casos é imprescindível tomar certos cuidados com sua redação. 
Dentre esses cuidados, destacam-se: 
 A redação deve ser compacta, isto é, não se deixam parágrafos nem linhas em 
branco. (esse procedimento impede que, no futuro, sejam feitos acréscimos ao texto 
original da ata). 
 Os números importantes devem ser escritos por extenso ou em algarismos e 
repetidos por extenso entre parênteses. Exemplo: 
“... eleitos por um período de dois anos...” ou “... eleitos por um período de 2 (dois) 
anos...” 
 Não pode apresentar rasuras ou borrões, Se, durante a redação, ocorrer algum erro, 
deve-se empregar a palavra “digo” e escrever a forma correta. Exemplo: 
“... ficando indicado o Sr. José Pasquini para diretor, digo, supervisor da nova 
seção...” 
 Quando o erro só for percebido depois que a ata já estiver redigida, emprega-se a 
seguinte expressão corretiva: “Em tempo: onde se lê... leia-se... “Exemplo: Em tempo: A 
reunião da diretoria com os novos supervisoresdas regionais que, a princípio, estava 
marcada para maio ficou adiada para o início de julho. 
 
O LIVRO DE ATAS: O livro de atas é um volume especialmente destinado à lavratura 
(redação) das atas de uma entidade. Cabe à pessoa responsável (secretario, diretor etc.) 
conferir ou colocar a paginação de todas as folhas do livro e rubricá-las ema a uma (em 
geral a rubrica é colocada no canto superior direito. 
 
 Termo de abertura 
 A mesma pessoa que rubrica as páginas do livro deve redigir, na 1ª página o termo 
de abertura. 
 
REDAÇÃO OFICIAL PROFESSORA SOCORRO 
17 
 
TERMO DE ENCERRAMENTO 
Este livro, com 200 (duzentas) páginas, devidamente rubricadas pelo Sr..., que na época era (cita-se o cargo da pessoa que fez o termo de abertura 
e rubricou as páginas), destinou-se ao registro das Atas de Reuniões da (cita0se o nome da entidade), conforme se lê no Termo de Abertura 
constante na 1ª pagina. 
(Local e data) 
 
(Assinatura) 
(Nome em letra legível) 
(Cargo) 
 
 Termo de encerramento 
 Quando todas as suas páginas já estiverem utilizadas pelos registros das atas, é 
necessário redigir, na última página o termo de encerramento. 
 
 
 
 
[Digite uma citação do documento ou o resumo de uma questão interessante. Você pode posicionar a caixa 
de texto em qualquer lugar do documento. Use a guia Ferramentas de Caixa de Texto para alterar a 
formatação da caixa de texto da citação.] 
 
 
 
 
 
 Modelo de ata 
III - DECLARAÇÃO 
Dá-se o nome de DECLARAÇÃO ao documento em que se afirma ou nega alguma coisa a 
respeito de determinado assunto. É emitida por pessoa física, por órgão público e por 
empresa ou instituição privada. 
Características: 
a) enquanto o atestado costuma ser expedido em favor de alguém, a DECLARAÇÃO é 
feita em relação a alguém, podendo ou não ser-lhe favorável; 
 Modelo de ata 
 Aos quinze dias do mês de maio de dois mil e dez,reuniu-se o Conselho-Diretor da 
Caesb, em sessão ordinária , na sala vinte e cinco do prédio Central , no Setor de 
Indústria e Abastecimento de Brasília, trecho quatro, com a primeira chamada para as 
quinze horas e segunda chamada para as dezesseis horas.Os convocados se 
apresentaram no horário marcado. Estiveram presentes o Diretor-Geral,Roberto Carlos, 
o vice, Caetano Veloso, Secretária executiva, Zizi Possi, demais membros da diretoria: 
Diretora de Saneamento, Vera Fischer. Diretora de Finanças, Taís Araújo, Diretora de 
Pessoal, Juliana Paes,Diretor de material, Rodrigo Santoro e Diretor de Comunicação, 
Pedro Bial.A mesa foi composta pelos três diretores de Departamento e dirigida pelo 
Diretor-Geral . Os assuntos tratados foram debatidos na ordem do dia: 1- compra de 
mais dois veículos para os diretores, 2- contratação de vinte novos servidores por meio 
de concurso, 3- aumento do salário dos diretores, 4- votação das propostas. O item três 
foi aceito por unanimidade , os demais ficaram em suspenso, aguardando a decisão do 
Governador, que receberá a Exposição de Motivos do Diretor-Geral. Nada mais 
havendo a tratar, encerram-se os trabalhos e a presente ata é assinada por mim e pelos 
outros participantes da reunião. 
 
