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PORTFOLIO SERVIÇO SOCIAL - O SERVIÇO SOCIAL NA POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO BRASILEIRA E NO TERCEIRO SETOR

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Cascavel
2019
Trabalho de Pesquisa Social e Oficina de Serviço Social na Área de: Educação Inclusiva; Serviço Social na Educação; Seminário da Prática VIII: Tópicos Especiais II Terceiro Setor; Meio Ambiente e Sustentabilidade. Trabalho de Conclusão de semestre apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média do 8° (oitavo) semestre do curso de Serviço Social. Orientadores: Prof: Amanda Boza, Paulo Sérgio Aragão, Juliana Chueire Lyra, Mileni Alves Seccon. 
SUMÁRIO
1. 3INTRODUÇÃO......................
42. DESENVOLVIMENTO
42.1. Constituição das políticas sociais de educação brasileira
62.2. Desafios de implementação da política nacional de educação
2.3 A ação do profissional assistente social na defesa dos direitos contemplados na constituição de 1988………………………................................................................…6
2.4. Terceiro setor 
8
2.5 Gestão do terceiro setor e a intervenção do assistente social …………………………………………………………………..……………………………..9
13. CONCLUSÃO........................................................................................................
2
14. REFERÊNCIAS
.....................................................................................................
4
1 INTRODUÇÃO
A proposta do presente trabalho foi descrever as principais políticas públicas referentes à política de educação brasileira, os desafios da educação inclusiva, o trabalho do assistente social nesse contexto e também contemplar sobre a ótica das ciências sociais o percurso histórico do Brasil até o marco constitucional de 1988, além de discorrer sobre as definições de terceiro setor e a inserção do assistente social neste emergente mercado de trabalho. 
A trajetória das políticas sociais brasileiras se dividem em antes e após a Constituição Cidadã de 1988, esta representou uma marco histórico na conquista de direitos da população brasileira e contribuiu ainda que tardiamente para a possibilidade da construção de uma sociedade mais justa e igualitária. 
Dentre as importantes políticas implantadas após o marco constitucional, adentraremos mais especificamente na política de educação e suas repercussões jurídicas e sociais, serão abordadas também às legislações complementares como a Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB 1996, que trata entre outras questões dos direitos fundamentais da educação que compreendem entre outros: “igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; liberdade de aprender; pluralismo de ideias e de concepções; respeito à liberdade e apreço à tolerância” (LDB 1996). 
Na contramão a esse importante marco jurídico social brasileiro, houve na década de 90 no Brasil a implantação do sistema político econômico – Neoliberalismo – que veio a contrapor as conquistas tão almejadas por décadas, que acabou promovendo a fragmentação das políticas estatais protecionistas, privatizando os serviços públicos e transferindo para esfera privada através das Organizações do terceiro setor (ONGS) a responsabilidade pelo enfrentamento a questão social. 
Há de se admitir que as ONGS tenham ocupado um importante papel no enfrentamento dos problemas sociais no Brasil, suas intervenções se aperfeiçoaram nas últimas décadas, deixando o caráter assistencialista que outrora incorporaram se tornando mais técnicas e embasadas teoricamente, inquirindo ao ser humano, a concepção de um processo sócio histórico e sujeitos dignos de direitos. Alguns autores remetem tais avanços à inserção de profissionais devidamente capacitados nas teorias sociais, entre eles os Assistentes Sociais. 
2. desenvolvimento
2.1. CONSTITUIÇÃO DAS POLÍTICAS SOCIAIS DE EDUCAÇÃO BRASILEIRA 
Quando abordamos as políticas educacionais de um país, se faz necessário considerar que há um conjunto de elementos que norteiam a mesma, dentre os quais podemos elencar alguns, tais como; a Constituição Federal, a qual é conhecida como Carta Magma, promulgada em 1988, assim como, a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Ambas se constituem como uma maneira de assegurar o direito à educação a todo e qualquer brasileiro, independentemente de sua raça, crença, situação econômica, bem como sua orientação sexual. 
Em consonância com a LDB (1996), no artigo 3º, fica estabelecido que deve haver a “igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; liberdade de aprender (…); pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas; respeito à liberdade e apreço à tolerância; valorização do profissional da educação escolar e garantia de padrão de qualidade”. É perceptível que há uma preocupação por parte dos órgão competentes em assegurar o acesso a todos a educação, já o 4º artigo da mesma lei, remete aos deveres do Estado para a efetivação da educação inclusiva, portanto, é de sua responsabilidade o atendimento educacional especializado gratuito aos educandos com deficiências, tais como; transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou  superdotação, transversal a todos os níveis. 
