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EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO CONCEITO DE DEFICIÊNCIA.pdf

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ASPECTOS HISTÓRICOS DA DEFICIÊNCIA 
 2019.1 
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO CONCEITO DE 
DEFICIÊNCIA 
ASPECTOS HISTÓRICOS DA DEFICIÊNCIA 
 Entramos no campo da DIVERSIDADE, nem sempre reconhecida e 
valorizada. 
 
 Temos o direito a ser iguais sempre que a diferença nos inferioriza; temos o 
 o direito a ser diferentes sempre que a igualdade nos descaracteriza. 
 (BOAVENTURA DE SOUZA SANTOS, 2006, p. 316 
 
DIVERSIDADE: é um direito humano (Declaração dos Direitos Humanos, 
 na Constituição Brasileira). 
 Fator de pluralidade, de enriquecimento. 
 
Viemos de uma cultura do desconhecimento do outro; não se atribui 
valor a diferença. 
 
 Ainda existem concepções equivocadas do tipo: “ de que somos 
normais, quando somos todos iguais e de que somos patológicos 
quando algo nos diferencia”. As diferenças estão aí para mostrar que 
não há homogeneidade (não a NORMATIZAÇÃO!). 
C 
 História sobre deficiência: remete a termos, como inválida, incapaz, 
aleijada, deficiente, excepcional. SENTIDO: pessoa sem valor; 
inútil / pouca utilidade,“peso morto”, improdutivo, fardo para 
sociedade e para família segregação consequência do 
preconceito, da discriminação e da desvalorização de suas vidas. 
 
 Deficiência traz o ESTIGMA “leva a não aceitação do que o outro é” 
 (IZABEL MAIOR) 
 
 Visão de Deficiência: construção social e histórica. 
 
 depende de cada época,do contexto histórico, social, econômico e político. 
 
 Análise histórica retira o estudo da deficiência meramente das 
características da pessoa com deficiência (perspectiva individual) para 
considerar o contexto analisado (perspectiva socio-histórica). 
 
 
 
 Alguns autores: a palavra deficiente traz em si algo de negativo e excludente: 
prefixo “de”, indica privação, negação + eficiência = nega-se a própria essência 
das pessoas como pessoa. Avalia-se algo que não é pessoal e sim universal. 
 
 Sassaki (2005 apud ZAVAREZE, 2009), avalia como pessoas com deficiência 
eram consideradas: 
 
- Até séc 20: INVÁLIDAS, sem valor para a família e para a sociedade (oneroso); 
 
- Final do séc XIX até 60: passam a ser vistos como INCAPACITADOS. De certa 
forma começam a ser consideradas as capacidades residuais (aquelas 
consideradas limitadas); 
 
- De 60 a 80: diversidade foi tratada a partir de termos, como: indivíduos 
 “defeituosos”, “deficientes” ou “excepcionais” (p.4); 
 
 Até o ano de 79 a deficiência era invisível; a pessoa com deficiência vivia 
institucionalizada ou com a família. 
 
- 
 
- De 80 a 90 : A partir de 80 há a visibilidade das pessoas com deficiência; 
usa-se o termo pessoa “portadora de deficiência”, agregando valor a 
pessoa. 
*Substituiu-se o termo deficiência por necessidade, mas também será 
eliminado. 
 
- Hoje: denominação “pessoas com deficiência” – há o aumento da 
autonomia de decisões e de responsabilidades, favorecendo a inclusão. 
Importante: ACESSIBILIDADE. 
 
 
Matrizes interpretativas da DEFICIÊNCIA: 
 
 envolvem concepções de homem, de mundo e de sociedade; são relativas as 
necessidades e as formas de satisfazê-las; organizam ações sociais que 
especificam como se dará a inserção social das pessoas com deficiência. 
 
