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FILOSOFIA UNIDADE I--C1. C2.

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FILOSOFIA—UNIDADE I—
 C1 .NASCIMENTO DA FILOSOFIA 
 C2. TEORIA DO CONHECIMENTO DA IDADE ANTIGA E MÉDIA.
A palavra filosofia tem origem grega. O termo philia significa amizade e sophia, sabedoria. Temos assim a “amizade pela sabedoria”, o desejo de estar próximo do saber, do conhecimento verdadeiro.
Se pensarmos que a filosofia é a ação de refletir sobre tudo, que é a investigação curiosa para descobrir a verdade das coisas, então a filosofia surgiu com o primeiro homem racional. Porém, a curiosidade alicerçada em uma forma de pensar lógica e racional só surgiu muito tempo depois.
A filosofia, como a entendemos hoje, tem seu início no século VI a.C., na Grécia Antiga. Poderia ter surgido em qualquer lugar, mas naquele momento da história diversas coisas ocorriam para que ali fosse seu começo.
A Grécia Antiga vivia um momento de auge de sua cultura. O comércio com outros povos trouxe conhecimento. A produção artística era muito ativa. Havia os jogos olímpicos. A linguagem, moeda e tecnologia (de arquitetura e militar) também marcaram esse período.
Entretanto, naquele momento iniciou-se uma nova tentativa de responder os questionamentos sobre a existência. Se, para alguns, as narrações fantásticas da mitologia serviam para explicar o mundo, suas catástrofes, seu clima, sua organização, sua origem; outras pessoas começaram a procurar respostas fora dos mitos.
Tales de Mileto (624-5 – 556-8 a.C.) é considerado o primeiro filósofo. Os fragmentos que restaram de seus escritos nos mostram a tentativa dele em explicar sobre o que forma o mundo. Para ele, existe um elemento material que forma todas as coisas, a água. Podemos encontrar água em todos os locais. Ao furar o solo, se nos cortamos, dentro do tronco das árvores, nas rochas das nascentes dos rios. Se a água está em tudo, é porque ela forma tudo. Esta maneira de explicar o mundo, usando a razão, é que irá diferenciar a filosofia da mitologia.
Porém, Tales nunca se chamou filósofo. A palavra “filósofo” apareceu anos mais tarde, com um homem chamado Pitágoras (570-1 – 496-7 a.C.). Ele, famoso hoje pelo teorema matemático que leva o seu nome, é que se considerou um “amigo da sabedoria”.
 
No período em que se estudavam os mitos, suas origens, desenvolvimento e significado existiam várias formas de tornar compreensíveis o surgimento de todas as coisas.
Houve um momento em que tais explicações deixaram de ser suficientes para levar as pessoas, seja por meio da razão ou de provas incontestáveis, a acreditarem em tais explicações.
 Surgiu então a filosofia, uma forma de conhecimento capaz de explicar as diversas mudanças e maravilhas que ocorriam na natureza, pois a mitologia – ciência que estudava os mitos – já não conseguia mais dar conta de explicar fatos que nem mesmo ela, com toda sua sabedoria, conseguia compreender.
 Apesar das contradições da mitologia, a filosofia nasceu fortalecida por fatos históricos que aconteceram e contribuíram para esclarecer as diversas modificações ocorridas.
 Os fatos históricos acima citados e que fortaleceram o avanço da filosofia foram:
* Viagens marítimas – Com as viagens o mundo perdeu seu caráter mítico ou lendário, os exploradores descobriram um mundo repleto de belezas e conhecimentos, seu surgimento foi sendo esclarecido pouco a pouco, mistério este que a mitologia já não conseguia explicar.
* Invenção do calendário * Invenção da moeda – Os gregos aprenderam a a arte de negociar, não mais se efetuava a venda de uma mercadoria aceitando como pagamento a troca por mercadoria semelhante, o pagamento tornou-se monetário, ou seja, a moeda substituiu o poder de troca.
