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Práticas na Criação de Ovinos 1- Que tipo de pessoa tem vocação para criar ovinos: Após a domesticação, uma relação de dependência passou a existir entre eles. O ovino produz alimentos e o homem cuida deles. Por causa da relação existente entre os ovinos e o homem, um ponto chave para o sucesso deste negócio, é saber se identificar ou reconhecer que tipo de pessoa tem potencial para atingir o sucesso com a produção de ovinos; Algumas características que marcam um bom criador de ovinos são as seguintes: Como iniciar uma criação de ovinos Um forte interesse na natureza e em trabalhar com o que é vivo; Gostar de animais e sentir-se responsável por eles. Se somente considerá-lo como um produtor de dinheiro, seria melhor escolher outra espécie para criar; Bons criadores são cuidadosos observadores. Percebem através de um sinal do animal, se alguma coisa está errada. Sempre atento, porque uma semana que se descuida de um rebanho ovino, é tempo suficiente para se ter prejuízos. O ovino é uma espécie que necessita do olho do dono; Como um pastor, o criador tem um comportamento de proteção do seu rebanho; A habilidade de visualizar uma situação e antecipar os problemas ou as oportunidades; Paciência, tanto com os animais quanto com as pessoas; Uma mente organizada e habilidade para estabelecer rotinas e segui-las; Natureza analítica. Nenhuma decisão é tomada sem a devida consideração dos fatos, alternativas e consequências. Julgamentos repentinos são feitos somente em circunstâncias especiais, quando uma decisão rápida é exigida; Como iniciar uma criação de ovinos 2. Fatores a serem considerados na decisão de criar ou não ovinos: O que muitas vezes acontece e que pode ser um desastre para a criação e desanimar os criadores, é adquirir os animais sem antes ter estrutura para recebê- los. Por isso, é importante, antes da chegada dos animais, observar o seguinte: Instalações A infraestrutura mínima necessária para iniciar uma criação de ovinos se constitui em um curral, para manejo dos animais, e piquetes com pastagens formadas; Disponibilidade de Alimentos O primeiro ponto a ser considerado é a alimentação do rebanho; Capacidade de lotação A lotação das pastagens é variável em função do sistema de criação empregado; Condições Climáticas É importante observar quais raças se adaptam melhor à condição climática de uma determinada região; Disponibilidade de Água A disponibilidade de água de qualidade é importante em qualquer atividade agropecuária; Mercado A falta de conhecimento do mercado é responsável por muitas falências; Como iniciar uma criação de ovinos 2. Fatores a serem considerados na decisão de criar ou não ovinos: Predadores O ataque do rebanho ovino por predadores, como cães, graxaim, caranchos, etc., e até mesmo onças, em determinadas regiões, pode trazer grandes prejuízos; Época de aquisição Encarada sob o aspecto econômico, a melhor época é logo após a tosquia ou seja, em novembro ou dezembro, quando os ovinos são vendidos pelo menor preço; Objetivo da Criação Está relacionado diretamente com o mercado;. Atualmente, a produção de lã tem diminuído em função da queda no preço deste produto; Quantidade Depende do objetivo da criação (apenas para consumo próprio ou para manter a grama aparada, como animais de estimação ou se com fins comerciais). Como iniciar uma criação de ovinos 3. A escolha dos animais: Após este estudo inicial sobre