 MATRIZ DA SUBSISTÊNCIA/SOBREVIVÊNCIA: pessoa com deficiência 
precisa comprovar sua contribuição social por meio do trabalho. 
 Origem: Grécia Antiga – caracterizada pelo pensamento mítico. 
 
 “São os deuses, os espíritos, o destino que governam a natureza, o 
 homem, a própria sociedade” (MARCONDES, 2002, p.20) 
 
 Mito Grego:Hefestos (Deus do fogo; bruto e coxo); pais Zeus e Hera 
 reforça a necessidade de uma sociedade voltada a defesa e subsistência; 
relevância dada a valores, como: beleza, vigor e capacidade física. 
 Deficiência dificultava a subsistência (agricultura)/sobrevivência (guerra). 
 
 Reedição: período pós-segunda Guerra Mundial: momento precário na 
Europa mercado requer mão de obra; soldados – mutilados de 
guerra podem contribuir social e culturalmente. Traz a ideia de que não 
só se nasce deficiente. 
 
 Ainda hoje as pessoas com deficiência precisam comprovar sua 
capacidade para se inserirem no mercado de trabalho (esforço 
adicional). 
 
 MATRIZ DA SOCIEDADE IDEAL E DA FUNÇÃO INSTRUMENTAL DA 
PESSOA 
 Origem: Período clássico – Grécia – pensamento filosófico de Platão, 
Aristóteles. 
 ANTIGUIDADE: marcada pela NEGLIGÊNCIA 
 
 Platão – Racionalidade; corpo deve ser cuidado, a medicina deve 
atender aos problemas banais; os inválidos não serão cuidados, eles 
devem ser abandonados. 
 
 
 Aristóteles: primazia da experiência. 
 “Quanto a saber quais os filhos que se devem abandonar 
 ou educar, deve haver uma lei que proíba alimentar toda 
 criança disforme” (ARISTÓTELES, 1988, p. 135). 
 
 Corpo e a condição física ocupam lugar de destaque; cisão entre trabalho 
manual e intelectual; implicação para as pessoas com deficiências: 
abandono, visto como natural e adequada. 
 
 Séc. XX: discussões sobre “eugenia” (Galton); miséria não era histórica e 
socialmente produzida, a incapacidade de espíritos e corpos inferiores em 
se adaptar às novas condições de evolução da espécie. 
 
 Berlim: Operação Eutanásia – as pessoas não eram vítimas terminais; As 
justificativas para a implementação do programa em relação às pessoas 
com deficiência eram: compaixão, eugenia, economia e purificação racial 
(programa- parte da campanha para uma nova medicina do Terceiro 
Reich). 
 Pessoas com deficiência, epilepsia, histeria,... – vítimas da hereditariedade. 
 
 Modelo de interpretação: pauta-se na construção de uma sociedade ideal 
e perfeita e na função instrumental das pessoas com deficiência 
completa exclusão. 
 
 Ainda hoje essa matriz de interpretação pode ser verificada. 
 
 MATRIZ DEFICIÊNCIA COMO FENÔMENO ESPIRITUAL. 
 Origem: Idade Média (séc. IV ao séc. XIV) -predomínio da igreja. 
 Doenças, incapacidades físicas, doenças congênitas eram consideradas 
castigos ou ira de Deus. Práticas de benzeduras, exorcismos estavam 
presentes. 
 
 O ensino era diferenciado segundo as classes sociais; atribuem-se o 
combate à heresia, a defesa da fé e, em seguida, a Inquisição. 
 
 Superstição/ Santa Inquisição: deficiência relacionada ao pecado. 
 Séc. XII: 1ª instituição para abrigar pessoas com deficiência, 
principalmente deficientes mentais (mais pouca consideração era dada). 
 
 Institucionalização da deficiência e da loucura encontra, enfim o 
contexto necessário para a sua justificação. Confere-se a essas 
pessoas a caridade e o abrigo, no entanto a segregação continua. 
 
