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FACULDADE SALESIANA MARIA AUXILIADORA CURSOS DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO COM ÊNFASE EM ENGENHARIA DE INSTALAÇÕES NO MAR E ENGENHARIA QUÍMICA Por AMANNDA MAGALHÃES LUIZ FELIPE COSTA DE SOUZA PAULO VICTOR NEVES MACIEL RAFAEL BARCELLOS POSSATI Simulação dos Efeitos da Relatividade Restrita Macaé - RJ ABRIL/2019 FACULDADE SALESIANA MARIA AUXILIADORA CURSOS DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO COM ÊNFASE EM ENGENHARIA DE INSTALÇÕES NO MAR E ENGENHARIA QUÍMICA Por AMANNDA MAGALHÃES LUIZ FELIPE COSTA DE SOUZA PAULO VICTOR NEVES MACIEL RAFAEL BARCELLOS POSSATI Simulação dos Efeitos da Relatividade Restrita Trabalho apresentado em cumprimento as exigências da disciplina Física 4, ministrada pelo(a) professor(a) Hans Schmidt Santos nos cursos de graduação em Engenharia de Produção com Ênfase em Engenharia de Instalações no Mar e Engenharia Química na Faculdade Salesiana Maria Auxiliadora. Macaé - RJ ABRIL/2019 AVALIAÇÃO DO TRABALHO ACADÊMICO Após o exame do Trabalho Acadêmico, atribuo os seguintes graus: Estrutura e Organização do Trabalho: _____ As ideias estão comunicadas e organizadas de modo satisfatório; o conteúdo e a linguagem são satisfatórios; a estrutura gramatical (incluindo a ortografia) e a apresentação são aceitáveis. Estratégia e Criatividade: _____ Pode usar informação exterior relevante de uma natureza formal ou informal; identifica todos os elementos importantes do problema e mostra uma compreensão da relação entre eles; reflete uma apropriada e sistemática estratégia para a resolução do problema e mostra de uma forma clara o processo de solução e os resultados. Rigor Científico e Correção dos Conceitos Matemáticos Envolvidos: _____ Descreve e justifica os procedimentos utilizados; indica as dificuldades encontradas, os erros cometidos e o modo como estes foram corrigidos; mostra compreender os conceitos e princípios matemáticos do problema; usa terminologia e notação apropriada e executa completa e corretamente os algoritmos. Avaliação Final:_____ Trabalho apresentado em cumprimento as exigências da disciplina Física 4, ministrada pelo(a) professor(a) Hans Schmidt Santos nos cursos de graduação em Engenharia de Produção com Ênfase em Engenharia de Instalações no Mar e Engenharia Química na Faculdade Salesiana Maria Auxiliadora. Prof (a). Hans Schmidt Santos LISTAS DE FIGURAS Figura 01 – Simultaneidade de eventos entre Jill e Jack ............................................ 7 Figura 02 – Curva geral de Fator de Lorentz x Velocidade (c) .................................. 10 Figura 03 – Print da interface do site Light Clock – Time Dilation ............................. 10 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 5 1.1 OBJETIVO GERAL ..................................................................................... 5 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................................ 5 2.1 TEORIA DA RELATIVIDADE RESTRITA ................................................... 5 2.2 REFERENCIAIS INERCIAIS ...................................................................... 6 2.3 SIMULTANEIDADE .................................................................................... 7 2.4 DILATAÇÃO DO TEMPO ........................................................................... 7 2.5 CONTRAÇÃO DO COMPRIMENTO .......................................................... 8 2.6 TRANSFORMAÇÃO DE LORENTZ ........................................................... 9 3 PROCEDIMENTOS ................................................................................................ 10 3.1 SIMULAÇÃO DOS EFEITOS DA RELATIVIDADE RESTRITA ................ 