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jonatas afonso lopes
TOYOTISMO
O IMPACTO DO SISTEMA JIT NOS CUSTOS DE PRODUÇÃO
campinas
2019
 JONATAS AFONSO LOPES
TOYOTISMO
O IMPACTO DO SISTEMA JIT NOS CUSTOS DE PRODUÇÃO
 
Projeto apresentado ao curso de engenharia de produção da Instituição Anhanguera Educacional.
Orientador: Sthefan Piccinini
CAMPINAS
2019
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	4
1.1 O PROBLEMA	4
2 OBJETIVOS	5
2.1 OBJETIVO GERAL OU PRIMÁRIO	5
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS OU SECUNDÁRIOS	5
3 JUSTIFICATIVA	5
4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA	7
5 O JIT	9
5.1 PRINCIPAIS FERRAMENTAS	11
5.1.1 Kanban	11
5.1.2 5S	12
5.1.3 5W2H	13
5.1.4 Poka-Yoke	13
5.1.5 Andon	14
5.1.6 kaizen	14
6 METODOLOGIA	15
7 CRONOGRAMA DE DESENVOLVIMENTo	16
8 REFERÊNCIAS	17
1 INTRODUÇÃO
O Toyotismo surgiu no Japão em meados de 1970 criado pelo sr. Taiichi Ohno ganhou notoriedade após a crise do petróleo em 1973 quando diversos países estavam em queda enquanto a Toyota Motor Company apresentava ganhos superiores as outras empresas, com isso todos se perguntaram qual o motivo para este crescimento acima da média. 
O sistema Toyota de produção tem como base a eliminação total dos desperdícios e conta com dois pilares o Just in time (JIT) que consiste em entregar as peças ou partes de um produto em processo no momento certo, na quantidade certa e a Autonomação que consiste em atribuir a máquinas automatizadas dispositivos que em caso de erros no processo ocorre a parada automática.
Com a criação deste sistema criaram-se diversas ferramentas para controle e otimização do processo produtivo e estas são amplamente difundidas e utilizadas hoje devido à grande concorrência no mercado e a busca constante pela redução de custos.
Dado o contexto, o objetivo deste trabalho é realizar uma revisão bibliográfica apresentado as principais ferramentas que compõem o JIT e sua contribuição para a redução dos custos.
1.1 O PROBLEMA
Ao falar sobre gerenciamento de empresas, o tema mais importante é a gestão de custos, pois devido à grande concorrência no mercado o consumidor tende a optar por produtos ou serviços com alto valor agregado porém com preços atrativos e quando não se tem uma gestão de custos eficiente uma empresa pode não gerar resultados suficientes para que se mantenha sustentável. 
Com isso ao olhar para este problema viso responder a seguinte questão: Qual a importância da aplicação do sistema Just In Time redução de custos?
2 OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL OU PRIMÁRIO
Compreender a importância do sistema Just In Time e suas ferramentas na redução de custos.
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS OU SECUNDÁRIOS
a) Conhecer o sistema Just in Time;
b) Discorrer sobre as principais ferramentas utilizadas no sistema Just in Time;
c) Apresentar as principais vantagens da utilização do sistema Just in Time.
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3 JUSTIFICATIVA
Cada dia mais busca-se formas de diminuição de custos e o sistema Toyota de produção tornou-se um dos modelos mais importantes.
O sistema preza pela diminuição de desperdícios, com isso para sua aplicação trouxe diversas ferramentas que auxiliam a enxergar de forma holística todo o processo produtivo e aprimorá-lo de forma que todos estes desperdícios sejam reduzidos a zero. 
Através desta pesquisa poderá entender a aplicabilidade de cada ferramenta e como estas contribuem para cada tipo de processo ou empresa, visando sempre a redução de custos.
4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Para Carvalho et al (2012) o cliente exige a qualidade do produto a ser consumido há muito tempo, com isso ao olharmos para o sistema JIT ela transforma as necessidades do cliente em um processo que gera valor ao produto, eliminando todos os desperdícios deste processo.
De acordo com Ohno (1997) “a base do Sistema Toyota de Produção é a absoluta eliminação do desperdício”, e isso reforça a definição da filosofia do sistema just in time.
Just-in-time significa que, em um processo de fluxo, as partes corretas necessárias à montagem alcançam a linha de montagem no momento em que são necessários e somente na quantidade necessária. Uma empresa que estabeleça esse fluxo integralmente pode chegar ao estoque zero (OHNO, 1997, p.13).
Com isso conforme Ohno (1997) a construção do Sistema Toyota de Produção baseou-se na autonomação, que não deve ser confundido com a simples automação. 
Ela é conhecida também como automação com um toque humano. Muitas máquinas funcionam sozinhas uma vez que estejam ligadas. Mas, as máquinas de hoje possuem uma tal capacidade de desempenho que pequenas anormalidades, como a queda de um fragmento qualquer em seu interior pode, de alguma forma, danificá-la. As matrizes ou os encaixes quebram, por exemplo. Quando isso ocorre, dezenas e em seguida centenas de componentes defeituosos são produzidos e logo de acumulam (OHNO, 1997, p.14)