 Cristianismo: mudou a noção de deficiente de coisa para pessoa (deve 
ser cuidada). A deficiência era um sinal, uma marca, uma predestinação 
 
 Algumas vezes faziam a exposição pública da pessoa com deficiência 
que se tornam dependentes de compaixão e da caridade. 
 
 Manifestação desta matriz como fenômeno espiritual sobre a deficiência 
ainda pode ser contemplada na atualidade. 
 
 
 MATRIZ DA NORMALIDADE 
 Origem: Idade Moderna, transição do feudalismo para o capitalismo; 
 
 Período marcado por grandes transformações; homem concebido como 
máquina (mecanicismo); Descartese o Racionalismo do sec. XVII 
(dualismo espírito-corpo); concepção científica de mundo; metáfora da 
máquina para explicar o universo e depois o homem (corpo = máquina); 
deficiência = disfunção de uma das peças; mundo obedece a leis 
mecânicas, formulações matemáticas. 
 
 A partir do séc XVII: deficiente deve estar fora do meio social, criam-se 
os orfanatos, prisões e manicômios, lugares para isolar, ou melhor, 
retirar de circulação os deficientes. Excluídos da sociedade por conta 
da discriminação. Vistos como incapazes a sociedade, a solução era 
internar . 
 
 
 Empirismo: primazia da experiência individual; principal contribuição foi 
a ideia de educabilidade das pessoas com deficiência mental antes 
abandonados nos asilos. 
 
 
 Séc. XVIII: conhecimento produzido sobre o mundo natural + 
Iluminismo + mudanças políticas e econômicas = consolidação do 
conhecimento científico. Biologia e Medicina responsáveis pela 
explicação do funcionamento do corpo e do tratamento de suas 
imperfeições e males. 
 
 Tese da organicidade da deficiência: causada por fatores naturais e 
não espirituais. Aparece a ideia de tratamento que equivale a reclusão 
social e experimentação. 
 
 Paradigma da Institucionalização 
 
 
 Sociedade disciplinadora; normatizadora. 
 
 Deficiência pela ótica da normalização: concebê-la como DESVIO. (desviantes/ doentes) 
 
 Reabilitação é o meio de normalizar 
 
 Pessoas com deficiência e problemas psiquiátricos- isoladas em hospitais 
psiquiátricos. Critério = médico ( fora da normalidade). 
 
 No Brasil surgem instituições destinadas estritamente para pessoas com deficiência 
em meados do século XIX. (FRANÇA, 2014, p. 111). 
 
 As 1as. Iniciativas para educação de pessoas com deficiência mental- médico 
francês Jean M. Itarc (séc. XIX) – sistematizou um método de ensino inspirado na 
experiência do menino de Ayeron que consistia na retição de experiências positivas. 
 
1854- Instituto dos Meninos Cegos (atual Instituto Benjamin Constant) 
1856-Instituto dos Surdos-Mudos (atual Instituto Nacional da Educação dos Surdos – 
INES). 
 
 De 1960 a 1980: o conceito de normalidade ainda permaneceu no Brasil, mas já 
visa à reabilitação das pessoas com deficiência para sua integração social. Abre-se a 
perspectiva de integração social das pessoas com deficiência. 
 
 Do final do sec. XIX e inicio do séc XX: criação de escolas especiais com uma 
educação diferenciadas as pessoas deficientes. 
 1906 (RJ e SP)- escolas públicas começam a atender alunos com deficiência 
mental. 
 Objetivo: cura e reabilitação e não construção de conhecimento. 
 
 1932: Helena Antipoff cria a Sociedade Pestalozzi (sede em BH) voltada para a 
deficiência mental. 
 
 1954- 1ª APAE no RJ. 
 
 1960- PARADIGMA DOS SERVIÇOS – para que a pessoa com deficiência 
tenha a vida “normalizada”, a sociedade deve oferecer serviços para prepará-la 
ao convívio social. 
 