O que foi reafirmado por meio da Lei nº 12.796, de 2013. O V capítulo da Lei de Diretrizes e Bases – LDB, tem como enfoque a educação especial, ou seja, dá maior visibilidade a mesma, requerendo profissionais devidamente preparados, bem como locais adaptados a modalidade de ensino em questão, tendo como objetivo central a qualidade de ensino, buscar-se meios de promover o ensino – aprendizado dos educados com alguma deficiência. 
Quando recorremos às leis mencionadas anteriormente, torna-se importante ressaltar o Artigo 205, da Constituição Federal de 1988, no qual, a educação é tida como um direito de todos, sendo um meio para assegurar o pleno desenvolvimento de um cidadão, ou seja, essa auxilia tanto no exercício da cidadania, bem como a emancipação do sujeito, contribuindo diretamente na sua qualificação para o mercado de trabalho. Já o artigo 208, trata-se da obrigatoriedade da matricula de todo e qualquer individuo de 04 até os 17 anos, sendo de responsabilidade do mesmo ofertar o atendimento as crianças de 0 a 3 anos, nos Centros de Educação Infantil. 
A educação especial tem que considerar todas as possibilidades de promover o processo de escolarização do alunado, para que isso ocorra se faz necessário considerar que toda a turma é uma turma de inclusão. Porém, a educação de modo geral, se pauta em dois objetivos, primeiramente a promoção do aprendizado de todos os alunos plenamente, ou seja, buscar-se meios de promover o ensino – aprendizagem como um todo, independente das limitações sociais, físicas do aluno, sendo que a educação possibilita a emancipação do sujeito. Já o segundo objetivo refere-se à socialização, a escola é um local privilegiado de nossa sociedade, pois diferentes indivíduos advindos das mais diversas realidades se reúnem para obter o conhecimento, no entanto, acabam por difundir valores culturais, familiares, bem como vão adotando novos valores e saberem, incutindo esses na sua vivência. 
Os objetivos da educação somente serão alcançados quando os professores forem devidamente qualificados, preparados, os quais devem estar preparados para as diversas realidades, bem como situações que podem vir a enfrentar dentro e fora de sala de aula. O qual deve dominar o conteúdo, assim como ser dinâmico e criativo, inovador, os alunos inclusos devem ser avaliados considerando por meio de provas adaptadas e acompanhamento a cerca do seu rendimento. 
A sociedade contemporânea tem valorizado mais o sujeito com alguma deficiência física ou intelectual, os quais estão cada vez mais presentes e atuantes em nosso dia a dia. Embora a educação especial inclusiva no Brasil, começou a ganhar visibilidade apenas no século XIX, na cidade do Rio de Janeiro, com a criação do Instituto dos Meninos Cegos, atual Instituto Benjamin Constant, o que foi um grande feito para a época, no entanto, voltava-se apenas para a deficiência visual e auditiva, excluíam os deficientes intelectuais ou físicos. Somente no século XX, iniciou-se articulações de políticas voltadasa educação especial de forma mais ampla, com isso, surgiu a Sociedade Pestalozzi e APAE.
Em 1969, no Brasil, havia mais 800 escolas de atendimento especializado, no entanto, os alunos com alguma limitação eram ensinados separados dos demais, não havia inclusão, porém com a Constituição Federal de 1988, como mencionado no inicio do texto, a pessoa com deficiência ganha o direito de ter uma educação no ensino regular, com isso, passou-se a pensar na inclusão. 
No decorrer, desse trabalho foi feito um recorte e abordado apenas os principais pontos em relação às leis voltadas a inclusão, porém é de suma importância ressaltar que o Brasil, é um país com as melhores leis de inclusão do mundo, o qual, está à frente de muitos outros, tanto na legislação, bem como aplicabilidade da mesma. Porém, ainda falha na forma como a mesma está organizada, espera-se que futuramente essa possa ocorrer de maneira mais harmônica e prazerosa todo e qualquer aluno independente de sua condição intelectual. 