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Para Alvarez (2001, p.342) o JIT também pode ser considerado como uma resposta à morosidade da administração tradicional, que aceita os erros passivamente, como parte integrante do processo, onde os mesmos deveriam ser encontrados e resolvidos. Com isso ao reduzir os níveis de estoque consegue-se enxergar os principais problemas que para Corrêa (2009) podem ser definidos em três tipos: 
a) Problemas de qualidade – Certos pontos do processo apresentam problemas de qualidade, com isso o estoque gera uma fluidez ao sistema para que não pare;
b) Problemas de quebra de máquina – Caso uma máquina quebre a falta de estoque gera uma parada no fluxo do processo à sua frente;
c) Problemas de preparação de máquinas – Cada máquina que faz mais de um produto diferente, para que se possa iniciar a produção em si é necessário o setup da máquina, e este é considerado um problema devido aos custos da máquina parada.
O sistema JIT quando associado a manufatura enxuta contribui para a redução de custos onde segundo Kunde (2011), as principais características são:
a) manufatura flexível;
b) redução de estoques;
c) colaboradores qualificados;
d) evitar o retrabalho;
e) redução de perdas, balanceamento e diminuição da carga de trabalho;
f) produção baseada em pedidos, make to order;
g) redução de setup e tamanho de lotes;
h) parada automática quando houver detecção de defeitos;
i) acompanhamento em tempo real os problemas de produção; 
j) inspeção realizada pelos trabalhadores;
k) gerenciamento visual.
Dentre as principais ferramentas do JIT o sistema kanban permite o acompanhamento da produção e estoque e é contribuindo para uma produção nivelada, eliminando os desperdícios produzindo a quantidade certa no momento certo. Conforme Ohno (1997, p.30) as principais funções do kanban são:
a) fornece informações sobre apanhar ou transportar;
b) fornece informações sobre produção;
c) impede a superprodução e o transporte excessivo;
d) servir como uma ordem de fabricação afixada às mercadorias;
e) impedir produtos defeituosos pela identificação do processo que os produz;
f) revelar problemas existentes e mantém o controle de estoques.
5 O JIT
O JIT tem como principal objetivo realizar a identificação e eliminação de atividades improdutivas em todo o processo de manufatura para Taiichi Ohno (1997) estes desperdícios são classificados em sete categorias: desperdício de superprodução, desperdício de espera, desperdício em transporte, desperdício de processamento, desperdício de estoque, desperdício de movimento, desperdício em produzir defeitos.
Para Nicholas (1998) e Bicheno (2000) os desperdícios podem ser descritos da seguinte forma:
a) Desperdício de superprodução – Ohno considera este o mais terrível desperdício. Caracteriza-se por produzir mais, mais rápido e antes do necessário, aumentando os demais desperdícios pois utiliza recursos, gera estoques, e torna-se ineficiente; 
b) Desperdício de espera - Todos os processos devem ocorrer de forma continua e a quebra deste gera o desperdício, a espera por informações, por ordens de produção, por peças, pela manutenção de máquinas caracterizam este desperdício;
c) Desperdício em transporte – O movimento de materiais quando este não se faz necessário;
d)Desperdício de processamento – Quando se executam operações de produção que não são necessárias, o emprego incorreto de uma ferramenta ou a inspeção de algo que já foi inspecionado anteriormente;
e) Desperdício de estoque – É o armazenamento excessivo de produtos, matérias primas e insumos. Este causa um grande impacto financeiro pois é um capital parado que poderia ser capitalizado pela empresa. Também, um estoque demasiado pode esconder outros tipos de problemas.
f) Desperdício de movimento – Ações realizadas por pessoas que não são necessárias, que não agregam valor ao produto;
g) Desperdício em produzir defeitos – Esta é uma das maiores fontes de desperdícios, pois a causa deste impacta em custos de reposição, mão de obra, material e estes uma vez perdidos não retornam ao processo.
O sistema JIT utiliza o sistema de produção puxado que consiste em atuar de acordo com a demanda de produção onde conforme (MOULD e KING, 1995) deve adotar um fluxo de produção em que as peças, subconjuntos e produtos cheguem à linha de produção quando necessário. A taxa de fluxo deve estar em consonância com a taxa de demanda para o produto acabado. Com isso o JIT é orientado pelo cliente visando sempre a otimização de recursos e diminuição dos desperdícios.