 Bloom de instituições especializadas (escolas especiais, associações,...), 
na tentativa de integrar o deficiente, mas ainda com caráter assistencialista. 
Mantinha um modelo médico as pessoas com deficiência vistas como 
doentes que deve ser tratada ou solucionada por meio de algum serviço. 
 
 
1976: abordagem biomédica 
 
 
 
 
 Essa matriz da normalidade ainda se encontra em práticas educacionais e 
profissionais. Ex: escolas especiais; empresas que alocam nas funções 
pela deficiência e não pelo potencial. 
 
 1980 (OMS)- publica um sistema de classificação de deficiências visando a 
criação de uma linguagem comum para a pesquisa e a prática clínica, traduzido 
para o português em 1989 Classificação Internacional de deficiências, 
incapacidades e desvantagens (CIDID). 
 
 Deficiência: uma condição individual caracterizada pela perda ou anomalia de 
alguma estrutura ou função do corpo, advinda principalmente de doenças, 
devendo ser classificada por parâmetros objetivos para a composição de um 
quadro clínico (AMIRALIAN et al., 2000). 
 
 Crítica a essa classificação veio , principalmente ao conceito desvantagem, 
depois revisto e que culminou na publicação da Classificação Internacional de 
Funcionalidade, Incapacidade e Saúde, a CIF. 
 
 
 1981: a ONU proclamou o Ano das Pessoas Deficientes - plena 
participação na sociedade, proclamando igualdade de condições de 
vida equivalente a todos os cidadãos. Lança-se a semente de 
sociedade inclusiva. No Brasil houve mobilização política, despertando 
inclusive a consciência das próprias pessoas com deficiência. 
 
 1983 a 1992: intensa mobilização nacional das pessoas com 
deficiência, discutindo a necessidade de tornar disponível o acesso de 
todos, inclusive dos deficientes os diversos serviços e ambientes da 
sociedade. 
 
 MATRIZ DA INCLUSÃO SOCIAL: 
 Origem: séc XX, herdeiro da Revolução Industrial; movimento dos 
direitos humanos e civis, movimento das minorias e das próprias 
pessoas com deficiência (ênfase nos direitos, na iniciativa individual e 
na autonomia); 
 Criadas instituições especializadas no atendimento das deficiências e 
implantados programas de reabilitação (ONU, OMS,...); 
 
 Em 90: nomenclatura “ Integração” já era motivo de crítica. 
 
 Dois paradigmas políticos internacionais dominantes sobre a 
deficiência: 
 
1º) combate a discriminação e ênfase nos direitos civis e no modelo de 
vida independente. 
2º) cotas compulsórias de emprego por meio de uma extensiva ação do 
Estado. 
 
Depois de 90: pessoas com deficiência se organizam e reivindicam a 
equiparação de oportunidades e garantia dos direitos civis; 
 
PARADIGMA DO SUPORTE: a pessoa com deficiência tem direito a 
convivência não segregada e acesso aos recursos disponíveis aos demais 
cidadãos 
 
 Avanços quanto a deficiência: na ciência, equipamentos para dar mais 
autonomia e a qualidade de vida a essas pessoas; leis regulamentam a 
acessibilidade dos espaços públicos, programas educativos e artísticos 
mostram as potencialidades de pessoas com deficiência. 
 
 2006- Campanha da Fraternidade (“Fraternidade e pessoas com 
deficiência” – lema: “Levanta-te e vem para o meio”. ) - busca de uma 
nova visão – igualdade e a inclusão no meio social. 
 
 Lei Nº 10.098 em 2000- 1ª lei 
totalmente voltada acessibilidade, 
com objetivo de “quebrar” barreiras 
que são colocadas cotidianamente a 
pessoa com deficiência, sejam elas 
urbanas, arquitetônicas, nos 
transportes ou na comunicação. Visa 
dar autonomia a pessoas com e 
oportunidade a todos. 
 
