Buscar

Unidade I

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 34 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 34 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 34 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Historia da Arte 
Contemporanea
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Profa. Ms. Rita Garcia Jimenez
Revisão Textual:
Profa. Ms. Alessandra Fabiana Cavalcanti
Caminhos para a Arte Contemporânea
• Introdução
• Gênios Rebeldes – Realismo abre Espaço para a Arte Moderna
• As Vanguardas Históricas Europeias
• Arte Moderna pede Passagem
• Arte Moderna no Brasil
• A Arte do Pós-Guerra
 · Conhecer os aspectos conceituais, históricos e estéticos da passagem 
da arte moderna para a arte contemporânea no mundo e no Brasil.
 · Apreciar, analisar significativamente, ler e criticar manifestações 
artísticas contemporâneas.
 · Valorizar a pesquisa sobre os aspectos conceituais, históricos e 
estéticos da arte contemporânea.
 · Valorizar a arte como construção de conhecimento e de cultura.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Caminhos para a Arte Contemporânea
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja uma maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como o seu “momento do estudo”.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo.
No material de cada Unidade, há leituras indicadas. Entre elas: artigos científicos, livros, vídeos e 
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também 
encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua 
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão, 
pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato 
com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Caminhos para a Arte Contemporânea
Contextualização
Iniciamos o nosso material didático com uma citação do filósofo e sociólogo 
alemão Theodor Adorno (1903-1969), em sua Teoria estética (publicada 
postumamente, em 1970): “Hoje, aceitamos sem discussão, que, em arte, nada 
pode ser entendido sem discutir e, muito menos, sem pensar”. Essa é a essência 
daquilo que iremos mostrar a você a partir desta Unidade: é preciso pensar a arte 
em um mundo que incrementa vertiginosamente seus mecanismos de comunicação. 
Aliás, essa é a palavra-chave do tema da nossa disciplina: comunicação. Arte 
contemporânea é comunicação pura. Entretanto, para que haja efetivamente 
uma competência comunicativa será preciso que emissor (os artistas) e receptor (o 
público) se entendam.
O artista cria, elabora, amplia, minimiza, extrapola, olha para dentro de si, 
olha para fora, vê, mostra, esconde... O público observa, interage, opina (não 
opina), fica espantado, fica inerte... E, os professores? São mediadores (mas, 
antes de tudo, são espectadores). Para que esse ciclo se desenvolva plenamente 
e tenha continuidade, é preciso que se conheça a história das coisas, a origem, 
a trajetória. É o passado influenciando o presente e o futuro. A História da Arte 
Contemporânea é isso: busca as causas do rompimento dos artistas com a arte 
acadêmica e o surgimento da arte moderna e, após, com o seu esgotamento, segue 
na passagem para a arte contemporânea, a partir dos anos 1950.
Vamos, a partir de agora, juntos, viajar pelo tempo e conhecer movimentos, 
escolas, artistas, teóricos, críticos de arte.
Aproveite a oportunidade!
8
9
Introdução
Hoje, aceitamos sem discussão, que, em arte, nada pode ser entendido 
sem discutir e, muito menos, sem pensar. (Theodor Adorno, Teoria 
estética, 1961).
No século XVIII, o pensamento dominante se resumia em uma indagação: o 
que torna uma obra uma obra de arte bela? A pintura e a escultura eram belas-
artes com o predomínio da técnica em relação a outras questões. Já a expressão 
“obra de arte” é recente, ganhou força no século XX, especialmente a partir da sua 
segunda metade.
Com o passar do tempo, houve uma dissociação entre esses conceitos: arte 
deixou de ser sinônimo de técnica e o belo deixou de ser um tema por excelência da 
arte, criando-se uma abordagem cada vez mais abrangente e em eterna redefinição. 
Atualmente, muitas teorias definem a arte como era no seu início: um produto de 
qualquer atividade humana resultado da criatividade, do fazer artístico. É a partir 
da fase de formação da arte moderna – por volta de 1860 / 1870 – que ganham 
importância no pensamento estético as teorias que destacam o fazer artístico da 
obra em detrimento da obra pronta. O certo é que os conceitos sobre obra de arte 
são mutantes como a própria arte.
Gênios Rebeldes – Realismo abre Espaço 
para a Arte Moderna
Com a mudança das condições sociais advindas pela rápida industrialização 
e pelas revoluções europeias em meados do século XIX, os artistas começaram 
a reconsiderar a autoridade da arte acadêmica. As sociedades como um todo 
começam a buscar suas próprias identidades e o significado da existência humana, 
tanto individual quanto coletivamente. Entre os primeiros artistas que se rebelaram 
ao conservadorismo e à estrutura inflexível das academias, bem como ao controle 
que elas exerciam sobre os clientes de arte, figuram os franceses como Gustave 
Coubert (1819-1877). Eles afirmavam que o acabamento esmerado das pinturas 
acadêmicas revelava falta de sinceridade e pobreza de conteúdo. Era o Realismo se 
configurando e tomando forma.
Os pintores realistas reagiram às transformações sociais e políticas, optando por 
retratar pessoas e acontecimentos comuns em um estilo de pintura baseado em 
uma cuidadosa observação. Coubert é considerado o líder do movimento. Em sua 
obra O ateliê do artista (1854-1855), ele representa ricos e pobres, entre eles um 
padre, um comerciante, um caçador e um mendigo.
9
UNIDADE Caminhos para a Arte Contemporânea
Fig. 1 – O ateliê do artista (1854-1855), de Gustave Coubert, óleo sobre tela (3,61 m x 5,98 m)
Fonte: wikimedia/commons
As Vanguardas Históricas Europeias
O contexto socioeconômico do final do século XIX e início do século XX estimulou 
a consolidação do conceito de vanguarda (do francês avant-garde), que significa 
“à frente da guarda”, subentende estar à frente, fazer algo novo, na expectativa, 
aguardando algo.
Maior Liberdade de Criação e de Expressão
Uma das grandes criações da era moderna, a fotografia – apresentada entre 1826 e 1827 
pelo francês Joseph Niépce, e aprimorada a partir de meados dos anos 1930 por William 
Talbot e Louis-Jaques-Mandé Daguerre – contribuiu para a liberação de pintores e de 
escultores do registro de pessoas, paisagens e fatos históricos. A fotografia passou a cumprir, 
na maioria dos casos, essa função.