 2.2. DESAFIOS DE IMPLEMENTAÇÃO DA POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO 
O Estado ao longo dos anos tem atuado em prol da educação inclusiva, como elencamos anteriormente, porém há inúmeras leis e normativas que não foram mencionadas nesse trabalho, as quais tratam da inclusão, pois se faz necessário que a pessoa com deficiência seja incluída no contexto social e econômico de nossa sociedade, passando a atuar ativamente nas decisões, portanto, a escola é vista como um dos caminhos para a emancipação da pessoa com deficiência. 
Em relação a consolidação destas leis, podemos mencionar alguns dos entraves que tem atrapalhado o pleno desenvolvimento dos alunos inclusos, ou seja, a consolidação da educação especial. Dentre os inúmeros empecilhos podemos citar os seguintes: dificuldades do aluno em ir no contra turno, a falta de comunicação entre o professor do regular e do atendimento educacional especializado, falta de qualificação dos professores que atuam no atendimento educacional especializado, falta de materiais pedagógicos adequados, falta de infraestrutura, a escola tem passado a assumir problemas que não lhe diz respeito, os quais nem sempre são de cunhos pedagógicos, porém os mesmo eclodem na escola, o professor tem que lidar com diversos assuntos os quais nem sempre estão ligados diretamente a educação.
2.3. A AÇÃO DO PROFISSIONAL ASSISTENTE SOCIAL NA DEFESA DOS DIREITOS CONTEMPLADOS NA CONSTITUIÇÃO DE 1988.
O Assistente social tem um papel de grande importância na educação, o qual tem a missão de assegurar os direitos do acesso e permanência do sujeito com necessidades especiais. É sabido que a educação tem o intuito tanto na forma direta como indireta, a formação de cidadãos conscientes de seus direitos, bem como dos deveres, o qual deve ser atuante e capaz de construir a sua própria história. O profissional de Serviço Social tem um papel de grande relevância, o qual contribui para a inclusão e permanência do direito a educação de qualidade. 
O Assistente Social tem que traçar intervenções, as quais devem garantir os direitos dos alunos inclusos, bem como sua promoção, assim como o acesso e a permanência na escola, bem como, o aprendizado. O papel deste profissional vai além da atuação na escola, o qual deve acompanhar diversas situações do ambiente escolar, propor medidas a serem tomadas para sarnar eventuais problemas, tais como evasão dos estudantes, diversas formas de violências, ausência dos pais na escola, etc. 
Com a implantação da Constituição federal de 1988, se fez necessário a criação de leis complementares, que foram regulamentadas a partir da proposta do estado de direito, clássicos exemplos de legislação é a Lei n. 8.069 de 1990 – o Estatuto da Criança e do Adolescente – e a Lei n. 8742 de 1993 – Lei Orgânica da Assistência Social – resultantes de uma ampla exigência dos segmentos da sociedade representantes de diversas categorias sustentados pelo paradigma da cidadania .
Em termos de concepção global, o novo marco sancionou a universalização de benefícios que foram transformados em direitos para os cidadãos. Mas na realidade vivida a falta de compromisso dos governantes com às leis complementares da Constituição tem sido relevantes no Brasil, que consequentemente através o descaso dos mesmos com população usuária dessas políticas sociais que continuam assistencialistas e mantêm a população pobre, grande parte miserável, vivendo abaixo da linha da pobreza excluída do direito à cidadania. 
 Em 1995, foi criado o Programa Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo e Degradante e a Comissão Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo. O Brasil tomou conhecimento que muitas crianças eram submetidas a trabalhos degradantes. Foi criado o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil. As famílias recebiam benefício monetário, desde que as crianças fossem para a escola. 
O Neoliberalismo sitema político econômico adotado durante o Consenso de Washington em 1989, veio na contramão da Constituição Cidadã recém comquistada no Brasil, estimulou através de normas comerciais o estado mínimo, adotando políticas fracionadas e desintegradas, deixando a população dependente dos benefícios públicos, desmobilizando, cooptando e controlando os movimentos sociais, acirrando ainda mais a questão social brasileira. 
O Serviço Social, como interlocutor no campo da defesa de direitos, tem promovido iniciativas bastante relevantes na defesa dos direitos humanos. Essa defesa é uma das diretrizes que integram o Projeto ético-político profissional do Assistente Social. Com a defesa, Serviço Social batalha para uma sociedade mais justa e igualitária.