 Hoje: Lei Brasileira de Inclusão (LBI) 
de 2015, mas que só entrou em vigor 
em 2016- têm 3 partes: 
 
 Tratar dos direitos das pessoas com 
deficiência, como educação, 
transporte e saúde. 
 Garantir o acesso a informação e a 
comunicação. 
 
 Tratar de punição a quem descumpre 
esses pontos. 
 
 A associação da deficiência e doença, fez com que a 1ª ficasse no 
âmbito da saúde, ou seja, no âmbito da reabilitação física, sensorial e 
intelectual. 
 
 INCLUSÃO SOCIAL 
 Modelo Social da Deficiência 
 prejuízo 
 deficiência não está no corpo ( fenômeno social) 
 
 deve ser combatida desafia a Ideologia da Normalização 
 
 combater a ideia de que se espera que todos 
 tenham o mesmo desempenhoem atividades semelhantes 
 
Deficiência é resultado entre a pessoa e o conjunto da sociedade sem 
barreira (para TODOS). Se há barreiras, exclui e esquece que 
DIREITOS HUMANOS É PARA TODOS. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 O modelo social tem permitido à pessoa com deficiência retomar o 
controle de sua própria vida e ter o poder de tomar decisões nos 
meios sociais, participando ativa e politicamente de sua 
comunidade. Esta abordagem leva a compreender que o problema 
não está na pessoa ou na sua deficiência, mas que a deficiência 
assume uma dimensão social que leva à exclusão. (INGRID 
AUGUSTIM) 
 
 Essa matriz visa modificação da sociedade para ser acessível a todos. A 
inclusão deve se dar a partir do reconhecimento das potencialidades e as 
organizações a sociedade é que devem se ajustar para permitir a plena 
participação das pessoas. 
 
 Sociedade precisa se democratizar oferecendo condições acessíveis 
(educação, saúde, lazer,...) participação social e política. 
 
 A partir de 1989: novas leis, declarações e decretos foram promulgados. 
 
 Lei Federal Nº7853/89: Institui principais caminhos para inclusão nas áreas da 
saúde, educação, formação profissional, trabalho, formação de recursos 
humanos e acessibilidade; define responsabilidades do poder público. 
 
 1994: Declaração de Salamanca - documento advindo da Conferência 
Mundial sobre Necessidades Educacionais Especiais; objetivo promover o 
direito a educação para todos (práticas de educação universal). 
 
 LDB 96/96: garante atendimento educacional individualizado. (diferenças 
devem ser respeitadas). 
 
 
 
 DECRETO Nº 3298/99 - REGULAMENTA A LEI 7853/89 
Deficiência – toda perda ou anormalidade de uma estrutura ou função 
psicológica, fisiológica ou anatômica que gere incapacidade para o 
desempenho de atividade, dentro do padrão considerado normal para o ser 
humano; 
 
Incapacidade – uma redução efetiva e acentuada da capacidade de 
integração social, com necessidade de equipamentos, adaptações, meios 
ou recursos especiais para que a pessoa com deficiência possa receber ou 
transmitir informações necessárias ao seu bem-estar pessoal e ao 
desempenho de função ou atividade a ser exercida. 
 
LEIS Nº 10.048 (garante atendimento prioritário em locais públicos) e 10.098 
ano 2000 (estabelece normas de acessibilidade em física e define o que 
são barreiras, obstáculos em vias públicas e prédios, transporte, ... que 
dificulte a expressão ou recebimento de mensagens de comunicação. 
Decreto que regulamenta nº 5296/04. Apresenta as diferentes formas de 
deficiências e suas alterações. 
 
 
Pessoa “portadora” de deficiência- possui limitação ou incapacidade para o 
desempenho de atividade e se enquadra nas seguintes categorias: física, auditiva, 
visual, mental. 
 
2001: Convenção da Guatemala – preserva a eliminação de toda forma de 
discriminação. 
 