Ex
pl
or
Arte Moderna pede Passagem
Impressionismo
Claude Monet (1840-1926) estimulou seus colegas a abandonar o ateliê e a 
pintar sob a luz natural. Ele chegou a ter um barco-ateliê equipadopara poder 
observar as variações e os efeitos da luz sobre o rio Sena. Monet fazia parte de um 
grupo de artistas franceses da segunda metade do século XIX, rebelados contra 
os temas históricos e o refinado acabamento das obras de arte acadêmicas. Esse 
movimento, que rompeu decididamente com o passado e abriu caminho para a 
arte moderna, seria identificado como Impressionismo. As figuras de destaque 
do grupo são, além de Monet, Pierre-Auguste Renoir (1841-1919), Edgar Degas 
(1834-1917) e Camille Pissarro (1830-1903), entre outros.
10
11
Fig. 2 – Claude Monet pintando em seu barco-ateliê (1874), 
de Edouard Manet, óleo sobre tela (0,82 m x 1 m)
Fonte: wikimedia/commons
Pós-Impressionismo
O termo pós-impressionismo designa um grupo de artistas insatisfeitos, no 
final do século XIX, especialmente a partir do final dos anos 1880, com as limita-
ções do Impressionismo. Os artistas pós-impressionistas se afastaram do natura-
lismo e passaram a usar cores vivas, camadas grossas de tinta, temas cotidianos e 
pinceladas expressivas que enfatizavam as formas geométricas. Os franceses Paul 
Cézanne (1839-1906), Paul Gauguin (1848-1903), Henri de Toulouse-Lautrec 
(1864-1901) e Georges-Pierre Seurat (1859-1891) – pioneiro do movimento 
Pontilhismo, ou Divisionismo –, e o holandês Vincent Van Gogh (1853-1890) 
são seus maiores representantes.
Fig. 3 – Fruteira, copo e maçãs (c.1879-82), de 
Paul Cézanne, óleo sobre tela (0,45 m x 0,54 m)
Fonte: apontamentosdearte.blogspot.com.br
11
UNIDADE Caminhos para a Arte Contemporânea
Fauvismo
O início do século XX foi marcado por mudanças sociais e tecnológicas. Em 
relação às artes, não foi diferente. Jovens pintores desenvolveram um estilo novo 
e radical com cores fortes e distorções ousadas chamado de Fauvismo (fauves, em 
francês: feras, selvagens), nome dado pela crítica, que se chocou com as obras 
apresentadas, a partir de 1905, no Salão de Outono, em Paris. O líder não oficial 
do movimento de vanguarda foi Henri Matisse (1869-1954).
Fig. 4 – A dança (1910), de Henri Matisse, óleo sobre tela (2,6 m x 3,9 m)
Fonte: wikimedia/commons
Expressionismo
O Expressionismo, em seu sentido amplo, caracteriza a arte criada sob o 
impacto da expressão da vida interior, das imagens que vêm do fundo do ser e se 
manifestam por meio de sentimentos. O que conta é a expressão, o ato de exprimir. 
O movimento, que atingiu seu auge entre 1910 e 1920, foi particularmente gestado 
na Alemanha. Um dos passos mais ousados e originais foi dado por um advogado 
russo de origem siberiana, que se tornou pintor: Wassily Kandinsky (1866-1944).
Fig. 5 – Composição VII (1913), de Wassily Kandinsky, óleo sobre tela (2 m x 3 m)
Fonte: wikimedia/commons
12
13
Cubismo
Em 1907, o espanhol Pablo Picasso (1881-1973) produziu uma pintura que 
marcaria para sempre a arte: As senhoritas de Avignon. Picasso decompõe as 
formas em diferentes planos geométricos e ângulos retos, desestruturando as figuras 
para que, remontadas pelo espectador, deixassem transparecer uma outra estrutura.
Fig. 6 – As senhoritas de Avignon (1907), de Pablo Picasso, 
óleo sobre tela (2,44 m x 2,34 m)
Fonte: wikimedia/commons
Surrealismo
O movimento surrealista surgiu em Paris, no início da década de 1920, e se 
tornou uma das mais importâncias tendências artísticas do século XX. Originário de 
um estilo literário, descreve acontecimentos de natureza bizarra. O artista catalão 
Joan Miró (1893-1983) incorporou elementos do acaso em sua pintura com cores 
fortes e formas fantásticas. O também catalão Salvador Dali (1904-1989) é um de 
seus maiores representantes.
Fig. 7 – A persistência da memória (1931), de Salvador Dali, 
óleo sobre tela (0,24 m x 0,33 m)
Fonte: galeriadefotos.universia.com.br
13
UNIDADE Caminhos para a Arte Contemporânea
Importante!
Duchamp: Fundamental para o Entendimento da Passagem da Arte Moderna para 
a Arte Contemporânea
O francês Marcel Duchamp (1887-1968) integrou o movimento cultural Dadá, ou Dadaís-
mo, surgido na Europa, que teve uma vida breve: 1916 a 1922, concomitantemente com 
grande parte da Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Duchamp, um pacifista, e o tam-
bém artista francês Francis Picabia (1879-1953), se exilaram nos Estados Unidos, onde 
conheceram o pintor-fotógrafo americano Man Ray (1890-1976). Juntos, começam a 
produzir obras que questionavam o processo artístico. Duchamp levou a iconoclastia do 
Dadaísmo ao extremo com seus ready-mades (termo criado por ele) – objetos funcion-
ais fabricados industrialmente, exibidos como obras de arte em galerias e museus, com 
pouca ou nenhuma alteração. Ele questionava o que constituía a obra de arte e atacava 
as noções de valor material, tornando-se uma referência para inúmeros artistas.
O nome do movimento foi escolhido ao acaso, 
em um dicionário alemão-francês. A palavra 
“dada”, em francês significa “cavalinho de 
madeira”. “Está na medida certa para os 
nossos propósitos. O primeiro som emitido 
pela criança expressa o primitivismo, o 
começar do zero, o novo em nossa arte”, 
afirmou Hugo Ball, poeta e filósofo alemão, 
um dos criadores do Dadaísmo. Essa ruptura 
provocou uma série de discussões sobre arte 
como, por exemplo, quem é o artista? O que 
é a arte? Quais os rumos que ela deve tomar? 
Quem decide o que e quando é arte?
Embora tenha tomado emprestado ele-
mentos de movimentos artísticos anteced-
entes como o Cubismo, com as colagens, o 
Dadaísmo caminhou em um sentido próp-
rio, promovendo a não-estética, o ilógico, 
a autocontradição e o descartável. A pro-
moção da incoerência em detrimento do 
sentido era o modo como o movimento 
atacava a crença de que a sociedade po-
dia usar a lógica e a ciência para resolver 
qualquer problema.