* Surgimento da vida urbana – O desenvolvimento da cidade trouxe aos gregos uma situação financeira mais igualitária, o prestígio social que antes era benefício de apenas algumas famílias diminuiu, assim como o prestígio que detinham. As artes ganharam patrocinadores, estimulando assim o surgimento de novos artistas. Invenção da escrita alfabética – O uso do alfabeto fez com que os gregos se expressassem de forma mais clara, 
colaborando para que suas idéias fossem melhor compreendidas e difundidas pelo mundo afora, levando a sabedoria as pessoas.
* Invenção da política – Surgiram novas fontes de informação, a lei passou a abranger muitas outras coisas e chegou até as pessoas, criou-se uma área pública voltada para discuros e debates, local no qual os gregos debatiam e propagavam suas idéias a respeito da política.
 A filosofia chegou timidamente, tentando mostrar a humanidade que o mundo não era perigoso e cheio de monstros como a mitologia pregava e aos poucos vêm conquistando seu espaço, avançando cada vez mais nas profundezas do saber.
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A HISTÓRIA DA TEORIA DO CONHECIMENTO
A teoria do conhecimento veio surgir como disciplina independente, através de John Locke. No ocidente Kant surge como o verdadeiro fundador da teoria do conhecimento. Com Fichte, sucessor de Kant, a teoria do conhecimento é chamada “teoria da ciência”.
A teoria do conhecimento se trata de uma “teoria” e portanto é necessário cautela ao investiga-la. Esta teoria busca apreender a essência geral no fenômeno concreto, busca o que é essencial.
O conhecimento é uma determinação do sujeito pelo objeto, e o conhecimento se dá com a relação do sujeito com o objeto. A essência do conhecimento está estreitamente ligada ao conceito de verdade. Somente o conhecimento verdadeiro é conhecimento efetivo. O conhecimento é algo totalmente peculiar e independente. O método fenomenológico só pode oferecer uma descrição do fenômeno do conhecimento.
 A possibilidade do conhecimento: O dogmatismo: O principal erro do dogmatismo, é não compreender que o conhecimento se da com a relação entre sujeito e objeto. Dentre as formas de dogmatismo temos o teórico, ético e religioso. O dogmatismo esta entre o mais antigo ponto de vista, somente com os sofistas que levantou-se o problema do conhecimento, dando fim assim com o dogmatismo no campo da filosofia.
O ceticismo: O ceticismo acredita ser impossível o sujeito apreender o objeto. Assim, devemos nos abster de qualquer formulação de juízo. Existem diversas formas de ceticismo, ceticismo, lógico, absoluto, radical, metafísico, ético, religioso, metódico, sistemático.
Na antiguidade temos Pirro de Elis (360-270 a.C), como seu fundador. Em tempos modernos temos Montaigne (+1592) e Hume com um ceticismo metafísico. Temos também Bayle, e Descartes. Qualquer forma de ceticismo é infrutífero pois anula a possibilidade de conhecimento. O ceticismo metafísico é também conhecido como positivismo; o ceticismo religioso de agnocitismo.
O subjetivismo e o relativismo. Para o subjetivismo e o relativismo a verdade existe, mas é limitada em sua validade. Para o relativismo não existe verdade absoluta, toda verdade é relativa. Os sofistas já empregavam o subjetivismo através de Protágoras com sua famosa frase “o homem é a medida de todas as coisas”. Resumindo, o que o subjetivismo e o relativismo é que não existe verdade universalmente válida. Com isso se mostram céticos pois negam a verdade, de maneira indireta contestando sua validade universal.
