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RESENHA - Debatendo a expropriação do petróleo mexicano

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Universidade Estácio de Sá
Pós-Graduação: Direito Público: Constitucional, Administrativo e Tributário 
Disciplina: Intervenções estaduais na propriedade e no domínio econômico (NPG1074)
Aluno: Charles Alves Ferreira 
Artigo: “Debatendo a expropriação do petróleo mexicano” (Fonte: caso HARVARD BUSINESS SCHOOL 9-805-011- REV: 17 DE JUNHO DE 2005 - GEOFFREY JO NES e R. DANIEL WADHWANI) 
Resenha
Introdução
O artigo estudado sobre a expropriação do petróleo mexicano aborda a evolução histórica do conflito econômico e político ocorrido no México no curso do governo do presidente Lázaro Cárdenas quando decretou, em 18.03.1938, a expropriação dos ativos das empresas de petróleo estrangeiras em operação naquele país, promovendo impactos sociais, econômicos e políticos interna e externamente em decorrência dos interesses nacionais e internacionais na exploração e comercialização do petróleo mexicano por empresas estrangeiras.
Resumo 
 [...] Em 18 de março de 1938, o presidente mexicano Lázaro Cárdenas usou as ondas de rádio para anunciar a expropriação dos ativos das empresas de petróleo estrangeiras em operação no país. Poucos teriam conseguido prever que uma disputa trabalhista entre empregados do petróleo e seus empregadores multinacionais terminaria assim. Mas quando o conselho de arbitragem do governo e, em seguida, o Supremo Tribunal mexicano ficaram do lado dos trabalhadores em greve e do seu sindicato, as empresas de petróleo - tendo feito uma série de concessões tanto ao governo quanto aos trabalhadores durante a década anterior - recusaram-se a cumprir. [...] As empresas afirmam que seus contratos pré-revolucionários garantiam a posse do subsolo e, portanto, o direito de miná-lo, enquanto o governo argumentava que a perfuração era uma concessão por tempo limitado (um privilégio) concedida pelo estado.
[...] Trechos da resposta do México à Standard Oil (1940) - A Standard Oil Company, de Nova Jersey [...] afirma que a expropriação decretada pelo governo mexicano equivale essencialmente ao confisco de propriedades das empresas de petróleo e sustenta que, devido às violações dos princípios universalmente aceitos de Direito Internacional, é justificada a intervenção oficial dos respectivos governos, uma questão que eles têm solicitado tão constante e persistentemente. [...]. Contudo, a consumação desta intenção tantas vezes reiterada encontrava um obstáculo insuperável; ou seja, o comportamento obstinado das próprias empresas petrolíferas, que se recusaram sistemática e repetidamente a aceitar, pelo menos em princípio, o dito pagamento e se opuseram a uma avaliação imparcial de suas propriedades. [...] Enquanto o México defende seus direitos fundamentais como uma nação independente e se opõe e rejeita ultrajes à sua soberania, dignidade e decoro, as empresas de petróleo, sendo incapazes de apreciar a posição legítima assumida pelo nosso governo e buscando métodos tão conhecidos, empregam todos os meios possíveis para enganar a opinião pública através de propaganda generalizada. [...] Percebendo que a atitude rebelde das empresas de petróleo provocaria, inevitavelmente, uma suspensão total das atividades em toda a indústria do petróleo, o presidente Cárdenas, no exercício dos poderes conferidos ao Poder Executivo Federal, nos termos do parágrafo 2 do artigo 27 da Constituição, bem como pela Lei de expropriação, em 18 de março de 1938, decretou a expropriação para utilidade pública, dos bens imóveis e pessoais pertencentes às empresas de petróleo que se recusaram a cumprir a sentença do Conselho Federal do Trabalho, conforme mencionado anteriormente. Nestas circunstâncias, que alternativa que resta ao governo? Poderia permitir o não cumprimento de uma decisão proferida por uma autoridade legítima e confirmada pelo Tribunal Supremo do País? Alguém pode imaginar que qualquer corporação estrangeira em qualquer outro país possa olhar com desprezo e se recusar a obedecer à decisão da Suprema Corte local? O governo mexicano pode permitir que as empresas atinjam sua ameaça de fechar suas plantas e parar toda a produção do combustível usado em todo o México?
Crítica
O estudo do presente caso aborda os conflitos do inicio da exploração e comercialização do petróleo mexicano por empresas internacionais que exigiu a intervenção política do governo mexicano, principalmente, sob a presidência de Cárdenas que a pretexto alegou está retomando a soberania da exploração do petróleo, outrora, nas mãos apenas dos estrangeiros. Indiscutivelmente, os investimentos econômicos e tecnológicos internacionais das empresas petrolíferas proporcionaram ao México um desenvolvimento econômico inesperado e destacado, contudo, se tornou visível que a intervenção política do governo mexicano sobre a exploração do petróleo por empresas internacionais decorreu mais de convicções políticas/ideológicas de cunho nacionalista/socialista extremada, do que no interesse ou benefício da população e dos trabalhadores mexicanos. A ação governamental mexicana para nacionalização do petróleo estava voltado para o próprio interesse do grupo político que comandava os destinos do México, o que revela ser lamentável.
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