ANTEPROJETO MEMÓRIAS PÓSTUMAS DE BRÁS CUBAS

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I. TÍTULO
ANÁLISE LITERÁRIA DO ROMANCE MEMÓRIAS PÓSTUMAS DE BRÁS CUBAS E A SECULARIZAÇÃO BRASILEIRA NO FINAL DO SÉCULO XIX
II. APRESENTAÇÃO
O estudo de Memórias Póstumas de Brás Cubas, publicado em 1881, abordando experiencias de um filho abastado da elite brasileira do século XIX. Esta obra é narrada por Machado de Assis a partir da morte do seu protagonista, seu enterro, os delírios da morte até a sua infância.
Este estudo será delimitado a partir da análise da interxtualidade e considerações acerca do contexto da publicação no Brasil no ano de 1880, realizando uma comparação com este romance e a secularização brasileira no final do século XIX.
Memórias Póstumas de Brás Cubas é um romance sem grandes feitos, ou um acontecimento significativo, pelo contrário, é possível observar um capítulo com negativas. Brás Cubas não era casado, não tinha filhos, não concluiu o emplasto, medicamento este que acreditava ser criado para conquistar a glória na sociedade. Brás Cubas acaba se tornando deputado, não obtendo sucesso também, apresentando um desempenho medíocre. A força da obra está justamente nessas não-realizações, nesses detalhes. 
A comparação literária desta obra com a secularização brasileira no final do século XIX ocorre por meio da análise dos personagens da obra, representantes da elite brasileira deste período. Importante enfatizar a presença também de escravos, classe média como significado relevante nas relações sociais entre as classes. 
A sociedade da época se estruturava a partir de uma divisão nítida. Havia, de um lado, os donos de escravos, urbanos e rurais, que constituíam a classe mandante do país. Estão representados invariavelmente como políticos: ministros, senadores e deputados. De outro, a escravidão é a responsável direta pelo trabalho e pelo sustento da nação e, por assim dizer, das elites. No meio, há uma classe média formada por pequenos comerciantes, funcionários públicos e outros servidores, que são dependentes e agregados dos favores dos grandes privilegiados
Desta forma Memórias Póstumas de Brás Cubas funciona como um instrumento de entendimento desses aspectos sociais daquela época, refletidos na atualidade, pelos fatores sociais e políticos.
III.JUSTIFICATIVA
Justifica-se a escolha deste tema, importante para a sociedade e comunidade acadêmica por meio da obra e sua descrição literária, apoiada em dois tempos: o psicológico, do autor além-túmulo, e a morte contada antes mesmo do seu nascimento, e o tempo cronológico relatados por meio dos acontecimentos em ordem lógica como a infância, a ida para Coimbra, a adolescência, a volta para o Brasil e a sua morte.
Assim, “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, além de seu enorme valor literário, funciona como instrumento de entendimento desse aspecto social de nossas classes, como se verá adiante nas caracterizações de Dona Plácida e do negro Prudêncio.
IV.OBJETIVO GERAL
Realizar uma análise literária da obra Memórias Póstumas de Brás Cubas e a secularização brasileira no final do século XIX.
V.OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Analisar a obra Memórias Póstumas de Brás Cubas na tradição literária;
Comparar os aspectos sociais da obra no ano de 1880 com os fatores sociais brasileiros na atualidade;
Abordar os aspectos socioculturais entre o personagem e a obra de Machado de Assis.
VI.HIPÓTESES
Memórias Póstumas de Brás Cubas funciona como um instrumento de entendimento desses aspectos sociais daquela época, refletidos na atualidade, pelos fatores sociais e políticos.
A narrativa literária proposta por Machado de Assis nesta obra evoca a comparação entre os personagens, o contexto social e a realidade, servindo como base para a atualidade brasileira, principalmente no campo da política.
Memórias Póstumas de Brás Cubas faz parte de um contexto literário histórico na literatura brasileira que retratar visivelmente a sociedade da época, seus costumes, crenças e valores, trazidos para a realidade atual.
VII. METODOLOGIA
Será realizada uma análise literária por meio de referências históricas, presentes no romance Memórias Póstumas de Brás Cubas, para investigar de que forma elas interferem no desenrolar da realidade própria da narrativa e na construção das personagens e como presentificam elementos sócio-históricos do século XIX.
VIII.REFERÊNCIAS
ASSIS, Machado de. Memórias póstumas de Brás Cubas. Porto Alegre, RS: L&PM, 2014, 256p.
COSTA E SILVA, Alberto da. Crise colonial e independência: 1808-1830, volume 1. - Rio de Janeiro: Objetiva, 2011 (História do Brasil Nação: 1808-2010)
ZILBERMAN, Regina. Brás Cubas autor, Machado de Assis leitor. Ponta Grossa: Editora UEPG, 2012.