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TRABALHO DE GRUPO - SERVIÇO SOCIAL E TERCEIRO SETOR

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2
Sistema de Ensino Presencial Conectado
SERVIÇO SOCIAL
ARMÊNIA ISABEL MARTINS BORGES PEIXOTO.
BARBARA MOITA SILVA
EVANILDA CARDOSO PEREIRA BAYER
JAILSON PEREIRA GOMES
NIVALDA DA SILVA LEITE
SERVIÇO SOCIAL E TERCEIRO SETOR
VITÓRIA-ES
2020
ARMÊNIA ISABEL MARTINS BORGES PEIXOTO.
BARBARA MOITA SILVA
EVANILDA CARDOSO PEREIRA BAYER
JAILSON PEREIRA GOMES
NIVALDA DA SILVA LEITE
SERVIÇO SOCIAL E TERCEIRO SETOR
Trabalho de Produção Textual Interdisciplinar em Grupo apresentado à Universidade Pitágoras UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média semestral nas disciplinas de Economia Política, Movimentos Sociais, Serviço Social na Educação, Terceiro Setor, Meio Ambiente e Sustentabilidade
Orientador: Prof. Altair Ferraz Neto, Amanda Boza Gonçalves, Nelma dos Santos Assunção Galli
VITÓRIA-ES
2020
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	4
DESENVOLVIMENTO	6
CONCLUSÃO	29
REFERÊNCIAS.................................................................................................30
INTRODUÇÃO
O presente estudo tem como tema os processos de trabalho do Assistente Social nas instituições do terceiro setor, tais temas vêm sido discutido frequentemente por profissionais da área. 
A ação profissional do Serviço Social é voltada para as políticas socioassistenciais, quer na esfera pública, quer na privada, desenvolvendo atividades que envolvendo diretamente as pessoas que procuram o trabalho desse profissional, o qual deve ter um conhecimento aprofundado das questões sociais, o processo histórico do serviço social e como o Terceiro Setor se destaca com o Marco Regulatório. 
A Constituição Federal previu dentre os direitos fundamentais, o direito à educação, o artigo 205, tem como objetivo o “pleno desenvolvimento da pessoa“, seu preparo para exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho (art.205 CF). Todavia não podemos esquecer que a sociedade Brasileira é composta por pessoas diferentes, das quais fazem parte as pessoas com ou sem deficiência.
Os Direitos Sociais tem por finalidade permitir que as pessoas disponham de serviços que garantam uma mínima qualidade de vida. A implementação desses recursos até hoje é dada por lutas de sindicatos e movimentos sociais no intuito de garantir o direito de todos serem tratados com igualdade perante a lei. O Serviço Social trabalha no intuito de fazer com que as pessoas sejam mais conscientes de seus direitos e estreitar laços entre Estado e o trabalhador. Enquanto executor das políticas sociais na relação direta com a população usuária, o Serviço Social tem ainda muitas barreiras impostas pelo Estado no que tange as Fundações Privadas, porque com o crescimento considerável dessas fundações o papel do assistente social vem sendo interpretado de uma forma equivocada dentro das equipes multiprofissionais, porém através da matriz teórico-metodológico o Serviço Social vem conseguindo definir e manter o seu papel intacto no objetivo de garantir e alcançar o intuito de atender as demandas expostas pelos seus usuários.
Aos apresentarmos o terceiro setor suas definições, iremos conhecer sua origem, a parte financeira e da do voluntariado, abordaremos também a intervenção do Serviço Social nessa questão, quais as ferramentas utilizadas para a garantia dos direitos e qual importância do assistente social dentro do terceiro setor.
O Terceiro Setor é um campo de ação em que o assistente social deve conhecer, refletir sobre a importância dele para o exercido da profissão, o que nos leva a questionar: Qual a importância do Terceiro Setor na conquista dos direitos sociais?
Assim, este trabalho tem por objetivo ampliar o conhecimento acerca das parcerias estabelecidas entre o Terceiro Setor e o Estado, na execução de políticas públicas no Brasil; aprofundar o debate sobre a busca de equidade voltada à educação inclusiva no Brasil; alargar os conceitos e especificidades do Serviço Social junto a política social de educação.
DESENVOLVIMENTO	 
Nos anos de 1990, o governo utilizou-se do discurso de democratização e modernização para uma crescente transferência das responsabilidades do governo federal para os governos locais, além da indução de parcerias com a iniciativa privada na execução, sobretudo, das políticas sociais. Tem-se, assim, o terceiro Setor, uma composição de associações e fundações que geram bens e serviços públicos, mas sem fins lucrativos, que suprem as falhas deixadas pelo Estado. É uma junção do setor público com o setor privado, o que significa dinheiro privado para fins públicos.
De acordo com Albuquerque (2006 apud QUEIROZ, 2010), as organizações que compõem o Terceiro Setor: têm características comuns, que se manifestam tanto na retórica como em seus programas e projetos de atuação: Fazem contraponto às ações do governo: os bens e serviços públicos resultam da atuação do Estado e também da multiplicação de várias iniciativas particulares. Fazem contraponto às ações do mercado: abrem o campo dos interesses coletivos para a iniciativa individual. Dão maior dimensão aos elementos que as compõem: realçam o valor tanto político como econômico das ações voluntárias sem fins lucrativos. Projetam uma visão integradora da vida pública: enfatizam a complementação entre ações públicas e privadas. 
Percebe-se que o Terceiro Setor tem como característica o fato de que seus objetivos são sociais, em vez de econômicos, e as atividades e objetivos são decididos por seus membros; não distribuem lucro a seus administradores, e possuem alto nível de voluntariado e participação da sociedade.
Conforme Gonçalves (2006), o Brasil, no campo social, foi marcado pelo assistencialismo e a condescendência da esmola, somente mais tarde apresentou uma fase mais moderna, dinâmica, onde os direitos sociais passaram a ser reconhecidos como inerentes ao conceito de cidadania em uma sociedade que se pretende civilizada. A consciência dessa evolução, é, ainda, a tomada de consciência do Terceiro Setor.
Reflexo de uma evolução da própria sociedade brasileira, o Terceiro Setor se firma durante o período da Ditadura Militar (1964-1985) em que a sociedade teve que se mobilizar para combater o autoritarismo.