10 4 RESULTADOS ...................................................................................................... 11 5 DISCUSSÃO ......................................................................................................... 13 6 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 14 BIBLIOGRAFIA ......................................................................................................... 15 5 1 INTRODUÇÃO Proposta pelo físico alemão Albert Einstein (1879-1955), a teoria da relatividade representa a conjugação de duas teorias: a teoria da relatividade restrita (ou especial) e a teoria da relatividade geral. A teoria da relatividade restrita foi publicada em 1905 no artigo “A Eletrodinâmica dos Corpos em Movimento” (GOUVEIA, 2018). Juntamente com a teoria da relatividade geral, lançada posteriormente em 1915, Einstein explica as situações em que a física de Isaac Newton falhou. Assim, ele desenvolveu alterações que revolucionaram as propostas para os conceitos de espaço, tempo e gravidade (GOUVEIA, 2018). 1.1 OBJETIVO GERAL A atividade proposta, tem por objetivo simular os efeitos da relatividade restrita formulada por Albert Einstein através da análise de fenômenos a partir de sistemas de referência, que se movem com velocidade constante e retilineamente, um em relação ao outro. 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 TEORIA DA RELATIVIDADE RESTRITA A teoria da relatividade restrita tem como base dois postulados: 1. Todas as leis da natureza são as mesmas em todos os sistemas de referência inerciais (sistemas de referência não-acelerados); 6 2. A velocidade de propagação da luz no vácuo é a mesma em todos os sistemas de referência inerciais (sistemas de referência não-acelerados). Uma consequência do 2º postulado é que o valor da velocidade da luz (3.108 m/s) é um limite para as velocidades. Nenhum corpo pode se mover com velocidade superior à da luz no vácuo e o espaço e o tempo são relativos (GOUVEIA, 2018). O tempo medido entre o mesmo evento por observadores que estão em movimento relativo entre si é diferente, que chamamos de dilatação do tempo. Da mesma forma, ocorre uma contração do espaço medido por observadores em estados diferentes (repouso e movimento). Corpos em movimento sofrem uma contração na direção deste movimento em relação ao tamanho que têm quando medidos em repouso. A dilatação temporal e a contração do espaço só apresentam valores significativos quando os valores das velocidades envolvidas são próximos aos da velocidade da luz no vácuo (HALLIDAY, 2012). 2.2 REFERENCIAIS INERCIAIS Em nossa vida diária, as experiências e sensações que observamos restringem-se a movimentos com velocidades extremamente pequenas, quando comparadas à velocidade da luz. Mas, apesar das experiências restritas, uma simples observação do movimento de um automóvel em relação a outro pode nos ajudar a entender como o conceito de movimento é relativo. Imagine você no interior de um ônibus parado em um sinal de trânsito, ao lado de outro ônibus. Pela janela, observa quando o sinal verde é aceso e finalmente vai seguir destino. Você observa as janelas do outro ônibus se deslocarem, mas, ao contrário do que esperaria, a traseira do outro ônibus é avistada e você continua a ver o cruzamento à frente. Somente quando observa o cruzamento é que percebe que o outro ônibus arrancou e que, justamente, o seu ônibus continua parado no sinal. Então você começa a se dar conta de que não estava se movendo, era o outro ônibus que seguia viagem. Todos nós somos “enganados” desta forma, qualquer um que observa o movimento de outro corpo tem o direito de pensar que está se movendo enquanto o outro permanece parado, ou vice-versa. Isso acontece porque o conceito de movimento é 7relativo, uma vez que as leis da natureza são as mesmas para todos os corpos em movimento uniforme, isto é, todos aqueles em um referencial inercial (HALLIDAY, 2012). 