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Tempos Modernos: A Condição do Trabalhador no Início do Século XX

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RESUMO 
 
O filme se passa no inicio do século xx, uma época que levou grande parte da 
população ao desemprego e a fome. A obra consiste em uma narrativa bem 
elaborada sobre como o mundo se encontrava devido às mudanças que vinham 
ocorrendo desde a Revolução Industrial, onde os operários trabalhavam como se 
fossem maquinas em uma rotina incansável numa linha de montagem de uma 
indústria, como retrata o personagem Carlitos (Charles Chaplin), protagonista do 
filme que representa um operário, onde ele era responsável a fazer um único 
trabalho de apertar parafusos durante todo o expediente. Como operário da fábrica, 
Carlitos se depara com a esteira de produção fordista que aumenta o ritmo de 
produção a todo instante, tornando a relação homem-máquina extremamente 
conflituosa, até o ponto em que o próprio Carlitos é engolido pela máquina, saindo 
de lá em uma condição de insanidade, momento em que ele abandona a condição 
de quase um autômato (repetindo um gesto mecânico mesmo quando não está 
trabalhando, fruto da alienação do trabalho) para uma situação de confronto direto 
em que ele sabota a produção, insurge-se contra o patrão e é internado como louco. 
Ocorrendo essa situação o operário passa por um internamento em um hospital 
psiquiátrico, após o fim do tratamento ele sai do hospital e se depara com as 
fabricas fechadas inclusive aqui ele trabalhava. Passando por momentos difíceis 
Carlitos é preso diversas vezes por suas confusões, e na cadeia ele encontrava 
comida, segurança e abrigo coisas que na época não encontrava com facilidade na 
sociedade. Ao ser humano cabia aceitar as condições de trabalho disponíveis ou 
roubar para pode se sustentar (ato que uma garota órfã comete). Um dos pontos 
marcantes do enredo aparece quando se dá o encontro dessa personagem com 
Carlitos que nessa relação com a órfã esta sempre se reerguendo e prosseguindo. 
O operário e sua parceira órfã continuam juntos e se encontra no final do filme sem 
emprego e sem lar. Chaplin, mesmo com a ausência de voz no filme, disse-nos tanto 
em tão pouco tempo. 
 
 
 
 
 
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RESENHA 
 
De acordo com o filme “Tempos Modernos” podemos observar as semelhanças com 
as obras de Henri Fayol e Frederick Winslow Taylor. Henri Fayol tinha como ênfase 
aumentar a eficiência da empresa por meio da forma e disposição dos órgãos 
componentes da organização e da suas inter-relações estruturais. Podemos 
encaixar Carlitos no contexto de Fayol, pois operário faria o que tinha de ser feito, 
sem se quer um incentivo, e era nisso que Fayol focava-se, pois seu objetivo era 
trazer eficiência somente para o administrador. 
 A Teoria de Frederick wisnlow Taylor valorizava a organização dos processos de 
produção de uma empresa para que houvesse um melhor aproveitamento do tempo 
e das qualidades individuais de cada funcionário adequadas a cada tipo de tarefa 
realizada por eles. No filme percebemos que eles tratam o trabalhador como uma 
“máquina” não se preocupava com a sua satisfação ao exercer determinada tarefa, 
mas sim com a produtividade que o mesmo traria. Por esses motivos eu considero 
que esse filme se encaixa nas duas teorias tanto a de Taylor como de Fayol, pois 
tanto havia uma classe subordinada que fazia tudo o que tinha de ser feito de acordo 
com o capitalismo sem nenhuma chance de crescer, ou mudar de cargo, também 
tinha a classe dos burgueses que administravam tudo do seu jeito não valorizando 
de forma alguma o trabalho dos operários e sim os valores administrativos.

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