Foi um momento de afirmação da sociedade civil e valorização da democracia. Surgiram várias organizações e movimentos sociais em consequência de um novo ímpeto – introduzido inicialmente por setores cristãos progressistas e depois abraçado por outros setores comprometidos com a democracia e a “mudança social” – de organização da sociedade pela base. (GONÇALVES, 2006, p.112) 
Em decorrência dos movimentos, houve expansão dos movimentos sociais, sindicais e grupos em defesa das minorias, especialmente na década de 1970. Surgem, ainda, as Organizações Não Governamentais –ONGs. A chamada Lei do Terceiro Setor foi promulgada somente no final da década de 1990, e criava a qualificação denominada Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público, as OSCIPs (BRASIL, 1999 apud GODÓI-de-SOUSA, 2015), cuja certificação dava às organizações da sociedade civil acesso a novos recursos por meio de um Termo de Parceria entre elas e o Poder Público para suas finalidades, assumindo obrigações de transparência administrativa. 
Conforme Lopes e Amaram (2008), políticas públicas são um conjunto de ações e decisões do governo, voltadas para a solução (ou não) de problemas da sociedade, ou ainda, são a totalidade de ações, metas e planos que o governo, tanto o Federal, Estadual como o Municipal, traçam para alcançar o bem-estar da sociedade e o interesse público. A partir da reforma do aparelho do Estado, o governo FHC propôs um amplo programa de reformas, objetivando a descentralização da prestação de serviços públicos e o fortalecimento do núcleo estratégico do Estado, responsável pela formulação das políticas públicas governamentais.
As deficiências na estrutura do Estado, aliada às carências financeiras, exigiram a realização de parcerias entre o poder público e entidades privadas sem fins lucrativos para viabilizar a concretudede importantes políticas e serviços, em áreas como educação, saúde, assistência social, cultura, proteção e preservação ambiental, entre outras. (NUNES, 2017, p.4)
Entretanto, as normas até então existentes eram duvidosas, pois não deixavam claras as regras aplicáveis às parcerias com essas organizações da sociedade civil, gerando um cenário de insegurança jurídica e institucional para gestores públicos e para as organizações.
De acordo com Godói-de-Sousa (2015) as organizações que compõem o Terceiro Setor acabaram por influenciar a sua formação, emprestando sua identidade e valores comuns à sociedade, rebatendo práticas assistencialistas e defendendo os direitos individuais e sociais. Para que houvesse consenso na reformulação do Marco Legal do Terceiro Setor, a Comunidade Solidária, em 1997, coordenou o processo de Interlocução Política com participação dos representantes das Organizações da Sociedade Civil e governo (FERRAREZI, 2001 apud GODÓI-de-SOUSA, 2015).
Conforme Nunes (2017) é nesse contexto, a par de outras normativas anteriores nessa área, insere-se a Lei nº 13.019, de 31 de julho de 2014, denominada o “Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil”, que busca tornar essa relação mais segura e amparada em regras consolidadas, alicerçadas na transparência das informações quanto às parcerias e aos repasses de recursos públicos e no fortalecimento do controle da prestação de contas pelo gestor, pelo controle interno e, finalmente, pelo Tribunal de Contas.
Contudo, há preocupações sobre alguns pontos importantes, por exemplo: a natureza e as repercussões do crescimento das organizações sociais no Brasil; a necessidade de aprofundar conhecimentos sobre essas formas de organizações que vêm surgindo; e de identificar políticas e ações que possam ajudar a inserir gradualmente essas organizações pertencentes ao setor num quadro mais amplo de desenvolvimento sustentável. São desafios que demandam um rompimento com o que Godói-de-Sousa (2015) chama de legado histórico de subordinação, assistencialismo e clientelismo.
 A Constituição brasileira de 1988 expressou as aspirações por uma sociedade mais justa e igualitária, assegurando uma série de conquistas, representou inúmeros avanços democráticos e configurou o estabelecimento de um Estado de direito. No campo da seguridade social foram regulamentadas em leis específicas, como a Lei 8.080/90 - Lei Orgânica da Saúde, regulamentou o Sistema Único de Saúde estabelecendo a formação dos Conselhos Municipais de Saúde. A Lei 8.069/90 - Estatuto da Criança e do Adolescente, também definiu a criação de Conselhos Municipais. A Lei 8.742, de 07.12.93 - Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS - convocou a sociedade à participar da gestão e solução dos problemas locais, integrando os Conselhos Nacional, Estadual e Municipal. (ZANIRATO, 2017)
No entanto, a partir dos anos 90, o exemplo de Estado indicado na Constituição Federal deixou de ser entendido como imperativo. Setores governamentais, carregados de ideias neoliberais, passaram a defender que o Estado deveria ter uma participação mínima na gestão das questões relativas à vida nacional e à vida dos cidadãos. ”Passou a haver um conflito entre a Constituição Federal, as leis complementares e a concepção neoliberal”. (DE MARCO, 1997. p. 39 apud ZANIRATO, 2017, p.6). Esse contexto se deu diante da crise ocorrida nos final da década de 1980 e nos anos 90. O governo brasileiro, no Consenso de Washington, assumiu um compromisso que foi na contramão da Constituição Federal de 1988 no que se refere aos direitos sociais, pois se comprometeu a se afastar dos serviços públicos, a estimular a livre iniciativa e insistir na privatização como meios para a recuperação da economia. “A reforma do Estado Brasileiro começou em 1995 e dispôs sobre a desarticulação da Seguridade Social, em particular da Assistência Social”. (ZANIRATO, 2017, p.6). 
O LOAS combateu o assistencialismo, mas com o Consenso de Washington, retorna o velho assistencialismo, uma vez que “as ações propostas mostram-se extremamente tímidas, incapazes de interferir no cenário de exclusão e enfrentar as causas das desigualdades sociais entre os brasileiros”. (YASBECK, 1998, p.57 apud ZANIRATO, 2017, p.7)
		Para garantir direitos sociais, sem a égide do assistencialismo, sem que a Constituição de 1988 seja apenas palavras em um papel, Zanirato (2017) destaca que uma das saídas se encontra no fortalecimento da participação social. Assistência Social como política pública, pressupõe a retaguarda de uma sociedade organizada, capaz de assegurar a efetividade de suas ações, programas e projetos.