REDAÇÃO OFICIAL PROFESSORA SOCORRO 
18 
 
DECLARAÇÃO 
 
 
Eu, Luciano Pires, brasileiro, casado, RG nº. 2.469.367 (SSP/SP), comerciante, estabelecido na rua Dr. Carlos Fontes, 148, 
Campinas, DECLARO conhecer, há 6 (seis) anos, o Sr, Irineu Lima Smith, brasileiro, viúvo, RG nº. 3.649.943 (SSP/SP), representante 
comercial, residente na rua 7 de Setembro, 543, em Ribeirão Preto, nada havendo, que seja de meu conhecimento, que o desabone moral 
ou profissionalmente. 
 
 
Campinas, 26 de junho de 1999. 
 
 
Luciano Pires 
 
 
b) a estrutura da declaração é praticamente igual à do atestado; 
c) se o declarante for pessoa física, o papel dispensa timbre e carimbo, mas é exigido RG 
e CPF, além do reconhecimento da firma em cartório. 
 
Exemplo de declaração de idoneidade 
IV - ATESTADO 
Atestado é o documento em que se confirma ou assegura a existência ou inexistência de 
uma situação de direito, de que se tem conhecimento, referente a alguém ou a respeito de 
algum fato ou situação.Consiste em dizer por escrito, afirmando ou negando, que 
determinada coisa ou algum fato referente a alguém correspondente à verdade e 
responsabilizar-se, assinando o documento. 
 
Características: 
a) no serviço público, o atestado é firmado por funcionário que, em razão de seu ofício ou 
função, tem reconhecida credencial para fornecê-lo; 
b) na empresa particular, o atestado é fornecido por alguém que exerce posição de chefia 
compatível com a afirmação que prestar e com a destinação do atestado; 
c) o papel em que é redigido o atestado deve conter o timbre ou carimbo do órgão público 
ou da empresa que expede; 
d) o atestado, diferentemente da declaração, costuma ser expedido à solicitação do(s) 
interessado(s), formulada por escrito ou verbalmente; 
e) a redação de um atestado apresenta comumente a seguinte ordem: 
REDAÇÃO OFICIAL PROFESSORA SOCORRO 
19 
 
PROSPEC-SOLO FUNDAÇÕES S/A 
Av. Brasil, 453 - Campinas/SP - Tel: 414390 
 
 
ATESTADO 
 
 
ATESTAMOS que Maria Padilha estagiou no Depto. de Sondagens e Fundações desta empresa de engenharia no período de 
03/04/94 a 06/11/95, desenvolvendo suas funções com seriedade, competência e profissionalismo. 
 
 
Campinas, 20 de março de 1996. 
 
 
 José M. F. Fontanelle 
 Eng. Supervisor de Sondagens 
 CREA - 5.459/SP 
 
 
 Wilson Castilho Penha 
 Chefe do Depto. de Pessoal 
 
 
 
 
 
 
 
 
I- título, isto é, a palavra ATESTADO, em maiúsculas; 
II- nome e identificação da autoridade que emite (que também podem ser expressos no 
final, após a assinatura) e da pessoa ou órgão que solicita; 
III- texto, sempre sucinto, claro e preciso, contendo aquilo que se está confirmando ou 
assegurando; 
IV- local e data, na margem direita do texto; 
V- assinatura, nome e cargo ou função de que atesta, à direita ou no centro. 
Em geral, o atestado é emitido em favor de alguém, declarando algo sobre essa pessoa. 
 
 
Exemplo de atestado 
 
 
V- REQUERIMENTO 
O REQUERIMENTO é um documento encaminhado por um particular a uma autoridade ou 
a um órgão público para solicitar (= requerer) algo a que julga ter direito legal. Sempre que 
REDAÇÃO OFICIAL PROFESSORA SOCORRO 
20 
 
 
Senhor Prefeito de Mauá da Serra, 
 
Deolindo Brunassi, brasileiro, casado, residente na Rua Mato Grosso, 1541, portador de CI nº 247.550-8 e CPFnº 338.400-
529, funcionário público municipal PO-2, requer, na forma da Lei Municipal 123 de 1996, adicional de 5% (cinco por cento) em seus 
vencimentos por ter completado cinco anos de serviço. 
 
