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Cap 1 – O Reflexo Inato Ex.: a luz incide sobre sua pupila e ela se contrai; quando você ouve um barulho muito alto e repentino, seu coração dispara. ↳ Note que sempre há uma alteração no ambiente que produz uma alteração no organismo. ↳ Esses reflexos são uma “preparação mínima” que os organismos têm para começar a interagir com seu ambiente e para ter chances de sobreviver. ✦ Na psicologia reflexo = uma relação entre estimulo e resposta. ≠ de como usamos no cotidiano. ↬ Estimulo: qualquer alteração ou parte do ambiente que produza uma mudança no organismo. ↬ Resposta: é a alteração ou mudança no organismo produzido por uma no ambiente (estimulo) ✦ Portanto, quando mencionamos “reflexo”, estamos nos referindo às relações entre S e R que especificam que determinada mudança no ambiente produz determinada mudança no organismo. ↬ Lei da Intensidade-magnitude: estabelece que a intensidade do estímulo é uma medida diretamente proporcional à magnitude da resposta. (quanto maior o estímulo, mais intensa será a resposta eliciada por ele). ↬ Lei do limiar: estabelece que existe uma intensidade mínima do estimulo necessária para eliciar uma resposta. ↬ Lei da latência: quanto mais fraco o estímulo, mais tempo se passará entre a apresentação do Se a ocorrência da R, ou seja, maior será a latência da R. ↬ Habituação do reflexo: quando somos expostos a um determinado estímulo por um tempo prolongado, a magnitude da resposta tende a diminuir. ↬ Reflexo e emoções: quando sentimos uma emoção: como o medo, várias alterações estão ocorrendo no nosso corpo. Ex.: Aumento na frequência cardíaca, constrição capilar (ficar branco de medo) e secreção de adrenalina. Ex. de reflexos: Estimulo → Resposta Fogo prox a mão → Contração do braço Martelada no joelho → Flexão da perna Alimento na boca → Salivação Barulho estridente → Sobressalto → = elicia – o que o estimulo produz Cuidado: Não confundir leis Cap 2 – O Reflexo Aprendido: Condicionamento Pavloviano ↳ Capacidade de aprender novos reflexos, ou seja, a capacidade de reagir de formas diferentes a novos estímulos. ↬ Estímulo Neutro (NS) – neutral stimulus Não elicia resposta (ainda) ↬ Estímulo incondicionado (US) – unconditioned stimulus É aquele que incondicionalmente, provoca uma resposta natural e automática. ↬ Estímulo condicionado (CS) – conditioned stimulus Estímulo que elicia a resposta por uma historia de condicionamento. É o estímulo neutro após o condicionamento ↬ Resposta incondicionada (ou reflexo) É a resposta que ocorre naturalmente em reação ao estímulo incondicionado. EX.: tirar a mão rápido da panela quente. ↬ Resposta condicionada (CR) – conditioned response É a resposta aprendida ao estímulo anteriormente neutro (agora condicionado). ↳ Se os organismos podem aprender novos reflexos, podem também aprender a sentir emoções (respostas emocionais) que não estão presentes em seu repertório comportamental quando nascem. Ex.: bebê Albert e o medo. ↳ É difícil controlar emoções, pois elas são respostas reflexas (respondentes). • A razão de "respondermos emocionalmente" de formas diferentes aos mesmos estímulos está na história de condicionamento de cada um de nós. ↳ Todos nós passamos por diferentes emparelhamentos de estímulos em nossa vida. Esses diferentes emparelhamentos produzem o nosso "jeito" característico de sentir emoções hoje ↬ Generalização respondente: Estímulos que se assemelham fisicamente ao estímulo condicionado podem passar a eliciar a mesma resposta aprendida. ↳ Quanto mais parecido com o estímulo condicionado um outro estímulo for, maior será a magnitude da resposta eliciada. ↳ Ex.: situação aversiva com uma galinha – passar a ter medo de galinha – passar a ter medo de galinhas da mesma raça e de outras aves. http://psicoativo.com/2015/12/estimulo-incondicionado-definicao-exemplos-e-pavlov-de-novo.html ↬ Gradiente de Generalização: a magnitude de uma resposta condicionada diminui à medida que diminuem as semelhanças entre o estímulo