Nesse sentido, surgem possibilidades de parceria com as organizações do Terceiro Setor mediadas pelo novo marco regulatório, uma vez que o objetivo do Terceiro Setor é a compressão estatal na esfera do social, mas não se trata apenas da transferência das funções tradicionalmente do Estado para este setor; trata-se de um fenômeno de reformas, de reestruturação mais radical na estrutura do aparelho estatal, alterando a gestão e o financiamento das políticas sociais.
As discussões acerca do Terceiro setor vendo sendo pauta de muitos debates nos último vinte anos no âmbito acadêmico. O Terceiro Setor vem se configurando no contexto social, econômico e político, rodeados de incertezas e mudanças aceleradas em decorrência de uma dimensão globalizada.
Tal termo vem sendo utilizado com frequência no âmbito do Serviço Social e vem sendo um terreno fértil para a atuação dos profissionais das ciências humanas e sociais, cabe aqui destaca os administradores, tal profissional vem compartilhando com diversas instituições não-governamentais (de educação, lazer cultura, assistência social, entre outras), os conhecimentos e técnicas acerca da gestão segundo a lógica empresarial. Para compreendermos sobre o papel do assistente social e sua contribuição para políticas sociais é preciso ter em mente o que vem a ser o terceiro setor, seus conceitos, características e desafios.
Vários autores que trabalharam acerca desse conceito partem do pressuposto que a sociedade está estruturada da seguinte forma: O Estado (primeiro setor), o Mercado (segundo setor) e Organizações da Sociedade Civil que atuam como entidade de interesses públicos sem fins lucrativos (terceiro setor). Diante disso, o Estado atua na esfera pública estatal, o Mercado na esfera privada, ficando assim o Terceiro Setor na esfera pública não estatal.
De acordo com a Rede Brasileira do Terceiro Setor (REBRATES):
O Terceiro Setor corresponde às instituições com preocupações e práticas sociais, sem fins lucrativos, que geram bens e serviços de caráter público, tais como: ONGs, instituições religiosas, clubes de serviços, entidades beneficentes, centros sociais, organizações de voluntariado etc.
Cabe ressaltar que quando classificamos esses três setores de forma isolada, ou seja, separada é somente para fins didáticos e de explanação, sendo que cada um são interligado, compondo assim uma realidade social em constante mudança. Tais mudanças estão sendo cada vez mais aceleradas no mundo atual que vem sendo marcado pela complexidade, incerteza e instabilidade.
Diversos autores vêm se destacando por seus conceitos sobre o Terceiro Setor. De acordo com Rodrigues, 1998 p.31:
Por terceiro setor entende-se (..) a sociedade civil que se organiza e busca soluções próprias para suas necessidades e problemas, fora da lógica do Estado e do Mercado. (RODRIGUES, 1998, P.31).
Segundo Fernandes, 1997 p.27:
(..) o Terceiro Setor é composto de organizações sem fins lucrativos, criadas e mantidas pela ênfase na participação voluntária, num âmbito não governamental, dando continuidade a práticas tradicionais de caridade, da filantropia e do mecenato e expandindo o seu sentido para outros domínios, graças, sobretudo, à incorporação do conceito de cidadania e de sua múltiplas manifestações na sociedade civil. (FERNANDES, 1997 p.27).
Ainda seguindo a ideia de estudiosos sobre conceituar Terceiro Setor, Tenório (2001, p. 07), defende a seguinteideia:
Essas organizações não fazem parte do Estado, nem a ele estão vinculadas, mas se revestem de caráter público na medida em que se dedicam a causas e problemas sociais e que apesar de serem sociedades civis privadas, não tem como objetivo o lucro, e sim o atendimento das necessidades da sociedade. (TENÓRIO, 2001 p.07).
Diante dessas ideias defendidas pelos autores, o Terceiro Setor é composto por instituições (associações ou fundações privadas) não governamentais, que tem como participação de voluntários para atendimento ao público nas diversas áreas do segmento , tendo como intuito a realização de um trabalho diferenciado que é o marco dessa organizações que o assistencialismo e a filantropia.
O assistente social exerce um papel fundamental no Terceiro Setor, pois esses profissionais estão cada vez mais presentes no atual cenário da nossa sociedade. No entanto, é preciso uma organização no que se refere às práticas desses profissionais, assegurando assim, uma gestão adequadas as suas especificidades.
Cabe aqui destacar alguns requisitos que são de extrema importância para os profissionais que desejam atuar no Terceiro Setor, são eles:
Ter um conhecimento básico sobre o que é o Terceiro Setor e as instituições que o compõem, bem como, mais especificamente, sobre a instituição onde irá desenvolver a sua ação: histórico, objetivos, missão, recursos, proposta de trabalho, dificuldades, possibilidades, limites, público alvo...  
Ter a visão da totalidade institucional, conhecendo o ambiente interno e externo da organização e, principalmente, o papel que pretende cumprir naquele determinado momento histórico e pelo qual deseja ser reconhecida! 
Conhecer a legislação atual que fundamenta a política de atuação junto ao segmento atendido pela instituição. 
Ter a concepção clara de que população atendida pela instituição é constituída por sujeitos de direitos e não meros objetos da ação profissional 
Saber atuar em equipe, pois essa participação pressupõe o trabalho conjunto de pessoas que discutem e analisam situações e fatos concernentes ao âmbito de atuação , tomando decisões de encaminhamento e executando-as. 
Produzir respostas profissionais concretas e práticas para a problemática trabalhada pela instituição, a partir de uma postura reflexiva, crítica e construtiva. Exercer a práxis profissional com compromisso e responsabilidade, primando pela capacidade de denunciar situações que necessitam ser superadas, mas também anunciando as formas de fazê-lo. (BLOG SERVIÇO SOCIAL TERCEIRO SETOR, NOV. 2010).
No entanto, quando falamos em atuação do assistente social no Terceiro Setor cabe acrescentar requisitos além dos que foram citados acima, pois este profissional necessita de uma boa formação profissional sobre: as políticas sociais setoriais para o enfrentamento dessas manifestações; os determinantes da questão social brasileira e suas manifestações; ter conhecimento da relação Estado, Mercado e Terceiro Setor, distinguindo o papel e função de cada um dos setores.
