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Oralidade e Leitura na Sociedade Contemporânea

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A oralidade e a leitura na sociedade contemporânea 
 A fala e a escrita são formas históricas de manifestação da língua e conforme a sociedade muda ela sofre alterações, sendo a fala  mais flexível e inovadora do que a escrita, o que não quer dizer que devemos escrever como falamos, são modalidades diferentes, assim, independentemente da variação usada, a escola deve propiciar ao aluno o acesso às normas padrões da língua. 
 
 
Questão para reflexão:quais diferenças você consegue perceber entre a fala e a escrita? 
 É um mito considerar fala e escrita como modalidades sinônimas. Não são, já que possuem especificidades próprias, como, por exemplo: a fala usa o som, a escrita, sinais gráficos; a fala é de aquisição natural, a escrita adquire-se artificialmente; a fala tem caráter efêmero, a escrita, permanece ao longo do tempo; a fala realiza-se na presença dos interlocutores e apresenta mais repetição, há maior utilização de expressões populares, gírias, onomatopeias, é mais espontânea; a escrita é menos repetitiva por ser planejada, contendo, portanto, frases mais complexas; na escrita, só há a presença do emissor, o qual precisa ser o mais claro possível para que seu futuro leitor o compreenda. Enfim, são muitas as diferenças entre fala e escrita.
 
Você deve ter estudado que a oralidade, em virtude de uma série de recursos (gestos, entoação, turnos de fala) possibilita que a interação ocorra em tempo real, havendo, inclusive troca de turnos entre seus falantes. No vídeo a seguir, você irá aprofundar seus conhecimentos sobre os inúmeros recursos disponíveis, ouvindo os professores Luiz Carlos Marcuschi e Angela Dionisio.
 
  
 Questão para reflexão: após ter assistido ao vídeo, qual o papel do professor no desenvolvimento das habilidades orais e escrita?
 No vídeo, as questões fulcrais que envolvem o trabalho com a leitura e a escrita foram abordadas, dentre elas: a fala, a escrita, a oralidade e o letramento. Um ponto interessante a ser observado é que nem sempre os materiais didáticos estão abordando a questão do trabalho com a oralidade de forma adequada, precisamos combater formas de preconceito e entender que a língua é uma ferramenta mediadora que deve ser adaptada de acordo com as esferas de atividade humana. É papel do professor levar o aluno a saber escolher os usos da língua de acordo com as esferas em que irá atuar, ou seja, saber adequar-se às situações em que irá se deparar.
 
Questão para reflexão: Na Unopar, você se encontra na esfera acadêmica, em quais outras esferas você transita?  
 Por fim, a  língua é uma prática discursiva, um conjunto de práticas sociais e não apenas um conjunto de formas ou de regras gramaticais. Assim,  não podemos imaginar que a oralidade caiu em declínio, falar é natural, foi a primeira prática que existiu e sempre existirá e trabalhar com a oralidade e escrita é função da escola.
  Para finalizar, lembre-se que: 
 A FALA É A REPRESENTAÇÃO FÔNICA DA LÍNGUA E A ESCRITA É UMA REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DA LÍNGUA. ASSIM, ESCRITA E FALA SÃO REPRESENTAÇÕES DA LÍNGUA, LOGO UMA NÃO É MAIS IMPORTANTE DO QUE A OUTRA.  
 Resumo
 Neste estudo abordamos a questão da oralidade e escrita na sociedade contemporânea. Estudamos a existência de fronteiras, lembrando que elas são tênues e finalizamos com a ênfase no fato de ambas  serem práticas sociais que convivem de forma harmônica.   
 Referências
 CASTILHO, A. T. de. (1998) A língua falada no ensino do português. São Paulo: Contexto, 1998. 
 KOCH, I. V. O texto e a construção dos sentidos. 7. ed. São Paulo: Contexto, 2003.
 MARCUSCHI, Luiz Antônio. Produção de texto, análise de gêneros e compreensão. São Paulo: Parábola Editorial, 2008.

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