Segundo Alchore (2014), um dos aspectos fundamentais para a legitimidade da política de assistência social está na participação dos cidadãos, através da sociedade civil organizada. Desta forma, busca-se a ruptura com a tendência histórica de segundo plano da sociedade civil ante ao Estado, pelo fortalecimento das formas democráticas de relação entre as esferas estatal e privada. Nesse contexto, através de uma perspectiva de consolidação do espaço de interlocução pública pela deliberação em conjunto de questões que dizem respeito ao coletivo, se expressa o frágil nível de publicização das relações e práticas sociais.
A instabilidade política, as crises financeiras e econômicas, além do ofensivo avanço neoliberalista, aliado a burocratização estatal, trouxeram dificuldades para que o estado gerisse com eficiência a assistência à população através das políticas públicas, deixando uma lacuna entre os compromissos firmados constitucionalmente, e a dificuldade de viabilização destes direitos, resultando no aumento da pobreza e da desigualdade social. 
Em meio a de tantos dilemas sociais, a sociedade civil diante da petrificação do estado no enfrentamento destas questões, organizou-se em movimentos para trabalhar com causas específicas, que vão desde projetos na área de educação, assistência social, saúde, meio ambiente, sustentabilidade, cultura, esporte, lazer entre muitos outros setores. 
É possível contatar ao longo da história brasileira que desde a época do Brasil Colônia já se contava com essas organizações, exemplos disso são as santas casas de misericórdia, cuja primeira unidade chegou ao Brasil juntamente com D. João VI. 
Do ponto de vista do Serviço Social vários autores inclusive COSTA. F. S (2003) afirma que “não se pode tirar do estado o papel central de formulador, controlador e executor das políticas públicas e sociais, mas também nem tampouco desmerecer a importância das organizações do terceiro setor no enfrentamento à questão social contemporaneamente”. 
2.4. Terceiro Setor 
O Terceiro Setor é formado por instituições privadas, sem fins lucrativos onde suas finalidades são alcançar o bem estar social. São constituídas voluntariamente por pessoas que dividem um mesmo interesse.
A primeira característica do terceiro setor encontra-se na própria origem das organizações, que nascem devido às intenções e ações realizadas por particulares, que agrupadaspassam a ser chamadas de sociedade civil, porém estas ações são destinadas a busca de benefícios e direitos sociais.
A segunda característica está no fato de essas entidades não perseguirem o lucro como as comerciais e nem serem submetidas ao controle estatal como na administração pública, não distribuem resultados financeiros positivos com seus associados ou empregados e por mais que mantenham vínculo com o Estado através de parcerias não são públicas.
A terceira particularidade para se destacar é a participação do voluntário, que atua a favor da manutenção e sobrevivência das organizações, essa participação ocorre normalmente de forma direta no gerenciamento e nas atividades desenvolvidas, contribuindo para que busquem efetivamente seus objetivos sociais.
As instituições do terceiro setor devem ser legalmente constituídas e ter a capacidade de gerir suas próprias atividades e recursos, por isso é imprescindível que tenha natureza jurídica, podendo ser uma associação ou fundação e que utilize boas práticas de gestão e de controle.
Portanto o terceiro setor é um conjunto de práticas e valores que privilegia e estimula a iniciativa individual ou coletiva, a solidariedade, a filantropia, a ajuda mútua e o voluntariado, sem obtenção de lucro. Neste contexto o assistente social é responsável por defender e formular programas sociais com ações que promovam a educação, o trabalho, a defesa da criança e adolescente, além de empresas, entidades assistenciais e ONGs.
O profissional deve compreender os problemas e as relações sociais, o contexto político e socioeconômico na busca de qualidade nos serviços prestados, deve conhecer as instituições e entender todo o contexto social, as políticas sociais e as relações com outros órgãos, além de caracterizar sua atuação em conformidade com o projeto ético político da profissão, pautando suas intervenções numa atuação mais técnica, desvinculando-se de práticas assistencialistas e caritativas. 
2.5. gestão do Terceiro Setor e a intervenção do assistente social.
 Essa postura tem sido dificultada por um processo contraditório e até mesmo cruel, pois a legislação social trouxe toda uma proposta política e técnica na qual devem se pautar essas organizações para uma atuação qualitativamente diferenciada das práticas assistencialistas e caritativas que historicamente marcaram a atuação dessas organizações. Novas ferramentas e novos paradigmas necessitam ser buscados para um gerenciamento que lhes garantam a sobrevivência com atuação de qualidade social, em função disso, podemos apontar alguns pilares que, atualmente, são sustentadores das organizações do terceiro setor: voluntariado forte, organizado e participativo; articulação e integração dos setores técnico e administrativo; planejamento como instrumento principal de gestão; o trabalho em “rede” e gestão participativa.