presente no condicionamento (pastor alemão) e os demais semelhantes ao estimulo original (labrador, poodle, yorkshire). ↘ ↬ Extinção respondente: enfraquecimento gradual de uma resposta condicionada que resulta no decréscimo ou desaparecimento do comportamento. ↬ Recuperação gradual: um reflexo, após extinto, pode ganhar força novamente sem novos emparelhamentos, esse fenômeno é conhecido como recuperação espontânea.. ↬ Contracondicionamento: estímulos que eliciam respostas contrárias (ansiedade x relaxamento; prazer x desconforto). Por exemplo, xarope de ipeca elicia vômito; cigarro elicia prazer. Emparelhar cigarro + xarope = vômito. Agora, Cigarro = vômito. ↬ Dessensibilização sistemática: consiste em dividir o procedimento de extinção em pequenos passos, construir uma escala crescente da intensidade do estímulo (Hierarquia de ansiedade). ↳ Ex: medo de cães – escala: pensar em cães, ver fotos de cães, tocar em cães de pelúcia, observar de longe cães diferentes daquele que lhe atacou, observar de perto cães, tocá-los. (exposição gradual aos cães e aos estímulos semelhantes) ↬ Fatores que influenciam o condicionamento pavloviano ↳ Frequência dos emparelhamentos ↳ Tipos de emparelhamento ↳ Intensidade do estimulo incondicionado ↳ Grau de predição do estímulo condicionado Cap 3– Aprendizagem pelas consequências: o reforço COMPORTAMENTO RESPONDENTE relação entre o ambiente (estímulo) e o organismo (resposta); ↬ Se o comportamento é influenciado (controlado) por suas consequências, isso dá duas possibilidades importantes para os psicólogos: Nos ajuda a compreender parte do comportamento e da aprendizagem humana, sobretudo no que diz respeito às emoções. COMPORTAMENTO OPERANTE: termo cunhado por B. F. Skinner, um segundo tipo de comportamento que engloba a maioria dos comportamentos dos organismos. Aquele comportamento que produz consequências (modificações no ambiente) e é afetado por elas. As consequências daquilo que fazemos nos mantêm no mesmo caminho, ou afasta-nos dele. Através do comportamento operante aprendemos nossas habilidades e nossos conhecimentos, ou seja, falar, ler, escrever, raciocinar, etc., E até mesmo como aprendemos a ser quem somos, a ter nossa personalidade. ↳ O comportamento respondente é aprendido por meio do condicionamento respondente. ↳ O condicionamento operante, um segundo tipo de aprendizagem, comportamentos são aprendidos em função de suas consequências. Comportamento Respondente Comportamento Operante S - R R - C Uma alteração no ambiente elicia uma resposta do organismo Uma resposta emitida pelo organismo produz uma alteração no ambiente ↬ As consequências de nossos comportamentos vão influenciar suas ocorrências futuras (a) podemos manipular as consequências dos comportamentos para compreendermos melhor como a interação comportamento (resposta) -consequência se dá; (b) se os comportamentos das pessoas (e de animais não-humanos) são controlados por suas consequências, isso significa que podemos modificar os comportamentos programando consequências especiais para seus comportamentos ↬ Reforço: é um tipo de consequência do comportamento que aumenta a probabilidade de um determinado comportamento voltar a ocorrer. ↳ Para determinarmos se um estímulo é um reforçador, ou se uma consequência é um reforço, devemos verificar se esta afeta o comportamento, ou seja, se ocasiona aumento ou diminuição. Ex.: Para algumas pessoas, saltar de para quedas pode ser um ato extremamente reforçador, enquanto para outras não. O comportamento produz consequências e é controlado por elas Reforçadores naturais X Reforçadores arbitrários ↬ Reforçadores naturais: são consequências que não precisam ser programadas para que sucedamos comportamentos. Ex.: Comer nossa sobremesa favorita e, com isso, sentir aquele sabor inigualável. ↬ Reforçadores arbitrários: São consequências artificialmente programadas para que sejam produzidas pelas respostas desejadas.. Ex.: “se você cumprir as metas do mês no trabalho, terá o reajuste salarial que pediu