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Projeto Termo-Hidráulico de Trocadores Casco e Tubo Marcos Lourenço http://paginapessoal.utfpr.edu.br/mlourenco Transferência de Calor Industrial 18 de outubro de 2017 1/33 http://paginapessoal.utfpr.edu.br/mlourenco Trocadores de Casco e Tubo Projeto Termo-Hidráulico O projeto termo hidráulico de um trocador de calor de casco e tubos consiste na determinação ótima para o processo de transferência de calor entre dois fluidos que escoam no mesmo, chamados de correntes fria e quente; Além da complexidade do escoamento no casco, este tipo de projeto é dificultado também devido ao fato de o coeficiente global variar ao longo do trocador e também às condições operacionais; Existe um número de programas comerciais que realizam o projeto e otimização de um trocador de calor, como o Xist; 2/33 www.htri.net/xist.aspx Trocadores de Casco e Tubo Projeto Termo-Hidráulico O projeto termo hidráulico de um trocador de calor de casco e tubos consiste na determinação ótima para o processo de transferência de calor entre dois fluidos que escoam no mesmo, chamados de correntes fria e quente; Além da complexidade do escoamento no casco, este tipo de projeto é dificultado também devido ao fato de o coeficiente global variar ao longo do trocador e também às condições operacionais; Existe um número de programas comerciais que realizam o projeto e otimização de um trocador de calor, como o Xist; 2/33 www.htri.net/xist.aspx Trocadores de Casco e Tubo Projeto Termo-Hidráulico O projeto termo hidráulico de um trocador de calor de casco e tubos consiste na determinação ótima para o processo de transferência de calor entre dois fluidos que escoam no mesmo, chamados de correntes fria e quente; Além da complexidade do escoamento no casco, este tipo de projeto é dificultado também devido ao fato de o coeficiente global variar ao longo do trocador e também às condições operacionais; Existe um número de programas comerciais que realizam o projeto e otimização de um trocador de calor, como o Xist; 2/33 www.htri.net/xist.aspx Fator de correção de forma S = Tt,o − Tt,i Ts,i − Tt,i R = Ts,i − Ts,o Tt,o − Tt,i que pode ser utilizada para o caso com 1 passe no casco e 2 passes nos tubos para determinar o fator de forma como: Ft = √ R2−1 (R−1) · ln ( 1−S 1−S·R ) ln ( 2−S(R+1− √ R2+1) 2−S(R+1+ √ R2+1) ) 3/33 Fator de correção de forma Ainda para um passe no casco, mas agora com 4 passes nos tubos teríamos algo como: Ft = √ 4R2+1 2(R−1) · ln ( 1−S 1−S·R ) ln ( 1+V( √ 4R2+1−2R) 1−V( √ 4R2+1−2R) ) na qual a temperatura intermediária (2◦ para o 3◦ passe) pode ser calculada, iterativamente, como: V = Tt,i − Tt,o 4Ts,i − Tt,i + 2Tint + Tt,o( Tint − Tt,i Tt,o − Tint )√4R2+1 = 1 + V (√ 4R2 + 1− 2R ) 1 + V (√ 4R2 + 1 + 2R ) 4/33 Coeficiente Global de Troca de Calor Q = U ·A · ∆T U = 1 1 U0 + ( Dt,e Dt,i ) ri + ro + ( Dt,e 2Kw ) ln ( Dt,e Dt,i ) 5/33 Trocadores de Casco e Tubo 6/33 Trocadores de Casco e Tubo As principais correntes consideradas no Método de Bell-Delaware são: Corrente A: Corrente dos vazamentos através das folgas entre tubos e chicanas; Corrente B: Corrente principal através do feixe de tubos; Corrente C: Fluxo entre o casco e o feixe de tubos; Corrente E: Fluxo nas folgas entre as chicanas e o diâmetro interno do casco; Corrente F: Formada nas regiões sem tubos, próximas as divisões de passes. 