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Profª. Fabiane Regina da Cunha Dantas Araújo DISCIPLINA: CÁLCULO II UNIDADE 3: (Parte 3) 3.3 Gráficos de Equações em Coordenadas Polares O gráfico de F(𝑟, 𝜃) = 0 é formado por todos os pontos cujas coordenadas polares satisfazem a equação. É comum apresentarmos a equação numa forma explícita, isto é: 𝑟 = 𝑓(𝜃). Na prática, os seguintes procedimentos poderão nos auxiliar no esboço do gráfico: i) calcular os pontos de máximo e/ou de mínimo; ii) encontrar os valores de 𝜃 para os quais a curva passa pelo pólo; iii) verificar simetrias. Se, - a equação não se altera quando substituímos 𝑟 por – 𝑟, existe simetria em relação à origem; - a equação não se altera quando substituímos 𝜃 por – 𝜃, existe simetria em relação ao eixo polar ( ou eixo dos x); - a equação não se altera quando substituímos 𝜃 por 𝜋 − 𝜃, existe simetria em relação ao eixo 𝜃 = 𝜋 2 (eixo y). Exemplos: 1) Esboçar a curva 𝑟 = 2 (1 − cos 𝜃). * verificar as simetrias: 𝑟 = 2 (1 − 𝑐𝑜𝑠𝜃) = 2 (1 − 𝑐𝑜𝑠(−𝜃)) 𝑟 = 2 (1 − cos 𝜃) ≠ 2 (1 − 𝑐𝑜𝑠(𝜋 − 𝜃)) Profª. Fabiane Regina da Cunha Dantas Araújo Logo, existe em relação ao eixo polar. Assim, basta analisar valores de 𝜃 tais que 0 ≤ 𝜃 ≤ 𝜋. Façamos 𝑟 = 𝑓(𝜃). Logo, 𝑓(𝜃) = 2(1 − cos 𝜃) Aplicando o teste da derivada segunda para determinar os extremos da função, temos: 𝑓′(𝜃) = 2 𝑠𝑒𝑛 𝜃 e 𝑓′′(𝜃) = 2 cos 𝜃 Fazendo 𝑓′(𝜃) = 0, achamos os pontos críticos. 2 𝑠𝑒𝑛 𝜃 = 0 ⇒ 𝜃 = 0 ou 𝜃 = 𝜋 Substituindo os pontos críticos na derivada segunda, temos: 𝑓′′(0) = 2 cos 𝜃 = 2 > 0 é ponto de mínimo 𝑓′′(𝜋) = 2 cos 𝜋 = −2 < 0 é ponto de máximo Logo, (0,0) é ponto de mínimo e (4, 𝜋) é ponto de máximo. Por fim, construímos o gráfico, a partir de alguns pontos da curva: 3.3.1 Algumas Equações em Coordenadas Polares e Seus Respectivos Gráficos 1) Equações de retas. a) 𝜃 = 𝜃0 ou 𝜃 = 𝜃0 ± 𝑛𝜋, 𝑛 ∈ ℤ é uma reta que passa pelo pólo e faz um ângulo de 𝜃0 ou 𝜃0 ± 𝑛𝜋 radianos com eixo polar. Profª. Fabiane Regina da Cunha Dantas Araújo b) 𝑟 𝑠𝑒𝑛 𝜃 = 𝑎 e 𝑟 cos 𝜃 = 𝑏, 𝑎, 𝑏 ∈ ℝ são retas paralelas aos eixos polar e 𝜋 2 , respectivamente. 2) Circunferências a) 𝑟 = 𝑐, 𝑐 ∈ ℝ é uma circunferência centrada no pólo e raio |𝑐|. Profª. Fabiane Regina da Cunha Dantas Araújo b) 𝑟 = 2𝑎 cos 𝜃 é uma circunferência de centro no eixo polar, tangente ao eixo 𝜃 = 𝜋 2 : - se 𝑎 > 0, o gráfico está à direita do pólo; - se 𝑎 < 0, o gráfico está à esquerda do pólo. c) 𝑟 = 2𝑏 𝑠𝑒𝑛 𝜃 é uma circunferência de centro no eixo 𝜋 2 e que tangencia o eixo polar: - se 𝑏 > 0, o gráfico está acima do pólo; - se 𝑏 < 0, o gráfico está abaixo do pólo. Profª. Fabiane Regina da Cunha Dantas Araújo 3) Limaçons 𝑟 = 𝑎 ± 𝑏 cos 𝜃 ou 𝑟 = 𝑎 ± 𝑏 𝑠𝑒𝑛 𝜃, onde 𝑎, 𝑏 ∈ ℝ são limaçons. Temos: - se 𝑏 > 𝑎, então o gráfico tem um laço. - se 𝑏 = 𝑎, então o gráfico tem formato de um coração, por isso é conhecido com 𝑐𝑎𝑟𝑑𝑖ó𝑖𝑑𝑒. Profª. Fabiane Regina da Cunha Dantas Araújo - se 𝑏 < 𝑎, então o gráfico não tem laço. Observamos que na primeira figura este item, usamos 𝑎 = 1 e 𝑏 = 2, na segunda usamos 𝑎 = 𝑏 = 1 e na terceira usamos 𝑎 = 3 e 𝑏 = 2. 4) Rosáceas 𝑟 = 𝑎 cos 𝑛 𝜃 ou 𝑟 = 𝑎 𝑠𝑒𝑛 𝑟 𝜃, onde 𝑎 ∈ ℝ e 𝑛 ∈ Iℕ são rosáceas: - se n é par, temos uma rosácea de 2𝑛 pétalas. Profª. Fabiane Regina da Cunha Dantas Araújo - se 𝑛 é ímpar, temos uma rosácea de 𝑛 pétalas. Observamos que na primeira figura deste item, usamos 𝑎 = 1 e 𝑛 = 4, na segunda usamos 𝑎 = 1 e 𝑛 = 5. 5) Lemniscatas 𝑟2 = ±𝑎2 cos 2𝜃 ou 𝑟2 = ±𝑎2𝑠𝑒𝑛 2𝜃, onde 𝑎 ∈ ℝ são lemniscatas. Profª. Fabiane Regina da Cunha Dantas Araújo Observamos na figura que foi usado 𝑎 = 1. 6) Espirais As equações seguintes representam algumas espirais: 𝑎) 𝑟𝜃 = 𝑎, 𝑎 > 0 - espiral hiperbólica; b) 𝑟 = 𝑎𝜃, 𝑎 > 0 - espiral de Arquimedes; c) 𝑟 = 𝑒𝑎𝜃 - espiral logarítmica; d) 𝑟2 = 𝜃 - espiral parabólica. As figuras abaixo ilustram estas espirais.
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