a criação de ovinos, é a hora de adquirir os animais: A raça A escolha da raça está em função da região em que será desenvolvida a criação, do objetivo (produção de lã, pele, leite ou carne) e do mercado. Não adianta escolher uma raça porque tem apenas preferência pessoal; Que tipo de animal deve-se adquirir? Os animais puros podem ser muito caros para este início, por isso é comum, adquirir um rebanho de fêmeas mestiças jovens (1-2 anos) e saudáveis, e reprodutores de raças puras, de maior valor genético, para ir melhorando o rebanho aos poucos; Já para quem tem interesse em criar animais de cabanha, isto é, reprodutores e matrizes para a venda, o investimento na compra de animais puros, tanto fêmeas quanto machos, é maior. Como iniciar uma criação de ovinos No momento de adquirir os animais, deve-se examiná-los minuciosamente: Nas fêmeas deve-se observar o seguinte: Estado de saúde, idade, úbere, características raciais, informações reprodutivas, peso e escore corporal; Nos machos: Estado de saúde, idade, testículos, características raciais, peso e escore corporal e exame andrológico, principalmente para animais de elevado valor comercial; Como iniciar uma criação de ovinos Ao adquirir um ovino, observe a cabeça, que deve ser forte e máscula nos machos. Evite fêmeas com excesso de lã na cara e em volta dos olhos. Verifique a dentição do animal. Não deve possuir má conformação ou falta de dentes; Como iniciar uma criação de ovinos O gradil torácico deve ser amplo, especialmente em raças para corte. Nas raças para lã o velo deve ser denso. Comprima-o para senti-lo. Como iniciar uma criação de ovinos Apalpe o escroto e certifique-se de que esteja em condições normais. Nas raças para lã, a barriga e as partes internas das coxas devem estar bem recobertas por lã. Como iniciar uma criação de ovinos Examine os membros posteriores. Estes devem ser profundos. Depois, comprima o dorso e confira a sua amplitude. Como iniciar uma criação de ovinos Comprima o tórax. Nas raças de corte deve ser amplo. Como iniciar uma criação de ovinos Após a aquisição dos ovinos deve-se: Identificar os animais brincos, tatuagens ou marcas; Controle individual dos animais fichas de escrituração zootécnica; Quarentena de observação verifica-se se nenhuma doença irá se manifestar; Realizar exames de fezes periodicamente. Como iniciar uma criação de ovinos Bases para a produção de ovinos: Gerenciamento controle do rebanho Sistema de produção Sanidade Nutrição Reprodução 14 15 CONTROLE DAS ATIVIDADES QUE OCORREM DENTRO DO REBANHO ESCRITURAÇÃO ZOOTÉCNICA ESCRITURAÇÃO ZOOTÉCNICA Conjunto de práticas relacionadas às anotações da propriedade rural que possui atividade de exploração animal Em sentido restrito consiste nas anotações de controle do rebanho, com fichas onde são registradas todas ocorrências e desempenho. Aspectos gerenciais a serem observados: Controle: Reprodutivo Seleção e melhoramento Sanitário Nutricional; Produtivo; Gestão Econômica 17 ESCRITURAÇÃO ZOOTÉCNICA 1º PASSO IDENTIFICAÇÃO DO REBANHO Cordeiro (a): dente de leite Borrego (a): 12 - 24 meses Capão: macho castrado Ovelha: fêmea adulta Carneiro: macho adulto “inteiro” Rufião: Identificação de cio ESCRITURAÇÃO ZOOTÉCNICA 2º PASSO IDENTIFICAÇÃO DAS CATEGORIAS CLASSIFICAÇÃO DOS OVINOS Determinação da idade dos ovinos pelos dentes: - Fórmula dentária (se refere a toda boca do animal): - Fórmula dentária dente de leite: - Fórmula dentária de adultos: Os