7/33 Trocadores de Casco e Tubo As principais correntes consideradas no Método de Bell-Delaware são: Corrente A: Corrente dos vazamentos através das folgas entre tubos e chicanas; Corrente B: Corrente principal através do feixe de tubos; Corrente C: Fluxo entre o casco e o feixe de tubos; Corrente E: Fluxo nas folgas entre as chicanas e o diâmetro interno do casco; Corrente F: Formada nas regiões sem tubos, próximas as divisões de passes. 7/33 Trocadores de Casco e Tubo As principais correntes consideradas no Método de Bell-Delaware são: Corrente A: Corrente dos vazamentos através das folgas entre tubos e chicanas; Corrente B: Corrente principal através do feixe de tubos; Corrente C: Fluxo entre o casco e o feixe de tubos; Corrente E: Fluxo nas folgas entre as chicanas e o diâmetro interno do casco; Corrente F: Formada nas regiões sem tubos, próximas as divisões de passes. 7/33 Trocadores de Casco e Tubo As principais correntes consideradas no Método de Bell-Delaware são: Corrente A: Corrente dos vazamentos através das folgas entre tubos e chicanas; Corrente B: Corrente principal através do feixe de tubos; Corrente C: Fluxo entre o casco e o feixe de tubos; Corrente E: Fluxo nas folgas entre as chicanas e o diâmetro interno do casco; Corrente F: Formada nas regiões sem tubos, próximas as divisões de passes. 7/33 Trocadores de Casco e Tubo As principais correntes consideradas no Método de Bell-Delaware são: Corrente A: Corrente dos vazamentos através das folgas entre tubos e chicanas; Corrente B: Corrente principal através do feixe de tubos; Corrente C: Fluxo entre o casco e o feixe de tubos; Corrente E: Fluxo nas folgas entre as chicanas e o diâmetro interno do casco; Corrente F: Formada nas regiões sem tubos, próximas as divisões de passes. 7/33 Trocadores de Casco e Tubo Tubos A área total (não é a área por casco) de transferência de calor pode ser calculada por: Ax = q U · ∆Tm Como essa área é também aquela devido à superfície dos Nt tubos: Ax = Nt · (π de L1) ⇒ Nt = Ax π de L1 Por outro lado, a área de escoamento será: Ac = Nt Np πd2i 4 8/33 Trocadores de Casco e Tubo Tubos A área total (não é a área por casco) de transferência de calor pode ser calculada por: Ax = q U · ∆Tm Como essa área é também aquela devido à superfície dos Nt tubos: Ax = Nt · (π de L1) ⇒ Nt = Ax π de L1 Por outro lado, a área de escoamento será: Ac = Nt Np πd2i 4 8/33 Trocadores de Casco e Tubo Tubos A área total (não é a área por casco) de transferência de calor pode ser calculada por: Ax = q U · ∆Tm Como essa área é também aquela devido à superfície dos Nt tubos: Ax = Nt · (π de L1) ⇒ Nt = Ax π de L1 Por outro lado, a área de escoamento será: Ac = Nt Np πd2i 4 8/33 Trocadores de Casco e Tubo Tubos A vazão mássica por unidade de área pode ser determinada a partir de: Gt = ṁt Ac [kg/s ·m2] e o número de Reynolds baseado no fluxo mássico de: Re = Gtdi µ a partir dos quais se determina a velocidade do escoamento: v = Gt ρ [m/s] 9/33 Trocadores de Casco e Tubo Tubos A vazão mássica por unidade de área pode ser determinada a partir de: Gt = ṁt Ac [kg/s ·m2] e o número de Reynolds baseado no fluxo mássico de: Re = Gtdi µ a partir dos quais se determina a velocidade do escoamento: v = Gt ρ [m/s] 9/33 Coeficiente de convecção nos tubos Escoamento Laminar Uma expressão para o coeficiente h, tanto para resfriamento quanto para aquecimento foi desenvolvida por Sieder & Tate como: Nu = htde kt = 1, 86 (RePr)1/3 ( de ` )1/3 ( µt µTs,i )0,14 na qual Ret = ρ·v·Dtµt e Prt = Cpt·µt kt . Algumas correlações, específicas para um certo fluido, possuem uma acurácia melhor para o cálculo de h, como aquela para a água, dada no livro do Kern. 10/33 Coeficiente de convecção nos tubos Escoamento Laminar Uma expressão para o coeficiente