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ASSISTENTE SOCIAL NA EDUCAÇÃO

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UNIVERSIDADE PAULISTA
FABIANA DE FREITAS
SERVIÇO SOCIAL NA EDUCAÇÃO: 
UMA REFLEXÃO SOBRE A IMPORTÂNCIA DA INCLUSÃO DO ASSISTENTE SOCIAL NAS ESCOLAS
EXTREMA
2020
FABIANA DE FREITAS
SERVIÇO SOCIAL NA EDUCAÇÃO: 
UMA REFLEXÃO SOBRE A IMPORTÂNCIA DA INCLUSÃO DO ASSISTENTE SOCIAL NAS ESCOLAS
Trabalho de conclusão de curso para obtenção do título de graduação em Assistente Social apresentando a Universidade Paulista- UNIP
Orientador: Prof:
EXTREMA
2020
FABIANA DE FREITAS
SERVIÇO SOCIAL NA EDUCAÇÃO: 
UMA REFLEXÃO SOBRE A IMPORTÂNCIA DA INCLUSÃO DO ASSISTENTE SOCIAL NAS ESCOLAS
Monografia apresentada ao curso de Assistente Social apresentando a Universidade Paulista- UNIP, como parte integrante dos requisitos para obtenção do grau de Licenciatura, no curso de Licenciatura em Assistente Social.
Aprovado em: ____________/___________________ de 2020.
_________________________________________________________
Prof:
Aprovado em: ____________/___________________ de 2020.
_________________________________________________________
Prof:
Aprovado em: ____________/ ___________________ de 2020.
_________________________________________________________
Prof:
Para a Minha Família e a todos que contribuíram diretamente e indiretamente para a minha formação, pelo amor, carinho, compreensão e incentivo que se fizeram presentes no decorrer do curso e principalmente diante deste trabalho. Pelo incessante apoio nos momentos de êxito e aceitação nos momentos de perda e pela generosidade em compreenderem minhas ausências. A todos vocês que me mostraram com paciência e amor, que os sonhos podem ser bons, podem ser possíveis. Amo vocês!
AGRADECIMENTOS
	
A Deus, por me presentear com a vida e poder compartilhá-la com pessoas maravilhosas. Pelo refúgio, fortaleza e sabedoria nele encontrados nos momentos difíceis e decisivos ao longo dessa caminhada. Agradeço com emoção a todos que direta ou indiretamente participaram da realização deste trabalho, acompanhada de emoção que representa uma tarefa cumprida, um sonho que se torna possível.
Se não morre aquele que planta uma árvore e nem morre aquele morrer o educador, pois ele semeia nas almas e escreve nos espíritos. Bertold Brecht.
RESUMO:
Este trabalho justifica a importância de promover uma reflexão sobre os aspectos que perpassam pela atuação do Assistente Social dentro das escolas. Tal abordagem se justifica devido ao fato de que é importante a atuação dos Assistentes Sociais nas escolas atualmente. Nesse sentido, o reconhecimento de que a educação é de fundamental importância para o desenvolvimento da sociedade e é através dela que um país pode alcançar as transformações sociais necessárias para assim atingir o progresso. O objetivo principal desse estudo é trazer como ponto de partida uma análise fundamentada na teoria de autores que abordam os aspectos sociais que perpassam pela educação; o papel do Estado frente estes aspectos enquanto viabilizador de políticas de intervenção em prol de melhorias na educação e, nesse contexto, sobre a inserção do Assistente Social enquanto profissional que está apto para criar estratégias com o intuito de desenvolver nos alunos habilidades, estimulando os mesmos a criarem formas para o enfrentamento dos conflitos que eles vivenciam e, assim, tornar as crianças mis autônomas. Nesta perspectiva, procura-se discorrer sobre os motivos pelos quais a presença deste profissional é essencial para que a função social da escola seja efetivada, a qual implica em ser um espaço que proporciona o acesso ao conhecimento e, consequentemente, promove mudanças nos âmbitos sociais, históricos, econômicos e culturais.
Palavras-chave: Escolas. Aspectos Sociais. Serviço Social.
ABSTRACT
This work justifies the importance of promoting a reflection on the aspects that go through the work of the Social Worker within schools. Such an approach is justified due to the fact that the role of Social Workers in schools today is important. In this sense, the recognition that education is of fundamental importance for the development of society and it is through it that a country can achieve the social transformations necessary to achieve progress. The main objective of this study is to bring as a starting point an analysis based on the theory of authors that address the social aspects that go through education; the role of the State in relation to these aspects as an enabler of intervention policies in favor of improvements in education and, in this context, on the insertion of the Social Worker as a professional who is able to create strategies in order to develop skills in students, encouraging them to create ways to face the conflicts they experience and, thus, make mis children autonomous. In this perspective, we seek to discuss the reasons why the presence of this professional is essential for the social function of the school to be effective, which implies being a space that provides access to knowledge and, consequently, promotes changes in social spheres , historical, economic and cultural.
Keywords:Schools. Social aspects. Social service.
SUMÁRIO
	
	 INTRODUÇÃO.......................................................................................................10
	
	1.EDUCACÃO NO BRASIL: Sistema e Diretrizes..............................................12
1.1 A Educação Instituída como um Direito Social..................................................14
2.SERVIÇO SOCIAL: HISTÓRICO DA PROFISSÃO....................................17
3.0 AÇÕES DO ASSISTENTE SOCIAL..............................................................20
4.ATRIBUIÇÕES DO ASSISTENTE SOCIAL NO ÂMBITO ESCOLAR......23
4.1 TRAJETÓRIA DO SERVIÇO SOCIAL NA EDUCAÇÃO...............................28
5.BASE LEGAL: Projeto de lei em tramitação....................................................31
 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................33
 REFERÊNCIAS .....................................................................................................36
	
	
	
	
INTRODUÇÃO
     A educação é de fundamental importância para o desenvolvimento da sociedade e é através dela que um país pode alcançar as transformações sociais necessárias para assim atingir o progresso. Neste sentido, nota-se que estudos recentes destacam a importância do Serviço Social no âmbito escolar no qual desenvolve uma prática de suma importância para a efetivação de direitos ligados a vários segmentos. Vale ressaltar que é somente através de mobilizações, discussões, organizações e luta diária que irá construir uma prática voltada para buscar mudanças na atual conjuntura.
Por isso, é interessante analisar que os processos educacionais e os processos sociais mais abrangentes de reprodução ambos estão intimamente ligados, assim, torna-se necessário que se tenha um entendimento sobre os aspectos da educação escolar atual considerando, como parte importante nesse estudo, a influência dos problemas sociais na vida dos alunos e as suas coparticipações existente no mundo.
A escola é um espaço institucional e legítimo de promoção da educação, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) a educação deve estar vinculada “ao mundo do trabalho e a prática social”, ressaltando, também, que o artigo 1º estabelece que:
A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais (BRASIL, 1996).