Além de todos esses requisitos que permeiam a atuação desses profissionais no Terceiro Setor, podemos verificar as atribuições especificas do assistente social que atua nesse âmbito através da Lei de Regulamentação da Profissão de Assistente Social (Lei nº. 8.6661, de 07/06/93):
• Implantar, no âmbito institucional, a Política de Assistência Social, conforme as diretrizes da Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS /93) e Sistema Único da Assistência Social (SUAS /04), de acordo com a área e o segmento atendido pela instituição;
• Subsidiar e auxiliar a administração da instituição na elaboração, execução e avaliação do Plano Gestor Institucional, tendo como referência o processo do planejamento estratégico para organizações do terceiro setor; 
• Desenvolver pesquisas junto aos usuários da instituição, definindo o perfil social desta população, obtendo dados para a implantação de projetos sociais, interdisciplinares;
• Identificar, continuamente, necessidades individuais e coletivas, apresentadas pelos segmentos que integram a instituição, na perspectiva do atendimento social e da garantia de seus direitos, implantando e administrando benefícios sociais;
• Realizar seleção sócio-econômica, quando for o caso, de usuários para as vagas disponíveis, a partir de critérios pré-estabelecidos, sem perder de vista o atendimento integral e de qualidade social; e nem o direito de acesso universal ao atendimento;
• Estender o atendimento social às famílias dos usuários da instituição, com projetos específicos e formulados a partir de diagnósticos preliminares;
• Intensificar a relação instituição / família, objetivando uma ação integrada de parceria na busca de soluções dos problemas que se apresentarem;
• Fornecer orientação social e fazer encaminhamentos da população usuária aos recursos da comunidade, integrando e utilizando-se da rede de serviços sócio-assistenciais;
• Participar, coordenar e assessorar estudos e discussões de casos com a equipe técnica, relacionados à política de atendimento institucional e nos assuntos concernentes à política de Assistência Social;
• Realizar perícia, laudos e pareceres técnicos relacionados à matéria específica da Assistência Social, no âmbito da instituição, quando solicitado;
Portanto, a atuação do assistente social no terceiro setor visa o atendimento integral e de qualidade social, garantindo assim o direito de inclusão. Todavia, também deverá ser priorizado por esses profissionais, ações que garantam metas e diretrizes a fim de contribuir para o planejamento estratégico.
As funções desempenhadas pelos assistentes sociais, até meados da década de 1960, evidenciavam a preocupação com a integração dos indivíduos e a normalização das suas condutas. Não se discutia a relação com as políticas sociais, as quais não eram igualmente tratadas no plano analítico, tanto pelo Serviço Social como por outras áreas do conhecimento. Questões mais graves com explicações teóricas mais densas não faziam parte do cotidiano profissional. A intervenção convergia aos objetivos institucionais de integração social e redução dos "desvios de conduta".
No primeiro momento, logo após o fim da ditadura, é observada a identificação entre os valores profissionais e os dispositivos constitucionais relativos aos direitos sociais. Verifica-se, entretanto, uma assimetria entre a prática do assistente social, continuando o fazer de épocas anteriores, em contraste com os valores atualizados, como a igualdade na fruição dos direitos, a participação democrática e a proteção universal, sob a égide do Estado em algumas políticas sociais.
Dura pouco tempo a convergência de princípios e valores entre o Serviço Social e as políticas governamentais. O círculo virtuoso rompe-se, pelo menos em duas direções – no campo profissional e no plano das políticas nacionais de proteção social.
No plano profissional, não houve o tempo necessário para o reordenamento das práticas para uma perspectiva condizente com as possibilidades de sedimentação dos direitos sociais, oferecidas pelo novo momento. Uma das explicações possíveis para este fato foi a forma de apropriação do novo currículo, construído com base na teoria crítica que, no plano ético, posiciona-se radicalmente ao lado da classe trabalhadora. Este currículo mínimo, aprovado pelo Ministério da Educação e Cultura para os Cursos de Serviço Social, em 1982 com prazo para implantação até 1985, é incorporado de forma bastante heterogênea pelas unidades de ensino, com ajustes que repõem as antigas práticas em um novo eixo argumentativo, conforme analisado por Carvalho (1992). Devido a este fato, o processo de formação provoca reduzidas alterações em termos de intervenção profissional, o que, aliado à expansão das unidades de ensino de Serviço Social, contribui para a manutenção de práticas reiterativas, embora com discurso teórico-metodológico aparentemente crítico e condizente com o novo paradigma de proteção social brasileiro. 
Porém, a inserção dos assistentes sociais nas diferentes políticas setoriaisvem demonstrando dificuldades na definição de seu papel nas equipes multiprofissionais. A postulação da interdisciplinaridade como diretriz dos processos de trabalho nas políticas sociais, particularmente nos serviços sociais, tem exigido – em tempos de acirramento de corporativismos e de busca pela expansão dos campos disciplinares –, cada vez mais, uma definição objetiva acerca do que compete aos diferentes profissionais. 
Apesar da diversidade das instituições que compõem o Terceiro Setor, elas compartilham de algumas características em comum, importantes de serem ressaltados:
A primeira delas é que, quando atuam na área da assistência social, saúde ou educação, geralmente trabalham com pessoas e famílias que estão à margem do processo produtivo ou fora do mercado de trabalho, não tendo acesso aos bens e serviços necessários ao suprimento de suas necessidades básicas. Portanto, enquadram-se no artigo 2º da Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), que coloca a maternidade, crianças e adolescentes, idosos, famílias e portadores de deficiência como alvos de proteção, amparo e capacitação para que tenham qualidade de vida e acesso às políticas sociais.
A segunda característica dessas instituições é que, apesar de não se constituírem de caráter público, desenvolvem um trabalho de interesse público. Hoje a assistência social perdeu seu caráter, historicamente dado, de caridade, benevolência e favor, tornando-se política pública de garantia de direitos do cidadão. O mesmo aconteceu com a saúde e a educação. São direitos de cidadania garantidos pela Constituição Federal de 1988 e respectivas Leis Orgânicas. O atendimento a esses direitos, portanto, faz parte de um interesse público e, qualquer instituição que trabalhe na perspectiva de defesa desses direitos e garantia da cidadania, está cumprindo um fim público, pois se volta para o outro que, de alguma forma, está sendo explorado, excluído ou destituído.
Uma terceira característica que lhes é comum é que são entidades que não mantém uma relação mercantil com a sociedade. Não trabalham voltadas para o lucro no sentido do interesse capitalista. As receitas advindas de doações, convênios e/ ou prestação de serviços, são revertidas para a própria instituição, não havendo distribuição de “lucros” entre seus diretores ou associados. Esse é mais um dado que as enquadra como instituições de assistência social, segundo o artigo 3º da LOAS.