h, tanto para resfriamento quanto para aquecimento foi desenvolvida por Sieder & Tate como: Nu = htde kt = 1, 86 (RePr)1/3 ( de ` )1/3 ( µt µTs,i )0,14 na qual Ret = ρ·v·Dtµt e Prt = Cpt·µt kt . Algumas correlações, específicas para um certo fluido, possuem uma acurácia melhor para o cálculo de h, como aquela para a água, dada no livro do Kern. 10/33 Coeficiente de convecção nos tubos Escoamento Turbulento Por outro lado, dentro dos limites aceitáveis, a correlação de Gnielinski pode ser considerada relativamente precisa: Nu = htde kt = f 8 (Re − 1000)Prt 1 + 12, 7 ( f 8 )1/2 ( Pr2/3t − 1 ) desde que: 1/2 < Prt < 2000 e 3000 < Ret < 5× 106 na qual o fator de atrito pode ser calculado pela correlação de Petukhov como: f = (0, 79 ln (Ret)− 1, 64)−2 Esta possuia mesma restrição para Ret mencionada no quadro da direita. 11/33 Perda de carga nos tubos A perda de carga nos tubos pode ser calculada como: ∆pt = ∆pf + ∆pbocais + ∆pecr na qual as perdas por atrito e na expansão, contração e retorno são dadas respectivamente como: ∆pf = 8f L D Nt ρtv̄2t 2 ∆pecr = 1, 6Nt ρtv̄2t 2 e as perdas e a velocidade média nos bocais dadas respectivamente por: ∆pbocais = 1, 8 ρtv̄2b 2 v̄b = 4ṁt ρπ · db,i · db,o 12/33 Transferência de calor no casco Método de Bell-Delaware Neste método, as temperaturas de entrada e saída e a vazão do fluido no lado do casco sejam especificadas, juntamente com ρ, µ e Cp conhecidos. Os seguintes parâmetros geométricos também precisam ser especificados: de: Diâmetro externo dos tubos; θ: Configuração dos tubos; Di: Diâmetro interno do casco; Df : Diâmetro dos feixes; L: Comprimento dos tubos; lcc: Corte das chicanas; lec: Espaçamento entre chicanas; Nss: Número de pares de tiras selantes. 13/33 Transferência de calor no casco Método de Bell-Delaware Neste método, as temperaturas de entrada e saída e a vazão do fluido no lado do casco sejam especificadas, juntamente com ρ, µ e Cp conhecidos. Os seguintes parâmetros geométricos também precisam ser especificados: de: Diâmetro externo dos tubos; θ: Configuração dos tubos; Di: Diâmetro interno do casco; Df : Diâmetro dos feixes; L: Comprimento dos tubos; lcc: Corte das chicanas; lec: Espaçamento entre chicanas; Nss: Número de pares de tiras selantes. 13/33 Transferência de calor no casco Método de Bell-Delaware Neste método, as temperaturas de entrada e saída e a vazão do fluido no lado do casco sejam especificadas, juntamente com ρ, µ e Cp conhecidos. Os seguintes parâmetros geométricos também precisam ser especificados: de: Diâmetro externo dos tubos; θ: Configuração dos tubos; Di: Diâmetro interno do casco; Df : Diâmetro dos feixes; L: Comprimento dos tubos; lcc: Corte das chicanas; lec: Espaçamento entre chicanas; Nss: Número de pares de tiras selantes. 13/33 Transferência de calor no casco Método de Bell-Delaware Neste método, as temperaturas de entrada e saída e a vazão do fluido no lado do casco sejam especificadas, juntamente com ρ, µ e Cp conhecidos. Os seguintes parâmetros geométricos também precisam ser especificados: de: Diâmetro externo dos tubos; θ: Configuração dos tubos; Di: Diâmetro interno do casco; Df : Diâmetro dos feixes; L: Comprimento dos tubos; lcc: Corte das chicanas; lec: Espaçamento entre chicanas; Nss: Número de pares de tiras selantes. 13/33 Transferência de calor no casco Método de Bell-Delaware Neste método, as temperaturas de entrada e saída e a vazão do fluido no lado do casco sejam especificadas, juntamente com ρ, µ e Cp conhecidos. Os seguintes parâmetros geométricos também precisam ser especificados: de: Diâmetro externo dos tubos; θ: Configuração dos tubos; Di: Diâmetro interno do casco; Df : Diâmetro dos feixes; L: Comprimento dos tubos; lcc: Corte das chicanas; lec: Espaçamento entre chicanas; Nss: Número de pares de tiras selantes. 