Fig. 8 – Fonte (1917) é o ready made 
mais famoso de Marcel Duchamp. O 
artista comprou um urinol masculino 
em uma loja, assinou como “R. Mutt” 
e o enviou para a seleção do Salão dos 
Independentes, mostra de artes em 
Nova York. O objeto foi recusado, mas 
entrou para a história como uma das 
referências artísticas do século XX
Fonte: wikimedia/commons
Importante!
Arte Moderna no Brasil
Os movimentos artísticos modernistas europeus influenciaram fortemente o 
Brasil, especialmente por meio de artistas locais que trouxeram do exterior conceitos 
estéticos propostos pelas vanguardas. O lituano Lasar Segall (1891-1957), que 
14
15
havia estudado na Alemanha, mostra suas obras no Brasil a partir de 1913, onde 
fixa residência em 1923 e passa a usar imagens da paisagem e de cenas brasileiras 
em seus trabalhos.
A artist a brasileira Anita Malfatti (1889-1964) mostra, em uma polêmica 
exposição na capital paulista, em 1917, pinturas realizadas durante temporadas 
em Berlim e Nova York. Obras como A 
estudante russa e O homem amarelo, 
ambas produzidas entre 1915 e 1916, 
com uma relação dinâmica e tensa entre a 
figura e o fundo, pinceladas livres e cores 
fortes usadas de forma não convencional, 
causaram espanto e a ira dos críticos como 
Monteiro Lobato.
A exposição de Anita foi suficiente para que 
amigos e colegas concebessem um momento 
fundamental para a arte brasileira: a Semana 
de Arte Moderna, de 1922. O grupo, cujos 
protagonistas foram Di Cavalcanti, Victor 
Brecheret, Vicente do Rego Monteiro e 
Oswaldo Goeldi, buscavam uma nova forma 
de criar, diferente da maneira clássica e 
realista, com temas e cores brasileiros.
Mas, afi nal, o que é Arte Contemporânea?
A arte moderna, que buscava, principalmente, a experimentação sofre desgaste 
ao longo do tempo. É justamente esse fato que acaba por afastá-la do público e 
passa a ter dificuldade de compreendê-la. Diferentemente do período moderno, 
com suas correntes e tendências artísticas organizadas em grupos como as 
vanguardas e seus autores de manifestos, criadores derevistas e até escolas, a arte 
contemporânea avança, a partir do fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), 
em incontáveis direções e não linearmente. As obras passam a se apresentar como 
um desdobramento das anteriores e de maneira independente – algumas vezes 
semelhante, mas não iguais –, em um universo praticamente inesgotável.
Uma das principais características deste período é a comunicação, materializando-
se a partir de referências com a própria vida na busca de um sentido. Em um 
significado estrito do termo seria a “arte do agora”, que se manifesta no mesmo 
momento e, também, no mesmo momento em que o público a observa. Mas, aqui, 
cabe uma observação: nem tudo o que se produz em arte hoje pode ser classificado 
como arte contemporânea. A produção artística que resulta desse período em 
diante é considerada para alguns autores também como pós-moderna, como 
um desdobramento e um amadurecimento do Modernismo, rompendo limites e 
tornando-se eclética.
Fig. 9 – Abaporu (1928), de Tarsila do Amaral, 
óleo sobre tela (0,85 m x 0,73 m)
Fonte: wikimedia/commons
15
UNIDADE Caminhos para a Arte Contemporânea
As manifestações contemporâneas da arte são um fenômeno cultural complexo, 
na medida em que indicam a possibilidade de interessantes experimentações nos 
processos comunicativos, como campo de circulação de valores e de signos. Dessa 
forma, a arte deixa marcas nas pessoas pela qualidade das experiências subjetivas 
que pode suscitar. É a era das experimentações com elementos da cultura e da 
sociedade, ora refletindo e reforçando seus valores – e concretizando-os –, ora 
problematizando-os ou rompendo com eles. Esse trabalho de experimentação 
consiste na apropriação e na ressignificação de objetos, imagens, discursos, textos, 
do corpo, além de tecnologias de comunicação, entre outros elementos.
Artistas contemporâneos buscam na inter-relação entre as diferentes áreas do 
conhecimento humano respostas para seus dilemas, por meio de uma profusão 
de estilos, de formas, de práticas e de programas. Não há, também, limite de 
materiais. A arte tem se utilizado não apenas de tinta, de metal e de pedra, mas 
também de materiais pouco convencionais como ar, luz, som, palavras, pessoas, 
comidas, assim como não há barreiras de técnicas e de métodos de produção 
artística. Embora a pintura continue sendo importante, há artistas que se utilizam 
da fotografia, do vídeo, das novas tecnologias, que atuam em atividades como 
caminhadas, apertos de mãos ou cultivo de plantas. O resultado é uma riqueza e 
uma diversidade inesgotáveis da prática artística.
Assim, identificamos um contexto bastante complexo que a contemporaneidade 
comporta no campo artístico, ora a arte sendo efêmera e fugidia, ora sendo eterna e 
imutável. Neste campo encontram-se os objetos; os happenings – o acontecimento 
é o próprio produto –; as performances – ação proposta pelo artista realizada por 
ele ou por um performer –; a body art – o corpo, ou os vestígios humanos, são o 
suporte da obra –; a videoarte, a web art, o cinema de artista, a instalação, o site 
specific – obras criadas de acordo com o ambiente e com um espaço determinado 
–; a land art – intervenção na natureza ou em áreas urbanas com as obras 
chegando ao grande público na forma de fotos, de mapas e de vídeos. Ainda há as 
manifestações artísticas híbridas, quando a obra não dá conta de se comunicar em 
apenas uma linguagem como, por exemplo, videoperformance e videoinstalação.
Fig. 10 – Foto de Spiral Jetty (1970), de Robert Smithson (1938-1973), land art: lama, 
cristais de sal e basalto, 460 metros de comprimento; construída em Utah (Estados Unidos)
Fonte: SMITHSON, Robert
16
17
A produção de arte, então, pode ser considerada não exatamente como um 
espelho de uma sociedade, mas como um mapa no qual seria possível identificar 
as formas como os homens produzem seus valores, problematizam sua existência 
e, ao mesmo tempo, como a transformam, assumindo um permanente estado 
de descontinuidade.