Compreender o cenário do Terceiro Setor também não é fácil, mesmo porque há uma diversidade muito grande de organizações que o integram, constituídas juridicamente como associações ou fundações , laicas ou de confissão religiosa. A abrangência de suas ações vai desde a prática puramente assistencialista e caritativa até pesquisas científicas financiadas por empresas ou instituições privadas, que buscam respostas para as grandes questões sociais, educacionais, ecológicas, dentre outras.
Considerando a sua dimensão, é fato que o Terceiro Setor tem ocupado e desempenhado um papel de vital importância na dinâmica de uma sociedade, cujos cidadãos estão mais conscientes e convictos de seus direitos, mas, sobretudo, da importância de sua participação no processo de transformação de realidades que não apenas oprimem e massificam, mas também podem destruir o ser humano. 
Diante dos conceitos, características, desafios, diversidade e do processo de configuração do terceiro setor, no cenário brasileiro, não há como negarmos a importância da atuação de diferentes profissionais, na perspectiva da ação interdisciplinar, tendo em vista o caráter profissional e técnico que os serviços prestados por esse setor necessitam assumir. Para tanto, há a necessidade do reordenamento administrativo e técnico dessas instituições, significando a construção de instrumentos e ferramentas de gestão adequadas às suas especificidades e singularidades. 
Nesse processo, profissionais de diferentes áreas podem contribuir significativamente e, dentre estes, o assistente social tem importante atuação, considerando a sua especificidade profissional.
 A compreensão do que vem a ser o terceiro setor, suas características, desafios e forma de gestão se constitui em um desafio primordial para todos aqueles que desejam atuar nesse contexto. As transformações políticas, sociais, econômicas e legais, ocorridas ao longo dos últimos vinte anos, determinaram novas diretrizes que trouxeram a necessidade de reordenamento da estrutura funcional e organizacional dessas instituições.
Em decorrência, há a necessidade de ferramentas e instrumentos de gestão institucional específica ao terceiro setor. Fundamentos teóricos e metodológicos da gestão pública e/ ou da gestão empresarial podem contribuir para a construção da gestão do terceiro setor, mas sem a simples transferência e adaptação de conceitos e paradigmas. São contextos diferentes, com características, interesses e objetivos específicos à natureza de cada setor. Por se constituírem em organizações da sociedade civil que atuam com finalidade pública têm a sua especificidade de atuação.
Portanto, a gestão institucional no terceiro setor ainda é um processo em construção. A atuação de profissionais competentes, comprometidos e participativos se faz de fundamental importância, dentre eles, o assistente social. Há a necessidade da inserção profissional, nesse contexto, ocorrer de forma equilibrada e cuidadosa, crítica e construtiva, discernindo claramente a contribuição que o assistente social pode trazer para um trabalho de qualidade social no âmbito do terceiro setor.
3. CONCLUSÃo
É com um misto de alegria, alívio e saudade que encerramos o nosso último Portfólio do Curso de Serviço Social (2016 – 2019) da faculdade EAD Unopar – Unidade Cascavel. Foram quatro anos de muito trabalho e dedicação, além de descobertas fascinantes sobre o estudo da sociedade em que vivemos e os caminhos que a humanidade percorreu para chegar até o presente. 
Falar sobre o Assistente Social é o mesmo que falar em “integração”, esse profissional representa pontos de ligação entre os diferentes segmentos e setores da sociedade atual, que vão desde a esfera pública, privada e ao terceiro setor. 
Se hoje podemos ao menos cobrar políticas públicas é porque no passado alguém lutou para que esse fato fosse realidade nos dias atuais. Lutar, cobrar, garantir tem que ser marcas indeléveis de todos os assistentes sociais, não há como realizar um trabalho de qualidade, se este profissional não esteja em consonância com o projeto ético político profissional.
Enfim a Política Nacional de educação como todas as demais políticas foi marcada pelas transformações constitucionais 1988 e também pela LDB (1996), estas seguidas de demais legislações transformaram as bases e diretrizes da educação brasileira.