Deficiência: “restrição física, mental e sensorial, de natureza permanente ou 
transitória, que limita a capacidade de exercer uma ou mais atividades 
essenciais da vida diária, causada ou agravada pelo ambiente econômico e 
social, válida até os dias atuais”. Essa definição as ideias anteriores de 
que as restrições ou limitações da deficiência podem ser agravadas ou 
superadas de acordo com o ambiente externo. 
 
 
 
 Dez/2006: ONU homologa Convenção sobre os Direitos da Pessoa 
com Deficiência que visa “ promover, proteger, assegurar o desfrute 
pleno equitativo de todos os direitos humanos e liberdades 
fundamentais por todas as pessoas com deficiência e promover o 
respeito a sua dignidade inerente (ART1º da Convenção sobre Direitos 
da Pessoa com Deficiência). 
 
 PLURALIDADE - RESPEITO - VALORIZAÇÃO DAS DIFERENÇAS. 
 
 Matriz Técnica: desloca-se a 
diversidade como um problema 
social para um problema técnico 
 
 2015: Lei No 13.146/2015: institui 
a Lei Brasileira de Inclusão da 
Pessoa com Deficiência - Estatuto 
da Pessoa com Deficiência, assim 
conceitua a expressão “pessoa com 
deficiência” 
 
 “Considera-se pessoa com 
deficiência aquela que tem 
impedimento de longo prazo de 
natureza física, mental, intelectual ou 
sensorial, o qual, em interação com 
uma ou mais barreiras, pode obstruir 
sua participação plena e efetiva na 
sociedade em igualdade de 
condições com as demais pessoas.” 
 
 
 Preocupação com a classificação das doenças surge no século XVIII 
 1989 - Classificação Internacional de deficiências, incapacidades e 
desvantagens (CIDID). 
 
 gerou críticas e polêmica principalmente sobre o conceito de desvantagem 
que foi revisto na publicação da Classificação Internacional de Funcionalidade, 
Incapacidade e Saúde, a CIF 
 
 Deficiência: perda ou anormalidade de estrutura ou função psicológica, 
fisiológica ou anatômica, temporária ou permanente. Incluem-se nessas a 
ocorrência de uma anomalia, defeito ou perda de um membro, órgão, tecido ou 
qualquer outra estrutura do corpo, inclusive das funções mentais. Representa a 
exteriorização de um estado patológico 
 Incapacidade : restrição, resultante de uma deficiência, da habilidade para 
desempenhar uma atividade considerada normal para o ser humano. Surge 
como resposta do indivíduo a uma deficiência psicológica, física, sensorial ou 
outra. Representa a objetivação da deficiência 
 Desvantagem (handicaps): representa um impedimento resultante de uma 
deficiência ou incapacidade, que lhe limita ou lhe impede o desempenho de 
uma atividade considerada normal, de acordo com idade, o sexo e os fatores 
sócio culturais . Dificulta as relações do indivíduo com o meio. 
 
 Preocupação com a classificação das doenças surge no século XVIII 
 1989 - Classificação Internacional de deficiências, incapacidades e desvantagens 
(CIDID). 
 
 Deficiência: perda ou anormalidade de estrutura ou função psicológica, fisiológica 
ou anatômica, temporária ou permanente. Incluem-se nessas a ocorrência de uma 
anomalia, defeito ou perda de um membro, órgão, tecido ou qualquer outra 
estrutura do corpo, inclusive das funções mentais. Representa a exteriorização de 
um estado patológico. 
 
 Incapacidade: restrição, resultante de uma deficiência, da habilidade para 
desempenhar uma atividade considerada normal para o ser humano. Surge como 
resposta do indivíduo a uma deficiência psicológica, física, sensorial ou outra. 
Representa a objetivação da deficiência. 
 
 Desvantagem (handcap): prejuízo para o indivíduo, resultante de uma deficiência 
ou uma incapacidade, que limita ou impede o desempenho de papeis de acordo 
com a idade, sexo, fatores sociais e culturais. Dificulta as relações do indivíduo 
com o meio. 
 