A Arte do Pós-Guerra
Expressionismo Abstrato – Action Painting (Pintura de Ação) 
e Color Field Painting (Pintura de Campo de Cor)
Paris foi o centro do mundo artístico no fi-
nal do século XIX e nas primeiras décadas do 
século XX, mas o êxodo de artistas que fugi-
ram da Europa em consequência da Segunda 
Guerra Mundial mudou esse eixo para Nova 
York, na América. Logo, a grande metrópole 
ocupou um lugar importante como centro de 
uma nova arte. O desenvolvimento acelerado 
de uma arte americana constituiu-se em um 
grande fenômeno a partir de então. Em pou-
cas décadas, os museus americanos posicio-
naram-se entre os principais do mundo, espe-
cialmente com a contribuição dos triunfantes 
capitães da indústria, que queriam contribuir 
para a formação de uma sociedade realmente 
moderna, sem tradições vinculadoras. Assim, 
fundam universidades, centros de pesquisa e 
museus, que, além de ser um espaço de con-
servação e de informação, atuaram, também, 
como impulsionadores da cultura artística.
Dois artistas fundamentais nesse período 
são o armênio Arshile Gorky (1902-1948) e 
o holandês Willem de Kooning (1904-1997), 
que também imigraram para os Estados 
Unidos. Gorky deixou um impacto profundo 
sobre a arte americana como um dos últimos 
grandes pintores surrealistas e um dos 
primeiros expressionistas abstratos. Já De 
Kooning tem uma formação expressionista 
de origem. Aliás, o gesto expressionista de 
pintar, de colocar as tintas, de atirá-las e de 
manipulá-las na tela era, para o artista, um 
gesto explosivo, desintegrador da realidade.
Fig. 11 – Noivado (1947), de Arshile 
Gorky, tela (1,27 m x 0,96 m)
Fonte: GORKY, Arshile
Fig. 12 – Porto no rio (1960), de Willem 
de Kooning, tela (0,80 m x 0,70 m)
Fonte: KOONING, Willem de
17
UNIDADE Caminhos para a Arte Contemporânea
Pollock, o Pintor de Ação
A nova geração de artistas norte-americanos – influenciada por seus pares 
europeus imigrantes e movimentos como Fauvismo, Futurismo e Surrealismo – 
também caminha em direção a uma linguagem pictórica mais abstrata como é 
possível se observar nas primeiras obras de Jackson Pollock (1912-1956), do início 
dos anos 1940. Mas, aos poucos os americanos abandonam os modelos europeus, 
adaptando as linguagens artísticas às suas interpretações da paisagem urbana de 
seu país. O Expressionismo Abstrato ganha força nos Estados Unidos, a partir da 
segunda metade da década de 1940 com o surgimento de dois estilos de pintura 
mais abrangentes: Action Painting (Pintura de Ação) e Color Field Painting 
(Pintura de Campo de Cor).
Os pintores de ação como De Kooning buscavam revelar verdades fundamentais 
que se escondiam no inconsciente do artista. Eles não eram guiados pelos processos 
de tomada de decisão conscientes e se expressavam por meio de pinceladas amplas 
e gestuais. Pollock fez experiências com essa abordagem, mas passou a explorar 
cada vez mais linhas. O artista parte realmente do zero, do pingo de tinta que 
deixa cair na tela. Sua técnica de dripping (gotejamento e borrifos de tinta sobre 
a tela estendida no chão) deixa certa margem para o acaso. Ele testou os limites 
de sua arte nas telas que produziu entre 1947 e 1952, tornando-se o principal 
representante da Action Painting. O resultado desse trabalho pode ser resumido 
em Monstros azuis: número 11, de 1952.
“Sem acaso, não há existência. O acaso é liberdade em relação às leis da 
lógica, porém é também a condição de necessidade devido à qual se enfrentam 
a cada momento, na vida, em situações imprevistas. A salvação não reside na 
razão que faz projetos, mas na capacidade de viver com lucidez a casualidade dos 
acontecimentos”, diz o historiador Giulio Carlo Argan (Arte Moderna, Companhia 
das Letras, 1992) sobre o trabalho de Pollock. A exposição Pintura e escultura 
abstrata na América, em 1951, realizadano MoMA (Museu de Arte Moderna), 
em NY, definiu o conceito do movimento Expressionismo Abstrato como uma 
importante força no mundo artístico.
Fig. 13 – Monstros azuis: número 11 (1952), de Jackson Pollock, óleo, esmalte 
e tinta de alumínio com fragmentos de vidro sobre tela (2,18 m x 4,88 m)
Fonte: wikimedia/commons
18
19
Importante!
Argan faz uma Interessante Relação entre Action Painting e Jazz:
“A action paiting e o jazz são duas contribuições de imenso alcance dos Estados Unidos 
à civilização moderna: estruturalmente, são muito parecidos. O jazz é a música sem 
projeto, que se compõe tocando, e rompe todos os esquemas melódicos e sinfônicos 
tradicionais, tal como a action paiting rompe todos os esquemas espaciais da pintura 
tradicional. No emaranhado de sons do jazz, cada instrumento desenvolve um plano 
rítmico próprio: o que os entrelaça é a excitação coletiva dos instrumentistas, a onda 
que se ergue do fundo do inconsciente chega ao auge do paroxismo. Tal como nos 
coros religiosos dos negros americanos, cada qual grita sua fé e sua fúria, e cada voz 
é dissonante da outra, mas é exatamente dessa lancinante dissonância que nasce o 
ritmo de uma coralidade dilacerada. Da mesma forma, na composição de um quadro 
de Pollock, cada cor desenvolve o seu ritmo, leva à máxima intensidade a singularidade 
de seu timbre. Todavia, tal como o jazz constitui não tanto uma orquestra, e sim um 
conjunto de solistas que se apostrofam e respondem, estimulam-se e relançam um ao 
outro, analogamente o quadro de Pollock surge como um conjunto e quadros pintados 
na mesma tela, cujos temas se entrelaçam, interferem, divergem, tornam a se reunir 
num turbilhão delirante. O jazz é a música negra, dos negros americanos: são a 
miséria e o desespero do presente que, com notas estridentes de ternura pungente e 
sombria ameaça, evocam das profundezas a memória ancestral de um passado agora 
lendário. E elas se fazem, nas palavras de Faulkner, ‘som e fúria’. Em certo sentido, a 
pintura de Pollock também é ‘negra’: no período que precede os grandes spirituals da 
última década, é visível a busca de um sentido totêmico da imagem, numa miscelânea 
bárbara, mas extraordinariamente vital, de sacralidade e sensualidade. Pollock coloca 
o dilema à sociedade americana, orgulhosa de sua ordem e produtividade: contentar-
se com a bela forma de seus automóveis e eletrodomésticos ou, desejando-se a arte, 
procurá-la na agitação do inconsciente, na obscuridade de seu indelével complexo de 
culpa”. (ARGAN, 1992, p. 533-4).
Trocando ideias...