    
Assim sendo, deve-se prezar por um ambiente educacional que priorize a formação dos sujeitos para a cidadania, orientando-os acerca dos seus direitos e deveres; instruindo-os e educando-os para que haja a superação da desigualdade e exclusão sociais; e estimulando-os a tornarem-se sujeitos autônomos. Diante disso, considera-seque a escola constitui-se um dos espaços de intervenção do Assistente Social, já que este profissional é habilitado para atuar no enfrentamento das mazelas sociais através do acompanhamento social das famílias, do fortalecimento dos vínculos das mesmas e do desenvolvimento de suas potencialidades a fim de alcançarem a emancipação social (FALEIROS, 2010).
Em um país extremante desigual e capitalista, muito cedo crianças e os adolescentes vindas de família de baixa renda, são obrigadas a trabalhar e abrem mão ao direito a infância e juventude em situações sub-humanas, com a intenção e obrigação de auxiliar a renda domiciliar. Porém, espera-se que com esta pesquisa, a busca por respostas sobre este assunto não pare por aqui, e resgate uma reflexão pertinente acerca do universo educacional e a atuação do Assistente Social.
De tal modo foi levantado questões pertinentes as necessidades básicas para se ter uma vida digna, onde de acordo com a Constituição Federal de 1988, o art. 6° menciona que são direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados na forma desta Constituição.
Abordarei com essa pesquisa em primeiro lugar, a introdução do Serviço Social no âmbito escolar e sua contribuição, falarei também sobre a trajetória da escola, as questões sociais nas escolas e as políticas sociais, logo após apresentarei a história da profissão do serviço social e sua relevância para a sociedade como um todo, principalmente para esse público alvo, além das leis que dirigem a profissão.
Diante disso, para contemplar o tema proposto este estudo pretende discorrer sobre a ação do Assistente Social nas escolas, falar um pouco sobre a influência do mesmo na Educação. A pesquisa partiu do pressuposto diante as questões sociais, indagando-se como o assistente social pode fazer para contribuir com crescimento do ser humano.
1. EDUCACÃO NO BRASIL: Sistema e Diretrizes
A organização do Sistema Educacional Brasileiro funciona por meio dos sistemas de ensino da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, tendo a Constituição Federal de 1988 e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), instituída pela lei nº 9394, de 1996, com bases nas leis que regem ao sistema educacional brasileiro que está em vigor atualmente na vida escolar dos alunos.
Tal abordagem estabelece a finalidade da educação no Brasil, como esta deve estar organizada, quais são os órgãos administrativos responsáveis, quais são os níveis e modalidades de ensino, entre outros aspectos em que se define e se regulariza o sistema de educação brasileiro com base nos princípios presentes na Constituição.
Os órgãos responsáveis pela educação, em nível federal, são o Ministério da Educação (MEC) e o Conselho Nacional de Educação (CNE). Em nível estadual, temos a Secretaria Estadual de Educação (SEE), o Conselho Estadual de Educação (CEE), a Delegacia Regional de Educação (DRE) ou Subsecretaria de Educação. E, por fim, em nível municipal, existem a Secretaria Municipal de Educação (SME).
 A atual estrutura do sistema educacional regular no Brasil consiste na educação básica, sendo a educação infantil, ensino fundamental e ensino médio, e a educação superior. Os municípios têm a função educacional de atuar no ensino fundamental e na educação infantil, já os Estados e o Distrito Federal são responsáveis pelo ensino fundamental e ensino médio. 
De acordo com o art. 21 da Lei n.º 9.394/96, a educação escolar (não a educação básica), além das três citadas anteriormente, compõe-se também do nível superior.
Outras modalidades brasileiras de ensino são:
· Educação de jovens e adultos (ensino fundamental ou médio);
· Educação profissional ou técnica;
· Educação especial;
· Educação a distância (EAD);
 Entre suas principais atribuições está em elaborar o Plano Nacional de Educação, organizar, manter e desenvolver os órgãos e as instituições oficiais do sistema federal de ensino e o dos territórios, prestar assistência técnica e financeira aos estados, Distrito Federal e municípios, estabelecer competências e diretrizes para a educação básica, cuidar das informações sobre o andamento da educação nacional e disseminá-las, baixar normas sobre cursos de graduação e pós-graduação, avaliar e credenciar as instituições de ensino superior.
No Brasil, ainda sentimos os respingos do sistema discriminatório que no início, na época do Brasil colônia, não dava oportunidade para os negros, pobres, índios, portadores de necessidades especiais de terem acesso a educação. Nesse período na história apenas os brancos, ricos e tidos como “normais” tinham acesso e direito de frequentar a escola.
 Atualmente, após grandes mudanças nas leis e intensas campanhas de conscientizações, algumas mudanças podem ser sentidas nesse sentido, hoje conforme a Constituição Federal de 1988 a “Educação é direito de todos e dever do Estado”, portanto todo cidadão Brasileiro tem direito garantido a educação de qualidade.
A partir da Constituição Federal de 1988 a criança passou a ser considerada como sujeito de direito e, sobretudo com direitos garantidos por ser um indivíduo em processo de formação e desenvolvimento. Nesse momento a educação aos pobres e menos favorecida deixou de ser tratada como caridade e sim como direito.
Em 1990 o Estatuto da Criança e do adolescente (ECA) veio como reforçador desses direitos, passando o educando a ser amparado por políticas públicas especificas para cada fase de desenvolvimento e também nomeando a família, a sociedade e o poder público como responsáveis por garantir tais direitos com prioridade e total atenção.
1.1 A Educação Instituída como um Direito Social 
 No Brasil, apesar da educação ser pauta de interesses nas discussões da sociedade desde o início, quando o país ainda era dominado pela Corte portuguesa, sendo primeiramente pensada para os índios com o intuito de doutrina-los e catequizá-los, demorou para ser reconhecida e garantida a todos os cidadãos e, apesar de atualmente, em pleno século XXI, termos como um direito na nossa Constituição Federal, não é exercido como deveria pelos governantes brasileiros. 
 Em 1821, a Regência do Reino Português assinou um decreto permitindo o ensino e a abertura de escolas a qualquer cidadão, responsabilizando o Estado e a iniciativa privada, como também, a família e a igreja. A ligação entre essas instâncias acabou por caracterizar-se como uma falha, já que a inciativa privada restringe-se a um público ligado aos interesses do mercado, resultando em formas e normas diferenciadas de ensino e, assim, a desigualdade entre classes. 
Em 1824, dois anos depois do Brasil ter ganhado sua independência, foi criada a primeira Constituição brasileira, sendo constituída pelo Poder Moderador, Judiciário, Legislativo e Executivo. Ela foi desenvolvida com o intuito de legitimar o novo império, dar estabilidade a todos os cidadãos, garantindo seus direitos e deveres diante da sociedade. Visava a liberdade, a segurança individual e a propriedade. 