13/33 Transferência de calor no casco Método de Bell-Delaware Neste método, as temperaturas de entrada e saída e a vazão do fluido no lado do casco sejam especificadas, juntamente com ρ, µ e Cp conhecidos. Os seguintes parâmetros geométricos também precisam ser especificados: de: Diâmetro externo dos tubos; θ: Configuração dos tubos; Di: Diâmetro interno do casco; Df : Diâmetro dos feixes; L: Comprimento dos tubos; lcc: Corte das chicanas; lec: Espaçamento entre chicanas; Nss: Número de pares de tiras selantes. 13/33 Transferência de calor no casco Método de Bell-Delaware Neste método, as temperaturas de entrada e saída e a vazão do fluido no lado do casco sejam especificadas, juntamente com ρ, µ e Cp conhecidos. Os seguintes parâmetros geométricos também precisam ser especificados: de: Diâmetro externo dos tubos; θ: Configuração dos tubos; Di: Diâmetro interno do casco; Df : Diâmetro dos feixes; L: Comprimento dos tubos; lcc: Corte das chicanas; lec: Espaçamento entre chicanas; Nss: Número de pares de tiras selantes. 13/33 Transferência de calor no casco Método de Bell-Delaware Neste método, as temperaturas de entrada e saída e a vazão do fluido no lado do casco sejam especificadas, juntamente com ρ, µ e Cp conhecidos. Os seguintes parâmetros geométricos também precisam ser especificados: de: Diâmetro externo dos tubos; θ: Configuração dos tubos; Di: Diâmetro interno do casco; Df : Diâmetro dos feixes; L: Comprimento dos tubos; lcc: Corte das chicanas; lec: Espaçamento entre chicanas; Nss: Número de pares de tiras selantes. 13/33 Transferência de calor no casco Método de Bell-Delaware O coeficiente de convecção do lado do casco é calculado com base no fluxo cruzado sobre um feixe de tubos, como h∞; Diversos desvios podem ser contabilizados nessa aproximação, associados às diversas folgas, recirculações entre outros fenômenos, ocorrendo do lado do casco; Nesse método, são contabilizados os efeitos não ideais a partir de cinco fatores de correção, baseados nas correntes de fluxo que se desviam do escoamento ideal, na forma: hs = h∞ · Jc · Jl · Jb · Jr · Js O valor desse produto é, em geral, ≈ 0, 6. 14/33 Transferência de calor no casco Método de Bell-Delaware O coeficiente de convecção do lado do casco é calculado com base no fluxo cruzado sobre um feixe de tubos, como h∞; Diversos desvios podem ser contabilizados nessa aproximação, associados às diversas folgas, recirculações entre outros fenômenos, ocorrendo do lado do casco; Nesse método, são contabilizados os efeitos não ideais a partir de cinco fatores de correção, baseados nas correntes de fluxo que se desviam do escoamento ideal, na forma: hs = h∞ · Jc · Jl · Jb · Jr · Js O valor desse produto é, em geral, ≈ 0, 6. 14/33 Transferência de calor no casco Método de Bell-Delaware O coeficiente de convecção do lado do casco é calculado com base no fluxo cruzado sobre um feixe de tubos, como h∞; Diversos desvios podem ser contabilizados nessa aproximação, associados às diversas folgas, recirculações entre outros fenômenos, ocorrendo do lado do casco; Nesse método, são contabilizados os efeitos não ideais a partir de cinco fatores de correção, baseados nas correntes de fluxo que se desviam do escoamento ideal, na forma: hs = h∞ · Jc · Jl · Jb · Jr · Js O valor desse produto é, em geral, ≈ 0, 6. 