Color Field Painting (Pintura de Campo de Cor)
O outro estilo pictórico do Expressionismo Abstrato é uma estratégia oposta à 
Pintura de Ação. Em vez de telas preenchidas com uma configuração de diversas 
notas de tintas que supostamente se relacionavam com a psique do artista, a 
Pintura de Campo de Cor (Color Field Painting) buscava excluir completamente 
elementos irrelevantes, de modo que o espectador pudesse saber que está vivo, 
participante, como faz Barnett Newmann (1905-1970) em Vir Heroicus Sublimis 
(1950-1951), a maior tela de sua carreira com 2,42m x 5,42m. O óleo sobre tela 
funciona como um cenário cromático, oferecendo um campo visual saturado de 
cor, dentro do qual o espectador mergulha. “As pinturas imensas e tenebrosamente 
veementes de Newmann constituem talvez o ataque mais direto já feito à pintura 
de cavalete”, afirma Clement Greenberg (1909-1994), o mais influente crítico de 
arte do pós-guerra. Aliás, foi Greenberg quem denominou esse estilo de “pintura 
em campos de cor”.
19
UNIDADE Caminhos para a Arte Contemporânea
Fig. 14 – Vir Heroicus Sublimis (1950-51), de Barnett Newmann, óleo sobre tela (2,42 m x 5,42 m)
Fonte: wikimedia/commons
Greenberg inclui, também, a obra Sem título (Violeta, preto, laranja e ama-
relo sobre branco e vermelho), de 1949, do russo Mark Rothko (1903-1970), 
outro imigrante. O óleo sobre tela (2,07m x 1,67m) tem na justaposição de lu-
minosos retângulos de cor sua força expressiva e reforça a relação entre obra e 
espectador com sua escala semelhante ao 
corpo humano. Rothko atingia a maturi-
dade de um estilo visual que abandonou 
todas as referências a imagens reconhe-
cíveis. O artista tinha consciência da for-
ça dramática de seus quadros. Em 1951, 
afirmou porque escolheu pintar quadros 
muito grandes: “Porque quero ser muito 
íntimo e humano. Pintar um quadro pe-
queno é colocar a si próprio fora da ex-
periência. Por mais que você pinte uma 
imagem mais ampla, você está sempre 
dentro dela”.
Conforme Argan, “Um quadro de 
Rothko não é uma superfície, é um 
ambiente: procura espontaneamente 
a arquitetura. Seu objetivo é, de fato, 
envolver, ambientar o espectador, abrir 
um espaço para sua imaginação”.
A ideia de que a pintura expressionista abstrata não tinha significado e só se 
preocupava com a inovação e o radicalismo técnico fez com que as instituições 
artísticas não a levassem a sério. Em 1950, 28 artistas assinaram uma carta ao 
presidente do Metropolitan Museum of Art, em Nova York. O grupo protestava 
contra critérios de escolha de um júri que iria definir obras para o aumento do acervo 
do museu. Conforme os artistas, o júri era hostil ao Expressionismo Abstrato. 
Assim, a fotógrafa Nina Leen reuniu 14 artistas do grupo e tirou uma foto para a 
revista Life. Posteriormente, a foto ficou conhecida como “Os irascíveis”.
Fig. 15 – Sem título (Violeta, preto, laranja e 
amarelo sobre branco e vermelho), de 1949, de 
Mark Rothko, óleo sobre tela (2,07 m x 1,67 m)
Fonte: ROTHKO, Mark
20
21
A efervescente cena artística de Nova York, com suas divergências entre 
formalistas e antiformalistas e seu interesse crescente em objetos e produtos, era 
sustentada pela onda de crescimento econômico e de dinamismo tecnológico 
marcado por uma corrida armamentista nuclear e também espacial contra a Rússia.
Fig. 16 – Na fi leira de trás (da esquerda para a direita): De Kooning, Gottlieb, Reinhardt e Sterne. Na fi leira do 
meio (também da esq. para a dir.): Pousette-Dart, Baziotes, Pollock, Still, Motherwell e Tomlin. Na fi leira da 
frente (da esquerda para a direita): Stamos, Ernst, Newmann, Brooks e Rothko. Foto de Nina Leen, 1950
Fonte: LEEN, Nina
Enquanto isso, na Europa...
Na década de 1950, Londres não chegava aos pés de Nova York, mas conseguia 
escapar do traumático acerto de contas cultural que afligiu as cidades europeias 
com a chegada dos nazistas. Nesse contexto, emergem pintores figurativos como o 
alemão Lucian Freud (1922-2011), neto do criador da psicanálise Sigmund Freud. 
Lucian se notabilizou pelas suas pinturas cruas de corpos nus. Passava meses com 
um mesmo modelo, retratando-o por noites a fio, buscando suas nuances, em 
um trabalho de reconhecimento íntimo. Não por acaso, preferiu pintar pessoas 
próximas, pois afirmava que as reproduzir era uma maneira de entendê-las. Chegou 
ao fim da vida como o artista vivo mais caro da história: a tela Benefits Supervisor 
Sleeping, de 1994, foi vendida, em 2008, por 33,6 milhões de dólares, tornando-a 
a pintura mais cara de um artista vivo vendida em leilão.
21
UNIDADE Caminhos para a Arte Contemporânea
Fig. 17 – Benefits Supervisor Sleeping (1994), de Lucian Freud, óleo sobre tela (1,5 m x 1,6 m)
Fonte: FREUD, Lucian
Na escultura, o suíço Alberto Giacometti (1901-
1966) atraiu a atenção para seu trabalho a partir 
de 1951, ao exibir uma nova arte criada com 
base no que ele via quando olhava para as outras 
pessoas. Os corpos eretos de pessoas – mirrados – 
parecem meros filamentos em bronze, ganhando 
substância quando seus pés se unem à base. O 
trabalho do artista teria alguma correspondência às 
considerações do filósofo Jean-Paul Sartre, amigo 
de Giacometti, sobre como as pessoas existem 
no mundo em sua doutrina do existencialismo – a 
moda intelectual na Europa,na época. Nela, os 
indivíduos sempre existem em uma determinada 
situação, sempre aos olhos dos outros, nunca 
podem ser completos em si mesmos. Em um 
mundo no qual emergiam revelações sobre o 
Holocausto e o advento do terror nuclear, havia 
uma necessidade de praticar algo que demonstrasse 
essa preocupação com as pessoas.