2.3 SIMULTANEIDADE A simultaneidade consiste na coincidência temporal de dois acontecimentose m diferentes pontos do espaço. Se um dos observadores observa que dois eventos ocorridos em locais diferentes foram simultâneos, o outro observador chega à conclusão oposta, e vice-versa. A simultaneidade não é um conceito absoluto, e sim um conceito relativo, que depende do movimento do observador (PORTO, 2016). 2.4 DILATAÇÃO DO TEMPO A dilatação do tempo propõe que os intervalos de tempo marcados por um observador em repouso são sempre maiores que os intervalos de tempo marcados por um observador em movimento com velocidade próxima à da luz. A equação a seguir determina a relação entre os intervalos de tempo marcados por um observador em repouso e outro em movimento (SILVA, 2019). Figura 01 – Simultaneidade de eventos entre Jill e Jack TOPPER, 2013. 8 Onde elementos dessa equação são: Δt0 = Intervalo de tempo marcado pelo observador parado; Δt = Intervalo de tempo marcado pelo observador em movimento; v = Velocidade do corpo em movimento; c = Velocidade da luz (c = 3,0 x 108 m/s). Por meio dessa equação, pode-se perceber que o intervalo de tempo marcado pelo observador parado é sempre superior àquele marcado pelo observador em movimento (SILVA, 2019). 2.5 CONTRAÇÃO DO COMPRIMENTO A contração do comprimento é um fenômeno relativístico que consiste na diminuição do comprimento de um objeto medido por um observador com velocidade diferente do referencial do objeto. Para o observador, esta contração ocorre apenas na direção do movimento do objeto. À medida que a velocidade relativa entre o objeto e o observador se aproxima da velocidade da luz, este fenômeno se torna mais relevante, como pode ser vista através da seguinte expressão (SILVA, 2019). Onde: é o comprimento do objeto medido no mesmo referencial (comprimento próprio); (1) (2) 9 é o comprimento do objeto medido por um observador com velocidade nula. é a velocidade do objeto é velocidade da luz, é o fator de Lorentz. 2.6 TRANSFORMAÇÃO DE LORENTZ Em física, as transformações de Lorentz, em homenagem ao físico neerlandês Hendrik Lorentz, descrevem como, de acordo com a relatividade especial, as medidas de espaço e tempo de dois observadores se alteram em cada sistema de referência. Elas refletem o fato de que observadores se movendo com velocidades diferentes medem diferentes valores de distância, tempo e, em alguns casos, a ordenação de eventos. O fator de Lorentz sempre possuirá valor maior que 1, e este valor aumenta significativamente conforme a velocidade (c) aumenta. (YOUNG, 2008). Matematicamente, o fator de Lorentz é determinado por: Onde: C é a velocidade da luz; V é a velocidade do objeto. (3) 10 3 PROCEDIMENTOS 3.1 SIMULAÇÃO DOS EFEITOS DA RELATIVIDADE RESTRITA De início, disponibilizou-se à cada grupo um notebook para este experimento, e solicitou-se que fosse aberto o link para o site “Light Clock – Time Dilation”. Figura 03 – Print da interface do site Light Clock – Time Dilation Figura 02 – Curva geral do Fator de Lorentz X Velocidade (c) FÍSICA VIVENCIAL, 2009. 11 Após, imputou-se no programa os dados de velocidade (c) de 0,00 à 0,99. Os resultados foram anotados na tabela abaixo para posteriores cálculos e geração dos gráficos de Fator de Lorentz. Velocidade (c) Tempo para Jill Tempo para Jack Fator de Lorentz - Experimental Fator de Lorentz - Teórico Após o preenchimento da tabela, realização dos cálculos e plotagem dos gráficos, deu-se por encerrada a atividade. 