14/33 Transferência de calor no casco Método de Bell-Delaware O coeficiente de convecção do lado do casco é calculado com base no fluxo cruzado sobre um feixe de tubos, como h∞; Diversos desvios podem ser contabilizados nessa aproximação, associados às diversas folgas, recirculações entre outros fenômenos, ocorrendo do lado do casco; Nesse método, são contabilizados os efeitos não ideais a partir de cinco fatores de correção, baseados nas correntes de fluxo que se desviam do escoamento ideal, na forma: hs = h∞ · Jc · Jl · Jb · Jr · Js O valor desse produto é, em geral, ≈ 0, 6. 14/33 Método de Bell-Delaware Fator de correção Jc Esse coeficiente é baseado na fração do fluxo sobre os tubos entre as extremidades entre duas chicanas adjacentes; Para chicanas com cortes pequenos ele vale Jc ≈ 1, 5; Valendo cerca de Jc ≈ 1 se os tubos não cruzam as chicanas e; Chegando a Jc ≈ 0, 52 no caso de altos valores para o corte das chicanas. Para cortes de chicanas entre 15% e 45% essa correção tem a forma: Jc = 0, 55 + 0, 72Fc Fc = 1− 2Fw na qual Fc represente a fração do escoamento cruzado puro entre as chicanas e Fw representa a fração de tubos em uma janela: Fw = α− sen α 2π α = 2 cos−1 ( ds − 2lcc df ) 15/33 Método de Bell-Delaware Fator de correção Jc Esse coeficiente é baseado na fração do fluxo sobre os tubos entre as extremidades entre duas chicanas adjacentes; Para chicanas com cortes pequenos ele vale Jc ≈ 1, 5; Valendo cerca de Jc ≈ 1 se os tubos não cruzam as chicanas e; Chegando a Jc ≈ 0, 52 no caso de altos valores para o corte das chicanas. Para cortes de chicanasentre 15% e 45% essa correção tem a forma: Jc = 0, 55 + 0, 72Fc Fc = 1− 2Fw na qual Fc represente a fração do escoamento cruzado puro entre as chicanas e Fw representa a fração de tubos em uma janela: Fw = α− sen α 2π α = 2 cos−1 ( ds − 2lcc df ) 15/33 Método de Bell-Delaware Fator de correção Jc Esse coeficiente é baseado na fração do fluxo sobre os tubos entre as extremidades entre duas chicanas adjacentes; Para chicanas com cortes pequenos ele vale Jc ≈ 1, 5; Valendo cerca de Jc ≈ 1 se os tubos não cruzam as chicanas e; Chegando a Jc ≈ 0, 52 no caso de altos valores para o corte das chicanas. Para cortes de chicanas entre 15% e 45% essa correção tem a forma: Jc = 0, 55 + 0, 72Fc Fc = 1− 2Fw na qual Fc represente a fração do escoamento cruzado puro entre as chicanas e Fw representa a fração de tubos em uma janela: Fw = α− sen α 2π α = 2 cos−1 ( ds − 2lcc df ) 15/33 Método de Bell-Delaware Fator de correção Jc Esse coeficiente é baseado na fração do fluxo sobre os tubos entre as extremidades entre duas chicanas adjacentes; Para chicanas com cortes pequenos ele vale Jc ≈ 1, 5; Valendo cerca de Jc ≈ 1 se os tubos não cruzam as chicanas e; Chegando a Jc ≈ 0, 52 no caso de altos valores para o corte das chicanas. Para cortes de chicanas entre 15% e 45% essa correção tem a forma: Jc = 0, 55 + 0, 72Fc Fc = 1− 2Fw na qual Fc represente a fração do escoamento cruzado puro entre as chicanas e Fw representa a fração de tubos em uma janela: Fw = α− sen α 2π α = 2 cos−1 ( ds − 2lcc df ) 15/33 Método de Bell-Delaware Fator de correção Jl Jl = 0, 44 (1− rs) [1− 0, 44 (1− rs)] e−2,2rm Este fator será tão baixo quanto menor for o espaçamento entre chicanas. rs: Razão entre as áreas de vazamento entre as chicanas-casco e total; rm: Razão entre a área de vazamento total e a área de escoamento cruzado entre chicanas adjacentes. rs = Asb Asb + Atb e, rm = Asb + Atb Am nas quais, Asb = πDi 3, 2 + 0, 004Di 2 [ 1− 2 cos−1 ( 1− 2lc Di )] e Atb = 1 + Fc 2 Nt π 4 [ (de + 3, 1 + 0, 004Di)2 − d2e ] ambas calculadas em [mm2]. 