Fig. 18 – O homem que caminha (1960), 
de Alberto Giacometti, bronze 
(1,83 m x 0,25 m x 0,95 m)
Fonte: GIACOMETTI, Alberto
Informalismo
A questão da matéria surgiu a partir do momento em que a forma artística 
deixou de ser a representação da realidade, para apresentar-se como realidade 
autônoma. A partir de meados dos anos 1940, até o final da década de 1950, 
um tipo de pintura abstrata gestual dominou a arte internacional. Na Europa, ela 
foi denominada Arte Informal (sem forma) ou Informalismo – embora o nome 
tivesse de competir com outros termos como Abstração Lírica, Pintura Matérica e 
Tachismo (do francês tâche: borrão, mancha).
22
23
A pintura matérica enfatiza os poderes evocativos dos materiais – frequentemente 
inusitados – usados por artistas europeus como os franceses Jean Dubuffet (1901-
1985), com a sua Arte Bruta, e Pierre Soulages (1919-) com o Tachismo, e do 
catalão Antoni Tàpies (1923-2012).
O crítico de arte Giulio Argan comenta sobre matéria pictórica:
A matéria tem, sem dúvida, extensão e duração, mas ainda não tem, 
ou já deixou de ter, uma estrutura espacial temporal. Sua disponibilidade 
é ilimitada; manipulando-a, o artista estabelece com ela uma relação 
de continuidade essencial, de identificação. É verdade que não tem, 
nem pode adquirir um significado definido, isto é, torna-se objeto; 
todavia por ser e permanecer problemática, o artista nela identifica sua 
própria problemática, a incerteza quanto ao próprio ser, a condição de 
estranhamento em que é posto pela sociedade (...). A matéria pictórica não 
é apenas o meio com que se explicam as sensações, e sim uma substância 
sensível ou impressionável que absorve e apropria-se da extensão e da 
duração das sensações. (ARGAN, 1992, p.542).
A Arte Bruta de Dubuff et
Dubuffet era agudo e crítico e um questionador: “Por que procurar a matéria 
além da linguagem, como se a linguagem fosse algo espiritual ou racional?”. Se-
gundo ele, a linguagem também é matéria, e, como tal, suscetível a transformações 
e corrupções. Seu objetivo era destruir o mito da imunidade, da espiritualidade e da 
incorruptibilidade da linguagem e, a pintura, conforme ele, não representa, não ex-
prime, não comunica; é existência em estado bruto. Para Dubuffet, não há porque 
mitificar a arte, forçá-la a se relacionar com as atividades superiores ou “sublimes”.
O artista duvida de todo o acade-
mismo, rejeita o elitismo em arte, 
recusa tudo o que cerceia a criati-
vidade, e, por isso, procura as suas 
referências culturais nas artes primi-
tivas, no desenho das crianças ou na 
produção de uma “arte bruta”. Em 
1948 cria, com outros pintores, a 
Companhia da Arte Bruta, usando o 
termo L´Art Brut para descrever a 
arte dos doentes mentais, das crian-
ças ou mesmo das pessoas sem for-
mação artística. Dubuffet dá grande 
importância aos materiais, usa-os 
de forma crua e rude, tritura massas 
(pastas, barro, asfalto, areia), usan-
do-as de modo a criar relevos, traços 
impulsivos e figurações elementares.
Fig. 19 – Trois personnages de peu de 
présence (1957), de Jean Dubuff et (1901-1985), 
técnica mista sobre tela (1,24 m x 1 m)
Fonte: DUBUFFET, Jean
23
UNIDADE Caminhos para a Arte Contemporânea
Na Espanha, o sentido trágico da situação política do país está presente no 
trabalho do catalão Antoni Tàpies (1923-2012). Sua matéria é muro, cimento, 
porta fechada, persiana baixa, em busca da liberdade. Ele acredita que a noção 
de matéria também deve ser entendida do ponto de vista do misticismo medieval 
como a mágica e a alquimia e que seus trabalhos buscam o poder de transformar 
o interior das pessoas.
Nos anos 1950/1960, Tàpies criou uma série de imagens, que sobrepostas umas 
às outras, tem significados diferentes. Sua mensagem centra-se sobre a reavaliação 
do que é considerado material insignificante, repugnante (não é por acaso que 
muitas vezes ele escolhe assuntos desagradáveis ou fetichistas). A pintura matérica 
de Tàpies possui forte sentido trágico. Os muros intransponíveis, as janelas e as 
portas fechadas que negam qualquer acesso se relacionam diretamente à situação 
política espanhola.
No final dos anos 1960 e início dos 
anos 1970, coincidindo com o flores-
cimento da Arte Povera (arte pobre, 
que utilizava materiais baratos e aces-
síveis) na Europa e Pós-minimalismo 
nos Estados Unidos, o artista passa a 
trabalhar mais com objetos, não mos-
trando como eles são, mas oferecen-
do uma nova interpretação. No início 
dos anos 1980, uma vez que a demo-
cracia havia retornado para a Espa-
nha, retomou o seu interesse na tela 
como suporte. Na época, produziu 
trabalhos com espuma de borracha 
e a técnica de spray, usou vernizes e 
objetos criados e esculturas em argila 
refratária ou bronze, mantendo-se ati-
vo no campo da arte gráfica.
Fig. 20 – Palha e madeira (1969), de Antoni Tàpies 
(1923-2012), técnica mista sobre tela (1,5 m x 1,16 m)
Fonte: TÁPIES, Antoni
Outro artista europeu significativo nesse período foi o abstrato Pierre Soulages 
(1919-), um dos mais importante artista contemporâneo francês e representante 
do Tachismo. A cor preta domina a sua obra, ele ficou conhecido como “o pintor 
do preto”. Progredindo, por meio da experimentação, aceita o acaso e também 
acidentes em suas obras. Pintor, gravador, litógrafo e designer tem grande interesse 
na criação de múltiplos e em reproduções. Os trabalhos impressos (gravuras, 
litografias, serigrafias) representam uma importante parte de sua produção artística. 
Em 2001, Soulages foi o primeiro artista vivo a expor no Museu Hermitage, em 
São Petersburgo, na Rússia.
24
25
Fig. 21 – Sem título (1956), de Pierre Soulages (1919-), 
impressão em papel (0,24 m x 0,17 m)
Fonte: SOULAGES, Pierre
Enquanto isso, na América do Sul...
A vanguarda de Buenos Aires (Argentina) dos anos 1940 incluía o escultor 
Lucio Fontana, que regressara da Itália, onde havia trabalhado. Em 1946, redigiu 
o seu Manifesto branco no qual observava questões sobre arte: “A velocidade 
se tornou uma constante na vida da humanidade. Deixamos para trás todas as 
formas de arte conhecidas e iniciamos o desenvolvimento de uma arte baseada 
na união do tempo e do espaço”.