 Por mais que há um grande caminho ainda a percorrer em direção a erradicação dos antigos problemas educacionais brasileiros como o analfabetismo, o abandono escolar, a inclusão dos diferentes perfis de alunos, acreditamos na evolução e no progresso, através de lutas e muito trabalho, já que os problemas educacionais brasileiros são estruturais e conjunturais, talvez não possamos constatar grades avanços atualmente, mas frutos nas próximas gerações.
 É realmente lastimoso que ainda não há assistentes sociais presentes em todas as esferas educacionais contemporaneamente, fato este que contribuiria diretamente para o fortalecimento dos compromissos firmados nas legislações educacionais. 
O terceiro setor conquistou um importante espaço no enfrentamento às expressões das questões sociais atualmente, há de se admitir que este sejaum segmento em constante crescimento e ascensão e também a grande oferta de vagas de trabalho para assistentes sociais, se valendo dos conhecimentos teóricos e papel mediador deste profissional.
Enfatizando de que do ponto de vista das ciências sociais não se pode de forma alguma transferir o papel central do estado neste processo, então o grande desafio é que este profissional esteja consciente do processo evolutivo da humanidade, transforme suas intervenções e também a da própria instituição em não meramente de caráter filantrópico e caritativo, mas incorpore seus princípios éticos profissionais para contribuir de forma contextualizada em todo processo, encarando cotidianamente a população atendida como sujeitos de direitos e contribuindo para emancipação social da população atendida. 
4. REFERÊNCIAS
A legislação federal brasileira e a educação de alunos com deficiência. Disponível em: https://www.diversa.org.br/artigos/a-legislacao-federal-brasileira-e-a-educacao-de-alunos-com-deficiencia/. Acessado em: 08 de outubro de 2019.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm . Acesso em: 09 de outubro de 2019. 
BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm. Acesso em: 09 de outubro de 2019.
Marcos legais da educação infantil inclusiva. Disponível em: https://www.diversa.org.br/artigos/marcos-legais-da-educacao-infantil-inclusiva/?gclid =CjwK CAjw7LrBRB6EiwAhh1yX6BUR6oWvk9vX5cyYEdykqV8ArcU6h8qcV7Xs 4tqi89zpn1iKIEH2BoCdl4QAvD_BwE. Acessado em: 08 de outubro de 2019.
O que são as políticas educacionais. Disponível em: https://blog.unyleya.edu.br/insights-confiaveis/o-que-sao-as-politicas-educacionais/. Acessado em: 08 de outubro de 2019.
COSTA, S. F. O Espaço contemporâneo de fortalecimento das organizações da sociedade civil, sem fins lucrativos: o Terceiro Setor em evidência. IN: O Desafio da Construção de uma Gestão Atualizada e Contextualizada na Educação Infantil: um estudo junto às creches e pré-escolas não governamentais que atuam na esfera da assistência social, no município de Londrina-Pr. 2003; 233p. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade de São Paulo – USP
________. Gestão de Pessoas no Terceiro Setor. In: Revista Integração (eletrônica), CETS/FGVSP, novembro de 2003.
________. Gestão de Pessoas em Instituições do Terceiro Setor : uma reflexão necessária. In: Revista “Terra e Cultura”, de Jul - Dez/2002, do Centro Universitário Filadélfia –UNIFIL.
FALCONER, A. P. A promessa do Terceiro Setor - um estudo sobre a Construção do Papel das organizações Sem Fins Lucrativos e do seu Campo de Gestão. 1999, 152p. Dissertação (Mestrado em Administração) - Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo - USP, SP. 
PIANA, M. C. A construção do perfil do Assistente Social no cenário educacional. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2009. (anexo)
Serviço Social é uma profissão que atua na defesa dos direitos humanos. Disponível em: http://hs.toledoprudente.edu.br/blog-de-servico-social/servi%C3%A7o-social-%C3%A9-uma-profiss%C3%A3o-que-atua-em-defesa-dos-direitos-humanos. Acessado em 11 de outubro de 2019. 
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O trabalho do assistente social no terceiro setor: a superação de dificuldades e a construção de caminhos. Dissertação de Mestrado. Acessado em meio eletrônico:https://tede2.pucsp.br/bitstream/handle/17926/1/Lidia%20Lopes%20da%20Silva .pdf. Acessado em 16 de outubro de 2019. 
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