Fonte: Dicionário Financeiro
Figura 1 – Sistema Puxado (JIT)
Figura 2 - Comparação Sistema JIT x Tradicional
Fonte: Alvarez (2001)
5.1 PRINCIPAIS FERRAMENTAS 
5.1.1 Kanban
Em japonês a palavra Kanban significa “Cartão”, esta ferramenta tem como principal objetivo reduzir e organizar a distribuição de recursos dentro de um processo produtivo. Em um quadro são colocados cartões identificados nas cores vermelha, amarela e verde e a medida que os estoques são consumidos ocorre a retirada destes cartões, com isso de maneira visual consegue-se enxergar qual o nível de estoque naquele momento.
Figura 3 – Quadro Kanban
Fonte – Isoflex (2018)
5.1.2 5S
O 5S contempla cinco princípios básico de organização sendo eles:
a) Seiri (organização) – É o senso de utilização, descarte. Onde tudo que não for necessário deve ser descartado;
b) Seiton (locação) – É o senso de disposição, ordenação. Onde cada objeto deve estar alocado em sua devida posição sendo organizados de acordo com tipo, cor, tamanho, etc;
c) Seiso (limpeza) – É o senso de limpeza e conservação. Onde preza-se a limpeza e eliminação de fontes de sujeira no local de trabalho;
d) Seiketsu (saúde) – É o senso de saúde, higiene. Onde busca voltar a atenção para a saúde física, mental e emocional não só das pessoas, mas no local de trabalho eliminando riscos que possam existir;	
e) Shitsuke (disciplina) – É o senso de autodisciplina. Onde busca o comprometimento para cumprir padrões e sempre buscar a melhoria continua, transformando os outros quatro sensos em hábitos.
5.1.3 5W2H
Esta ferramenta fornece um excelente auxílio na resolução de problemas, além de proporcionar informações consistentes para auxílio à tomada de decisões (MARSHALL, 2008).
Consiste em um conjunto de sete perguntas que visam responder a um problema, são elas:
a) O quê? – Identificar e mensurar o problema;
b) Quem? – Identifica quais são as pessoas que originaram o problema, e quem serão os responsáveis para sua solução;
c) Onde? – Identificar onde o problema está ocorrendo;
d) Por quê? – Evidenciar qual o motivo e a contribuição que esta resolução trará ao processo;
e) Quando? – Determinar o prazo para realização de cada etapa do processo;
f) Como? – Determinar como este plano de ação será executado;
g) Quanto? – Determinar os custos para execução do plano.
5.1.4 Poka-Yoke
O poka-yoke com o significado de “a prova de defeitos”, consiste em atribuir ao processo dispositivos que proporcionam sua auto inspeção á fim de chegar a um nível de zero defeitos. Existem 4 tipos de poka-yoke: prevenção, detecção, valor fixo e etapas.
a) Prevenção – Busca eliminar totalmente a causa geradora do defeito;
b) Detecção – Esta subdivide-se em duas categorias: controle e advertência:
- Controle – Na ocorrência de um defeito para imediatamente a operação;
- Advertência – Na ocorrência de um defeito emite alertas visuais ou sonoros ao operador, á fim de que este realize uma verificação;
c) Valor fixo – Analisa se foi realizado um número pré-determinado de movimentos durante o processo;
d) Etapas – Analisa se todas as etapas anteriores ao processo atual foram realizadas, caso não, ocorre a parada do sistema.
5.1.5 Andon
É considerada uma ferramenta de grande importância dentro do sistema JIT, com funcionamento simples consiste em um conjunto de luzes nas cores verde, amarela e vermelha que são implementadas em cada estação de trabalho onde de acordo com sua cor indica uma informação:
a) Verde – Linha funcionando normalmente.
b) Amarelo – Operador solicita ajuda para ajustes na linha.
c) Vermelho – Linha parada, sendo necessário a correção de algum problema.
5.1.6 kaizen
Kaizen em japonês significa melhoria continua, e esta é a ferramenta ou filosofia que busca a melhoria dos processos sempre ligando todas as áreas afim de disseminar essa cultura.
5.2 IMPORTÂNCIA DA APLICAÇÃO DO JIT NA REDUÇÃO DE CUSTOS
As ferramentas e a filosofia JIT levam a redução de diversos problemas que as empresas possam ter, pois ao aplica-los estas tornam-se mais competitivas visto que diminuem os custos operacionais, de estoque, superprodução, retrabalho entre outros. 
Através disso este método tornou-se amplamente utilizado e difundido, e quando aplicado de forma correta é capaz de contribuir de maneira exponencial para os resultados das corporações. 
6 METODOLOGIA
O tipo de pesquisa a ser utilizada neste trabalho será a revisão bibliográfica, na qual serão realizadas consultas a livros, artigos científicos, periódicos e dissertações e como meio de busca serão utilizados sites, nestes as palavras chaves utilizadas para encontrar o conteúdo serão “Taiichi Ohno/Just in Time”, “Kaizen”, “melhorias de custos através do just in time”, “toyotismo”. Foram procurados documentos publicados nos últimos 60 anos.
 