O pragmatismo: A verdade segundo o pragmatismo significa o que é útil, valioso, promotor da vida. William James (+ 1910) é tido como o fundador do pragmatismo. Na Alemanha seu maior defensor foi Friedrich Nietzsche (+ 1900) 
O criticismo: O criticismo se encontra entre o dogmatismo e o ceticismo. Crê que o conhecimento é possível e a verdade existe, mas põe a prova toda afirmação da razã
 humana e nada aceita inconscientemente. Kant é tido como o verdadeiro fundador do criticismo
II. A origem do conhecimento
O racionalismo: O racionalismo entende que o conhecimento deve ter validade universal, e 
a razão humana é quem julga a validade de algo. Assim todo conhecimento genuíno depende
 do pensamento. Em Platão vemos algumas raízes do racionalismo, pois ele esta convencido da necessidade lógica e da validade universal para o verdadeiro saber.
 Com Agostinho o conhecimento se dá quando o espíritohumano é iluminado por Deus. Descartes e Leibniz acreditam que existem em nós idéias inatas que seriam fundamentadoras de nosso conhecimento.
O empirismo: Contrariando o racionalismo que tem na razão a fonte do conhecimento, o empirismo tem a experiência como fonte de conhecimento. Desde tempos antigos vemos concepções empiristas, como nos sofistas, estóicos e epicuristas. Mas somente com John Locke (1632-1704) filósofo inglês que o empirismo se sistematiza e se desenvolve. Locke nega as idéias inatas, pois acredita que a alma é um papel em branco que a experiência vai aos poucos cobrindo com marcas escritas.
 O empirismo acaba levando ao ceticismo, pois se todo conhecimento esta estabelecido nos limites do mundo da experiência, um conhecimento metafísico é absolutamente impossível.
 O intelectualismo. O intelectualismo é uma forma de mediação entre racionalismo e empirismo que são antagônicos, pois acredita que tanto a razão como a experiência participam na formação do conhecimento. Para Aristóteles racionalismo e empirismo seriam uma síntese.
 O apriorismo: O apriorismo também aceita o racionalismo e o empirismo como formas de conhecimento. Kant é o fundador desta teoria, ele buscou mediar entre o racionalismo de Leibniz e Wolff e o empirismo de Locke e Hume. Para ele o material do conhecimento provém da experiência, e a forma provém do pensamento.
 Posicionamento crítico. A moderna psicologia do pensamento tem refutado o empirismo que alega que todo conhecimento vem da experiência. A psicologia desconhece conceitos inatos ou nascidos de fontes transcendentes. Devemos buscar uma atuação conjunta de fatores racionais e empíricos no conhecimento humano.
III a essência do conhecimento
Soluções pré-metafísicas do problema
O objetivismo: Para o objetivismo o elemento decisivo na relação de conhecimento é o objeto e este determina o sujeito.
 O subjetivismo: Ao contrário do objetivismo que procura ancorar o conhecimento no objeto o subjetivismo ancora o conhecimento no sujeito. Este sujeito é puramente lógico e não metafísico.
 Soluções metafísicas do problema
O realismo: Para o realismo existem coisas reais, independentes da consciência. Dentre as formas de realismo existe o realismo ingênuo, o realismo natural, e o realismo crítico. Na Grécia antiga Demócrito enfatizava o realismo crítico, mas Aristóteles sustentava um realismo natural, que predominou até a Idade Moderna quando reviveu o realismo crítico de Demócrito.
 O idealismo: Dentre as formas de idealismo o metafísico e o epistemológico, trataremos do epistemológico. E este acredita não haver coisas reais, independentes da consciência. Existe o idealismo subjetivo ou psicológico e o idealismo objetivo ou lógico.
O idealismo sustenta que é contraditório pensar num objeto independente da consciência, pois na medida em que penso num objeto, faço dele um conteúdo de minha consciência. Toda realidade esta na consciência.
 O fenomenalismo: O fenomenalismo é uma tentativa de reconciliar o realismo e o idealismo, e Kant teve uma papel importantante nesta tentativa. A teoria do fenomenalismo advoga que conhecemos as coisas como nos aparecem. E lidamos sempre com o mundo das aparências, e nunca com as coisas em si mesmas.