A educação diante daquela Constituição tinha como um dos princípios a liberdade de ensino sem restrições e a intenção de instrução primária gratuita. Com a criação da Lei Geral do Ensino em 1827, ela passou a ser responsabilidade de cada província, em que ficaram encarregadas de organizar e administrar os ensinos primários e secundários; e foram determinadas a criação das escolas de primeiras letras em várias regiões. A partir de 1834, com um Ato Adicional, as universidades também passaram a ter visibilidade, sendo chamadas de “escolas livres”. (LOPES; FILHO; VEIGA, 2003)
Com a proclamação da República dada por um golpe militar, em 1889, realizada pelo Marechal Deodoro da Fonseca a fim de acabar com o Império, o povo passou a ser mais ativo às decisões referentes ao governo brasileiro e seus direitos e deveres passaram a ser regulamentados por uma Constituição republicana, criada em1891, que organizava o ensino de forma dualista. De acordo com Monteiro (2014),
A Constituição Republicana de 1891, preocupou-se em discriminar a competência legislativa da União e dos Estados em matéria educacional. Coube à União legislar sobre o ensino superior enquanto aos Estados competia legislar sobre o ensino primário e secundário, embora tanto a União quanto os Estados pudessem criar e manter instituições de ensino superior e secundário. Esta Constituição determinou a laicização do ensino nos estabelecimentos públicos. (p. 2).
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação de 1961 apresentava em seu texto, no Art. 2°, que “A educação é um direito de todos e será dada no lar e na escola” (SAVIANI, 1944, p.73). Porém, devido aos empecilhos políticos, essa LDB acabou não sendo executada de acordo com os objetivos apresentados pelo artigo 1°, falhando assim, com o desenvolvimento da educação.
Após o Golpe Militar de 1964, uma nova Constituição Federal entra em vigor no ano de 1967, adotando um modelo autoritário e fortalecendo o Poder Executivo. Porém, devido a insustentabilidade do governo, principalmente pelas criações de 26 vários Atos Institucionais, uma emenda Constitucional é criada em 1969, com o intuito de modificar esse conjunto de leis, deixando-a ainda mais antidemocrática.
 Em relação à educação, a Constituição de 1967 valorizou cada vez mais o ensino privado, dando uma maior oportunidade aos que tinham condições de pagar pelo ensino formal, pois, como exposto no artigo 168, a educação era dever da escola e da família, com amparos do Poder Público quando necessário. Contudo, o cidadão das classes populares só teria chance de entrar gratuitamente nessas instituições de nível médio e superior, se “comprovasse insuficiência de recursos; limitação da liberdade acadêmica; além da diminuição do percentual de receitas vinculadas para a manutenção e desenvolvimento do ensino”. (COELHO, 2009, p 4).
 No ano seguinte, 1968, a lei n° 5.540 é aprovada fixando “normas de organização e funcionamento do ensino superior e sua articulação com a escola média, além de outras providências.” (ENCICLOPÉDIA BARSA UNIVERSAL, 2004, p.308).
 Fazendo referências aos anos 1980, Barbosa (2015), ressalta que o fim da Ditadura Militar, em 1985, devido aos diversos movimentos contrários ao governo, sendo um deles o “Diretas Já”, acabou por influenciar na realização de novas eleições. Nesse cenário, entra em vigor a Constituição Federal de 1988, voltada para um viés democrático e valorizando os direitos sociais e individuais de cada cidadão brasileiro. A Constituição de 1988 ora vigente, expressa uma atenção às políticas sociais e demandas públicas e privadas da nossa sociedade. A educação é reconhecida como um direito para todos os cidadãos brasileiros e um dever do Estado e da família.
Com a constituição de 1988, se instituiu um novo projeto do Plano Nacional de Educação em 1998. Contudo, só chegou a vigorar, aprovado por lei, em 2001 até 2010, sendo substituído, com a Lei nº 13.005/14, pela PNE de 2014-2024 que, como exposto por Lessa (2013), teve seu projeto enviado em 2010. 
 Esse novo plano, visa, de acordo com o artigo 2°, a erradicação do analfabetismo como também uma qualidade de ensino a todos. Porém, devido aos problemas políticos e ao sistema capitalista que se pauta pela exploração de classes, há limitações na efetivação dessa PNE. Com a realidade desigual que nós vivemos e o anseio por tornar o ensino formal viável para todos os cidadãos, a “inclusão social” também passou a ser umas das principais pautas de debate na história da educação enquanto direito social, na perspectiva de incluir crianças, adolescente, jovens e adultos, expostos a uma vida precária de vulnerabilidade e riscos sociais, como também efetivar o acesso à educação aos estudantes com deficiência e aos negros, sobre os quais se apresenta uma trajetória de dificuldades e discriminações no acesso à educação formal. 
 Contudo, como exposto nos subsídios do CFESS (2001), mesmo a educação tendo sido constituída como direito social, sendo fundamental para ser ter uma sociedade democrática e igualitária, as relações sociais pautadas a uma realidade voltada a reprodução do capital bem como, a ineficiência do governo diante dos investimentos ou incentivos, faz com que essa política pública seja precarizada.
2. SERVIÇO SOCIAL: HISTÓRICO DA PROFISSÃO
O Serviço Social é uma profissão que possui um interessante histórico. Com origem dentro da Igreja Católica, seus fundamentos foram estruturados no final do século 19 e coincidem com o início do processo de industrialização e do crescimento da população urbana.
 O surgimento do Serviço Social no Brasil, bem como, sua institucionalização, está inserido nas décadas de 1930 e 1940, e não deve ser entendido como um acontecimento isolado ou natural, pelo contrário, deve ser considerado o resultado de dois processos que, relacionados, geraram as condições sócio históricas necessárias para que a profissão iniciasse seu percurso histórico no cenário brasileiro. 
 Segundo Iamamoto (2011), a gênese do Serviço Social no Brasil, enquanto profissão inscrita na divisão social do trabalho está relacionada ao contexto das grandes mobilizações da classe operária nas duas primeiras décadas do século XX, pois o debate acerca da questão social, que atravessa a sociedade nesse período, exigia um posicionamento do Estado, das frações dominantes e da Igreja.
Neste período, o país passava por um período turbulento, com diversas manifestações da classe trabalhadora, que reivindicava por melhores condições de trabalho e justiça social. Com a pressão, o governo decide controlá-la através da criação de organismos normatizadores e disciplinares das relações de trabalho, como o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio.
 A Igreja passou a oferecer uma formação específica para moças de famílias tradicionais com intuito de exercer ações sociais. Assim, surgiu em 1936 à primeira Escola de Serviço Social, em São Paulo, coordenada por Albertina Ferreira Ramos e Maria Kiehl, ambas sócias do Centro de Estudos de Ação Social, vinculado a Igreja Católica.
 Nos anos 1940 e 1950, o Serviço Social brasileiro passou a receber grande influência norte-americana, sendo muito marcado pelo tecnicismo. Nestas décadas, se destacou uma base positivista e funcionalista e sistêmica, que bebia na fonte da psicanálise e da sociologia.