incisivos é que determinam a classificação dos ovinos de acordo com a idade; Nos ovinos, a dentição é dividida em duas naturezas: Os dentes de leite ou temporários; Os definitivos ou permanentes. dentesTotalMPMCI 20;:;:;:;: 6 6 0 0 0 0 8 0 dentesTotalMPMCI 32;:;:;:;: 6 6 6 6 0 0 8 0 IDADE DOS OVINOS Rodete dentário IDADE DOS OVINOS IDADE DOS OVINOS 27 28 29 ESCRITURAÇÃO ZOOTÉCNICA Registro de desempenho produtivo como: Pesagens (nascimento, desmame, abate) ESCRITURAÇÃO ZOOTÉCNICA Registrode desempenho produtivo como: Escore de Condição Corporal LOCAIS DE AVALIAÇÃO A . Última parte a engordurar-se B . Verificar proeminência das apófises transversas. C . Apófises espinhosas dorsais. D . Ao longo do Esterno. Escore de condição corporal (escala de 1 a 5): CLASSIFICAÇÃO DOS OVINOS (características gerais) 32 ESCORE DE CONDIÇÃO CORPORAL Escala: 1 – 5 Intervalos de 0,5 Apófises espinhosas e transversas C.C: 3 a 3,5 33 ESCORE DE CONDIÇÃO CORPORAL ESCORE DE CONDIÇÃO CORPORAL 35 36 ESCORE DE CONDIÇÃO CORPORAL 38 ESCORE DE CONDIÇÃO CORPORAL 40 ESCORE DE CONDIÇÃO CORPORAL ESCORE DE CONDIÇÃO CORPORAL 44 ESCORE DE CONDIÇÃO CORPORAL DIFERENÇA ENTRE OS ESCORES DE CONDIÇÃO CORPORAL DIFERENÇA ENTRE OS ESCORES DE CONDIÇÃO CORPORAL Estágio de produção CC ótima Cobertura 2,5 - 3 Inicio/meio gestação 2,5 - 4 Parição 3 - 4 Desmame Mínimo 2 Fonte: TOMPSON e MEYER (1994) Condição corporal mais adequada por período de produção de matrizes ovinas ESCORE DE CONDIÇÃO CORPORAL Crescimento e desenvolvimento: Os ovinos atingem 80% do peso adulto com um ano e 100% com dois anos; Os ovinos podem viver até 16-18 anos, mas nos sistemas de produção permanecem até no máximo 8 anos. CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS OVINOS ESCRITURAÇÃO ZOOTÉCNICA Registro de desempenho produtivo como: Medidas morfométricas: altura, comprimento, perímetro escrotal, qualidade da lã, etc... ESCRITURAÇÃO ZOOTÉCNICA MANUAL PLANILHAS E FICHAS PARA ANOTAÇÕES Registro de ocorrências: Coberturas Nascimentos Partos Enfermidades Descartes mortes Ovelha Cordeiro Nº Prolapso de vagina Aborto Nº Peso (kg) Data nasc. Observações 52 ESCRITURAÇÃO ZOOTÉCNICA MANUAL EXEMPLO DE FICHA DE CONTROLE DE PARIÇÃO Movimentos J F M A M J J A S O N D Rebanho Nascimentos Mortes Consumo Compras Vendas Saldo 53 ESCRITURAÇÃO ZOOTÉCNICA MANUAL EXEMPLO DE FICHA DE CONTROLE MENSAL 54 ESCRITURAÇÃO ZOOTÉCNICA INFORMATIZADA Softwares de gerenciamento zootécnico Softwares de gerenciamento zootécnico Softwares de gerenciamento zootécnico Softwares de gerenciamento zootécnico Softwares de gerenciamento zootécnico Softwares de gerenciamento zootécnico Softwares de gerenciamento zootécnico Softwares de gerenciamento zootécnico Softwares de gerenciamento zootécnico Softwares de gerenciamento zootécnico Softwares de gerenciamento zootécnico Softwares de gerenciamento zootécnico Aplicativo para celulares de gerenciamento zootécnico 67 ÍNDICES ZOOTÉCNICOS PRODUTIVOS Mortalidade: porcentagem de mortes de animais de determinada categoria. Mortalidade= nº de animais de mortos da categoria X 100 nº total de animais da categoria Desfrute: representa a produção do rebanho dentro do período avaliado. Desfrute= nº ou PV de animais vendidos X 100 nº ou PV total de animais em estoque 68 ÍNDICES ZOOTÉCNICOS REPRODUTIVOS Tx. de fertilidade: porcentagem de fêmeas em cobertura que ficaram prenhes durante o período de exposição reprodutiva. Fertilidade= n° de fêmeas prenhas X 100 nº