7 CRONOGRAMA DE DESENVOLVIMENTo
Quadro 1 – Cronograma de execução das atividades do Projeto e do Trabalho de Conclusão de Curso.
	ATIVIDADES
	2019
	2019
	
	JAN
	FEV
	MAR
	ABR
	MAI
	JUN
	JUL
	AGO
	SET
	OUT
	NOV
	02/DEZ
	Escolha do tema. Definição do problema de pesquisa
	
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	X
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	Definição dos objetivos, justificativa.
	X
	X
	X
	X
	
	
	
	
	
	
	
	
	Definição da metodologia.
	
	
	
	X
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	Pesquisa bibliográfica e elaboração da fundamentação teórica.
	
	
	
	X
	X
	
	
	
	
	
	
	
	Entrega da primeira versão do projeto.
	
	
	
	
	X
	
	
	
	
	
	
	
	Entrega da versão final do projeto.
	
	
	
	
	
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	Revisão das referências para elaboração do TCC.
	
	
	
	
	
	
	
	X
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	X
	
	Elaboração do Capítulo 1.
	
	
	
	
	
	
	
	X
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	X
	
	Revisão e reestruturação do Capítulo 1 e elaboração do Capítulo 2.
	
	
	
	
	
	
	
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	X
	X
	X
	
	Revisão e reestruturação dos Capítulos 1 e 2. Elaboração do Capítulo 3.
	
	
	
	
	
	
	
	X
	X
	X
	X
	
	Elaboração das considerações finais. Revisão da Introdução.
	
	
	
	
	
	
	
	X
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	X
	X
	
	Reestruturação e revisão de todo o texto. Verificação das referências utilizadas.
	
	
	
	
	
	
	
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	X
	X
	
	Elaboração de todos os elementos pré e pós-textuais.
	
	
	
	
	
	
	
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	Entrega da monografia.
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
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	Defesa da monografia.
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	X
8 REFERÊNCIAS
ALVAREZ-BALLETEROS, Maria Esmeralda; Administração da Qualidade e Produtividade: Abordagens do Processo Administrativo, São Paulo: Atlas, 2001.
CARVALHO, M. M. et al. Gestão da qualidade: teoria e casos. 2 ed. Elsevier: ABEPRO, 2012.
KUNDE, Wilson G.; Disponível em:www.sebrae.com.br. 25 de agosto de 2009, http://portal.pr.sebrae.com.br/blogs/posts/gestaoproducao?c=307;Acesso em 10 abr./ 2019.
Marshall Jr., I.; Cierco, A. A.; Rocha; A. V.; Mota, E. B.; Leusin, S. Gestão da qualidade. 9. ed. Rio de Janeiro: editora FGV, 2008.
OHNO, Taiichi. O Sistema Toyota de Produção além da produção.Editora Bookman, 1997.

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