IV. Os tipos de conhecimento. O problema da intuição e sua história
Para se adquirir o conhecimento é necessário buscar de varias maneiras apreender e compreender o objeto. A forma de conhecimento intuitiva se da pelo olhar. Temos a intuição racional, uma emocional e uma volitiva.
Em Descartes temos a intuição como forma autônoma de conhecimento, pois a proposição 
cartesiana não envolve nenhuma inferência, mas uma intuição imediata de si. Para Espinosa, Leibniz, e Kant a intuição não representa um papel especial na teoria do conhecimento.
No século XIX, Fichte sucessor de Kant entendia haver uma intuição racional-metafísica. Para Fries o pressentimento é o órgão religioso do conhecimento, e para Schleiermacher a religião não é nem um saber, nem um fazer. Seu lugar não é nem o entendimento nem a contade, mas sim o sentimento, para ele a religião é “sentimento e intuição do universo”.
O neokantismo nega a intuição como forma de conhecimento. O realismo crítico da mesma forma também nega
 O correto e o incorreto no intuicionismo
Conforme se pensa a respeito da essência do homem se tem uma visão de conhecimento ou racional, ou intuitivo. No campo teórico o meio de conhecimento é o racional-discursivo, e no meio prático o conhecimento se dá pelo intuicionismo. Desta forma a razão esta ao lado do intuicionismo.
V. O critério da verdade. O conceito de verdade
Eis a grande questão. Como sabemos se um juízo é verdadeiro?
Quando o conteúdo do pensamento entra em concordância com o objeto, temos um conceito de verdade transcendente. O conceito imanente diz que o conceito de verdade reside no interior do próprio pensamento. A verdade é a concordância do pensamento consigo mesmo.
O conceito de verdade imanente segue os princípios do fenomenalismo, e só faz sentido caso não haja qualquer objeto real, exterior à consciência.
 O critério da verdade
Para o idealismo lógico verdade significa concordância, assim , onde não existe contradição está a verdade. Mas este critério de verdade não é universal. No conceito imanente de verdade, um juízo é verdadeiro se construído segundo as e normas do pensamento.
Teoria especial do conhecimento
 Sua tarefa
A teoria especial do conhecimento, busca através de um relacionamento com os objetos chegar ao conhecimento. Ela investiga os conceitos (categorias) gerais com que tentamos definir os objetos. Assim, se relaciona com a metafísico geral ou ontologia. Pretende, partindo dos fatos da experiência, obter uma visão da estrutura essencial do mundo, dos princípios de toda a realidade.
 A essência das categorias
Para Aristóteles as categorias são formas do ser, determinações dos objetos; e para Kant são formas do pensamento, determinações do pensamento.
Em uma concepção moderna da teoria dos objetos, as categorias aparecem como propriedades do objeto.
 O sistema das categorias
Aristóteles foi o pioneiro em tentar sistematizar as categorias. Kant buscou ao contrário de Aristóteles que derivou dos tipos de palavras sua sistematização, enquadrar a sistematização nos tipos de juízo. Após Kant a única busca relevante da sistematização das categorias foi feita por Eduard von Hartmann, que entendia que as categorias pertencessem á esfera do inconsciente. Hartmann dividiu as categorias em categorias da sensibilidade e categorias do pensamento.
As categorias, não podem si dar por vias psicológicas e metafísicas, mas somente por vias lógicas.
 A substancialidade: Os acidentes necessariamente dependem das substâncias, os primeiros não existem por si só,já as substâncias sim. Esta relação das substâncias com os acidentes é chamada de inerência.
 Os acidentes mudam, já as substâncias permanecem sempre as mesmas, assim, possui o atributo de permanência.
 Causalidade: O princípio de causalidade
O princípio de causalidade pressupõe que toda as vezes que nos deparamos com uma mudança devemos pressupor uma causa. Assim, toda mudança, todo acontecimento tem uma causa. Tudo que surge, surge pela força de uma causa.

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