 Entre os anos 60 e 70, iniciou-se um movimento de renovação da profissão, que buscou a atualização do tradicionalismo profissional e uma ruptura com o conservadorismo. Já no final da década, em 1979, ocorreu o Congresso da Virada, um marco para o Serviço Social no Brasil. Nesse evento, a profissão se tornou laica e passou a fazer parte das Ciências Sociais.
Já na década de 90, o Serviço Social começou a tomar grandes dimensões no mundo e no Brasil, especialmente em relação a questões sociais e que ferem os direitos acidadania, moral e ética. Com a ampliação de seus campos de atuação, ele passou a atuar no chamado terceiro setor, nos conselhos de direitos e a ocupar funções de assessoria.
Nessa mesma época, devido às mudanças ocorridas tanto na sociedade, quanto na categoria, a profissão foi regulamentada pela Lei 8662, de 7 de junho de 1993, que legitima o Conselho Federal de Serviço Social e os Conselhos Regionais.
Nos anos 2000, aumentou a discussão em torno da eficiência das políticas sociais e do agravo da questão social. Com isso, também cresceu o número de cursos de graduação pensando em garantir uma ampliação da categoria do Serviço Social, nos mais diversos setores da sociedade.
O trabalho do assistente social permite uma atuação para efetivação das políticas públicas e da gestão social e das políticas sociais. As exigências do trabalho social do assistente social se pauta apenas ao mero emprego que até mesmo com as lutas reivindicatórias da categoria para definir a atuação do campo profissional se limita as funções, até então não reconhecidos suas competências,mas através das ações das sociedades reconhecendo a profissão como importante para garantir os direitos e deveres das ações das políticas públicas.
É preciso atuação forte, lutando para reconhecer os campos e projetos de ação da categoria profissional, pois o trabalho impõe certos limites e possibilidade de efetivação do campo em ação. O assistente social tem o papel de fazer valer a implementação e execução das políticas pública e atender as reivindicações da população.
A questão que envolve o assistente social e na área de atuação não se encontra na profissão como ato de filantropia, mas uma possibilidade de atuar em conformidade com os possibilidades e limites da realidade social.  A ilusão desfocada da realidade não se encontra no assistente social e sua profissão, pois esta visão ilusória da realidade não condiz com sua atuação.
O trabalho efetuado pelo profissional é de trabalhar e desenvolver atividades voltadas para a realidade social da programação no sentido de ver e resolver os problemas sociais é um trabalho coletivo externo a sociedade e o profissional.
O senso comum, pensa e reflete que a atuação do assistente social se limita a filantropia, mas isso é um conceito deturpado da área de atuação do profissional, o assistente social é um trabalhado especializado é um profissional liberal. O profissional faz parte do trabalho social que envolve prestação de serviços e atendimento às necessidades da realidade social, distribuição dos valores, mas um conjunto de trabalhos de conscientização da aplicabilidade dos benefícios empregados. É a chamada atuação no campo das propostas de caratês político ideológico. 
O Serviço Social é uma profissão de nível superior e hoje que se consolidou com uma formação voltada para os direitos humanos, políticas públicas, políticas da infância e juventude, dentre outros temas. Na graduação, o estudante é preparado para lidar com os desafios da sociedade atual e adquirir conhecimentos e habilidades para atuar na promoção da cidadania e da justiça social.
3.0 AÇÕES DO ASSISTENTE SOCIAL
A profissão de Serviço Social é demandada pela sociedade para a intervenção na vida da família, trabalhando de modo a implementar políticas sociais que façam o enfrentamento das sequelas da questão social, materializando os direitos do cidadão, promovendo a coesão social. É no cotidiano que o assistente social atende individualmente, faz grupos, reuniões, planeja, emite relatórios e recomeça tudo no dia seguinte. A vida cotidiana, segundo Heller (2008), é o espaço da vida, onde se participa com todos os aspectos da personalidade, requerido a todo momento para respostas imediatas a diferentes questões.
Como profissão, em sete décadas de existência no Brasil e no mundo, ela se ampliou e vem ampliando o seu raio ocupacional para todos os espaços e recantos onde a questão social explode com repercussões no campo dos direitos, no universo da família, do trabalho e do não trabalho, da saúde, da educação, dos idosos, da criança e dos adolescentes, de grupos étnicos que enfrentam a investida avassaladora do preconceito, da expropriação da terra, das questões ambientais resultantes da socialização do ônus do setor produtivo, da discriminação de gênero, raça, etnia, entre outras formas de violação dos direitos. Tais situações demandam ao Serviço Social projetos e ações sistemáticas de pesquisa e de intervenção de conteúdos mais diversos, que vão além de medidas ou projetos de Assistência Social.
O serviço social se insere no âmbito escolar para correlacionar na educação e comportamento do alunos no cotidiano educacional, sabendo-se que quase sempre as relações sociais exercem grandes influências sobre as atitudes de um indivíduo. Assim entende-se que o processo de socialização é o a inicialização para as mudanças de comportamento e atitudes.
O processo de socialização inclui a modelagem e o desenvolvimento da personalidade, motivação, atitude e, mesmo, da percepção através de contatos com outras pessoas. É um processo de aprendizagem social pelo qual a criança adquire as habilidades, costumes e atitudes daqueles junto aos que cresce; sua família, colegas, professores e outros com quem entra em contato frequentemente. (Henneman 1985 aput.107).
A escola é quem tem o papel de fazer essa interação de forma saudável com a presença do profissional de assistente social afim de abranger as necessidades básica da família e por sua vez da comunidade tornando todo o trabalho social mais eficaz e continuo. Pois o assistente social surge na escola para unir todos os envolvidos, sejam professores, diretores, alunos pais e familiares, englobando o objetivo de conhecer e desenvolver os aspectos positivos de indivíduos ou até mesmo de grupos através de práticas que explorem o potencial de cada um.
Uma das alternativas para explorar o potencial de cada estudante é a pratica de atividades físicas, que embora muitas vezes seja obrigada para alguns alunos por se tratar de uma disciplina no calendário escolar, ela pode ser incentivada de outras formas e explorando diversas opções. 
Marinho (1993) acredita que as atividades de Educação Física podem atuar no melhor comportamento do aluno, principalmente nas suas atitudes e porventura até mesmo em sua personalidade.
A aula representa a unidade pedagógica e organizativa básica essencial do processo de ensino. Constitui o verdadeiro ponto de rotação do pensamento e da ação do professor. (DREWS, FUHRMANN E BAESKAN apud BENTO, 1987).
AUTHUSSER aponta a escola a importância do papel de educar o cidadão para conviver e se relacionar com outras pessoas, fazendo com que o aluno seja capaz de respeitar as diferenças e estabelecendo uma saudável comunicação. 
A família precisa trabalhar mais a relação entra ambiente familiar e escola, porque enquanto a falta de respeito e entendimento entre as diferenças permanecer o bullying, um tema muito abordado durante as questões escolares enfrentadas pelas crianças ficara mais forte, pois tem de se educar os jovens para uma referência diferente da que conhecem. Os alunos devem seguir uma referência de valores instaurada unicamente pela convivência como relação de pais e filhos, professores e alunos, alunos e profissionais inseridos no espaço escolar.