Como quarta característica em comum destaca-se o fato de não serem instituições estatais, embora mantenham vínculos com o Estado por força de convênios, relações de parceria e cadastro nos Conselhos Municipais, conforme artigos 9º e 10º da LOAS. São organizadas fora do aparato estatal e são autogovernadas. Isto lhes dá certa autonomia de ação e definição de diretrizes em relação ao Estado, embora estejam sob a fiscalização dos Conselhos, de acordo com o parágrafo 2º do artigo 9º da mesma Lei.
A quinta característica é configurada pela presença do voluntariado que atua em prol da manutenção e sobrevivência dessas instituições, participando diretamente do seu gerenciamento também.
Como sexta característica pode apontar a possibilidade de obterem a qualificação de CEBAS ou de OSCIP. O certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social (CEBAS) pode ser pleiteado junto ao Conselho Nacional de Assistência Social, desde que a instituição preencha os requisitos exigidos, dentre eles, o de atuar diretamente na área da Assistência Social. Já o certificado de Organização da Sociedade Civil que atua com Interesse Público (OSCIP) pode ser solicitado junto ao Ministério da Justiça, com uma abrangência maior de instituições que podem alcançar essa qualificação. Uma mesma instituição não pode acumular os dois certificados.
Portanto, as organizações que compõem o Terceiro Setor:
· Atuam em uma diversidade e variedade de questões que afetam a sociedade na área da assistência social, da saúde, do meio ambiente, da cultura, educação, lazer, esporte, etc.;
· Nas áreas da assistência social, educação e saúde, geralmente, prestam atendimento a pessoas e famílias que estão à margem do processo produtivo ou fora do mercado de trabalho;
· Trabalham na defesa e garantia dos direitos dessa população;
· São de caráter privado, mas desenvolvem um trabalho de interesse público;
· Não têm finalidade de lucro no sentido mercantil da palavra;
· Não são estatais, embora mantenham vínculos com o poder público;
· Contam com o trabalho de um corpo de voluntariado.
Diante dessas características comuns às instituições da sociedade civil que atuam com interesse público (enfocando as que se inserem na esfera da assistência social, educação e saúde) e, considerando a atual conjuntura política, social e econômica que tem determinado o sucateamento das políticas sociais públicas, quais principais desafios se colocam às organizações que compõem o Terceiro Setor?
Por comportar uma diversidade de organizações e uma multiplicidade de ações, e por constituir-se em uma expressão ainda pouco utilizada no Brasil, o Terceiro Setor enfrenta alguns desafios, dentre os quais destacamos:
· A necessidade de maior divulgação sobre o que ele é, como é formado, como se expressa no panorama nacional e na execução de ações de interesse público, sua vinculação com o Estado e com o setor Privado, etc.;
· Buscar recursos financeiros mais estáveis para a sua sustentabilidade financeira, técnica e administrativa;
· Incentivar, mobilizar e criar condições para uma participação mais contextualizada e atual de voluntários, tanto na manutenção financeira das organizações que o compõem, como no gerenciamento das mesmas e também na execução das atividades junto à população usuária. Que perfil de voluntário a realidade do terceiro setor hoje demanda?
Mas, um dos maiores desafios colocados hoje ao terceiro setor, é a melhoria da qualidade e eficiência da gestão de organizações e programas sociais que o compõem, sendo exatamente nessa questão que se faz de vital importância a atuação de profissionais de áreas específicas ligadas às ciências humanas e sociais.
O Serviço Social brasileiro tem sua trajetória permeada pelo movimento que impulsionou o processo de ruptura com o tradicionalismo moral, juntamente com os questionamentos que emergiram e amadureceram dando novos rumos ao país, ou seja, as condições históricas que transformaram e trouxeram novas exigências ao Serviço Social.
O movimento ocorrido no âmbito do Serviço Social latino-americano, a partir da década de 1970, mudou decisivamente os rumos da profissão no continente. Esse processo, denominado Movimento de Reconceituação, desloca o debate da profissão do "metodologismo" até então reinante, para o debate das relações sociais nos marcos do capitalismo, e com ele passa a dar ampla visibilidade à política social como espaço de luta para a garantia dos direitos sociais (FALEIROS, 1990).
A ruptura com a prática profissional tradicional possibilita ao assistente social assumir o compromisso com projeto social democrático, e o posicionamento político comprometido com a luta da classe trabalhadora. E, esse projeto social, é definido como Projeto Ético-Político que possibilita aos profissionais à construção de novas respostas as demandas da sociedade. 
O Serviço Social é representado como uma profissão em que suas atividades profissionais se sobressaem, com maior frequência, na execução, articulação e planejamento das políticas sociais públicas de diferentes segmentos (saúde, habitação, previdência social, educação, assistência social, dentre outras), sendo necessário um posicionamento crítico diante da barbárie que perpassa e constitui as desigualdades sociais. Outro fator relevante é a articulação aos movimentos sociais que estejam ligados aos interesses da classe trabalhadora. Dessa forma, é indispensável o fortalecimento do Projeto Ético-Político profissional, pois somente com esse direcionamento se caminha rumo à construção de uma nova sociabilidade: socialista.
Com referência a intervenção profissional, observa-se que a inclusãoda política social no debate da profissão permitiu situar mais concretamente os seus objetivos na sociedade capitalista. 
A partir da Constituição Federal de 1988, foi possível vislumbrar, no campo da política social, uma confluência virtuosa entre os dispositivos legais que foram sendo criada para a implementação do projeto da Seguridade Social brasileiro – Lei Orgânica da Saúde, Lei Orgânica da Assistência Social – e o movimento da categoria profissional em torno de seu Projeto Ético-político Profissional. Um projeto que postula o "posicionamento em favor da equidade e justiça social, que assegura a universalidade de acesso aos bens e serviços relativos aos programas e às políticas sociais, bem como sua gestão democrática", além do "compromisso com a qualidade dos serviços prestados à população e com o aprimoramento intelectual, na perspectiva da competência profissional" (CFESS, 1993, on-line). 
A Constituição de 1988 trouxe no âmbito dos direitos a formulação e regulamentação das políticas sociais, por meio da proteção social formada pela Seguridade Social que articula, ou deveria articular, a políticas de saúde, previdência e assistência social. 