4 RESULTADOS Em relação ao experimento de simulação dos efeitos da relatividade restrita, imputou-se os valores de velocidade da luz de 0c, até 0,99c. Após preencheu-se a tabela abaixo de acordo com os valores de leitura de tempo para Jack, leitura de tempo para Jill, fator de Lorentz experimental e fator de Lorentz teórico informados pelo programa: Tabela 00 – Velocidade, tempo e Fatores de Lorentz Experimental e Teórico pré-preenchimento 12 Velocidade (c) Tempo para Jill Tempo para Jack Fator de Lorentz - Experimental Fator de Lorentz - Teórico 0,00 8,00 8,00 1,0000000 1,0000000 0,10 8,00 8,04 1,0050000 1,0050378 0,20 8,00 8,16 1,0200000 1,0206207 0,30 8,00 8,37 1,0462500 1,0482848 0,40 8,00 8,70 1,0875000 1,0910895 0,50 8,00 9,20 1,1500000 1,1547005 0,60 8,00 9,94 1,2425000 1,2500000 0,70 8,00 11,13 1,3912500 1,4002801 0,80 8,00 13,38 1,6725000 1,6666667 0,90 8,00 18,27 2,2837500 2,2941573 0,95 8,00 25,55 3,1937500 3,2025631 0,99 8,00 56,60 7,0750000 7,0888121 De acordo com as informações registradas na tabela 01, plotou-se os gráficos da curva do fator de Lorentz experimental x velocidade (c) e da curva do fator de Lorentz Teórico x velocidade (c): Tabela 01 – Velocidade, tempo e Fatores de Lorentz Experimental e Teórico 13 5 DISCUSSÃO Após o acesso ao site, iniciou-se a atividade variando a velocidade (c) de Jill de 0,00 à 0,99 e tomou-se nota dos resultados na tabela 01. Após, calculou-se os valores de fator de Lorentz experimental e fator de Lorentz teórico para cada tempo e velocidade, anotou-se também na tabela 01. Com os valores obtidos gerou-se o gráfico 01, que representa a curva do fator de Lorentz experimental x Velocidade (c), e o gráfico 02, que representa a curva do fator de Lorentz teórico x Velocidade (c). Observou-se que quanto mais rápido Jill se movia maior era a distorção temporal entre ela e Jack, pois o mesmo estava em repouso e apresentava um intervalo de tempo maior sempre que aumentávamos a velocidade (c) de Jill, o que comprova a relatividade do tempo em nosso experimento. Observou-se também, através dos resultados, que os valores de Fator de Lorentz obtidos teoricamente e experimentalmente são bem próximos conforme expresso nos gráficos, e as curvas dos gráficos de fatores de Lorentz teórico e experimental são semelhantes à curva do gráfico geral de fator de Lorentz. Tais fatos comprovam a exatidão do experimento realizado. 14 6 CONCLUSÃO Após a realização do experimento observamos na prática a teoria que aprendemos em sala. Observamos a distorção temporal ocorrida entre Jack, que encontrava-se em repouso, e Jill, que se moveu-se de 0,00c à 0,99c. Notamos, através dos gráficos, que quanto maior a velocidade em que Jill se movia, maior era a distorção temporal entre ela e Jack, tal fato comprova a relatividade do tempo quando nos movemos em velocidades extremamente altas. Com isso, e embasados pelos resultados próximos dos valores de Fator de Lorentz experimental e Fator de Lorentz teórico, concluímos que nosso experimento foi satisfatório para os fins acadêmicos, pois observamos de fato toda a parte prática que vimos nas aulas teóricas de relatividade restrita em sala. 15 BIBLIOGRAFIA HALLIDAY, David, ROBERT, Resnick; WALKER, Jearl. Ótica e Física Moderna. Rio de Janeiro, 9ª edição, 2012. GOUVEIA, Rosimar. Teoria da Relatividade. São Paulo, 2018. Disponível em: < https://www.todamateria.com.br/teoria-da-relatividade-2/>. Acesso em: 06, Abr. 2019. SILVA, Joab. Dilatação do Tempo. Rio de Janeiro, 2019. Disponível em: <https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/dilatacao-tempo.htm>. Acesso em: 06, Abr. 2019. H. D. Young, R. A. Freedman. With Modern Physics. 2008.TOPPER, David R. How Einstein Created Relativity out of Physics and Astronomy. Canadá: Springer, 2013. FÍSICA VIVENCIAL. Questões de vestibular. São Paulo, 2009. Disponível em <http://www.fisicavivencial.pro.br/sites/default/files/sf/716SF/08_avaliacao_frame.htm >. Acesso em: 07, Abr. 2019.
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