 
 (http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102000000100017) 
 
 
 
 
 
 Na CIF, o conceito de deficiência (impairment) apenas nos diz da 
existência ou não de uma alteração (biomédica) na estrutura ou função do 
corpo da pessoa, sem que daí se possa estabelecer uma relação causal 
para a sua funcionalidade/incapacidade. 
 
 
 Trata-se de uma profunda mudança conceptual que tem importantes 
implicações políticas e sociais e que, por isso, requer que mudemos o 
sentido como estes termos e conceitos são usados entre nós, quer no dia a 
dia quando falamos ou escrevemos, quer na investigação e estudos 
científicos, nos serviços, sistemas legislativos e politicas. 
 
 
 
 
 Incapacidade 
 meio físico 
 pessoa 
 
 Deficiência Desvantagem 
 Doença meio interno meio social 
 (órgão) (sociedade) 
 
 
 
 Interação e Intersecçãoentre conceitos 
 
 
 (AMIRALIAN; PINTO et al, 2000, p.101,Disponível 
 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102000000100017) 
 Pelo diagrama pode-se inferir que a doença ocorre sem grandes 
implicações e que a incapacidade e a desvantagem podem ocorrer 
na ausência de uma doença. Há possibilidade de interrupção da 
sequência em qualquer estágio: uma pessoa pode ter uma 
deficiência sem incapacidade, uma incapacidade sem desvantagem 
ou uma desvantagem sem incapacidade ou deficiência. ( 
AMIRALIAN; PINTO et al, 2000, p.101) 
 
 
 Deficiência Incapacidade Desvantagem 
Músculo-esquelética andar (de locomoção) independência física 
 (física) 
 
 
ALMIRALIAN, Mª LT et al.Conceituando Deficiência. In:Rev Saúde Pública, 2000; 
34(1):97-3. Disponível em. http://www.scielo.br/pdf/rsp/v34n1/1388.pdf 
 
CARVALHO-FREITAS, Mª Nivalda de. A Inserção de Pessoas com Deficiência em 
Empresas Brasileiras.Um Estudo sobre as Relações entre Concepções de Deficiência, 
Condições de Trabalho e Qualidade de Vida no Trabalho".(Tese apresentada ao Centro 
de Pós-Graduação e Pesquisas em Administração da Faculdade de Ciências Econômicas da 
Universidade Federal de Minas Gerais, como requisito parcial à obtenção do título de Doutor 
em Administração). UFMG : Belo Horizonte, 2007. 
 
OLIVEIRA, Lilia Candella de.Visibilidade e participação política: Um estudo no Conselho 
Municipal da Pessoa com Deficiência em Niterói. (Tese de Mestrado). PUC, RJ, 2010. 
 
ZAVAREZE, Taís Evangelho. A construção histórico cultural da deficiência e as 
dificuldades atuais na promoção da inclusão.UFSC, 2009. Disponível em: 
www.psicologia.com.pt 
 
 
http://www.scielo.br/pdf/rsp/v34n1/1388.pdf
http://www.scielo.br/pdf/rsp/v34n1/1388.pdf
http://www.scielo.br/pdf/rsp/v34n1/1388.pdf
http://www.scielo.br/pdf/rsp/v34n1/1388.pdf
http://www.scielo.br/pdf/rsp/v34n1/1388.pdf
http://www.scielo.br/pdf/rsp/v34n1/1388.pdf
http://www.scielo.br/pdf/rsp/v34n1/1388.pdf
http://www.scielo.br/pdf/rsp/v34n1/1388.pdf
http://www.scielo.br/pdf/rsp/v34n1/1388.pdf
http://www.scielo.br/pdf/rsp/v34n1/1388.pdf
http://www.scielo.br/pdf/rsp/v34n1/1388.pdf
http://www.scielo.br/pdf/rsp/v34n1/1388.pdf
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