TERCEIRO SETOR E A INTERVENÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL
Formado por instituições de direito privado, sem fins lucrativos, e que buscam, dentro de suas finalidades, o alcance do bem-estar social é a principal vertente do terceiro setor. Essas entidades são constituídas de forma voluntária, pela união que pessoas que comungam de um mesmo interesse.
Dentre as características do Terceiro Setor, a primeira se encontra na própria origem das organizações. Elas nascem em decorrência das intenções e ações realizadas por particulares, que quando agrupados, passam a ser denominados de sociedade civil. Porém, tais ações são destinadas à busca de benefícios e direitos sociais. O Terceiro Setor se aproxima um pouco da lógica de mercado (natureza privada), ao mesmo tempo em que auxilia o Estado no cumprimento de suas atribuições (natureza pública).
A segunda característica reside no fato de essas entidades não perseguirem o lucro, como fazem as empresas comerciais, e nem serem submetidas ao controle estatal, como ocorre com a administração pública. Portanto, não distribuem os resultados financeiros positivos entre seus associados ou empregados, e também não são instituições públicas, embora possam manter vínculos com o Estado através de parcerias.
Portanto, o Terceiro Setor é um conjunto de práticas e valores que privilegia e estimula a iniciativa individual ou coletiva, a solidariedade, a filantropia, a ajuda mútua, e o voluntariado, sem o interesse de obtenção de lucro. É a reunião de instituições que possuem natureza jurídica, com capacidade de autogestão, e que representam uma força econômica bem mais relevante do que em geral se imagina.
Segundo Milano Filho (2004), o Terceiro Setor no Brasil é destacado em especial toda a sociedade, independente das características operacionais e área de atuação, devendo esse setor atender as expectativas de seus interesses, sendo representados nessa modalidade os doadores de recursos representados pelos financiadores dos projetos sociais executados pelas entidades sem fins lucrativos, de modo a realizar os projetos direcionados aos seus beneficiários carentes. Portanto, o Terceiro Setor é composto por Organizações Não Governamentais (ONG’s) que representam a sociedade civil organizada com participação de voluntários para atender aos interesses públicos em diferentes segmentos, como na educação, saúde, esporte, lazer e outros.
A INTERVENÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL E SUAS FERRAMENTAS NA GESTÃO NO TERCEIRO SETOR
A Lei de Regulamentação do profissional, dos (as) assistentes sociais (Lei nº 8.662 de 07/06/93) torna visíveis as atribuições específicas do assistente social que atua na área do terceiro setor. No entanto implanta-se no âmbito institucional a política de assistência social de acordo com as diretrizes da Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS/93) e Sistema Único de Assistência Social (SUAS/04) de acordo com a área e seus segmentos os quais serão atendidos pela instituição. O Assistente Social deve apoiar e auxiliar o setor administrativo da instituição e elaboração, executando e avaliando o Plano Gestor Institucional, tendo o processo de planejamento com estratégias e referências no processo direcionado às organizações do terceiro setor. 
Além disso, o mesmo pode desenvolver pesquisas para elaboração de projetos voltados para os usuários da instituição, podendo assim definir o perfil social da população que apresenta suas necessidades, colhendo dados para a implantação de tais projetos sociais. 
É importante que o Assistente Social esteja atento para identificar as frequentes necessidades individuais e coletivas apresentadas pela população, ou seja, usuários que incorporam a instituição na perspectiva do atendimento social, a garantia de direitos, implantado e administrado os benefícios sociais para uma parcela da cidadania. Além de realizar avaliação socioeconômica, quando for o caso de usuários a serem inseridos nos programas sociais, fragmentados de critérios pré-determinados com atendimento integral e de qualidade social. Auxiliando também na extensão do atendimento social às famílias dos usuários da instituição formulado a partir de diagnósticos. 
O profissional de Serviço Social deve observar a relação da instituição e das famílias, tendo como objetivos uma ação integrada de parceria, buscando soluções para as problemáticas que se apresentam diariamente; fazendo orientação social e encaminhando a população usuária aos recursos que as instituições oferecem nas redes de serviços sócio assistenciais; coordenando, assessorando e participando de estudos e discussões de caso juntamente com a equipe técnica, de atendimento institucional. Além disso, o mesmo deve realizar perícias, laudos e pareceres técnicos relacionados à Assistência Social no âmbito da instituição seguindo as solicitações pelo assistente social. Portanto, as instituições do terceiro setor, a atuação do assistente social deve ter um atendimento integral e de qualidade social, como garantia de direito de inclusão aos programas do governo.
Numa organização sem fins lucrativos há diversas áreas da gestão em que se concretizam os seus planejamentos e projetos que atende às necessidades da população para uma melhoria no desenvolvimento social local. Atuando numa grande demanda social o em que o estado não consegue atender, o terceiro setor desempenha e aborda a diferença entre uma gestão social e uma gestão estratégica em que a sociedade se torna mais participativa, não sendo apenas o poder do estado voltado para garantir o bem-estar da população. É preciso deixar de olhar as organizações sem fins lucrativos apenas pelo o que elas não são, passando a valorizá-las pela sua atuação na sociedade sua atuação na sociedade como agente de mudança individual e social. Nessa perspectiva, reconhecer a ideia acatada pelas instituições filantrópicas, de que, para sobreviver, devem seguir o mesmo mecanismo e instrumentos de gestão das empresas de segundo setor. O terceiro setor tem atividades voltadas para reduzir o sofrimento humano. Surgindo assim uma esfera pública não estatal, uma iniciativa privada de sentido público, voltada para o interesse geral e para o bem-comum. 
No intuito de se fazer perpetuar as organizações sem fins lucrativos, para melhoria de condições de vida das pessoas menos favorecida com melhoria no desenvolvimento social local, entre elas, temos as ONGs (Organizações não governamentais), os OSCIP (Organizações da sociedade civil de interesse público) e os empreendimentos sociais que desempenham um grande papel nesse contexto, a importância da gestão e a eficácia das ações e dos projetos sociais. A diferença entre gestão social e gestão de estratégia é devido ao modo de pensar sendo a gestão estratégica caracterizada por um gerenciamento mais participativo, diálogo, no qual o processo decisório é exercido por meios sociais diferentes e a gestãosocial é um tipo de ação social utilitarista baseada em cálculos de meios e fins e sua interação se darem por meio de duas ou mais pessoas, girando em torno da noção do bem público e cidadania. Dessa forma, se considera o engajamento dos atores sociais na promoção de uma mudança social e na garantia da sustentabilidade das organizações. 