As vanguardas sul-americanas, como o grupo liderado por Lygia Clark, no 
Brasil, defendiam avanços rumo a formas de atividades artísticas puramente 
interativas, enquanto outros como o venezuelano Jesús Rafael Soto (1923-2005), 
apresentavam trabalhos com cunho cinético (movimento) e óptico em Paris. O 
próprio Fontana regressou à Milão para lançar, em 1949, Ambiente spaziale a 
luce nera, uma instalação temporária com uma forma orgânica gigante e dinâmica 
suspensa no vazio em uma sala escura que recebe flashes de luz negra.
Originada de sua ação sobre a matéria de suas esculturas, nesse mesmo ano, 
Fontana toma uma atitude radical: fura o plano bidimensional da tela em busca 
de uma terceira dimensão real na pintura. Ele passa a representar para a arte 
europeia do pós-guerra uma incessante busca pela descoberta de uma nova di-
mensão de mundo.
25
UNIDADE Caminhos para a Arte Contemporânea
Fig. 22 – Concetto spaziale: attese (1965), de Lucio Fontana|, aquarela sobre tela, cinco incisões (1 m x 0,81 m)
Fonte: FONTANAL, Lucio
...e, no Brasil
Ao longo dos anos 1950, as artes visuais brasileiras transformam-se rapidamente 
devido ao impulso dado pelas criações do Museu de Arte de São Paulo (MASP), em 
1947, do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM-RJ), em 1948, e da 
Bienal de São Paulo(1951), que instaura o debate sobre arte abstrata de maneira 
mais efetiva. Deve ser lembrada ainda a importante exposição Do Figurativismo 
ao Abstracionismo, que inaugurou o MASP, realizada pelo seu primeiro diretor, o 
crítico belga Leon Degand, em 1949. A produção artística brasileira, no período, 
não era grande, mas alguns nomes se destacaram como Tarsila do Amaral, Cândido 
Portinari, Victor Brecheret, Lasar Segall, Di Cavalcanti, Alberto Guignard, Iberê 
Camargo, Milton Dacosta, Alfredo Volpi, entre outros.
Na passagem dos anos 1950 para 1960, com o debate sobre o Expressionismo 
Abstrato e, sobretudo, sobre o Abstracionismo Geométrico, o Brasil passa a se 
emancipar nas artes visuais e a trilhar um caminho próprio – fértil. Em 1959, o 
crítico e o escritor Ferreira Gullar (1930-) aborda o tema Neocroncretismo no artigo 
Teoria do não-objeto, no qual identifica novas formas de manifestações artísticas, 
além da pintura e da escultura. É o caso de artistas como Lygia Clark, Hélio Oiticica 
e Mira Schendel, Amilcar de Castro, Tomie Ohtake, Franz Weismann, Arcângelo 
Ianelli e Franz Krajberg, que expandiram o objeto artístico especialmente pela 
apropriação de coisas e de imagens extraídas do cotidiano, resultando em obras 
complexas e, muitas vezes, radicais, voltadas ao plano intelectual do espectador em 
uma relação mais próxima com o público.
26
27
Fig. 23 – Sala Especial de Lygia Clark na Bienal de Veneza de 1968
Fonte: Acervo do Conteudista
Abstração Pós-Pictórica
O termo Abstração Pós-pictórica foi criado em 1964, por Clement Greenberg 
para uma exposição da qual ele foi o curador, realizada no Los Angeles County 
Museum of Art. O termo incorporava estilos individuais como pintura de man-
cha, pintura sistêmica, pintura minimalista, entre outros. Todos esses diferentes 
tipos de pintura abstrata 
americana derivaram do 
Expressionismo Abstrato 
(final da década de 1950 
e início dos anos 1960). 
Os novos artistas abstratos 
evitavam o emocionalismo 
escancarado expressionis-
ta abstrato e rejeitavam as 
pinceladas expressivas e as 
superfícies táteis da Action 
Painting em favor de esti-
los menos exacerbados e 
mais anônimos. O grupo, 
formado por Kenneth No-
land (1924-2010), Frank 
Stella (1936-) e Ad Rei-
nhardt (1913-1967), entre 
outros, tendia a enfatizar a 
pintura como objeto e não 
como ilusão.
Fig. 24 – O alcance de Sarah (1964), de Kenneth Noland, 
tinta acrílica sobre tela (2,38 m x 2,33 m)
Fonte: NOLAND, Kenneth
27
UNIDADE Caminhos para a Arte Contemporânea
Fig. 25 – Nunca passa nada (1964), de Frank Stella, óleo sobre tela (2,70 m x 5,40 m)
Fonte: STELLA, Frank
As telas com listras negras de Stella foram expostas no Museu de Arte Moderna 
de Nova York (MoMA), em 1959. Ao apresentar objetos pintados e não experiências 
existenciais, descartando as qualidades pictóricas do Existencialismo Abstrato, o 
artista não foi considerado por alguns críticos. Entretanto, para os artistas e outros 
críticos, Stella oferecia uma saída para o impasse do existencialismo.
Para Greenberg, o defensor mais entusiasta do novo estilo de abstração, a 
história da arte moderna, partindo do Cubismo, passando pelo Expressionismo 
Abstrato e chegando à Abstração Pós-pictórica, era a história de uma redução 
purista. Ele acreditava que cada forma de arte deveria se restringir àquelas qualidades 
que lhe fossem essenciais, ou seja, a pintura deveria limitar-se a experiências 
ópticas ou visuais, evitando associações com a escultura, a arquitetura, o teatro, 
a música ou a literatura. Obras da Abstração Pós-pictórica, que exploravam as 
qualidades puramente ópticas do pigmento, enfatizando o formato da tela e a 
bidimensionalidade do plano pictórico representavam para o crítico a forma de arte 
superior dos anos 1960.
A influência de Greenberg foi fundamental para o domínio da Abstração Pós-
pictórica nas exposições nos Estados Unidos nos anos 1960 e 1970. Entretanto, 
ainda na década de 1970, houve um recuo do movimento com a ascensão de 
várias correntes do Pós-modernismo.