Os profissionais como educadores e gestores, e por ventura também os pais precisam trabalhar mais essa relação do ambiente familiar e escolar, onde a falta de convivência e de interação farão com que o bullying ganhe mais força. Tende-se a educar os jovens alunos a obterem um modelo em seu modo de vida, pois as únicas referencias que se consegue observar por parte da sociedade é a corrida em busca do poder. Essas referências e valores podem ser resgatados no espaço escolar se trabalhados em conjunto com pais e alunos e principalmente colegas e professores, formando um grupo que ajuda e evita todos os envolvidos na questão do bullying, seja ele vitima ou agressor, obtendo assim relações saudáveis que edifica modelo de paz e solidariedade.
A responsabilização é da família na conduta das crianças na escola, pois é em casa que o sujeito deve aprender a moral, a ética e seus direitos e deveres (COUTINHO, RIBEIRO e BARRETO, 2012, p. 90).
A escola deve fazer parceria com a família, possibilitando maior estimulo para os estudos e possibilitando a diminuição da violência na escola. Segundo Lopes Neto (2005, p. 169), “o fenômeno bullying é complexo e de difícil solução, portanto é preciso que o trabalho seja continuado”. Sendo assim o assistente social pode planejar ações para ampliar a consciência da pratica de bullying e suas consequências construindo uma rede de apoio às vítimas e a sensibilização do agressor sobre seus atos ensinando-lhes ética e respeito às diversidades.
Pode-se ainda promover junto aos professores e gestores programas que contribuam para o conhecimento do tema fornecendo informações sobre a pratica de bullying e suas consequências e também promovendo diálogo entre vítimas, agressores e comunidade escolar correlacionando inclusivamente ao ECA. A pratica do Estatutoda Criança e Adolescente visa o fortalecimento dos direitos e em contrapartida ao processo de aprendizagem trabalhando sua autoestima.
Contudo a contribuição do assistente social para a educação fomenta uma qualidade substancial na instituição de ensino, onde as dificuldades básicas como evasão escolar, violência e ineficiência na aprendizagem podem ser reduzidas consideravelmente norteando uma nova realidade.
4.0 ATRIBUIÇÕES DO ASSISTENTE SOCIAL NO ÂMBITO ESCOLAR.
 	A escola é um dos principais equipamentos sociais e tem sido desafiada cotidianamente em articular o conhecimento que é trabalhado no contexto escolar com a realidade social do aluno, ou seja, seus problemas e necessidades. Neste sentido, se tornam essencial e fundamental que a escola comece a conhecer a realidade social dos seus alunos, podendo também encurtar a distância que a separa do universo familiar.
Ela é a reprodução social das classes, ou seja, é uma instituição onde se deve elaborar o conhecimento e os valores sociais dos sujeitos. E, mais que isso, a escola deve ser capaz de preparar os indivíduos para a vida em sociedade. Dá-se, nessa perspectiva, a importância do trabalho com grupos de famílias no contexto escolar, a fim de fortalecer e encaminhar para a sociedade, não somente as crianças e adolescentes, como também seus pais.
 O Assistente Social tem experiência na área da educação desde o surgimento da profissão na década de 1930, pois a atuação do assistente social antes de 1950 era baseada não só pelas bases epistemológica mais também pelas suas características individuais. 
 Este tinha uma outra visão que agiam da seguinte forma buscando aprofundar e ampliar a intelectualidade de cada indivíduo. 
Trabalhavam tendo uma ação individualista de cada aluno buscando agir através dos fenômenos sociais, a partir de 1950, os Assistentes Sociais passaram a visualizar os mesmos juntos aos programas sociais. Porém, é a partir da década de 1990 que a atuação do profissional nessa área passa ser mais debatida por meio de pesquisas e publicações. Foi em 2000 que o assunto serviço social na educação, passa a compor a agenda de ações dessa categoria profissional, de forma contínua através de debates, constituição de comissões e grupos de trabalho, produção de cartilhas e textos de apoio, oficinas, encontros e seminários estaduais e regionais, levantamento da inserção de assistentes sociais no Brasil, mapeamento das legislações nos estados e municípios que contam com o profissional nesta política.
Sabe-se que a Constituição Federal de 1988 delega aos governos municipais o gerenciamento da educação no que diz respeito ao ensino fundamental. A Assistência Social, na iniciativa de garantir a concreta realização deste direito, volta-se para a promoção da inclusão social de famílias dos alunos matriculados na rede educacional.
A escola também é um espaço do assistente social, espaço esse que segundo Certeau (1998 aput PATRICIA, p.1), é um lugar praticado, ou seja, um espaço antropológico no qual se determinam as percepções resultantes do lugar e das relações estabelecidas nele, dando-lhe significado. Em consequência, é a atividade que qualifica o espaço, sendo com base nesse conceito de compreensão de lugar praticado que se fundamenta a discussão do cotidiano escolar e do lugar do assistente social.
O acesso e o usufruto das políticas sociais ocorrem em espaços nos quais os serviços e programas são executados. Entretanto, a escola não é um espaço natural, mas o segundo lugar ocupado pela criança depois da família. Sendo assim, essa instituição demandou diversos processos de transformação, de maneira que as escolas e os princípios sobre os quais elas foram construídas abrangem histórias que perpassam diferentes contextos sociais e culturais, além das mais diversas noções sobre educação e as necessidades de uma pessoa ainda em desenvolvimento de sua identidade.
O Serviço Social através da figura do assistente social desempenha um importante papel dentro da estruturação do projeto pedagógico e escolar, as suas atribuições dentro do ambiente pedagógico que estão relacionadas à orientação dos educadores em um programa educacional voltado para o contexto social apresentado na comunidade em questão. A lista de atribuições pode variar de acordo com a natureza da instituição de ensino e a metodologia pretendida, mas na Educação é voltado para identificar e atender as demandas provenientes da questão social que vai além do cotidiano do campo educacional.
Geralmente se apresenta com o objetivo de poder contribuir com a problemática social que é perpassada no cotidiano da comunidade escolar, entre alunos, professores, pais, ou seja, com encaminhamentos, orientações, informações, projetos de cunho educativo, que possam promover a cidadania, ações e projetos voltados para as famílias, etc. Desse modo, entende-se que para atingir a criança e o adolescente de forma integral, é necessárias intervenções no contexto familiar, seja em âmbito socioeducativo, como também de momentos de ensino-aprendizagem e reflexão, em um viés de participação, autonomia e cidadania.
 Diante das fragilidades que as escolas brasileiras têm apresentado, entende-se que é necessário que o Estado programe políticas de intervenção em prol de melhorias na educação, focalizando não somente o ensino, mas de que forma este está sendo apreendido pelos alunos e, na presença de dificuldades de apreensão, analisar quais são os motivos e como pode ocorrer a intervenção para solucioná-los.