A relação entre as ferramentas de gestão do terceiro setor e a intervenção profissional aborda a relação das pessoas do empreendimento envolvidas com a sociedade e foi considerada pelo comprometimento com a causa social com finalidade de construir estratégias centradas na busca de melhorias para a comunidade como um todo ou para grupos específicos da população, esse planejamento estratégico tem uma relação de afinidade considerado na organização como fator fundamental na criação de uma competência organizacional voltada para sua capacidade intelectual, sendo fundamental para o desenvolvimentos das ONGs . O completo desatrelamento em relação aos parâmetros de avaliação pode compreender a sustentabilidade das intervenções junto aos problemas sociais, enquanto que a consideração da esfera substantiva da organização pode levar a uma dissonância entre corpo voluntário e corpo gerencial.
O TERCEIRO SETOR ENQUANTO ESPAÇO SÓCIO-OCUPACIONAL DO ASSISTENTE SOCIAL
O ambiente favorável ao desenvolvimento do terceiro setor, criado com a Constituição de 1988, não se traduziu em efetivação de direitos, conforme anunciado nas propagandas oficiais do Estado. A descaracterização da Constituição de 1988, promovida sob o ideário neoliberal, nos doze anos seguintes, explica este fato, mas não é fundamental aos nossos propósitos promover maior aprofundamento neste aspecto.
A promessa de abastados financiamentos públicos ao setor alimentou a fantasia de micro e pequenas iniciativas populares, instituições notoriamente engajadas na luta pela garantia e ampliação de direitos, de que o aporte financeiro, por si só, seria o bastante para a consecução de seus objetivos, desconsiderados alguns aspectos fundamentais, como estrutura organizacional, planejamento estratégico e qualificação profissional.
Ainda, o financiamento, privado ou público, invariavelmente procedeu a todo um corpo de exigências que, para serem cumpridas pelas ONGs, era necessário certo desvirtuamento de suas finalidades originais.
Originalmente e principalmente entre os anos 70 e 80, as ONGs desempenhavam papel secundário de articulação ao lado dos movimentos sociais. A partir dos anos 90, no entanto, esta relação entre ONGs e movimentos sociais foi descaracterizada, conforme verifica Montaño (2007, p. 271):
No entanto, na última década do século que terminou – tem ocorrido uma monumental inflexão nesta relação – movimento social/ONG.
Com efeito, as ONGs passaram paulatinamente, na década anterior, a ocupar o lugar dos movimentos sociais, deslocando-os de seu espaço de luta e da preferência na adesão popular.
De porta-voz das causas populares, as ONGs passam a desempenhar um papel de atenuador de conflitos.
A lógica do lucro e da alta competitividade, inerentes aos processos desenvolvidos pela ótica da Administração, além de afastar o debate político das ONGs e dos próprios movimentos sociais, transforma o universo institucional em uma espécie de vice-inimigo, cuja subversão do poder consubstancia-se em etapa 
preliminar e pré-requisito à possibilidade de deparar-se com o inimigo titular, a esfera pública.
Nossa hipótese, conforme dados coletados na pesquisa, consiste em que os assistentes sociais presentes nestas instituições têm sido alocados, invariavelmente, em atividades meramente burocráticas e tarefeiras, despidos de poder de voz ou voto nas instituições; exatamente o mesmo contexto oportunizado aos sujeitos da ação institucional.
As relações entre assistentes sociais e instituições do terceiro setor não são, em si, uma novidade. Desde sua gênese, o Serviço Social sempre esteve em relações constantes com instituições de caridade, filantropia, movimentos sociais, etc. O que se constitui novidade, neste fato, é a transposição dos assistentes sociais de um espaço sócio-ocupacional público para outro privado.
Não raro, temos observado que a inserção do assistente social no âmbito destas instituições tem se dado por força maior de exigências de órgãos financiadores ou de controle social do que pela identificação de demandas específicas do Serviço Social. Este contexto acaba por fazer do profissional um estranho no ninho. Nas entidades pesquisadas, nem os gestores, nem os demais profissionais e nem os usuários têm idéia clara do que venha a ser o trabalho do assistente social.
Costa (2005, p. 7), pontua algumas atribuições específicas do assistente social no terceiro setor:
· Implantar, no âmbito institucional, a Política de Assistência Social, conforme as diretrizes da Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS /93) e Sistema Único da Assistência Social (SUAS /04), de acordo com a área e o segmento atendido pela instituição;
· Subsidiar e auxiliar a administração da instituição na elaboração, execução e avaliação do Plano Gestor Institucional, tendo como referência o processo do planejamento estratégico para organizações do terceiro setor;
· Desenvolver pesquisas junto aos usuários da instituição, definindo o perfil social desta população, obtendo dados para a implantação de projetos sociais, interdisciplinares;
· Identificar, continuamente, necessidades individuais e coletivas, apresentadas pelos segmentos que integram a instituição, na perspectiva do atendimento social e da garantia de seus direitos, implantando e administrando benefícios sociais;
· Realizar seleção socioeconômica, quando for o caso, de usuários para as vagas disponíveis, a partir de critérios pré-estabelecidos, sem perder de vista o atendimento integral e de qualidade social; e nem o direito de acesso universal ao atendimento;
· Estender o atendimento social às famílias dos usuários da instituição, com projetos específicos e formulados a partir de diagnósticos preliminares;
· Intensificar a relação instituição / família, objetivando uma ação integrada de parceria na busca de soluções dos problemas que se apresentarem;
· Fornecer orientação social e fazer encaminhamentos da população usuária aos recursos da comunidade, integrando e utilizando-se da rede de serviços socioassistenciais;
· Participar, coordenar e assessorar estudos e discussões de casos com a equipe técnica, relacionados à política de atendimento institucional e nos assuntos concernentes à política de Assistência Social;
· Realizar perícia, laudos e pareceres técnicos relacionados à matéria específica da Assistência Social, no âmbito da instituição, quando solicitado;
Nos casos estudados, observamos que há clara necessidade pelo desenvolvimento de um Plano Gestor Institucional, capaz de orientar as ações, avaliar o desempenho geral de forma crítica, realista, a fim de oportunizar subsídios teóricos claros e objetivos.