16/33 Método de Bell-Delaware Fator de correção Jb Todo o erro devido ao desvio da corrente principal para a folga entre o feixe de tubos e o casco é contabilizada nesse coeficiente. Geralmente possui o valor de: 0, 9: trocador de espelho fixo no qual tal folga é pequena; 0, 7: em trocadores com cabeçote flutuante. Jb = e −CbFsbp ( 1− 3 √ 2 NssNc ) na qual a constante Cb vale: 1, 35: escoamento laminar; 1, 25: transição e turbulência. e Fsbp=Ab/Am é a fração de área na qual ocorre o desvio de fluxo no feixe tubular. Ab = ( Di −Df ) l1 Nc = Di [1− 2 (lcc/Di)] pparal nas quais Ab é a área do fluxo desviado e p é o passo do arranjo (pitch) e Nc é o número de tubos nesse escoamento cruzado. 17/33 Método de Bell-Delaware Fator de correção Jr Como ocorre na convecção laminar no interior de um duto, para baixos valores de Res, nota-se uma queda no coeficiente de convecção devido a um gradiente adverso de temperatura na camada limite. Aplicado geralmente se Res < 20, sendo que para Re > 100 tem-se Jr ≈ 1. Jr = jr = 1, 51N−0.18c se Res ≤ 20 Caso contrário, Jr = jr + ( Res − 20 80 ) (1− jr) 18/33 Método de Bell-Delaware Fator de correção Js Se a distância entre os espelhos e os bocais do lado do casco for maior que o espaçamento das chicanas, lc, os espaços entre as primeira e última chicanas e os espelhos, lc,i e lc,o serão: lc,i = li + dbocal,i lc,o = lo + dbocal,o nas quais dbocal,i e dbocal,o são os diâmetros dos bocais de entrada e de saída do lado do casco e li e lo dados por: Classe de pressão [psi] Di[in] li[in] lo[in] 150 10 6”1⁄2 11” 30 7”1⁄2 12”1⁄2 60 9”1⁄4 16”1⁄2 600 10 9” 14”1⁄2 30 10”1⁄2 16”1⁄2 60 14”1⁄4 23” 19/33 Método de Bell-Delaware Fator de correção Js Js pode ser calculado por: Js = Nb − 1 + (lc,i/lc)1−n + (lc,o/lc)1−n Nb − 1 + (lc,i/lc) + (lc,o/lc) n = 0, 6 se Re > 100 e, n = 1/3 se Re 6 100 O número de chicanas é determinado por: Nb = L− lc,i − lc,o lc + 1 na qual L é o comprimento dos tubos. 20/33 Método de Bell-Delaware Fator de correção Js Na falta de informações sobre os diâmetros dos bocais, pode-se recorrer em último caso à tabela abaixo: Di[in] dbocal[in] < 12 2 12− 171⁄4 3 121⁄4−211⁄4 4 231⁄4−29 6 31− 37 8 > 39 10 21/33 Método de Bell-Delaware O coeficiente ideal de transferência de calor do lado do casco é dado por: h∞ = jiCp ṁs Alc ( k µCp )2/3 ( µ µw )0,14 na qual: Alc: área na qual ocorre o escoamento cruzado próximo à linha de centro; µw: viscosidade do fluido avaliada na temperatura da parede e; ji = a1 ( 1, 33 p/de )a (Res)a2 , Res = ṁsde µAlc , a = a3 1 + 0, 14 (Res)a4 22/33 Constantes ai 23/33 Método de Bell-Delaware Áreas do escoamento cruzado As áreas de escoamento cruzado dependem do arranjo dos tubos: Alc = lc [ Di −Df + Df − de p∗ (p− de) ] na qual p∗ = pn para um arranjo quadrado e p∗ = p no caso de um arranjo triangular (30◦ e 60◦). Inicialmente, considera-se (µ/µw) 0,14 = 1. Após calculada a temperatura na parede se atualiza esse valor e recalcula-se as variáveis. 24/33 Método de Bell-Delaware Áreas do escoamento cruzado As áreas de escoamento cruzado dependem do arranjo dos tubos: Alc = lc [ Di −Df + Df − de p∗ (p− de) ] na qual p∗ = pn para um arranjo quadrado e p∗ = p no caso de um arranjo triangular (30◦ e 60◦). Inicialmente, considera-se (µ/µw) 0,14 = 1. Após calculada a temperatura na parede se atualiza esse valor e recalcula-se as variáveis. 