O trabalho do profissional de serviço social na instituição escolar deve ser trabalhada em conjunto com a política educacional e não ser confundida com a função dos educador, onde o trabalho do assistente social vai além das salas de aula porém, para que aja eficiência no fortalecimento social escolar todos os envolvidos deve cumprir o seu papel.
A ação dos assistentes sociais nessa política, “tem se dado no sentido de fortalecer as redes de sociabilidade e de acesso aos serviços sociais e dos processos sócio institucionais” (ALMEIDA, apud Quintão, 2005, p. 06).
Todavia a escola contemporânea não representa apenas mais uma opção de mercado de trabalho para o assistente social, mas sim uma luta política, onde profissional deve desenvolver no âmbito escolar praticas que garantam o exercício de cidadania, assim enfrentando a questões que norteiam a ação e posicionamento frente às problemáticas sociais na educação. 
No atual cenário do país percebe-se que muitos atos que violam os direitos de crianças e adolescentes têm passado despercebidos e muitos não são considerados por que não existe um olhar investigativo realizado por um profissional para atender a esta demanda. Assim, entende-se que o Assistente Social, enquanto profissional preparado para trabalhar com as expressões da questão social, pode exercer sua profissão no espaço escolar, objetivando emponderar e fortalecer a autonomia das crianças e adolescentes e, também, das suas famílias. Sobre isso Faleiros explica que:
O fortalecimento da autonomia implica o poder viver para si no controle das próprias forças, e de acordo com as próprias referências. […] A capacitação para assumir e enfrentar a sobrevivência pode ser uma das mediações de fortalecimento dos sujeitos. […] No processo de autonomia de crianças e adolescentes é preciso desenvolver mediações de uma relação e reação diante da correlação de forças que lhes é desfavorável, e que descamba, não raro, na violência (2010, p. 63).
Esta perspectiva traz a compreensão de que o Assistente Social deve trabalhar para que os sujeitos dentro das escolas sejam estimulados a refletirem sobre a realidade social a qual eles fazem parte e assim eles sintam-se encorajados a transformá-la, além de acompanhá-los nesse processo preocupando-se em apreender a verdade da realidade dos sujeitos, reconhecendo a complexidade da mesma, fazendo uso de um olhar complexo e não simplificado. 
Como bem acentuou Sarita Amaro quando diz que:
O olhar simplificado é um olhar redutor, marcado pela visãoatomizada e atomizadora; caracteriza-se por praticar um isolamento mutilante dos fatores que compõem o fenômeno, além de retalhar a compreensão de sua totalidade […] (2003 p. 36-37).
Ao identificar que a escola constitui-se um dos espaços de atuação do Assistente Social salienta-se que dentre os princípios éticos fundamentais da profissão pode-se destacar:
Reconhecimento da liberdade como valor ético central e das demandas políticas a ela inerentes – autonomia, emancipação e plena expansão dos indivíduos sociais; Defesa intransigente dos direitos humanos […]; Ampliação e consolidação da cidadania […]; Posicionamento em favor da equidade de justiça social […]; Empenho na eliminação de todas as formas de preconceitos […] e Exercício do Serviço Social sem discriminar, nem discriminar por questões de inserção de classe social, gênero, etnia, religião, nacionalidade, opção sexual, idade e condição física (CFESS,1993, p. 23).
     	A partir desta análise compreende-se que a formação do profissional de Serviço Social estabelece critérios e caminhos a serem seguidos e que são necessários para o bom funcionamento das escolas, ressaltando que o Assistente Social está apto para também criar estratégias com o intuito de desenvolver nos alunos habilidades para que os mesmos criem formas de enfrentamento dos conflitos que eles vivenciam.
     Destarte, considera-se que a busca pela inserção do Assistente Social nas escolas deve ser constituída, principalmente, por uma prática política, entendendo que o conceito de política, segundo Oliveira, caracteriza-se como:
Atividade humana está estritamente ligada ao conceito de poder que, para Hobbes, p.e., consistia nos meios adequados à obtenção de qualquer vantagem e, para Russel, como conjunto de meios pelos quais se permitia alcançar os efeitos desejados (2007, p. 20).
    	Assim, considera-se que a política perpassa pelas diversas dimensões da vida social, e é extremamente necessária para se alcançar objetivos quer sejam pessoais ou sociais. 
Nesta perspectiva, o entendimento de todos estes aspectos citados, considerando a complexidade dos mesmos, é o que possibilitará a formulação de propostas de intervenção profissional “em um sentido de ação política, tomando-a como base da possibilidade de transformações, de mudanças, do surgimento do novo” (BAPTISTA, 2006, apud p.93).
 	O Assistente Social é de suma importância no âmbito escolar para que o mesmo trabalhe junto à equipe multidisciplinar, com professores, supervisores, psicólogos. Para levar este ponto em consideração devemos levar a opinião de Gonçalves (2009), que diz a inserção do Assistente Social em uma instituição escolar deve conciliar o seu saber com as experiências que lhe são trazidas pelos estudantes e com os conhecimentos de professores, pedagogos, zeladores e demais funcionários, avaliando e revendo sua prática profissional.
 	Os principais objetivos do trabalho do Assistente Social atuando na educação é garantir a qualidade da educação mantendo os direitos sociais dos alunos nas escolas. Consiste ainda em identificar e propor alternativas de enfrentamento aos fatores sociais, políticos, econômicos e culturais, de forma a cooperar com a efetivação da educação como um direito para a conquista da cidadania. 
 	É preciso pensar a dimensão pedagógica e educativa do Serviço Social, voltada a um trabalho desenvolvido pelos profissionais na perspectiva de desmistificar e desvelar a realidade produtora e reprodutora de desigualdades, visando à autonomia, à participação e à emancipação dos indivíduos sociais (PIANA, 2009).
     	Deste modo, entende-se que a luta do Assistente Social contra as debilidades da educação no país precisa se fazer notória nos espaços políticos, constituindo-se através de ações mobilizadoras que direcionem os sujeitos e profissionais envolvidos com a educação e representantes políticos a refletirem sobre estas questões, e se unirem nesta luta, entendendo que este projeto defende “a consolidação e ampliação da democracia e dos direitos de cidadania” (CFESS, 1993, p. 34).
4.1 TRAJETÓRIA DO SERVIÇO SOCIAL NA EDUCAÇÃO 
Com o avanço do capitalismo em um contexto de exploração econômica, política e social, a sociedade brasileira ficou exposta a um cenário de crise e desigualdade, em que se observava boa parte da população em nível de extrema pobreza ou uma qualidade de vida precária frente a trabalhos abusivos. Diante disso, com o objetivo de amenizar essa situação da classe pauperizada e trabalhadora, que já reivindicavam por melhores condições, surge o Serviço Social, vinculado, a princípio, aos interesses da Igreja Católica com um modelo de práticas caritativas, para intervir frente às expressões da questão social.