de animais em cobertura Tx. de natalidade: forma de medir o resultado das fêmeas em cobertura que pariram cordeiros vivos. Natalidade= nº de cordeiros nascidos vivos X 100 nº de animais em cobertura 69 ÍNDICES ZOOTÉCNICOS REPRODUTIVOS Tx. de mortalidade intra uterina (IU): representa o índice de perdas de animais que foram abortados, reabsorvidos ou natimortos. Mortalidade IU= nº de cordeiros mortos X 100 nº de fêmeas prenhas Prolificidade: indica o número de cordeiros nascidos por fêmea. Prolificidade= nº de cordeiros nascidos (vivos ou mortos) X 100 nº de fêmeas paridas 70 ÍNDICES ZOOTÉCNICOS REPRODUTIVOS Tx. de desmame ou eficiência Reprodutiva: representa o total de animais desmamados em relação às fêmeas expostas em reprodução dentro de determinado ano agrícola. Tx. de desmame= nº de cordeiros desmamados X 100 nº de fêmeas em cobertura Práticas na Criação de Ovinos Atividades Gerais Revisão dos animais Aquisição de animais Planejamento Manejo da Reprodução Escolha dos Reprodutores Compra de reprodutores Avaliação zootécnica Revisão dos carneiros 73 Escolha de Reprodutores Avaliação Zootécnica do animal Tendências raciais: carne, lã, leite Padrões de cada raça Bons aprumos, idade Descartar: graves defeitos !!!! Doenças infecciosas, degeneração testicular irreversível, aderências, atrofias, prognatismo, criptorquidismo, graves problemas de aprumos... Reprodutores Condição corporal: 3 - 3,5 Exame andrológico Vermífugo Parasitas externos Vacina: clostridioses Cascos e aprumos Dentes Avaliar: Evitar Defeitos externos Defeitos externos Enfermidades Aprumos Aprumos CORRETOS Joelhos para dentro Pernas para fora Pernas retas Pés horizontais Conformação Consistência Mobilidade Avaliação do Testículos Ausência de testículo Assimetria Diâmetro Avaliação do Pênis e Prepúcio Condição corporal e revisão brincos Histórico Defeitos externos Boca x idade Casco Úbere Consistência Cicatriz Funcionalidade Tamanho dos tetos Matrizes Condição Corporal: 3 - 3,5 (escala 1-5) Alimentação Vermífugo: o.p.g Aporte alimentar (Flushing): # Ovelhas ↓ C.C # Borregas Matrizes Flushing Suplementar ovelhas antes e depois da cobertura para aumentar a produção de óvulos, promovendo partos múltiplos. 15-21 dias antes da monta 15-21 dias após a monta Ovulação e n° de embriões vivos CC IDEAL: 3,0 – 3,5 Úbere Lesões Endurecimento Ausência de tetos Tetos cortados (esquila) Ausência de nódulos e apresentar dois tetos apenas Seleção Fêmeas Descartar fêmeas: falhadas 2 anos seguidos Com mais de 6 anos ??? Com repetidos abortos ou natimortos Defeitos físicos e genéticos Que não tenham boa Habilidade materna????? 90 Poliéstrica estacional Fertilidade aumenta (dias mais curtos) Temperatura: calor inibe o cio, diminui fertilidade e aumenta mortalidade embrionária Ciclo estral 17 dias (14 – 21) Cio 12 -72 hs (média 24 horas) Fertilidade das Ovelhas Sensibilidade ao fotoperíodo: luminosidade Raças lanadas = Cios em determinadas épocas ( luminosidade) Raças deslanadas = menos sensíveis ao fotoperíodo Sinais do cio Fêmea se deixa montar, fica imóvel Urina Vulva edemaciada Presença secreção Mucosa vaginal avermelhada Reflexo de Flehmen (macho) Fêmeas Idade primeiro acasalamento Início da vida Reprodutiva 8 – 10 meses (raças de corte precoces) 18 meses: raças (lanadas) 12 – 18 meses: raças (deslanadas) Manejo da Parição Gestação: 140-156 dias Período + curto: primíparas, parto gemelar
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