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
 
Mauá da Serra, 3 de fevereiro de 200. 
Deolindo Brunassi 
 
 
 
 
 
 
possível, é conveniente citar a lei, decreto ou ato administrativo que justifica legalmente o 
que se está requerendo. 
 
 
 
Para maior objetividade e simplificação, o fecho do requerimento pode ser dispensado. Se, 
no entanto, ele for usado, deve ser simples e direto. 
Os fechos usuais estão no quadro abaixo e podem ser empregados sob a forma abreviada. 
FECHO ABREVIATURA 
Nestes termos pede deferimento N.T.P.D. 
Aguarda deferimento A.D. 
Pede deferimento P. Deferimento ou P.D. 
 
Se for necessário citar a lei ou decreto que ampara legalmente o pedido, introduz-se essa 
informação logo após a palavra requerer. Assim: 
...requerer, de acordo com a Lei nº... de (data)... 
 
VI- CERTIDÃO 
A CERTIDÃO é o documento mandado expedir por autoridade pública competente, a 
pedido de pessoa ou de órgão interessado, no qual se declara como certa e verdadeira a 
existência de fatos anteriormente registrados dentro das formalidades específicas. Se não 
houver esse registro anterior escrito dos atos ou fatos, o documento a ser expedido não 
REDAÇÃO OFICIAL PROFESSORA SOCORRO 
21 
 
 
ESTADO DE SÃO PAULO 
PREFEITURA DE CAMPOS DO JORDÃO 
 
CERTIDÃO Nº... 
 
(espaço destinado ao “Visto” da autoridade responsável pela 
Expedição do documento, com respectiva data) 
 
CERTIFICO, em cumprimento ao despacho exarado na petição nº... de 17 de fevereiro de 2000, que o Loteamento Bairro Novo, 
situado no lugar chamado Lagoa das Caraíbas, às margens da Estrada Rodoviária pavimentada BR..., à av. Eliezer de Lima, nada deve à Fazenda 
Municipal, nesta data, ficando entretanto ressalvado o direito desta Prefeitura de cobrar do proprietário do imóvel ou de seu sucessor quaisquer 
débitos que posteriormente venham a ser verificado 
 Campos do Jordão, 28 de fevereiro de 2000. 
 
 
 Mary das Neves 
 Diretora de Obras 
 
 
 
 
 
 
)Maria José da Silva 
Assistente Técnica da Receita 
 
 
 
 
será CERTIDÃO, mas sim, CERTIFICADO. Daí, serem confundidos, com certa freqüência, 
os dois documentos. Pode ser resumida ou integral, sempre, cópia de algum registro 
escrito já existente. 
Exemplos: certidão de nascimento, certidão de casamento, certidão de óbito, nada consta. 
Exemplo de certidão 
VII- CIRCULAR 
A CIRCULAR é uma forma de correspondência pela qual o emissor, utilizando cópias de 
idêntico conteúdo, se comunica com diversos destinatários (pessoas, empresas, órgãos ou 
entidades). A circular é empregada para transmitir decisões, sugestões, convites, 
informações (ex.: lista de preços, decisões administrativas, lançamento de produtos, 
promoções etc.). Na correspondência oficial também cientifica o destinatário sobre a 
publicação de decretos, leis, editais etc. 
 Diferentemente da carta, a circular, pelo fato de ser enviada a vários destinatários, 
não contém os nomes deles. Emprega-se apenas um vocativo genérico, que se aplique a 
todos os destinatários (ex.: Senhor, Senhores, Senhor Cliente, Senhor Gerente, Senhor 
Associado, Senhor Encarregado, Senhor Secretário etc.) 
 Quando a circular é acompanhada de cópia de algum outro documento, é 
conveniente escrever a palavra anexo(s) no pé da página à esquerda e citar o nome do 
documento. Assim: 
 Anexo: cópia do Edital de Convocação. 
REDAÇÃO OFICIAL PROFESSORA SOCORRO 
22 
 
 
ESTADO DE SÃO PAULO 
SECRETARIA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO E CULTURA 
INSPETORIA SELECIONAL DE ENSINO 
SEÇÃO ZONA SUL 
 
 
CIRC. Nº 057/1995/SEEC 
São Paulo, 20 de novembro de 1995. 
 
DE: Inspetor Secional de Ensino 
PARA: Diretores de Estabelecimentos de Ensino Médio 
 
 
Senhor Diretor, 
 
1. Tenho em vista a deliberação do Senhor Secretário de Educação e Cultura, contida no Diário Oficial de 
________________, informo a V.Sa., que só estarão habilitados a lecionar nos referidos Estabelecimentos os professores com registro 
ou autorização desta inspetoria. 
 