ao chefe.” ↬ Quando dispõe-se de consequências programadas, cria-se uma situação mais motivadora para o indivíduo, que terá acesso às consequências naturais dos comportamentos. Gradativamente, a frequência e intensidade da apresentação das consequências arbitrárias serão reduzidas, de forma que somente as consequências naturais dos comportamentos sejam as responsáveis por sua manutenção. Outros efeitos do reforço ↬ Além de aumentar a frequência de um comportamento reforçado, o reforço tem dois outros efeitos sobre o comportamento. Um deles é a diminuição da frequência de outros comportamentos diferentes do comportamento reforçado. O outro é a diminuição da variabilidade na topografia (na forma) da resposta (do comportamento) reforçado. Extinção Operante ↬ Quando suspendemos o reforço de um comportamento, verificamos que a probabilidade de esse comportamento ocorrer diminui.. ↬ Resistencia à extinção: o tempo (ou o numero de vezes) que o organismo continua emitindo uma resposta (comportamento) após a suspenção do seu reforço. Quanto mais tempo o comportamento continua se repetindo, sem ser reforçado, maior será a resistência a extinção. Fatores que influenciam a resistência à extinção ↳ Número de reforços anteriores: quanto mais um comportamento é reforçado, mais resistente à extinção ele será. ↳ Custo da resposta: Quanto mais esforço é necessário para emitir um comportamento, menor será a sua resistência à extinção. ↳ Esquemas de reforçamento: Quando um comportamento às vezes é reforçado e às vezes não, ele se tornará bem mais resistente à extinção do que um comportamento reforçado continuamente. Outros efeitos da extinção ↳ Aumento na frequência da resposta no início do processo de extinção: antes de a frequência da resposta começar a diminuir, ela aumenta abruptamente. ↳ Aumento na variabilidade da topografia (forma) da resposta: logo no início do processo de extinção, a forma como o comportamento estava sendo emitido começa a modificar-se. ↳ Eliciação de respostas emocionais (raiva, ansiedade, irritação, frustração, etc.) EX.: Tente lembrar-se de algumas vezes em que algum comportamento seu foi colocado em extinção: quando estudou muito para um prova e tirou nota baixa. ↬ Modelagem: Os comportamentos novos que aprendemos surgem a partir de comportamentos que já existem em nosso repertório comportamental. ATENÇÂO Cap 4 – Aprendizagem pelas consequências: o controle aversivo ↬ O não se dá apenas com a apresentação de reforço estímulos, mas também pela retirada de estímulos do ambiente. ↬ Os organismos tendem a daquilo que evitar ou fugir lhes é aversivo. ↬ Esses três tipos de consequência controlam o comportamento: reforço negativo e punição (positiva e negativa). Diz-se que o controle exercido pelos três tipos de consequências é aversivo porque o indivíduo se comporta para que algo não aconteça, ou seja, para subtrair um estímulo do ambiente ou para fazer com que ele nem mesmo ocorra.. Reforço negativo e punição (positiva e negativa): se faço algo que tem como consequência um reforço negativo, voltarei a fazê-lo; se faço algo que tem como consequência uma punição, positiva ou negativa, não farei mais. ↬ são definidos como aqueles que Estímulo Aversivo: reduzem a frequência do comportamento (estímulos punidores positivos), ou aumentam a frequência do comportamento que os retiram (estímulos reforçadores negativos). -Não existem estímulos eminentemente aversivos que serão aversivos para todas as pessoas-. ↬ Comportamentos mantidos por reforço negativo: 1) Colocar óculos de sol para a amenizar luminosidade na retina; 2) Passar protetor solar para evitar queimaduras; 3) Na segunda-feira de manhã, sair de casa cedo (o comportamento), para evitar ficar preso no trânsito e chegar atrasado para a aula (remoção de um estímulo aversivo). ↬ A diferença básica entre reforço positivo e reforço reside na natureza da operação, ou seja, no negativo reforço , um estímulo é ao positivo acrescentado ambiente; no reforço , um estímulo é do negativo retirado