24/33 Método de Bell-Delaware Áreas do escoamento cruzado As áreas de escoamento cruzado dependem do arranjo dos tubos: Alc = lc [ Di −Df + Df − de p∗ (p− de) ] na qual p∗ = pn para um arranjo quadrado e p∗ = p no caso de um arranjo triangular (30◦ e 60◦). Inicialmente, considera-se (µ/µw) 0,14 = 1. Após calculada a temperatura na parede se atualiza esse valor e recalcula-se as variáveis. 24/33 Tabela de passos para o arranjo 25/33 Cálcula da Temperatura de Parede Tw Sejam Tm,c e Tm,h as temperaturas médias dos fluidos frio e quente, respectivamente, e hio = htdi/de o coeficiente de transmissão de calor do lado do tubo tomando por base a área externa do tubo. Assim, Tw = Tm,c + h∗ hio + hs (Tm,h − Tm,c) na qual h∗ = hio se o fluido quente escoar nos tubos e, caso contrário, h∗ = hs. Esta temperatura é utilizada no cálculo de µw. 26/33 O método de Bell-Delaware Perda de carga no casco Esta é calculada respectivamente com base nas três seções apresentadas como: ∆ps = ∆pe + ∆pw + ∆pc 27/33 O método de Bell-Delaware Perda de carga no casco Esta é calculada respectivamente com base nas três seções apresentadas como: ∆ps = ∆pe + ∆pw + ∆pc 27/33 Perda de carga no casco Regiões de entrada e saída ∆pe Nas regiões de entrada e de saída do casco, tem-se a relação para a perda de carga: ∆pe = 2∆pbi ( 1 + Ncw Nc ) RbRs na qual o fator de correção em razão do espaçamento desigual das chicanas é: Rs = 1 2 [ (lc,i/lc) n−2 + (lc,o/lc) n−2 ] onde, n = 0, 2 se Re > 100 e, n = 1 se Re 6 100 28/33 Perda de carga no casco Regiões das janelas ∆pw É a perda de carga no escoamento nas janelas do casco: ∆pw = Nb∆pw,∞Rl a qual é baseada em uma perda de carga ideal na janela, sem fugas ou desvios, ∆pw,∞. Res < 100 - Laminar ∆pw,∞ = 26µsṁs ρs √ AlcAw ( Ncw p− de + lc D2w ) + ṁ2s ρsAlcAw na qual Dw é o diâmetro equivalente da janela e θ o ângulo de corte da chicana, dados como: Dw = 4Aw (π/2)Nt (1− Fc) de + Diθb , θb = 2 cos−1 ( 1− 2lc Di ) 29/33 Perda de carga no casco Regiões das janelas ∆pw É a perda de carga no escoamento nas janelas do casco: ∆pw = Nb∆pw,∞Rl a qual é baseada em uma perda de carga ideal na janela, sem fugas ou desvios, ∆pw,∞. Res > 100 - Turbulento ∆pw,∞ = ṁ2s (2 + 0, 6Ncw) 2ρsAlcAw com Aw = Awg −Awt e Área total dos tubos ⇒ Awg = D2i 4 [ cos−1 (σ)− σ √ 1− σ2 ] com σ = 1− 2 lccDi Área ocupada pelos tubos ⇒ Awt = (1− Fc)πd2e Nt/8 Número de fileiras de tubos efetivamente cruzadas ⇒ Ncw = 0,8lc/pp 29/33 Perda de carga no casco Seção de escoamento cruzado ∆pc Esta perda é dada por: ∆pc = ∆pb∞ (Nb − 1)RbRl na qual a perda ideal em um banco de tubos é calculada por: ∆pbi = 4fiṁsNc 2ρsA2lc ( µ µw )−0,14 na qual o fator de atrito ideal para o feixe é dado em função dos bi′s: fi = b1 ( 1, 33 p/de )b (Res)b2 com, b = b3 1 + 0, 14 (Res)b4 30/33 Constantes bi 31/33 Perda de carga no casco Seção de escoamento cruzado ∆pc O fator de correção para efeito de vazamento na chicana é dado por: Rl = exp −1, 33(1 + Asb Atb + Asb )( Atb + Asb Alc )[−0,15(1+ AsbAtb+Asb )+0,8] Já o fator para corrigir o contorno do feixe de tubos é: Rb = exp { −CbpFbp [ 1− ( 2 Nss Nc )1/3]} Cbp = 3, 7 se Re > 100 e, Cbp = 4, 5 se Re 6 100 32/33 Referências Incropera, F. M. Transferência de Calor e de Massa, 7a ed. São Paulo: LTC, 2014. Araújo, E. C., Trocadores de Calor, 1a ed., UFSCAR, 2012. Bejan, Heat Transfer, Limited, ed. McGraw-Hill Education, 2014. Kern, D. Q., Procesos de transferencia de calor, Compañía Editorial Continental, 1997. Donatello Annaratone, Handbook for Heat Exchangers and Tube Banks Design , Springer, 2010. Sadik Kakaç, Hongtan Liu, Anchasa Pramuanjaroenkij, Heat Exchangers: Selection, Rating, and Thermal Design, Third Edition, CRC Press, 2012. 33/33
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