28
29
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Sites
Museu de Arte Moderna de Nova York – MoMA
Um dos mais famosos e importantes museus de arte moderna e arte contemporânea 
do mundo.
http://www.moma.org/
Enciclopédia Itaú Cultural
Obra de referência virtual que reúne informações sobre artes visuais, arte e tecnologia, 
literatura, teatro, cinema, dança e música produzidos no Brasil.
http://enciclopedia.itaucultural.org.br/
30 Filmes para entender a História da Arte
https://goo.gl/6MeyZP
 Livros
Ducahmp – Uma biografia
TOMKINS, C. São Paulo: Cosac & Naify, 2004. A biografia relata os amores, as ami-
zades e as oscilações do prestígio de Marcel Duchamp, artista que muitos consideram o 
mais instigante – e enigmático – do século XX. Seu modo de encarar as coisas o man-
teve a uma certa distância dos diversos “ismos”, que caracterizaram a arte moderna, 
embora seja considerado precursor do Dadaísmo, Surrealismo e da Arte Conceitual.
Dalí – A Obra Pintada
DESCHARNES, R. e NÉRET, G. Colônia/Alemanha: Taschen, 2013. A publicação 
apresenta toda a obra pintada de Salvador Dalí. Depois de muitos anos de pesquisa, 
Robert Descharnes e Gilles Néret localizaram todas as pinturas do artista extremamente 
prolífico. Muitas obras estiveram inacessíveis durante anos, tanto que quase metade 
das ilustrações do livro raramente foi vista.
 Filmes
Pollock
Direção: Ed Harris, 2001, cor, 2h03min, Estados Unidos. Conhecido no mundo da arte 
de Nova York, Pollock passa a ser conhecido nacionalmente como a primeira celebrida-
de americana no mundo das artes visuais. Seu estilo corajoso e radical de pintura ditava 
os rumos da arte moderna. Mas, lutando contra si mesmo, Pollock entra em uma espiral 
decadente, destruindo seu casamento, a promissora carreira e sua própria vida.
Vincent & Theo – Vida e Obra de um Gênio
Direção: Robert Altmann, 1990, cor, 2h18min, Reino Unido. O filme aborda a trágica 
história familiar de Vincent Van Gogh, concentrando-se em seu irmão Theodore, que o 
ajudou e apoiou. O filme também mostra as belas vistas dos locais que Van Gogh pintou.
29
UNIDADE Caminhos para a Arte Contemporânea
 Visite
Museu de Arte Moderna de São Paulo (MASP)
Primeiro museu moderno do país, o MASP foi criado em 1947, pelo empresário 
brasileiro Assis Chateaubriand. A coleção do museu reúne mais de 8 mil obras, 
incluindo pinturas, esculturas, objetos, fotografias e vestuário de diversos períodos, 
abrangendo a produção europeia, africana, asiática e das Américas. Avenida Paulista, 
nº 1578, Bela Vista, São Paulo/SP, telefone: 11 3149 5959. Entrada gratuita às 
terças-feiras, das 10h às 18h.
www.masp.art.br
Museu de Arte do Rio de Janeiro
Eu, você e o MAM é o novo educativo do museu sob a direção do artista plástico Luiz 
Pizarro, tem como objetivo a dinamização da cultura do seu espaço e do cotidiano 
como instrumento de potencialização para a integração e transformação participativa 
de sujeitos no seu tempo. Av. Infante Dom Henrique, nº 85, Parque do Flamengo, Rio 
de Janeiro/RJ, telefone: 21.3883.5600.
www.mamrio.org.br.
Fundação Iberê Camargo
Espaço dedicado à obra do pintor gaúcho Iberê Camargo (1914-1994). Realiza, 
também, mostras de artistas modernos e contemporâneos. A Fundação possui um 
Programa Educativo que tem como intuito promover o estudo e a divulgação da obra e 
do pensamento de Iberê Camargo, bem como dos artistas participantes das exposições 
temporárias, por meio de atividades interdisciplinares que incentivam a produção de 
conhecimento e a reflexão. Av. Padre Cacique, nº 2000, Porto Alegre/RS, telefone: 
51.3247.8000.
www.iberecamargo.org.br
30
31
Referências
ARCHER, M. Arte contemporânea – Uma história concisa. São Paulo: Martins 
Fontes, 2001.ARGAN, G. C. Arte moderna. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.
AVELAR, A. C de. Do moderno ao informal: contribuições para uma história da 
arte expressiva brasileira. VIS – Revista do Programa de Pós-Graduação em Arte 
da Universidade de Brasília. V.13, nº 1, jan/jun 2014, Brasília. Disponível em: 
http://periodicos.unb.br/index.php/revistavis/article/view/15215
BELL, J. Uma nova história da arte. São Paulo: Martins Fontes, 2007.
CANTON, K. Do moderno ao contemporâneo. São Paulo: WMF Martins 
Fontes, 2009.
CAUQUELIN, A. Arte contemporânea – Uma introdução. São Paulo: Martins 
Fontes, 2005.
DEMPSEY, A. Estilos, escolas e movimentos – Guia enciclopédico da arte 
moderna. São Paulo: Cosac & Naify, 2003.
FARIAS, A. Arte brasileira hoje. São Paulo: Publifolha, 2002.
FARTHING, S (org.). Tudo sobre arte – Os movimentos e as obras mais importantes 
de todos os tempos. Rio de Janeiro: Sextante, 2011.
FERNANDES, A. C. F. de A. O Informalismo no Brasil: Lourival Gomes Machado 
e a 5ª Bienal Internacional de São Paulo. VII Encontro de História da Arte, 
2011, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Unicamp, São Paulo. Disponível 
em: http://www.unicamp.br/chaa/eha/atas/2011/Ana%20Candida%20F%20
de%20Avelar.pdf
GONÇALVES, F. N. Comunicação, cultura e arte contemporânea. 
Contemporânea, n. 8, 2007.1, Faculdade de Comunicação Social da Uerj, 
Rio de Janeiro. Disponível em: http://www.contemporanea.uerj.br/pdf/
ed_08/01FERNANDO.pdf
GRAHAM-DIXON, A. (ed.). Arte – O guia visual definitivo da arte: da pré-história 
ao século XXI. São Paulo: Publifolha, 2012.
GREENBERG, C. Arte e cultura. São Paulo: Cosac & Naify, 2013.
JANSON, H. W. e JANSON, A. F. Iniciação à história da arte. São Paulo: 
Martins Fontes, 1996.
SOLFA, M. A teoria do não-objeto, a teoria dos specific objects e a emergência 
de novos meios artísticos no Brasil e nos Estados Unidos. I Encontro de História 
da Arte, 2005, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Unicamp, São Paulo. 
Disponível em: http://www.unicamp.br/chaa/eha/atas/2004/SOLFA,%20
Marilia%20-%20IEHA.pdf
TASSINARI, A. O espaço moderno. São Paulo: Cosac & Naify, 2001.
TELES, G. M. Vanguarda europeia e Modernismo brasileiro. Petrópolis: 
Vozes, 1983.
31

Outros materiais