ambiente. Comportamento de fuga e comportamento de esquiva ↬ Dois tipos de comportamento são mantidos por . reforço negativo A ocorre quando um determinado fuga estímulo aversivo está presente no ambiente, e esse comportamento retira-o do ambiente. Já a evita ou atrasa o contato com esquiva um estímulo aversivo, isto é, o ocorre quando um determinado estímulo aversivo não está presente no ambiente, e este comportamento faz com que o estímulo não apareça, ou demore a aparecer. A esquiva é a prevenção - a fuga uma remediação Ex.: 1) Arrumar o quarto logo que acordamos para evitar reclamações da mãe (esquiva) 2) Se a mãe vê o quarto desarrumado e começa a brigar, nós o arrumamos para que ela pare. (fuga) 3) Fazer uma revisão no carro de viajar (esquiva) antes 4) Uma pessoa está contando uma história muito chata e você diz: "Amigo, me desculpe, mas estou atrasado para um compromisso...“; se você sai de perto do sujeito a contar histórias chatas. (esquiva) antes de ele começar ↬ Algumas consequências do comportamento Punição: tomam sua ocorrência menos provável. São elas: punição positiva e punição negativa. um estímulo aversivo é Punição positiva: acrescentado ao ambiente. um estímulo agradável é Punição negativa: subtraído do ambiente. Tanto a punição positiva como a punição negativa de o comportamento ocorrer. diminuem a probabilidade Exemplos de punição positiva 1) Jogar bola dentro de casa, "levar uma surra" e não jogar mais bola nesse local; 2) Ultrapassar o sinal vermelho, ser multado e não infringir mais essa regra; 3) "dizer palavrão", "receber uma bronca" e diminuir bastante a frequência dessa atitude. Exemplos de punição negativa 1) Fazer traquinagens, perder a "mesada" e diminuir bastante a frequência com que se faz traquinagens; 2) Cometer um assalto, ser preso (perder a liberdade) e não cometer mais crimes; 3) Dirigir embriagado, perder a carteira de motorista e não mais dirigir embriagado. ↬ Punição negativa e extinção ↳ Na , um comportamento que produzia uma extinção consequência reforçadora deixa de obtê-la ↳ Na , um comportamento passa a ter punição negativa uma nova consequência, a qual é a perda de reforçadores. ↳ A punição suprime rapidamente a resposta, enquanto a extinção produz uma diminuição gradual na probabilidade de ocorrência da resposta. ↳ Ao aludirmos à punição, não nos referimos à suspensão da consequência que reforça o comportamento, mas, sim, de uma outra consequência que diminui a probabilidade de sua ocorrência. ↳ Se a frequência do comportamento diminuiu e a consequência reforçadora não foi retirada, falamos então em punição. Efeitos colaterais do controle aversivo a) ; eliciação de resposta emocionais 1) como consequência a pessoa que pune se sente culpada ou com pena e, libera reforçadores, criando um ciclo vicioso. 2) um organismo punido passa a temer o agente punidor, pois este passa a eliciar respostas emocionais aversivas; b) supressão de outros comportamentos além do punido. c) emissão de respostas incompatíveis ao , a grande desvantagem é que comportamento punido elas tornam impossível para o organismo discriminar que a contingência de punição não está mais em vigor, uma vez que impede que o organismo se exponha à contingência novamente; d) , o organismo controlado emite contracontrole uma nova resposta que impede que o agente controlador mantenha o controle sobre o seu comportamento.A mentira, muitas vezes, funciona como uma resposta de contracontrole. ↬ Tendemos mais a punir ou a reforçar negativamente o comportamento do que controlá-lo por reforço positivo, a despeito de todas as desvantagens do controle aversivo. Por outro lado, a divulgação e a comprovação dos efeitos indesejáveis desse tipo de controle pode sensibilizar pais e educadores para que ambos utilizem meios mais positivos para controlar o comportamento. Em concordância com Freud, a principal razão que leva ao sofrimento psicológico é o histórico de controle aversivo do comportamento.
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