 Questão social que, a partir do pensamento social da Igreja, era entendida como questão moral, como um conjunto de problemas sob a responsabilidade individual dos sujeitos que os vivenciam embora situados dentro de relações capitalistas. 
O Serviço Social surgiu em meados da revolução industrial no Brasil, sendo o Estado o maior impulsor para o desenvolvimento capitalista. De acordo com Montanõ (2000), as ações de assistência ou de serviço social surgiram para mediar conflitos, porém, atendia poucas pessoas, principalmente as pessoas que tinham carteira de trabalho, ou seja, era uma política segregada, pois atendia apenas quem vendia sua força de trabalho para o capital, dessa forma era mediadora, trazendo conformidade para os insatisfeitos.
A profissão do Assistente Social apresenta-se com uma dinâmica de caráter interventivo e socioeducativo tiveram seus fundamentos estruturados com a constituição de 1988:
A Constituição Federal de 1988 traz uma nova concepção para a Assistência Social brasileira. Incluída no âmbito da Seguridade Social e regulamentada pela Lei Orgânica da Assistência Social - LOAS em dezembro de 1993, como política social pública, a assistência social inicia seu transito para um campo novo: o campo dos direitos, da universalização dos acessos e da responsabilidade estatal. A LOAS cria uma nova matriz para a política de assistência, inserindo-a no sistema do bem-estar social brasileiro concebido como campo da seguridade social configurando o triangulo juntamente com a saúde e a previdência social (PNAS/2004, p. 31).
 De acordo com o primeiro artigo da Lei Orgânica da Assistência Social (2004, p.6), a assistência social é direito do cidadão e dever do Estado, é a Política de Seguridade Social não contributiva, que provê os mínimos sociais, realizada através de um conjunto integrado de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento às necessidades básicas. Desde então a proposta do Serviço Social é garantir o acesso às políticas públicas de direitos das classes subalternas, e na firmação de direitos e no acesso à justiça e cidadania, nesse sentido o trabalho do assistente social pode ser visto como espaço de permanentes desafios para o profissional assistente social, junto às pessoas em situação de vulnerabilidade e risco social. 
 A inserção do assistente social na área da educação iniciou a partir da década de 1930, porém somente a partir da década de 1990, em consonância com o amadurecimento do projeto ético-político profissional é que se visualiza no Brasil um considerável aumento da inserção da categoria profissional na área da Educação.
Na visão de Souza (2005): Educação e Serviço. Social são áreas afins, cada qual com sua especificidade, que se complementam na busca por objetivos comuns e projetos político-pedagógicos pautados sob a lógica da igualdade e da comunicação entre escola, família, comunidade e sociedade (SOUZA, 2005, p.39). 
A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. (BRASIL, 1996). Na concepção de Dourado (2007) educação é compreendida como prática social constitutiva e constituintedas relações sociais, a partir de lutas e processos em disputa que traduzem distintas concepções de homem, mundo e sociedade, ou seja, a educação é entendida como processo amplo de socialização da cultura, historicamente produzida pelo homem. 
Neste contexto, a escola como local privilegiado de produção e apropriação do saber, cujas políticas públicas se organizam coletivamente ou não, em prol dos objetivos de formação. Sendo assim, políticas educacionais para serem efetivas implicam o envolvimento e o comprometimento de gestores, professores assim como alunos e comunidade. Para Almeida (2011) a política educacional assume uma totalidade maior, está sempre em articulação com o planejamento mais global, que se realiza por meio de ações do Estado, ou seja, são as políticas públicas que dão visibilidade a essas ações. 
De acordo com o (CFESS, 2011) a educação pode ser considerada um espaço privilegiado para o enriquecimento ou empobrecimento humano. Assim, na perspectiva de fortalecimento do projeto ético-político, o trabalho do assistente social na política de educação pressupõe a referência a uma concepção de educação emancipadora, que possibilite aos indivíduos sociais o desenvolvimento de suas potencialidades e capacidades. Logo, a atuação profissional voltada para a garantia do acesso à educação tem sido a marca principal dos profissionais de Serviço Social diante das políticas que envolvem este contexto. 
 Diante disso, as contribuições que o serviço social pode fazer na área educacional é a aproximação da família junto ao contexto escolar, intervindo através do trabalho de grupo de pais, alunos e professores. E como o assistente social poderá contribuir enquanto profissional interventivo do Serviço Social? Poderá diagnosticar os fatores sociais, culturais e econômicos que determinam a problemática social no campo educacional e, consequentemente, trabalhar com um método preventivo destes, no intuito de evitar que o ciclo se repita novamente. 
Entretanto, o assistente social contribui na a aproximação da escola com a comunidade, tornando-a mais presente e participativa no meio social em que atua. Diante de todo esse desafio de atuação no âmbito escolar, o assistente social dentro do cenário atual de formulação de inúmeras propostas de políticas públicas frente as questões sociais, deverá ser um profissional habilitado e solidário com o modo de vida daqueles que vivenciam suas problemáticas.
5.0 BASE LEGAL: Projeto de lei em tramitação
Segundo o CFESS desde 2000 tramitam Projetos de Leis na Câmara de Deputados e no Senado Federal que propõem sobre a inserção do Assistente Social nas escolas Públicas.
Vamos entender um pouco sobre os trâmites e avanços dessas leis, sobre o Projeto de Lei 3688/2000, que dispõe sobre a inserção de assistentes sociais e psicólogos nas escolas públicas de educação básica, foi votado e aprovado por unanimidade. O próximo passo é a Comissão de Educação e Cultura que se aprovar, passará para Comissão de Constituição e Justiça(CFESS).
Mesmo com destaque nas discussões e com aprovação dos deputados devido à relevância do tema, o PL 3688/2000 tramitou na Câmara de deputados até 2007, ano onde foi encaminhado para o Senado, agora com número PLC 060/2007, onde permaneceu em tramitação para discussões e aprovações até 2009. Após esse trâmite legal, o PL retornou a Câmara de Deputados onde está sendo analisado por comissão especial, aguardando aprovação final, para enfim ser sancionado pela Presidência.
O conselho Federal de Psicologia é um aliado fundamental na estratégia articulada a favor da aprovação do PL 3688/2000, uma vez que o interesse da inserção da psicologia e do assistente social no ambiente escolar é um desejo comum.
Desde julho de 2015 vários deputados favoráveis e ansiosos pela aprovação do PL vem apresentando ao plenário da câmara requerimento da inclusão da ordem do dia, que "Dispõe sobre a introdução de assistente social no quadro de profissionais de educação em cada escola"(BRASIL, Câmara de Deputados, Ficha de Tramitação), sendo que o último requerimento data de março de 2016. Como vemos existe persistência e interesse por parte de alguns parlamentares, o que não é suficiente para aprovação e após seguir para Presidência sancionar.
Mas uma grande conquista bateu a nossa porta, pois foi publicada no dia Doze de Dezembro de 2019, no Diário Oficial da União, a Lei 13.935, que dispõe sobre a prestação de serviços de Psicologia e de Serviço Social nas redes públicas de educação básica.