Antes mesmo da confecção do Plano Gestor, urge a necessidade pela realização de pesquisa de perfil social, articulação com profissionais de outras áreas e mobilização dos sujeitos destinatários da ação, no sentido de possibilitar a construção de um Plano de Ação desenvolvido a partir de sua própria perspectiva, otimizando a aceitação dos programas e projetos por parte dos usuários e, portanto, promovendo melhores resultados.
Nossa idéia central, portanto, considera a relevância da atuação do assistente social na gestão social das ONGs, ainda que paritariamente em conjunto com profissionais de outras áreas, a fim de promover a reordenação das relações entre ONGs e movimentos sociais e entre atores institucionais, de modo geral.
Considerando que o embate Trabalho x Capital – ou seja, as contradições tradicionais das sociedades capitalistas – permeia toda a sociedade, é necessário desvelar os jogos de poder presentes em todos os espaços, trazendo-os aos debates, mobilizando todos os sujeitos, mediando interesses e estabelecendo acordos, no sentido de minimizar resistênciase boicotes aos programas.
Considerando, ainda, a gestão social das ONGs como um exercício de poder, a mesma não será oportunizada ao assistente social ou aos próprios sujeitos sem a ocorrência de conflitos, cujas respostas se efetivarão em estreita relação com as habilidades do profissional.
Todavia, o empoderamento dos sujeitos da ação institucional, indispensável ao fortalecimento dos movimentos sociais, demanda um amplo e complexo conjunto de habilidades profissionais, todas naturais ao assistente social, conforme sustentado por Ronconi e Wieczinsky (2010, p. 6):
É neste viés que o Assistente Social deve inserir-se. O terceiro setor para o Assistente Social é um espaço profissional que deve ser ocupado com criatividade e competência técnica, teórica e política. Estes são os pressupostos que devem reger a ação profissional nestas instituições. Devem não apenas ser um executor de programas ou projetos, mas um planejador e propositor de políticas públicas que possam vir ao encontro dos interesses da maioria da população.
Ainda segundo Ronconi e Wieczinsky (2010, p. 7):
As entidades do terceiro setor através do Assistente Social devem assim, desenvolver ações que promovam a democracia, a liberdade e a participação da sociedade. Devem desenvolver um tipo de gestão que resgate as demandas universalistas, no sentido de cobrar do Estado o desenvolvimento de políticas públicas, fiscalizar essas políticas e denunciar as irregularidades no desenvolvimento dessas políticas. Este sim é o pleno exercício da cidadania.
Não negamos a existência de instituições do terceiro setor onde a inserção profissional se dê com maior autonomia e poder decisório. Elas existem mesmo na região onde efetivamos nossa pesquisa. A excelência de suas atividades e os graus de desenvolvimento – operacional e científico – que alcançaram, contudo, as tornam inelegíveis aos nossos estudos.
Nosso foco, entretanto, recai sobre aquelas entidades cuja atuação se distancia tanto de seus objetivos estatutários, como de seus históricos de lutas pelo desenvolvimento e consolidação da democracia.
Nos três casos estudados, verificamos que a gestão se efetiva, em duas delas, com profissionais graduados em áreas diversas, como Direito, Administração e Ciências Contábeis, por exemplo. Mesmo naquelas instituições que dispõem de um assistente social, o mesmo não possui autonomia para atuação em atividades de gestão, ou assessoria aos gestores. Isto não significa, entretanto, restrição ao profissional de Serviço Social, mas uma restrição a que outra pessoa – de qualquer formação – venha a exercer poder institucional.
Não tratamos aqui de desqualificar a atuação de profissionais das demais áreas, mas constatar que, além da Administração, somente para o Serviço Social as debilidades gerenciais do terceiro setor se consubstanciam em objeto de intervenção profissional – desde que apreendidas como questões sociais – uma vez que o desempenho insatisfatório destas instituições resulta em maior vulnerabilidade social dos sujeitos destinatários de seus serviços.
Neste contexto, consideramos que a atuação do assistente social alcançará resultados práticos mais consistentes, especialmente a médio e longo prazo, nas funções gerenciais ou em assessoria direta aos gestores.
CONCLUSÃO
Podemos então concluir que, o processo de trabalho do Assistente Social mostrou ao longo dos anos o grande desenvolvimento nas mais distintas áreas, sendo observada sua importância ao propor a caracterização na garantia de direitos de usuários que precisam de atendimento, assim identificados através da Constituição Federal que dispõem sobre analise jurídicas referentes às políticas públicas, na saúde e na assistência social, em especial no oferecimento de qualidade ao utilizar vários instrumentos de trabalho. 
O Serviço Social é desempenhado na construção de uma sociedade mais justa e igualitária ao programar o atendimento das necessidades humanas, onde busca reverter o quadro social de opressão vivido pela sociedade, identificando-se que as principais ações desenvolvidas pelos profissionais de Serviço Social é justamente identificar as tensões e conflitos do sistema, o que implica no redimensionamento dessas ações, a partir da qualificação técnica e política desses profissionais.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Congresso Nacional. Lei nº. 8.6662, de 07 de junho de 1993, que dispõe sobre a profissão de Assistente Social e dá outras providências.
AQUIN, N. El Trabajo Social en la institucionalidad de las políticas públicas. Comprender los limites, potenciar las possibilidades. In: AQUIN, N.; CARO, R. (Org.). Políticas Públicas, derechos y Trabajo Social en el Mercosul. Buenos Aires: Espacio Editorial, 2009, p. 151-166.
M.C. A construção do Perfil do assistente social Piana, no cenário Educacional São Paulo: Editora UNESP, São Paulo: Cultura acadêmica 2009. E33PISBN978857983-038-9 A valible from Scielo Book. Acesso: 12/setembro, 2019.
Claudia Pereira Dutra – Secretaria de Educação especial Direito à Educação subsicdios para a gestão dos sistemas educacionais orientações gerais e Marcos Legais 2ª Edição. Acesso: 5/10/2019.
FALEIROS, V. P. A política social do Estado capitalista. São Paulo: Cortez, 1990.
IAMAMOTO, M. V. Projeto profissional, espaços ocupacionais e trabalho do assistente social na atualidade. In: CFESS-Conselho Federal de Serviço Social. Atribuições privativas do (a) assistente social. Brasília: Cfess, 2002, p. 13-50
 
______. O Serviço Social na contemporaneidade: trabalho e formação profissional. São Paulo: Cortez, 2003.

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