 
 
 Atenciosamente, 
 
 
 
Lindolpho A. Ortiz 
Inspetor Secional de Educação 
 
 
 
Exemplo de circular 
 
 
 
(CONTEÚDO RETIRADO DO MANUAL DE REDAÇÃO DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA) 
 
6. Telegrama 
6.1. Definição e Finalidade 
Com o fito de uniformizar a terminologia e simplificar os procedimentos burocráticos, 
passa a receber o título de telegrama toda comunicação oficial expedida por meio de 
telegrafia, telex, etc. 
 Por tratar-se de forma de comunicação dispendiosa aos cofres públicos e 
tecnologicamente superada, deve restringir-se o uso do telegrama apenas àquelas 
situações que não seja possível o uso de correio eletrônico ou fax e que a urgência 
justifique sua utilização e, também em razão de seu custo elevado, esta forma de 
comunicação deve pautar-se pela concisão (v. 1.4. Concisão e Clareza). 
 
REDAÇÃO OFICIAL PROFESSORA SOCORRO 
23 
 
6.2. Forma e Estrutura 
 Não há padrão rígido, devendo-se seguir a forma e a estrutura dos formulários 
disponíveis nas agências dos Correios e em seu sítio na Internet. 
 
7. Fax 
7.1. Definição e Finalidade 
O fax (forma abreviada já consagrada de fac-simile) é uma forma de comunicação 
que está sendo menos usada devido ao desenvolvimento da Internet. É utilizado para a 
transmissão de mensagens urgentes e para o envio antecipado de documentos, de cujo 
conhecimento há premência, quando não há condições de envio do documento por meio 
eletrônico. Quando necessário o original, ele segue posteriormente pela via e na forma de 
praxe. 
Se necessário o arquivamento, deve-se fazê-lo com cópia xerox do fax e não com o 
próprio fax, cujo papel, em certos modelos, se deteriora rapidamente. 
 
7.2. Forma e Estrutura 
 Os documentos enviados por fax mantêm a forma e a estrutura que lhes são 
inerentes. 
É conveniente o envio, juntamente com o documento principal, de folha de rosto, i. 
é., de pequeno formulário com os dados de identificação da mensagem a ser enviada, 
conforme exemplo a seguir: 
[Órgão Expedidor] 
[setor do órgão expedidor] 
[endereço do órgão expedidor] 
_______________________________________________________________________________________________ 
Destinatário:____________________________________________________________________________________ 
N
o
 do fax de destino:_____________________________________________________ Data:_______/_______/____ 
Remetente: _____________________________________________________________________________________ 
Tel. p/ contato:_______________________ Fax/correio eletrônico:_______________________________________ 
N
o
 de páginas: esta +_______________________________________N
o
 do documento:_______________________ 
Observações:____________________________________________________________________________________ 
_______________________________________________________________________________________________8. Correio Eletrônico 
8.1 Definição e finalidade 
 O correio eletrônico (“e-mail”), por seu baixo custo e celeridade, transformou-se na 
principal forma de comunicação para transmissão de documentos. 
REDAÇÃO OFICIAL PROFESSORA SOCORRO 
24 
 
8.2. Forma e Estrutura 
 Um dos atrativos de comunicação por correio eletrônico é sua flexibilidade. Assim, 
não interessa definir forma rígida para sua estrutura. Entretanto, deve-se evitar o uso de 
linguagem incompatível com uma comunicação oficial (v. 1.2 A Linguagem dos Atos e 
Comunicações Oficiais). 
 O campo assunto do formulário de correio eletrônico mensagem deve ser 
preenchido de modo a facilitar a organização documental tanto do destinatário quanto do 
remetente. 
Para os arquivos anexados à mensagem deve ser utilizado, preferencialmente, o 
formato Rich Text. A mensagem que encaminha algum arquivo deve trazer informações 
mínimas sobre seu conteúdo.. 
 Sempre que disponível, deve-se utilizar recurso de confirmação de leitura. Caso não 
seja disponível, deve constar da mensagem pedido de confirmação de recebimento. 
8.3 Valor documental 
 Nos termos da legislação em vigor, para que a mensagem de correio eletrônico 
tenha valor documental, i. é, para que possa ser aceita como documento original, é 
necessário existir certificação digital que ateste a identidade do remetente, na forma 
estabelecida em lei.

Continue navegando