 Pelo contexto, as redes públicas de educação básica contarão com serviços de psicologia e de serviço social para atender às necessidades e prioridades definidas pelas políticas de educação, por meio de equipes multiprofissionais, que deverão desenvolver ações para a melhoria da qualidade do processo de ensino-aprendizagem. Os sistemas de ensino têm um ano para implementação e cumprimento da nova lei.
 Na avaliação da conselheira e coordenadora da comissão de Seguridade Social do CFESS, Elaine Pelaez citou que uma nova fase se iniciaria a partir da publicação desta lei, derivando-se do trabalho cotidiano pela implementação e regulamentação da Lei. 
“Sem dúvida, a promulgação da Lei 13.935/2019 é uma das maiores conquistas para a política de educação básica, pincipalmente nessa conjuntura de retrocessos e desmontes diários de todas as políticas sociais. Por isso, toda a mobilização e articulação que as categorias do serviço social e da psicologia vêm organizando ao longo dos últimos anos devem continuar, para que a lei seja implementada”, afirma.
Na prática, isso significa, por exemplo, promover novas ações que mostrem a importância e a urgência da inserção desses/as profissionais na educação básica, dando destaque para as contribuições no desenvolvimento, na aprendizagem e no enfrentamento às questões e desafios do cotidiano escolar, em uma sociedade marcada profundamente pela desigualdade.
O Conselho Regional de Serviço Social assim como o Conselho Federal de Serviço Social vem acompanhando a tramitação desse e de diversos outros projetos de lei por serem de interesse da profissão e da categoria. A reabertura da PL 5278/2009 tem uma importância fundamental para a categoria. 
Portanto, o conjunto de conselhos reitera a importância da inserção da categoria nessa luta, monitorando os deputados federais sobre a necessidade urgente da aprovação do projeto de lei, o monitoramento pode ser feito por meio do envio de correspondência eletrônica aos Deputados e também nas redes sociais.
 O piso salarial é um direito pelo qual a categoria das/os Assistentes Sociais no Brasil está na luta, diante do grande número de profissionais que recebem baixos salários, em um sistema capitalista que precariza as condições de trabalho. Profissional este, que tanto luta, cotidianamente, para garantir o acesso a direito e a políticas públicas pela população usuária do serviço social.
Outra ação é a reivindicação de concursos públicos para equipes multiprofissionais para atuar na educação básica dos municípios. Pois a justificativa do governo quando vetou o então projeto de lei 3688/2000 foi a falta de orçamento. 
 Temos que parar de aceitar e reproduzir este discurso de que não há verba para a educação, para a saúde e outras políticas sociais. A população brasileira tem sofrido cotidianamente os impactos brutais desse descaso com a educação no Brasil. Assim, é importante que assistentes sociais acompanhem e participem mais sobe qualquer política pública de seu município.
Foram quase duas décadas de luta para aprovação da lei. Assim, o Conjunto CFESS-CRESS, em articulação com o CFP e outras entidades, continuará atuando na defesa da inserção de assistentes sociais e psicólogos/as na educação básica. São os estudantes e suas famílias, a sociedade geral e a educação os maiores beneficiários dessa lei.
Ressalta-se também o impacto positivo que o trabalho das assistentes sociais na educação básica terá em outros sujeitos que atuam na área, como educadores e outros trabalhadoresque são envolvidos no ambiente escolar.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
    O objetivo desse trabalho foi enfatizar o Serviço Social na Educação, sobretudo no âmbito da educação escolar, destacando a importância do assistente social na escola. Assim, procurou apreender e analisar elementos sócio históricos referentes à inserção do Serviço Social na educação; identificar e analisar as atribuições e competências do assistente social no âmbito escolar, problematizando demandas, limites e possibilidades relacionados ao exercício profissional, bem como compreender e apreender o perfil dos estudantes, principais usuários atendidos pelo Serviço Social da escola.
Ao refletirmos o tema desenvolvido torna-se clara a importância de compreender a necessidade do Serviço Social no espaço escolar como instrumento de luta contra a violência, a exclusão social, a evasão escolar e as diferentes formas de violação dos direitos das crianças e dos adolescentes, além de focalizar a instituição familiar e toda a sua estrutura como parte importante para o aprendizado dos alunos. Estas demandas sociais circunscrevem a profissão e este projeto de inserção do Serviço Social nas escolas precisa ser cada vez mais defendido.
Sendo assim, é de extrema importância a presença do profissional de Serviço Social na área educacional, (que é a base de uma sociedade justa e igualitária para todos), para prevenir e/ou sanar diversos problemas sociais, em conjunto dos outros profissionais em um trabalho interdisciplinar
Pois a inserção do Serviço Social na Política de Educação representa um grande desafio para o profissional que tem por possibilidade contribuir para a efetivação do direito à educação por meio de ações que promovam o acesso e a permanência da população na escola, assim como a qualidade dos serviços no sistema educacional.
Todavia, entendemos como se dá o papel de uma equipe multiprofissional da escola e como é necessário que um profissional de serviço social seja inserido nessa equipe, por contribuir trabalhando diretamente com as problemáticas sociais dos alunos, este profissional busca dá suporte para a equipe, no sentido de auxiliá-los no combate das 18 múltiplas expressões da questão social vivenciada pelos alunos em seu contexto familiar e social, que são refletidas na escola. Pois o trabalho do assistente social na educação é muito importante juntamente com os demais exercícios da escola, porque poderá ultrapassar as barreiras dos muros da escola, ou seja, irá buscar entender o contexto histórico do aluno, como é a sua convivência família e social.
Foi visto que a atuação do Assistente Social se baseia em realizar avaliações dos alunos candidatos, acompanhar educandos e suas famílias em situação de vulnerabilidade social, negligência, violação dos direitos, encaminhar e acompanhar educandos na rede de atendimento, além de participar das reuniões da equipe gestora auxiliando nas decisões pertinentes à comunidade escolar. Suas principais demandas são os educandos com número excessivo de faltas, negligência e maus tratos por parte dos pais ou responsáveis.
As atribuições do assistente social tendem a ser de assegurar os direitos à população e reduzir as desigualdades sociais. Toda atuação e intervenção visam mobilizar e organizar a população, fazer a leitura das situações de vulnerabilidade e risco e acessar direitos nas diversas políticas setoriais. Com isso contribuir para a emancipação dos usuários, viabilizando o acesso aos direitos sociais, neste caso, dos alunos. Toda criança tem direito a educação de qualidade. Uma educação de qualidade é a melhor forma de se construir uma sociedade menos desigual e com mais oportunidades para todos.
O trabalho do Serviço Social no contexto educacional e sua contribuição para a política educacional e consequentemente a sociedade. Desse modo alcançou-se com êxito o que se buscava pesquisar e apresentar sobre o tema e ficaram provado os benefícios que este profissional pode proporcionar na área de educação.
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